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1. Definição de família
5. Funções da Família.
intervenção.
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2ª Parte: o nosso Projecto: Nós & os Laços
1. Projecto nós & os laços
4. Metodologias
5. Resultados e produtos
6. Conclusão
7. Anexos
Bibliografia
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A família constitui o primeiro lugar de toda e qualquer
educação e assegura, por isso, a ligação entre o
afectivo e o cognitivo, assim como a transmissão dos
valores e das normas (Delors, J. & Alii, 1996, p. 111)
1-Definição de família
Antes de avançarmos para a definição de ciclo vital e dos tipos de famílias, temos de
deter a nossa atenção sobre as (s) definições de Família e a sua importância para o
desenvolvimento individual dos seus membros.
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A família é a unidade institucional básica da sociedade
primariamente responsável pelas
Sintetizando,
Espaço/
tempo
Laços
Regras
afecto
Comunicação
Família partilha
Valores
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Não podemos descurar que não podemos falar de normalidade de
famílias, pois o conceito de “normal” tem diversos sentidos que aludem para o
assintomático, o ideal e para a média, isto é, o típico e portanto, dependente da
conjuntura social. Por esta pluralidade de significados, que estão imbuídos de
subjectividade, não podemos falar de normalidade nas famílias, ou famílias
“normais”. Podemos sim falar de processos desenvolvimentais normativos nas
famílias.
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No caso específico da Formação Parental, é necessário conhecer a família,
para poder intervir de forma colaborativa e co-responsabilizadora.
Individual
Conjugal
Parental
Filial
Fraternal
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O Sub-sistema Individual é constituído pelo indivíduo que, para além
do seu envolvimento no seio do sistema familiar, desempenha,
também, funções e papéis noutros sistemas. Esta dupla pertença cria-
lhe um dinamismo que se transmite, naturalmente, no seu
desenvolvimento pessoal e na forma como ele está em cada um desses
contextos.
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4- A família e as suas Fronteiras/relação com o
exterior
A família relaciona-se também com o exterior, com a comunidade, pelo
que a esta relação e a forma como a mesma se constrói define as fronteiras
da família.
Família
Escola Sociedade
Abertas
Movimentos centrífugos (A família e os seus membros movem-se de dentro
para fora, abrindo-se ao exterior)
Fechadas
Movimentos centrípetos (A família fecha-se sobre si mesma)
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5- Funções da Família
A família tem na sua génese duas funções cruciais: Interna e Externa
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A partir do texto, podemos perceber que pela sua Função Interna a
família terá de potenciar o desenvolvimento e crescimento autónomo dos seus
membros. O sistema familiar, ao mesmo que deve ser espaço privilegiado de
desenvolvimento do Sentimento de Pertença, deve permitir a Individuação
e/ou Diferenciação de Identidade dos seus membros. O sentimento de
pertença e a individuação dos membros são funções cruciais e fundamentais
para o bem-estar dos indivíduos
A Família deve também ser estudada/ compreendida pela sua estrutura, que se
divide em dois eixos: Sincrónico e Diacrónico.
Quem?
Com Quem?
Como?
Quando?
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Através da compreensão e análise da sua estrutura pode apreende-se
quais os subsistemas que (co) existem, como se relacionam entre si, como se
organizam (fronteiras e limites), quais os padrões transaccionais (comunicação,
relações, normas, regras, papeis, expectativas) existentes entre os membros e
os subsistemas.
(Minuchin)
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2) O segundo eixo da estrutura familiar, o Diacrónico, permite-nos
compreender a família pela perspectiva temporal e portanto, o seu
desenvolvimento (Ciclo Vital da Família) e os padrões e mitos que se
perpetuam ao longo das gerações.
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Formação do casal
Estádio Tarefas
Estabelecimento de uma relação conjugal
1. Formação do Casal mutuamente satisfatória; preparação para a
gravidez e para a parentalidade
Ajustamento à exigências de desenvolvimento
2. Famílias com recém-nascido
de uma criança dependente
Adaptação às necessidades e interesses das
3. Famílias com crianças em idade pré-
crianças no sentido da sua estimulação e
escolar
promoção do desenvolvimento
Assumir responsabilidades com crianças em
4. Famílias com crianças em idade escolar meio escolar; relacionamento com outras
famílias na mesma fase.
