Sie sind auf Seite 1von 2

FUNÇÕES SINTÁTICAS

Funções sintáticas ao nível da frase:


1. Sujeito – elemento que controla a concordância, em pessoa e em número, relativamente ao núcleo.
Pode ser:
a. Simples – constituído apenas por um grupo nominal ou por uma frase.
b. Composto – constituído por duas ou mais expressões nominais ou por duas ou mais frases.
c. Nulo – não está realizado lexicalmente, sendo possível classificá-lo em:
i. Subentendido – quando é possível identificar no contexto o referente para o qual
remete o sufixo flexional. EX: «[Tu] Querias crescer depressa, aí tens.»
ii. Indeterminado – quando o verbo se encontra na 3ª pessoa do plural ou do singular,
acompanhado, neste último caso, do pronome pessoal se com valor impessoal, não
sendo possível identificar o referente do sujeito nulo indeterminado, uma vez que não é
definido nem específico. EX: «Disseram-me que ia chover.»; «Via-se bem que alguns
deles faziam logo as contas.»

2. Predicado – função sintática desempenhada pelo grupo verbal.

3. Vocativo – constituinte (não obrigatório) que identifica o interlocutor, ocorrendo em frases


imperativas (1), exclamativas (2) e interrogativas (3).
EX: (1) «Fecha a porta, Pedro.»
(2) «Dói-me muito o peito, mãe!»
(3) «Quando tenho alta, senhor doutor?»

Funções sintáticas internas ao grupo verbal:


1. Complementos – constituintes da frase selecionados pelo verbo:
a. Complemento direto – grupo nominal (1) ou oração substantiva completiva (2) que pode ser
substituído respetivamente pelo pronome pessoal de 3ª pessoa (o/a, os/as) e pelo pronome
demonstrativo átono o.
EX: (1) «Dois homens seguravam o porco.» → «Dois homens seguravam-no»
(2) «Hão de jurar que não me conhecem.» → «Hão de jurá-lo.»
b. Complemento indireto – grupo preposicional (geralmente introduzido pela preposição a) que
pode ser substituído por um pronome pessoal de 3ª pessoa (lhe/lhes).
EX: «Perguntem aí ao Gouveia.» → «Perguntem-lhe aí.»
c. Complemento oblíquo – grupo adverbial (1) ou preposicional (2) que, ao contrário do
complemento indireto, não pode ser substituído por um pronome pessoal (lhe/lhes).
EX: (1) «Faz bem à alma.» →/ «Faz-lhe à alma.»
(2) «Também me lembro do sopro do maçarico.» →/ «Também me lembro-lhe.»
Exemplos de verbos que pedem complemento oblíquo:
a) ir a, vir de, estar em, partir de (nome ou pronome precedido de preposição; advérbio);
b) comunicar com, concordar com, discordar de, precisar de, necessitar de, troçar de, casar-se
com, divorciar-se de, dispor-se a, arrepender-se de, interessar-se por (nome ou pronome
precedido de preposição).
d. Complemento agente da passiva – grupo preposicional (geralmente introduzido pela
preposição por) que, na frase ativa correspondente, passa a grupo nominal com função de
sujeito.
EX: «Uma Câmara não é eleita pelo povo, é nomeada pelo Governo.» → «O povo não
elege uma Câmara, o Governo nomeia-a.»

2. Predicativos:
a. Predicativo do sujeito – grupo nominal (1), adjetival (2), adverbial (3) ou proposicional (4) ou
oração (5) selecionado por um verbo copulativo (estar, ficar, continuar, parecer, permanecer,
revelar-se, ser, tornar-se…) que atribui uma propriedade ou uma localização (espacial ou
temporal) ao sujeito.
EX: (1) «A mãe era uma criatura desagradável e azeda.»
(2) «Garcia ficou aturdido.»
(3) «Olhe que isto é preciso é que todos fiquem bem.»
(4) «Caeiro era de estatura média.»
(5) «Pensar é estar doente dos olhos.»

3. Modificador do grupo verbal – grupo preposicional (1), adverbial (2) ou oração subordinada (3) que,
ao contrário dos complementos, não sendo selecionados pelo verbo, modificam-no, acrescentando
informação suplementar. Caracterizam-se essencialmente pela sua grande mobilidade, podendo ocorrer
em várias posições da frase.
EX: (1) «O carrinho partiu, com Lourival, por entre a azinhaga.»
(2) «O conselheiro enrolava vagarosamente o seu lenço de seda da Índia.»
(3) «Não te posso dar minha filha, porque já não tenho filha.»

Das könnte Ihnen auch gefallen