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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

ANUÁRIO
PeixeBR da
Piscicultura
2019

Produção brasileira cresce


4,5% e atinge 722.560 t
Brazilian fish farming production grows 4.5% and reaches 722.560 tons

Tilápia supera
400.000 t
Tilapia´s production
exceeds 400.000 tons

A importância
da pesquisa
Research is essential
to Aquaculture

Próximo desafio:
consumo interno
Next challenge is the
internal consumption

1
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

PISCICULTURA
BRASILEIRA,
UMA ATIVIDADE
EM CONSTANTE
EXPANSÃO
DEFESA DA PRESENÇA NOS
ATIVIDADE FÓRUNS SETORIAIS
FOMENTO DA FORTE E
PISCICULTURA REPRESENTATIVA
PRODUÇÃO RECONHECIMENTO
E CONSUMO

ESTA É A PEIXE BR, UMA ENTIDADE DE


ÂMBITO NACIONAL QUE DEFENDE E
VALORIZA A PISCICULTURA DO BRASIL

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 EXPEDIENTE

Anuário Brasileiro da
Piscicultura PEIXE BR 2019
Veículo oficial da Associação
Brasileira da Piscicultura
COORDENAÇÃO GERAL
Francisco Medeiros

JORNALISTA RESPONSÁVEL
Altair Albuquerque (MTb 17.291)

PRODUÇÃO EDITORIAL E EDIÇÃO


Texto Comunicação Corporativa
www.textoassessoria.com.br

REDAÇÃO
Dâmaris Dellova
Diogo França
Guilherme Donati
Gustavo Cezário
Henrique Marini
Juliana Villa Real
Juliete Lino
Karen Priebsch
Livia Albuquerque
Monique Oliveira
Rodolfo Vieira

PROJETO GRÁFICO E DESIGN


Rodrigo Bonaldo
www.peixebr.com.br
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FOTOS
Shutterstock, Bom Futuro, Empresas
Associadas, Entidades de Classe e Texto

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EDITORIAL ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

MUITAS VITÓRIAS,
DESAFIOS A SUPERAR
A Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento é uma excelente notícia para iniciar bem o ano, avançar nas conquistas e superar gargalos
importantes da cadeia da produção de peixes de cultivo no Brasil.

Entre os pontos positivos da atividade, destaco o contínuo crescimento da produção, que supera
722.000 toneladas, a liberação da produção de Tilápia em tanques-rede em Tocantins e Mato Grosso,
a chegada do Pangasius em alguns estados e a crescente profissionalização do setor.

Além disso, estamos crescendo como cadeia produtiva, conquistando assentos em importantes fó-
runs e câmaras do agronegócio. Somos muito respeitados pelas demais atividades, instituições e
órgãos governamentais.

A PEIXE BR também está cada vez mais presente, defendendo a atividade, cobrando as autoridades e
fortalecendo a imagem da Piscicultura brasileira.

Entre os gargalos, alguns se sobressaem. A regulamentação ambiental é essencial para o contínuo avan-
ço da atividade. Estamos avançando nesse campo, mas é preciso evoluir mais, ter legislações eficientes e
desburocratizar o passo a passo. Mesmo com o crescimento da oferta, ano após ano, temos muito o que
fazer e incrementar a demanda de peixes de cultivo no Brasil, uma vez que a capacidade de produção é
muito maior que o consumo. Está aí uma ação importante a ser feita em 2019.

A questão de outorga de águas da União é outro desafio. São mais de 2.800 processos para análise da
SAP. Juntos, esses pedidos são suficientes para multiplicar por quatro a atual produção de peixes de
cultivo no Brasil.

A Piscicultura brasileira é um gigante adormecido. O potencial é imenso. Temos desafios, mas inteli-
gência, união e perseverança para superá-los. O importante é que trabalhamos para aumentar a oferta
de alimentos de qualidade, saudáveis, que ajudam a nutrir a crescente população mundial. O mundo
pode contar com a produção de peixes de cultivo do Brasil.

Francisco Medeiros
Presidente Executivo da
Associação Brasileira da
Piscicultura (PEIXE BR)

4
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 EDITORIAL

VICTORIES TO BE CELEBRATED,
CHALLENGES TO BE FACED
The Secretary of Aquaculture and Fisheries (Secretaria de Aquicultura e Pesca - SAP), under the Mi-
nistry of Agriculture, Livestock, and Supply, will contribute to further advance of fish farming in Bra-
zil, tackling major bottlenecks that affect the production chain.

Fish farming in Brazil has been steadily growing during the last few years, and the current production
exceeds 722 thousand tons. Tilapia production in net cages has been approved in the States of Tocan-
tins and Mato Grosso, Pangasius is now being farmed in some of the Brazilian States, and the general
level of professionalism of the industry has grown significantly.

Furthermore, it is worth mentioning that our production chain is now being recognized and respected
by institutions and governmental agencies as an important player, being heard in major forums and
agribusiness chambers.

PEIXE BR has been very active, working close to the authorities, advocating, promoting, and streng-
thening the image of Brazilian fish farming.

However, there are still some major bottlenecks to be tackled, such as the environmental regulations
are crucial for further development of the industry. We have seen some advances in this area, but re-
gulations have to be revised and be more efficient, and bureaucracy has to be simplified at all levels of
the production chain.

Even as consumption grows year-on-year, we have homework to do in order to increase the consump-
tion of farmed fish in Brazil. The production capacity is higher than the per capita consumption, To
change that status is an important action that must be made in 2019.

Another issue relates to grants to be obtained for using water reservoirs belonging to the Federal Go-
vernment for fish farming. There are more than 2,800 submissions to be analyzed by the SAP officials.
If all are approved, we will have a four-fold increase in production of farmed fish in Brazil.

Brazilian fish farming is still a sleeping giant. The potential is huge, and we will be able to overcome the
challenges by working hard, persevering, and joining forces. To us, what really matters is that we are
working to increase the supply of quality, healthy food for the growing world population. The world
can count on Brazilian fish farming.

Francisco Medeiros
CEO of the Brazilian Fish
Farming Association
(PEIXE BR)

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DIRETORIA E CONSELHO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Diretoria Executiva da
Associação Brasileira
da Piscicultura
PRESIDENTE
Francisco Medeiros

VICE-PRESIDENTE
Marcelo Toledo

DIRETOR INTERNACIONAL
Giovanni Lemos de Mello

DIRETOR TESOUREIRO
Mauro Tadashi Nakata

DIRETOR SECRETÁRIO
André Luiz Camargo

DIRETOR DE RELAÇÕES
INSTITUCIONAIS
Jules Ignácio Bortoli

CONSELHO FISCAL
Valdemir Paulino dos Santos
João Manoel Cordeiro Alves
Cleiton Coldebella

COMISSÃO DE ÉTICA
Dennys Itagaki
Sylvio Santoro Filho
Henrique Martha de Oliveira

6
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 DIRETORIA E CONSELHO

Conselho de Administração
PRESIDENTE
Ricardo Neukirchner

VICE-PRESIDENTE
Breno Davis

MEMBROS
Eduardo Marchesi de Amorim
José Ricardo Rocha
Juliano Kubitza
Antônio Ramon do Amaral Neto
Martinho Colpani Filho
Paulo Roberto Silveira Filho

ASSOCIE-SE
À PEIXE BR
WWW.PEIXEBR.COM.BR
COMUNICACAO@PEIXEBR.COM.BR

(11) 3039-4112
7
ASSOCIADOS DA PEIXE BR ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

AB AREIAS

PISCICULTURA
CENTRAL

8
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 ASSOCIADOS DA PEIXE BR

COOPER PEIXE

FISH COMPANY FRESCALLI

9
ÍNDICE ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

12 36 48

PISCICULTURA
NO MUNDO PRODUÇÃO
Brasil consolida-se como o NOS ESTADOS
4º maior produtor de Tilápia As principais características,
os números e os gargalos da
Estados Unidos são o Piscicultura Brasileira, estado
maior importador de por estado
PISCICULTURA BRASILEIRA
peixes do planeta
Produção cresceu 4,5% em
2018 e atingiu 722.560 t
104
Panga e Salmão disputam o 2º
lugar em produção
Tilápia foi o destaque
do ano, avançando 11,9%
ENTREVISTA

42
Tambaqui lidera entre os Os planos e as ideias de
nativos, mas produção cai Jorge Seif Jr., novo titular da
Secretaria de Aquicultura e
Carpas têm presença no Pesca (SAP), do Ministério
Sul e Panga avança da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento
Paraná dispara entre os
maiores produtores

Sul cresce 11% e é líder 106


entre as regiões
CENSO PESQUISA
Reflexões sobre 2018 e AGROPECUÁRIO Pesquisas precisam atender
expectativa em relação a 2019 Carpa e Tilápia lideram em às necessidades da cadeia
número de propriedades produtiva e, assim, contribuir
Importação supera para o progresso da
US$ 1 bilhão em 2018 455 mil estabelecimentos de Piscicultura
Aquicultura no Brasil

10
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 ÍNDICE

112 118
LINHAS DE
134
FINANCIAMENTO
As linhas de crédito do
BNDES e da FINEP
disponíveis para a
Piscicultura, com
condições, prazos e valores

DESAFIO DO CONSUMO

126
O marketing agressivo e a EMPREENDEDORISMO
comunicação são importantes Mauro Tadashi Nakata
ferramentas para aumentar compartilha sua experiência
o consumo de peixes de como bolsista da Nuffield
cultivo no Brasil. Também é International Farming Scholars
preciso ampliar o portfólio de
produtos, estar mais presente
nos pontos de venda e ter
todos os elos trabalhando pelo
mesmo ideal 136
PROTEÍNA DO FUTURO
EXPORTAÇÃO
A Piscicultura brasileira
116
Empresas exportadoras agora
tem papel cada vez mais
têm benefícios de drawback
importante a desempenhar
para comercialização de
para atender à crescente
Tilápia e seus subprodutos
demanda global por alimentos
no exterior. Próxima meta é
conseguir os benefícios para o
Tambaqui

140
PROMOÇÃO NO
130 ATIVIDADES DA
PEIXE BR EM 2018
MERCADO EXTERNO Resumo das principais
PARCERIA BRASIL
atividades da PEIXE BR
Piscicultura participa do E NORUEGA
programa oficial de eventos e em prol do fomento e do
Workshops, missões
ações internacionais da APEX- fortalecimento da cadeia
comerciais e balcão de
Brasil. Em 2019, presença produtiva de peixes de cultivo
negócios fortalecem
confirmada em feiras nos no Brasil, em 2018
relacionamento entre empresas
Estados Unidos e na China do Brasil e da Noruega

11
PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

PRODUÇÃO DE PEIXES DE
CULTIVO ATINGE 722.560
TONELADAS EM 2018
Resultado é 4,5% superior ao de 2017. Processos de regulamentação,
greve dos caminhoneiros e problemas sanitários, mercadológicos e
climáticos foram os principais obstáculos.

O
Brasil produziu 722.560 toneladas de rado processo de regulamentação dos pisciculto-
peixes de cultivo em 2018, com cres- res manteve-se no centro das atenções. Essa si-
cimento de 4,5% sobre as 691.700 tuação ocorre em praticamente todos os estados.
toneladas do ano anterior. Os dados são do le- Em alguns estados do Norte e do Nordeste, o
vantamento nacional da Associação Brasileira da clima também foi determinante para a redução
Piscicultura (PEIXE BR), entidade de âmbito da produção. Além disso, verificaram-se pro-
nacional que reúne empresas de todos os seg- blemas sanitários em alguns polos de produção,
mentos da cadeia produtiva, além de entidades contribuindo para reverter a tendência positiva
de classe regionais. de criação.
Esse resultado foi impactado por uma série de Outro fator foi o modesto crescimento da eco-
adversidades ocorridas no ano passado. O demo- nomia brasileira, cujo PIB subiu apenas cerca de

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA BRASILEIRA

PRODUÇÃO EM CRESCIMENTO

722.560 t

691.700 t

640.510 t

638.000 t

578.800 t

2014 2015 2016 2017 2018


Fonte PeixeBR

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PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

1% em 2018. O desemprego elevado – cerca de BR. Em 2016, o país produziu 640.510 t; em


12,4 milhões de pessoas, além de 30 milhões na 2017, passou para 691.700 t; e, em 2018, atingiu
informalidade – também impediu o avanço da 722.560 t.
demanda. “A Piscicultura brasileira é uma atividade em
“Num cenário tão complexo como este, os con- crescimento e com grande potencial devido aos
sumidores tendem a se voltar para os alimentos recursos hídricos do país, às dimensões conti-
mais baratos, o que é comprovado pelo consis- nentais, ao clima propício e ao empreendedoris-
tente aumento da demanda per capita de ovos e mo dos produtores. Mesmo com as adversidades
de frangos”, explica Francisco Medeiros, presi- enfrentadas pela atividade, podemos considerar
dente executivo da Associação Brasileira da Pis- o desempenho em 2018 como positivo. Mais
cicultura (PEIXE BR). uma vez avançamos mais que as outras proteínas
Este é o terceiro levantamento da produção de animais, além de evoluir também como cadeia
peixes de cultivo no Brasil feito pela PEIXE produtiva”, destaca Francisco Medeiros.

FARMED FISH HITS THE MARK OF 722,560 TONS IN 2018


Brazil has produced 722,560 tons of farmed fish in 2018, ries of adverse events during last year, among them the Brazilian economy as a whole, just 1% growth of the GDP in
a growth of 4.5% when compared to the 691,700 tons time-consuming process of approval of submissions for new 2018. High unemployment rates – affecting 12.4 million
produced during the previous year. The survey was conduct- fisheries, a situation common to all States. Brazilians, plus 30 million informal jobs – also affected the
ed by the Brazilian Fish Farming Association (PEIXE BR), a In some States in the North and Northeast of the country, demand for fish in the domestic market.
Brazilian association representing companies active at all adverse climate conditions also affected the production. This is the third survey conducted by PEIXE BR assessing
links of the production chain, as well as regional workers Furthermore, some regions faced health related issues, all fish farming in Brazil. In 2016, the country has produced
associations. factors combined to reduce the output. 640,510 tons; in 2017, the production grew to 691,700
These results, however, were negatively affected by a se- Another factor to be considered was the slow growth of the tons; and, in 2018, hit the mark of 722,560 tons.

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

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PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

PRODUÇÃO DE TILÁPIA
AVANÇA 11,9% E
ULTRAPASSA 400 MIL T/ANO
Cultivo cresceu acima da média da Piscicultura. Brasil mantém 4ª posição
entre os maiores produtores do mundo.

O
Brasil produziu 400.280 toneladas oferta de peixes de cultivo como um todo,
de Tilápia em 2018, com crescimen- confirmando que a espécie se adapta perfeita-
to de 11,9% em relação ao ano an- mente bem a todos os estados. Em 2018, To-
terior (357.639 t). Com esse desempenho, a cantins e Mato Grosso aprovaram a produção
espécie representa 55,4% da produção total de da espécie em tanques-rede.
peixes de cultivo (era de 51,7% em 2017). Segundo o Censo Agropecuário IBGE, a Ti-
O Brasil mantém a 4ª posição mundial de Ti- lápia está presente em todos os estados bra-
lápia, atrás China, Indonésia e Egito, à frente sileiros, porém em alguns - especialmente do
de Filipinas e Tailândia, que também têm ex- Norte - não há comercialização.
pressiva participação no cenário global. Os cinco estados líderes em produção de Tilá-
A produção no país cresceu bem acima da pia representam 70,5% do total.

TILAPIA PRODUCTION ADVANCES 11.9% AND EXCEEDS 400 THOUSAND TONS/YEAR


In 2018, Brazil has produced 400,280 tons of Tilapia, a growth lapia-producing countries, after China, Indonesia, and Egypt, the country. In 2018, the States of Tocantins and Mato Grosso
of 11.9% when compared to the previous year (357,639 tons outperforming The Philippines and Thailand, also major players have approved the use of net cages for Tilapia farming.
in 2017). Considering this performance, the species currently in the global scenario. According to the survey “Censo Agropecuário”, by the IBGE, all
represents 55.4% of the total domestic farmed fish output Tilapia production growth in Brazil has exceed the rates of Brazilian States produce Tilapia.
(compared to 51.7% in 2017). growth of other farmed fish species, confirming that the spe- The five top-producing States have a share of 70.5% of the
Brazil maintains the 4th position in the ranking of global Ti- cies is well adapted to all types of production environments in total production of Tilapia in Brazil.

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA BRASILEIRA

MAIORES PRODUTORES DE TILÁPIA EM 2018

BAHIA
24.600 t



SÃO PAULO
69.500 t MINAS
GERAIS
31.500 t


PARANÁ
123.000 t SANTA
CATARINA
33.800 t

PRODUÇÃO DE TILÁPIA (EM T)

400.280 t
2018 +11,9%

357.639 t
2017
Fonte PeixeBR

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PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

TAMBAQUI LIDERA ENTRE


OS PEIXES NATIVOS, MAS
PRODUÇÃO CAI
Segmento respondeu por 287.910 t, com queda de 4,7% sobre resultado
do ano anterior.

P
rimeiro a boa notícia. Levantamento nativos passam a representar 39,84% da produ-
da Associação Brasileira da Piscicultura ção total (eram 43,7% em 2017). Entre as causas
(PEIXE BR) constata que os peixes nati- principais estão problemas climáticos, sanitários e
vos estão presentes em todo o país, com exceção mercadológicos nos principais estados produtores.
de Ceará e Distrito Federal. A produção de peixes nativos é liderada por
Pelo lado negativo, em 2018 o segmento perdeu Rondônia, com 72.800 t, seguida por Mato
espaço, com produção 4,76% inferior à do ano Grosso (52.000 t). Os cinco maiores produtores
anterior, com 287.910 toneladas. Assim, os peixes (199.700 t) representam 69,4% da oferta total.

TAMBAQUI LEADS AMONG NATIVE SPECIES, BUT THE PRODUCTION WAS REDUCED IN 2018
Let us start with the good news. According to the survey con- On the other hand, the output was reduced by 4,7% in 2018 this reduction are problems related to the climate.
ducted by the Brazilian Fish Farming Association (PEIXE BR), when compared to the previous year: 287,910 tons in 2018 As to the production of native fish, the State of Rondônia
different species of native fish are being produced all over the againt 302.275 tons in 2017). Thus, native fish now represent leads with 72,800 tons, followed by the State of Mato Grosso
country, with the exception of the State of Ceará, and of the 39,84% of the total production (compared to 43.7% in 2017). (52,000 tons). The top five producers (199,700 tons) have a
Federal District. According to fish farmers, among the main reasons leading to share of 69.4% of the total output.

18
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA BRASILEIRA

MAIORES PRODUTORES DE PEIXES NATIVOS EM 2018



RORAIMA
17.100 t PARÁ
22.600 t



MARANHÃO
RONDÔNIA 35.200 t
72.800 t

MATO
GROSSO
52.000 t

PRODUÇÃO DE PEIXES NATIVOS (EM T)

287.910 t
2018 -4,7%

302.235 t
2017
Fonte PeixeBR

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PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

CARPAS NO SUL E
CHEGADA DO PANGA
Produção de Outras Espécies é modesta, mas tem potencial para
crescimento a médio prazo.

C
om expressiva presença no Rio Grande de projetos de criação em Amazonas, Amapá,
do Sul e em Santa Catarina, a Carpa Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rondônia, Ro-
responde por mais de 80% das 34.370 t raima e Tocantins.
enquadradas no item Outras Espécies, em 2018. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mi-
No total, o item Outras Espécies, que inclui a nas Gerais e Espírito Santo são os cinco maiores
Truta, participou com 4,6% da produção total produtores. Juntos, esses estados representam
de peixes de cultivo em 2018, segundo o levanta- 94,4% da criação de Outras Espécies.
mento da Associação Brasileira da Piscicultura. A boa novidade de 2018 é a autorização para
Essas espécies estão presentes em 19 estados em criação de Panga em alguns estados – sobretudo
todas as regiões do país. Somente não há registro das regiões Sudeste e Nordeste.

CARP KOI FISH IN THE SOUTH AND INTRODUCTION OF PANGA


Of the Other Species of farmed fish, Carp represented more These species are produced in 19 States, encompassing all and Espírito Santo are the five major producers. These
than 80% of the 34,370 tons produced in 2018, mainly in geographical regions of the country. The only States where States combined have a share of 94,4% of the farming
the States of Rio Grande do Sul and Santa Catarina. there are no reports of commercial fish farming of Other of Other Species.
According to the survey conducted by the Brazilian Fish Farm- Species are Amazonas, Amapá, Ceará, Federal District, The good news in 2018 was the official clearance for the
ing Association, the share of Olher Species of farmed fish, Paraíba, Rondônia, Roraima, and Tocantins. production of Pangasius in some Brazilian States – mainly
including trout, was 4,76% of the total production in 2018. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, in the Southeastern and Northeastern regions.

20
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA BRASILEIRA

MAIORES PRODUTORES DE OUTRAS ESPÉCIES* EM 2018


ESPÍRITO
SANTOS
3º 1.050 t

PARANÁ
3.500 t 4º

MINAS
GERAIS
1.100 t

RIO
GRANDE
DO SUL 2º
17.200 t
SANTA
CATARINA
9.700 t

PRODUÇÃO DE OUTRAS ESPÉCIES (EM T)

34.370 t
2018 +8%

31.825 t
2017
Fonte PeixeBR
* Carpa, Truta e Panga, principalmente

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PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

PARANÁ DISPARA NA
PRIMEIRA COLOCAÇÃO
São Paulo ultrapassa Rondônia e assume o segundo lugar em produção.

A
produção de peixes de cultivo no Para- Entre os 10 maiores produtores de peixes de
ná cresceu 16% em 2018, saltando de cultivo do país, outros destaques foram o Ma-
112.000 t para 129.900 t. Esse excelente ranhão, cuja criação saltou expressivos 47,4%,
desempenho coroa os consistentes investimen- atingindo 39.050 t. Com isso, o estado passou
tos realizados nos últimos anos, sobretudo pela para a 6ª posição entre os estados.
agroindústria paranaense. Entre os destaques negativos, Goiás perdeu duas
Outro destaque do ranking estadual da Piscicul- posições e atualmente é o 8º maior produtor de pei-
tura brasileira é São Paulo, que superou Rondônia xes de cultivo, com 30.630 t. O Amazonas também
e assumiu a segunda colocação, com 73.200 t. O enfrentou diversos problemas, especialmente sani-
crescimento do estado foi de 5,3%. Rondônia en- tários, e saiu da 8% para a 16ª posição (15.270 t).
frentou problemas ambientais, mercadológicos e A novidade do top 10 por estados é o Mato
sanitários e recuou 5,5%, produzindo 72.800 t. Grosso do Sul, que atingiu 25.850 t.

THE STATE OF PARANÁ TAKES THE LEAD


Fish farming in the State of Paraná has grown 16% in 2018, farming in São Paulo experienced a growth of 5.3%. Rondônia, State now ranks 6th in fish farming.
leaping from 112,000 tons to 129,900 tons. This excellent on the other hand, faced adverse climate conditions and health Among the States with poor performance, the State of Goiás
performance is the result of continuous investments made related issues, which resulted in a 5.5% reduction in production is currently the 8th largest producer of farmed fish, now at the
during the last few years by the entrepreneurs from the agri- of farmed fish, now at 72,800 tons. 30,630 tons level. The State of Amazonas also faced different
business sector. Among the 10 top-producing States, it is worth mentioning the issues, and now ranks 16th in production (15,270 tons).
Other well performing State was São Paulo, now ranking sec- performance of the State of Maranhão, where production has The newcomer in the top-ten ranking was the State of Mato
ond, with 73,200 tons, followed by Rondônia. In 2018, fish grown impressive 47.4%, currently at 39,050 tons, and the Grosso do Sul, that has produced 25,850 tons of farmed fish.

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA BRASILEIRA

OS 10 MAIORES PRODUTORES DE
PEIXES DE CULTIVO DO BRASIL

1º 2º 3º
PARANÁ SÃO PAULO RONDÔNIA
129.900 t 73.200 t 72.800 t

4º 5º 6º
MATO GROSSO SANTA CATARINA MARANHÃO
54.510 t 45.700 t 39.050 t

7º 8º 9º
MINAS GERAIS GOIÁS BAHIA
33.150 t 30.630 t 30.460 t

10º
MA
MATO GROSSO DO SUL
25.850 t BA

RO MT
GO
MG

MS SP

PR

SC

Fonte PeixeBR

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PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

DESTAQUES POSITIVOS E NEGATIVOS EM 2018


Percentualmente, Alagoas Maranhão (6º maior produ- 5º maior foi o Paraná, com O Ceará também teve um
foi o maior destaque em tor, com 39.050 t) também 16%. ano difícil devido à conti-
aumento da produção de obteve expressivo resultado, Oito estados fecharam 2018 nuação da seca e teve redu-
peixes de cultivo em 2018, com salto de 47,4%. com redução da produção de ção de 30%. Mato Grosso
com crescimento de 135,7% Pará e Pernambuco obtive- peixes de cultivo. A queda (-12,1%) e Goiás (-7,2%)
(8.250 t). Com esse desem- ram o mesmo índice de au- mais expressiva foi de Sergi- completam a lista dos cinco
penho, assumiu a 20ª posição mento da produção: 18,6%. pe (-46,2%). Amazonas veio estados que mais reduziram
entre os estados produtores. Em termos percentuais, o a seguir, com menos 45,5%. a produção no ano passado.

POSITIVE AND NEGATIVE HIGHLIGHTS IN 2018


Percentage wise, the State of Alagoas was the highlight as to Maranhão (6th largest producer, with 39,050 tons). gipe (-46.2%), followed by the State of Amazonas, with -45.5%.
farmed fish production expansion, reaching and impressive level of The production of farmed fish in the States of Pará and Pernambuco has The State of Ceará also had a difficult year because of the drought,
135.7% growth (currently producing 8,250 tons), and is now the grown by 18.6% in both States, followed by Paraná, with a 16% growth. and production was reduced by 30%. Other States where farmed
20th in the ranking. Eight of the Brazilian States reduced production of farmed fish in fish production was reduced in 2018 were Mato Grosso (-12.1%),
The production of farmed fish has grown by 47.4% in the State of 2018. The most significant reduction was seen in the State of Ser- and the State of Goiás (-7.2%).

24
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA BRASILEIRA

ANÚNCIO

25
PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

REGIÃO SUL CRESCE 11%


E MANTÉM LIDERANÇA
Norte vem a seguir, mas produção caiu 7%. Nordeste desponta e assume
3ª posição como região.

P
uxado pelo excelente desempenho do Para- atingindo 134.330 t. Esse resultado deveu-se ao
ná, a região Sul atingiu 198.600 t em 2018, aumento de produção na região do Rio São Fran-
representando 27,5% da produção nacio- cisco, Bahia, Pernambuco e Alagoas.
nal. No total, o Sul cresceu 11,3% no ano passado. Em 4º lugar entre as regiões está o Sudeste, com
A região Norte (153.020 t) mantém a segunda 124.120 t (crescimento de 7,6% sobre o ano
liderança, porém teve redução de 7%, devido a di- anterior, devido ao aumento da produção em
versos problemas, inclusive climáticos. O Nordes- São Paulo).
te foi outra boa surpresa. Apesar da seca prolonga- O Centro-Oeste perdeu 7,8% da produção em
da em alguns estados, a produção cresceu 20,6%, 2018 e fechou o ano com 112.490 t.

SOUTHERN REGION GROWS 11% AND MAINTAINS THE LEADERSHIP


Driven by the excellent performance of the State of Paraná, the was reduced by 7% as a result of a series of challenges, including has produced 124,120 tons of farmed fish in 2018 (a growth
Southern region produced 198,600 tons of farmed fish in 2018, adverse climate. The Northeast was another positive surprise. In of 7.6% when compared to the previous year, all related to in-
maintaining a share of 27.5% of the domestic production. During spite of the prolonged drought in some of the States, fish produc- creased production in the State of São Paulo).
last year, the growth in the Southern region was 11.3%. tion has grown by 20.6%, totaling 134,330 tons. The Midwest reduced the production by 7.8% in 2018 and closed
The North (153,020 tons) ranks second, but farmed fish output The Southeast ranks 4th among the geographical regions and the year with 112,490 tons.

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA BRASILEIRA

EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE PEIXES


DE CULTIVO POR REGIÕES

NORTE
-7 %

2018 153.020 t
2017 164.500 t

CENTRO OESTE NORDESTE


-7,8 % 20,6 %

2018 112.490 t 2018 134.330 t


2017 122.000 t 2017 111.400 t

SUDESTE SUL
7,6 % 11,3 %

2018 124.120 t 2018 198.600 t


2017 115.300 t 2017 178.500 t
Fonte PeixeBR

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PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

RANKING DA PRODUÇÃO DE PEIXES DE CULTIVO


POR ESPÉCIES (2018 / 2017)

RANK 2017 RANK 2018 ESTADO 2017 2018 VARIAÇÃO

1º 1º PARANÁ 112.000 129.900 16,0

3º 2º SÃO PAULO 69.500 73.200 5,3

2º 3º RONDÔNIA 77.000 72.800 -5,5

4º 4º MATO GROSSO 62.000 54.510 -12,1

5º 5º SANTA CATARINA 44.500 45.700 2,7

10º 6º MARANHÃO 26.500 39.050 47,4

7º 7º MINAS GERAIS 29.000 33.150 14,3

6º 8º GOIÁS 33.000 30.630 -7,2

9º 9º BAHIA 27.500 30.460 10,8

11º 10º MATO GROSSO DO SUL 25.500 25.850 1,4

13º 11º PARÁ 20.000 23.720 18,6

15º 12º PERNAMBUCO 17.000 23.470 38,1

12º 13º RIO GRANDE DO SUL 22.000 23.000 4,5

14º 14º PIAUÍ 18.000 19.310 7,3

16º 15º RORAIMA 16.000 17.100 6,9

8º 16º AMAZONAS 28.000 15.270 -45,5

17º 17º TOCANTINS 14.500 14.600 0,7

18º 18º ESPÍRITO SANTO 12.000 13.190 9,9

19º 19º ACRE 8.000 8.500 6,3

23º 20º ALAGOAS 3.500 8.250 135,7

20º 21º CEARÁ 7.000 4.900 -30,0

22º 22º RIO DE JANEIRO 4.800 4.580 -4,6

21º 23º SERGIPE 6.600 3.550 -46,2

24º 24º PARAÍBA 3.000 2.930 -2,3

25º 25º RIO GRANDE DO NORTE 2.300 2.410 4,8

26º 26º DISTRITO FEDERAL 1.500 1.500 0,0

27º 27º AMAPÁ 1.000 1.030 3,0

TOTAL 691.700 722.560 4.5%

28
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA BRASILEIRA

PRODUÇÃO DE PEIXES CULTIVADOS NO BRASIL EM 2018

ESTADO TILÁPIA NATIVOS OUTROS* TOTAL

ACRE 200 8.300 8.500

ALAGOAS 6.600 1.500 150 8.250

AMAPÁ 80 950 - 1.030

AMAZONAS - 15.270 - 15.270

BAHIA 24.600 5.800 60 30.460

CEARÁ 4.900 - - 4.900

DISTRITO FEDERAL 1.500 - - 1.500

ESPÍRITO SANTO 11.800 340 1.050 13.190

GOIÁS 18.200 12.300 130 30.630

MARANHÃO 3.500 35.200 350 39.050

MATO GROSSO 2.500 52.000 10 54.510

MATO GROSSO DO SUL 20.500 5.300 50 25.850

MINAS GERAIS 31.500 550 1.100 33.150

PARÁ 1.000 22.600 120 23.720

PARAÍBA 2.900 30 - 2.930

PARANÁ 123.000 3.400 3.500 129.900

PERNAMBUCO 23.000 400 70 23.470

PIAUÍ 10.000 9.300 10 19.310

RIO DE JANEIRO 3.700 500 380 4.580

RIO GRANDE DO NORTE 2.300 70 40 2.410

RIO GRANDE DO SUL 4.100 1.700 17.200 23.000

RONDÔNIA - 72.800 - 72.800

RORAIMA - 17.100 - 17.100

SANTA CATARINA 33.800 2.200 9.700 45.700

SÃO PAULO 69.500 3.300 400 73.200

SERGIPE 1.000 2.500 50 3.550

TOCANTINS 100 14.500 - 14.600

* TRUTA, PANGA E CARPA

TOTAL 400.280 287.910 34.370 722.560

29
PISCICULTURA BRASILEIRA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

2018 DEIXOU LIÇÕES.


EXPECTATIVA
POSITIVA PARA 2019
Esta é a visão geral das empresas da cadeia da Piscicultura consultadas pelo
Anuário para analisar o mercado e prognosticar o futuro a curto prazo.

