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QUESTÕES OAB – CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

1. (OAB/2017) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder


Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo
em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do
Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal,
o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de
Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal
lei declarada inconstitucional.
Diante do exposto, responda aos itens a seguir.
a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal?
b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta?

2. (OAB/2017) O Governador de um Estado-membro da Federação vem


externando sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº
1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de
iniciativa de determinado deputado estadual, criou uma Secretaria de Estado
especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal quadro, o
Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição
de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual
nº 1234/15.
Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir.
a) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade?
b) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador?

3. (OAB/2016) O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo


novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos,
transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só
fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a
capital federal.
Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida
provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em
resposta, a Advocacia-Geral da União sustentou que não era correta a afirmação,
já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de
vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória.
Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma
fundamentada, aos itens a seguir.
a) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas
normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais?
b) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está
correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida
provisória?

4. (OAB/2016) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do


Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de
diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o
projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção,
a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o
Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente
da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação
Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens
a seguir.
a) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)
nesse caso?
b) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a
propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam
os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar?

5. (OAB/2015) José, inconformado com decisão judicial proferida e m primeiro


grau, que o condenou ao pagamento de indenização, recorreu ao Tribunal de
Justiça do Estado M. Distribuído o recurso para a Segunda Câmara Cível do
mencionado tribunal, os desembargadores desse órgão fracionário, ao analisarem
a matéria, entenderam corretos os argumentos de José no que se referia à
inconstitucionalidade do dispositivo legal que fundamentou o pedido da parte
autora, ora recorrida. Ao realizarem acurada pesquisa jurisprudencial, observaram
que o Pleno e o Órgão Especial do próprio Tribunal de Justiça do Estado M, bem
como o Supremo Tribunal Federal, nunca se manifestaram sobre a matéria.
Diante da situação narrada, responda aos itens a seguir.
a) Qual a providência a ser tomada pela Segunda Câmara?
b) A solução seria diversa se houvesse manifestação do Supremo Tribunal Federal
sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade do dispositivo em questão?
6. (OAB/2015) O Governador do Estado X ajuizou Representação de
Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça local, apontando a violação,
pela Lei Estadual nº 1.111, de dispositivos da Constituição do Estado, que se
apresentam como normas de reprodução obrigatória.
Considerando o exposto, responda aos itens a seguir.
a) O que são normas de reprodução obrigatória?
b) Proposta Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal arguindo violação dos mesmos dispositivos da Constituição Federal, cuja
reprodução pela mesma lei estadual (Lei nº 1.111) era obrigatória na Constituição
Estadual, sem que tenha ocorrido o julgamento da Representação de
Inconstitucionalidade pelo Tribunal de Justiça local, poderão as duas ações
tramitar simultaneamente?

7. (OAB/2013) O Estado “Z” editou lei que institui uma Taxa de Fiscalização de
Estradas, impondo o pagamento de uma elevada quantia para o acesso ou para a
saída do território daquele Estado por meio rodoviário.
Sobre a hipótese sugerida, responda, fundamentadamente, aos seguintes itens.
a) O Governador do Estado “Y” pode impugnar a lei editada pela Assembleia
Legislativa do Estado “Z” por meio de ação direta de inconstitucionalidade?
b) Caso a lei do Estado “Z” seja impugnada por um partido político, por meio de
Ação Direta de Inconstitucionalidade, pode prosseguir a ação em caso de perda
superveniente da representação do partido no Congresso Nacional?

8. (OAB/2013) O partido político “X” move, perante o Supremo Tribunal Federal,


ação direta de inconstitucionalidade contra a lei do Estado “Y”, que dispõe sobre
licitações e contratos administrativos no âmbito daquele Estado federado, para
atender às suas peculiaridades, sem afrontar normas gerais preexistentes.
O partido alega que a referida lei estadual é inconstitucional, uma vez que a
competência privativa para legislar sobre a matéria é da União, conforme o Art.
22, XXVII da Constituição da República.
Parecer da Procuradoria-Geral da República opina no sentido do não conhecimento
da ação, uma vez que o partido político “X” possui em seus quadros apenas seis
Deputados Federais, mas nenhum Senador, não sendo dessa maneira legitimado a
mover a referida ação direta.
Além disso, não estaria demonstrado na inicial o requisito da pertinência temática.
A partir da hipótese apresentada, responda justificadamente aos questionamentos
a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e apresentando a
fundamentação legal pertinente ao caso.
a) É caso de se acolher o parecer da Procuradoria-Geral da República no sentido
do não conhecimento da ação?
b) Quanto ao fundamento de mérito apresentado, tem razão o partido político ao
questionar a constitucionalidade da norma impugnada?

