Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Formas Simbólicas
Ernst Cassirer (1874-1945) - Filósofo germânico do neo-
kantismo, nascido em Breslau, Alemanha, hoje Wroclaw, Polô
nia, cujos estudos sobre a linguagem deram origem às mais
modernas teorias da hermenêutica e a diversos estruturalis-
mos. Estudou em Berlim, Leipzig, Heidelberg e Marburg. Foi
professor de filosofia em Hamburgo (1919) e reitor da Univer
sidade de Hamburgo (1930), cargo a que renunciou depois da
ascensão de Hitler. Exilou-se sucessivamente na Inglaterra
(1933-35), Suécia (1935-41) e nos Estados Unidos. Partindo dos
problemas da teoria do conhecimento, que seriam o núcleo do
neokantismo, ampliou o foco temático em direção a uma críti
ca da cultura. Na linha substitutiva do conceito de substância
pelo de função, publicou a famosa Die Philosophie des symbolis-
chen Formen (1923-29), que, juntamente com Die Philosophie der
Aufklãrung (1932), constitui o auge de sua obra.
Ernst Cassirer
A Filosofia das
Formas Simbólicas
SEGUNDA PARTE
O Pensamento Mítico
Tradução
CLÁUDIA CAVALCANTI
Revisão técnica e da tradução
MOACYR AYRES NOVAES FILHO
Marúns Fontes
São Paulo 2004
Esta obra f o i publicada originalmente em alem ão com o titulo
D IE PHILOSOPHIE DES SYMBOLISCHEN FORMEN - DAS
MYTHISCHE DENKEN.
Copyright © Yale University Press.
Copyright © 2004, Livraria Martins Fontes Editora Ltda.,
São Paulo, p a ra a presente edição.
I - edição
m arço d e 2004
Tradução
CLÁUDIA CAVALCANTI
04-1409_________________________________________________ C DD-121.3
índices para catálogo sistemático:
1. Mito : Epistemología : Filosofia 121.3
Prefácio.......................................................................... 1
Introdução
O problema de uma "filosofia da mitologia"..... 11
PRIMEIRA PARTE
O MITO COMO FORMA DE PENSAMENTO
SEGUNDA PARTE
O MITO COMO FORMA DE INTUIÇÃO -
CONSTRUÇÃO E ARTICULAÇÃO
DO MUNDO ESPAÇO-TEMPORAL
NA CONSCIÊNCIA MÍTICA
TERCEIRA PARTE
O MITO COMO FORMA DE VIDA - DESCOBERTA
E DETERMINAÇÃO DA REALIDADE SUBJETIVA
NA CONSCIÊNCIA MÍTICA
QUARTA PARTE
O PROBLEMA DE UMA
"FILOSOFIA DA MITOLOGIA"
I
sua história. É por isso que aqui existe tão pouca escolha
livre para um povo singular quanto para a humartidade
como conjunto, um liberum arbitrium indifferentiae com o
qual ela pudesse aceitar ou recusar determinadas irepre-
sentações míticas; aqui, ao contrário, predomina sempre
a rigorosa necessidade. Trata-se de uma força real contra
a consciência, ou seja, que não se encontra mais em seu
poder, que se apoderou dela no mito. A mitologia surge
propriamente através de algo independente de toda in
venção, até mesmo contrário a ela, formal e essencial
mente: através de um processo necessário (aos olhos da
consciência), cuja origem se perde no trans-histórico, a
quem talvez a consciência se oponha em momentos iso
lados, mas que no todo não pode deter, muito menos
fazer retroceder. Vemo-nos aqui transportados para uma
região onde não há tempo para invenção (tenha ela par
tido de alguém isoladamente ou do próprio povo), oü para
roupagem artificial ou mau entendimento. Quem énten-
de o que é para um povo sua mitologia, que poder interno
ela possui sobre ele e quanta realidade manifesta assim,
admitirá que a mitologia foi inventada por indivíduos
singulares tão facilmente, quanto consideraria possível
que também a linguagem de um povo tenha surgido atra
vés de esforços singulares no seu seio. Com isso, somente
o olhar especulativo filosófico, segundo Schelling, encon
tra o fundamento vital próprio da mitologia, o qüal só
pode mostrar, mas do qual não há mais nada a ser "escla
recido". Schelling reclama expressamente como mérito
seu, antes de todos, a idéia de substituir inventores, poe
tas ou indivíduos em geral, pela própria consciência hu
mana, e de provar que ela é a sede, o subjectum agens da
mitologia. De qualquer forma, a mitologia não teria uma
realidade fora da consciência; mas embora ela só decorra
22 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
3. Philosophie der Mythologie, op. cit. I, pp. 124 s.; cf. especialmente I,
pp. 56 ss., I, pp. 192 ss.
