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Gestão de Preços

Material Teórico
Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Fabiano Siqueira dos Prazeres

Revisão Técnica e Adequação:


Prof. Ms. Jean Carlos Cavaleiro

Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli
Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

• Sistema de Custeio

• Ponto de Equilíbrio

·· Mostrar de forma sucinta a relação existente entre as vendas, os


custos fixos e variáveis, o nível de atividade desenvolvido e o
lucro alcançado ou desejado, além da margem de contribuição
relacionada com o custeio variável.
·· Essa unidade aponta a necessidade das empresas de estarem
sempre em controle permanente do lucro, prejuízo, investimentos
realizados, tecnologia empregada e qual o resultado alcançado,
através de ferramentas como o ponto de equilíbrio padrão, ponto
de equilíbrio contábil, ponto de equilíbrio financeiro, ponto de
equilíbrio econômico, gerando informações suficientes capazes de
mostrar realmente a situação da empresa ou organização, e se está
com lucro ou prejuízo, e analisar a Margem de Contribuição, que
cobre os custos e despesas fixas.
·· Na unidade anterior, deu-se uma prévia do que é ponto de equilíbrio,
aqui vamos entender sua aplicação e as formas existentes.

Aqui vão algumas dicas para que você aproveite ao máximo a disciplina:
• Leia atentamente o conteúdo da disciplina;
• Alguns conceitos exigirá que o aluno pesquise sobre o tema para entender em
profundidade os custos.
• Onde há calculo, é importante que se faça seguindo o modelo que está no material;
• Não deixe de participar do fórum de discussão e de todas as atividades propostas.

Atenção

A sua participação ativa nessas atividades fará com que seu aprendizado se potencialize. Organize-
se e aproveite! Durante leitura, aproveite para registrar os aspectos que achar mais importantes e as
dúvidas que surgirem.

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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

Contextualização

A gestão financeira precisa ter olhar para toda a organização, podemos dizer que a área
financeira é o coração da empresa, não por ser a mais importante, mas sim por ter transitado
no local todo e qualquer acontecimento de uma organização. Tudo que ocorre em uma
empresa passa pelo financeiro, tais como: propaganda, contratação de funcionário, compra de
maquinário, vendas etc. Assim grande parte do planejamento estratégico de uma organização
deve passar pelo crivo e disponibilidade financeira.
Tal situação pode ser confirmada observando algumas ações, como preço de venda, para
que um produto seja vendido por determinado valor se faz necessário que algumas condições
sejam atendidas, como previsão de demanda, custos fixo e custos variáveis sejam respeitados.
Assim alguns conceitos são relevantes para o gestor financeiro, deve saber o quanto deve
vender para cobrir os custos fixos e variáveis, assim saberá que ao ultrapassar esse valor
corresponderá ao ganho da empresa. Verá que há três formas de fazer essa análise, chamada
de ponto de equilíbrio.
O ponto de equilíbrio contábil verifica o volume necessário para de vendas para cobrir as
despesas fixas e variáveis, assim não terá ganhado nenhum, mas não deverá nada também, é
o chamado lucro zero.
Mas sabe-se que há despesas chamadas despesas não desembolsáveis, como por exemplo, a
depreciação, assim é importante saber o ponto de equilíbrio que leva em consideração o fluxo
de entrada e saída da empresa, considerando somente as despesas que geram saída de caixa.
Uma outra forma de calcular o ponto de equilíbrio é incluir nos custos fixos e variáveis os
lucros desejados, esse seria o ponto de equilíbrio econômico, sendo importante para saber o
volume a ser vendido para obter o lucro desejado.
Para que esses três itens sejam atingidos o preço de venda é crucial, o gestor financeiro deve
entender as técnicas de apontamento de preços.

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1. Sistema de Custeio

O sistema de custeio variável, como já foi dito, é útil para a tomada de decisões administrativas
ligadas à fixação de preços, decisão de compra ou fabricação, determinação do mix de produtos
e, ainda, possibilita a determinação imediata do comportamento dos lucros em face das
oscilações de vendas.

É uma das formas de custeio, pois considera os custos indiretos de acordo com o volume
trabalhado e dispêndio que tal produto ou serviço representa ou consome.