O
“ mercado caminhou firme, com resulta- Em que pese os altos e baixos do mercado, a
do semelhante ao de 2017 em termos Aquabel teve desempenho consistente no ano
de volume. Porém, com rentabilidade passado. O presidente Ricardo Neukirchner,
inferior”. Esta é a definição de Guilherme Vian- que também é presidente do Conselho de Admi-
na, gerente de negócios da Belgo Arames, para o nistração da PEIXE BR, define 2018 como “um
desempenho da empresa, em 2018. ano de ajustes da atividade, com crescimento sig-
nificativo do consumo de pescado e aumento da
Para Gabriela Galvão, da Ammco, empresa do produção de peixes, “fazendo com que o mercado
Grupo Suiaves, a atividade passou por novos precise entender o momento e se ajustar a ele”.
desafios advindos da greve dos caminhoneiros, Ricardo destaca o investimento pesado de muitas
que “alterou a oferta dos produtos, aumentou os empresas em tecnologia e capacidade produtiva.
estoques de peixes nos tanques e causou desequi- Sua empresa também investiu, inclusive em novas
líbrio entre oferta e procura, refletindo sobre os unidades e equipe técnica, fechando o ano com
preços finais de vendas e, em especial, com au- crescimento de 8% em relação a 2017.
mento dos custos de fretes e rações”.
A profissionalização da atividade também é
Marco Aurélio Rotta, diretor do Projeto Pacu, destacada por Karoline Honório, profissional
destaca o “grande interesse de novos entrantes do Departamento de Marketing da ICC Brazil,
na Aquicultura brasileira, que fizeram contato especializada em leveduras nutricionais e funcio-
para analisar a possibilidade de projetos futu- nais. “A perspectiva é de aumentos de produtivi-
ros. É possível que em 2019 seja dada vazão a dade progressivos nos próximos dez anos”, diz.
estes novos empreendimentos”. Ele informa que A ICC Brazil fechou o ano com crescimento
o desempenho no ano passado foi sustentado próximo de 8%.
pelos projetos em andamento em outros países
sul-americanos, especialmente Bolívia, além de O avanço da Piscicultura acima das demais pro-
contatos de Colômbia e Peru para espécies nati- teínas animais é destacado por Roberto Bromi
vas e exóticas, como a Tilápia. Cargnin, do Departamento Comercial da Kera
Brasil. “A Piscicultura vem mostrando sua força “Confiamos em
“Como pontos positivos, em 2018 houve aumen- dia a dia, ganhando espaço no mercado brasilei-
to da produção e maior profissionalização da ro e atraindo muitos adeptos para esta saudável evolução este ano.
cadeia produtiva, além do mercado de peixes
redondos/nativos se consolidando em produção
culinária”. Cargnin lembra que “em algumas re-
giões, onde até então não se imaginava qualquer
Devem surgir
e consumo, com melhorias significativas em pro- tipo de produção, começam a surgir pequenos novas fronteiras
dutividade e rentabilidade”, explica Amanda tanques e criatórios”, mostrando a capilaridade
Luiza Silva, do Departamento de Marketing da da atividade. de produção,
Neovia. Ela cita como pontos negativos a queda
de preço na Tilápia, a superoferta concentrada Melissa Zanetti, do Departamento de Marke-
como MT e TO.
de peixes em peso de abate, os problemas finan- ting da MSD Saúde Animal, cita a instabilidade Continuamos
ceiros de participantes da cadeia e o desestímulo do mercado como um fator negativo em 2018,
em parte da cadeia – o que impacta o crescimen- mas lembra “a liberação da produção de Tilápia investindo em
to da produção. em tanques-rede em Tocantins e Mato Grosso”.
A MSD teve crescimento superior a 10% no
tecnologia e novas
Marcelo Peraltas, gerente de Matérias-Primas ano, comprovando o potencial da Aquicultura áreas”.
da Rousselot para a América do Sul, considerou brasileira.
2018 positivo, “porém poderia ter sido melhor Ricardo
se não fossem os embargos da União Europeia
aos frigoríficos de pesca marinha, que afetaram
Parcerias importantes, como com a Escama
Forte para distribuição, e participação nas mais
Neukirchner,
fortemente os frigoríficos aquícolas”. importantes feiras e eventos do setor, dividindo Aquabel
30
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA BRASILEIRA

conhecimento técnico e soluções naturais e sus- de 40% em função das estratégias adotadas na lápia. Investimos em novos produtos para esta
tentáveis para melhoria da produção e lucrativi- empresa”, assinala. espécie tão rústica e produtiva”, diz Karoline.
dade, estiveram entre as estratégias da Biorigin
em 2018. Merylin Miguel, responsável pelo “Esperamos o destravamento dos projetos e Roberto, da Kera Brasil, deposita todas as ex-
Marketing Estratégico da empresa, ressalta os de- empreendimentos que já estão maduros, como pectativas em torno do crescimento do setor.
safios do processo de profissionalização da ativi- também ampliação das atuais estruturas pro- “A satisfação dos nossos clientes e a busca cons-
dade. “As planilhas de cálculos terão de ser revi- dutivas. Com esse cenário, a demanda por ser- tante em excelência de atendimento, sempre
sitadas rotineiramente. Densidade, qualidade viços de engenharia, tanto de projeto como de priorizando a garantia de qualidade de nossos
de água, conversão alimentar. Enfim, os custos execução, será ampliada e nós queremos atuar produtos. Trabalhamos de forma diferente e
de produção têm de estar na ponta do lápis. Não em parte desta retomada dos negócios”, infor- queremos mostrar nossos diferentes resultados.
há mais lugar para amadorismo”. ma Rotta, do Projeto Pacu. Esse é o desafio”.

André Pereira, coordenador de Comunicação e Amanda, da Neovia, tem expectativa pela reto- Estão previstas novidades da MSD em produ-
Marketing da Cargill Nutrição Animal, informa mada do crescimento, “com produtores menos tos para saúde animal. “Nossos investimentos
que em 2018 “a CPN – Cargill Premix Nutri- eufóricos e mais realistas”. Ela considera, tam- em 2019 estão associados ao posicionamento e
tion/Nutron – Aqua, parte da Plataforma CAN bém, “um nível de profissionalização superior, testes de novas vacinas combinadas e em pla-
– Cargill Animal Nutrition, seguiu a estratégia mais seriedade por parte da cadeia, evolução taformas de serviços personalizadas a clien-
global de segurança, responsabilidade e susten- no consumo interno e início das exportações de tes-chave”, informa Melissa, reforçando que a
tabilidade, com o foco no mercado verticalizado Tilápia como um canal importante na alavan- empresa investe para consolidar a liderança no
da proteína de peixes cultivados, que, apesar de ca de crescimento. Seguiremos investindo em setor em Aquicultura.
pequeno ainda, tem potencial imenso”. capacidade de produção”, diz.
“A Biorigin investe constantemente em tecno-
“Nossa expectativa é de crescimento em torno logias para melhorar cada vez mais nossos pro-
SÓ UM SENTIMENTO: 10% este ano”, informa Marcelo, da Rousselot. cessos e índices produtivos, em parcerias, com
OTIMISMO EM 2019 “Existem planos de investimento na expansão comprovações técnicas e em inovação, apresen-
Os representantes de Aquabel, Ammco, Belgo da capacidade produtiva, tendo em vista a cap- tando soluções que atendem às necessidades dos
Arames, Biorigin, Cargill, ICC Brazil, Kera tura de oportunidades de ofertas de matérias- nossos clientes. Continuamos reforçando esta
Brasil, MSD, Neovia, Projeto Pacu e Rousselot -primas”. estratégia em 2019”, explica Merylin Miguel.
também estão otimistas em relação ao desem-
penho da Piscicultura brasileira em 2019. “Confiamos em evolução este ano, talvez um “Seguir de forma segura, responsável e susten-
pouco mais lentamente. Devem surgir novas tável, focado no mercado estruturado e for-
Guilherme Vianna, da Belgo, tem expectativa empresas e novas fronteiras de produção, como mal, que está racionalizando a atividade para
de “um ano melhor, com custo de alimenta- Mato Grosso e Tocantins. Continuamos inves- atingir escala competitiva de preço e aumento
ção estável e mercado demandando um pouco tindo em tecnologia e aquisição de novas áreas, de oferta/consumo e tornar-se a referência,
mais, mas sem nenhuma euforia”. Ele também garantindo assim uma logística mais segura é alinhado com a ambição global da Cargill em
confia na retomada do crescimento econômico. ágil, além de melhorar a qualidade dos nossos se tornar líder mundial em Aquacutura”, são
alevinos e da nossa genética em geral”, ressalta os dogmas da empresa neste ano. Para tanto, a
Gabriela, da Ammco, enxerga 2019 com me- Ricardo, da Aquabel. Cargill “investirá em desenvolvimentos inter-
lhores possibilidades de negócios em termos nos de aditivos nutricionais, digitalização da
de biosseguridade, nutrição e sanidade, que A expectativa da ICC Brazil é de resultados Aquacultura, importação de produtos/ingre-
devem ter melhor desempenho. “Nossa meta mais robustos em 2019. “Apostamos no cres- dientes Cargill e outras soluções demandadas
será aumentar nossos volumes de vendas acima cimento da Piscicultura, especialmente da Ti- pelos clientes”.

31
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

32
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

33
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

BRASIL IMPORTOU US$ 1


BILHÃO EM PEIXES, EM 2018
Exportações atingiram US$ 136 milhões. Tilápia: venda de
US$ 5,5 milhões para os Estados Unidos.

O
Brasil exportou pouco mais de 700 Em termos de volume, em 2018 o país expor-
toneladas de Tilápia para os Estados tou 1.000 t a mais que no ano anterior.
Unidos, em 2018. Esse resultado Quanto às importações, os números finais da
está em linha com as vendas anteriores para SECEX no item “Peixes Congelados, Frescos
o maior consumidor mundial da espécie. A e Refrigerados” atingiram US$ 1,03 bilhão
receita ficou em torno de US$ 5,5 milhões. contra US$ 1,081 bi em 2017. Em volume,
A Tilápia foi a principal peixe de cultivo no ano passado o Brasil comprou 295.000 t,
exportado no ano passado, mas os números recuo de 12% sobre o ano anterior.
são pouco expressivos, mas permitem olhar Nesse item, destaque para o Salmão do Chile.
com otimismo para o futuro. Segundo a SE- Em 2018, entraram no Brasil mais de 75.000
CEX, o Brasil exportou 32.417 t de peixes t da espécie, sendo a expressiva maioria do
congelados, frescos e refrigerados em 2018, país latino. Somente nesse item, as importa-
com receita de US$ 136 milhões. Nessa ca- ções atingiram US$ 500 milhões.
tegoria, estão incluídos os peixes de captura Em 2019, a Piscicultura intensifica a partici-
e de cultivo. pação nas missões de negócios da APEX-Bra-
Mesmo com a suspensão das exportações de sil, incluindo a Seafood Expo North America
pescado para a União Europeia, o Brasil ven- (Boston, EUA) e a China Fisheries and Sea-
deu US$ 12 milhões a mais do que em 2017. food Expo 2019 (Quingdao, China).

IN 2018, BRAZIL HAS IMPORTED THE EQUIVALENT TO USD 1 BILLION IN FISH


In 2018, Brazil has exported about 700 tons of Tilapia to lion, both farmed and wild caught fish combined in this group. 295,000 tons, a 12% reduction when compared to the
the United States, maintaining the level of previous sales In 2018, in spite of the suspension of fish exports to the previous year.
to the largest consumer market of this specie of fish. The European Union, Brazilian exports have grown by USD 12 Salmon from was the leading imported fish. In 2018,
business generated a value of USD 5.5 million. million when compared to 2017. As to exports volume, Brazil has imported more than 75,000 tons of salmon,
In 2018, Tilapia was the most exported farmed fish, the growth in 2018 was of additional 1,000 tons. mostly from Chile, at a value of USD 500 million.
and although the numbers are still far from being im- As to imports, according to the report published by In 2019, the Brazilian fish farming industry will be rep-
pressive, the outlook for the future is quite promising. SECEX, Brazil has imported USD 1.03 billion worth resented by APEX-Brasil at the main events, including
According to SECEX, Brazil has exported 32,417 tons of of “Fresh and Frozen Fish”, compared to USD 1.081 Seafood Expo North America (Boston, USA), and China
frozen and fresh fish in 2018, with revenues of USD 136 mil- billion in 2017. In 2018, total imports of fish were Fisheries and Seafood Expo 2019 (Qingdao, China).

34
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO

EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DE PEIXES


2017 2018
IMPORTAÇÃO
T US$ T US$
PEIXES CONGELADOS,
335.000 1,071 BI 295.000 1,032 BI
FRESCOS E REFRIGERADOS
CAMARÃO CONGELADO 200 2,65 MI 84,4 1,06 MI
Fonte Secex

2017 2018
EXPORTAÇÃO
T US$ T US$
PEIXES CONGELADOS,
33.400 124,6 MI 32.400 136 MI
FRESCOS E REFRIGERADOS
LAGOSTAS CONGELADAS 2.822 74 MI 2.314 69,3 MI
CAMARÃO CONGELADO 214 3 MI 167 2,8 MI
Fonte Secex

IMPORTAÇÃO DE SALMÃO
2016 2017 2018
IMPORTAÇÃO
T US$ T US$ T US$
SALMÃO 71,8 MI 466,7 MI 72,4 MI 508,2 MI 75,7 MI 504,2 MI
Fonte Secex

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS EVOLUÇÃO DO VOLUME (KG)


MÉDIOS (USD/KG) DA DE EXPORTAÇÃO DE TILÁPIA
EXPORTAÇÃO DA TILÁPIA
712.140

616.942

752.136

171.370

73.475

71.890

11.287

6,58 7,18 7,43 8,13 8,52 8,61 6,70

2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012
Fonte Secex Fonte Secex

35
PISCICULTURA NO MUNDO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

BRASIL CONSOLIDA-SE COMO


O 4º MAIOR PRODUTOR
MUNDIAL DA TILÁPIA
Produção brasileira representa 6,67% da oferta global da
espécie, de cerca de 6 milhões de toneladas/ano.

O
mundo produziu 84 milhões de tonela- no mundo. Segundo organismos internacionais,
das de peixes de cultivo em 2018. Foram em 2018 foram produzidos praticamente 6 mi-
4 milhões de t a mais do que no ano an- lhões de toneladas. O Brasil contribuiu com cer-
terior. O objetivo de superar a barreira das 100 mi- ca de 400.000 t: 6,67% do total global. Com esse
lhões t em 2025 está mais presente do que nunca. resultado, o país consolidou a 4ª posição entre os
Incluindo os peixes de captura, foram cerca de maiores produtores mundiais.
176 milhões de toneladas, em 2018. O aumento A liderança absoluta é da China, que produziu
de contribuição na produção total foi exclusiva- 1,86 milhão de toneladas de Tilápia e deve atin-
mente dos peixes de cultivo. Nesse ritmo, em um gir 1,93 milhão t, em 2019. Indonésia (1,25 mi-
ou dois anos, haverá inversão de liderança, com lhão t) e Egito (860.000 t) mantêm-se à frente
os peixes de cultivo superando os de captura em do Brasil no ranking global. Nosso país amplia
termos globais. para 70.000 toneladas a distância das Filipinas,
A Tilápia lidera a produção de peixes de cultivo 5ª colocada.

BRAZIL IS THE 4TH MAJOR GLOBAL TILAPIA PRODUCER


In 2018, the world has produced 84 million tons of farmed in leadership during the next couple of years, and farmed fish China is the absolute leader of the global ranking, having
fish, 4 million additional tons when compared to the previ- will become more significant than wild caught fish. produced 1.86 million tons of Tilapia in 2018, and is ex-
ous year. The goal of meeting the 100 million tons target Tilapia is the leading species among farmed fish globally. pected to produce 1.93 million tons in 2019. Indonesia
by 2025 is maintained. According to international agencies, 6 million tons of Tilapia (1.25 million tons), and Egypt (860 thousand tons), rank
Including wild caught fish, global fish production totaled 176 were produced in 2018. Brazil has contributed with close to 2nd and 3rd, respectively, followed by Brazil, with 400
million tons in 2018, and the growth was exclusively due to 400,000 tons to this total: 6,67% of the global production, thousand tons. The Philippines, 5th in the ranking, produces
the contribution of farmed fish. The trend is to see a reversal and ranks 4th among major global producers. 330 thousand tons.

36
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA NO MUNDO

RANKING GLOBAL DE PRODUÇÃO DE TILÁPIA (T)

BANGLADESH
2019 250 mil
EGITO 7º 2018 220 mil CHINA
2019 900 mil 2017 200 mil 2019 1,93 milhão
3º 2018 860 mil 1º 2018 1,86 milhão
2017 800 mil 2017 1,80 milhão

BRASIL
2019 450 mil
4º 2018 400 mil
2017 375 mil
INDONÉSIA
2019 1,35 milhão
2º 2018 1,25 milhão
2017 1,10 milhão
FILIPINAS
2019 350 mil
5º 2018 330 mil
TAILÂNDIA
2019 250 mil
2017 312 mil
6º 2018 325 mil
2017 300 mil VIETNÃ
2019 220 mil
8º 2018 200 mil
2017 188 mil
Fontes: FAO e Consultorias internacionais

37
PISCICULTURA NO MUNDO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

ESTADOS UNIDOS, O MAIOR


IMPORTADOR DE PESCADO
DO PLANETA
País compra mais de 50% de suas necessidades para
atender à demanda interna.

O
s Estados Unidos são um grande pro- aproximou de US$ 4 bilhões. Aliás, a China ex-
dutor de pescado, porém também é o porta mais de US$ 23 bilhões/ano em pescado.
maior mercado consumidor do plane- O Brasil participa pouco desse imenso mercado.
ta. Segundo da FAO, os EUA importam mais de Em 2018, exportou 712 toneladas de Tilápia
50% de suas necessidades. Em relação à Tilápia, para os Estados Unidos.
o cenário é ainda mais favorável para os grandes “Temos plenas condições de ampliar as vendas
produtores mundiais: os Estados Unidos com- não apenas para os Estados Unidos para todos os
pram 95% do que precisam para atender à de- grandes compradores mundiais, como a União
manda interna. Europeia. Nosso peixe tem qualidade, é saboro-
A China aproveita como ninguém o saboroso so e competitivo. Precisamos ser mais agressivos
mercado norte-americano. O país asiático ex- para conquistar espaço no complexo jogo do
portou mais de US$ 3,2 bilhões de pescado para comércio global”, ressalta Francisco Medeiros,
os EUA, em 2017. No ano passado, a receita se presidente executivo da PEIXE BR.

38
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA NO MUNDO

39
PISCICULTURA NO MUNDO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

PANGA E SALMÃO DISPUTAM


A SEGUNDA COLOCAÇÃO
Juntas, as duas espécies já representam mais de 5 milhões de toneladas
de peixes. Vietnã (Panga) e Noruega (Salmão) lideram produção.

O
Brasil não produz Salmão e o Panga Cerca de 50% da produção global da Salmão está
(Pangasius) está chegando ao país. na Noruega. O Chile vem em segundo lugar, se-
Porém, ambos chamam a atenção no guido por Escócia e Estados Unidos. A Noruega
mundo em termos de produção. Segundo a exporta mais de 1 milhão de toneladas, com re-
FAO, a produção de Panga atingiu 2,56 milhões ceita superior a US$ 6,2 bilhões.
de toneladas em 2018, superando a de Salmão Quanto ao Panga, a produção está concentrada
(2,40 milhões t). na Ásia. O Vietnã lidera, com mais de 1,3 mi-
Entre 2017 e 2018, tanto a produção global de lhão de toneladas/ano, seguido por Índia, Ban-
Panga como de Salmão saltaram 100.000 tonela- gladesh e Indonésia.
das, porém os números mostram que há tendência A espécie é um produto muito rentável para o Viet-
de aumento da oferta da Panga em detrimento de nã. Em 2017, o país exportou 540.000 t. No ano
uma certa estabilidade na produção de Salmão. passado, a receita internacional atingiu US$ 2 bi.

PANGASIUS AND SALMON FIGHT FOR THE RUNNER-UP POSITION


Salmon is not produced in Brazil, and Panga (Pangasius) is and salmon was increased by 100 thousand tons each, but re- As to Pangasius, the production is mainly concentrated in
being introduced in the country. However, both species have cent data show that the trends favor a growing supply of panga, Asian countries. Vietnam leads, producing more than 1.3
an important role to play in the global scenario. According to while salmon output is expected to remain stable. million tons/year, followed by India, Bangladesh, and In-
the F.A.O., the production of Pangasius has reached the level About 50% of the global salmon production is concentrated in donesia.
of 2.56 million tons in 2018, exceeding salmon production Norway. Chile ranks second, followed by Scotland and the Unit- This species is highly profitable for Vietnam. In 2017, the
(2.40 million tons). ed States. Norway currently exports more than 1 million tons of country exported 540,000 tons, and the business has gen-
Between 2017 and 2018, global production of both pangasius salmon, with revenues exceeding USD 6.2 billion. erated revenues of USD 2 billion in 2018.

40
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PISCICULTURA NO MUNDO

PRODUÇÃO MUNDIAL DE SALMÃO (T)

1º 2º 3º 4º

NORUEGA CHILE ESCÓCIA EUA


1,29 mi 2018 608 mil 2018 160 mil 2018 168 mil 2018
1,21 mi 2017 580 mil 2017 175 mil 2017 162 mil 2017

PRODUÇÃO MUNDIAL DE PANGA (T)

1º 2º 3º 4º

VIETNÃ ÍNDIA BANGLADESH INDONÉSIA


1,33 mi 2018 540 mil 2018 455 mil 2018 110 mil 2018
1,25 mi 2017 463 mil 2017 435 mil 2017 105 mil 2017

Fontes: FAO e Consultorias internacionais

41
CENSO AGROPECUÁRIO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

TILÁPIA ESTÁ PRESENTE


EM TODO O TERRITÓRIO
NACIONAL, DIZ IBGE
Levantamento confirma força da espécie e mostra as Carpas na
liderança em número de propriedades.

A
s cadeias produtivas de alimentos, mais variados segmentos (produção, processa-
como a Piscicultura, ansiavam por um mento, distribuição, nutrição, sanidade, equi-
novo Censo Agropecuário do IBGE há pamentos, consultoria, entidades regionais etc).
muito tempo. Afinal, o último levantamento O resultado do mais recente levantamento da
era de 2006 e, desde então, as estatísticas varia- PEIXE BR, referente a 2018, é a motivação
vam ao sabor dos interesses diversos. principal da produção deste Anuário.
Esta falta de referência oficial da Piscicultura Mesmo assim, foi grande a expectativa do mer-
levou a Associação Brasileira da Piscicultura cado em geral e da Piscicultura em particular
(PEIXE BR) a fazer o seu próprio levantamen- para a chegada do mais recente Censo Agro-
to da atividade. Esse trabalho envolve uma série pecuário do IBGE, em 2017 e os relatórios ofi-
de agentes, incluindo as empresas associadas dos ciais ainda não foram divulgados.

TILAPIA IS BEING FARMED IN ALL REGIONS IN BRAZIL


Brazilian food-producing chains, among them fish farming, • Carps are being raised by 119,916 farms in the country, • Different species of native fish (mostly Tambaqui, Pacu,
have longed for an updated agribusiness Census, conducted 93% of them located in the Southern region – the State Pirapitinga, Tambacu, and Tambatinga) are raised by
by IBGE (Brazilian Institute for Geography and Statistics). of Rio Grande do Sul concentrates 47% of total carp 76,376 farms in Brazil, mainly in the North, Southeast,
After all, the last census had been conducted in 2006, and production. and Mid-West.
since then, statistical data varied according to the source. The • Tilapia ranks second, being raised by 110,072 farms. This spe- However, Tilapia is produced by all Brazilian regions, and is the
2017 Agribusiness Census revealed important information, cies is being farmed in the country as a whole, being the most major species in economic value, as Brazil ranks 4th among top
as follows: important regions the South (55.6%), and Southeast (23%). global Tilapia producing countries.

42
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 CENSO AGROPECUÁRIO 2017

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CENSO AGROPECUÁRIO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

O CENSO AGRO IBGE 2017 EXPÔS “Apesar do expressivo número de propriedades


DADOS IMPORTANTES, ENTRE de Piscicultura, apenas pouco mais de 10% delas
OS QUAIS DESTACAM-SE: (em torno de 42 mil) declararam que comercia-
lizam peixes cultivados”, informa o presidente-
-executivo da PEIXE BR.
• A criação de Carpas está presente em Isso ocorre – explica Francisco Medeiros – devi-
119.916 propriedades do país, sendo do à complexa questão da regularização da ativi-
que 93% delas estão na região Sul – dade. “A maioria dos produtores não comunicou
somente no Rio Grande do Sul estão a comercialização de peixes de cultivo no perí-
47% do total. odo de apuração do Censo Agropecuário 2017
• A produção de Tilápia vem a seguir, com receio de que esses dados pudessem ser di-
com 110.072 propriedades. Esta es- recionados a outros órgãos do governo. Grande
pécie está presente em todo o país, parte deles não possui regularização do ponto de
com destaque para a Região Sul vista fiscal e ambiental para produção e comer-
(55,6% do total) e Sudeste (23%). cialização de peixes. A omissão dessa informação
• Juntos, os mais importantes peixes interfere nos resultados da produção nacional e
nativos (Tambaqui, Pacu, Pirapitin- estão sendo revisados pelo IBGE”.
ga, Tambacu e Tambatinga) estão Esta questão em particular motivou reunião
presentes em 76.376 propriedades entre a PEIXE BR e o coordenador do Censo
do Brasil, especialmente nas regiões Agropecuário 2017, Antônio Florido. “O en-
Norte, Sudeste e Centro-Oeste. contro teve como objetivo contribuir com os
ajustes necessários para que, nos próximos me-
ses, saiam os resultados definitivos do Censo. A
Francisco Medeiros, presidente executivo da PEIXE BR também solicitou relatórios específi-
PEIXE BR, explica que, “apesar da maior pre- cos dos dados coletados no Censo e que possam
sença das Carpas em número de propriedades, atender às necessidades de toda a cadeira produ-
sua comercialização é baixa, sendo destinada tiva da Piscicultura.
principalmente ao consumo familiar nos estados Dessa forma, espera-se para 2019 a publicação
da região Sul”. dos dados revisados do Censo Agropecuário.
Por outro lado, a Tilápia está presente em todas “Esta é uma excelente notícia para a cadeia pro-
as regiões do Brasil e é a espécie de cultivo mais dutiva, pois teremos novas informações – espe-
comercializada, colocando o Brasil na 4ª posição cialmente ligadas à distribuição da produção –,
entre os maiores produtores mundiais. “Além que nos ajudam a mapear a Piscicultura brasilei-
disso, a Tilápia tem alto potencial de desenvol- ra e, assim, trabalhar de maneira mais assertiva
vimento devido aos recursos hídricos existentes para o seu desenvolvimento”, explica Francisco
no país”, complementa Medeiros. Medeiros.

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CENSO AGROPECUÁRIO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

BRASIL TEM 455 MIL ESTABELECIMENTOS DE AQUICULTURA


O Censo Agropecuário 2017, ra forte e consolidada. Expres- No total, são 455.541 unida- tabelecimentos (60%), se-
do IBGE, mostrou a força da sivo, também, é o número de des de criação em todo o país. guida por: Sudeste (57.074),
Aquicultura no Brasil. A ativi- estabelecimentos que inves- Devido ao perfil de pequenas Nordeste (48.881), Norte
dade está presente em todo o tem na criação de peixes, ca- propriedades rurais, a região (48.286) e Centro-Oeste
território nacional, de manei- marões e crustáceos em geral. Sul lidera com 273.015 es- (28.285).

