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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO

DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA CIRCUNSCRIÇÃO


JUDICIÁRIA DE SOBRADINHO/DF

Processo: 2018.06.1.000532-5

MARCOS ARISTEU MONTEIRO, já devidamente qualificado nos autos


em epígrafe, por seus advogados constituídos, conforme procuração em anexo, vem,
com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, apresentar

ALEGAÇÕES FINAIS NA FORMA DE MEMORIAIS

com fulcro no artigo 403, § 3º do Código de Processo Penal (CP), conforme fatos e
fundamentos a seguir delineados.

I - BREVE RELATÓRIO DOS FATOS

Trata-se de persecução penal em face do acusado pela indigitada


prática das infrações penais previstas nos artigos 65 (por três vezes na forma do
artigo 69 do CPB) 21, caput, ambos do Decreto-Lei 3688/1941 e 147, caput do Código
Penal, na forma do art. 61, II, f, do CP, c/c os artigos 5º, III, e 7º, I, II e V, ambos da
Lei 11.340/2006, conforme descrito na exordial acusatória (fls. 02/02ª).

Resposta a acusação às (fls. 51/56). Denúncia recebida às (fls. 41/43),


em 06 de fevereiro de 2018.

Termos de audiências às (fls. 20, 81/82 e 99). Interrogatório do acusado


às (fl. 102)

Em Alegações finais o Ministério Público às (fl. 128/133), requereu que


seja julgada procedente a pretensão punitiva do Estado, para considerar o réu
MARCOS ARISTEU MONTEIRO condenado a prática dos crimes, nos termos
pleiteados na inicial acusatória.

2 - DA VERDADE DOS FATOS

A peça acusatória traz grave omissão quanto à descrição dos


acontecimentos. E essa lacuna, por si só, é capaz de colocar por terra toda pretensão
condenatória. Senão vejamos OS FATOS:

Após o fim da união, a suposta vítima, (e isso não se mostra nos autos),
ainda que o Réu cumprisse efetivamente seu dever de pai, aquela lhe fazia contínuas
ameaças no sentido de bater aos cancelos do judiciário sob alegação de
descumprimento do seu dever paterno.

No entanto, Emérito Julgador (a), mesmo cumprindo seu dever paterno,


pagando os valores determinados judicialmente a título de alimentos a seus filhos, a
suposta vítima, jamais dera sossego ao Réu e continuou sempre a persegui-lo.
Ademais, o que desencadeou a última discussão não foi exposto com clareza pelo
nobre membro do Ministério Público.

Pois bem, após perceber que não mais havia possibilidade de reatar o
relacionamento, sem saber qual outra medida tomar para buscar a atenção do Réu, a
suposta vítima, bateu aos cancelos do judiciário com escopo de obter pronunciamento
jurisdicional tutelando, desta vez, pretensão de pensão alimentícia em benefício dos
menores, logrando êxito em seu pleito.

A suposta vítima, não perdeu nenhuma oportunidade de atingir o Réu,


gerando todas as vezes, brigas e insultos de forma recíproca. Inclusive, tendo o Réu
contra si aprovado Medidas Protetivas. Ressalta-se que mesmo tendo conseguido
Medidas Protetivas em desfavor do Réu, todos os dias a suposta vítima o provocava
indo diversas vezes no seu comércio.

Na discussão que desencadeou todo esse imbróglio, Emérito Julgador


(a), a suposta vítima de forma ardilosa inventou uma viagem para Formosa do Rio
Preto na Bahia com a filha menor, deixando 03 (três) menores, dois

adolescentes e uma criança, sozinhos em sua residência, se é que


pode chamar de residência, onde foi atestado pelo Conselho Tutelar que da forma
que estavam não tinha condições de viver naquele lugar.

O que a suposta vítima deixou de relatar é que jamais


houvera tal viagem. Excelência, um dos filhos da suposta vítima que mora na
cidade a qual ela disse ter viajado, de forma categórica afirmou que ela não estivera
no referido estado, ou seja, a suposta viagem não aconteceu.

Nesse interim, o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia anônima e na


averiguação constataram a veracidade dos fatos, ou seja, os 03 (três) menores,
encontravam se sozinhos naquela residência. Sem a presença de um adulto.

Em conversa com uma pessoa do conselheiro tutelar, um dos filhos


avisou que o pai não convivia com a mãe, mas que teria um comércio ali próximo.

Diante disso a representante do conselho foi até o estabelecimento e


conversou com o Réu, sobre as condições em que os filhos se encontravam e como a
mãe “estava viajando” esse teria a obrigação de cuidar dos filhos. Que de pronto esse
se dirigiu a casa da suposta vítima para cuidar dos seus filhos.
Após o retorno da suposta vítima, na semana do dia 08 de janeiro, esse
voltou para seu labor normal, haja vista, as medidas protetivas que lhe foram
impostas.

Ora! A pessoa inventa uma suposta viagem, some, ninguém sabe


seu paradeiro, deixa três menores sozinhos em casa, não avisa a ninguém, o
Conselho Tutelar é acionado, isso tudo acabou se transformando em uma
bomba relógio. E infelizmente foi o que aconteceu, o Réu ficou indignado com toda a
ação e acabou em um momento de infelicidade e de tristeza, se sucumbindo, vindo a
se aproximar, descumprindo as medidas protetivas a ele impostas.

Realmente houve aproximação do acusado com a suposta vítima. Isso


ocorreu porque o acusado fora chamado no Conselho Tutelar, pois a suposta vítima
havia viajado e deixado os filhos menores na residência totalmente insalubre.

Por fim, Excelência, o Réu não nega que teve seus momentos de
discussão, com a suposta vítima, com referencia ao abandono dos adolescentes e do
incapaz, gerado por essa falsa viagem, mas afirma que JAMAIS a ameaçou ou
praticou algum tipo de violência física contra ela ou qualquer que seja, conforme
narrado na exordial, apesar das renitentes provocações da senhora MARIA.

3. DO MÉRITO

3.1 - DA CONTRAVENÇÃO PENAL DE PERTURBAÇÃO DA TRANQUILIDADE

Trata-se de imputação de perturbação do sossego alheio, sob acusação


de que o Réu ofendera a honra da pseudo suposta vitima com palavras.

Prevista no artigo 65, do Decreto-Lei 3.688/41 (Lei das Contravenções


Penais), caracteriza-se pelo ato de perturbar a tranquilidade pessoal da vítima por
acinte ou motivo reprovável, o que foi confirmado por Gabriela em juízo.

Neste passo, é o ensinamento do ilustre doutrinador

GONÇALVES1, ao definir a contravenção penal descrita no artigo 65,


do Decreto-

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