Para que não se esqueçam de custo e despesas


variáveis variam diretamente com o volume da produção
ou das vendas, exemplo: mão-de-obra direta, matéria-prima Lembrete:
e comissões de vendas. Uma técnica que gosto de apresentar duto .
Custo – ligado ao pro
aos alunos para fazerem essa classificação se determinado
trativo –
custo é ou não variável é fazer a seguinte pergunta: Despesa – é adminis
dutivo.
suporte ao processo pro
Se produzir ou vender um volume maior vai gastar mais?
Se a resposta for positiva será custo ou despesa variável.

Os custos e despesas variáveis têm as seguintes características para Oliveira (2008):

• variam no total em produção direta ao volume de atividades;

• permanecem constantes do ponto de vista unitário, ainda que varie o volume de produção;

• podem ser apropriados com maior precisão aos produtos.

O controle de seu consumo é de responsabilidade dos níveis inferiores da administração.

A apuração deve ser precisa e é específica para cada tipo de produto, por exemplo, se vamos
vender sorvete na praia quais seriam os custos de despesas que poderíamos apontar como variáveis?

Vamos desenhar um cenário:

O vendedor de sorvete é um torcedor roxo que busca dinheiro extra para assistir aos seus
jogos de futebol, ter suas roupas do time etc.

Então, o meio encontrado foi vender sorvete na porta do estádio.

A diária do carrinho é de R$ 50,00; cada sorvete é R$ 0,50; precisa, para hidratar-se, beber
um copo de água mineral a cada uma hora, que custa R$ 1,00 (trabalha oito horas por dia); o
custo com almoço diário é de R$ 20,00; precisa oferecer guardanapo para os clientes, o pacote
com 100 unidades custa R$ 3,00.

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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

Nesse cenário, quais seriam os custos variáveis:


Separando os custos:
Fixos:
Aluguel do carro - 50,00
Aluguel do carro - 50,00
Água - 8,00
Água - 8,00
Almoço - 20,00
Almoço - 20,00
Guardanapo - 0,03
Variáveis:
Sorvete - 0,50
Guardanapo - 0,03
Sorvete - 0,50

Agora para reforçar faça a pergunta acima apontada e veja como é fácil fazer as classificações.

1.1 Custos e despesas fixos


Não variam diretamente com o volume de produção ou de vendas, exemplo: aluguel de
fábrica, salários de gerentes, honorários da diretoria e despesas administrativas.
Possuem as seguintes características:
–– o volume total é fixo dentro de certo intervalo de produção;
–– diminuem, unitariamente, à medida que aumenta o volume de produção;
–– seu controle depende de níveis superiores da administração.

Vejamos um exemplo de estudo feito em uma fábrica:

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Para Oliveira (2008), a separação entre fixos e variáveis deve ser entendida com algumas
observações. Os custos variáveis, que são sempre iguais por unidade produzida, podem, a partir
de certo volume de produção, aumentar unitariamente. Os fixos também podem ser alterados
em seu total quando a empresa se aproxima de sua capacidade máxima de produção. Dessa
forma, o comportamento dos custos fixos e variáveis deve ser analisado dentro de certa faixa
de produção ou intervalo de significância, como apontado acima.
Para Martins (2000), uma empresa não oscila tão facilmente o seu volume de atividade, e
isso simplifica bastante a tarefa, já que o importante é analisar o comportamento dos custos e
despesas fixos e variáveis dentro de certos limites normais de variação.
Por isso, talvez seja bastante conveniente uma representação linear de ambos, mas lembrando
que sempre que ela tem validade restrita; aumentando ou diminuindo bastante o volume da
atividade da empresa, a representação terá também que mudar.
Para Rodney (2004), custos, preço e volume são fatores considerados no planejamento e na
análise da variação do lucro.
Você concorda com isso?

Pense
Vamos imaginar uma situação hipotética: uma empresa, ao chegar período de pagar 13º
salário, e não tem dinheiro em caixa para honrar esse compromisso. O que essa empresa deve fazer?

O que você faria?


Acredito que alguns responderiam pegar empréstimo, pegar uma linha de crédito. Isso até poderia ser
um subterfúgio imediato, mas e em médio prazo, o que isso pode significar?
Significaria aumento de custos, pois dinheiro do mercado sai caro, e aqui se faz outra necessidade:
se houve aumento de custos o que fazer? Aumentar preço de venda para cobrir os custos, ou cortar
custos e se equilibrar?