BRASIL, ESTADOS
CARPA TILÁPIA TAMBAQUI JUNDIÁ LAMBARI PACU PINTADO CURIMATÃ TAMBATINGA PIAU
E REGIÕES
BRASIL 119.916 110.072 44.978 36.017 23.028 14.562 10.094 9.044 8.499 8.123
RIO GRANDE DO SUL 56.472 11.947 50 20.378 9.794 1.835 686 114 13 116
SANTA CATARINA 35.176 24.716 92 9.506 3.673 1.438 861 53 16 44
PARANÁ 20.152 24.590 982 5.265 4.385 4436 1.680 106 55 554
REGIÃO SUL 111.800 61.253 1124 35.149 17.852 7.709 3.227 273 84 714

MINAS GERAIS 3.123 15.622 2.964 90 2.680 1.337 557 276 114 893
ESPÍRITO SANTO 1.479 4.923 830 74 503 323 343 72 11 124
SÃO PAULO 574 2929 259 40 547 1137 319 93 58 212
RIO DE JANEIRO 607 1.880 611 9 149 192 131 32 20 50
REGIÃO SUDESTE 5.783 25.354 4.664 213 3.879 2.989 1350 473 203 1279

MARANHÃO 57 2.683 6.078 351 47 1.027 172 4.068 2.274 895


BAHIA 907 4.282 2.478 29 38 122 165 241 81 111
PIAUÍ 111 849 2.450 5 12 47 76 308 98 211
SERGIPE 75 796 802 11 6 6 8 122 21 14
CEARÁ 72 1.098 147 - 6 4 7 98 11 48
PERNAMBUCO 151 1.339 353 19 19 5 64 30 12 9
ALAGOAS 51 1.152 634 21 10 11 14 46 15 13
PARAÍBA 34 617 104 - 3 4 5 69 16 23
RIO GRANDE DO NORTE 21 348 46 - 1 - - 69 2 12
REGIÃO NORDESTE 1479 13.164 13.092 436 142 1.226 511 5.051 2.530 1336

PARÁ 48 3.089 8.243 50 32 124 349 509 1.426 548


RONDÔNIA 187 1.279 6.064 18 163 34 1.305 44 120 346
ACRE 6 834 2.435 2 5 179 257 2.078 131 1.267
AMAZONAS 9 165 1.678 53 9 195 49 424 17 221
TOCANTINS 20 151 986 2 23 140 140 34 165 153
RORAIMA - 189 917 1 2 7 - 19 1 74
AMAPÁ 1 97 138 2 1 3 - 3 48 5
REGIÃO NORTE 271 5.804 20.461 128 235 682 2.100 3111 1.908 2614

GOIÁS 267 2.960 2.354 30 541 596 1.315 54 469 1.263


MATO GROSSO 149 694 3.002 44 213 721 1.290 36 3231 718
MATO GROSSO DO SUL 148 492 184 16 158 612 248 41 67 173
DISTRITO FEDERAL 19 351 97 1 8 27 53 5 7 26
REGIÃO CENTRO-OESTE 583 4.497 5.637 91 920 1956 2.906 136 3774 2.180

Fonte: Censo Agropecuário IBGE 2017


Resultados preliminares (agosto de 2018)

46
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 CENSO AGROPECUÁRIO

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS
AGROPECUÁRIOS POR ESPÉCIES CRIADAS

OSTRA, OUTRAS
TAMBACU MATRINXÃ PIRARUCU PIRAPITINGA SURUBIM TRUTA CAMARÃO MEXILHÃO ORNAMENTAL TOTAL
VIEIRA ESPÉCIES
5.628 5.261 3.246 2.706 2.638 515 2.835 308 371 672 47.028 455.541
44 17 13 11 556 114 6 3 - 28 10.814 113.011
86 75 13 11 94 90 17 105 326 17 11.337 87.746
638 492 49 62 129 40 12 101 - 42 8.488 72.258
768 584 75 84 779 244 35 209 326 87 30.639 273.015

691 1.005 104 51 394 203 10 - 2 242 3.983 34.341


235 168 171 21 11 2 41 1 2 13 1.486 10.833
211 260 24 63 19 34 12 11 26 64 537 7429
142 83 43 41 9 20 15 13 10 40 374 4471
1279 1.516 342 176 433 259 78 25 40 359 6.380 57.074

990 64 115 157 271 - 23 4 1 26 2.980 22283


320 75 195 28 228 - 197 27 1 17 832 10374
48 5 16 11 135 - 33 1 - 11 249 4676
5 3 12 - 41 1 375 1 - 16 286 2601
12 1 23 9 4 - 660 - - 26 118 2344
10 - 12 2 17 1 180 - 1 10 173 2407
7 3 15 - 18 - 24 6 - 5 161 2206
3 1 7 1 5 - 119 1 - 5 130 1147
- - 2 - - - 266 9 - 4 63 843
1395 152 397 208 719 2 1877 49 3 120 4.992 48881

441 75 436 153 224 2 789 23 2 20 1.421 18004


35 41 835 72 14 1 - - - 5 475 11038
355 479 253 1.295 140 - - - - 15 479 10210
25 663 414 232 123 - 1 - - 15 278 4571
124 52 53 25 90 - - - - 4 176 2338
8 307 29 1 5 - 1 - - 5 32 1598
15 3 31 51 1 - 50 - - - 78 527
1003 1620 2051 1829 597 3 841 23 2 64 2.939 48.286

396 864 117 204 76 5 - - - 18 1.441 12.970


579 428 249 148 5 1 2 2 - 14 465 11.991
188 56 8 42 6 1 1 - - 7 153 2601
20 41 7 15 23 - 1 - - 3 19 723
1183 1389 381 409 110 7 4 2 42 2.078 28.285

47
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Governo e iniciativa
ACRE privada juntam forças
Mudança na legislação de regulamentação dos produtores contribui
para o aumento da produção e renda.

C
om produção baseada essencialmente tura acreana. “Necessitamos de apoio para ela-
em viveiros escavados (açudes), a Pisci- boração de novos projetos para criação, incen-
cultura do Acre vem se fortalecendo nos tivo à Piscicultura familiar e apoio às pesquisas,
últimos anos. Em 2018, foram produzidas no além de dar mais oportunidades aos pequenos e
estado cerca de 8.500 toneladas, com elevação de médios produtores e construção de mais viveiros
6,3% sobre o ano anterior. escavados”, diz.
Segundo o Escritório Federal de Pesca e Aqui- O Complexo Industrial Peixes da Amazônia é um
cultura do Acre, órgão técnico ligado à Secre- grande investimento feito pelos governos federal e
taria de Agricultura do estado, em que pese o estadual e produtores, porém não se viabilizou no
crescimento, há desafios. Entre eles, está a len- formato inicial programado, o que obriga o estado
tidão dos processos de regulamentação. Uma a reavaliar todo o projeto e encontrar uma alter-
boa notícia nesse sentido foi a recente mudança nativa para aproveitamento da indústria de ração,
da legislação. “O vencimento dos registros de frigorífico e unidade de produção de alevinos.
aquicultores era de apenas um ano; agora, são A participação mais ativa do setor produtivo no
de quatro anos. Isso estimula a atividade e ajuda processo decisório dos caminhos da Piscicultura
a alavancar a criação, com desenvolvimento da no estado, associada a uma legislação ambiental
economia local”, destaca Kelly Saldanha, direto- que permita a celeridade nos processos de licen-
ra do Escritório Federal de Pesca e Aquicultura. ciamento ambiental e a livre escolha do produtor
Kelly entende que a aproximação do governo sobre o que produzir, pode deslanchar a produ-
com instituições de fomento é essencial para o ção e aproveitar todo o ativo de viveiros existen-
aprimoramento e desenvolvimento da aquicul- tes no estado.

48
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
NO ACRE EM 2018
7.020 t 2016 200 t Tilápia

8.000 t 2017 8.300 t Nativos

8.500 t 2018 0t Outros*

Crescimento de 6,3% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

A Piscicultura que
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Avanço da produção atingiu 135% em 2018. Processamento é o maior
desafio para a contínua expansão.

A
lagoas é um estado bem servido de rios, -la no primeiro semestre de 2019.
açudes e lagos, mas essa vantagem geo- Segundo Luiz Pessoa, a produção inicial será
gráfica esbarra em um problema comum de 15 toneladas a cada turno de oito horas. A
nos estados nordestinos: a complexa regulariza- Cia. dos Frios será a primeira unidade de pro-
ção ambiental. cessamento de peixes cultivados do estado. Até
Segundo Edson Murada, assessor técnico da Se- então, o centro mais próximo está em Paulo
cretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agri- Afonso (BA).
cultura (SEAGRI), a produção é quase toda Outra frente é a distribuição oficial de alevinos.
comercializada em feiras livres. “Trata-se de um O governo de Alagoas, por meio da SEAGRI,
mercado importante, porém saturado, que já apoia prefeituras nesse trabalho. Entre os con-
não dá conta da atual oferta de peixes. Com isso, templados estão os municípios de Anadia, Belo
caem os preços. A necessidade de regularização Monte, Flexeiras, Maragogi e Piranhas. “A SEA-
dos projetos está na base deste modelo de comer- GRI ajuda pequenos produtores a ter mais renda
cialização”, informa o especialista. e, consequentemente, promove a Piscicultura no
A grande aposta para reverter a atual situação e estado”, explica Edson Maruta.
crescer está na abertura de uma unidade de pro- Importante: o incremento dos dados de pro-
cessamento em Piranhas, no oeste do estado. dução no estado ocorreu pela inclusão de pisci-
Trata-se de Cia. dos Frios. O proprietário, Luiz cultores do Rio São Francisco, próximo a Paulo
Lavenère Cavalcante Pessoa, é um dos maiores Afonso (BA), cujos volumes às vezes eram soma-
produtores do estado. A expectativa é inaugurá- dos ao total da Bahia ou de Pernambuco.

50
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
EM ALAGOAS EM 2018
2.830 t 2016 6.600 t Tilápia

3.500 t 2017 1.500 t Nativos

8.250 t 2018 150 t Outros*

Crescimento de 135,7% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Investimentos na base
AMAPÁ são prioritários
Governo e iniciativa privada trabalham juntos pela geração de renda
para famílias de pequenos produtores.

A
produção de peixes de cultivo no Ama- meira fábrica de rações no estado, com previsão
pá é modesta. Segundo a Agência de de entrega no 1º semestre de 2019.
Pesca do Estado do Amapá (PESCAP), Entre as adversidades estão os custos de produ-
a Piscicultura fechou 2018 com 1.000 toneladas, ção, que impedem o aumento da produção de
repetindo o desempenho do ano anterior. peixes de cultivo. Há outros empecilhos: poucas
Apesar do resultado pouco expressivo, o número linhas de créditos, escassez de alevinos e rações.
de piscicultores vem aumentando, o que é po- A PESCAP trabalha para intensificar o trabalho
sitivo para a geração de renda adicional. “Esse de assistência técnica e extensão aquícola, além
processo ocorre a partir responsabilidade dos de realizar programas de incentivo à Piscicultura
municípios para a emissão dos licenciamentos e envolver as universidades e os centros de pes-
ambientais e devido aos acordos de cooperação quisas.
técnica entre a PESCAP e as prefeituras para re- “As perspectivas são positivas. De um lado,
alização de cursos e projetos ambientais, além de apostamos no fomento da atividade, para gerar
projetos de financiamento e assistência técnica”, renda para mais famílias. De outro, levamos a
explica Ingrid Lins da Silva Ferreira, coordena- sério a extensão e a assistência técnica. Também
dora de Desenvolvimento de Pesca e Aquicultu- é importante ter maior produção de alevinos.
ra da PESCAP. Governo e iniciativa privada precisam caminhar
Outra boa notícia de 2018 é a instalação da pri- juntos”, resume a coordenadora da PESCAP.

52
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
NO AMAPÁ EM 2018
650 t 2016 80 t Tilápia

1.000 t 2017 950 t Nativos

1.030 t 2018 0t Outros*

Crescimento de 3% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

53
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Licenciamento
AMAZONAS ambiental na pauta
Lei da Aquicultura é a esperança para desburocratizar e agilizar os
processos, além de profissionalizar a atividade.

O
Amazonas é um dos maiores produto- “Isso provoca demora na expedição das licenças
res de peixes nativos do país. Porém, e análise dos processos”, diz.
assim como os demais estados, precisa A produção de peixes em 2018 alcançou 15.270
superar obstáculos para manter a rota de cresci- toneladas, volume 45,5% inferior ao do ano
mento. A produção é concentrada no Tambaqui, anterior. Essa redução significativa decorre de
peixe mais consumido, Pirarucu e Matrinxã. problemas sanitários observados nos principais
“Entre os mais importantes problemas da ativi- centros de produção, principalmente Rio Preto
dade estão a dificuldade e a demora para obten- da Eva.
ção do licenciamento ambiental. A melhoria da A grande expectativa para 2019 é a aprovação da
tecnologia à disposição dos produtores e a pro- Lei da Aquicultura, que simplifica a regulariza-
fissionalização da cadeia produtiva também são ção ambiental dos pequenos produtores, infor-
prioritárias”, explica Luiz Bonfá, presidente da ma Leocy Cutrim dos Santos Filho, secretário
Associação Independente dos Aquicultores do executivo adjunto da Secretaria de Estado de
Amazonas (AQUAM), entidade associada da Produção Rural.
PEIXE BR. “As perspectivas da Piscicultura do Amazonas a
Para Raimunda Nonata Moreira Lopes, gerente médio prazo são excelentes, porém há desafios
do Controle de Pesca do Instituto de Proteção que precisamos superar. A questão ambien-
Ambiental do Amazonas (IPAAM), o licencia- tal é um deles”, complementa Luiz Bonfá, da
mento ambiental é lento devido à falta de estru- AQUAM.
tura pública, com poucos técnicos disponíveis. Faz-se necessária uma tomada de decisão defini-

54
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
NO AMAZONAS EM 2018
27.500 t 2016 0t Tilápia

28.000 t 2017 15.270 t Nativos

15.270 t 2018 0t Outros*

Declínio de 45,5% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

tiva sobre o modelo de gestão ambiental da Pisci- tinuará sendo uma promessa de difícil alcance,
cultura no estado, que proporcione atratividade além de gerar empregos e divisas nos estados de
para o empresário investir. Caso contrário, con- Rondônia e Roraima.

55
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Novos investimentos e
BAHIA intensa procura por alevinos
Produção avança acima da média nacional e três polos destacam-se.
Há excelentes condições para crescer ainda mais.

A
Piscicultura baiana passa por um mo- Antonio Laborda, gerente de Operações da
mento positivo. A crescente demanda Bahia Pesca, informa que também há problemas
incentiva os produtores a investirem na de fornecimento regular de alevinos, devido ao
atividade, principalmente em Tilápia. Com isso, aumento da demanda. “Com isso, alguns produ-
o estado torna-se um fornecedor ainda mais im- tores têm como única alternativa adquirir alevi-
portante. nos de outro estado, pagando mais caro. Alguns
A Bahia Pesca, órgão estadual de fomento à Pes- diminuem a produção”, relata o técnico.
ca e à Piscicultura, faz a sua parte, fornecendo Outros fatores também afetam a produção. É o
alevinos de Tilápia e Tambaqui para pequenos caso da demora para liberação dos processos de
produtores. O volume aumentou 10% em 2018 licenciamento ambiental e o processamento dos
em relação ao ano anterior. peixes, devido à deficiente infraestrutura em al-
As ações oficiais e os novos projetos privados gumas localidades.
são responsáveis pela elevação da produção para A região mais importante está localizada no ter-
30.460 toneladas em 2018, com crescimento de ritório de Itaparica, no Nordeste da Bahia. Lá es-
10% sobre 2017. Cerca de 80% da produção são tão pequenos e médios empresários e alguns pro-
de Tilápia e os outros 20% restantes de outras dutores familiares organizados em associações.
espécies nativas. A criação de Tilápia em tanques-rede prevalece.
Apesar do panorama positivo, alguns fatos nega- O segundo maior polo está localizado no Norte
tivos marcaram 2018 e prometem exigir bastan- do estado, no lago de Sobradinho. Também lá
te dos agentes da cadeia produtiva em 2019. A destaca-se o cultivo de Tilápia em tanques-rede.
tributação sobre a cadeia produtiva é um deles, A terceira mais importante região produtora
já que encarece o peixe tanto para o produtor está localizada no Oeste, onde são cultivados
quanto para o consumidor final. Tambaqui em viveiros escavados.
56
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
NA BAHIA EM 2018
25.500 t 2016 24.600 t Tilápia

27.500 t 2017 5.800 t Nativos

30.460 t 2018 60 t Outros*

Crescimento de 10,8% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

A recente criação da PEIXE SF é um importante de profissionalização da atividade, principal-


movimento do setor produtivo com o objetivo mente em relação à produção de Tilápia.

57
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Sem água, Piscicultura


CEARÁ do Ceará perde produção
Crise hídrica tira produtores da atividade e exige busca de novas
tecnologias.

O
Ceará passou de 2º maior produtor de em tanques bioflocos (BFT). No entanto, são
Tilápia do país para a 20ª colocação, sistemas que requerem alto investimento inicial.
entre 2013 e 2018, devido à estiagem Enquanto isso, sem orientação técnica e financia-
que enfrenta há vários anos. Como consequên- mento, a atividade permanece comprometida.
cia, o estado tornou-se importador de Tilápia da Ricardo Albuquerque, engenheiro de Pesca da
Bahia, Pernambuco e Piauí. SEAPA, informa diz que a produção está basea-
O açude Castanhão, maior do estado, acumula da na utilização de tanques-rede. Porém, devido
menos de 10% da sua capacidade total. A produ- ao baixo nível dos açudes, essa técnica está desa-
ção de Tilápia no local diminuiu mais de 90%, parecendo.
segundo a Secretaria da Agricultura, Pesca e Na busca por alternativas, os piscicultores cea-
Aquicultura (SEAPA). renses analisam a viabilidade da criação de Pan-
A partir desse relato duro, a produção perma- gasius (Panga), espécie com bom custo benefício.
nece em queda, atingindo 4.900 toneladas em “No atual cenário, há pouco o que fazer a não ser
2018, cerca de 30% inferior à do ano anterior. trabalhar pela sobrevivência, aguardando a recu-
A Piscicultura, que já movimentou a economia peração dos reservatórios. A prioridade é avaliar
regional, gerando milhares de empregos, hoje novas técnicas de cultivo, com o mínimo uso de
tem o desafio de sobreviver. Para isso, aposta em água possível, e uma nova espécie. Estamos ten-
novas tecnologias de reuso de água e de produção tando”, finaliza Ricardo Albuquerque.

58
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
NO CEARÁ EM 2018
12.000 t 2016 4.900 t Tilápia

7.000 t 2017 0t Nativos

4.900 t 2018 0t Outros*

Declínio de 30% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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59
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Alta demanda, mas


DISTRITO baixa produção local
FEDERAL Várias ações estão em andamento para aumentar a produção e
profissionalizar a atividade.

O
consumo de peixes no Distrito Federal vas outorgas para a Bacia do Descoberto, na re-
supera, e muito, a média nacional. De gião de Brazlândia, também impactou a atividade.
acordo com a Empresa de Assistência Entre as medidas para impulsionar a produção
Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal está a diversificação de espécies. Além da Tilápia,
(Emater-DF), a demanda per capita é de 14 kg/ os peixes preferidos são Tambatinga e Pintado.
ano, enquanto a média nacional é de 9 kg/ano Outra medida – esta programada para 2019 –
por habitante. é a redução da tributação de insumos do peixe
Para atender à demanda, a Secretária de Agricul- comercializado entre DF e Goiás, uma vez que
tura do DF foca em ações para aumentar a pro- o estado vizinho concentra frigoríficos e fábricas
dutividade e capacitar os piscicultores. de rações. Isso faz com que o preço do peixe pro-
A medida é necessária, principalmente devido à duzido no DF seja pouco competitivo.
queda na produção nos últimos anos. A produção Enquanto as ações de fortalecimento da Pisci-
de peixes de cultivo em 2018 ficou em 1.500 to- cultura do DF são implementadas, a demanda
neladas, repetindo o desempenho do ano anterior. local é abastecida fortemente por peixe de outros
Além da crise hídrica, a lentidão da emissão de no- estados.

60
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA NO PRODUZIDAS
DISTRITO FEDERAL EM 2018
2.620 t 2016 1.500 t Tilápia

1.500 t 2017 0t Nativos

1.500 t 2018 0t Outros*

Equilíbrio em relação a 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

A EXCELÊNCIA que
transforma
o PALADAR
BRASILEIRO

61
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Localização estratégica
ESPÍRITO e novo perfil
SANTO Proximidade dos grandes centros consumidores é um ingrediente
positivo para o crescimento da atividade no estado.

A
Tilápia é a espécie mais cultivada no Os dois últimos anos também foram difíceis C

Espírito Santo, com aproximadamente do ponto de vista climático, com redução das M

80% da produção. Há no estado cerca de chuvas. Y


5 mil produtores cadastrados. Em 2018, a oferta Essa soma de fatores impediu o melhor desem-
total atingiu 13.190 toneladas, com aumento de penho da Piscicultura. O reflexo positivo foi a CM

9,9% sobre o resultado do ano anterior. necessidade de união dos produtores, entidades MY

A Piscicultura tem grande potencial de cresci- de classe e cooperativas de criadores.


mento no estado devido à proximidade de gran- Com isso, chegam novas tecnologias ao estado,
CY

des centros consumidores, como Rio de Janeiro, contribuindo para o aumento da produtividade. CMY

Belo Horizonte e São Paulo. Um dos principais focos de trabalho do mo- K

O desastre ambiental em novembro de 2015, mento é integrar-se a outras entidades de clas-


em Mariana (MG), afetou vários municípios do se, como a PEIXE BR, na luta pela outorga de
Espírito Santo. Esse fato atingiu em cheio a ativi- águas da União e liberação do licenciamento
dade dos pescadores. Muitos precisaram investir ambiental. Por outro lado, a difusão de co-
na criação de peixes em tanques-rede, mudando nhecimento ajuda a profissionalizar a cadeia
o perfil da atividade na região. produtiva.

62
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA NO PRODUZIDAS
ESPÍRITO SANTO EM 2018
10.800 t 2016 11.800 t Tilápia

12.000 t 2017 340 t Nativos

13.190 t 2018 1.050 t Outros*

Crescimento de 9,9% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Regulamentação
GOIÁS fortalece infraestrutura
Potencial de recursos hídricos do estado também favorece aumento
da produção nos próximos anos.

E
m 2018, a Piscicultura de Goiás enfren- dos alimentos. Com isso, ganhamos ainda mais
tou certa instabilidade na comercializa- condições de competição com as demais proteínas
ção e também nos investimentos em ca- animais. Somos pouco representativos no momen-
pacidade produtiva. to, mas com um tremendo potencial para cresci-
Entre as causas principais estão a grande oferta do mento nos próximos anos”, ressalta o dirigente.
ano anterior e o consumo, que não evoluiu como es- Paulo Filho também destaca os recursos hídricos
perado. Dessa forma, a produção em 2018 (30.630 em Goiás. “Nosso estado é muito rico em águas,
t) decresceu 7,2% em relação ao ano anterior. o que renova o nosso otimismo para 2019 e para
Essa situação não tira o ânimo dos piscicultores. Um os próximos anos. Os peixes de cultivo são sau-
dos pontos positivos é a aprovação da Lei 20.040, dáveis e representam uma excelente opção de
que regulamenta a atividade aquícola no estado e fa- consumo”, destaca.
cilita a regulamentação de licenças ambientais. O Distrito Federal é um dos principais destinos da
De acordo com Paulo Filho, presidente da Associa- produção de Goiás, porém a falta de frigoríficos
ção Goiana de Piscicultura (AGP), entidade asso- nas proximidades das principais regiões de cultivo,
ciada da PEIXE BR, a regulamentação era uma exi- principalmente São Simão, tem promovido perda
gência antiga do setor, para tirar muitos produtores de competitividade do estado, mesmo dispondo
da informalidade. de recursos hídricos, fábricas de rações, logística e
“A regulamentação incorpora processos e acom- mercado. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São
panhamento de todas as etapas da produção, ofe- Paulo e Paraná também são grandes fornecedores
recendo aos consumidores segurança na aquisição de peixes para o Distrito Federal.

64
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
EM GOIÁS EM 2018
34.000 t 2016 18.200 t Tilápia

33.000 t 2017 12.300 t Nativos

30.630 t 2018 130 t Outros*

Declínio de 7,2% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

65
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Um líder regional cada


MARANHÃO vez mais fortalecido
Em 2018, a Piscicultura cresceu 47,4% no Maranhão. A atividade é
uma das prioridades de estado, o que justifica o bom desempenho.

A
Piscicultura está em ampla expansão Parte do volume consumido no estado é oriunda
no Maranhão. Um dos motivos é que a de Rondônia e Mato Grosso.
cadeia produtiva da Aquicultura foi in- “O Maranhão vive um momento de crescimento
cluída em entre as 11 prioridades do estado. Em da produção de peixes redondos, mas já apare-
termos práticos, são realizados investimentos na cem casos de dificuldade no escoamento, além
expansão do número de viveiros nos municípios de custo de produção elevado. São gargalos que
de maior potencial de produção. Aliás, no Censo merecem nossa atenção”, explica Fernando Berg-
Agropecuário 2017, do IBGE, o estado apareceu mann, superintendente de Desenvolvimento da
na liderança em número de propriedades com vi- Aquicultura, da Secretaria de Pesca e Aquicultu-
veiros de peixes entre o Norte e o Nordeste. ra do Maranhão.
Nesse cenário, 2018 foi um ano de novidades e Uma das medidas para profissionalizar a ativida-
de aperfeiçoamento. A novidade é a inclusão do de é a disseminação de conhecimento, com cur-
cultivo do Pangasius (Panga) no estado. Pesaram sos e palestras. “A melhor capacitação é muito
na decisão o potencial comercial da espécie, a importante”, destaca Bergmann.
viabilidade econômica e a eficiência de cultivo. O dirigente cita como ponto positivo a expansão
Em termos de produção, o estado atingiu 39.050 da atividade por todo o estado, com destaque
toneladas no ano, contra 26.500 t no ano ante- para os municípios de Grajaú, Pastos Bons, Tun-
rior. A região do Vale do Pindaré justifica esse tum, Joselândia e Magalhães de Almeida, os quais
crescimento, já que sozinha participa com mais recebem acompanhamento técnico da Secretaria
de 1/3 desse total. de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima).

66
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
NO MARANHÃO EM 2018
24.150 t 2016 3.500 t Tilápia

26.500 t 2017 35.200 t Nativos

39.050 t 2018 350 t Outros*

Crescimento de 47,4% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

Essa instituição de polos de desenvolvimento com regularização ambiental das propriedades. Essa
infraestrutura, logística e tecnologia deverá ser expressiva criação informal não permitiu que,
reforçada em 2019. Também se projeta a imple- em anos anteriores, fosse identificado o grande
mentação de cooperativas de beneficiamento e co- número de propriedades que se dedicam à ativi-
mercialização da produção. “O potencial é bom. dade. O Censo Agropecuário permitiu melhor
Estamos crescendo, porém é preciso avançar com conhecimento da Piscicultura no estado, verifi-
organização”, ressalta Fernando Bergmann. cando-se o crescimento dos dados de produção
Entre os desafios, destaca-se a necessidade de de 2017 para 2018.

67
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Desafios à frente, mas


MATO grande potencial
GROSSO Produção de Tilápia em tanques-rede e capacitação dos piscicultores
sustentam avanço da atividade.

A
novidade da Piscicultura em Mato ção sanitária. Os efeitos da Lei 10.669/2018
Grosso, em 2018, foi o início do cultivo ainda não foram sentidos na cadeia produtiva,
de Tilápia em sistema de tanques-rede mas se espera que trará mudanças substanciais
no Lago de Manso (Chapada dos Guimarães), na produção em 2019, decorrente da liberação
após a aprovação da Lei 10.669/2018. de criação de Tilápia em tanques-rede nos lagos
Daniel Mello, presidente da AQUAMAT (As- das hidrelétricas do estado. Em 2019, será incor-
sociação dos Aquicultores do Estado de Mato porado ao sistema de produção o terceiro grande
Grosso), destaca “avanços em termos de assis- lago da hidrelétrica do Rio Teles Pires, denomi-
tência técnica às propriedades, adesão ao uso de nado UHE Sinop, além dos já existentes (UHE
probióticos para controle da matéria orgânica Teles Pires e UHE Colíder).
dos viveiros escavados, maior presença de pisci- Entre outras atividades da AQUAMAT, Mello
cultores nos eventos voltados ao manejo na pro- cita a parceria com a Embrapa para criação de
dução, dias de campo com palestras para sanida- Centros Tecnológicos de Referência – o primei-
de animal e adensamento de viveiros”. ro é de manejo de reprodução de Tambaqui, a
O dirigente ressalta que “a Lei 10.669/2018 criação da Unidade Demonstrativa (UDA), em
também trouxe um grande desafio para a cadeia: Cuiabá, o projeto AQUAMAT na Estrada –
o fim da Autorização de Despesca, que permitia para estruturar polos de produção no estado – e
ao piscicultor vender para peixarias e restauran- a elaboração, com o Sebrae-MT e outras entida-
tes, além dos frigoríficos. Agora, só podem trans- des, do Manual Técnico para Regularização do
portar peixes para estabelecimentos com inspe- Processamento de Pescado.

68
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA NO PRODUZIDAS
MATO GROSSO EM 2018
59.900 t 2016 2.500 t Tilápia

62.000 t 2017 52.000 t Nativos

54.510 t 2018 10 t Outros*

Declínio de 12,1% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

Para 2019, há expectativa de maior produção em a manutenção da indústria de beneficiamento”,


Mato Grosso, tendo em vista o esperado aumen- entende o dirigente.
to do consumo per capita e a procura por peixes A redução da produção em 2018 deveu-se à bai-
nativos em mercados do Sul e Sudeste, além da xa remuneração do Tambatinga em 2017, com
Tilápia. queda do repovoamento para a safra posterior.
“A AQUAMAT trabalha em prol da assistência Esse processo provocou recuperação nos preços
técnica de baixo custo, pois é o caminho para os ao produtor. Porém, o Pintado da Amazônia –
piscicultores aumentarem a produtividade em que em 2017 teve boa remuneração ao produtor
suas propriedades com menor investimento”, diz –, em 2018 conviveu com os menores preços dos
Daniel Mello. últimos dez anos, em função da grande produ-
“Os piscicultores também devem se adequar a ção, principalmente na região de Sorriso.
um ciclo de produção menor, segmentando a São vários os motivos do sobe e desce de produção
cadeia em alevinos, juvenis e engorda, de forma a no estado. Destaque à insegurança jurídica am-
oferecer aos frigoríficos peixes em todos os meses biental e ao estrangulamento da comercialização e
dos anos, evitando a sazonalidade, que dificulta processamento em estabelecimentos fiscalizados.

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DO SUL imenso e perspectivas são muito favoráveis.

A
produção de peixes de cultivo no Entre os pontos altos, destaca-se o cultivo em
Mato Grosso do Sul é diversificada, tanques-rede na Costa Leste, especialmente
sendo composta por Tilápia, Carpa, nos grandes reservatórios, que atingiu 20.500
Pacu, Patinga, Bagres, Pintado e Cachara, en- t. Há outros fatores positivos, como o aumen-
tre outras espécies. A atividade é alavancada to da produção da GeneSeas, em Aparecida
não só pelo potencial hídrico como também do Taboado, e a implantação da Tilabras, em
pelo clima, que mantém a temperatura da Três Lagoas, que contribuem para a expectati-
água em condições favoráveis na maior parte va de melhor cenário a curto prazo. A taxa de
do ano. Daí a presença de diferentes espécies. crescimento da produção de Tilápia no estado
Em 2018, a produção do estado alcançou deve continuar superior à média nacional nos
25.850 toneladas, com pequeno crescimento próximos anos.
em relação ao ano anterior. Segundo a Secre- A reorganização da cadeia produtiva da Pisci-
taria de Estado de Meio Ambiente, Desenvol- cultura também está na pauta. O governo esta-
vimento Econômico, Produção e Agricultura dual planeja contribuir para a melhor organi-
Familiar (Semagro), a capacidade operacional zação de produtores. Nesse processo, objetiva
de processamento industrial abaixo do volume favorecer a inclusão dos pequenos no sistema
de produção foi um dos fatores que impacta- produtivo de peixes.
ram o mercado durante o ano. O mais impor- Importante destacar que a inclusão dos pe-
tante a ser avaliado em relação à produção é o quenos piscicultores no sistema produtivo de
aumento de 14,84% na produção de Tilápia e peixes no estado só terá sucesso se for na inte-
redução na produção de peixes nativos. gração com a agroindústria.

