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Indicadores de Saúde gerais e específicos. Indicadores de Saúde gerais e específicos.

Situação da saúde
no Brasil. Programa de Saúde da Família. Política Nacional de Saúde Mental no contexto do SUS. Código
de ética dos profissionais de enfermagem. Epidemiologia e bioestatística: estatísticas de saúde; História
natural das doenças e níveis de prevenção; Vigilância epidemiológica. Epidemiologia das doenças
transmissíveis: características do agente, hospedeiro e meio ambiente; Meios de transmissão, diagnóstico
clínico e laboratorial, tratamento, medidas de profilaxia e assistência de enfermagem; imunizações:
cadeias de frio, composição das vacinas, efeitos adversos, recomendações para sua aplicação. Programa
de imunização do Estado de São Paulo. Doenças de Notificação Compulsória. Atenção à saúde da
criança e do adolescente, da mulher, do adulto e do idoso. Atenção a sua saúde e mental. Fundamentos
de enfermagem. Processo de enfermagem. Desinfecção, Esterilização e Limpeza. Atuação do enfermeiro
em situações de urgência e emergência. Administração em enfermagem: princípios gerais da
administração e funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle; Gestão da
qualidade. Relações interpessoais no trabalho; técnicas básicas de enfermagem: sinais vitais,
higienização, administração de medicamentos via oral e parenteral, cuidados especiais, coleta de material
para exame. Introdução as doenças transmissíveis: terminologia básica, esterilização e desinfecção,
Socorros de urgência. Pediatria: a criança: o crescimento e o desenvolvimento infantil, alimentação,
doenças mais comuns, berçários e lactários.

MODELO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE),


PASSO/PASSO.

RILDO C. NUNES CZORNY


(Aluno do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário de Rio Preto).

DOCENTE: CAMILA C. ANGELUCCI.

Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE):


é a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência de
melhor qualidade ao ser – humano.
é composta por cinco etapas:
Histórico de enfermagem
Diagnóstico de enfermagem
Planejamento da assistência de enfermagem
Implementação da assistência de enfermagem
Avaliação e/ou Evolução de enfermagem

HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

I.Z.P., sexo masculino, 66 anos, branco, casado, residente em São José do Rio Preto,
aposentado. Internado no setor de emergência do H.E.E.C. com queixa de precordialgia,
algia em MMSS, sensação de morte iminente e náusea. Possui H.A.S., nega ser alérgico a
medicamentos, faz uso de Captopril, antecedentes familiares de H.A.S. (pai, tios) e infarto
do miocárdio ( irmão). Não pratica atividade física; tabagista por 30 anos com interrupção
há 10 anos; nega etilismo com uso de bebidas alcoólicas apenas aos finais de semana. Ao
exame físico verificado SSVV: PA: 180x100, P: 110 bpm, R: 28 mrpm e T: 36,6 º C.
Paciente orientado, ansioso, com expressão facial triste, postura cabisbaixa, com memória
preservada e relata fadiga. Apresenta marcha regular, pele fria, sudorese, edema em
MMII; estase jugular a D; bulhas hipofonéticas em foco mitral, tricúspide, aórtico e
pulmonar. Tórax sem alterações, respiração com uso da musculatura acessória e dispnéia.
Abdome arredondado com ruídos hidroaéreos hiperativos nos quatro quadrantes; sons
timpânicos e submaciços à percussão; à palpação semi-rígido. Paciente apresenta oligúria
e eliminação intestinal sem alterações.

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

CATEGORIZAÇÃO DOS PROBLEMAS DOMÌNIOS E CLASSES


AFETADOS DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
- H.A.S,
- precordialgia,
- algia em MMSS,
- antecedentes de infarto do miocárdio,
- dispnéia,
- taquicárdico,
- fadiga,
- pele fria,
- sudorese,
- edema de MMII,
- estase jugular á direita,
- bulhas hipofonéticas em focos: mitral, tricúspide, aórtico e pulmonar,
- oligúria,
- sedentário,
- ex. fumante. Domínio: 04 ou Atividade/Repouso.