Você já deve ter entendido a direção dessa discussão, preço de venda não se mexe sem que
o mercado aceite isso, não depende de você, a mesma coisa preço de compra dos fornecedores,
nem sempre há margem para essa negociação, então o gerenciamento que depende de você é
a gestão dos custos internos.
Preço de venda geralmente é de controle limitado, o custo e o volume possuem elementos
mais controláveis. As decisões gerenciais requerem uma análise cuidadosa do comportamento
de custos e lucros em função das expectativas do volume de vendas.
No curto prazo a maioria dos custos e preços dos produtos da empresa podem ser
determinados. A principal incerteza para Martins não está relacionada com custos e preços dos
produtos, mas com a quantidade que irá ser vendida. A análise de custo/volume/ lucro aponta
os efeitos das mudanças nos volumes de vendas na lucratividade da organização.
Pois como visto acima, quanto maior o volume produzido, o rateio dos custos fixos será menor,
resultando em custos unitários menores, isso pode dar margem para custos mais competitivos.

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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

Podemos então entender que volume reduz custos unitários, mas devemos ficar alertas, pois
os custos unitários de produção não são os únicos custos de uma empresa, a operação em si
gera outros custos, como por exemplo, se o produto ficar estocado em grande quantidade muito
tempo, isso seria um custo significativo para as operações da empresa.

1.2 Margem de contribuição


Na unidade anterior, fizemos uma breve análise de margem de contribuição, aqui se faz
necessário explorar mais essa discussão. Para Oliveira (2008), margem de contribuição é um
conceito de extrema importância para o custeio variável e para a tomada de decisão gerencial.
Em termos de produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a
soma dos custos e despesas variáveis. Podendo entender que margem de contribuição como a
parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá para
a absorção dos custos fixos e, ainda, para a formação do lucro.
Como visto a margem de contribuição é dada pela fórmula:
MC = PV –(CV + DV)
MC = margem de contribuição
PV = preço de venda
CV = soma dos custos variáveis
DV = soma das despesas variáveis

Para Rodney (2004), margem de contribuição é o valor resultante da venda de uma unidade,
depois de deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto o comercializado,
esse valor contribuirá para pagar os custos fixos da empresa e gerar lucro.

1.2.1 Vantagens e limitações da margem de contribuição.


O estudo da margem de contribuição é elemento fundamental para decisão de curto prazo.
Além disso, o estudo da margem de contribuição possibilita análises objetivando a redução
dos custos, bem como políticas de incremento de quantidade de vendas e redução dos preços
unitários de venda dos produtos ou mercadorias.
Entre as vantagens e desvantagens do conhecimento das margens de contribuições dos
setores, em percentagem, das linhas de produção e de produtos podem ser listados os seguintes:
a) é um instrumento para avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições
especiais, por exemplo: quando existem restrições de matéria-prima ou horas de trabalho
disponíveis ou por preços e quantidades diferentes dos praticados;
b) ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior esforço de venda
ou colocados em planos secundários ou simplesmente tolerados pelos benefícios de
vendas que possam trazer a outros produtos;
c) são essenciais para auxiliar os administradores e decidirem se um segmento produtivo
(ou de comercialização) deve ser abandonado ou não;

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d) podem ser usadas para avaliar alternativas quanto às reduções de preços, descontos
especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios para aumentar o volume
de vendas. As decisões desse tipo são determinadas por uma comparação dos custos
adicionais, visando ao aumento na receita de venda. Quanto maior for o índice de
margem de contribuição, melhor é a oportunidade de promover vendas. Quanto mais
baixo o índice, maior será o aumento do volume de vendas necessário para recuperar os
compromissos de promover vendas adicionais;
e) a margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume,
preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões vendas;
f) também a desvantagem pode acontecer quando se baseia o cálculo dos preços de venda
somente com dados da margem de contribuição, podendo resultar em valores que não
cubram todos os custos necessários para manter as atividades em longo prazo;
g) é útil para tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar a administração a
menosprezar a importância dos custos fixos.