O PENSAMENTO MÍTICO 23
4. Philosophie der Mythologie, op. cit., pp. 207 ss.; cf. especialmente
pp. 175 ss., 185 ss.
26 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÍBÓLICAS
ei seu campo também o "mundo" mítico, não para derivar seu "estatuto"
peculiar por indução a partir da multiplicidade da experiência etnológica e
etnopsicológica, mas para apreendê-lo numa análise puramente "ideal"
[ideierend]. Porém, uma tentativa nessa direção, pelo que posso ver, ainda
não foi feita nem por parte da própria fenomenología, nem por parte da
pesquisa concreta dos mitos, na qual a problemática orientada genética e
psicologicamente ainda domina o campo sem quase discussão alguma.
O PENSAMENTO MÍTICO 33
II
17. Ver F. Max Müller, Über die Philosophie der Mythologie (impresso
como apêndice da tradução alemã de Einleitung in die vergleichende Reli-
gionswissenschaften, de Max Müller, 2? ed., Strafiburg, 1876).
18. De forma um pouco modificada, a tese fundamental de Max
Müller voltou a ser adotada por Brinton; cf. seu escrito The Religions o f Pri
mitive Peoples, pp. 115 ss.
50 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
19. Ver Usener, Gòttemamen, Versuch einer Lehre vem. der religiòsen Be-
grijjsbildung, Bonn, 1896. Mais detalhes em meu livro Sprache und Mythos.
Ein Beitrag zum Problem der Gòttemamen, Leipzig, 1924.
52 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
5. Cf. PreuÊ, Ursprünge der Religión und Kunst, Globus, vol. 87 (1905),
p. 336; Die Nayarit-Expedition, Leipzig, 1912,1, pp. LXVIII e LXXXIX ss., Re
ligión und Mythologie ie r Uitoto, Gõttingen e Leipzig, 1921, 1, 123 ss. e o
ensaio Die hóchste Gottheit bei den kulturarmen Vólkem, Psychologische
Forschung vol. II (1922), p. 165.
80 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
7. Sobre os povos primitivos, cf. Preufi, Ursprung der Religión und Kunst,
Globus vol. 87, p. 384; documentos sobre a mesma intuição na literatura
antiga encontram-se por exemplo em Rohde, Psyche, 2? ed. II, 28, nota 2, 77.
82 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
10. Ver Wissowa, Religión und Kultus derRomer, 2? edv p. 37; cf. sobre
o assunto especialmente Norden, Agnostos Theos, pp. 144 s.
11. Mais detalhes a respeito no escrito de Giesebrecht, Die alttesta-
mentliche Schatzung des Gottesnamens und ihre religionsgeschichtliche Grund-
lage, Kõnigsberg, 1902.
84 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
15. Cf. a esse respeito o rico material etnológico reunido por Frazer:
The Golden Bough, vol. II: Taboo and the Perits o f the Soul, 3f ed., Londres,
1911, pp. 77 ss. [aparentemente, há um erro ortográfico na edição alemã:
The Goülden Bough; isto é, 'golden' está grafado com "ou" e não apenas
"o". Corrigi todas as ocorrências, seguindo a ortografia, bem como as tra
duções em francês e inglês de Cassirer. (N. da T.)]
16. Mary Kingsley, West African Studíes, p. 207.
O PENSAMENTO MÍTICO 87
26. Cf. Frazer, The Golden Bough, 3f ed., p. II, pp. 126 s., 258 ss., 287
passim.
102 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
30. Goddard, The Hupa (Public. Americ. Archaeol. and Ethnol. Uni-
versity of California, Archaeol. I, Berkeley, 1903/04).
31. Mais detalhes, ver por exemplo em Rohde, Psyche, 2? ed., II, p. 78.
32. Sobre a difusão da idéia de "bode expiatório", ver especialmente
em Frazer, The Scapegoat (Golden Bough, vol. II), 3f ed., Londres, 1913.
33. Pormenores a esse respeito por exemplo em Famell, The Evolu-
tion o f Religión, Nova York e Londres, 1905, pp. 88 ss., 177 ss.
34. Wameck, Die Religión der Batak, Gõttingen, 1909, p. 13; concep
ções plenamente concordantes encontram-se na índia e nas superstições
populares germânicas. "Every peasant woman in India" - diz Hopkin, em
Origin and evolution o f religión, New Haven, 1923, p. 163 - "who is afflicted
leaves a rag infected with her trouble on the road, hoping someone else
will pick it up, for she has laid her sickness on it and when another takes it
she herself becomes free from the sickness". Sobre a esfera germânica, cf.
por exemplo Weinhold, Die mythische Neunzahl bei den Deutschen. Abh.der
Berliner Akademie der Wissenschaft, 1897, p. 51.