Classe: 04 ou Resposta Cardiovasculares/Pulmonares. Débito Cardíaco diminuído,


relacionado á freqüência cardíaca alterada, contratilidade alterada, pós-carga alterada,
pré-carga alterada, caracterizado por taquicardia, distensão de veia jugular, edema, fadiga,
dispnéia, oligúria, pele fria.
- Dispnéia,
- Precordialgia,
- sensação de morte iminente,
- uso de musculatura acessória para respirar,
- fadiga,
- pele fria,
- taquicárdico,
- ex. fumante,
- ansioso,
- sedentário. Domínio: 04 ou Atividade/Repouso.
Classe: 04 ou Resposta Cardiovasculares/Pulmonares. Perfussão Tissular ineficaz
cardiopulmonar, relacionado á transporte prejudicado do oxigênio, caracterizado por
dispnéia, dores no peito, freqüência respiratória alterada, fora dos parâmetros aceitáveis,
sensação de “morte iminente”, uso de musculatura acessória.
- Ansioso,
- expressão facial triste,
- dispnéia,
- postura cabisbaixa,
-H. A. S,
- taquicárdico,
- fadiga,
- náusea.
- sudorese. Domínio: 09 ou Enfrentamento/Tolerância ao Estresse.

Classe: 02 ou Resposta de Enfrentamento. Ansiedade, relacionado á ameaça-ao estado


de saúde, estresse, mudança: - no meio ambiente, - no estado de saúde, caracterizado por
preocupações expressas em razão de mudança em eventos da vida, pesaroso, ansioso,
respiração aumentada, tensão facial, aumento da pressão sanguínea, dificuldades
respiratórias, pulso aumentado, fadiga , náuseas.

- Algia em MMSS,
- ansioso,
- dispnéia,
- fadiga,
- uso de musculatura acessória para respirar. Domínio: 04 ou Atividade/Repouso.

Classe: 04 ou Resposta Cardiovasculares/Pulmonares. Padrão Respiratório ineficaz,


relacionado á ansiedade, dor, fadiga, caracterizado por dispnéia, uso de musculatura
acessória para respirar.

PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM META/OBJETIVO

Débito Cardíaco diminuído. Melhorar o débito cardíaco.


O cliente deverá apresentar melhora de P.A em 2 dia.
O cliente deverá apresentar melhora de precordialgia em 1 dia.
O cliente deverá apresentar melhora de taquicardia em 1 dia.
O cliente deverá apresentar melhora em ausculta cardíaca em 2 dias.
O cliente deverá apresentar melhora de edema de MMII em 5 dias.
O cliente deverá apresentar melhora de algia em MMSS em 1 dia.
Perfussão Tissular ineficaz cardiopulmonar. Melhorar perfussão tissular cardiopulmonar.
O cliente deverá apresentar-se livre de sensação de morte em 1 dia.
O cliente deverá apresentar melhora da temperatura da pele em 1 dia.
O cliente deverá apresentar melhora de sudorese em 1 dia.

Ansiedade. Diminuir á ansiedade.


O cliente deverá apresentar melhora de ansiedade em 1 dia.
O cliente deverá apresentar melhora da auto estima em 5 dias.
O cliente deverá apresentar-se livre de náusea em 1 dia.
Padrão Respiratório ineficaz. Restabelecer o padrão respiratório. O cliente deverá
apresentar melhora de dispnéia em 1 dia.
O cliente deverá apresentar-se livre de uso de musculatura acessória para respirar em 2
dias.
O cliente deverá receber ar úmidificado em 1 dia.

PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM HORÁRIOS

- Realizar ausculta cardíaca e comunicar o médico a qualquer sinal de


anormalidade. 10------------14-------------22-------------06
- Observar, comunicar e anotar providência e evolução:
- diminuição ou asência de perfusão periférica,
- queixa de dormência,
- extremidade fria.

M----------------------T-------------------------N

- Proporcionar ambiente calmo e seguro. M----------------------T-------------------------N


- Manter monitorização com P.A.M não invasivo, monitor cardíaco e oxímetro de pulso.
M----------------------T-------------------------N

- Observar, comunicar relato/ expressão de dor e anotar providência e evolução.


M----------------------T-------------------------N

- Verificar sinais vitais de 4/4 h. 08—12—16—20—24—04—08


- Observar e comunicar enfermeiro , em caso de (x) sangramento,(x) hematoma, (x)
edema, (x) hipotensão e hipertensão arterial.
M----------------------T-------------------------N
- Comunicar enfermeiro , em caso de queixa de desconforto respiratório, dilatação nasal e
alteração do padrão e freqüência respiratória e saturação com O2 < 90%.

M----------------------T-------------------------N

- Realizar balanço hídrico. 08—12—16—20—24—04—08


- Observar e manter água destilada do copo úmidificador. M----------------------
T-------------------------N

- Manter decúbito com cabeceira do leito elevada.


M----------------------T-------------------------N

- Adiministrar oxigênio C.P.M. M----------------------T-------------------------N

- Manter repouso no leito. M----------------------T-------------------------N

- Avaliar as características da dor precordial: intensidade, localização, irradiação e


duração.
S/N
- Oferecer dieta adequada ( hipossódica e hipocalórica ). M----------------------
T-------------------------N

- Deixar a mão e orientar quanto ao uso de campainha para solicitar


auxílio. M----------------------T-------------------------N

IMPLEMENTAÇÃO

02/06/08 – 10h, Cliente mantendo oxigenoterapia c.p.m, P.A.M não invasivo, monitor
cardíaco e oxímetro de pulso, realizado balanço hídrico e ausculta cardíaca , permanece
com decúbito elevado em 45°, aceitou dieta oferecida, diurese espontânea.

EVOLUÇÃO

02/06/08 – 18:30h, Evolui com dor precordial, medicado com item 03 da prescrição médica
e traçado E.C.G com elevação do segmento ST, apresenta pele aquecida, relata melhora
da ansiedade e fadiga.
Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
MODELO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE),
PASSO/PASSO. publicado 8/03/2009 por Rildo Czorny em http://www.webartigos.com

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RILDO CZORNY
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44 Comentários em "MODELO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM


(SAE), PASSO/PASSO."
Juliana Coutinho Pedroso Avaliação:
comentou em 07 May 2009 6:58:58 PM BRT
Eu gostei muito desse modelo de sistematização
(Responder este comentário)

vera n lemos Avaliação:


comentou em 12 May 2009 9:34:42 PM BRT
Achei excelente, otimiza as ações do enfermeiro .
(Responder este comentário)

Fernanda Avaliação:
comentou em 28 May 2009 6:26:14 PM BRT
Muito bom, excelenteeeeeee
(Responder este comentário)

Adriana lenir da silva Avaliação:


comentou em 16 Jun 2009 12:55:04 PM BRT
Muito bom esse modelo, pois compartilha para uma boa qualidade de assistência.
(Responder este comentário)

Regina Dias de Carvalho Avaliação:


comentou em 20 Jun 2009 4:13:07 AM BRT
Excelente, gostei bem esclarecido e resumido.
(Responder este comentário)
karina ribeiro Avaliação:
comentou em 08 Jul 2009 12:30:33 AM BRT
gostei muito,objetivo e completo, gostaria de receber,um modelo de sae de obstetricia,PN,PC. OBRIGADO.
(Responder este comentário)

celia ap oliveira Avaliação:


comentou em 27 Jul 2009 10:35:59 PM BRT
o artigo é muito bom e de facil entendimento
(Responder este comentário)