Para Megliorini (2002), os produtos, ao serem fabricados, provocam a ocorrência dos custos
variáveis e de certas despesas também variáveis: comissões, fretes, seguros etc.
Assim, temos custos e despesas que ocorrem em virtude de produzir e vender.
O custeio variável considera que os produtos devem ser alocados apenas nos custos variáveis,
diferentemente do custeio por absorção, em que, além dos custos variáveis, os produtos recebem
também os custos fixos.
Enquanto no custeio absorção pode falar em lucro por produto, ou seja, que do preço de
venda, deduzimos os custos de produção, temos o lucro, no custeio variável isso não ocorre,
gerando uma margem de contribuição.
A margem de contribuição para Megliorini (2002) é o que resta do preço, ou seja, do valor
de venda de um produto são deduzidos os custos e despesas que os produtos provocam. A
empresa só começa a gerar lucro quando a margem de contribuição dos produtos vendidos
superar os custos e despesas fixas do exercício.
Assim, essa margem pode ser entendida como a contribuição dos produtos aos custos e
despesas fixas e também ao lucro.
Conforme Martins (2000), a margem de contribuição, conceituada como a diferença
entre receita e soma de custos e despesas variáveis, tem a faculdade de tornar bem mais
facilmente visível a potencialidade de cada produto, mostrando como cada um contribui para,
primeiramente, amortizar os gastos fixos e, depois, formar o lucro propriamente dito.

2. Ponto de Equilíbrio

Ponto de equilíbrio refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, no
qual os gastos totais (custos totais + despesas totais) são iguais às receitas totais.

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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

Para Martins, o ponto de equilíbrio nasce da conjunção dos custos totais com as receitas
totais. Estas, numa economia de mercado, têm uma representação macroeconômica também
não linear; isto é, para um mercado como um todo, no caso de computadores, por exemplo,
tende a haver uma inclinação para menos, já que cada unidade tenderia a ser capaz de produzir
menor receita.
Para uma empresa em particular, é quase certo que isso não ocorra, por ter ela um preço
fixado para seu produto, fazendo com que sua receita total seja o preço vezes o número de
unidades vendidas; com isso, sua representação seria de fato linear.

As alterações de preços provocam o mesmo impacto que sobre os custos variáveis, isto é,
inclinando para mais ou para menos a curva.
Simplificando nossas visualizações e admitindo como absolutamente lineares as
representações tanto das receitas quanto dos custos e despesas, teremos a seguinte reprodução
gráfica do ponto de equilíbrio.

Até esse ponto, a empresa está tendo mais custos e despesas do que receitas, encontrando-
se, por isso, na faixa do prejuízo; acima, entra na faixa do lucro. Esse ponto é definido tanto em
unidades (volume) quanto em reais.
Para Oliveira (2008), ponto de equilíbrio refere-se ao nível de venda em que não há lucro
nem prejuízo, ou seja, no qual os gastos totais são iguais às receitas totais.

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Supondo que o preço de venda constante para qualquer volume vendido, o comportamento
da receita total será linear, ou seja, diretamente proporcional à quantidade vendida.
Receita total = Quantidade X preço de venda
Receita total 1 = 2.000
Receita total 2 = 5000

Ilustrativamente observem que a reta menos inclinada é do gasto total, soma os fixos e os
variáveis. O ponto onde a reta da receita total corta a de gasto total é o ponto de equilíbrio, ou
seja, receita total igual a gasto total, ou seja, quantidade x (preço de venda – gasto variável) =
gasto fixo total, onde a quantidade no ponto de equilíbrio é igual ao gasto fixo total dividido
pela diferença entre o preço de venda e o gasto variável.
Senhores vejam como o preço de venda – gasto variável = margem de contribuição pode-se
refazer a fórmula, efetuando-se as devidas substituições, como segue:
A quantidade no ponto de equilíbrio é igual ao custo fixo total dividido pela margem de
contribuição, que por sua vez é preço de venda – gasto variável.
Pode-se interpretar essa fórmula da seguinte maneira: a divisão do gasto fixo total pela
margem de contribuição unitária demonstra a quantidade de produtos necessária para cobrir
os gastos fixos. Isso pode ser mais bem percebido se modificar a maneira como a fórmula está
escrita.
GFT = Qpe x MC
Para Rodney (2004), o gestor necessita saber qual o volume de atividades é o suficiente para
que a empresa não tenha prejuízo, na forma prática no mercado.
Ou ainda qual o nível de produção ou vendas deve ser atingido para que a empresa alcance o lucro
desejado pelos acionistas. Estas indagações são respondidas pela equação do ponto de equilíbrio.