O PENSAMENTO MÍTICO 109
38. Spieth, Die Religión der Eweer, p. 12. Essa passagem do mana, do
poder mágico da feitiçaria (que, no sentido da concepção mítica, justa
mente não é uma passagem, e no qual aquilo que tem poder se conserva
em plena identidade substancial), está magníficamente ilustrada por uma
tradição dos maoris. Relata-se aqui como os maoris teriam alcançado sua
atual morada sobre uma canoa de emigrantes, a canoa Kurahoupo ou Kura-
haupo. "D e acordo com a versão do maori Te Kahui Kararehe, a canoa, já
na sua partida para a nova pátria, se chocou na costa de Hawaiki. Um fei
tiço, por ressentimento contra o mana-kura especial dessa canoa, provo
cou o destruição. Mas foi frustrada a intenção dos inimigos, de aniquilar o
mana da canoa, pois o chefe da canoa Kurahoupo, Te Moungaroa, deno
minado de 'corporificação do mana da canoa Kurahoupo', conseguiu che
gar à Nova Zelândia, mesmo que em outra canoa (...) Na sua chegada (de
acordo com essa teoria da corporificação), Te Moungaroa se apresentou
às outras tribos maoris com as seguintes palavras: 'Eu sou a canoa K ura
houpo.' (The Kurahoupo Canoe, Journal of the Polynesian Society, N. S., II,
pp. 186 s., apud Fr. Rud. Lehmann, M an a - der B egriffdes "aufierordentlich
Wirkungsvollen" bei Südseevòlkem, Leipzig, 1922, p. 13).
112 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
39. Mais detalhes em Thilenius, Globus vol. 87, pp. 105 ss. e em
Vierkandt, Globus vol. 92, p. 45; cf. também Howitt, The Native Tribes o f
South East Australia, pp. 380 ss.
40. Assim, por exemplo, o manitu das tribos algonquinas da América
do Norte é caracterizado como uma espécie de "combustível misterioso",
que pode manifestar-se e penetrar em toda parte. "O homem que se
encontra num banho de vapor muitas vezes faz cortes nos braços e pernas
para que possa penetrar no corpo algo do manitu despertado pelo calor na
pedra e espalhado no vapor pela água que daí se desprende" (Ver Preufi,
Die geistige Kultur der Naturoôlker, p. 54).
41. Ver Richard Karutz, Emanismus, Zeitschrift für Ethnologie, vol.
45; cf. especialmente Fr. R. Lehmann, Mana, pp. 14, 25,111 e passim.
O PENSAMENTO MÍTICO 1 13
6. Crawley, The Idea o f the Soul (1909); apud Edvard Lehmann, Die
Anfànge der Religión und die Religión der primitiven Võlker (Kultur der Gegen-
wart, parte 1, seção III, 2f ed., Leipzig, 1913, p. 15).
() PENSAMENTO MÍTICO 143
18. O livro de Wilh. Müller-Walbaum, Die Welt ais Schuld und Glei-
chnis, Gedanken zu einem System universeller Entsprechungen, Viena e Leip
zig, 1920, sob esse ponto de vista extremamente instrutivo e notável, mos
tra aliás que mesmo no pensamento mais moderno essa forma de pensa
mento não perdeu seu encanto e significação.
166 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
35. Políbio, cap. 41, 9; cf. em Nissen, Das Templum, pp. 49 ss.
184 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
36. Ovidio, Fast. II, 641 ss.; cf. Wissowa, Religión und Kultus der Rô-
mer, 2? ed., pp. 136 ss.
37. Cf. a esse respeito o rico material reunido por Trumbull em sua
monografia sobre a "magia do umbral": The Threshold Covenant or the
Beginning ofReligious Rites, Edimburgo, 1896.
38. Assim, o grego [oépeaSai] deriva etimológicamente de uma raiz,
representada no sánscrito como tyaj ("abandonar", "rejeitar"); cf. Williger,
Hagios, p. 10.
() PENSAMENTO MÍTICO 1 85
47. Cf. sobre esse assunto por exemplo Marett, The Threshold o f Reli
gión, 3f ed., pp. 194 ss.
196 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
48. Mannhardt, Wald- und Feldkulte, 2 vols., Berlim, 1875 ss.; sobre
os costumes hindus do solstício, ver Hillebrandt, Die Sonnwendfeste in Alt-
Indien (Román. Forschungen, vol. V). Uma compilação desses costumes
para todo o mundo ariano foi feita por L. v. Schroeder, Arische Religión,
vol. II, Leipzig, 1916.
