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A Crise Impossível
por John Daly
Publicado pela primeira vez em The Four Marks a partir de abril de 2009.
The Impossible Crisis foi proferida por John Daly em seminário realizado
em Verona, New York em 2002.
Índice
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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano
I. Introdução
A. O que é o sedevacantismo
A. Objeção comum.
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02/12/2018 A Crise Impossível – Católico Romano
E. Recapitulando
3. O Concílio Vaticano II
a. Dignitatis Humanae
V. Conclusão
C. Concluindo
I. Introdução
A. O que é o sedevacantismo.
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Suponhamos que alguém lhe ofereça um anel que aparenta ser de ouro
mas é uma falsi cação. Há duas formas de mostrar que o anel é falso. A
primeira é mostrar que ele não possui as características que um de ouro
deve ter. A segunda é mostrar que de fato o anel é de outro material, bem
diferente de ouro e incompatível com o ser do ouro. Por exemplo, se você
passa um imã perto e o anel gruda no imã, você percebe que tem nas
mãos algum metal e não ouro puro.
Porém esse argumento não será o meu, é algo que o senhor Lane
apresentará com grande competência.
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PREMISSA MAIOR
pode em nenhum deles [desses meios NdT] ensinar erros opostos ainda
que indiretamente à revelação divina, nem contradizer o que ela disse
antes, nem induzir os éis ao erro ao pecado ou ainda apartá-los da
verdade e da santidade.
PREMISSA MENOR
A rmo ainda que a Igreja Conciliar faz tudo isso que a Verdadeira Igreja é
incapaz de fazer em qualquer circunstância. A Liturgia, as leis e o
ensinamento ordinário unânime da Igreja Conciliar, além de suas práticas,
são incompatíveis com a doutrina Católica e induz inúmeras almas na
direção da heresia da apostasia e da condenação eterna.
CONCLUSÃO
A. Objeção comum.
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Agora, há várias objeções que podem ser postas contra esse argumento,
mas não há dúvida de que uma das mais comuns é a vinda daqueles que
adotam posturas alinhadas com as da FSSPX. Essa objeção a rma que
estaríamos exagerando o escopo da Infalibilidade e indefectibilidade da
Igreja, e que o que nós chamamos impossível, na verdade é apenas
indesejável e não usual, mas não seria contrário a nenhuma promessa
divina.
No início, não havia quem fosse capaz de entender a natureza dessa crise.
Só um tolo culparia alguém por não entender em 1968 que o que se
enfrentava era uma nova falsa religião. Mas, em 1968, já circulavam as
novas orações Eucarísticas e o novo rito de ordenação, ainda antes da
assim chamada Missa Nova.
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Longe disso… Ele claramente ensinou que os católicos devem crer com fé
divina em todas as coisas que a Igreja ensina como divinamente
reveladas, quer seja por juízo solene, quer seja pelo Magistério Ordinário
Universal (Dz 1792). Os dois são correlatos. Eles impõem o mesmo nível
de assentimento. Eles são igualmente infalíveis. Então por que o Vaticano
I se concentra sobre a infalibilidade papal do Magistério extraordinário?
Simplesmente porque esta era a doutrina que estava sendo questionada
naquele tempo – notadamente na França.
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Então agora sabemos que ele é infalível, olhemos mais de perto para o
que é este Magistério Ordinário.
Existe uma certa confusão entre os católicos que tem procurado entender
o conceito de Infalibilidade do Magistério Ordinário, causada pelo fato de
que os católicos sabem que toda encíclica papal, toda carta pastoral do
bispo, todo catecismo aprovado, toda oração do Missal ou Breviário e
toda lei no Código de Direito Canônico da Igreja, tudo isso é parte do
Magistério Ordinário. E, apesar disso, eles obviamente não são todos
infalíveis em si mesmos como são os pronunciamentos ex cathedra.
1. Fonte da Argumentação
Certo, z uma declaração forte aqui, chegou então a hora de ver se sou
capaz de justi car o que digo pela voz da autoridade católica.
Existem muitas grandes obras que tratam dos diferentes modos em que a
Igreja ensina os éis e os diferentes modos em que seu ensinamento os
obriga, mas o principal guia que quero usar nessa questão é um que
poucos de vocês vão ter ouvido falar, embora este tenha a mais alta
autoridade. É o chamado De Valore Notarum Theologicarum – Sobre o
Signi cado das Quali cações Teológicas – do Padre Sixtus Cartechini. O
que faz esta obra especial é o fato dela ter sido escrita para o uso das
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Aqui nos referimos, por exemplo, ao cerne dos conteúdos doutrinas das
encíclicas e decretos das Congregações Romanas.
Por exemplo, sob o Ponti cado de São Pio X foi o cialmente estabelecido
que uma falha em submissão ao um decreto da Comissão Bíblica
implicava em grave culpa de desobediência em respeito à sua autoridade
e de temeridade em respeito à sã doutrina (Dz 2113). Carterchini nos diz
que os decretos doutrinais das Congregações Romanas, quando
promulgadas sob encargo papal constituem um preceito doutrinal
obrigatório (p. 117), mas mesmo quando eles não são especi camente
promulgados por encargo Papa, mas somente pela autoridade geral já
delegada às Congregações, eles ainda requerem obediência sob pena de
pecado grave (118). E o Papa Pio IX decidiu pela Tuas Libenter (1863
carta ao Arcebispo de Munique) que de modo algum era su ciente aos
autores e especialistas católicos aceitar os dogmas da Igreja “mas eles
devem também se submeter às decisões – disse ele – pertinentes a
doutrina que foram estabelecidas pelas congregações pontifícias, e
àqueles pontos de doutrina que são sustentando pelo consentimento
comum e constante dos católicos como sendo verdades teológicas tão
verdadeiras que mesmo se as opiniões contrárias a elas não possam ser
chamadas heréticas, elas, por certo, merecem alguma outra teológica
censura.” (Dz 1684)
E. Recapitulando
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É algo que me move do fundo da alma espalhar con ança na Igreja. Nós
mortais somos tão escassos em con ança onde ela é merecida – tão
cheios de auto con ança – quando ela raramente vale a pena. Nós
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agimos como se Cristo nunca houvesse feito Suas promessas. Nossa vida
espiritual não progride, porque não con amos em Deus o su ciente. E
nossa catolicidade é fraca e pálida, deixando-nos vulneráveis à confusão
na crise; ao comprometimento e distorção da sã doutrina, porque não
con amos na Igreja de Deus do modo como Deus quer que ela seja objeto
da nossa con ança.
