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acontecer
Essa teoria já foi reforçada por inúmeros analistas de sobrevivência e defesa civil e
faz completo sentido se você começar a considerar o que realmente acontece em
um cenário de crise intenso.
Imagine que algum evento prejudique nosso fornecimento de energia. Saiba que o
Brasil tem grande parte de sua energia canalizada por poucas linhas de
transmissão, logo, se algo ocorresse em uma destas principais vias provavelmente
muitos ficariam no escuro. Se este apagão não for facilmente reparável, inicia-se
uma corrente de eventos:
Energia > Água > Distribuição de comida > Lei e ordem > Saques > Incêndios
Caso nossa luz seja desligada os serviços vão aos poucos desligando, desde seu
refrigerador ou alarme residencial até hospitais que ficarem sem combustível para
os geradores;
Com a população ficando com fome e percebendo que as coisas estão ruins vamos
ao fim da lei e da ordem, pois aqueles que trabalham em áreas de segurança
também começam a se preocupar com suas famílias e percebem que as
manifestações e agitações sociais estão fora de controle;
E por último, quando tudo está fora de controle, ninguém poderá apagar os
incêndios que iniciarão e teremos bairros inteiros queimando até o alicerce.
Para achar a resposta, basta analisarmos onde é que não devemos estar.
O último censo brasileiro aponta que grande parte da população está concentrada
em pequenas áreas. Se você quer ter maior chance de sobreviver a uma catástrofe
de grande abrangência, dê uma analisada com calma no mapa a seguir para ter
uma referência visual de onde é preferível manter-se longe:
Fato é que nem todo mundo pode escolher mudar de cidade de repente. Se você
vive em um desses centros urbanos grandes, terá de pensar em formas de sair dele
o mais rápido possível quando sentir que a @$#! vai atingir o ventilador. Claro que
isso não é nem um pouco simples, afinal, as saídas principais já ficam
congestionadas em finais de semana e tempos de férias… Imagine em uma situação
onde todos queiram fugir da cidade. Procure por rotas secundárias, pouco
conhecidas e que você já conheça bem. Pratique sair por estas rotas em horários de
congestionamento para sentir como será.
Se acha que é improvável que as pessoas decidam fugir em massa dessa forma,
pense melhor. Durante o furacão Rita que atingiu os EUA anos atrás, todas as
maiores auto estradas ficaram travadas por centenas de quilômetros. Se aqui no
Brasil podemos ficar um dia inteiro travado em congestionamento em situações
normais, imagine em cenários de catástrofe.
Se você é daqueles sortudos que podem procurar por uma propriedade afastada
destes centros e que ainda assim estejam ao alcance da tecnologia, pense em
manter sua propriedade no mínimo de 10 a 15 quilômetros longe de qualquer auto
estrada ou rodovia. Este é o alcance relativamente seguro para manter longe os
que queiram sair do congestionamento e se aventurar em estradas vicinais
procurando por água e comida.
Se você não tem qualquer outra alternativa a não ser permanecer na cidade,
considere estratégias que possam lhe manter de forma sustentável na cidade
mesmo em tempos de pânico. Não será fácil mas é possível, mais à frente
conversaremos sobre o tema.
Até.