() PENSAMENTO MÍTICO 197
49. Waitz, Anthropologie der Naturvólker, VI, p. 259; Gilí, Myths and
Scmgs o f the South Pacific, p. 70.
() PENSAMENTO MÍTICO 201
50. Cf. a esse respeito M. Jastrow, Die Religión Babyloniens und Assy-
riens, Giefien, 1905, I/II; Carl Bezold, Himmelsschau und Astrallehre bei
den Babyloniem. Sitzungsbericht der Heidelberger Akademie der Wissens-
chaft, 1911; Hugo Winckler, Himmels- und Weltenbild der Babylonier, 2f ed.,
Leipzig, 1903.
202 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
51. Sobre a lenda babilónica da criação, cf. Jensen, Die Kosmologie der
Babylonier, Stuttgart, 1890, pp. 279 ss., assim como a tradução em Gunkel,
Schõpfung und Chaos in Urzeit und Endzeit, Gõttingen, 1895, pp. 401 ss.
() PENSAMENTO MÍTICO 203
53. Ver De Groot, Universismus, Berlim, 1918, e Legge, The Texts ofTao-
ism (Sacr. Books of the East, vol. XXXIX e XI, Oxford, 1891).
54. Rigoeda 1,124, 3 (Hillebrandt, Liederdes Rigoeda, p. 1).
C) PENSAMENTO MÍTICO 205
59. Cf. Goldziher, Der Mythos bei den Hebrãem, pp. 370 s.
60. Isaías 43,18.
O PENSAMENTO MÍTICO 213
61. Hermann Cohén, Die Religión der Vemunft aus den Quellen des Ju-
dentums, pp. 293 ss., 308.
62. Cf. a esse respeito Gunkel, Schüpfung und Chaos, p. 160.
214 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
65. Cf. Yasna 44,5; mais detalhes sobre o demonio do sono (Busyans-
ta), ver em Jackson, Die iranische Religión, em: Grundriji der iranischen Phi-
lologie II, 660.
66. Brhadaranyaka Upan. 4, 3, 21 ss. (tradução de Geldner, op. cit.,
p. 196).
O PENSAMENTO MÍTICO 217
67. Cf. Oldenberg, Aus Indien und Iran, Berlim, 1899, p. 91.
68. Samyutta-Nikaya XXII, 12 (tradução de Winternitz, em Bertholet,
p. 229), cf. K. E. Neumann, Buddhistische Anthologie, Leiden, 1892, pp. 197
ss.; sobre a doutrina das sankhara, cf. especialmente Oldenberg, Buddha, 4?
ed., pp. 279 ss.
218 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
71. De Groot, op. cit., p. 49; cf. Grabe, Religión und Kultus der Chine-
sen, pp. 86 ss.
0 PENSAMENTO MÍTICO 221
75. Mais detalhes sobre esses métodos, ver por exemplo em Budge,
Egyptiati Magic, 2? ed., Londres, 1901, pp. 190 ss.
76. Cf. a esse respeito as observações de Foucart, Histoire des religions
et méthode comparative, pp. 363 ss.
O PENSAMENTO MÍTICO 225
* Idem.
230 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
* Idem.
() 1’ENSAMENTO MÍTICO 23 5
86. Leibniz, Nouveawc Essais, livro II, cap. XIV, § 16: "Une suite de
perceptions réveille en nous l'idée de la durée, mais elle ne la fait point.
Nos perceptions n'ont jamais une suite assez constante et régulière pour
répondre à celle du temps qui est un continu uniforme et simple, comme
une ligne droite. Le changement des perceptions nous donne occasion de
penser au temps, et on le mesure par des changements uniformes: mais
quand il n ' / auroit rien d'uniforme dans la nature, le temps ne laisseroit
pas d'étre déterminé, comme le lieu ne laisseroit pas d'étre déterminé,
aussi quand il n'y auroit aucun corps fbce ou immobile. C'est que connois-
sant les regles des mouvements difformes on peut toujours Ies rapporter à
des mouvements uniformes intelligibles et prévoir par ce moyen ce qui
arrivera par des différents mouvements joints ensemble. Et dans ce sens le
temps est la mesure du mouvement, c'est à dire le mouvement uniforme
est la mesure du mouvement difforme."
242 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
87. Bundahish 2, 25; cf. Jackson, Grundrifi der iranischen Philologie II,
666 e 672 e Darmesteter, Ormazd etA hrim am , p. 277.