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dos covardes medíocres? Ele sabe que está com a verdade por
que está com a Igreja e que a Igreja está com Cristo.
Mas claro, vocês não podem ter essa atitude com a Igreja Conciliar,
podem? Se vocês conhecem e acreditam na imutável Fé Católica, vocês
não podem acreditar em tudo que a religião Conciliar ensina nos decretos
do Vaticano II (V2), nas suas encíclicas, no ensinamento comum dos seus
bispos, nos seus textos litúrgicos o cialmente usados e aprovados, nas
suas leis e normas disciplinares.
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Devo mostrar que a Igreja que emergiu do V2 claramente não goza das
garantias divinas no que diz respeito ao seu Magistério Ordinário e atos
associados que a Igreja Católica necessariamente e inalteravelmente
possui. Poder-se-ia passar anos nos exemplos disponíveis – devo escolher
alguns poucos que serão su cientes.
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a. A Liturgia Católica é protegida pelo Espírito Santo para não ser nem
heterodoxa nem nociva.
Na Sua Quas Primas, Pio XI fez uma memorável declaração. Ele disse que
“o povo é instruído nas verdades de fé… muito mais efetivamente pela
celebração anual dos nossos sagrados mistérios do que por qualquer
outro pronunciamento o cial do ensinamento da Igreja.” Em outras
palavras, quando se trata de comunicar à fé, no nível prático, a liturgia é
mais importante e in uente que qualquer outro meio pelo qual a Igreja
comunique o seu pensamento. E sabemos por experiência que isso é
verdade. Basta pensar um pouco. Não foi o Vaticano II que arruinou
[pouco a pouco] a fé nas massas católicas, porque elas nunca leram seus
documentos. Foi a Missa Nova que realmente o fez. Correto?
Cartechini disse: “a Igreja não pode permitir que coisas sejam ditas na
liturgia em seu nome que são contrárias ao que ela mesma sustenta e
crê.” (p. 37)
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consagração do Cálice são traduzidas como “por vós e por todos”. Essa
tradução herética é agora parte da ordem litúrgica existente recebida e
aprovada pela Igreja – não é mesmo? A única questão é por qual Igreja?
“Nem concílios gerais, Nemo o papa podem estabelecer leis que incluem
pecado… Nada pode ser encontrado no Código de Direito Canônico que é
de algum modo oposto às leis ou à santidade evangélica.”
Igreja.” No novo código, Canon 844/3+4 , isso é permitido para todos os
hereges orientais e cismáticos e também para muitos outros não-
católicos.
Por 2000 anos a Igreja ensinou enfaticamente que ambos atos eram
pecado mortal. E em ambos os casos sua doutrina é tão conforme a
santidade evangélica quanto se pode desejar: ‘Não se dá as coisas santas
aos cães, não se lança pérolas aos porcos, se eles não ouvirem a Igreja,
sejam para vós como pagãos e publicanos’ [Mt. 6,6 e 18,17. NdT]
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Vimos assim que a Igreja Conciliar por suas leis autoriza e encoraja o
pecado mortal e a heresia de que a Igreja é algo diferente, maior que
(mais universal) a Igreja Católica. A Igreja Católica não poderia fazer isso.
3. O Concílio Vaticano II
a. Dignitatis Humanae
Não poderia mencionar esse tópico sem aludir aos ingênuos esforços do
Dr. Brian Harrison em mostrara que a doutrina do V2 de fato é compatível
com o ensinamento infalível que ela aparenta contradizer. Eu diria que
até onde eu sei o Dr. Harrison é o primeiro homem na história do
Cristianismo que julgou necessário escrever um enorme livro acadêmico
para demonstrar que apesar das reconhecidas aparências, o ensinamento
de um dado concílio pode, na verdade – com grande esforço – ser
interpretado de um modo que pode ser justo e compatível com a Doutrina
Católica!
Seria rude não admirar os esforços do Dr. Harrison. Eles parecem para
mim de um verdadeiro heroísmo. Esses esforços partem do nítido [e
correto] princípio – que ele conhece tão bem quanto eu – de que sem
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Mas, foi uma tarefa desesperada. Só o fato de tal trabalho ter sido
considerado necessário já demonstra que o V2 não foi um concílio geral
da Igreja Católica. Harrison estica os antigos ensinamentos pré vaticano 2
o máximo que ele pode na direção do liberalismo; e na outra ponta ele
estica a doutrina do Vaticano 2 ao máximo na direção do catolicismo; e,
então, convence a si mesmo que ele conseguiu fazer os dois se
encontrarem. De fato ele não conseguiu.
Nós temos mesmo que acreditar que tudo isso se deve à simples
conveniência política? Ou que as circunstâncias políticas mudaram tão
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radicalmente entre 1958 e 1963 que um dever grave tornou-se do dia pra
noite um pecado grave?
V. Conclusão
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Devemos ser eis a Cristo até mesmo nos menores juízos que
fazemos dela.
C. Concluindo
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sociais
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