70
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA DO PRODUZIDAS
MATO GROSSO DO SUL EM 2018
24.150 t 2016 20.500 t Tilápia

25.500 t 2017 5.300 t Nativos

25.850 t 2018 50 t Outros*

Crescimento de 1,4% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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71
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Desburocratização da
MINAS legislação ambiental
GERAIS Regulamentação dos projetos possibilita acesso a crédito, novas
tecnologias e assistência técnica.

M
inas Gerais produziu 33.150 toneladas nica mais efetiva da Emater também contribuiu”,
de peixes de cultivo em 2018, sendo destaca Vanessa.
que 90% desse total são de Tilápia. Ações efetivas da Câmara Técnica Estadual de
Esse resultado é 14,3% superior ao volume do ano Aquacultura, Diretoria de Aquacultura, Epamig
anterior, o que confirma a pujança da Piscicultura e entidades representativas também estão entre os
no estado e maior participação na produção da pontos positivos, culminando com a reativação de
região do Triângulo Mineiro. Esse crescimento le- unidades de beneficiamento/processamento de
vou à maior oferta do peixe no segundo semestre pescado com inspeção federal, estadual ou muni-
de 2018, com queda nos preços pago ao produtor. cipais.
Para Vanessa Gaudereto, assessora técnica do Ana Euler, diretora de Aquacultura da Secretaria
DETEC – Piscicultura, Pesca e Meio Ambiente de Estado de Agricultura, Pecuária e Abasteci-
da Emater-MG, algumas iniciativas foram funda- mento, destaca a demora na outorga das águas
mentais para a conquista desse resultado. É o caso da União. “Eis um tema que precisa ser resolvido
da realização da I Feira de Pesca e Aquicultura de com urgência”.
Minas Gerais. “Merecem muito destaque as ações Em 2019, a prioridade é a maior organização e o
de regularização da atividade e a publicação, no fi- fortalecimento do setor produtivo, seja por meio
nal de 2017, da Deliberação Normativa COPAM de associações, cooperativas, parcerias e maior in-
217, que desburocratizou a legislação ambiental, terlocução com o estado. “A PEIXE MG terá im-
possibilitando a legalização dos produtores e o portante papel nesse cenário, assim como outras
consequente acesso ao crédito. A assistência téc- instituições. Esperamos com muita expectativa

72
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA DE PRODUZIDAS
MINAS GERAIS EM 2018
23.000 t 2016 31.500 t Tilápia

29.000 t 2017 550 t Nativos

33.150 t 2018 1.100 t Outros*

Crescimento de 14,3% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

que o governo estadual tenha especial atenção Outro ponto importante é a questão ambiental.
a esta importante atividade, que cresce a passos O processo de regulamentação é pouca atrativo
largos e possui imenso potencial de geração de especialmente para os grandes investimentos, cau-
renda e emprego”, resume Vanessa Gaudereto. sando insegurança jurídica.

73
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Mais crédito e foco na


PARÁ redução dos custos
Piscicultura paraense está em crescimento, porém é preciso que o
governo estadual faça a sua parte.

O
s pequenos produtores dão impulso mento ambiental é um dos principais motivos da
à atividade no Pará, estado com pro- falta de liberação de recursos para os produtores.
dução baseada na criação de Pirarucu, As principais bandeiras para 2019 incluem a
Tambaqui, Tambatinga e Curimatã, entre outras desburocratização da obtenção de crédito, o au-
espécies. Os números são positivos, crescentes e mento da produção de alevinos e a redução dos
com potencial de evolução. custos de alimentação, outra dificuldade que in-
Em 2018, o Pará produziu 23.720 toneladas terfere no valor total da produção. “Recebemos
contra 20.000 t no ano anterior: aumento de uma grande quantidade de alevinos de outros es-
18,6%, comprovando a viabilidade da atividade tados, mas a qualidade oscila muito. Precisamos
no estado em virtude da imensa rede de águas. aumentar a oferta de material genético gerado
Importante parcela da taxa de crescimento em no Pará”, destaca Lobato.
2018 deve-se à não identificação de produtores, O Censo Agropecuário 2017 mostrou que o
localizados agora pelo Censo Agropecuário. Pará é o líder das regiões Norte e Nordeste em
Para acelerar o crescimento, o primeiro passo é a número de propriedades que declararam ter Ti-
agilização dos prazos para obtenção de licencia- lápia em seus viveiros, desmistificando o mito da
mento ambiental. Outro ponto é a inexistência inexistência da espécie no estado, bem como do
de linhas de crédito para os produtores, princi- risco de sua introdução – a Tilápia já está pre-
palmente para os menores e/ou familiares, infor- sente em mais de 3.000 propriedades há mais de
ma Paulo Lobato, assessor do DITEC (Diretoria uma década.
Técnica da EMATER Pará). A falta de licencia- A insegurança jurídica ambiental no Pará é acen-

74
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DO PARÁ EM 2018
19.080 t 2016 1.000 t Tilápia

20.000 t 2017 22.600 t Nativos

23.720 t 2018 120 t Outros*

Crescimento de 18,6% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

tuada pela atuação ideológica de ONGs e outros tem um dos maiores mercados consumidores de
agentes. Essa ação freia o desenvolvimento de um peixe de água doce do Brasil. Com a falta de produ-
dos estados com as melhores condições para a ati- ção local, o estado compra regularmente de Mato
vidade em termos de clima e recursos hídricos, que Grosso e Rondônia.

75
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Produção local ainda


PARAÍBA tem muito para crescer
Expansão da criação deve contribuir para melhoria da renda dos
produtores e da eficiência.

U
ma das novidades é o aumento do mente por micro empreendimentos. De acordo
número de viveiros. “Temos de in- com a assessoria da Secretaria de Pesca e Agri-
centivar a produção, como também o cultura da Paraíba, a maior parte dos projetos é
consumo de pescado no interior do estado. A de pequeno porte, sendo os municípios de Ba-
Aquicultura é totalmente viável, apenas pre- naneiras e Sapé os maiores polos de produção.
cisa de apoio. E é o que estamos oferecendo”, A Tilápia predomina no estado, seja por conta
destaca a Secretaria da Pesca e Agricultura do da insipiente produção local seja por conta do
Estado da Paraíba. abastecimento das redes de supermercados por
Em 2018, foram produzidas 3 mil toneladas de peixe vindo especialmente do Sudeste. “Enten-
peixes de cultivo na Paraíba, mesmo volume do demos que o que produzimos não é suficiente
ano anterior. Mesmo assim, a Piscicultura é com- para atender à crescente demanda. Porém, pre-
petitiva em relação a outras proteínas animais. cisamos ampliar a produção e proporcionar me-
A atividade é constituída quase que exclusiva- lhor renda para as famílias”, assinala a Secretaria.

76
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DA PARAÍBA EM 2018
2.500 t 2016 2.900 t Tilápia

3.000 t 2017 30 t Nativos

2.930 t 2018 0t Outros*

Declínio de 2,3% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Investimentos
PARANÁ aceleram crescimento
Puxada pelas agroindústrias, Piscicultura paranaense cresce acima
da média nacional e sacramenta liderança.

A
produção de peixes de cultivo no Para- Entre os desafios do estado para os próximos anos
ná, em 2018, aumentou 16% devido aos está a questão hídrica, o que exige a melhor distri-
grandes investimentos feitos, especial- buição da atividade em todas as regiões. A assistên-
mente pelas agroindústrias. No total, foram pro- cia técnica, a extensão e a profissionalização são
duzidas 129.000 toneladas, contra 112.000 t no gargalos na pauta de trabalhos do DERAL. Outro
ano anterior. A Tilápia representa cerca de 80% órgão estadual, o Instituto Ambiental do Paraná,
do total. foca sua atuação no aprimoramento dos procedi-
A expectativa é positiva também para 2019, em mentos para obtenção do licenciamento ambiental.
decorrência da maturação dos projetos, do aumen- Segundo o DERAL, o Oeste do Paraná (região en-
to do portfólio das cooperativas e do consequente tre Toledo e Cascavel) concentra 69% da produção.
aumento do consumo interno. Na sequência, vêm o Leste (14%) e Sul e Norte, que
“Esse cenário positivo decorre dos consistentes juntos representam 17%.
investimentos realizados e da entrada de novas O sistema de integração das cooperativas do Pa-
agroindústrias, aumentando a oferta e a visibilida- raná tem demonstrado ser um dos mais eficien-
de dos alimentos para os consumidores”, concorda tes sistemas de produção de Tilápia em viveiros,
Edmar Gervásio, secretário do Departamento de proporcionando competitividade para o pequeno
Economia Rural (DERAL). produtor integrado.

78
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DO PARANÁ EM 2018
93.600 t 2016 123.000 t Tilápia

112.000 t 2017 3.400 t Nativos

129.900 t 2018 3.500 t Outros*

Crescimento de 16% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

79
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Produção cresce, mas


PERNAMBUCO falta infraestrutura
Maior objetivo para 2019 é a construção de uma unidade de
processamento para 15 toneladas de peixes/dia.

A
Piscicultura está em expansão em Per- vidade. Destacam-se os desafios sanitários e de
nambuco. Porém, ainda falta organiza- sustentabilidade da atividade.
ção e estruturação da cadeia produtiva. “A maior preocupação está na pós-colheita (aba-
Duas regiões lideram a produção de peixes de te, beneficiamento, armazenamento, transporte),
cultivo: o território de Itaparica e a Zona da Mata. pois a produção cresceu em tanques-rede em
Pernambuco tem o maior polo de produção em Itaparica, porém sem a configuração de cadeia
tanques-rede do Nordeste. O território de Itapa- produtiva. Há déficit de infraestrutura de proces-
rica, banhado pelo rio São Francisco, abrange os samento e logística. Também é preciso atuação
municípios de Petrolândia, Jatobá, Itacuruba, Be- mais forte da vigilância sanitária”, explica João
lém do São Francisco e Floresta. Na região, atuam Paulo Viana de Lima, coordenador de Pesca e
grandes, médios e pequenos produtores, de base fa- Aquicultura/DEAT, do Instituto Agronômico de
miliar. Entre os maiores, destacam-se a Pesca Nova Pernambuco (IPA).
e a Netuno, que têm infraestrutura própria de pro- “Além disso, falta política pública para fortalecer a
dução de alevinos e beneficiamento de pescado. atividade na região. Além das questões ambientais,
Caracterizada pelo ambiente mais úmido, a Zona que precisam ser equacionadas”, destaca Antto-
da Mata possui muitos rios e riachos, aumentando nio Almeida Júnior, presidente da Associação de
a capacidade para a Piscicultura em viveiros esca- Aquicultura do Rio São Francisco (PEIXE SF).
vados. Assim como em Itaparica, existe um gran- “É fundamental desburocratizar o licenciamento
de número de produtores pequenos. ambiental e simplificar os processos de cessão de
Mesmo com esse grande potencial, o estado en- uso das áreas aquícolas do estado e da União. A
frenta obstáculos para o desenvolvimento da ati- outorga da água leva até 5 anos, o que dificulta a

80
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DO PERNAMBUCO EM 2018
12.000 t 2016 23.000 t Tilápia

17.000 t 2017 400 t Nativos

23.470 t 2018 70 t Outros*

Crescimento de 38,1% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

profissionalização da atividade e, obviamente, tra- Esses esforços justificam-se pelo crescimento


va o crescimento”, reforça o dirigente. da produção em Pernambuco, que saltou para
Para tornar a Piscicultura uma atividade de valor 23.470 toneladas em 2018, com crescimento de
reconhecido no estado, várias entidades traba- 38,1% sobre as 17 mil toneladas do ano anterior.
lham um conjunto. É o caso do Programa Esta- A Tilápia representa cerca de 95% da produção
dual ao Pequeno Produtor Rural (ProRural), a total na região de Itaparica. Tilápia, Tambaqui e
PEIXE SF e o Instituto Agronômico de Pernam- Carpa estão presentes na Zona da Mata e demais
buco, que têm como principal objetivo para 2019 áreas do estado.
a construção de uma Unidade de Processamento Empresários de outros estados, principalmente
de Pescado de âmbito regional, com capacidade do Ceará, continuam investindo na região, com
de processamento estimada em 15 toneladas de produção voltada para o interior do Nordeste, ca-
pescado inteiro por dia. pitais e, principalmente, Fortaleza e Recife.

81
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Organização da cadeia
PIAUÍ é o grande desafio
Produção cresce moderadamente e atividade torna-se cada vez mais
importante economicamente para o estado.

A
vança o processo de profissionalização importantes. Aos poucos, vamos vencendo bar-
da Piscicultura do Piauí. O estado vem reiras, como a questão ambiental e a outorga de
crescendo ao longo dos anos, tornando- águas”, ressalta Brito.
-se cada vez mais forte na atividade. Porém, há A Tilápia é o peixe mais produzido no estado,
gargalos, como a questão ambiental e a informa- com quase 50% do total. Em 2018, um impul-
lidade ainda elevada. so importante à espécie foi a construção da
Nos últimos dois anos, a Piscicultura piauiense barragem de Boa Esperança, em Guadalupe.
saltou de 17.000 t para 19.310 t (2018). Esse ce- Tambaqui e seus híbridos também têm rele-
nário é fruto do trabalho do governo estadual em vância no Piauí.
parceria com os produtores, destaca o diretor da “Um grande desafio é a legalização dos projetos.
Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e Outro é o serviço de inspeção sanitária para aba-
da Coordenação de Aquicultura e Pesca (CAP/ te e comercialização de pescado. E isso passa pela
SDR), Luciano Sousa de Brito. simplificação dos processos para os produtores
“Diante do cenário macroeconômico dos últi- se enquadrarem na legislação”, comenta o diri-
mos anos, nossa Piscicultura tem avançado bem, gente. Outro gargalo enfrentado em 2018 foi a
mesmo que de forma cautelosa. Isso se deve à dis- entrada de peixes de outros estados, que chegam
posição dos piscicultores e a iniciativas públicas com custo inferior.

82
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DO PIAUÍ EM 2018
17.000 t 2016 10.000 t Tilápia

18.000 t 2017 9.300 t Nativos

19.310 t 2018 10 t Outros*

Crescimento de 7,3% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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83
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Legislação ambiental e
RIO DE custos travam atividade
JANEIRO Produção caiu em 2018. Retomada depende de uma série de fatores.
A pesquisa faz a sua parte.

O
Rio de Janeiro produziu cerca de 4.580 um método mais sustentável, também facilita a
toneladas de peixes de cultivo em 2018, regularização dos empreendimentos, agilizando
especialmente Tilápia, Lambari, Pin- o processo”.
tado, Pirapitinga e Truta. Esse resultado é 4,6% Eliezer Batista de Oliveira, também extensionis-
inferior ao do ano anterior. ta da FIPERJ, reforça a necessidade de agilizar o
A Piscicultura do estado enfrenta duas grandes processo de licenciamento ambiental. “A legisla-
barreiras que dificultam o seu crescimento. A pri- ção vigente é bem rígida e o processo é lento, o
meira está relacionada à regularização ambiental que dificulta a implantação de novos empreendi-
da atividade, extremamente demorada. O alto mentos e a legalização dos já existentes”, diz.
custo da alimentação é outro problema, já que a “Estamos cumprindo o nosso papel e trazendo a
falta de insumos na região impossibilita sua fabri- pesquisa para perto das necessidades do mercado.
cação, sendo necessária a vinda de outros locais. Porém, a atividade tem desafios adicionais, como
A Fundação Instituto de Pesca do Estado do de regulamentação e custos”, assinala Eliezer de
Rio de Janeiro (FIPERJ) desempenha impor- Oliveira.
tante papel para difusão de novas tecnologias de O setor produtivo no estado necessita assumir
cultivo. Seu corpo técnico promove palestras e o seu papel neste processo, pois somente a gera-
treinamentos, como sobre o sistema de recircula- ção de novas tecnologias e os treinamentos pelas
ção de água. Carlos Eduardo Ribeiro Coutinho, instituições de pesquisas não têm proporcionado
extensionista do órgão, explica que “além de ser avanços significativos na produção.

84
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA DO PRODUZIDAS
RIO DE JANEIRO EM 2018
4.630 t 2016 3.700 t Tilápia

4.800 t 2017 500 t Nativos

4.580 t 2018 380 t Outros*

Declínio de 4,6% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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85
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Seca continua castigando


RIO produção no estado
GRANDE Expectativa de chuvas mais regulares e criação de Pangasius movem
a atividade em 2019.
DO NORTE
O
cultivo de peixes de cultivo no Rio dução e compromete a renda. Mas os Piscicul-
Grande do Norte foi de 2.410 tonela- tores não desistem. A próxima aposta é a cria-
das em 2018, volume equivalente ao ção de Pangasius (Panga). O governo estadual
obtido no ano anterior. Quase 100% da produ- já autorizou o uso da espécie.
ção são de Tilápia. Para Karina Ribeiro, professora e coordenado-
“Mais uma vez, a seca prejudicou bastante a ra do curso técnico em Aquicultura da Escola
atividade. Projetos fecharam e outros diminu- Agrícola de Jundiaí – unidade acadêmica es-
íram de tamanho. Realmente, é uma situação pecializada em ciências agrárias da Universi-
difícil, mas trabalhamos para revertê-la”, es- dade Federal do Rio Grande do Norte (EAJ/
clarece Antônio Alberto-Cortez, subsecretá- UFRN) –, a expectativa é fortalecer o cultivo
rio de Aquicultura e Pesca do Rio Grande do do Panga na região metropolitana de Natal,
Norte. onde a escassez de água não é um problema tão
Há expectativa de inverno chuvoso em 2019. grave quanto no interior do estado. “A espécie
Se as previsões se confirmarem, pode ser o rei- tem qualidades e vamos apostar. Porém, não se
nício da Piscicultura potiguar, bastante preju- pode virar as costas para a atividade como um
dicada nos últimos anos. todo, sustento de milhares de famílias, que vem
A escassez de água impede o aumento da pro- sofrendo muitos revezes”, diz a especialista.

86
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA DO PRODUZIDAS
RIO GRANDE DO NORTE EM 2018
2.500 t 2016 2.300 t Tilápia

2.300 t 2017 70 t Nativos

2.410 t 2018 40 t Outros*

Cescimento de 4,8% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

87
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Liderança das Carpas;


RIO Tilápia cresce no estado
GRANDE Mais importante novidade é a recente autorização para criação de

DO SUL Tilápia na bacia do Rio Uruguai.

A
té quatro décadas atrás, a Piscicultu- pequenos, porém consistentes, em termos de li-
ra gaúcha era uma atividade comple- cenciamento ambiental e construção de viveiros
mentar para as propriedades rurais. adequados. O conhecimento técnico também
Quando muito, o excedente era comercializado, evoluiu, com cursos, encontros, seminários, fei-
contribuindo para a renda das famílias de agri- ras e jantares de produtores, técnicos e consumi-
cultores ou pecuaristas. dores”, explica o técnico.
Essa característica ficou no passado. Atualmen- Iniciativas como o Dia Estadual do Peixe cola-
te, a Piscicultura está presente em praticamente boram para a aproximação dos elos da cadeia,
todo o estado, gerando empregos e receita para resultando em troca de experiências, discussão
os produtores. de políticas e apresentação de tecnologias aos
As Carpas são as mais produzidas, seguidas pela pequenos produtores.
Tilápia, que aos poucos ganha mais espaço. Em Em 2019, a novidade é a consolidação de mais
2018, a produção de peixes de cultivo atingiu 23 um polo de criação de Tilápia na bacia do Rio
mil toneladas no Rio Grande do Sul, com au- Uruguai. Após a Superintendência Regional do
mento de 4,5% sobre o ano anterior. IBAMA dar parecer favorável à liberação da
Para Henrique Augusto dos Santos Bartels, co- área sob as mesmas condições exigidas para as
ordenador de Piscicultura da EMATER, ocor- outras duas bacias hidrográficas do estado (Li-
reram avanços da atividade em 2018, mas foram toral e Rio Guaíba), a liberação foi concretizada
pouco significativos. “Verificamos movimentos no final de janeiro.

88
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA DO PRODUZIDAS
RIO GRANDE DO SUL EM 2018
20.000 t 2016 4.100 t Tilápia

22.000 t 2017 1.700 t Nativos

23.000 t 2018 17.200 t Outros*

Cescimento de 4,5% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

/n e tu n o p e s ca d o s
89
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Objetivo é tornar
RONDÔNIA atividade mais eficiente
Infraestrutura, logística e processamento estão entre os maiores
desafios da Piscicultura do estado.

C
om clima favorável e espécies nativas Piscicultura rondoniense. A partir desse mo-
amazônicas, Rondônia é um dos mais nitoramento, novas ações podem ser pensadas
importantes produtores de peixes de para tornar a atividade mais eficiente. “Parte da
cultivo no país. O estado lidera a produção de produção é vendida in natura e processada em
peixes nativos, tendo como principais espécies outros estados. Dessa maneira, grande parte do
o Tambaqui, o Pirarucu e o Pintado. Mas isso lucro não fica em Rondônia”, diz Farina.
não significa que Rondônia não tenha os seus O governo, as entidades de produtores e os ór-
desafios, notadamente ligados à produtivida- gãos de apoio têm importante papel a desem-
de e ao uso de tecnologias. penhar. Uma iniciativa que caminha bem é a
Segundo a Associação dos Criadores de Peixes capacitação técnica estimulando os produto-
de Ariquemes e Região (ACRIPAR), mesmo res a aprimorar os seus negócios. A ACRIPAR
com todo o seu potencial, o estado carece de realizou uma série de eventos em 2018, como
infraestrutura logística e de processamento do Dia de Campo em Piscicultura, Fórum Esta-
peixes, fundamentais para agregar valor à ca- dual da Piscicultura, Rodadas de Negócios e
deia e atingir novos mercados. “O escoamen- Festival do Tambaqui.
to ainda encontra dificuldades e o impacto é A legislação estadual também foi aprimorada.
direto nas vendas”, informa Francisco Farina, Para os empreendimentos de até 1 ha de lâmina
presidente da ACRIPAR, entidade associada d’água ou 1.000 m3 para tanque-rede revestido
da PEIXE BR. ou circular, há isenção de taxas, com base na Lei
Diversos projetos objetivam mapear a cadeia da 3.437/2014. Isso aumenta a competitividade

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DE RONDÔNIA EM 2018
74.750 t 2016 0t Tilápia

77.000 t 2017 72.800 t Nativos

72.800 t 2018 0t Outros*

Declínio de 5,4% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

de modo sustentável, motivando a maior parti- pela frente, sejam sanitários, ambientais, de
cipação dos pequenos produtores. processamento e comercialização. Caso esses
A estratégia de governos estaduais anteriores temas não sejam encarados e resolvidos, será
levou Rondônia a uma grande produção. Ago- mantida a tendência de queda nos negócios por
ra se faz necessário enfrentar todos os desafios perda de competitividade do modelo atual.

4104_PPX_anuncio_anuario_2018_B_V1-print.pdf 1 16/11/2018 09:58

91
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Produção ensaia
RORAIMA recuperação
Igarapés são estudados no estado para produção de peixes nativos.
Opção tem vantagens e baixo custo.

P
resença frequente no prato dos rorai- sanitário pela ADERR.
menses, o Tambaqui representa 98% da Outra frente é a regulamentação da atividade.
produção dos peixes de cultivo do estado. Há linhas de crédito disponíveis para os pro-
Em 2018, o consumo aumentou ligeiramente, dutores, mas eles só podem utilizá-las quando
respaldado pelo aumento da oferta ao redor de os projetos estão regularizados pelo licencia-
4%. No total, o estado produziu 17.100 tonela- mento ambiental. Nesse sentido, há uma for-
das contra 16 mil t no ano anterior. ça-tarefa sendo realizada para equacionar os
Segundo a Agência de Defesa Agropecuária problemas e agilizar os processos.
do Estado de Roraima (ADERR), em 2018 Grande parte da produção local ainda desti-
houve menos problemas climáticos e sani- na-se ao mercado de Manaus e o estado tem
tários, o que possibilitou a recuperação da condições de ampliar sua oferta, mas se faz
produção. O primeiro semestre do ano, no necessário gerar condições para esse desenvol-
entanto, foi difícil, especialmente por casos vimento, principalmente com uma legislação
de Acantocefalose. ambiental clara, sem as amarras ideológicas
O problema sanitário já está sendo contro- ambientais e, especialmente, com celeridade
lado devido à implantação de um programa na liberação das solicitações.

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DE RORAIMA EM 2018
14.700 t 2016 0t Tilápia

16.000 t 2017 17.100 t Nativos

17.100 t 2018 0t Outros*

Crescimento de 6,9% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Organização da cadeia
SANTA impulsiona atividade
CATARINA Pesquisa e extensão técnica trabalham juntas em busca de modelo
sustentável e lucrativo.

A
maior expectativa dos piscicultores ca- do Centro de Desenvolvimento em Aquicultu-
tarinenses para 2019 é o encerramento ra e Pesca (CEDAP), da Empresa de Pesquisa
da tramitação, na Assembleia Legis- Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catari-
lativa do estado, do projeto de lei que altera a na (EPAGRI), além da legislação, o setor precisa
Lei 15.736, de 11.01.2012, que dispõe, define encontrar equilíbrio entre custo e preço de venda.
e disciplina a Piscicultura de águas continen- “Um exemplo: o filé de Tilápia, fresco ou conge-
tais no estado. Ela se adequará à Lei 14.675, de lado. Atualmente, o produto é pouco acessível ao
13.04.2009 (Código Estadual do Meio Am- consumidor que prefere outras proteínas. Esse fa-
biente) e à Lei 12.621, de 25.05.2012 (Código tor impacta a produção. Se não houver demanda,
Florestal Brasileiro), viabilizando o licenciamen- a oferta pode diminuir”, analisa o técnico.
to ambiental da atividade, com segurança legal Em 2019 também ganha impulso o Plano de
e permissão para acesso a programas de crédito Gestão Estratégica do Programa de Aquicultu-
aquícola. ra e Pesca da EPAGRI, aprovado em 2018. Os
Santa Catarina está entre os cinco maiores pro- resultados expressam a compatibilização de es-
dutores de peixes de cultivo do país, com 45.700 tudos socioeconômicos, ambientais e de tendên-
toneladas, em 2018 – resultado ligeiramente su- cias no estado. “Em face das rápidas mudanças
perior ao do ano anterior. A Tilápia é a espécie no setor, a pesquisa e a extensão rural trabalham
preferida (70%), seguida pelas Carpas (20%) e juntas para atender às novas e mais complexas
outras espécies (10%). demandas”, diz Fabiano Silva.
De acordo com Fabiano Müller Silva, gerente As bandeiras e projetos da instituição já estão de-

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DE SANTA CATARINA EM 2018
38.830 t 2016 33.800 t Tilápia

44.500 t 2017 2.200 t Nativos

45.700 t 2018 9.700 t Outros*

Cescimento de 2,7% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

finidas: rigidez do controle higiênico-sanitário aquícolas, análise de processo e gestão da produ-


de organismos aquáticos, impactos ambientais ção, avaliação de linhagens com potencial gené-
da Aquicultura, sistemas alternativos de cultivo tico e zootécnico para Aquicultura e melhora-
de peixes, mecanização de sistemas de cultivos mento genético de organismos aquáticos.

Filé de Tilápia
E-mail: contato@supremedobrasilpescados.com.br

Tel.: (17) 99650-2472


95
PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Condições favoráveis
SÃO para crescer ainda mais
PAULO Estado é um dos maiores produtores de peixes de cultivo do Brasil e
tem potencial para rápido crescimento.

S
ão Paulo desponta como um dos polos Outro ponto que fortaleceu a atividade foi a
mais eficientes do território nacional para instituição dos “NITS” (Núcleos de Inovação
produção de peixes de cultivo não somen- Tecnológica) em todos os institutos de pesqui-
te a despeito dos números, mas também em ini- sa da Piscicultura e Aquicultura paulistas, “o
ciativas de fomento, aplicação de tecnologias e que diminuiu consideravelmente a burocrati-
incentivos a pequenos e médios produtores. zação dos termos de cooperação técnica com a
Entre as várias instituições que apoiam a ativi- iniciativa privada, além de facilitar e viabilizar a
dade está o Instituto de Pesca, órgão vinculado utilização de estruturas do estado, como o Ins-
à Agência Paulista de Tecnologia dos Agrone- tituto de Pesca e laboratórios, para prestação de
gócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e serviços à atividade”, informa Luiz Ayrosa.
Abastecimento do Estado de São Paulo. O diretor do Instituto de Pesca destaca, também,
De acordo com o diretor técnico, Luiz Ayrosa, o Decreto 62.243, que simplificou o licencia-
um dos fatos positivos em 2018 foi o investi- mento ambiental no estado. Ele cita dois artigos:
mento em pesquisa, “direcionada à demanda do • Criação de um grupo de trabalho para ela-
setor produtivo”. Ele também ressalta a aproxi- borar todas as regras do monitoramento de
mação com a Associação Brasileira da Piscicultu- qualidade de água de todos os empreendi-
ra (PEIXE BR), Associação de Piscicultores em mentos aquícolas.
Águas Paulistas e da União (PEIXE SP), Comi- • Criação de parques aquícolas estaduais. Em
tê da Cadeia Produtiva da Pesca e Aquicultura 2019, será criado o primeiro parque aquíco-
(Compesca) e Câmara Setorial de Pescado. la estadual na bacia do rio Tietê.

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DE SÃO PAULO EM 2018
65.400 t 2016 69.500 t Tilápia

69.500 t 2017 3.300 t Nativos

73.200 t 2018 400 t Outros*

Cescimento de 5,3% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

Luiz Ayrosa destaca, ainda, quatro bandeiras • Zoneamento e planejamento do litoral (Sul,
para 2019: Centro e Norte) para o desenvolvimento da
• Menos burocratização, com diminuição das Aquicultura marinha, por meio das APAS
exigências para o licenciamento ambiental (Áreas de Proteção Ambiental).
em níveis estadual e federal. São Paulo é, hoje, o principal mercado de peixes
• Definição de políticas públicas, com insti- de cultivo do Brasil, principalmente a Grande
tuição de departamentos distintos (Pesca e São Paulo. Isso faz com que todos os estados pro-
Aquicultura) no Ministério da Agricultura, dutores desejem vender para São Paulo, gerando
Pecuária e Abastecimento. muitas vezes uma guerra fiscal para ganhar mais
• Ações de sanidade da Aquicultura competitividade.

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PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Clima não ajuda e


SERGIPE produção mais uma vez
Novos projetos de associações de piscicultores podem favorecer
retomada da atividade no estado.