88. Cf. a esse respeito as documentações mais detalhadas em Bous-
set, H auptprobleme der Gnosis, Gõttingen, 1907, especialmente pp. 38 ss. e
em Bousset, Kyrios Christos, 2? ed., pp. 185 ss.
() PENSAMENTO MÍTICO 243
89. Kepler, A p obg ia Tychonis contra Ursum, Opera ed. Frisch, I, 247.
244 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
102. Cf. Mooney, Sacred Formula o f the Cherokees, 7th Anm. of the
Bur. of Ethnology (Smithson. Inst.), p. 342.
103. Mais sobre o assunto no capítulo Symbolik der Himmelsrichtun-
gen, no livro de Joseph Sauer Symbolik des Kirchengebãudes, pp. 87 ss. Sobre
a significação e difusão da suástica, cf. especialmente Wilson, The Swastika,
the Earliest Knoum Symbol and its Migrations, Washington, 1906.
() PENSAMENTO MÍTICO 257
108. Mais detalhes em Roscher, Die H ippokrat. Schrift von der Sie-
benzahi, Abhandlungen der Kõniglichen Sáchsischen Gesellschaft der
Wissenschaft XXVIII, 5, Leipzig, 1911, especialmente pp. 43 ss.
109. Sobre a teoria dos "anos climatéricos" na medicina antiga e sua
evolução, ver Boíl, Die Lebensalter, pp. 29 ss.; cf. também Bouché-Leclercq,
Uastrologie grecque, pp. 526 ss. - Aliás, o singular e mítico "sentimento de
fases", que reconhecemos como um componente básico da intuição tem
poral mítica, não se detém em tal ordenação da vida em segmentos carac
terísticos, nitidamente separados entre si, mas ele a persegue não rara
mente até a época anterior ao nascimento. Já no vir-a-ser do feto vigora a
mesma regra rítmica que acompanha o homem desde que vem ao mundo,
por toda a sua existencia. Em tais concepções sobre o desenvolvimento do
feto no útero parece basear-se, por exemplo, a adoração de que desfruta o
número 40, especialmente na esfera das religiões semitas. A significação
desse número baseia-se em que, como Roscher tomou verossímil, o perío
do da gravidez, estipulado em 280 dias, é decomposto em 7 períodos
iguais de 40 dias, e a cada um é atribuída uma função particular caracterís
tica no processo total do vir-a-ser e amadurecimento do feto. Cf. Roscher,
Die Zahl 40 im Glauben, Brauch und Schrifttum der Semiten, Abhandlungen
der Kõniglichen Sáchsischen Gesellschaft der Wissenschaft XXVII, 4,
Leipzig, 1909, pp. 100 ss.
260 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
from which norte returns. The word death never occurs in the Pyramid
Texts except in the negative or applied to a foe. Over and over again we
hear the indomitable assurance that the dead lives."
11. Cf. De Groot, op. cit., III, 924 e passim.
12. Mais detalhes em Oldenberg, Religión des Veda, 2? ed., pp. 585 s.
e 530, nota 2; comparar com Rohde, Psyche, 2? ed., pp. 5 ss.
278 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
14. Cf. Ellis, The Yoruba-speaking Peoples, pp. 124 ss.; Skeat, M alay
Magic, Londres, 1900, p. 50; outras indicações por exemplo em Frazer,
Golden Bough, 2f ed., I, 528, II, 27. A mesma idéia de uma pluralidade de
almas, segundo Spencer e Gillen (The Native Tribes o f Central Australia, pp.
512 ss.; The Northern Tribes o f Central Australia, pp. 448 ss.) encontra-se
também nas tribos aborígenes australianas.
15. Sobre essa tripartição egípcia e sobre a função e significação
das "alm as" singulares, indico sobretudo a explanação de Budge, Osiris
and the Egyptian R esurredion, vol. II, cap. 19, na qual se atentou detalha
damente para os paralelos etnológicos de outras religiões africanas. Cf.
também Georges Foucart na Encyclopaedia o f Rei. and Ethics de Hasting
(v. verbete Body [Egypt]) e Ermann, Àgypten und ãgyptisches Leben im Al-
tertum II, pp. 414 ss.
280 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
17. Ver Schurtz, Altersklassen und Münnerbünde, pp. 102 ss.; Boll, Die
Lebensalter, pp. 36 ss.
18. Ver Howitt, The Native Tribes o f South East-Australia, Londres,
1904; assim como P. W. Schmidt, Die geheime Jugendioeihe eines australis-
chen Urstamms, Paderbom, 1923, pp. 26 ss.
282 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
22. Cf. a respeito Cumont, After Life in Roman Paganism, pp. 61 ss.;
ver também Wissowa, Die Anfànge des rõmischen Larenkultes, Archiv für
Religionswissenschaft VII (1904), pp. 42 ss.