9. (OAB/2013) Determinado Estado-membro aprovou uma lei que incluiu a


disciplina de formação para o trânsito nos currículos do 1º e do 2º graus de ensino
da rede pública estadual.
A esse respeito, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Análise a constitucionalidade dessa lei estadual.
b) O Governador de outro Estado pode ajuizar ADI ou ADPF contra esta lei? Por
qual (is) motivo (s)?

10. (OAB/2013) Lei do Estado “Y”, editada em abril de 2012, com base no Art.
215, § 1° da Constituição da República, regulamenta a chamada rinha de galo,
prática popular onde dois galos se enfrentam em lutas e espectadores apostam no
galo que acreditam ser o vencedor.
Comumente, os dois galos saem com muitos ferimentos da contenda, e não raras
vezes algum animal morre ou adquire sequelas permanentes que recomendam seu
abate imediato.
A Associação Comercial do Estado “Y” ajuíza ação direta de inconstitucionalidade
no Supremo Tribunal Federal em que pleiteia a declaração de
inconstitucionalidade da referida lei estadual.
Em defesa da norma, parlamentar que votou pela sua aprovação, diz, em entrevista
a uma rádio local, que a prática da conhecida briga de galos é comum em várias
localidades rurais do Estado “Y”, ocorrendo há várias gerações. Além do mais,
animais, especialmente aves, são abatidos diariamente para servir de alimento, o
que não ocorreria com as aves destinadas para as rinhas.
Responda justificadamente aos questionamentos a seguir, empregando os
argumentos jurídicos apropriados e apresentando a fundamentação legal pertinente
ao caso.
a) Quanto ao mérito do pedido, é cabível a declaração de inconstitucionalidade da
lei do Estado “Y”, que regulamenta a chamada rinha de galo?
b) Há regularidade na legitimidade ativa da ação?

11. (OAB/2013) Proposta de emenda à Constituição é apresentada por cerca de


10% (dez por cento) dos Deputados Federais, cujo teor é criar novo dispositivo
constitucional que determine a submissão de todas as decisões do Supremo
Tribunal Federal, no controle abstrato de normas, ao crivo do Congresso Nacional,
de modo que a decisão do Tribunal somente produziria efeitos após a aprovação
da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral.
A proposta é discutida e votada nas duas casas do Congresso Nacional, onde recebe
a aprovação da maioria absoluta dos Deputados e Senadores nos dois turnos de
votação. Encaminhada para o Presidente da República, este resolve sancionar a
proposta, publicando a nova emenda no Diário Oficial.
Cinco dias após a publicação da emenda constitucional, a Mesa da Câmara dos
Deputados apresenta perante o Supremo Tribunal Federal ação declaratória de
constitucionalidade em que pede a declaração de constitucionalidade desta emenda
com eficácia erga omnes e efeito vinculante.
A partir da hipótese apresentada, responda justificadamente aos questionamentos
a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e apresentando a
fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Há inconstitucionalidades materiais ou formais na emenda em questão?
b) A ação declaratória de constitucionalidade poderia ser conhecida pelo Supremo
Tribunal Federal?

12. (OAB/2012) A Lei Orgânica do Município “Y”, que integra o Estado “X”, ao
dispor sobre ingresso na administração pública municipal, e em observância aos
princípios da eficiência e da moralidade, estabeleceu que os cargos, empregos e
funções públicas seriam acessíveis aos brasileiros naturais do Estado “X”, que
tivessem residência no Município “Y”, e que seriam investidos nos cargos
mediante aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão.
Contra esse dispositivo da Lei Orgânica foi ajuizada, junto ao Tribunal de Justiça,
uma Ação Direta de inconstitucionalidade, nos termos do Art. 125, § 2º, da CRFB,
alegando violação a dispositivo da Constituição estadual que, basicamente,
reproduz o Art. 37, da CRFB. O Tribunal de Justiça conheceu da ação, mas julgou
improcedente o pedido, entendendo que, respeitados os limites constitucionais, o
Município pode criar regras próprias, no exercício da sua capacidade de auto-
organização.
A partir do caso apresentado, responda justificadamente aos itens a seguir.
a) O Município tem autonomia para criar a regra citada no enunciado, conforme
entendeu o Tribunal de Justiça?
b) A ADI estadual pode ter por objeto dispositivo de Lei Orgânica?
c) Dessa decisão do Tribunal de Justiça, cabe Recurso Extraordinário ao STF?