carolmattias Avaliação:
comentou em 28 Jul 2009 7:09:27 PM BRT
gostei muito,objetivo e completo, gostaria de receber mais modelo de evolução de enfermagem;
obrigado.
(Responder este comentário)

josé Lopes Junior Avaliação:


comentou em 31 Jul 2009 7:50:11 PM BRT
Gostei muito deste modelo gostaria de receber um modelo por email ....
(Responder este comentário)

paulo roberto santos de jesus Avaliação:


comentou em 11 Aug 2009 9:07:00 PM BRT
muito bom o conteudo
(Responder este comentário)

Fernanda Avaliação:
comentou em 15 Aug 2009 1:11:24 PM BRT
É uma avaliação minusiosa e de grande competencia, esse modelo me ajudou muito em minhas pesquisas,
gostaria de estar recebendo outros artigos tam bom quanto esse.
(Responder este comentário)

Rosy Avaliação:
comentou em 27 Aug 2009 4:41:53 PM BRT
esta explicação me ajudou, é de fácil entendimento, pois esse resumo é completo.
(Responder este comentário)

ticiana tavares Avaliação:


comentou em 29 Aug 2009 5:22:32 PM BRT
Enfermeira; Ticiana, adorei esse método de sistematização,mem ajudou muito.
(Responder este comentário)

Stela Avaliação:
comentou em 10 Sep 2009 8:38:31 PM BRT
O exame físico é realizado céfalo-caudal (da cabeça aos pés) para que fique em ordem.
(Responder este comentário)

dilma Avaliação:
comentou em 12 Sep 2009 6:01:25 PM BRT
adorei este ler este artigo
(Responder este comentário)

celia Avaliação:
comentou em 04 Oct 2009 8:46:49 PM BRT
muito bom
(Responder este comentário)

Roberto Avaliação:
comentou em 05 Oct 2009 2:37:57 PM BRT
Adorei essa avaliação de enfermagem, muito bom mesmo simples de entendimento!
(Responder este comentário)

Mª Lúcia Quirino Avaliação:


comentou em 16 Oct 2009 12:39:46 AM BRT
Maravilhoso artigo e de fácil entendimento. Tomara tenha outros do mesmo nível.
(Responder este comentário)

joares Avaliação:
comentou em 20 Oct 2009 12:28:25 PM BRT
muito bom este modelo- ferramenta excelente....
escreva outros!!!!!!
(Responder este comentário)
GISELE Avaliação:
comentou em 24 Oct 2009 11:14:22 AM BRT
OTIMO ARTIGO ,DE OTIMO ENTINDIMENTO!!
(Responder este comentário)

DIOGO CORREIA Avaliação:


comentou em 01 Nov 2009 5:06:26 PM BRT
Sou acadêmico de enfermagem e termino em dezembro minha faculdade, e achei perfeito este SAE, está
excelente...
(Responder este comentário)

Mara Avaliação:
comentou em 04 Nov 2009 8:35:36 AM BRT
ótima avaliação, adorei, é isso ai, vamos passar a frente nossos conhecimentos para um melhor resultado...
(Responder este comentário)

Eliane Avaliação:
comentou em 05 Nov 2009 7:52:27 PM BRT
este artigo me ajudou muito sou acadêmica de enfermagem e achei perfeito este SAE
(Responder este comentário)

Viviane Avaliação:
comentou em 09 Nov 2009 9:27:13 PM BRT
Parabéns, gostei muito, bem esclarecido e de fácil entendimento.
(Responder este comentário)

ANGELA Avaliação:
comentou em 13 Nov 2009 8:42:18 PM BRT
A EVOLUÇÃO É DE SUMA IMPOTANCIA, POIS É A VISÃO DA ÚLTIMA AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE
REALIZADA PELA ENFERMEIRA DO PLANTÃO, PORTANTO É A REFERENCIA PARA QUEM A LER , E
INFLUENCIARÁ NA ASSISTÊNCIA POSTERIOR.
ESSA EVOLUÇÃO ESTÁ MUITO POBRE DE INFORMAÇÕES , PODERIA SER MELHORADA.
(Responder este comentário)