O PENSAMENTO MÍTICO 287
27. Ver Golther, Hanábuch der germ. Mythologie, pp. 98 ss.; sobre os
costumes lingüísticos e a esfera de representações romanos, ver, além das
indicações em Usener (op. cit., p. 297), especialmente Wissowa, Religión
und Kultus der Romer, 2? ed., pp. 175 ss. Cf. também Walter F. Otto, verbe
te “Genius" em Pauly-Wissowa.
290 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
29. Victor Henry, Le Parsisme, pp. 53 s.; sobre a doutrina dos fravas
hi, cf. especialmente Sóderblom, Les Fravashi, Paris, 1899, e Darmesteter,
Ormazd etAhriman, pp. 118,130 ss.
292 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
35. Ver Kena Upanishad 11; Kãthaka Up. VI, 12 (tradução de Deussen,
Geheimlehre des Veda, pp. 148,166).
296 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
54. Ver Cushing, Outlines ofZuñi Creation Myths (13th Ann. Rep. of
the Bur. of Ethnol., pp. 367 ss.).
55. Cf. a respeito por exemplo, o relato em The Cambridge Expedition
to Torres Straits, V, 184 ss. (apud Levy Bruhl, Vas Denken der Naturvõlker,
pp. 217 s.); assim como as indicações em Thumwald, Die Psychologie des To-
temismus, Anthropos XIV (1919), pp. 16 s.
316 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
59. Ver Oldenberg, Die Lehre der Upanishaden und die Anfánge des
Buddhismus, p. 29.
O PENSAMENTO MÍTICO 319
65. Preufi, Religión und Mythologie der Uitoto, p. 29, cf. Preufi no
Archiv für Religionswiss. VII, p. 234.
66. Coéforas, verso 127 ss.; cf. Wilamowitz, Einleitung zur Überset-
zung der Eumeniden des Àschylos, Griech. Tragõd. II, p. 212.
67. Mais detalhes, ver especialmente nos escritos de Dieterich,
Nekyia, 2? ed., pp. 63 ss., Eine Mithrasliturgie, pp. 145 s., Mutter Erde, pp. 82
ss. - Sobre a idéia de mãe terra na esfera semita, cf. especialmente em Th.
Nõldeke, Mutter Erde und Verwandtes bei den Semiten, Arch. für Religion
swiss. VIII, pp. 161 ss. e Baudissin, Adonis und Esmun, pp. 18 ss.
O PENSAMENTO MÍTICO 323
72. Ver Usener, Dreiheit. Rhein. Mus. N. F. vol. 58; sobre a difusão da
tríade pai, filho e mãe na esfera semita, ver agora especialmente Nielsen,
Der dreieinige Gott in religionshistorischer Beleuchtung, Copenhague, 1922,
pp. 68 ss.; sobre Egito, Babilônia e Síria, ver o verbete de Bousset "Gnosis"
em Pauly-Wissowa.
73. Documentos a respeito em Nielsen, op. cit., pp. 217 ss.; cf. espe
cialmente a análise do predicado do "deus vivo", do ponto de vista da his
tória das religiões, em Baudissin, op. cit., pp. 498 ss.
O PENSAMENTO MÍTICO 325
77. Mais detalhes em Oldenberg, Religión des Veda, 2? ed., pp. 67 ss.
78. Cf. a respeito Wilamowitz, na Einleitung zur Übersetzung der
Eumeniden, Griech. Trag. II, 227 ss.
79. Cf. por exemplo o material de ilustrações em Erman, Ágyptische
Religión, 2? ed., pp. 10 ss.
O PENSAMENTO MÍTICO 331
82. 1 Samuel 26,19; cf. a respeito Robertson Smith, Die Religión der
Semiten, edição alemã, Friburgo, 1899, pp. 19 ss.
336 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
84. Pormenores em Frobenius, Und Afrika sprach, pp. 154 ss., 210 ss.
Também entre os Haida, por exemplo, existem tais "deuses da atividade",
cf. Swanton, Contributions to the Ethnology o f the Haida, Mem. Americ.
Mus. of Natur. History, VIII, 1,1905.
342 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
87. Cf. Bousset, Das Wesen der Religión, Halle, 1904, pp. 3,13.
346 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
93. Cf. Deussen, Die Geheimlehre des Veda, ausgew. Texte der Upa-
nishad's, Leipzig, 1907, pp. 14 s.; sobre a história do prajapati, ver especial
mente Deussen, Philosophie des Veda (Allg. Gesch. der Philos. 1,1), Leipzig,
1894, pp. 181 ss.