A
seca castiga Sergipe há pelo menos a confiança persiste. “Com apoio do governo
seis anos. Os prejuízos para a Aqua- estadual, estão surgindo projetos de associa-
cultura são grandes. Neste cenário, ções de produtores em várias partes do estado.
a produção de peixes de cultivo em 2018 foi Esperamos que esse movimento traga resulta-
de 3.550 toneladas em 2018, com redução de dos positivos já em 2019”, diz.
46,2% em relação ao ano anterior. Numa outra ponta, as apostas envolvem a
As principais espécies produzidas no estado revisão da legislação estadual da Aquicultu-
são Tilápia (em tanques-rede). Também há ra, incluindo o licenciamento ambiental, e
viveiros escavados, com Tambaqui, Tambacu a articulação dos produtores em centrais de
e Tambatinga. Porém, os projetos encolheram compras coletivas e comercialização.
em 2018. “A expectativa é incrementar de alguma ma-
Marcelo Chammas, consultor especialista em neira a produção, principalmente da Tilápia
Aquicultura do Programa das Nações Unidas em tanque-rede. Esperamos ampliar a produ-
para o Desenvolvimento (PNUD), constata ção anual em pelo menos 1.000 toneladas em
que o clima prejudicou muito a atividade, mas 2019”, informa Chammas.

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DE SERGIPE EM 2018
6.100 t 2016 1.000 t Tilápia

6.600 t 2017 2.500 t Nativos

3.550 t 2018 50 t Outros*

Declínio de 46,2% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

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PRODUÇÃO POR ESTADO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

E chegou a Tilápia em
TOCANTINS tanques-rede
Com imenso potencial para Piscicultura, o estado já pode produzir a
espécie mais relevante economicamente no país.

E
m 2018, o Conselho Estadual do Meio pandir os seus negócios, fortalecendo a atividade
Ambiente do Tocantins (COEMA) re- e elevando o nível de competitividade do Tocan-
gulamentou a criação de Tilápia em tan- tins”, complementa.
ques-rede no estado. A regulamentação estabe- A notícia é bem-vinda pois, em 2018, o estado
lece que somente os lagos da hidrelétrica do Rio produziu 14,5 mil toneladas de peixes de cultivo,
Tocantins têm outorga da Agência Nacional de volume semelhante ao ano anterior. “O cenário
Águas (ANA) para produção de 200 mil tone- manteve-se inalterado”, explica Andrey Costa,
ladas da espécie, o que significa injeção na pro- gerente de Pesca e Aquicultura da SEAGRO/
dução primária de mais de R$ 1 bilhão por ano. TO. A produção é praticamente toda concen-
Com a aprovação, o COEMA atende aos anseios trada em peixes nativos. Com a chegada da Ti-
e necessidades dos piscicultores tocantinenses. lápia, esse cenário tende a se modificar, elevando
“Por meio de laudos técnicos, comprovamos o a produção.
baixo impacto ao meio ambiente e aos peixes Outro avanço importante é a consolidação do
nativos”, informa Thiago Tardivo, conselheiro Conselho de Desenvolvimento da Piscicultura
do COEMA e gerente de Pesca da Secretaria do Estado do Tocantins, que reúne todas as enti-
do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuá- dades públicas e privadas para discutir o Plano de
ria (SEAGRO/TO). “Além do potencial nos Desenvolvimento da Piscicultura. “Esse trabalho
reservatórios do estado, ainda contamos com a em conjunto já nos possibilitou isenções fiscais,
Ferrovia Norte-Sul para escoar a produção. Os propostas de alteração nas legislações ambien-
piscicultores têm incentivos fiscais e podem ex- tais, realização de Censo da Piscicultura, aber-

100
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PRODUÇÃO POR ESTADO

PRODUÇÃO DA ESPÉCIES MAIS


PISCICULTURA PRODUZIDAS
DO TOCANTINS EM 2018
15.200 t 2016 100 t Tilápia

14.500 t 2017 14.500 t Nativos

14.600 t 2018 0t Outros*

Crescimento de 0,7% referente ao ano de 2017 *Carpa, Truta e Panga, principalmente

Fonte PeixeBR

tura de linhas de crédito, pesquisas, capacitação larização ambiental, com fomento e incentivo à
nas universidades e entidades e criação do curso implantação de novas áreas produtivas. Manter
de Engenharia para Aquicultura na UNITINS o benefício do ICMS zero no pescado também
(Universidade do Tocantins)”, conta Andrey. está entre as prioridades.
Em 2019, além da criação de Tilápia em tan- Implantar uma política tributária mais competi-
ques-rede, o Tocantins espera avançar na regu- tiva também está entre as prioridades.

101
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

Ciência e Desenvolvimento

102
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

103
ENTREVISTA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

COM A PALAVRA, O
NOVO TITULAR DA SAP
Jorge Seif Jr., 41 anos, carioca radicado em Santa Catarina, tem muitos
desafios à frente da Secretaria, mas tem um bom plano de trabalho.

D
uas boas notícias para o setor em to bem a atividade e, pelo que expressa nesta vimento da Aquicultura e da Pesca no país.
2019. Em primeiro lugar, após uma entrevista exclusiva para o Anuário Brasileiro Condições para isso ele tem agora, ao chegar
dolorosa experiência, a Secretaria da Piscicultura 2019, planeja empreender na ao órgão executivo mais importante da ativi-
Especial de Aquicultura e Pesca (SAP) volta Secretaria as medidas desejadas e necessárias dade. “O setor produtivo tem muita expecta-
para o âmbito do Ministério da Agricultura, para fortalecer a Aquicultura e a Pesca. tiva positiva em relação à gestão do Jorge na
Pecuária e Abastecimento (MAPA), um plei- Administrador de empresas de formação, ‘pes- SAP. Ele pode contar conosco, pois nossos
to antigo. queiro’ de coração, Jorge Seif Jr. é carioca ra- objetivos são comuns”, disse Francisco Medei-
A segunda boa notícia é que o novo titular da dicado em Santa Catarina, tem 41 anos e uma ros, presidente executivo da PEIXE BR. Com
SAP vem da iniciativa privada, conhece mui- grande aspiração: contribuir para o desenvol- a palavra, Jorge Seif Jr.

Secretário Jorge Seif Jr. (4º a partir da esquerda) com Diretoria da PEIXE BR na primeira reunião de trabalho, em 2019

JORGE SEIF JR. IS THE NEW SECRETARY OF AQUACULTURE AND FISHERIES (SAP)
Jorge Seif Jr. is 41 years old, graduated as a Business Manager, their business. We have to be able to quickly respond and give different animal proteins, and aquaculture and fisheries have to
has worked in the fish business, and has one major dream: to the answers the industry has been waiting for, and for that we gain a share of these markets as well”.
contribute to the development of the Brazilian Aquaculture and have to reorganize the activities of the Secretary”. As to the grants related to the use of water reservoirs belonging
Fisheries industry. His comments: “SAP has to create a line of dialogue with the stakeholders, to the Federal Government: “This issue is one of my top prior-
“In my professional activities, I also need to count on public understand their needs, and align its goals to the expectations ities at SAP. We have to be able to respond quickly as to meet
services rendered by SAP. Unfortunately, dealing with SAP in- of the industry. How can this be accomplished? By working the needs of the industry. Furthermore, regulations related to
volves a lot of bureaucracy and is time consuming. Those willing close to the stakeholders, aligning agendas, and establishing the issue are being revised, and this will allow submissions to
to produce need expedited approvals, a simple system, and targets. The Secretary has to be managed according to the be analyzed faster. Even before I took office, we have discussed
immediate answers. My goal is to expedite, automate, simplify, needs of the different links of the Aquaculture and Fisheries the most relevant issues affecting the industry, and the first
and allow Brazilian farmers to feel confident that they have a production chain”. 120 days of my administration will be dedicated to structural
safe operational and legal framework. There are farmers who “The natural way to grow is to supply not just for the domestic and managerial changes. Our audience has to know that we
have been waiting for a long time to get the approvals to start market, but to go global. Brazil is already a major exporter of are working hard”.

104
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 ENTREVISTA

ANUÁRIO PEIXE BR - COMPARTILHE ANUÁRIO PEIXE BR - COMO O SR. PARA A PROFISSIONALIZAÇÃO DA


COM O SETOR UM POUCO DE SUA PRETENDE ARTICULAR OS CONTA- ATIVIDADE?
HISTÓRIA E SEU ENVOLVIMENTO TOS COM AS ENTIDADES DE CLAS-
COM A PESCA. SE LIGADAS À CADEIA DA PESCA, Jorge Seif Jr. – A profissionalização passa por
COMO A PEIXE BR E OUTRAS? fortalecimento e assinatura de convênios com
Jorge Seif Jr., titular da SAP - Minha história na entidades reconhecidas, como a Embrapa, uni-
pesca está intrinsecamente ligada à vida de meu Jorge Seif Jr. – A SAP precisa dialogar com versidades e entidades de ensino. Somente com
pai, que ao sair do exército, em 1976, iniciou sua o seu público, entender suas necessidades educação profissionalizante, tecnologia, siste-
vida como vendedor de pescado em feiras livres para acertar e alinhar seus objetivos com as mas e métodos conseguiremos evoluir.
no Rio de Janeiro. Passo a passo, comprou peixa- expectativas do setor. Como se faz isso? Com
ria, montou distribuidora, adquiriu seu primeiro proximidade, com pautas e metas. Quem vai ANUÁRIO PEIXE BR - ENTRE OS MAIO-
barquinho, montou frigorífico, fábrica de gelo, dirigir a Secretaria são as necessidades dos di- RES GARGALOS DA ATIVIDADE ESTÁ
construiu barcos em Itajaí (onde nos radicamos) ferentes setores da Aquicultura e Pesca. A OUTORGA DAS ÁGUAS DA UNIÃO.
e hoje temos um terminal e seis barcos pesquei- HÁ PROCESSOS PARADOS HÁ VÁRIOS
ros (traineiras e long liners). Acompanho meu ANUÁRIO PEIXE BR - NESSE SENTI- ANOS. COMO A SAP PODE CONTRI-
pai desde muito jovem até os dias de hoje. Sou DO, O DIÁLOGO É DESEJADO PELOS BUIR PARA AGILIZAR ESSA QUESTÃO?
formado em administração de empresas e sem- VÁRIOS ELOS DA CADEIA PRODU-
pre estive nas operações de campo. Como um TIVA: O QUE O SR. PODE DIZER EM Jorge Seif Jr. – Essa questão está totalmente
encarregado de frota, acompanhando os barcos TERMOS DE TRABALHO EM PAR- ligada às minhas primeiras ações na SAP. Pre-
por todo o Brasil, dando suporte, manutenção, CERIA (GOVERNO + INICIATIVA cisamos dar rápida resposta às necessidades já
descarregando. Essa é minha vida de ‘peixeiro’! PRIVADA), OBJETIVANDO O DESEN- demandadas pelo setor. Além disso, já estão em
VOLVIMENTO DA ATIVIDADE? estudo mudanças nas legislações que emperram
ANUÁRIO PEIXE BR - DE ‘PEIXEIRO’ A tais processos. Mesmo antes de ser empossado,
TITULAR DA SECRETARIA DE AQUI- Jorge Seif Jr. – O setor já provou que é em- estudamos as questões mais relevantes para
CULTURA E PESCA...QUAIS SUAS PRI- preendedor. O papel do governo deve ser sinalizar ao setor, nos primeiros 120 dias de
MEIRAS AÇÕES À FRENTE DA SAP? impulsionar, fomentar e criar ambiente para gestão, que houve uma mudança estrutural e
o desenvolvimento. As necessidades serão de gestão. Precisamos mostrar serviço a nosso
Jorge Seif Jr – Antes de mais nada, como todos apontadas pelas cadeias produtivas e entida- público!
no setor de Aquicultura e Pesca, hoje dependo des.
dos serviços públicos prestados pela SAP para ANUÁRIO PEIXE BR - HÁ UMA EXPEC-
desenvolver minhas atividades. E vejo que a SAP ANUÁRIO PEIXE BR - NUMA OUTRA TATIVA MUITO POSITIVA EM RELA-
muito mais burocratiza e atrasa do que ajuda. PONTA, O DESAFIO É AUMENTAR O ÇÃO À SUA GESTÃO. QUE RECADO
Quem produz não pode ficar sem licenciamen- CONSUMO DE PEIXES NO BRASIL. O SR. PODE DEIXAR PARA A CADEIA
to, sem sistema, sem respostas. Meu objetivo EM SUA OPINIÃO, O QUE É PRECISO PRODUTIVA?
principal é dar celeridade, automatizar, desburo- FAZER PARA ISSO ACONTECER?
cratizar e proporcionar segurança operacional e Jorge Seif Jr. – Costumo brincar com as pes-
jurídica aos produtores do Brasil. Jorge Seif Jr. – O aumento do consumo passa soas: quando você possui um secretário em sua
obrigatoriamente pelo aumento da oferta. O empresa, você pede algo e ele corre para reali-
ANUÁRIO PEIXE BR - ESSAS PALAVRAS aumento da oferta passa por uma legislação zar a tarefa, não é mesmo? Assim, resguardada
SÃO MUITO POSITIVAS PARA O SE- eficiente e leve, por fomento e incentivo à a analogia, quero ser o secretário que busca
TOR. INDO UM POUCO ALÉM: QUAIS atividade. Nos últimos anos, a população responder a esse público com a celeridade que
SÃO AS PRIORIDADES DO SETOR QUE tem consumido mais pescado. Com os de- as atividades rurais e produtivas demandam.
MERECERÃO SUA ATENÇÃO NO PRI- vidos ajustes em leis, decretos e portarias, Nossa SAP, a casa dos aquicultores, pescadores
MEIRO ANO DE GESTÃO? os produtores naturalmente se fortalecerão, e produtores rurais de todas as atividades, não
gerarão mais empregos, renda e, obviamente, será mais loteamento político nem cabide de
Jorge Seif Jr. – Existem muitas demandas repre- maior produção em suas atividades. emprego. Será eficaz e sensível às demandas do
sadas devido a esse descaso e jogo de empurra in- segmento. Contem comigo!
terministerial no qual a SAP passou nos últimos ANUÁRIO PEIXE BR - E AS EXPORTA-
anos. Ou seja, tem produtor necessitando de le- ÇÕES? O GRANDE POTENCIAL DA ANUÁRIO PEIXE BR - O QUE MAIS
galização para trabalhar. Precisamos dar rápida ÁREA JÁ DESPERTA O INTERESSE DE GOSTARIA DE DIZER PARA AOS PIS-
resposta ao setor e reorganizar as atividades da PARTICIPAR DO MERCADO INTER- CICULTORES DO BRASIL?
Secretaria. NACIONAL. TEMOS CONDIÇÕES
PARA ISSO? Jorge Seif Jr. – Quando, em 17/11/2018, con-
ANUÁRIO PEIXE BR - QUAL A IMPOR- versei com o Capitão Jair Messias Bolsonaro
TÂNCIA DE A SAP RETORNAR AO Jorge Seif Jr. – Sem dúvida alguma, o cami- em sua casa, ele contou que em sua infância
MAPA? NO QUE ISSO PODE AJUDAR O nho natural do crescimento será suprir não só praticava a pesca de subsistência (pegava ba-
SEU TRABALHO? o mercado interno como atender ao mercado gres) e suas irmãs vendiam para ajudar na renda
mundial. O Brasil já possui um grande por- da família. Além disso, mostrou-se indignado
Jorge Seif Jr. – O MAPA é um ministério forte, tfólio de exportação de proteínas animais. com a quantidade de costa/terras/águas que
estruturado e com mais de 150 anos de existên- A Aquicultura e a Pesca têm de entrar com temos em abundância no Brasil e não figurar-
cia. Vejam que o agronegócio brasileiro é a po- maior participação nesses mercados. mos como grandes produtores/consumidores/
tência que é devido ao brilhante trabalho desse exportadores. Então, hoje, a Aquicultura e a
ministério e a seus bravos servidores. Vamos usar ANUÁRIO PEIXE BR - A ATIVIDADE É Pesca estão sob vigilância e administração de
toda essa estrutura robusta e aplicar essa exper- NOVA, A ORGANIZAÇÃO DA CADEIA pessoas que amam a atividade e sabem do real
tise na nossa atividade. Estou certo de que só PRODUTIVA ESTÁ EM ANDAMEN- potencial que nos tornaremos, administrando e
temos a ganhar e a crescer. TO. COMO A SAP PODE CONTRIBUIR legislando e trabalhando duro em prol do setor.

105
PESQUISA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

PESQUISA E MERCADO
PRECISAM CAMINHAR
LADO A LADO
Distanciamento entre o que se faz nos institutos de pesquisas e o que a
cadeia produtiva deseja é prejudicial a todos.

“A
pesquisa no Brasil tem um distan- Scorvo, presidente da AQUABIO (Sociedade
ciamento histórico do setor pro- Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática)
dutivo. Esse afastamento pode ser e expressa o sentimento geral do setor privado
atribuído à falta de políticas públicas que con- em relação às pesquisas públicas ligadas à Aqui-
tribuam para a valorização da parceria público- cultura.
-privada que, a nosso entender, só tem a con- “Há sinais positivos aqui e ali, mas os institutos
tribuir com o fortalecimento e crescimento da oficiais de pesquisas ainda não conseguiram
atividade, o desenvolvimento de novas tecno- atender às expectativas do mercado. A cadeia
logias e manejos mais eficientes e sustentáveis produtiva precisa de contribuições efetivas dos
economicamente e ambientalmente. A falta de pesquisadores, cuja função primordial é dar o
políticas públicas leva as agências de fomento respaldo necessário e aplicar os recursos disponí-
à pesquisa a valorizar indicadores de desempe- veis em iniciativas que efetivamente contribuam
nho que não favorecem a parceria público-pri- para o fortalecimento da atividade”, expressa
vada. O apoio à política de ciência, tecnologia Francisco Medeiros, presidente executivo da As-
e inovação são de extrema importância para o sociação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR).
crescimento econômico de um país”. Um dos pontos positivos citados por Medeiros é
A afirmação é de Celia Maria Dória Frasca a criação do BRS AQUA, em meados de 2018.

106
As melhores soluções
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PESQUISA

nutricionais e de negócio
para aquacultura
Núcleos, Premix, Aditivos, Serviços Laboratoriais
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107
PESQUISA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

BRS AQUA: OBJETIVOS E PROJETOS


O BRS AQUA é, hoje, o elas e da Embrapa com ins- ambiental, tecnologia do pes- gicas, visando preenchê-las e
maior projeto de pesquisa de tituições representativas das cado, economia, transferência colaborar de maneira efetiva
toda a Embrapa. Possui forte cadeias de valor trabalhadas. de tecnologias e gestão. “Com com o desenvolvimento da
caráter estruturante, melho- O projeto possui oito gran- isso, entendemos que abarca- Aquicultura brasileira”, ressal-
rando as condições físicas de des componentes, com as mos as principais necessidades ta Alexandre de Freitas, che-
várias unidades da empresa e seguintes temáticas: genética, das espécies estudadas no que fe-geral interino da Embrapa
fortalecendo parcerias entre nutrição, sanidade, manejo se refere a lacunas tecnoló- Pesca e Aquicultura.

Trata-se de um ambicioso projeto que envolve sabilidade e sustentabilidade é uma das prio-
22 centros de pesquisas, 50 parceiros públicos ridades da PEIXE BR e seus associados, pois
e 11 empresas privadas. “Não há dúvida de que assim teremos uma cadeia produtiva cada vez
é um marco em investimentos, fruto da parceria mais forte. A execução do projeto é uma gran-
entre Embrapa, Banco Nacional de Desenvolvi- de oportunidade para desenvolver soluções que
mento Econômico e Social (BNDES), Conse- promovam o crescimento contínuo da ativida-
lho Nacional de Desenvolvimento Científico e de”, complementa o dirigente.
Tecnológico (CNPq) e Secretaria de Aquicultu- O chefe-geral interino da Embrapa Pesca e
ra e Pesca”, disse o então presidente da Embrapa, Aquicultura, Alexandre de Freitas, concorda
Mauricio Lopes. com os pleitos do setor privado e destaca que a
“O objetivo da pesquisa científica é oferecer in- resposta da Embrapa é o BRS AQUA e o Aqui-
fraestrutura para atender às demandas da Aqui- tech – Aquicultura com tecnologia e sustenta-
cultura nacional. O projeto focará na pesquisa bilidade, projeto em parceria com o Serviço
do Tambaqui (Colossoma macropomum) e da Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em- “ Os institutos
Tilápia (Oreochromis niloticus), espécies com
grande demanda e alta possibilidade de cres-
presas (Sebrae). Com vigência de 30 meses, ele
prioriza cinco espécies: Tilápia, Ostra Nativa,
oficiais de
cimento econômico. O Camarão (Litopenaeus Pirarucu, Tambaqui e Camarão. Estão progra- pesquisas ainda não
vannamei) e o Bijupirá (Rachycentron cana- madas ações em 17 estados do Centro-Oeste,
dum) também serão focos do estudo”, divulgou Norte e Nordeste do país. Entre as iniciativas conseguiram atender
a Embrapa Pesca e Aquicultura.
“Acompanhamos a elaboração dessa proposta
do Aquitech está o hackathon Desafios dos Pei-
xes, que busca soluções inovadores e criativas
às expectativas do
desde 2015. Trata-se de uma iniciativa am- para a Aquicultura, que respondam à pergunta: mercado. A cadeia
biciosa, mas esperamos que os seus objetivos “Como melhorar a experiência de Pesca e Aqui-
não se percam na burocracia e na falta de in- cultura utilizando facilidades digitais”. produtiva precisa de
vestimentos. Afinal, estamos falando no apoio
ao aumento da eficiência e produtividade da
Todas as fichas da Embrapa estão depositadas
no projeto BRS AQUA, que ainda está dando
contribuições dos
oferta de alimentos de alta qualidade”, ressalta os primeiros passos, como a aquisição de equi- pesquisadores”.
Francisco Medeiros. pamentos e construção de espaços voltados ao
“Temos grandes pesquisadores em Aquicultu- desenvolvimento de pesquisas. A maior parte
ra. No entanto, observamos a recorrente baixa
utilização de tecnologias geradas por essas ins-
dos recursos financeiros deste projeto (R$ 57
milhões) vem do Funtec, fundo do Banco Na-
Francisco Medeiros,
tituições. Expandir a produção com respon- cional de Desenvolvimento Econômico e So- PEIXE BR

ENTREGAS DA EMBRAPA PESCA E AQUICULTURA EM 2019


Ciente do seu papel de li- cultura informa que está zer avaliação e analisar o Da mesma forma, como
derança nas pesquisas em atuando em várias frentes seu impacto no negócio elaborado para a Tilápia,
Aquicultura e com o com- de trabalho, além do BRS de Aquicultura, pois até o em 2018, está em andamen-
promisso de apresentar so- AQUA, Aquitech e os pro- momento não tem conse- to estudo para possibilitar
luções que contribuam para jetos do Fundo Amazônia. guido acompanhar o de- a aplicação da política de
o aumento de competitivi- A PEIXE BR aguarda a senvolvimento dos proje- drawback para o Tambaqui
dade da cadeia produtiva, entrega dos produtos em tos nos diversos centro de em 2019, visando a expor-
a Embrapa Pesca e Aqui- 2019 para que possa fa- pesquisas da Embrapa. tação dessa espécie nativa.

108
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PESQUISA

SOMA DE FORÇAS É POSITIVA PARA A CADEIA PRODUTIVA


A pesquisa nacional em Brasileira de Aquicultura e (CAPES), dando respaldo aos novos horizontes e ter clareza
Aquicultura enfrenta gran- Biologia Aquática (AQUA- programas de pós-graduação do que queremos para a ativi-
des desafios, com os escassos BIO) destaca para 2019 a e às agências estaduais de fo- dade, a interação de pesquisa
recursos para atividade cientí- manutenção das atividades mento à pesquisa. entre os setores público e pro-
fica e a lentidão na definição realizadas junto ao CNPq e “O Brasil, bem como a Aqui- dutivo é parte fundamental da
de políticas públicas para a atuação forte junto à Coorde- cultura, passa por um momen- discussão”, ressalta Celia Maria
atividade. Objetivando cum- nação de Aperfeiçoamento de to que nos leva a refletir sobre Dória Frasca Scorvo, presi-
prir o seu papel, a Sociedade Pessoal de Nível Universitário o futuro. Se queremos traçar dente da AQUABIO.

UM EXEMPLO DE PESQUISA VOLTADA AO MERCADO


Pesquisadores do Labo- sérios prejuízos à atividade. Pádua Pereira, do Departa- UEL, trabalha com outras
ratório de Bacteriologia O laboratório já desenvol- mento de Medicina Vete- duas linhas de pesquisa. A
de Peixes (LABBEP), do veu uma vacina bivalente rinária Preventiva, explica bioinformática, que sequen-
Centro de Ciências Agrá- contra a estreptococose que têm sido realizados cia genoma de bactérias,
rias (CCA), da Universi- (com eficácia de 98%) e a testes para avaliar a eficácia com o objetivo de controle
dade Estadual de Londrina expectativa é concluir no da vacina. O próximo passo e prevenção de doenças, e o
(UEL), divulgaram recente- início de 2019 os testes será rastrear nos genomas desenvolvimento e valida-
mente que estão bem próxi- para apresentar ao mercado das bactérias alvos vacinais ção de probióticos, produ-
mos de produzir uma vacina uma nova tecnologia para da superfície destes patóge- tos que utilizam microrga-
trivalente capaz de imunizar combater as três principais nos, que poderão auxiliar o nismos vivos que ajudam a
a Tilápia contra dois subti- bactérias que afetam a pro- controle e a prevenção das estimular o sistema imune,
pos (sorotipos Ib e III) de dução comercial de Tilápia. doenças. competição na microbiota
estreptococose e da franci- O coordenador do LA- Além do desenvolvimento intestinal e aproveitamento
selose, que podem provocar BBEP, professor Ulisses de de vacinas, o LABBEP, da dos nutrientes ingeridos.

109
PESQUISA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

cial (BNDES). Também há recursos repassados Sistema de Inteligência Territorial Estratégica


pela Secretaria de Aquicultura e Pesca/MAPA (Site), levantando informações para realizar aná-
e pela própria Embrapa. lises estratégicas para diagnósticos e propostas de
O dirigente concorda que é fundamental a desenvolvimento da Aquicultura nos estados da
aproximação cada vez maior da pesquisa cien- região. Outro projeto envolve o melhoramento
tífica com os diferentes atores envolvidos no genético do Tambaqui, espécie nativa da região
setor produtivo da Piscicultura. “As pesquisas e, hoje, o peixe nativo mais cultivado no país.
e os demais trabalhos desenvolvidos pela Em- Um terceiro projeto inclui ações e atividades de
brapa e por seus parceiros necessariamente têm transferência de tecnologias, com destaque para
de atender às demandas identificadas pelo mer- Tambaqui e Pirarucu. Um quarto projeto está
cado. Ou seja, é preciso que o setor produtivo relacionado à pesca artesanal em três estados do
e instituições como Embrapa, universidades e Norte do país (Tocantins, Pará e Roraima).
órgãos governamentais ligados à definição de A PEIXE BR tem cobrado da Embrapa Pesca
políticas públicas em Piscicultura estejam per- e Aquicultura o status atual dos projetos bem
manentemente em diálogo e unidos visando in- com a necessidade urgente de alterações em vá-
crementar cada vez mais a atividade no Brasil”, rios deles que estão em andamento. Essa ação
defende. se faz necessário pois o mercado mudou, novas
Além do BRS AQUA e do Aquitech, a Embrapa demandas importantes surgiram, o setor evo-
Pesca e Aquicultura destaca o início de projetos luiu muito desde a concepção do projeto até os
ligados ao Fundo Amazônia. Operacionalizados dias de hoje, e o projeto tem de ter agilidade
por meio do BNDES, estes projetos estão foca- para captar essas mudanças. Caso contrário,
dos na manutenção e no aumento das reduções poderemos ter no final um produto de pouca
voluntárias de emissão de gases de efeito-estufa utilidade para a Aquicultura e que não gere a
oriundas do desmatamento e da degradação flo- competitividade esperada. Portanto, a comuni-
restal por meio da adoção de tecnologias, ten- cação direta da Embrapa Pesca e Aquicultura
do como beneficiários diretos as comunidades com o setor produtivo é fundamental para que
tradicionais, os assentamentos e os agricultores ambos tenham a mesma linguagem e os traba-
familiares dos estados amazônicos. lhos sejam para atender a demanda da Aquicul-
Neste contexto, a Embrapa Pesca e Aquicultura tura e não somente os interesses dos pesquisa-
coordena quatro projetos. Um trabalha com o dores, da Embrapa e do BNDES.

RESEARCH AND COMMERCIAL PRODUCTION HAVE TO WALK HAND-IN-HAND


According to Francisco Medeiros, CEO of the Brazilian Fish ation of BRS AQUA, in mid-2018. This is an ambitious project niloticus), species on high demand and with excellent economic
Farming Association (PEIXE BR), “There are positive signs, but involving 22 research centers, 50 public partners, and 11 pri- potential. Shrimp (Litopenaeus vannamei) and Bijupirá (Rachy-
the official research agencies are still far from meeting market vate companies, resulting from a partnership between Embrapa, centron canadum) will also be studied.
needs and expectations. The production chain needs an effective BNDES (National Bank for Economic and Social Development), Francisco Medeiros adds: “We have been following this process
contribution from researchers, whose primordial role is to apply CNPq (National Council for Scientific and Technological Develop- since 2015. It is an ambitious initiative, but we hope that it will
available resources in initiatives that will provide the necessary ment), and the SAP/Ministry of Agriculture. thrive, and not succumb due to bureaucratic hurdles and lack of
support to strengthen the industry”. The project will target the development of the production of investment. After all, we are investing in improving efficiency and
One of the positive points mentioned by Medeiros was the cre- Tambaqui (Colossoma macropomum), and Tilapia (Oreochromis productivity to increase the supply of high-quality foods”.

110
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PESQUISA

ANÚNCIO

111
DESAFIO DO CONSUMO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

COMO AUMENTAR O
CONSUMO DE PEIXES
DE CULTIVO NO BRASIL?
Campanha da PEIXE BR impactou mais de 5 milhões de consumidores.
Mas há muito ainda a fazer.