13. (OAB/2012) Uma agência reguladora federal editou, recentemente, uma


portaria proibindo aos médicos prescrever a utilização de medicamentos que não
tenham similar nacional.
A Associação Brasileira de Profissionais da Saúde, entidade de âmbito nacional
constituída há mais de dois anos, propôs uma Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF) contra aquela medida.
A respeito da situação acima, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) É possível a propositura da ADPF contra a portaria emitida pela agência
reguladora federal?
b) A Associação tem legitimidade para a propositura daquela ADPF?
c) Pode um Estado instituir uma ADPF no plano estadual? Nesse caso, qual o
instrumento jurídico apto à criação do instituto?

14. (OAB/2012) Renata, servidora pública estadual, ingressou no serviço público


antes da edição da Constituição da República de 1988, e é regida pela Lei X,
estatuto dos servidores públicos do Estado-membro.
Sobre a situação funcional de Renata, responda justificadamente:
a) O que ocorrerá com a Lei X caso ela não tenha sido editada conforme os trâmites
do processo legislativo previstos pela atual Constituição?
b) É possível que Renata questione, em ação individual, por meio de controle
difuso, a inconstitucionalidade formal da Lei X perante a constituição revogada?
c) Tendo em vista que Renata já estava inserida em um regime jurídico, é possível
afirmar que a mesma tem direito adquirido a não ser atingida pela Constituição de
1988 no que tange à sua situação funcional?
15. (OAB/2011) O Prefeito do Município WK apresenta projeto de lei que outorga
reajustes a determinadas categorias de servidores públicos, que veio a sofrer
emendas pelos parlamentares ampliando os benefícios para outras categorias não
acolhidas no projeto do Chefe do Executivo, com aumento de despesas, em
previsibilidade orçamentária. A Constituição Estadual prescreve que nessa matéria
a iniciativa é exclusiva do Chefe do Executivo, repetindo normas da Constituição
Federal. A lei foi votada por maioria e sancionada pelo Prefeito. A legitimidade
prevista para o controle de constitucionalidade repete, no plano local, aquela
inscrita na Constituição Federal.
Responda fundamentadamente:
a) A emenda parlamentar ao projeto de lei seria possível?
b) Existiria algum meio de controle de constitucionalidade da lei votada pela
Câmara?
c) Teria o Prefeito legitimidade para propor a eventual ação direta de
inconstitucionalidade, mesmo tendo sancionado o projeto?

16. (OAB/2011) O Presidente da República ajuizou ação direta de


inconstitucionalidade contra o art. 5º da lei federal X, de 2005. Essa lei tem sido
declarada totalmente inconstitucional pelo STF em reiteradas decisões, todas em
sede de controle difuso.
Com base nesse cenário e à luz da jurisprudência do STF, responda aos itens a
seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal
pertinente ao caso.
a) O Advogado-Geral da União está obrigado a defender a constitucionalidade da
lei X?
b) Ao julgar essa ADI, pode o STF declarar a inconstitucionalidade de outro(s)
dispositivo(s) da lei X, além do art. 5º?

17. (OAB/2011) Suponha que o STF tenha reconhecido em diversos julgados


(recursos extraordinários) a incompatibilidade de uma lei ordinária do Estado Y,
em vigor desde 1999, com uma emenda constitucional promulgada no ano
seguinte.
À 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Y foi distribuído um recurso
de apelação cível em que a incompatibilidade da referida lei com a emenda
constitucional é questão prejudicial.
Diante desses fatos, responda:
a) As decisões proferidas pelo STF, reconhecendo a referida incompatibilidade
entre lei e emenda constitucional, devem ser encaminhadas ao Senado?
b) A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Y tem competência para
deixar de aplicar a lei estadual incompatível com a emenda constitucional?