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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio representa o nível de vendas em que a empresa opera sem lucro
ou prejuízo, em outras palavras o número de unidades vendidas no ponto de equilíbrio é o
suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e variáveis, sem gerar lucro.

2.1 Tipos de ponto de equilíbrio

Dependendo da necessidade da empresa ou do gestor, o ponto de equilíbrio possibilita


adaptações que suprem as informações gerenciais não possuídas.

Essas adaptações originam tipos de ponto de equilíbrio distintos que se ajustam às diversas
situações de planejamento das atividades da empresa. Por exemplo: em alguns casos é
necessário fazer o estudo de ponto de equilíbrio em valor e em outras situações é recomendável
a determinação do ponto de equilíbrio em unidades.

As diversas variantes de ponto de equilíbrio são elaboradas com a retirada de alguns fatores
(custo e despesas) da fórmula de cálculo, com introdução do valor de lucro que se pretende
atingir ou pela inserção de pagamentos a serem efetuados no período analisado.

Assim, sendo os tipos existentes, conforme necessidade de informação da empresa segue abaixo:

2.2 Ponto de equilíbrio contábil

O ponto de equilíbrio contábil em unidades define o número de produtos (peças, metros,


quilos etc.), que deve ser fabricado e vendido para que o resultado seja zero (não haja prejuízo).
Para determinar tal quantidade, divide-se o valor total dos custos fixos pelo valor da margem de
contribuição unitária.

Assim, cada produto vendido irá cobrir, com sua margem de contribuição unitária, uma parte
dos custos fixos totais da empresa.

Para Rodney (2004), o ponto de equilíbrio contábil em unidades pode ser considerado o
mais utilizado no cotidiano do analista de custos, tendo em vista sua facilidade de entendimento
e obtenção, bem como as muitas aplicações a que pode ser destinado.

Exemplo:

Levantamento dos custos de uma empresa:

Custo fixo total R$ 100.000,00


CV unitário R$ 20,00
Preço de venda estimado R$ 50,00

MC – Margem de contribuição 50 – 20 = 30,00


PEc 100.000 / 30 = 3.333,33 unidades

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Vejamos

Unidades vendidas 3.333.33


PV R$ 50,00
Receita R$ 50,00
R$ 166.666,50
CV R$ 66.666,50
CF R$ 100.000,00
Total (CF + CV) R$ 166.666,50
Receita – custos totais 0
Observação, aqui seria prudente arredondar para 3334 unidades.
Para Martins (2000), o ponto de equilíbrio será obtido quando a soma das margens de
contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas; esse é
o ponto em que contabilmente não haveria nem lucro nem prejuízo (supondo produção igual à
venda). Logo, esse é o ponto de equilíbrio contábil.
Mas um resultado contábil nulo significa que, economicamente, a empresa está perdendo
pelo menos o juro do capital próprio investido, não seria interessante, mas é possível fazer uma
projeção de volume que resultaria nos resultados desejados.

2.2.1 Ponto de equilíbrio contábil em valor


Para Rodney (2004), o ponto de equilíbrio contábil em valor representa qual o valor mínimo
em reais que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo nem lucro.
Esse tipo de ponto de equilibro para Rodney é utilizado quando o número de produtos
comercializados é muito grande, havendo dificuldades de se obter o mix ideal de produtos e suas
quantidades; e existem dificuldades de identificar os custos e despesas fixas para cada produto.
Esse ponto de equilíbrio contábil em valor é obtido por meio da fórmula:

Exemplo:
Tomando como base, a MC calculada acima, de R$ 30,00, e o PV de R$ 50,00 o percentual
da MC foi de: 30/50 x 100 = 60%.
Então:
CF/ % MC
100.000/0,60 = R$ 166.666,60 em reais, e em quantidade basta dividir pelo preço de venda.
O ponto de equilíbrio contábil em valor tem maior utilidade àqueles executivos que
preferem tomar decisões considerando as informações em moeda corrente. Sua utilização
concomitantemente ao do PE em unidades é comum e ambos têm o mesmo significado em
termos decisórios.