O
brasileiro consome menos de 10 kg “Precisamos valorizar nossos peixes de cultivo,
de peixes por ano. É pouco. A reco- como Tilápia, Tambaqui, Pacu, Tambacu, Pira-
mendação da FAO é de 12 kg/hab/ pitinga, Tambatinga e dezenas de outras opções.
ano, porém a média mundial é superior a 20 kg/ São espécies que mostram o extremo potencial
hab/ano. “Precisamos trabalhar juntos para im- de produção de peixes que temos no país”, res-
pulsionar o consumo no Brasil. Trata-se de um salta Medeiros.
alimento rico e extremamente saudável”, ressalta Há várias ações independentes para fomentar o
Francisco Medeiros, presidente executivo da As- aumento do consumo de peixes de cultivo no
sociação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR). Brasil. As empresas aumentam seus portfólios
O dirigente informa que apenas 1/3 do consumo de opções, incluindo pratos porcionados e semi
per capita atual é de peixes de cultivo oriundos prontos. E investem em campanhas de promo-
do Brasil. A maior parte é de peixes de captura ção para chegar aos consumidores. Nunca se viu
(água salgada) e importados. tanto peixe nos supermercados como atualmen-

112
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 DESAFIO DO CONSUMO

O Tambaqui é te. Porém, o segmento representa menos de 2%


das vendas totais do varejo e são preteridos nas
Por meio das mídias sociais da entidade – es-
pecialmente Facebook e Instagram – foram
o peixe nativo gôndolas de destaque em relação a outras prote- publicados conteúdos diversos, como receitas,
ínas animais. características e benefícios do peixe para a saú-
mais presentes Mas está aí um trabalho que não pode parar. To- de das pessoas.
nas pisciculturas dos têm de fazer a sua parte e, assim, contribuir
para mostrar mais e melhor os peixes de cultivo
No total, a ação impactou mais de 5 milhões de
pessoas. Analisado isoladamente, é um número
brasileiras. Devido para os consumidores. Novos produtos e pratici- representativo; porém, é baixo em relação ao to-
dade devem fazer parte desse trabalho. tal da população brasileira. Mas é um bom ponto
às qualidades como Com o objetivo de levar mais informações so- de partida da entidade, que continua fazendo esse
alimento saudável, bre os peixes de cultivo do Brasil para os con-
sumidores e, assim, contribuir para o aumento
trabalho durante os 12 meses de 2019.
“Disseminar as qualidades dos peixes de cultivo
sua produção do consumo, a PEIXE BR e seus mais de 100 é uma tarefa coletiva, que envolve todos os agen-
associados realizaram no 2º semestre de 2018 tes da cadeia produtiva, inclusive instituições
vem crescendo. O uma campanha nacional como parte da ação oficiais. A PEIXE BR está fazendo a sua parte,
destaque da culinária “Semana do Peixe”. mas tem muito ainda a ser feito”, diz o dirigente.

é a costelinha de
Tambaqui, uma
grande e suculenta Peixes de cultivo são criados em viveiros escavados no
costela do peixe solo, em tanques-rede e em sistemas de recirculação
grelhada de carne de água. Trata-se de uma produção rigorosamente
macia e saborosa. controlada e tem a mesma segurança das outras carnes.
Vale experimentar! Além disso, são saudáveis e altamente nutritivos.

PLANO ESTRATÉGICO PARA AUMENTO DO CONSUMO


A PEIXE BR também tra- Com a implementação des- trial, o varejo e o food service templar diferentes segmen-
balha em parceria com ou- sas ações, objetiva-se: • Fortalecimento da ima- tos da cadeia produtiva do
tras instituições públicas e • Criação de uma forma de gem do setor e competitivi- pescado, consumidores,
privadas para a definição de comunicação entre os elos dade do produtor, por meio profissionais especializados,
um plano estratégico volta- da cadeia, a partir da dispo- de boas práticas de produ- pesquisadores, produtores,
do para o aumento do con- nibilização de ferramentas ção, fomento à inovação e à indústrias, food service e
sumo de peixes de cultivo. virtuais, treinamentos pre- gestão dos negócios varejo, abrangendo peque-
senciais e ensino à distância • Aumento da competiti- nos produtores, empresários
As principais linhas de (EAD), realização de feiras vidade das empresas, com e potenciais empresários,
ação sugeridas para ope- e eventos para troca de ex- novas oportunidades de empreendedores e poten-
racionalização do projeto periências, oportunidades comercialização, troca de ciais empreendedores. “A
são: de negócios e divulgação de experiências e informações efetividade das ações para
• Estímulo ao aumento produtos aos consumidores para o desenvolvimento de fomentar a produção, o
do consumo, educação do • Disponibilização de dados novos produtos processamento e a comer-
consumidor, marketing de para subsidiar estratégias • Reconhecimento das es- cialização do pescado, com
produtos, estratégias de para gestão do negócio, aná- pécies nacionais internacio- consequente aumento do
comercialização e acesso a lises econômicas, estudos de nalmente consumo nacional, envolve
novos mercados mercado, análises da evo- • Elaboração de agenda de a sensibilização de todos os
• Monitoramento, pesqui- lução do setor, fornecendo ações e perspectivas, que elos da cadeia produtiva”,
sa e avaliação das oportuni- informações para empre- poderão servir de orienta- resume Francisco Medeiros,
dades de desenvolvimento endedores em potencial e ção nas estratégias a ser ado- presidente executivo da As-
e melhoria do setor do atualizando constantemente tadas pelo setor. sociação Brasileira da Pisci-
pescado. os produtores, o setor indus- Este plano objetiva con- cultura (PEIXE BR).

113
DESAFIO DO CONSUMO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

A Tilápia é a espécie mais consumida no país e está


presente em todo o país. Sem espinhos, branca e com sabor
inigualável, é uma opção saudável para toda a família,
todos os dias.

Francisco Medeiros destaca que “a cadeia da Pis- food service. Também foram envolvidos os in-
cicultura está em formação, mas já é representa- fluenciadores digitais e formadores de opinião,
tiva. São mais de 1 milhão de empregos diretos como chefs e blogueiros, que ajudam – e muito
gerados em todo o Brasil. E estamos presentes – a levar informações de qualidade para quem já
em todos os estados. Em termos de produção, consome peixes de cultivo e para as pessoas que
crescemos acima de todas as demais proteínas estão receptivas a este alimento muito saudável.
animais e temos potencial para evoluir em ritmo “Nosso papel como entidade representativa e de
ainda mais acelerado”. fomento da Piscicultura brasileira é divulgar in-
A campanha para aumento da demanda interna formações sobre o padrão de qualidade do peixe
dos peixes de cultivo da PEIXE BR teve como de cultivo nacional e esclarecer todas as dúvidas
foco o consumidor final. Ela incluiu ações para dos consumidores sobre a atividade. Afinal, pei-
sensibilizar e engajar os vários agentes, como xe é bom, é saudável e é saboroso”, reforça o pre-
produtores, indústrias, varejistas, restaurantes e sidente da PEIXE BR.

114
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 DESAFIO DO CONSUMO

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115
PROMOÇÃO NO MERCADO EXTERNO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

FEIRAS NOS EUA E


CHINA NO RADAR DA
AQUICULTURA NACIONAL
Seafood Expo North America e China Fisheries and Seafood Expo recebem
delegações brasileiras em 2019.

A
Associação Brasileira da Piscicultu- necessárias ao desenvolvimento do setor, desde a
ra (PEIXE BR) integra o Fórum da capacitação das empresas nacionais até a promo-
Aquicultura, iniciativa coordenada pela ção internacional dos produtos aquícolas”.
APEX-Brasil e a Secretaria de Aquicultura e “Esse planejamento apoiará o desenvolvimento
Pesca (SAP), do Ministério da Agricultura, Pe- das linhas estratégicas e agendas de implementa-
cuária e Abastecimento, cujo objetivo principal ção das necessidades identificadas, considerando
é desenvolver estratégia de desenvolvimento e uma visão de longo prazo, a partir do levanta-
promoção comercial para o pescado brasileiro mento de informações dos cenários nacional e
fora do país. internacional, envolvendo as empresas, entida-
“O Fórum discute plano de ação para fortalecer des setoriais e demais agentes públicos ou priva-
a presença dos peixes brasileiros no exterior. São dos relacionados, com foco no aumento da com-
várias as ações envolvidas. Algumas já foram petitividade das empresas e geração de negócios
realizadas e muitas estão programadas para os no mercado internacional”, detalha Bicca.
próximos anos”, informa Francisco Medeiros, “O trabalho já começou, mesmo antes da criação
presidente executivo da PEIXE BR. do Fórum. Em 2017, a PEIXE BR participou do
Alberto Bicca, analista de negócios internacio- pavilhão brasileiro nas duas mais importantes
nais da APEX-Brasil, informa que o primeiro feiras da indústria aquícola mundial, em Boston
passo do Fórum foi realizar um Planejamento (EUA) e Bruxelas (UE)”, informa Medeiros.
Estratégico Setorial, “com o objetivo de produzir A valorização do peixe brasileiro no mercado in-
informações para auxiliar nas diretrizes das ações ternacional continuou em 2018, com nova par-

116
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PROMOÇÃO NO MERCADO EXTERNO

ticipação da Seafood Expo North America (Bos- “A Piscicultura brasileira tem imenso potencial.
ton), em março. “Participaram 17 empresas e 2 Estamos crescendo em produção e avançando
entidades setoriais, incluindo a PEIXE BR, num como cadeia produtiva. Nesse cenário, temos
pavilhão de 130 m². A exposição do pescado bra- muito espaço para evoluir tanto em termos de
sileiro foi muito positiva”, destaca Alberto Bicca. mercado interno quanto nas exportações. Esse
Em 2019, estão programadas várias ações de trabalho já começou, o que mostra a maturidade
promoção do pescado brasileiro no exterior. As da atividade”, constata Francisco Medeiros.
principais atividades incluem a criação de um Além da PEIXE BR, APEX-Brasil e SAP/
plano de trabalho com base nos resultados do MAPA, participam do Fórum da Aquicultura
Planejamento Estratégico. Além disso, já está o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a
confirmada participação em dois grandes even- Agência Nacional de Águas (ANA), o Sebrae, a
tos: Seafood Expo North America 2019 (Bos- Embrapa, a Confederação da Agricultura e Pe-
ton, EUA) e China Fisheries and Seafood Expo cuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira
2019 (Quingdao, China) – será a primeira parti- das Indústrias de Pescado (Abipesca), a Asso-
cipação nesse importante mercado asiático. ciação Brasileira dos Criadores de Camarões
Também estão programadas rodadas de negó- (ABCC) e a Codevasf. Banco Nacional do De-
cios entre empresas brasileiras e compradores senvolvimento Social (BNDES) e FINEP estão
estrangeiros como parte do Projeto Comprador. sendo convidados para se integrar ao fórum.

BRAZILIAN FISH FARMING TO BE REPRESENTED IN EXHIBITS IN THE US AND CHINA


The Brazilian Fish Farming Association (PEIXE BR) is a member tions of the global aquaculture, in Boston (USA), and Brussels (EU). work plan based on the results of the discussions held to devise
of the Aquaculture Forum, an initiative coordinated by APEX-Brasil Showcasing of the Brazilian fish in other countries continued in a Strategic Plan. Furthermore, Brazil will participate in two major
and by the Secretary for Aquaculture and Fisheries (SAP), under 2018, in the Seafood Expo North America (Boston), last March, events: Seafood Expo North America 2019 (Boston, EUA), and
the Ministry of Agriculture, Livestock and Supply. The main target with the participation of 17 companies and 2 industry representa- China Fisheries and Seafood Expo 2019 (Qingdao, China) – for
of the Forum is to devise strategies for the development and mar- tives, including PEIXE BR, in a 130 m² pavilion. The results were the first time, Brazil will promote its products in this important
keting of Brazilian fish in other countries. quite positive, and Brazilian fish gained recognition. Asian market.
This endeavor is already underway. In 2017, PEIXE BR showcased For 2019, many actions have already been planned to promote Business rounds have also been planned, involving Brazilian com-
Brazilian fish farming at the Brazilian pavilion in two of major exhibi- Brazilian fish abroad. Main activities include the creation of a panies and foreign buyers, as defined by the “Projeto Comprador”.

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117
LINHAS DE FINANCIAMENTO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

RECURSOS DISPONÍVEIS
PARA INVESTIMENTOS
E CUSTEIO
BNDES e FINEP, entre outras instituições, têm linhas de crédito à
disposição para a Piscicultura. Conheça algumas opções.

O
Anuário Brasileiro da Piscicultura pamentos, bens de consumo, entre outros bens e
PEIXE BR 2019 lista várias linhas de serviços, para exportação.
financiamento à disposição da ativida-
de. São do Banco Nacional de Desenvolvimento BNDES EXIM PRÉ-EMBARQUE EMPRE-
Econômico e Social (BNDES) e da Financiado- SA ÂNCORA: financiamento à exportação
ra de Estudos e Projetos (FINEP) – vinculada ao de bens e serviços, efetuada por intermédio de
Ministério da Ciência e da Tecnologia. uma empresa âncora (cooperativas e agroindús-
trias), assim consideradas as trading companies,
BANCO NACIONAL DE empresas comerciais exportadoras e demais em-
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO presas exportadoras que participem da cadeia
E SOCIAL (BNDES) produtiva e que adquiram a produção de outras
O BNDES é o maior financiador de investi- empresas para exportação.
mentos do agronegócio brasileiro. São diversas
opções de financiamento para o setor produ- BNDES EXIM PRÉ-EMBARQUE EMPRE-
tivo, para empresas de todos os portes: desde SA INOVADORA: financiamento a empresas
o pequeno produtor familiar, passando pelas com perfil inovador para exportação de bens de
cooperativas, até os grandes empreendedores capital e serviços de tecnologia da informação
do campo. As operações podem ser contratadas desenvolvidos no Brasil.
diretamente com o BNDES ou por meio de ins-
tituições financeiras credenciadas. BNDES EXIM PÓS-EMBARQUE BENS: fi-
nanciamento à exportação de bens de fabricação
FINEM (INCENTIVADA B) E GIRO: com nacional, como máquinas, equipamentos, bens
linhas de financiamento acima de R$ 10 milhões de consumo e serviços a eles associados.
voltadas para projetos de investimentos. Os cri-
térios de avaliação priorizam os benefícios que o BNDES EXIM PÓS-EMBARQUE SERVI-
projeto gerará para a sociedade. Ou seja, quanto ÇOS: financiamento à exportação de serviços
mais o projeto estiver associado às prioridades de nacionais, como construção civil, serviços de
apoio do BNDES melhor a condição financeira engenharia e arquitetura, de tecnologia de infor-
oferecida. Condições para Financiamento: mação, entre outros. Inclui os bens de fabricação
nacional a ser utilizados e/ou incorporados ao
• TAXA DE JUROS: composta pelo custo empreendimento
financeiro (TLP e/ou Custo de Mercado),
remuneração do BNDES (0,9% a 2,1% a.a.) BNDES EXIM AUTOMÁTICO: financia-
e a taxa de risco de crédito (variável conforme mento à exportação de bens e serviços nacionais,
risco do cliente e prazo do financiamento). por intermédio de agente financeiro no exterior,
que aprova a operação de crédito (papel seme-
Saiba mais: goo.gl/TuhrRN lhante ao do agente financeiro no Brasil, em
operações indiretas da empresa com o BNDES).
Linhas BNDES-EXIM para apoio na exporta-
ção de peixes. Abrangem opções como: Exim Saiba mais: goo.gl/LENnRJ
Pré-Embarque, Exim Pós-Embarque e Exim Au- Mais informações: www.bndes.gov.br
tomático:
Nas tabelas a seguir, estão todas as linhas de fi-
BNDES EXIM PRÉ-EMBARQUE: financia- nanciamento do BNDES oferecidas para o agro-
mento à produção nacional de máquinas, equi- negócio brasileiro.

118
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 LINHAS DE FINANCIAMENTO

RAÇÕES PARA PEIXE E CAMARÃO


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LINHAS DE FINANCIAMENTO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

120
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

121
LINHAS DE FINANCIAMENTO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

FINANCIADORA
DE ESTUDOS E
PROJETOS (FINEP)
As linhas mais indicadas para empresas maiores são: Inovação Pioneira,
Inovação para a Competitividade e Inovação para o Desempenho.

I
NOVAÇÃO PIONEIRA: Trata-se de li- lativa dos seguintes benefícios: Bônus de apre-
nha voltada ao financiamento de empresas sentação de Garantias Financeiras (*): - 0,5%
para a execução de Planos Estratégicos de e Bônus de cooperação com ICTs/Universi-
Inovação (PEIs) que resultem em inovações por dades (Finep Conecta), com a destinação de
meio do desenvolvimento de produtos, pro- pelo menos 15% do valor do plano a essas ins-
cessos e serviços inéditos para o Brasil. Devem tituições: - 1,0%
também apresentar elevados graus de inovação • Prazo de Carência: até 36 meses, podendo
e de relevância para o setor econômico benefi- ser ampliado a até 60 meses caso a empresa
ciado. Linha destinada a empresas com Receita participe do Finep Conecta
Operacional Bruta superior a R$ 90 milhões e • Prazo Total: até 10 anos, podendo ser am-
Plano Estratégico de Inovação (PEI) com valor pliado a até 16 anos no caso do Finep Conecta
superior a R$ 10 milhões. Condições de Finan- • Participação da Finep: até 90%, podendo
ciamento: ser ampliada a até 100% no caso do Finep
Conecta
• Taxa de juros: TJLP+0,5% a.a., podendo
chegar a TJPL-1,0% a.a. com a aplicação INOVAÇÃO PARA DESEMPENHO: Li-
cumulativa dos seguintes benefícios: Bônus nha voltada ao financiamento de empresas para
de apresentação de Garantias Financeiras (*): a execução de Planos Estratégicos de Inovação
- 0,5% e Bônus de cooperação com ICTs/Uni- (PEIs) que resultem em inovações de produtos,
versidades (Finep Conecta), com a destinação processos ou serviços no âmbito da empresa. Po-
de pelo menos 15% do valor do plano a essas dem ser centrados em atualização tecnológica,
instituições: - 1,0% por meio da absorção ou aquisição de tecnolo-
• Prazo de Carência: até 48 meses, podendo gia, que tenham potencial de impactar a pro-
ser ampliado a até 60 meses caso a empresa dutividade da empresa, sua estrutura de custos
participe do Finep Conecta ou o desempenho de seus produtos, processos e
• Prazo Total: até 12 anos, podendo ser am- serviços – ainda que tenha impacto limitado no
pliado a até 16 anos no caso do Finep Conecta setor econômico em que atua. Linha voltada a
• Participação da Finep: até 90%, podendo empresas com Receita Operacional Bruta supe-
ser ampliada a até 100% no caso do Finep rior a R$ 90 milhões e Plano Estratégico de Ino-
Conecta vação (PEI) com valor superior a R$ 10 milhões.
Condições de Financiamento:
INOVAÇÃO PARA COMPETITIVIDADE:
Linha voltada ao financiamento de empresas • Taxa de juros: TJLP+3,5% a.a., podendo
para a execução de Planos Estratégicos de Inova- chegar a TJPL+2,0 % a.a. com a aplicação do
ção (PEIs) centrados no desenvolvimento ou sig- seguinte benefício: Bônus de apresentação de
nificativo aprimoramento de produtos, proces- Garantias Financeiras (*): - 1,5%
sos e serviços que tenham potencial de impactar • Prazo de Carência: até 36 meses
o posicionamento competitivo da empresa no • Prazo Total: até 10 anos
mercado em que atua. Linha voltada a empresas • Participação da Finep: até 80%
com Receita Operacional Bruta superior a R$ 90
milhões e Plano Estratégico de Inovação (PEI) Além disso, a FINEP tem um programa descen-
com valor superior a R$ 10 milhões. Condições tralizado de financiamento para as empresas me-
de Financiamento: nores, o INOVACRED, para desenvolvimento
de projetos, visando ampliar a competitividade
• Taxa de juros: TJLP+1,5% a.a., podendo das empresas no âmbito regional ou nacional.
chegar a TJPL % a.a. com a aplicação cumu- Esse apoio é concedido de forma descentraliza-

122
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 LINHAS DE FINANCIAMENTO

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123
LINHAS DE FINANCIAMENTO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

da, por meio de agentes financeiros, que atuarão valor médio da receita operacional bruta auferi-
em seus respectivos estados ou regiões. da nos dois últimos exercícios findos seja inferior
a R$ 90 milhões
PRINCIPAIS OBJETIVOS: fomentar o de-
senvolvimento de projetos de inovação, em con- BENEFÍCIOS: financiamento reembolsável
dições compatíveis com a realidade das empresas com taxa de juros equalizada e prazos compa-
atendidas tíveis com o esforço de inovação da empresa,
para o desenvolvimento de projetos de inovação
PÚBLICO-ALVO: empresas e outras institui- de produtos, processos, organizacionais ou de
ções cuja atividade econômica apresente Receita marketing.
Operacional Bruta inferior a R$ 90 milhões, des-
de que motivada por questões sazonais e que o Mais informações: www.finep.gov.br

Financiamento Reembolsável Descentralizado


INOVACRED

• Objetivo:
financiar projetos desenvolvimento de novos produtos, processos
ou serviços bem como o aprimoramento dos já existentes, inovação em
marketing ou inovação organizacional, no ambiente produtivo ou social,
visando ampliar a competitividade das empresas no âmbito regional e até
nacional.

• Operacionalização: agências de fomento e bancos de desenvolvimento.

• Foco: micro e pequenas empresas, podendo atender médias empresas.


Porte ROB VALOR FINANCIAMENTO

I - Micro e EPP´s Até 4,8 MM


entre R$ 150 M e R$ 3 MM;
II - Pequenas Empresas R$ 4,8 MM até R$ 16 MM

III - Médias Empresas R$ 16 MM até R$ 90 MM entre R$ 150 M e R$ 10MM;

• Condições:

PARTICIPAÇÃO FINEP TAXA DE SERVIÇOS


Até 90% - Porte I até 2% - Porte I e II
Até 80% – Portes II e III até 1% - Porte III

PRAZO TOTAL JUROS


TJLP - Porte I e II
(Carência = Execução + 6 meses) +
TJLP + 1% = Porte III
(Amortização) = até 96 meses
Garantias: Pelo agente financeiro

124
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

125
EXPORTAÇÃO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

DRAWBACK BENEFICIA
EXPORTAÇÃO DE TILÁPIA
E SEUS SUBPRODUTOS
Tributos federais (IR, IPI, PIS e Cofins) deixam de incidir sobre insumos
usados na produção de Tilápia e subprodutos para exportação.

A
Piscicultura brasileira obteve, em mos e produtos utilizados na cadeia da Tila-
2018, uma importante conquista para picultura, para quantificar os valores de cada
o ganho de competitividade da cadeia item e seus respectivos impostos.
produtiva da Tilápia: a aprovação da prática A PEIXE BR firmou convênio com a Embrapa
de drawback pelo MDIC (Ministério da In- para que a empresa produzisse o laudo, tendo
dústria, Comércio Exterior e Serviços) para a em vista que já realizara este trabalho para ou-
Tilápia e todos os seus subprodutos. tras cadeias que exportam produtos do agrone-
Em termos práticos, isso significa que as empre- gócio brasileiro.
sas exportadoras poderão adquirir os insumos Esse laudo foi feito pela Embrapa Pesca e
necessários para produção, industrialização e Aquicultura e incluiu planilha de equivalência
comercialização de Tilápia e seus subprodutos de insumos. Posteriormente, a análise foi apro-
sem incidência dos tributos federais (IR, IPI, vada pelo Ministério da Indústria, Comércio
PIS e Cofins). Exterior e Serviços (MDIC).
Importante informar que a isenção tributária Segundo Manoel Xavier Pedroza Filho, pes-
é exclusiva para exportação de Tilápia e seus quisador da Embrapa Pesca e Aquicultura
subprodutos e não vale para comercialização responsável pelo estudo, a desoneração fiscal
interna. promove redução de até 26% nos custos com
As empresas interessadas em ter essa isenção de- ração importada – insumo de maior impacto
vem fazer o cadastramento no site do MDIC. nos custos de produção. Se for comprada no
A inclusão da Tilápia e dos seus subprodutos mercado interno, a redução será de aproxi-
no sistema de drawback é uma solicitação an- madamente 10%. “Adaptamos a planilha de-
tiga da PEIXE BR para as empresas associadas. senvolvida pela Embrapa Suínos e Aves para a
A primeira ação nesse sentido foi a elaboração exportação de Tilápia”, detalha ele.
de laudo técnico com a lista de todos os insu- Pela planilha é possível saber a quantidade de

126
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 EXPORTAÇÃO

127
EXPORTAÇÃO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

PASSO A PASSO PARA INTEGRAÇÃO AO DRAWBACK


A empresa faz o registro do pedido de drawback para a Secretária de Comércio Exterior (SECEX)
A Secex analisa o pedido, que, se aprovado, receberá o Ato Concessório (AC)
Após o deferimento do AC, a SECEX providencia os insumos para a empresa solicitante com a suspensão de
tributos (fornecedor nacional ou do exterior)
Após o recebimento dos insumos, a empresa está apta a produzir
Após o processamento, inicia-se o processo de exportação dos produtos
Na última etapa, a SECEX atesta a regularidade da operação drawback Mais informações: goo.gl/8zaA8t

insumos utilizados para produzir o volume quatro anos correspondeu a 29% de todo be-
que será exportado, possibilitando, assim, de- nefício fiscal concedido pelo governo federal”,
terminar o quantitativo de insumos que terão informa Francisco Medeiros, presidente execu-
os impostos desonerados. “Estão incluídos os tivo da PEIXE BR, que participou ativamente
alevinos, a ração utilizada nas diferentes fases das negociações.
de crescimento do peixe e as vacinas”, informa O drawback é utilizado em diversos produtos
Pedroza. Se o produtor fabrica sua própria ra- de exportação. Segundo dados do Sistema In-
ção, estão especificados na planilha todos os tegrado de Comércio Exterior (SISCOMEX),
ingredientes utilizados. 23% dos cerca de US$ 213 bilhões de dólares
“O regime aduaneiro especial de drawback, originários da exportação em 2017 envolveram
que consiste na suspensão ou eliminação de o sistema de drawback. No setor agropecuário,
tributos incidentes sobre insumos importa- mais de 65% das exportações de carne de fran-
dos para utilização em produto exportado, gos foram por meio da desoneração fiscal.
funciona como um incentivo às exportações, “Essa é mais uma conquista para a Piscicultu-
pois reduz os custos de produção de produtos ra brasileira e a PEIXE BR orgulha-se de ter
exportáveis, tornando-os mais competitivos participado ativamente dessa negociação”, co-
no mercado internacional. A importância do memora o presidente executivo da PEIXE BR,
benefício é tanta que na média dos últimos Francisco Medeiros.

DRAWBACK BENEFITS TILAPIA EXPORTS


In 2018, the Brazilian Tilapia producing chain gained In practical terms, this means that exporting companies are exclusively to the exports of Tilapia and its byproducts and
competitiveness thanks to an important measure taken by allowed to purchase the necessary inputs for production, is not applicable to sales in the domestic market.
the Brazilian government: the approval of the drawback processing, and marketing of Tilapia and its byproducts The inclusion of Tilapia and its byproducts in the drawback
practice by the MDIC (Ministry for Industry, Foreign trade without paying federal taxes (IR, IPI, PIS, and Cofins). It is system had been a long-time demand made by PEIXE BR on
and Services), applied to Tilapia fish and all its byproducts. important to note, however, that this tax exemption applies behalf of its member companies.

128
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

129
PARCERIA BRASIL E NORUEGA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

PARCERIAS ENTRE
EMPRESAS DO BRASIL E DA
NORUEGA SAEM DO PAPEL
Intercâmbio proposto pela PEIXE BR e a Innovation Norway começa a dar
os primeiros resultados concretos.

A
s cadeias de proteína animal do Brasil mento Econômico (OCDE) e a Organização da
destacam-se internacionalmente pelo Alimentação e Agricultura da ONU (FAO), em
seu potencial em termos de volume e 2018 foram produzidas 84 milhões/t de peixes
competitividade. Ano a ano, o peixe de cultivo de cultivo em todo o mundo. O Brasil tem di-
chama mais atenção de grandes players interna- mensões territoriais, água em quantidade, clima
cionais devido às suas características positivas, propício e produtores entusiasmados a participar
como propriedades nutricionais e baixo impacto mais ativamente do mercado global de peixes de
ambiental. cultivo, como a Tilápia e o Tambaqui”, afirma
Dessa forma, assume papel relevante como fonte Francisco Medeiros, presidente executivo da As-
segura para garantir a alimentação da população sociação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR).
mundial nos próximos anos. “Segundo dados da Há muito tempo essa potencialidade da Pisci-
Organização para a Cooperação e Desenvolvi- cultura brasileira atrai a atenção da Noruega, um

130
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

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131
PARCERIA BRASIL E NORUEGA ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

dos maiores produtores mundiais de pescado. A Davis, vice-presidente do Conselho de Adminis-


aproximação entre a PEIXE BR e a Innovation tração da PEIXE BR.
Norway, empresa oficial que fomenta negócios Para Eduardo Amorim, membro do Conselho de
da Noruega internacionalmente, culminou com Administração da PEIXE BR e diretor da Aqua-
um projeto de parceria que tem condições reais feed, essa troca de informações é um ganho muito
de ser agente de transformação, troca de tecnolo- grande para a Piscicultura brasileira. “É importan-
gias e geração de valor. te receber sugestões técnicas e conhecer de perto
A primeira iniciativa efetiva foi a realização de diferentes realidades. Especialmente porque a ati-
um workshop entre empresas norueguesas inte- vidade está em crescimento no nosso país e preci-
ressadas em exportar suas tecnologias e empresas samos evoluir em tecnologia e eficiência”.
brasileiras com interesse em ter acesso a inova- Ramon Amaral, diretor do Grupo Âmbar
ções. Realizado em novembro de 2017, em São Amaral, mostra-se otimista com a aproximação
Paulo, o encontro foi um sucesso, tendo reunido com um país líder em Aquacultura. Além de
mais de 100 participantes. receber a visita da missão norueguesa, ele visi-
O passo seguinte foi a definição de uma agenda tou o país escandinavo em agosto de 2018, teve
conjunta em 2018, que incluiu a vinda ao Bra- encontros com empresas locais e participou da
sil de um grupo de empresários da Noruega. O feira NOR-fishing. “Essa troca de conhecimen-
objetivo principal: entender melhor os processos tos é extremamente relevante para a Piscicultu-
no país e intensificar a troca de informações com ra brasileira”, diz.
empresários nacionais. Logo após o 2º Workshop Brasil/Noruega, rea-
Em junho de 2018, quatro empresas da cadeia de lizado em novembro de 2018, também em São
produção e uma consultoria estratégica da No- Paulo, Ramon assinou uma parceria para troca
ruega visitaram projetos de Piscicultura do Brasil. de tecnologias. “O forte da Noruega é o Salmão.
A missão visitou o Grupo Âmbar Amaral (Santa Decidimos fechar um acordo para adaptar e aper-
Fé do Sul, SP) e as empresas Aquafeed (Apare- feiçoar esse conhecimento técnico para a criação
cida do Taboado, MS), Geneseas (Aparecida do de Tilápia. O projeto irá até 2020. A relação de
Taboado, MS) e Bom Futuro (Cuiabá). ganha-ganha será fundamental para a melhoria
“Os noruegueses gostaram muito do que viram. da nossa competitividade e relacionamento com
Eles confiam no potencial de crescimento da a Noruega”, explica Ramon.
Piscicultura brasileira em termos de volume e “Uma das missões da PEIXE BR é fortalecer
de produtividade. Dessa forma, analisam inves- o ambiente de negócios para seus associados,
timentos e parcerias no país. Além disso, eles vi- identificando e construindo oportunidades. A
venciaram todos os desafios que nós estamos en- Noruega já é uma realidade, mas estamos abertos
frentando e podem nos apontar caminhos mais para conversar com outros países”, resume Fran-
curtos para o desenvolvimento”, entende Breno cisco Medeiros, presidente executivo da entidade.