18. (OAB/2011) O Procurador-Geral da República ajuizou uma ação direta de


inconstitucionalidade contra a lei estadual X e uma ação declaratória de
constitucionalidade tendo por objeto a lei federal Y – ambas ajuizadas com pedido
de medida cautelar.
Considerando-se o exposto, responda fundamentadamente:
a) Diante da ambivalência das ações de constitucionalidade e
inconstitucionalidade, se o STF indeferir a cautelar na ADI, pode um juiz, no
exame de um caso concreto (controle difuso), declarar a inconstitucionalidade da
lei X?
b) Se o STF deferir a cautelar na ADC, pode um juiz, no exame de um caso
concreto, declarar a inconstitucionalidade da lei Y, mas por outros fundamentos,
que não aqueles que deram causa à ação?

19. (OAB/2011) Determinado Partido Político com representação no Congresso


Nacional ajuíza Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal para questionar a íntegra de uma lei estadual.
Em relação ao cenário acima, comente, justificadamente, as consequências
jurídicas das seguintes hipóteses, considerando sua ocorrência antes do julgamento
da ADI:
a) a lei estadual impugnada é revogada;
b) o Partido Político deixa de ter representação no Congresso Nacional.

20. (OAB/2010) O Supremo Tribunal Federal, ao julgar um recurso extraordinário,


declarou a inconstitucionalidade, incidenter tantum, de uma lei estadual. Antônio
Augusto, interessado em ser alcançado pelos efeitos da decisão de
inconstitucionalidade, impetrou mandado de segurança perante o Supremo
Tribunal Federal objetivando a fixação de prazo para que o Senado Federal edite
resolução para suspender a execução da mencionada lei estadual.

Considerando a situação hipotética narrada, responda aos itens a seguir,


empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal
pertinente ao caso.
a) Quais são os efeitos subjetivos produzidos pela declaração de
inconstitucionalidade da lei em questão e qual é a função reservada ao Senado
Federal pela norma do artigo 52, inciso X, da CRFB?
b) De acordo com a tradição constitucional brasileira, é cabível o pretendido
controle jurisdicional da atuação do Senado Federal em tal hipótese?
c) O Senado Federal pode exercer a competência descrita no artigo 52, inciso X,
em se tratando de declaração de inconstitucionalidade de lei estadual?

21. (OAB/2010) No início de um ano eleitoral, o Congresso Nacional aprovou e


promulgou uma emenda constitucional suprimindo a alínea “a” do inciso II do
parágrafo 1º do artigo 14 da Constituição e alterando o parágrafo 2º do mesmo
dispositivo, que passaria a ter a seguinte redação: “Não podem alistar-se como
eleitores os estrangeiros, os analfabetos e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.” Ocorre que, no intervalo entre o primeiro e o segundo
turno de votação da proposta (PEC) no Senado Federal, o Presidente da República
havia decretado intervenção federal num determinado Estado da federação.
Diante da dúvida generalizada a respeito do direito de voto dos analfabetos na
eleição que ocorreria naquele ano, o Procurador-Geral da República houve por
bem ajuizar ADI contra a referida emenda constitucional.
A esse respeito, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Uma emenda constitucional pode ser objeto de ADI?
b) Há inconstitucionalidade formal ou material na emenda em questão?

22. (OAB/2010) Uma lei estadual foi objeto de Ação Direta de


Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada junto ao STF.
Supondo que o Tribunal tenha se pronunciado, neste caso, pela
inconstitucionalidade parcial sem redução de texto, explique o conceito acima,
apontando quais os efeitos da declaração de inconstitucionalidade neste caso.

23. (OAB/2010) O Conselho Federal da OAB ajuizou, junto ao STF, Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADI), tendo por objeto um artigo de uma lei federal em
vigor desde 2005, sendo manifesta a pertinência temática do dispositivo
impugnado com o exercício da advocacia. O STF entende que o referido
dispositivo legal é inconstitucional, mas por fundamento distinto do que fora
apresentado pelo Conselho Federal da OAB na ADI, tendo o STF inclusive
declarado a inconstitucionalidade desse mesmo dispositivo no julgamento de um
caso concreto, em Recurso Extraordinário (RE).
Com base nas informações acima, responda:
a) O STF pode julgar a ADI procedente a partir de fundamento diverso do que fora
apresentado pelo Conselho Federal da OAB?
b) O STF pode julgar a ADI procedente em relação também a outro dispositivo da
mesma lei, mesmo não tendo este dispositivo sido objeto da ADI?