Facilitar o equilíbrio entre liberdade e
responsabilidade; partilha desta tarefa com a
5. Famílias com filhos adolescentes
comunidade; estabelecimento de interesses
pós-parentais.
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Para além da simples definição dos estádios, é importante saber quais
os mecanismos psicológicos subjacentes à mudança que implica a transição
dum estádio para o outro, sobretudo se quisermos apropriarmo-nos de
conhecimento para intervir no contexto da Intervenção Familiar/ educação
parental.
Desenvolvimento de relações
adulto-adulto entre os jovens e os
Aceitação de múltiplas
pais
Saída dos filhos entradas e saídas no
sistema
Realinhamento de relações para
incluir os parentes por afinidade e
os netos
* In Ana Paula Relvas. O ciclo Vital da Família. Perspectiva Sistémica. Biblioteca das Ciências
do Homem. Edições Afrontamento. 2ª Edição. Maio de 2000
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8-Factores de Stress, Factores de Risco,
Acontecimentos Inesperados
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9-Compreender a família e delinear um plano
de Formação Parental
No contexto de uma intervenção ao nível da formação parental, temos
de perceber quais os desafios esperados para cada família em cada estádio,
quais são as tarefas e funções esperadas e captar como cada família age e
reage aos desafios e às suas “crises”. Temos de perceber também como a
Familia lida com a Crise e consequentemente com a mudança, quais os seus
factores de suporte (o que ajuda a família a mudar), as suas competências, os
seus recursos.
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10- EVOLUÇÃO E TRANSFORMAÇÕES DA/
NA EDUCAÇÃO FAMILIAR: síntese
É este modelo teórico que estará subjacente a esta formação, não só a esta
aula, mas ao longo de todo o curso de formação parental.
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11 - EDUCAÇÃO PARENTAL: O QUE É E
PARA QUE SERVE?
Vamos começar por fazer uma resenha das diferentes (mas
complementares) definições dadas ao conceito de formação parental, para
podermos em primeiro lugar defini-la e em segundo, reflectirmos acerca da sua
importância e contextos de aplicação.
Quer isto dizer que a formação parental pode ter um carácter educativo e
preventivo, mas também pode surgir como resposta a situações de crise.
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Educação Parental visa alcançar uma importante aprendizagem, que diz
respeito ao ofício de mãe/pai: trata-se de melhorar as capacidades
educativas das figuras parentais e, nos casos mais graves, de romper o
círculo vicioso segundo o qual as famílias com problemas têm filhos com
problemas que, por sua vez, virão no futuro a criar crianças perturbadas
(Pourtois, Desmet & Barras, 1994).
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serviços de suporte nas próprias comunidades locais e as famílias a
utilizarem-nas de forma vantajosa”. Há, neste modelo, uma definição
intencionalmente direccionada para as relações, ao mesmo tempo que
para a necessidade de alargarmos os objectivos das intervenções à
construção de serviços na rede de suporte das famílias e que elas os
possam utilizar.
O objectivo último da educação parental é ajudar os pais a desenvolver a
auto-conhecimento e auto-confiança e a aumentarem a qualidade da sua
capacidade para apoiarem e ajudarem as suas crianças a desenvolverem-
se.
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12 - TREINO PARENTAL OU FORMAÇÃO
PARENTAL?
Sintetizando:
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No entanto, devemos ressalvar que quer o treino de competências
parentais quer a formação parental têm traços comuns, designadamente o
facto de terem como objectivo primordial o apoio efectivo aos pais,
proporcionando-lhes informação de carácter prático, conhecimentos,
transmitindo-lhes princípios de aprendizagem e modificação do comportamento
e promovendo competências parentais, de comunicação e de resolução de
problemas (Schaefer &Briesmeister, 1989). Quer um quer outro, propõem-se a
promover a existência de espaços de autoconhecimento, onde os sentimentos,
emoções, dúvidas e dificuldades podem ser partilhados, reflectidos e ser alvo
de diferentes leituras e significados.
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13- OBJECTIVOS GERAIS DAS
INTERVENÇÕES DE FORMAÇÃO/
EDUCAÇÃO PARENTAL:
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Em famílias de crianças em situação de risco pretende-se:
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14 - A definição de educação parental e as
implicações na forma de intervenção
Em suma,
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De um modelo centrado em processos de ensino, que facilitem a
memorização de informações, devemos passar para metodologias mais
subjectivas, experienciais que capacitem os formandos para o
envolvimento e crítica desse conjunto de conhecimentos e sua aplicação
(cf. Allen & Crosble-Burnett, 1992).