“O Workshop Brasil/Noruega é importante porque


está claro que o Brasil tem um potencial enorme para a
Piscicultura e a Noruega tem experiência com a atividade.
Nós somos tecnologicamente avançados na área e o
mercado norueguês está notando cada vez mais o Brasil
como um mercado interessante no segmento”.
Stein-Gunnar Bondevik,
Diretor da Innovation Norway no Brasil

PARTNERSHIPS BETWEEN BRAZILIAN AND NORWEGIAN COMPANIES BECOME A REALITY


Norway, one of largest fish producing countries, had noticed the nies interested in gaining access to innovation. The workshop Norwegian strategic consultant visited fish farms in Brazil. In
potential of the Brazilian fish farming industry a long time ago. was held in November 2017, in São Paulo, and was a huge November 2018, the 2nd Brazil/Norway workshop was held,
PEIXE BR and Innovation Norway, the official company promot- success, with more than 100 attendees. and the first partnerships started to be formalized.
ing Norwegian businesses, established a valuable partnership, The next step was the creation of a joint agenda in 2018, “One of PEIXE BR’s missions is to support its members and fa-
that has the potential of being an agent of change, technology and a group of Norwegian entrepreneurs visited Brazil, aiming cilitate business, by identifying and building business opportuni-
transfer, and value creation. at better understanding the processes applied in the country, ties. The partnership with Norway has already been established,
The first initiative was a workshop, between Norwegian compa- and exchanging information with Brazilian counterparts. In and we are open to start talking to other countries as well”,
nies interested in exporting technologies, and Brazilian compa- June 2018, representatives of 4 Norwegian companies and a said Francisco Medeiros, CEO of the association.

132
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PUBLIEDITORIAL

EMBALAGENS MAIS EFICIENTES,


SEGURAS E SUSTENTÁVEIS
Sealed Air oferece às indústrias processadoras de peixes uma inovadora linha de embalagens, que
aumenta a vida útil do alimento e respeita o meio ambiente.
“O pescado é a proteína animal que mais cresce “É visível que a cadeia da Aquacultura brasileira
no mundo, superando as carnes, o leite e os ovos. investe em tecnologia e inovação para oferecer
Esse processo tende a se intensificar nos próxi- peixes frescos aos consumidores. Isso ocorreu com
mos anos, sendo o Brasil um mercado essencial todas as demais proteínas animais e se repete com
para esse crescimento. Em termos globais, a a atividade. Claro que isso leva tempo, mas é um
Aquacultura avança 4% ao ano; no Brasil, salta a processo irreversível. A Sealed Air quer ser parcei-
taxas superiores, liderada por Tilápia, principal- ra da indústria de processamento de peixes nessa
mente, e Tambaqui”, informa Mariano Iocco. revolução em curso”, explica Mariano.
“Os peixes são a fonte de proteína animal do fu-
turo por se enquadrarem no rol de alimentos sau- Contra o desperdício de alimentos
dáveis e de qualidade. Ao contrário de outras ca- A inovação nas embalagens Cryovac® Darfresh®
Mariano Iocco: parceria da deias produtivas, praticamente não há restrições da Sealed Air também ajuda a mitigar um terrível
Sealed Air com a indústria de ao consumo de peixes”, complementa. problema de ordem global: o desperdício dos ali-
processamento de peixes no Brasil. O investimento da Sealed Air na Aquacultura mentos. Segundo estatísticas, a taxa de perdas do
brasileira também é respaldado por uma pes- peixe comercializado fresco no gelo é de até 40%,
A expansão da Aquacultura brasileira atraiu a quisa global da empresa, que envolveu o Brasil, com grande impacto ambiental.
atenção de um peso-pesado da indústria de em- os Estados Unidos, a Inglaterra e a China. Os re- “Enquanto o gelo conserva o peixe por até 3 ou 4
balagens: a Sealed Air. A empresa é dona de mar- sultados mostram o potencial de crescimento da dias, as embalagens a vácuo proporcionam vida
cas líderes em termos globais, como CRYOVAC®, atividade no país: 56% dos brasileiros planejam útil de até 21 dias. Ou seja: até 7 vezes mais! Os
que tem mais de 50 anos de existência. Além de comprar peixes pelo menos uma vez por semana. benefícios são para os produtos, as empresas
participar de um mercado em crescimento, a Além disso, 52% preferem peixe fresco e 49% de- processadoras, as pessoas e o planeta”, explica
Sealed Air traz ao país uma inovadora linha de sejam peixe em porções, pronto para o consumo. Mariano Iocco.
embalagens, com vida útil superior, menos im-
pacto ambiental e socialmente responsável, cha-
mada Cryovac® Darfresh®.
“Levamos o compromisso com a inovação respon- RAIO-X DA PRESENÇA: 122 países
(todos os continentes)

SEALED AIR
sável muito a sério. Nosso trabalho objetiva não DIVISÕES: Food Care (64%)
apenas a melhoria do acondicionamento e da ma- e Products (36%)
nutenção dos alimentos, mas também a qualidade América Latina representa
de vida das pessoas e a preservação do planeta”, RECEITA GLOBAL:
16% dos negócios da empresa.
US$ 5 bilhões (2017)
ressalta Mariano Iocco, Sector Leader para o mer- O Brasil é o segundo maior
cado de peixes na América Latina. É compromisso mercado, após o México. FUNCIONÁRIOS: 15 mil
da Sealed Air, por exemplo, ter 100% das embala-
gens reutilizáveis ou recicláveis até 2025.
“Um dos focos dos nossos investimentos está na
composição das embalagens, com a eliminação
de resíduos plásticos. Nesse sentido, utilizamos
cada vez mais derivados de amido na nossa linha
e trabalhamos para que os parceiros e consumi-
dores se engajem nesse projeto de transforma-
ção”, acrescenta o dirigente.
A linha Darfresh® da Sealed Air já está à dispo-
sição da cadeia da produção de peixes no Brasil.
A participação da Aquacultura brasileira na recei-
ta da empresa no país ainda é pequena, porém a
Sealed Air tem objetivos arrojados de expansão.

133
EMPREENDEDORISMO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

EM UM ANO, 15 PAÍSES E
EXPERIÊNCIAS INCRÍVEIS
PARA COMPARTILHAR
Mauro Tadashi Nakata participou do programa
de bolsas da Nuffield International Farming Scholars.

O
ano de 2018 ficará para sempre na entre junho e julho, para Cingapura, Filipinas,
memória de Mauro Tadashi Nakata, China, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos.
diretor da Piscicultura Cristalina (SP) “Foram duas semanas muito produtivas. Tive-
e diretor tesoureiro da Associação Brasileira da mos contato com a produção de alimentos de
Piscicultura (PEIXE BR). Mauro foi seleciona- maneira geral em diferentes países, com níveis
do pela Nuffield International Farming Scho- distintos de tecnologias. Pudemos vivenciar os
lars para um ano voltado às experiências glo- problemas, as características, os gargalos, além
bais, intensa troca de experiências e network. de discutir temas prementes, como as disputas
Ele foi o único (e primeiro) piscicultor brasilei- comerciais entre os grandes países”, comparti-
ro a participar do programa anual de bolsas da lha o diretor da Piscicultura Cristalina.
Nuffield até agora. O aprendizado foi grande e A fase seguinte envolveu viagens pessoais, esco-
os quilômetros voados também. lhidas por Mauro. Pela primeira vez, o foco foi
No início do ano, Mauro participou de uma se- a Piscicultura global. Ele visitou Estados Uni-
mana de conferência dos bolsistas, na Holanda. dos, Noruega, Colômbia e vários países na Ásia
Além dele, outros dois brasileiros – um de café (China, Vietnã, Malásia, Taiwan e Japão), além
e outro de agricultura e pecuária – estavam no da Austrália.
grupo de 80 jovens empreendedores de 13 di- “Meu objetivo era conhecer de perto a Piscicul-
ferentes países. tura de diferentes nações e, mais uma vez, viven-
Os objetivos desse evento inicial foram com- ciar suas realidades distintas. Esse conhecimento
partilhar com os bolsistas a visão de mundo próximo é muito gratificante e importante para
da Nuffield, bem como fazer a preparação das o empreendorismo”, explica o bolsista.
visitas e estudos do programa. “Foi um início Até o início do segundo semestre de 2019,
intenso e destaco o contato direto com jovens Mauro tem de entregar à Nuffield um relató-
produtores de várias partes do mundo. Real- rio dessa experiência fantástica. Ele também
mente, foi uma experiência muito rica”, diz fará uma apresentação geral do programa para
Mauro Nakata. a Piscicultura Bom Futuro, que patrocinou sua Mauro Nakata na Indonésia
Na sequência, ele fez parte de um grupo de participação nesta importante iniciativa, que
dez bolsistas que viajou durante duas semanas, objetiva formar líderes para o futuro.

QUEM É A
A Nuffield International Farming Scholars é uma “rede vanguardista composta de agroprofissionais e fazendeiros, um
network de associações sem fins lucrativos, com 11 países oficializados e presença em mais de 40 países. A rede é com-
NUFFIELD posta por mais de 1.700 “Nuffieldianos” e 120 investidores ao redor do mundo, com foco em capacitação pessoal, ex-
celência na produção, distribuição, gestão e comunicação agrícola, liderança de pensamento local, nacional e global”.

A GLOBAL ONE-YEAR EXPERIENCE TO SHARE


In 2018, Mauro Tadashi Nakata, director of Piscicultura Crista- with others 80 young entrepreneurs from 13 different countries. fish farming. Mauro has visited The United States, Norway,
lina and financial director of Brazilian Farm Fishing Association The goals of this first event were to share the Nuffield worldview Colombia and several countries in Asia (China, Vietnam, Ma-
(PEIXE BR), was selected by Nuffield International Farming as well as to prepare the program in the coming months. laysia, Taiwan and Japan), as well as Australia.
Scholars for a year long focused on global outlook, intense ex- With 10 more fellows he traveled for two weeks between “To get a closer look at the Aquaculture of different countries
change of experiences and network . He´s the first Brazilian fish June and July to Singapore, The Philipines, China, Germany, and to experience their realities were my goals. This close
farmer to attend Nuffield’s annual scholarship program so far. England and United States. contact is very gratifying and important for entrepreneur-
Mauro has attended a one-week fellowship conference in Holland The next step involved personal travels, focused on global ship”, explains Mauro.

134
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

135
PROTEÍNA DO FUTURO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

ESTAMOS CONSTRUINDO
UM GIGANTE NA
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
Cadeia da Piscicultura brasileira cresce em ritmo acelerado, superando
adversidades, aprendendo a competir e lutando por seus objetivos.

C
om 175 milhões de toneladas em 2018, faixa dos 20 kg.
o pescado é, de longe, a proteína animal “O peixe contém ômega 3 – no caso dos de água
mais produzida no mundo, seguida à salgada e profundas – vitamina D e minerais,
distância pela avicultura e a suinocultura, com como cálcio, zinco, iodo, potássio, sódio e ferro.
pouco mais de 130 milhões/t cada. Seu consumo regular está associado à melhora
Até 2020, a produção de peixes de cultivo supe- da memória, prevenção de Alzheimer, de doen-
rará a de peixes de captura, confirmando uma ças cardiovasculares e de doenças ósseas”, destaca
trajetória de crescimento meteórico, que não Samantha Caesar de Andrade, doutora em Nu-
aparenta arrefecer nas próximas décadas. trição em Saúde Pública pela Universidade de
Os pontos positivos da Aquacultura são muitos. São Paulo (USP).
Um exemplo: a conversão alimentar. Para engor- Nos próximos dez anos, a procura pelo peixe de
dar 1 kg de bovino são necessários de 6 a 7 kg cultivo do Brasil deve aumentar tanto no mer-
de rações; para 1kg de frango de corte, 2 kg de cado interno quanto no externo, tendo Tilápia
rações. A conversão da Tilápia já está em 1 kg de e Tambaqui à frente. Porém, é preciso superar o
carne para 1,2 kg de rações – e está caindo. tímido consumo doméstico, barreiras ambien-
Trazendo para a nossa realidade, ainda temos tais e outros gargalos de uma cadeia produtiva
muito o que progredir para estar à altura dos ainda em organização.
grandes players da Aquicultura mundial. O Nesse sentido, debater o futuro da Piscicultura
Brasil já é o 4º maior produtor de Tilápia do no Brasil é um tema comum nas rodas de con-
planeta, o que é excelente. Mas o consumo per versas do setor. O que fazer? Já estamos fazen-
capita de pescado ainda não ultrapassou os 10 do. E muito.
kg/hab/ano, enquanto a média mundial está na Nos últimos cinco anos, vivemos uma verda-

136
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 PROTEÍNA DO FUTURO

137
PROTEÍNA DO FUTURO ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

deira revolução na Piscicultura nacional, que de dois dígitos e alcançarão mais espaços nas
atinge todos os segmentos da cadeia produtiva: gôndolas de supermercados. Já observamos a
desde genética, passando por nutrição, manejo, revolução em andamento, com o lançamento de
sanidade, equipamentos até comercialização. O centenas de produtos todos os anos.
peixe já aparece nas gôndolas dos supermerca- Para não nos esquecer. Atualmente, somente
dos em novos formatos para consumo, seguin- em águas da União, estão na SAP solicitações
do uma tendência de praticidade das demais de produção que somam 3 milhões de toneladas
proteínas animais. aguardando o trâmite processual. Não espera-
O futuro da Piscicultura brasileira ainda não mos que isso se realize de um dia para o outro,
está claro para os diversos agentes envolvidos pois não temos indústria para atender a essa de-
na atividade. Isso porque estamos construindo manda, mas ao menos 50% serão concretizados
um negócio novo no agro brasileiro e em uma na próxima década.
velocidade muito maior do que se estruturaram Para a produção que buscamos alcançar não te-
as outras cadeias de proteína animal no Brasil. mos hoje mercado interno e externo garantidos.
Não temos tempo hoje para experimentar Temos de criá-los. Estamos trabalhando no mer-
modelos, pois a concorrência internacional, cado interno para aumentar o consumo de pes-
principalmente dos alimentos asiáticos, bate à cado oriundo do cultivo – um exemplo é o apoio
nossa porta diariamente. É competir e treinar à campanha ‘Semana do Peixe’ – e, no mercado
ao mesmo tempo. externo, com a APEX-Brasil, incorporando o
Algumas palavras são essenciais na consolidação peixe às políticas da agência, promovendo o nos-
da Piscicultura: segurança jurídica e competitivi- so produto no exterior.
dade. A segurança jurídica trata principalmente Para o aumento da competitividade para expor-
dos aspectos relacionados às questões ambientais tação, conquistamos junto ao MDIC/DECEX
e de sanidade aquícola. Nosso marco regulatório a implantação do drawback para a Tilápia (veja
nessas duas áreas ainda é instável e esperamos matéria com detalhes à página ???), desonerando
que as regras sejam claras para superar os cons- as exportações dos impostos federais incidentes
tantes embates jurídicos. sobre os insumos utilizados em todas as etapas
A competitividade é a palavra do presente e, da produção.
principalmente, do futuro, levando-se essa máxi- Estamos construindo o futuro de nossa Piscicul-
ma a todos os elos da cadeia produtiva. tura hoje, e todos estão contribuindo, porque
Na verdade, o futuro já está entre nós e não de se não estivermos juntos com certeza estaremos
forma discreta. Nos próximos anos, as empresas fora do negócio de proteína animal no mercado
do setor de produção crescerão em percentuais interno e externo.

“A FOOD-PRODUCING GIANT WAS BORN”


Brazil currently ranks 4th in global Tilapia production, but do- barriers, and deal with other bottlenecks that still affect this trends of more practical products seen for other animal proteins.
mestic per capita fish consumption is still below 10 kg/year, growing production chain. The future of Brazilian Fish Farming has not been clearly de-
while the global average is approaching 20 kg. During the last five years, Brazilian fish farming underwent fined yet, and the different stakeholders are adjusting as it
During the next 10 years, the demand for farmed fish is expect- major changes, affecting all links of the production chain: from becomes a reality. A new business is being formatted in the
ed to grow both in the domestic and in the global market, being genetics, nutrition, management, health, equipment, to mar- Brazilian agricultural scenario, and changes are happening
Tilapia and Tambaqui the most sought species. However, we keting strategies. New presentations ready-to-eat fish are being much faster than in the past, when the other animal protein
have to grow domestic consumption, overcome environmental offered in the supermarket shelves, according to the current chains were structured.

138
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

139
ATIVIDADES DA PEIXE BR EM 2018 ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

DEZEMBRO trouxeram seus conhecimentos da atividade e A PEIXE BR participou de reunião com téc-
mostraram o alto grau de desenvolvimento e nicos do BNDES e da Embrapa, em Brasília.
Regulamentada a criação de Tilápia em tan- tecnologia dos seus processos, os quais contri- Dentre os assuntos discutidos na reunião estão
ques-rede em Tocantins. A Associação Brasi- buem para a elevada produtividade e qualidade as Linhas FINEM (Incentivada B) e GIRO,
leira de Piscicultura (PEIXE BR) participou de sua produção. atuação das empresas e cooperativas como ân-
desde o início das discussões, em 2016, com coras na estruturação de operações de crédi-
o Conselho Estadual do Meio Ambiente do A Associação dos Aquicultores da Amazônia to, apoio à exportação de peixes pelas linhas
Tocantins (COEMA). “Somente os lagos da (AQUAM), associada da PEIXE BR, em par- BNDES-EXIM. Além desses quatro tópicos,
hidrelétrica do Rio Tocantins têm outorga da ceria com o SEBRAE promoveu o “Workshop a EMBRAPA apresentou o negócio de Tilá-
Agência Nacional de Águas para produção de de Piscicultura” em Manaus (AM), na última pia no Brasil e, principalmente, o impacto do
200 mil toneladas da espécie, o que significa semana do mês. O evento destacou o melhora- drawback no custo de produção e aumento da
injeção na produção primária de mais de R$ 1 mento genético do Tambaqui e o uso de tecno- competitividade da Tilápia para exportação.
bilhão por ano”, informa Francisco Medeiros, logia na Piscicultura. Estiveram presentes à reunião os representantes
presidente executivo da PEIXE BR. das empresas associadas da PEIXE BR: Netu-
O Departamento de Aquicultura do SAP dis- no, Tilabras, Dafonte Aquicultura, GeneSeas,
ponibilizou um mapa com informações preci- Cristalina, Piracema e MFoods.
sas sobre todas as áreas e parques aquícolas do
país. A partir dessa ferramenta, os piscicultores
conseguem visualizar a disponibilidade desses
espaços e, em caso de interesse, iniciar o proces-
so de cessão de uso de espaço físico de corpos
d’água de domínio da União para fins de Aqui-
cultura. A PEIXE BR parabeniza a iniciativa
do órgão, pois agora o produtor tem mais faci-
lidade em checar o andamento do seu projeto.
A PEIXE BR e seus associados, juntamente Mapa com situação das solicitações de espaço
com a Comissão Nacional de Aquicultura da físico de águas da União para fins de Aquicul-
Confederação da Agricultura e Pecuária do tura: bit.ly/2RXEJKB A PEIXE BR reuniu-se com a coordenadora da
Brasil (CNA) se reuniram, em Brasília, com Regularização do processo de cessão de área Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) do IBGE
a futura ministra da Agricultura, Pecuária e aquícola: bit.ly/2Hf K0ZN e o coordenador do Censo Agropecuário 2017,
Abastecimento, deputada Tereza Cristina. O no IBGE, no Rio de Janeiro. A reunião teve
principal assunto debatido no encontro foi o como objetivo discutir os últimos resultados
fortalecimento da cadeia produtiva. As enti- do IBGE e contribuir com os ajustes necessá-
dades entregaram à futura ministra um docu- rios para que no próximo ano (2019) saiam os
mento com os dados do setor e as principais resultados definitivos do Censo Agropecuário.
ações para o crescimento da atividade e au- A entidade também solicitou relatórios espe-
mento da competitividade do pescado de cul- cíficos dos dados coletados no Censo e que
tivo. Estiveram presentes na reunião: Ricardo possam atender às informações de toda a cadeia
Neukirchner, presidente da Peixe BR e CEO produtiva da Piscicultura.
da Aquabel, Roberto Haag, CEO da GeneSeas,
Eduardo Ono, presidente do Conselho de OUTUBRO
Aquicultura da CNA e Reni Girardi, diretor da Realizada em Mato Grosso a III Feira de Pei-
C-Vale Cooperativa Agroindustrial. xes Nativos de Água Doce. O evento contou A mais importante demanda da PEIXE BR e de
com Espaço Gastronômico, Exposição de Má- toda a cadeia da produção de peixes de cultivo
quinas e equipamentos, Frigorífico Experience naquele mês foi o retorno da atividade ao âm-
e Cozinha Show. Francisco Medeiros, presi- bito do Ministério da Agricultura, Pecuária e
dente executivo da PEIXE BR, falou sobre a Abastecimento (MAPA), destino tido como
organização setorial da Piscicultura no Brasil natural para abrigar a Aquicultura, uma vez
durante o Seminário de Tendências e Tecnolo- que lá já estão as indústrias de insumos (genéti-
gia na Aquicultura. Participaram mais de 420 ca, sanidade e nutrição), além da promoção da
pessoas de 12 estados: Mato grosso, Goiás, Dis- produção no exterior.
trito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato
Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Acre,
Santa Catarina, Amazonas e Roraima.

NOVEMBRO

As potencialidades da Piscicultura brasileira


atraem a atenção da Noruega, um dos maiores
produtores mundiais de pescado, e foram o
tema central do II Workshop Brasil-Noruega
de Aquicultura, realizado em São Paulo, em
novembro. Foi a segunda edição do evento,
marcado pela apresentação de dados e experi- A Escama Forte, empresa associada da Asso-
ência no mercado por empresários e especia- ciação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR),
listas da Noruega e do Brasil. Os noruegueses participou da Asia Investor Roadshow Agri-

140
ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 ATIVIDADES DA PEIXE BR EM 2018

business (AIRSA), ação que tem como obje- Saudável e nutritivo, o peixe aos poucos entra rantindo investimento em todos os seus elos”,
tivo a prospecção de investimentos e parcerias na rotina alimentar das pessoas, mas ainda explica Francisco Medeiros. De acordo com a
estratégicas entre empresas brasileiras e inves- enfrenta alguns tabus ligados ao sabor e prepa- PEIXE BR, há cerca de três mil processos de
tidores estrangeiros do agronegócio. A missão ro. “A Piscicultura é uma cadeia produtiva em licitações aguardando análise da SAP.
foi coordenada pelo Ministério da Agricultura, expansão e em profissionalização, que aposta
Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Agência nas boas práticas em todas as etapas da produ- De acordo com a Associação Brasileira de Pisci-
Brasileira de Promoção de Exportações e Inves- ção: das fazendas de peixes aos supermercados. cultura (PEIXE BR), em 2017 o Sudeste pro-
timentos (APEX-Brasil). A missão passou por Além disso, os peixes de cultivo têm inspeção e duziu 106 mil toneladas de Tilápia. São Paulo
Emirados Árabes, Cingapura, China e Japão somente são comercializados porque cumprem destacou-se com 66 mil toneladas. “A assina-
entre 29 de outubro e 10 de novembro. toda a legislação sanitária, como as demais pro- tura do Decreto 62.243, que tornou o sistema
teínas animais”, explica Francisco Medeiros, de obtenção das licenças ambientais no estado
presidente-executivo da PEIXE BR. Assim, mais ágil e acessível, simplificando, desburo-
fica aqui uma recomendação da PEIXE BR: ve- cratizando e baixando os custos, é uma grande
rifique sempre se os peixes de cultivo estão em conquista dos piscicultores paulistas”, explicou
boas condições de aparência, forma, embala- o presidente executivo da entidade. Iniciativas
gem e frescor. Esses itens confirmam que o ciclo de fomento da atividade vêm sendo aplicadas
de produção, processamento e comercialização com sucesso também no Espírito Santo, onde
estão seguindo todas as normas da legislação a Tilápia é destaque da produção. Em 2017, o
em vigor. estado avançou 11,1%, com 10,7 mil toneladas
de Tilápia, segundo a PEIXE BR. No Rio de
Janeiro, o cultivo de peixes ainda é modesto. A
Pesquisadores do Laboratório de Bacteriologia produção foi de 3,7 mil toneladas de Tilápia,
de Peixes (LABBEP) da UEL, do Centro de em 2017. Porém, o consumo per capita também
Ciências Agrárias (CCA), estão bem próximos é o dobro da média nacional, segundo a PEIXE
de desenvolver vacina trivalente capaz de imu- BR. Minas Gerais teve o crescimento mais con-
nizar Tilápias contra as principais doenças sistente no ranking da produção de peixes, com
que atacam os criadouros. São dois subtipos destaque para a Tilápia, que atingiu 27.579
(sorotipos Ib e III) de estreptococose e da fran- toneladas, em 2017. O presidente executivo da
ciselose, causadas por bactérias e que podem PEIXE BR ressalta que o mercado no Sudeste é
provocar sérios prejuízos aos produtores. O la- altamente competitivo e também com grandes
boratório já desenvolveu vacina bivalente con- chances de crescimento da produção e do con-
tra a estreptococose (com eficácia de 98%) e a SETEMBRO sumo. “A Piscicultura como um todo e a Tilápia
expectativa é concluir os testes para apresentar em particular têm grande potencial de cresci-
ao mercado nova tecnologia capaz de combater A Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas, TO) mento no Sudeste devido à concentração popu-
as três principais bactérias que afetam a produ- elaborou laudo técnico para viabilizar a isen- lacional e à busca por alimentos de qualidade,
ção comercial de Tilápia. ção de impostos federais (IPI, PIS e Cofins) saudáveis e com responsabilidade ambiental”,
na compra de insumos utilizados na produção assinala o dirigente.
de Tilápia para exportação. A prática do cha-
mado drawback – comum no mercado de A Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE
suínos e aves – agora é possível também para BR) comunicou aos associados uma importante
a exportação da Tilápia e dos seus subprodu- conquista para o ganho de competitividade da
tos. O laudo com a planilha de equivalência de cadeia produtiva da Tilápia. O MDIC (Minis-
insumos foi aprovado pelo Ministério da In- tério da Indústria, Comércio Exterior e Servi-
dústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) ços) aprovou o laudo técnico elaborado pela
e será utilizado na concessão do benefício aos Embrapa Pesca e Aquicultura, a pedido da
exportadores. Segundo Manoel Xavier Pedroza PEIXE BR, validando a prática do drawback
Filho, pesquisador da Embrapa Pesca e Aqui- para a Tilápia e todos os seus subprodutos.
Além de líder na produção de grãos e dono do cultura responsável pelo estudo, a desoneração Na prática, isso significa que as empresas expor-
maior rebanho bovino do país, Mato Grosso fiscal deve promover redução de até 26% nos tadoras poderão adquirir, no mercado interno,
mostra seu potencial na Piscicultura. O esta- custos com ração importada. Se for comprada todos os insumos necessários para produção,
do é o quarto maior produtor do país, segundo no mercado interno, a redução será de aproxi- industrialização e comercialização de Tilápia
a Associação Brasileira de Piscicultura. Foram madamente 10%. e seus subprodutos sem incidência dos tributos
62 mil toneladas em 2017, crescimento de federais (IR, IPI, PIS e Cofins). Esse benefício
3,5% na comparação com o ano anterior. En- Foram liberados pela SAP 48 projetos de é variável, mas avaliação preliminar da PEIXE
tre os motivos do avanço está a demanda firme águas da União. Apesar de ser um passo tími- BR indica que ele supera os 5%. As empresas as-
e crescente. Em entrevista ao Canal Rural, o do, é um avanço na liberação de novas áreas sociadas interessadas em ter essa isenção já po-
presidente presidente da PEIXE BR também para produção aquícola em propriedades de dem fazer o cadastramento no site do MDIC.
reafirmou a expectativa de novo avanço na pro- Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás,
dução de pescado no país, que em 2017 saltou Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Promovida pela Coordenação de Animais
8%, ficando na casa de 691 mil toneladas. de Janeiro e São Paulo. Segundo Francisco Me- Aquáticos (CAQ) do Departamento de Saúde
deiros, presidente executivo da PEIXE BR, há Animal (DAS), o evento “Diálogo com o Se-
processos que aguardam a aprovação há quase tor de Aquicultura – Construção da Política
uma década. “Os produtores que, finalmente, Pública Sanitária” visa realizar debates entre
têm os registros aprovados podem iniciar o pla- autoridades sanitárias, pesquisadores, profis-
nejamento do seu projeto e, assim, contribuir sionais, órgãos de fomento, indústria e setor re-
para o fortalecimento da cadeia produtiva, ga- gulado acerca de temas de interesse da sanidade

141
ATIVIDADES DA PEIXE BR EM 2018 ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

animal em Aquicultura. Participantes: Depar- (ABPA), Associação Brasileira das Indústrias Mello apresentou a PEIXE BR e confirmou o
tamento de Saúde Animal DSA/SDA/MAPA, Exportadoras de Carne (ABIEC), Associação interesse da entidade em conhecer e adaptar o
Departamento de Fiscalização de Insumos Pe- Nacional da Pecuária Intensiva (ASSOCON), conceito de plataforma tecnológica da indús-
cuários DFIP/SDA/MAPA, Departamento Associação Brasileira dos Criadores de Suínos tria da Aquicultura da Europa, que agrega in-
de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas (ABCS), Confederação da Agricultura e Pecu- dústria, pesquisa e governo, arranjo institucio-
e da Produção Sustentável DEPROS/SMC/ ária do Brasil (CNA), Associação Brasileira de nal formal inédito no Brasil.
MAPA, Auditores Fiscais Federais Agrope- Laticínios (Viva Lácteos) e Associação Brasi- Um grupo de empresários da Aquicultura bra-
cuários e Médicos Veterinários Estaduais que leira da Indústria Farmoquímica e de Insumos sileira, incluindo associados da PEIXE BR,
são pontos focais de saúde de animais aquáti- Farmacêuticos (ABIQUIF). Mais informações participou de uma das principais feiras inter-
cos nos estados, professores e pesquisadores sobre a ALIANÇA: bit.ly/2PptgiE nacionais de pescado, a NOR-Fishing, bus-
que atuam como colaboradores nas políticas cando estimular seus negócios. O convite veio
públicas em sanidade aquícola, consultores da Innovation Norway, agência de negócios do
da FAO, Embrapa Pesca e Aquicultura, Rede governo da Noruega para fomentar a inovação
Nacional de Laboratórios da Pesca e Aquicul- e o desenvolvimento de empresas. A Noruega é
tura RENAQUA, Secretaria de Aquicultura e o oitavo maior investidor em negócios no Bra-
Pesca-SAP/PR, Universidade de Brasília-UnB, sil, de acordo com o Itamaraty.
Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG,
Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil – CNA, Associação Brasileira de Pisci-
cultura – PEIXE BR, Associação Brasileira de
Criadores de Camarão e outros representantes
setoriais. Associados da PEIXE BR presentes: AGOSTO
Piscicultura Por do Sol, MCassab, MSD, Bio-
vet, Phibro e Aquaporto. O Brasil prepara a construção de um sistema
de cooperação que envolve a indústria aquíco- O presidente executivo da PEIXE BR, Francis-
la, a academia e o governo, nos mesmos mol- co Medeiros, participou do “Feeding The Fu-
des da Plataforma Europeia de Cooperação ture”, em Foz do Iguaçu (PR), promovido pela
em Aquicultura. A ferramenta, que envolve associada Bühler. Os pilares do evento foram:
todos os países da União Europeia, aproxima Discutir como o mundo pode aumentar a pro-
a pesquisa científica das necessidades do setor dução de alimentos seguros de maneira susten-
produtivo. Uma delegação brasileira realizou tável e como transformar estes desafios globais
visita técnica à Europa como parte dos Diálo- em oportunidades da indústria.
gos Setoriais Brasil-União Europeia. A comiti-
va brasileira também participou do Encontro
da Sociedade Mundial de Aquicultura (Aqua)
A PEIXE BR é parceira da Aliança para o Uso 2018. Durante o evento, foi discutida uma co-
Responsável de Antimicrobianos, iniciativa operação envolvendo Brasil, África do Sul e
que está em linha com o Plano de Ação Nacio- União Europeia. Na primeira parte da missão
nal para Prevenção e Controle da Resistência à Europa, foram realizadas visitas a centros de
aos Antimicrobianos (PAN-BR AGRO) do pesquisas em pesca, Aquicultura e alimentos
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci- para estreitar a cooperação científica e tecnoló-
mento (MAPA), que fomenta a prevenção das gica entre o Brasil e a União Europeia. Também A convite do Ministério da Agricultura, Pe-
infecções por meio da adoção de boas práticas foram visitadas instalações em terra e no mar na cuária e Abastecimento (MAPA), Francisco
agropecuárias. O crescimento da população e a Noruega, Suécia e Espanha. Medeiros, presidente executivo da PEIXE BR,
consequente necessidade de aumento da oferta participou da reunião de avaliação e discussão
de alimentos de origem animal determinam a do Plano Agro+, na Esplanada dos Ministérios
necessidade de melhoria contínua na produção, em Brasília – DF. Uma das principais ações
sempre com mais qualidade e menor custos. para a Piscicultura no Plano Agro+ são as cam-
Nesse campo, a utilização de antimicrobianos panhas de exportação do produto brasileiro. A
tem sido aliada da produção animal, contri- PEIXE BR está inserida nesse processo e no selo
buindo para o aumento da produtividade ao de integridade criado pelo MAPA. Além disso,
tratar animais enfermos, controlar a dissemi- está sendo desenvolvido, na Agência Brasileira
nação de doenças e prevenir a contaminação de Promoção de Exportações e Investimentos
de animais saudáveis, entre outros tópicos. A (APEX-Brasil), um programa exclusivo de pei-
indústria está atenta e, mais do que isso, em- xes de cultivo para os programas internacionais
penhada em contribuir para essa discussão, de divulgação. Outro assunto em discussão é a
seja em termos de esclarecimento à sociedade necessidade da rapidez na análise dos processos
seja na motivação do uso responsável e racio- de liberação de novos produtos e de ampliações
nal de antimicrobianos. Além da PEIXE BR, A PEIXE BR, representada pelo diretor inter- em plantas de processamento.
participam da Aliança as seguintes entidades: nacional Giovanni Lemos de Mello, participou
Sindicato Nacional da Indústria de Produtos da seção “Food and value creation from the
para Saúde Animal (SINDAN), Associação Atlantic Ocean”, durante o Aquaculture Euro-
dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais pe 2018, em Montpellier, França.
(ALANAC), Sindicato Nacional da Indústria O objetivo desta seção foi incentivar a coope-
de Alimentação Animal (SINDIRAÇÕES), ração em Aquicultura entre os países da União
Associação Brasileira de Proteína Animal Europeia, Brasil e África do Sul, entre outros.