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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

2.3 Ponto de equilíbrio financeiro


Para Rodney (2004), no ponto de equilíbrio financeiro calculam-se o nível de atividade suficiente
para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dívidas
que a empresa tenha que saldar no período como empréstimos e financiamento bancários.
A diferença básica em relação às fórmulas do ponto de equilíbrio já comentadas é que neste
tipo exclui-se dos custos fixos totais o valor relativo à depreciação. O motivo dessa exclusão é
que esse fator é um custo não desembolsável. Além disso, pode ser considerada no cálculo a
parcela de débitos bancários ou para com terceiros que a empresa necessita saldar.
Dessa forma, o nível de atividade determinado como ponto de equilíbrio financeiro é
suficiente para cobrir todos os custos e despesas variáveis.
A fórmula do ponto de equilíbrio financeiro em quantidades:

A utilização do ponto de equilíbrio financeiro é mais adequada ao gerente financeiro em face


das características do cálculo, que considera somente os movimentos de caixa do período. No
entanto, sua utilização é de grande valia mesmo para outras áreas, principalmente quanto à
tomada de decisões relativas a investimentos de capital. Para Martins (2000), mais importante
que elaborar um ponto de equilíbrio financeiro é a elaboração do segundo ponto de equilíbrio,
que leva em consideração parcelas financeiras de desembolso obrigatório no período em que
não sejam computadas nos custos e despesas.
Esse tipo de calculo é presente em situação em que haja gastos não desembolsáveis de
imediato, como a depreciação.
Depreciação: valor de desgaste do bem Como fonte de estudos:
há uma escala percentual reconhecido por • http://goo.gl/CemfQY
lei, por exemplo: maquinário 10% ao ano,
equipamentos de informática 20% ao ano etc.
Exemplo:

Custo fixo total R$ 100.000,00


Depreciação R$ 1.000,00
CV unitário R$ 20,00
Preço de venda estimado R$ 50,00

MC – Margem de contribuição 50 – 20 = 30,00


PEf 99.000 / 30 = 3.300 unidades

Vamos supor que tenha equipamentos em que a depreciação anual seja de R$ 12.000,00,
sendo a depreciação mensal de R$ 1.000,00.
Assim sendo, o PEf será de 3.300 unidades vendidas.

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2.4 Ponto de equilíbrio econômico
Rodney (2004), a cobrança para atingir metas de lucros obriga o gestor a buscar a
informação de qual número de unidades é necessário vender para alcançar o objetivo fixado
pela diretoria da empresa.
A quantidade necessária para atingir o lucro desejado é calculada pelo ponto de equilíbrio
econômico. O ponto de equilíbrio econômico é representado pela fórmula:
PE Econômico = custos fixos + lucro desejado dividido por margem de contribuição unitária
Devemos tomar cuidado com os lucros desejados, pois esses devem levar em consideração o
retorno desejado. Se a empresa desejar, por exemplo, obter R$ 20.000,00 de lucro nas condições
dos exemplos já mencionados.
PEe= CF + L / MCu
PEe = 100.000 + 20.000 / 30 = 4.000 unidades

Assim, 3.333 unidades seriam para compor os custos e o que passar disso formaria os lucros desejados.
Para Megliorini (2002), além de suportar os custos e despesas fixas e margem de contribuição,
deve, também, cobrir o custo de oportunidade do capital investido na empresa. Basicamente a
ideia é a seguinte: normalmente o empreendedor tem à sua disposição mais de uma alternativa
para investimento.
Dada a escassez de capital, ele decide por aquela que promete a melhor remuneração. Isso
quer dizer que a alternativa escolhida é melhor que aquela rejeitada.
O custo de oportunidade corresponde exatamente à remuneração da alternativa descartada.
E esse é o valor mínimo que se espera do investimento realizado, pois, caso contrário, não seria
escolhida essa alternativa.

2.5 Margem de segurança


A margem de segurança é o volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de
equilíbrio. Ou seja, representa o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para a empresa.
O volume de vendas excedente para analisar a margem de segurança pode ser tanto o valor
das vendas orçadas como o valor real das vendas.
Para Rodney (2004), a margem de segurança pode ser expressa quantitativamente, em
unidades físicas ou monetárias, ou sob a forma percentual. Para a obtenção da margem de
segurança podem ser utilizadas as seguintes fórmulas:
• margem de segurança em valor = vendas efetivas – vendas no ponto de equilíbrio;
• margem de segurança em unidades = vendas efetivas em unidades – vendas em unidades
no ponto de equilíbrio;
• margem de segurança em percentual = margem de segurança / vendas totais.