24. (OAB/2010) Em 2005, o STF julgou procedente ADC ajuizada pelo


Procurador-Geral da República visando à declaração de constitucionalidade de
uma lei federal que estava sendo questionada em diversos processos judiciais pelo
país, gerando uma controvérsia judicial em torno da sua adequação ao texto
constitucional. Nas eleições ocorridas em outubro de 2010, um determinado parti
do político conseguiu, pela primeira vez em sua história, eleger um parlamentar,
no caso um deputado federal, graças à coligação partidária firmada com um partido
político de maior expressão e base eleitoral. O diretório nacional do referido
partido político pretende, no próximo ano, após o início da sessão legislativa,
ajuizar uma ADI contra a mencionada lei federal, a partir de argumentos que não
foram enfrentados pelos ministros do STF em 2005.
Analise a pretensão do parti do político, considerando os seguintes tópicos:
a) A legitimidade para a propositura da ação.
b) A possibilidade de o STF declarar a inconstitucionalidade da lei (com ou sem
modulação dos efeitos).

25. (OAB/2010) A Constituição de determinado estado da federação, promulgada


em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a
investidura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais
daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração.
Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a
derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada
carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor
nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício.
Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos
legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito
estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende
obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda:
a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de
inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado
junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do
julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de
inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei?
b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade
junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual?

PEÇAS PRÁTICAS

ADI - (OAB/2015) O Partido Político "Z", que possui apenas três representantes
na Câmara dos Deputados, por entender presente a violação de regras da CRFB, o
procura para que, na qualidade de advogado especialista em Direito
Constitucional, se posicione sobre a possibilidade de ser obtida alguma medida
judicial em face da Lei Estadual "Y", de janeiro de 2015, que contém 3 (três)
artigos. De acordo com a exposição de motivos do projeto que culminou na Lei
Estadual “Y”, o seu objetivo é criar, no âmbito estadual, ambiente propício às
discussões políticas de âmbito nacional, e, para alcançar esse objetivo, estabelece,
em sua parte dispositiva, novas regras eleitorais, sendo estabelecidas, em seu artigo
1º, regras temporais sobre a criação de partidos políticos; em seu artigo 2º fica
retirada a autorização para que partidos políticos com menos de cinco Deputados
Federais possam ter acesso gratuito ao rádio e à televisão na circunscrição do
Estado; e, por fim, em seu artigo 3º fica estabelecida a vigência imediata da referida
legislação. Elabore a peça adequada, considerando a narrativa acima.

ADO – (OAB/2016) Determinado partido político, que possui dois deputados


federais e dois senadores em seus quadros, preocupado com a efetiva
regulamentação das normas constitucionais, com a morosidade do Congresso
Nacional e com a adequada proteção à saúde do trabalhador, pretende ajuizar, em
nome do partido, a medida judicial objetiva apropriada, visando à regulamentação
do Art. 7º, inciso XXIII, da Constituição da República Federativa do Brasil de
1988.
O partido informa, por fim, que não se pode compactuar com desrespeito à
Constituição da República por mais de 28 anos.
Considerando a narrativa acima descrita, elabore a peça processual judicial
objetiva adequada.

ADPF – (OAB/2016) O Prefeito do Município Alfa, preocupado com a adequada


conduta no seu mandato, procura o presidente nacional do seu partido político
Beta, o qual possui representação no Congresso Nacional, e informa que a Lei
Orgânica do Município Alfa, publicada em 30 de maio de 1985, estabelece, no seu
Art. 11, diversas condutas como crime de responsabilidade do Prefeito, entre elas
o não atendimento, ainda que justificado, a pedido de informações da Câmara
Municipal, inclusive com previsão de afastamento imediato do Prefeito a partir da
abertura do processo político.
Informou, também, que a mesma Lei Orgânica, em seu Art. 12, contém previsão
que define a competência de processamento e julgamento do Prefeito pelo
cometimento de crimes comuns perante Justiça Estadual de primeira instância.
Por fim, informou que, em razão de disputa política local, houve recente
representação oferecida por Vereadores da oposição com o objetivo de instaurar
processo de apuração de crime de responsabilidade com fundamento no referido
Art. 11 da Lei Orgânica, a qual poderá ser analisada a qualquer momento.
O partido político, após o devido trâmite interno estabelecido no seu estatuto,
conclui que a norma municipal está em dissonância com a CRFB/88 e decide
adotar providência judicial em relação ao tema.
Considerando a situação narrada, na condição de advogado(a) do partido político
Beta, utilizando-se do instrumento constitucional adequado, elabore a medida
judicial de controle objetivo cabível.

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