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 ATIVIDADES DA PEIXE BR EM 2018

O presidente executivo da PEIXE BR participou integrantes do Sindicato da Indústria da Pesca o desenvolvimento e a adaptação da espécie a
de reunião da Câmara Setorial da Indústria do no Estado de São Paulo (SIPESP), SEAWEED, sistemas intensivos de cultivo. O projeto bus-
Pescado, com a presença de entidades represen- Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa e ca organizar o germoplasma já aprimorado de
tativas da Pesca e Piscicultura. Dentre os temas Agronegócio (FUNDEPAG), Serviço Mu- Tambaqui na Embrapa Pesca e Aquicultura
apresentados estão exportação para a União Eu- nicipal de Água e Esgoto (SEMAE), Confe- (Palmas, TO), possibilitando futuros investi-
ropeia e aprovação dos subprodutos do peixe deração de Pecuária e Agricultura do Brasil mentos públicos ou privados em melhoramen-
que utilizam aditivos na sua composição. Tam- (CNA), Agência Paulista de Tecnologia dos to genético.
bém participaram as associadas Aquamat (MT), Agronegócios (APTA), Instituto de Pesca, De- Outro ponto de destaque da pesquisa será a nu-
ACRIPAR (RO) e AGP (GO). partamento da Micro, Pequena e Média Indús- trição, já que atualmente os produtores de Tam-
tria (DEMPI), Grupo Pão de Açúcar (GPA) e baqui e Tilápia gastam mais do que o necessário
Nordsee (Pescados e Frutos do Mar). para engordar os animais. A nutrição representa
mais de 60% do custo total da produção e pre-
cisa ser feita de forma eficaz para trazer retorno
ao investimento. Para isso, a pesquisa avaliará
as particularidades de cada espécie e também
de cada fase do crescimento (larva, engorda e
abate), a fim de produzir protocolos alimenta-
res que atendam às criações tanto em viveiros
como em tanques-rede, protegendo a saúde dos
animais, melhorando seu nível zootécnico e
evitando o desperdício de ração.
No dia 26 de julho ocorreu em Paulo Afonso “No Brasil, temos grandes pesquisadores em
(BA), o 2º Workshop de Boas Práticas de Pro- A Aquicultura brasileira caminha para o desen- Aquicultura. No entanto, observamos baixa
dução de Tilápias em Tanques-Rede. O en- volvimento de todo o seu potencial produtivo, utilização de tecnologias geradas por essas ins-
contro reuniu cerca de 70 profissionais do setor agora com a realização do maior projeto de pes- tituições de pesquisas. Expandir a produção
para abordar as estratégias mais relevantes para quisa da atividade já realizado no país. O BRS com responsabilidade e sustentabilidade é uma
a cadeia produtiva da Tilapicultura, trazendo AQUA envolve 22 centros de pesquisas, 50 das prioridades da PEIXE BR e seus associados,
informações técnicas para produtores e técni- parceiros públicos e 11 empresas privadas. Tra- pois assim teremos uma cadeia produtiva cada
cos da indústria. ta-se de um marco em investimentos no tema, vez mais forte. A execução do projeto é uma
fruto da parceria entre Embrapa, Banco Nacio- grande oportunidade para desenvolver solu-
nal de Desenvolvimento Econômico e Social ções que promovam o crescimento contínuo da
(BNDES), Conselho Nacional de Desenvol- atividade”, destaca Francisco Medeiros.
vimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a
atual Secretaria Especial de Aquicultura e Pes- Duas das principais redes varejistas de super-
ca, ligada à Presidência da República, (SAP). mercados do país, Assaí e Walmart, não recebe-
O objetivo da pesquisa científica é oferecer in- rão mais peixes sem o RGP (Registro Geral de
fraestrutura para atender às demandas da Aqui- Pesca). A decisão foi tomada pelo Ibama, que
cultura nacional. O projeto focará na pesquisa proibiu a venda dos produtos após as redes não
do Tambaqui (Colossoma macropomum) e da apresentarem o RGP dos produtos disponíveis
Tilápia (Oreochromis niloticus), espécies com para venda.
grande demanda e alta possibilidade de cres- No dia 05/07, o diretor presidente da PEIXE
JULHO cimento econômico. O Camarão (Litopenaeus BR, Francisco Medeiros, reuniu-se com o dire-
vannamei) e o Bijupirá (Rachycentron cana- tor de Aquicultura da Secretaria Especial Aqui-
No dia 20 de julho, o diretor-presidente da dum) também serão focos do estudo. cultura e Pesca (SAP), João Crescêncio, e com
PEIXE BR, Francisco Medeiros, se reuniu com Francisco Medeiros, diretor presidente execu- o diretor de Monitoramento e Controle da
os membros do Departamento do Agronegócio tivo da Associação Brasileira da Piscicultura entidade, Carlos César, para elaborar medidas
da Fiesp (Deagro) para debater os principais te- (PEIXE BR), reforça a importância de projetos emergenciais que garantam a estabilidade de
mas que cercam atualmente o setor do pescado como esse para o setor. “Estamos acompanhan- toda a cadeia do peixe de cultivo em decorrên-
e Piscicultura. do a elaboração dessa proposta desde 2015. cia dessa decisão.
Um dos assuntos foi a atuação da Secretaria Es- Trata-se de um setor carente de soluções que “Temos que nos manter unidos e fortalecidos
pecial de Aquicultura e Pesca com relação à fal- ofereçam melhor competitividade”, explica. O diante de situações emergenciais como esta.
ta de regularização do Registro de Pesca (RGP) investimento no projeto é de R$ 57 milhões, A rapidez em encontrar soluções para as em-
que impactou negativamente o setor de Pisci- sendo R$ 45 milhões financiados pelo banco presas e os produtores é fundamental, pois é
cultura. A falta de ação da Secretaria resultou estatal, R$ 6 milhões pela Embrapa e os outros nosso dever defender quem atua na atividade,
em multas do Ibama para as grandes redes de R$ 6 milhões pela Secretaria Especial de Aqui- oferecendo ferramentas que propiciem o con-
varejo Assaí e Walmart. cultura e Pesca (SAP). tínuo desenvolvimento da Piscicultura”, pontua
Também já foram iniciadas as discussões so- Na área de genética, o destaque é o Tambaqui, Francisco.
bre a Semana do Peixe, que irá acontecer na que será beneficiado pela geração de informa- A PEIXE BR solicitou à SAP a elaboração de
primeira quinzena de setembro. As redes de su- ções científicas e tecnológicas que contribuam portaria suspendendo a obrigatoriedade do
permercado já estão preparadas para o período diretamente para a redução na mortalidade de RGP. Enquanto isso, as empresas que precisam
e, agora, os demais setores precisam começar a alevinos, maior resistência a doenças, melhoria encaminhar seus produtos e que tenham pen-
se organizar para intensificar as promoções e das taxas de crescimento e, consequentemente, dências na emissão do RGP serão atendidas por
vendas dos produtos de Piscicultura. A PEIXE aumento da produção. uma equipe especialmente criada para esse mo-
BR também irá participar da divulgação e for- Atualmente, o setor faz uso do germoplasma, mento, formada por técnicos do Departamento
talecimento do setor. unidade que conserva o material, mas não de Registro e de Aquicultura da SAP, que ana-
Participaram da reunião na sede da Fiesp os possui melhoramento genético, prejudicando lisarão os processos e emitirão imediatamente o

143
ATIVIDADES DA PEIXE BR EM 2018 ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

RGP definitivo. gração, o limite é de R$ 200 mil para agroin- negócios, empregos e sustento em risco”. O
De acordo com Francisco Medeiros, o RGP foi dústrias e de R$ 500 mil para cooperativas. manifesto também ressaltou que “peixe é uma
criado para garantir a rastreabilidade e gerar proteína viva e, portanto, perecível. Peixe pre-
dados de produção para o antigo Ministério da O Presidente do Conselho Administrativo da cisa de ração para sobrevivência. A demora na
Pesca e Aquicultura, mas por falta de estrutu- PEIXE BR, Ricardo Neukirchner, entregou conclusão das negociações impacta diretamen-
ra da instituição isso nunca chegou a aconte- ofício de agradecimento ao secretário-execu- te a criação, causando mortalidade e paralisan-
cer. “Hoje é apenas uma peça burocrática que tivo do MAPA, Eumar Novacki, devido ao seu do a cadeia produtiva, incluindo as fábricas de
impacta o desenvolvimento da atividade, e não apoio e empenho à solicitação da associação. rações e os frigoríficos”. Além disso, a PEIXE
afeta em nada a garantia de segurança e qualida- Segue conteúdo do ofício: “A PEIXE BR (As- BR ressaltou sua indignação contra o excesso de
de dos produtos.”, explica. sociação Brasileira da Piscicultura), instituição impostos e taxas, a reoneração da folha de paga-
que engloba todos as empresas da cadeia produ- mento e a fixação de preços mínimos de frete
tiva da Piscicultura, vem agradecer o empenho
desta Secretaria na condução do processo de
emissão dos certificados sanitários de exporta-
ção de pele de Tilápia para a União Europeia.
Sabemos que o processo está sendo analisado
pelo organismo de sanidade da União Euro-
peia, mas o MAPA desempenhou o seu papel
de regulatório da sanidade aquícola brasileira”.

Segurança e qualidade alimentar, geração de


energia, mudanças climáticas, comércio inter- A PEIXE BR fez um trabalho árduo no Minis-
nacional, crescimento da demanda global de tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
alimentos e capacidade produtiva são alguns (MAPA) solicitando a liberação das exporta-
dos temas presentes no maior palco de dis- ções do pescado de cultivo para a União Eu-
cussões globais sobre o agronegócio, o Global ropeia, suspensas desde o dia 26 de dezembro
Agribusiness Forum (GAF18), que chegou à de 2017, afetando 100% das exportações dos
sua 4ª edição, em São Paulo. O evento foi reali- associados para União Europeia. A suspensão
zado entre os dias 23 e 24 de julho, no Sheraton aconteceu em função de problemas encontra-
WTC Hotel. A PEIXE BR foi recebida na Embrapa Brasília dos nos barcos pesqueiros e, por precaução, o
Com o tema “A ciência do campo a serviço do por Celso Luiz Moretti (Diretor Executivo) e MAPA suspendeu também todos os produtos
planeta: A ação é agora”, o GAF18 apresentou os assessores Evandro V. Holanda Junior e Ruy da Pesca e Aquicultura. Durante esse período,
debates e palestras sobre o agronegócio mun- Rezende Fontes. a PEIXE BR fez diversas ações junto ao MAPA
dial, buscando soluções para os desafios en- A entidade reforçou o apoio à Embrapa Pesca para reafirmar que a Piscicultura não apresenta
frentados no desenvolvimento socioeconômico e Aquicultura. Além disso, a entidade sugeriu nenhum problema sanitário e que, por conta
global e propondo um futuro seguro para a que qualquer trabalho que um profissional da disso, não pode ser penalizada pela suspensão
cadeia agrícola do planeta, além de preservar o Embrapa for desenvolver na área de Aquicultu- dos embarques.
meio ambiente. ra, este deve fazer parte de um projeto nacional,
para que não exista duplicação, triplicação de es-
forços e principalmente desperdício de recursos
públicos. Desta forma, qualquer pequena ação
em qualquer parte do Brasil soma nos esforços
de gerar competitividade à Aquicultura.

JUNHO
O presidente executivo da PEIXE BR partici-
A Piscicultura conquistou atenção especial do pou do painel de debates “A Viabilidade da
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- Aquicultura e Pesca em uma mesma estrutura
cimento (MAPA) no Plano Agrícola e Pecuá- do governo”, durante a Aquishow Brasil 2018.
rio 2018/2019, que vale entre 1º de julho de Francisco Medeiros reforçou a posição da enti-
2018 e 30 de junho de 2019. A atividade teve dade contra o fato de a Pesca e a Aquicultura ocu-
política específica nos itens Custeio Agrícola e MAIO parem a mesma estrutura do governo. Dentre os
Pecuário e Custeio para Piscicultura explorada motivos explanados pelo dirigente está o recente
sob regime de Integração. No primeiro caso, os A PEIXE BR expressou preocupação com o levantamento da Procuradoria Geral da Repú-
produtores que tiveram renda de até R$ 1,5 mi- atual momento de desabastecimento dos in- blica, constatando que são falsas cerca de 65%
lhão têm juros anuais de 6% no âmbito do Pro- sumos básicos para a criação e perdas de peixes das carteirinhas de “pescadores” que recebiam o
namp (Programa Nacional de Apoio ao Médio frescos nas rodovias, devido à paralisação dos seguro defeso. Outra situação preocupante rela-
Produtor Rural). Para os demais programas, os caminhoneiros e seus desdobramentos. Em tada por Francisco Medeiros é que até o governo
produtores com receita de até R$ 3 milhões carta aberta à Nação, a entidade informou que não cumpre a única meta exigida pelo setor: a re-
têm juros de 7% ao ano. No caso do Custeio “mais de 1 milhão de pessoas ligadas direta- gularização dos empreendimentos aquícolas em
para Piscicultura explorada sob regime de Inte- mente à cadeia da Piscicultura estão com seus águas da União. Além do presidente da PEIXE

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019 ATIVIDADES DA PEIXE BR EM 2018

BR, participaram do debate o ex-chefe geral da (TO). Também foram entregues exemplares do O presidente executivo da Associação Brasilei-
Embrapa Pesca e Aquicultura Carlos Magno, o Anuário PEIXE BR da Piscicultura. No MAPA, ra da Piscicultura assumiu o posto de diretor
secretário executivo da Associação Cearense de o presidente executivo da PEIXE BR tratou so- da Divisão da Cadeia Produtiva da Pesca e da
Aquicultores Antonio Albuquerque, o presiden- bre a inclusão do peixe de cultivo nas missões Aquicultura do Departamento do Agronegó-
te do Sindicato da Indústria da Pesca no Estado e políticas de promoção do agronegócio bra- cio (DEAGRO), da Federação das Indústrias
e São Paulo Roberto Imai, o coordenador de sileiro e sobre a suspensão das exportações de do Estado de São Paulo (FIESP), cujo diretor
Regularização Fundiária do ICMBio Cleberson pescado para a União Europeia. A primeira ação titular é Roberto Ignacio Betancourt.
Zavaki e o engenheiro de pesca Sérgio Pinho. O em conjunto com o MAPA foi viagem à China,
debate foi mediado pelo diretor técnico de De- da qual participarão dois associados da entida- MARÇO
partamento do Instituto de Pesca, da Agência de juntamente com o ministro Blairo Maggi.
Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Luiz Outra ação de fomento da PEIXE BR, defini- A Associação Brasileira da Piscicultura (PEI-
Marques da Silva Ayroza. da com o secretário de Relações Internacionais XE BR) e as associadas GeneSeas (SP), Peixe
do Agronegócio do MAPA, Odilson Ribeiro e Brasil (GO), Tilabras (SP), Pescados Pirace-
Silva, é aproveitar a missão do secretário execu- ma (TO), Copacol (PR), Royal Fish (SP) e
tivo do Ministério, Eumar Novacki, ao Canadá Friocenter (GO) representaram a Piscicultura
para apresentar a disponibilidade e a variedade brasileira na Seafood North America (Sena),
dos produtos oriundos do peixe de cultivo que maior feira para promoção e comercialização
os associados da entidade têm a oferecer para os de produtos do setor na América do Norte,
canadenses. em Boston (EUA). Participaram da Sena cer-
ca de 1.200 empresas de 40 países. A Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Inves-
timentos (APEX-Brasil) coordenou o pavilhão
brasileiro na feira, apoiando a participação com
Francisco Medeiros esteve na sede do Ministério estandes individuais, espaço coletivo, local para
de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex- degustação, cozinha e área de depósito.
terior (MDIC) para falar com a equipe do De-
partamento de Operações de Comércio Exterior A discussão sobre o uso responsável da água
(DECEX). O objetivo do encontro foi tratar da interessa a todos os setores, especialmente à
implantação do drawback na Piscicultura. A Piscicultura. Afinal, a água é essencial para a
primeira ação para implantação do sistema tribu- Vários temas importantes foram discutidos na atividade. Essa motivação levou a PEIXE BR ao
tário é a elaboração de laudo técnico com a lista de reunião de PEIXE BR, em São Paulo. Des- 8º Fórum Mundial da Água, evento global que
todos os insumos e produtos utilizados na cadeia taque para apresentação sobre os Embrapa 45 reuniu em Brasília (DF) mais de 110 mil parti-
da Piscicultura, para quantificar os valores de cada anos; a Aquaciência 2018; apresentação da cipantes de 170 países. Com apoio das associa-
item e seus respectivos impostos. A PEIXE BR so- nova lei do ICMS do pescado em São Paulo e das Piracema e Copacol, a entidade participou
licitou o laudo ao chefe-geral interino da Embrapa informes gerais sobre exportação de pescado da ação da Confederação da Agricultura e Pe-
Pesca e Aquicultura Alexandre de Freitas. Francis- para a União Europeia, Nova SAP e outros. cuária do Brasil (CNA), que uniu informação,
co Medeiros também visitou a APEX-Brasil, para disseminação de conhecimento e degustação de
discutir ações de estímulo à exportação. filé de Tilápia (Copacol) e costelinha de Tam-
baqui (Piracema), fornecidos pelas empresas.

O presidente executivo da PEIXE BR, Francis-


co Medeiros, participou do lançamento do Pla-
no de Macrologística, que visa auxiliar o escoa-
mento da produção do agronegócio brasileiro,
na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA), em Brasília (DF). A
plataforma, chamada de Sistema de Inteligên-
ABRIL cia Territorial Estratégica da Macrologística
Agropecuária, é online (www.embrapa.br/
O presidente executivo da PEIXE BR cumpriu Após o embargo ao frango brasileiro, começou macrologistica) e mostra as melhores rotas e
agenda em Brasília, com reuniões na Empresa a circular a notícia de a União Europeia apli- modais de transporte, indicando a origem, os
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRA- caria a mesma medida ao pescado nacional. O caminhos e os destinos dos principais produtos
PA) e no Ministério da Agricultura, Pecuária e presidente da PEIXE BR falou com o Canal da agricultura e da pecuária do Brasil. A cadeia
Abastecimento (MAPA). Medeiros reuniu-se Rural sobre a possibilidade de a União Euro- do peixe ainda não participa do sistema por fal-
com o pesquisador da Embrapa Recursos Ge- peia aplicar a medida de embargo para ex- ta de dados, mas com as informações do Censo
néticos e Biotecnologia e coordenador da Rede portações de pescado. Desde a suspensão em Agropecuário 2017, do Instituto Brasileiro de
Genômica Animal, Alexandre Rodrigues Caeta- 03/01/2018, a entidade tem trabalhado pela Geografia e Estatística (IBGE), espera-se que o
no, e equipe. Eles são responsáveis pela pesquisa liberação pelo Ministério da Agricultura, Pe- peixe seja integrado ao Sistema de Inteligência
sobre o sequenciamento do genoma dos dois cuária e Abastecimento das exportações de pele Territorial Estratégica da Macrologística Agro-
peixes nativos mais produzidos no País: Tam- de Tilápia que se destina à UE. pecuária. A PEIXE BR cobra das autoridades
baqui (Colossoma macropomum) e Cachara da a participação da Piscicultura no sistema de
Amazônia (Pseudoplatystoma punctifer), co- informações.
nhecida também como Surubim. O dirigente
protocolou ofício ao presidente da instituição, FEVEREIRO
Maurício Antônio Lopes, solicitando mais apoio
para a Embrapa Pesca e Aquicultura, de Palmas Foi lançado oficialmente o Anuário Brasileiro

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ATIVIDADES DA PEIXE BR EM 2018 ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

da Piscicultura 2018, publicação coordenada O presidente executivo da PEIXE BR en- eficiente e celeridade por parte da SAP na fi-
pela PEIXE BR e produção editorial da Texto controu-se com a Coordenação de Sanidade nalização dos mesmos.
Comunicação Corporativa. O evento reuniu Aquícola, na sede do Ministério da Agricul-
importantes personalidades não apenas da ca- tura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em JANEIRO
deia da Pesca e Aquicultura, mas também das Brasília. O objetivo foi retomar as discussões
proteínas animais, como Francisco Turra, presi- sobre a IN 04/2015, que institui o Programa Cumprindo agenda de reuniões na cidade
dente da Associação Brasileira de Proteína Ani- de Sanidade Aquícola Nacional, que entrou do Rio Janeiro (RJ), o presidente executivo
mal (ABPA). O Anuário reuniu as principais em vigor em setembro de 2017. A entidade da PEIXE BR, Francisco Medeiros, reuniu-
estatísticas da Piscicultura brasileira e mundial solicitou alterações na IN, pois a mesma – no -se com o coordenador nacional do Censo
e destacou que o Brasil já era o 4º maior pro- modelo em que se encontrava – não atendia às Agropecuário do Instituto Brasileiro de
dutor de Tilápia do mundo, com mais de 350 necessidades da atividade e não condizia com Geografia e Estatística (IBGE), Antônio
toneladas/ano. a realidade do setor produtivo, uma vez que Florido, e diretores do Instituto. Medeiros
cada venda realizada exigia grande burocracia, mostrou dados da Piscicultura nacional, com
como preenchimento de quatro formulários base no levantamento que a entidade fez para
diferentes. A PEIXE BR também solicitou ao a segunda edição do “Anuário Brasileiro da
MAPA que o Guia de Transito Animal (GTA) Piscicultura 2017”. Foi ressaltada a importân-
fique junto à Plataforma de Gestão Agropecu- cia de se consultar as entidades representativas
ária (PGA) dos estados e que o GTA possa ser do setor, a fim de se conhecer o negócio e fazer
emitida pelo computador do produtor. parcerias com o IBGE, com o intuito de gerar
informações importantes para o setor. A PEI-
A Associação Brasileira da Piscicultura XE BR comprometeu-se a contribuir com o
reuniu-se com o ministro da Agricultura, IBGE, enviando informações de interesse da
Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo cadeia produtiva do pescado.
Maggi. O encontro abordou dois temas muito
importantes para o setor: a liberação para ex- Francisco Medeiros reuniu-se com dirigentes
Francisco Medeiros participou da primeira portação de peixes de cultivo para a União Eu- da Innovation Norway, instituição que co-
reunião para criação do Plano Nacional de ropeia e a volta da Piscicultura para o âmbito promoveu o I Encontro Brasil Noruega de
Desenvolvimento da Indústria do Pescado. do MAPA. A comitiva da PEIXE BR contou Aquicultura, em novembro de 2017, em São
O objetivo é criar um programa de médio e com o vice-presidente do Conselho Breno Da- Paulo, do qual participaram 100 empresários,
longo prazos para o desenvolvimento da indús- vis (GeneSeas), o diretor de Relações Institu- autoridades, especialistas, técnicos e pesqui-
tria de Pescado no país. O dirigente também se cionais Jules Bortoli (Bom Futuro), o membro sadores dos dois países, com o objetivo de
reuniu com o secretário executivo do Ministé- do Conselho Juliano Kubitza (Royal Fish), iniciar discussões sobre troca de tecnologias
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento os associados Christian Becker (Netuno) e na atividade. Os entendimentos continuam.
(MAPA), Eumar Novacki, para apresentar o Marcelo Pauvels (Copacol) e o presidente exe- Em princípio, ficaram definidas duas agendas
Anuário PEIXE BR da Piscicultura 2018. Me- cutivo Francisco Medeiros. Em documento para 2018. A primeira delas em junho, quando
deiros destacou a Novacki que, mesmo diante entregue ao ministro Blairo Maggi, a entidade um grupo de empresários da Noruega visitará
da instabilidade econômica e política de 2017, apontou que no período em que a Piscicultura operações de Piscicultura no Brasil, para en-
a Piscicultura brasileira teve crescimento de esteve subordinada ao MAPA foram libera- tender melhor os processos no país e trocar in-
8%, atingindo a marca de 691,7 mil t de pei- das áreas aquícolas para produção de mais de formações com os empresários nacionais. Em
xes de cultivo. Desse total, 51,7% (mais de 357 120 mil toneladas. A diretoria da PEIXE BR novembro, deverá ser realizado o II Encontro
mil toneladas) são de Tilápia, o que posiciona o também solicitou posicionamento do MAPA Brasil Noruega de Aquicultura, desta vez ex-
Brasil como o 4º maior produtor de Tilápia do sobre a reabertura das exportações de peixes clusivamente com foco em negócios.
mundo. O dirigente da PEIXE BR aproveitou de cultivo para a União Europeia. O ministro
a ocasião e solicitou ao secretário executivo do infirmou que para a UE não há diferença entre
MAPA pedido de apoio para o documento en- peixe de cultivo e extrativo. “Argumentamos a
tregue ao ministro Blairo Maggi, que reivindica importância da separação dos setores, pois são
a liberação da exportação de peixes de cultivo organizações de produção diferentes e não po-
para a União Europeia e a volta da Piscicultura demos ficar atrelados aos problemas da pesca
para o âmbito do MAPA. para comercialização de nossos produtos”, des-
taca Francisco.
Francisco Medeiros representou a cadeia do
peixe de cultivo na reunião que marcou a for- O presidente executivo da PEIXE BR e o
mação da Câmara Setorial da Produção e In- conselheiro fiscal, Cleiton Coldebella, reu-
dústria do Pescado, cujo objetivo principal é niram-se com o então secretário de Aquicul-
discutir os principais gargalos da indústria de tura e Pesca da SAP, Dayvson Franklin. O
processamento do pescado. O presidente eleito objetivo: obter feedback das demandas da en-
da Câmara Setorial da Produção e Indústria do tidade, enviadas nos últimos meses. Francisco Reunião entre a PEIXE BR e o INMETRO
Pescado é o presidente da Associação Brasileira explicou que o avanço efetivo das demandas para discutir o projeto de vistoria dos barcos
das Indústrias de Pescado (Abipesca), Eduardo não acompanhou as expectativas da atividade. de pesca, para moldar e adequar as embar-
Lobo. A Câmara é formada por instituições Durante a reunião, foi entregue ao secretá- cações pesqueiras à IN MPA 29/2014, pois
ligadas à Pesca, muitas delas estaduais. Dian- rio documento com a relação dos processos devido a essas irregularidades foi determina-
te deste quadro e para manter o princípio da dos associados da PEIXE BR para cessão de da pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
isonomia, a PEIXE BR solicitou a inclusão de uso das áreas aquícolas em águas públicas da Abastecimento (MAPA) a suspensão tempo-
instituições estaduais representativas da Pisci- União. Como tem feito, a entidade permanece rária das exportações de pescado para a União
cultura, filiadas à associação. A solicitação foi acompanhando periodicamente a tramitação Europeia, que entrou em vigor no dia 03 de
aceita. desses processos, cobrando uma gestão mais janeiro de 2018.

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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

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Públicas BRASIL
PARANÁ
NORTE É
MAIOR DESTAQUE
Brasil é o 4º maior produto
mundial de Tilápia
Brasil, the 4th world´s

Atividade cresce
8% e chega a
r
largest Tilapia producer

Tilápia representa
clientes
LIDERA RANKING 51,7% da Produção
PRODUZIU POR REGIÕES 691.700 t por estados
POR ESTADOS produção total
640.510T EM 2016 e por regiões

Planejamento
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Peixe e Road
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ANUÁRIO PEIXE BR DA PISCICULTURA 2019

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