352 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
97. Cf. a respeito por exemplo Moret, Mystères Egyptiens, Paris, 1913,
pp. 114 ss., 138 s.: "A Héliopolis on enseignait, aux plus anciennes épo-
ques, que Torum-Râ avait procrée les dieux, ancêtres de tous les êtres
vivants, à la façon humaine, par une émission de semence; ou qu'il s'était
levé sur le site du temple du Phénix à Héliopolis et qu'il y avait craché le
premier couple divin. D'autres dieux, qualiflés aussi démiurges, avaient
employé ailleurs d'autres procédés: Phtah à Memphis, Hnoum à Eléphan-
tine modelaient sur un tour les dieux et les hommes: Thot-Ibis couvait un
oeuf à Hermopolis; Neith, la grande déesse de Sais, était le vautour, ou la
vache, qui enfanta le Soleil Râ alors que rien n'existait. Ce sont là sans
doute les explications les plus anciennes et les plus populaires de la créa-
tion. Mais une façon plus subtile et moins matérielle d'énoncer que le
monde est une émanation divine, apparaít dès les textes des Pyramides: la
Voix du Démiurge y devient un des agents de la création des êtres et des
choses (...) II résulte de cela que pour les Egyptiens cultivés de l'époque
pharaonique et des milliers d'années avant l'ére chrétienne, le Dieu était
conçu comme un Intéllect comme un instrument de création (...) Par la théorie
du Verbe créateur et révélateur les écrits hermétiques n'ont fait que rajeu-
nir une idée ancienne en Egypte, et qui faisait partie essentielle du vieux
fonds de la culture intellectuelle religieuse et morale." Mais detalhes em
meu estudo Sprache und Mythos, Leipzig, 1924, pp. 38 ss.
O PENSAMENTO MÍTICO 355
102. Hegel, Vorlesungen über die Philosophie der Religión, parte II, se
ção 1: Die Naturreligion, S.W. XI, pp. 283 s.
O PENSAMENTO MÍTICO 361
resorts to visual language. He thinks with his eyes rather than by articulate
sounds, and therefore the root feeling of primitive religión is arrived at
through an investigation of ritual."
106. Hegel, Vorlesungen über die Philosophie der Religión, S.W. XI, 67.
370 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
116. Anguthara-Nikaya II, 4,39; Udana 1,9 (de acordo com a tradução
de Wintemitz, op. dt., pp. 263 e 293).
378 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
117. Herm. Cohen, Die Religión der Vemunft aus den Quellen des Ju-
dentums, p. 236.
O PENSAMENTO MÍTICO 379
119. Sobre a esfera semita, isto foi explicado, por exemplo, por
Baudissin, Adonis und Esmun, Leipzig, 1911. Enquanto para a principal
divindade feminina (Ishtar, Astarte) existe sempre um determinado fun
damento natural, enquanto ela representa a idéia de vida constantemente
procriadora que renasce da morte, segundo Baudissin os baales represen
tam também a força da fertilidade, mas é sobretudo dos pais e conseqüen
temente dos senhores da tribo que deriva uma série real de procriações.
(Mais detalhes, op. cit., pp. 25 e 39 ss.)
0 PENSAMENTO MÍTICO 381
120. Cf. especialmente Robertson Smith, Die Religión der Semiten, ed.
alemã, pp. 212 ss., 239 ss.; assim como as confirmações e complementos
dados por J. Wellhausen para a concepção básica de sacrifício, aqui defen
dida, a partir especialmente de fontes religiosas árabes (Reste arabischen
Heidentums, 2Í ed., Berlim, 1897, pp. 112 ss.).
38 2 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
121. Cf. Hegel, Vorlesungen über die Philosophie der Religión, S.W. XI,
pp. 225 ss.: (No culto pagão) "o culto já é aquilo que o homem imagina
[sich vorstellt] como forma de vida usual; ele vive nessa unidade substancial;
culto e vida não estão diferenciados, e um mundo de flnitude absoluta ain
da não se opôs a uma infinitude. Assim, entre os pagãos domina a cons
ciência de sua felicidade, que Deus está próximo como o deus do povo, da
cidade; esse sentimento de que os deuses lhes são amigáveis e lhes permi
tem usufruir do melhor (...). O culto, portanto, tem aqui essencialmente a
determinação de que não constitui algo peculiar, algo separado da vida co
mum, mas uma vida contínua no reino da luz e no bem. A vida temporal da
necessidade [Bedürftigkeit], essa vida imediata, é ela própria culto, e o sujeito
ainda não diferenciou a sua vida essencial da manutenção de sua vida tem
poral e das disposições para a existência imediata, finita. Nessa etapa, é
preciso haver uma consciência expressa de seu deus como tal, uma eleva
ção ao pensamento da essência absoluta e uma adoração e louvor desta.