15 - CONTEXTOS DE APLICAÇÃO
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Existência de maus tratos e/ou negligência por influência de factores de
risco (tais como baixa auto-estima, impulsividade, agressividade, baixa
tolerância às frustrações e ao stresse, ansiedade e depressão,
Alcoolismo ou toxicodependência; História familiar de maus-tratos na
infância; Desconhecimento sobre o desenvolvimento da criança,
implicando expectativas pouco adequadas relativas à criança; Atitude
intolerante e indiferente face às responsabilidades parentais;
Perturbações no processo de vinculação com o filho).
Para além dos pais e mães que possam reconhecer-se nessas condições, as
intervenções poderão abranger um público ainda mais vasto, nomeadamente
avós e mesmo professores, na sua colaboração com os pais (Pourtois, Desmet
& Barras, 1994).
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b) “Hiper-estimulação das crianças;
c) Ter por base o mito de uma “família idealizada”, dita “normal”
com comportamentos padronizados e esperados;
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ideias e sentimentos, tendo em consideração o seu contexto cultural e
envolvendo-os no processo de partilha de experiências, discussão de
ideias e resolução de problemas.
Assumir uma perspectiva de empowerment.
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II Parte – O projecto
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1- Projecto Nós & os Laços
Este projecto baseia-se nas áreas do conhecimento e na formação parental
no âmbito das famílias com filhos com deficiência ou NEE. Tem como
objectivos gerais:
2- Caracterização do público-alvo e
abrangência
Sexo
Masculino Feminino
Auditiva
Visual
Mental
Motora
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Multideficiência 12 12 24
Orgânica
Outra/Especificar
Total
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4- Metodologias
Sessões de grupo (método colaborativo, debate, reflexão e partilha de
ideias, visionamento de filmes e vídeos, fotocolagem, photovoice) ( em
anexo)
Oficinas de formação (método expositivo, método participativo, debate,
fotocolagem)
Visitas domiciliárias (avaliação e intervenção familiar integrada)
Atendimento psicossocial
5- Resultados e produtos
Melhoria dos níveis de informação das famílias.
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pais de crianças/jovens com deficiência/NEE.
6- Conclusão
suas estratégias educativas num sentido mais adequado e eficaz, que lhes
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especiais, os estudos evidenciam que essas interrogações e incertezas são
(Coutinho, 2003,p.228).
estão sujeitos. A maioria das famílias com que intervimos estão sujeitos ao
organizar sem ajuda externa. Daí o impacto positivo da nossa intervenção junto
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nelas, mas sobretudo nas suas potencialidades e recursos. Um trabalho deste
dos próprios pais, implica, isso sim, a procura do que há melhor dentro deles,
não só como pais mas sobretudo como pessoas, promovendo o seu bem-estar
pessoal e assim, capacitando-os para serem seres humanos mais felizes, mais
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7. Anexos
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Planificação 1ª Sessão - 21/09/2011
Objectivos:
Actividades/ procedimentos:
realizar
Como me sinto como pai/ mãe? Como me sinto como pai/ mãe de
Conclusões
Duração: 90 minutos
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Relatório Sessão Formação Parental
Como me sinto como pai/ mãe de uma criança com dificuldades/ deficiência?
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* recorte e colagem de imagens em cartolinas, com as quais identificavam os
grupo completo
(técnica da fotocolagem)
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Conclusões
surpreendeu-nos muito (positivamente), pois foi difícil terminar a sessão. Sentimos que
experiências pessoais.
Estas famílias estão, apesar das redes de serviços que as acompanham, muito
meninos. Acresce o facto destas famílias viverem outras situações difíceis (económica,
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Têm muito medo de serem julgadas e pensamos que, connosco, que não temos o
familiar/relacional, se sentiram à vontade e por isso, houve espaço para chorar, rir e
Técnicos a fazerem e a tomarem decisões que lhes são difíceis, ou para as quais não
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Folheto informativo
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Poster científico
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Folheto/ cartaz seminário do projecto
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Bibliografia
Alarcão, Madalena (2000) (Des) Equilíbrios familiares. Coimbra: Editora
Quarteto.
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Coimbra, Dezembro de 2011
Carmen Fonseca
Celina Carvalho
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