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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

Exemplos: se o ponto de equilíbrio é de 3.000 reais e as vendas efetivas forem de 4.500


reais, a margem de segurança em reais é de 1.500 reais. Se o ponto de equilíbrio é de 600
unidades e as vendas efetivas forem de 820 peças, a margem de segurança em unidades é de
220 unidades.
A margem de segurança em percentual será obtida dividindo 1.500 reais e multiplicando por 100.

2.6 Mark-up
A taxa de marcação é um índice aplicado sobre os custos de um bem ou serviço para a
formação do preço de venda. Tem por finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre
vendas (ICMS, IPI, PIS, COFINS etc.), e percentuais incidentes sobre o preço de vendas como
(comissões sobre vendas, franquias, comissão da administração do cartão de crédito etc.),
despesas administrativas, fixas, despesas vendas fixas, custos indiretos de produção fixos e
margem de lucro.
Um dos pontos para Martins (2000) mais polêmicos é a margem de lucro que deve ser
utilizada no mark-up. O percentual de margem de lucro a incluir no mark-up depende de
inúmeros fatores e difere de empresa para empresa, mesmo se atuantes no mesmo segmento
mercadológico.
Além disso, no comércio é comum a utilização de margens de lucros baixas em determinados
produtos que servem como atração aos consumidores, como exemplo as ofertas de 50%%, 70%,
com a intenção de que os clientes venham comprar o produto e levem junto outra mercadoria,
comercializada com margem de lucro maior.
Assim, compensam a pequena margem numa mercadoria com margens maiores em outras.
Quanto à elaboração existem duas formas de utilização do mark-up, o divisor e o multiplicado.

2.7 Mark-up divisor


Listar todas as despesas variáveis de vendas como ICMS s/ vendas, comissões s/ vendas, e
lucro desejado, somar as despesas variáveis de vendas, dividir a soma por 100, para achar a
fórmula. Daí dividem-se os custos unitários da mercadoria, como exemplo: 500 reais, o preço
de venda à vista seria de 666,67 reais, pois, (500/0,75 = 666,67).

CF + DF = 500,00
ICMS = 17%
Comis. 3%
Lucro= 5%
Total 25%
1 - 0,25 = 0,75

Dividido por 100 = 0,74

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A exatidão do cálculo pode ser verificada pelo preço de venda menos o total de percentagem
consumido pelo produto em determinada transação ou venda, dando como resultado o valor
de custos da matéria-prima e o preço do produto final.

2.8 Mark-up multiplicador


Novamente listar todas as despesas variáveis, somar todas as percentagens em relação à
venda, subtrair por 100, novamente dividir o resultado por 100. Ilustrativamente:
17% + 3% + 5% = 25%
100% - 25% = 75 %
O mark-up multiplicador é obtido dividindo 100 pelo resultado da fase anterior 100: 75 = 1,33.
O preço venda à vista é obtido multiplicando os custos unitários das mercadorias pelo mark-
up multiplicador.
Exemplo:
Se o custo unitário é de 500 reais * 1,33,o preço de venda é 666, 67 reais. A mesma
comprovação utilizada no divisor pode ser utilizada no multiplicador.

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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

Material Complementar

Prezado aluno, para ampliar sua leitura veja esse material do Sebrae:
• http://www.sebraerj.com.br/docs/margem_contribuicao.pdf

Explore

Assistam ainda os vídeos:


• http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=1WfRtMVyHms
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Indico também estes livros:

NAGLE, T. T.; HOLDEN, R. K. Estratégia e táticas de preços: um guia para decisões lucra-
tivas. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007.

SANTOS, J. J. Fundamentos de custos para formação do preço e do lucro. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.

WIND, Y.; MAHAJAN, V.; GUNTHER, R. E. Marketing de convergência: estratégias para con-
quistar o novo consumidor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.

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Referências

LEONE, G. S. G. Curso de contabilidade de custos: contém ABC. 2. ed. São Paulo:


Atlas, 2000.

______. Curso de contabilidade de custos: livro de exercícios. Contém ABC. 2. ed.


São Paulo: Atlas, 2000.

MARTINS, E. Contabilidade de custos: inclui ABC. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Pearson Education, 2001.

OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G.; PEREZ, J. H. J. Gestão estratégica de custos. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.

RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos: fácil. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

WERNKE, R. Gestão de custos: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio

Anotações

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