Mas inicialmente essa é uma relação abstrata para si, na qual não entra a
vida concreta. Tão logo a relação do culto se configure mais concretamente,
então acolherá em si toda a realidade exterior do indivíduo, e toda a circunfe
rência da vida diária usual, comer, beber, dormir e todas as ações para a
satisfação das necessidades naturais estão relacionadas com o culto, e o
decurso de todas essas ações e disposições constitui uma vida santa."
122. Em vez de dar provas isoladas dessa relação, aqui indico apenas
a marcante compilação e o juízo de Herm. Usener em seu ensaio Mytholo-
gie, Arch. für Religioswiss., VII (1904), pp. 15 ss.
O PENSAMENTO MÍTICO 383
123. Cf. Geldner, Vedische Studien, Stuttgart 1899,1, pp. 144 ss.
124. Mais detalhes em Gough, The Philosophy o f the Upanishads,
Londres, 1882, e em Oldenberg, Die Lehre der Upanishaden und die Anfange
des Buddhismus, especialmente pp. 10 ss.
125. Orígenes, 7tepieúxf|Ç- c. 10,2 (apud Famell, The Evolution o f Reli
gión, 3Í ed., Nova York 1905, p. 228).
O PENSAMENTO MÍTICO 385
A DIALÉTICA DA
CONSCIÊNCIA MÍTICA
As considerações de até agora, consoante a tarefa
geral que Filosofia das formas simbólicas deu a si mesma,
procuraram apresentar o mito como uma energia unitá
ria do espírito: como uma forma coerente de apreensão,
que se afirma em toda a diversidade do material objetivo
das representações. A partir desse ponto de vista procura
mos mostrar as categorias fundamentais do pensamento
mítico - não como se nelas se tratasse de rígidos esque
mas do espírito, fixados definitivamente, mas no sentido
de que procuramos reconhecer nelas certas direções origi
nárias de conformação. Por trás da incalculável abundân
cia de produções míticas deveria, desse modo, tornar-se
visível uma força unitária de formação e a lei segundo a
qual essa força age. Mas o mito não seria uma forma ver
dadeiramente espiritual se essa sua unidade não signifi
casse senão uma simplicidade sem contradições. O de
senvolvimento de sua forma fundamental e sua manifes
tação em motivos e formas sempre novos se realizam nele
não como se num simples processo natural, como se num
tranqüilo crescimento de um embrião de^de sesm»e exis-
392 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
14. Meister Eckhart, ed. de Fr. Pfeiffer, Deutsche Mystiker des 14.
Jahrh. II, 205.
416 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
16. üeòç 8è ávflpámcp oú (ÚTvmai, ¿tXXà 8ià tomou n ãaá ècxiv 6(uXía
Kai 6 SuxXekioç deoíç Jtpòç àv^prátouç, Kai èvptyyopóci Kai Kcateúôotxn (Ban
quete, 203 a).
418 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
17. Hamann a Lavater (1778), Schriften, org. por Roth, V, 278; mais
detalhes sobre a concepção "simbólica" de mundo e de linguagem de Ha
mann, ver especialmente nas magníficas exposições de Rudolf Unger;
Hammans Sprachtheorie im Zusammenhange seines Denkens, Munique,
1905, Hamann und die Aufklürung, lena, 1911.
18. Cf. por exemplo Eckart, ed. Pfeiffer, n, 92 e passim.
19. Hamann, Aesthetica in nuce, Schriften (Roth) II, 261. - O quão for
temente essa intuição fundamental proveniente da mística ainda influen
cia a moderna doutrina do conhecimento é o que mostra sobretudo o exem
plo de Berkeley, cujas doutrinas psicológicas e epistemológicas culminam
na idéia de que todo o mundo da percepção sensível não é senão um sis
tema de signos sensíveis, nos quais o espírito infinito de Deus se comuni
ca aos espíritos finitos.
O PENSAMENTO MÍTICO 421
20. Jacobi, Übereine Weissagung Lichtenbergs (1801), Werke Kl, 209 ss.
422 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS
25. Leibniz, Réponse aux réflexíons de Bayle (Philos. Schriften, org. por
Gerhardt, IV, 557): "Le merveilleux universel fait cesser et absorbe, pour
ainsi dire, le merveilleux particulier, parce qu'il en rend raison."
26. Oeuvres, publ. por Foucher de Careil, I, 277.
430 A FILOSOFIA DAS FORMAS SIMBÓLICAS