Rildo Avaliação: ( Autor)


comentou em 15 Nov 2009 5:30:50 PM BRT
NA EVOLUÇÃO, ANOTAMOS SOMENTE O Q EVOLUIU OU REGREDIU!!!!, POÍS A EVOLUÇÃO NÃO É
UM RELATÓRIO DE ENFERMAGEM ONDE ANOTAMOS REGISTRO DE TODO O PLANTÃO E SIM
SOMENTE DAS EVOLUÇÕES E REGRESSÕES!!!!!!!!
(Responder este comentário)

Gilseany Avaliação:
comentou em 01 Jan 2010 11:24:36 PM BRT
Dei uma olhadela, acho que me ajudará a estudar para um concurso breve.
(Responder este comentário)

clecia Avaliação:
comentou em 05 Jan 2010 5:21:21 PM BRT
muito bom esclarece bem as duvidas, gostaria de ler mais materiais relacionados a enfermagem. se puder me
enviar alguns end. de sites. um abraço.
(Responder este comentário)

Erica Figueira Avaliação:


comentou em 18 Jan 2010 11:58:35 PM BRT
Muito boa sua explicação, vou fazer uma prova amanhã e isso me ajudou muito.... Obrigada
(Responder este comentário)

José Lopes Junior Avaliação:


comentou em 05 Feb 2010 6:51:42 PM BRT
Gostei muito ....Gostaria de receber este modelo por e-mail será que é possivel....
(Responder este comentário)

Claudia Sabrina de Salles Motta de Souza Avaliação:


comentou em 10 Feb 2010 8:41:40 PM BRT
Eu achei muito bom esse modelo.Vai me ajudar muito
(Responder este comentário)

MARGARIDA MALTA Avaliação:


comentou em 04 Mar 2010 9:30:47 PM BRT
OTIMO O MODELO

OBRIGADA
(Responder este comentário)
enf. mirlene Avaliação:
comentou em 11 Mar 2010 10:55:19 AM BRT
muito bom mesmo...
(Responder este comentário)

CARLOS Avaliação:
comentou em 25 Jun 2010 8:52:53 PM BRT
POR FAVOR O AUTOR DESSE SAE PODE ME ENVIAR ESSE MODELO EM FORMA DE QUADRO,
AGRADEÇO!
(Responder este comentário)

leila Avaliação:
comentou em 17 Mar 2010 11:55:21 AM BRT
eu adorei
(Responder este comentário)

Thiago Avaliação:
comentou em 20 Mar 2010 11:15:18 AM BRT
Muito bom! é objetivo e de facil compreesão.
(Responder este comentário)

ellane Avaliação:
comentou em 04 Apr 2010 1:04:16 PM BRT
lindo esse modelo da SAE
(Responder este comentário)

José Lopes Junior Avaliação:

LIGIA Avaliação:

:*
Péssimo Excelente

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Revista Brasileira de Enfermagem


Print version ISSN 0034-7167

Rev. bras. enferm. vol.60 no.3 Brasília May/June 2007

doi: 10.1590/S0034-71672007000300019

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Aplicação do Processo de Enfermagem:


estudo de caso com uma puérpera

The Nursing Process implementation: a post-


partum case study

Implementación del Proceso de Enfermería: un


estúdio de caso con una puérpera

Albertisa Rodrigues AlvesI; Edna Maria Camelo ChavesII;


Maria Célia de FreitasIII; Ana Ruth Macedo MonteiroIV

I
Enfermeira. Aluna do Curso de Mestrado Acadêmico Cuidados
Clínicos em Saúde (CMACCLIS) da Universidade Estadual o
Ceará (UECE), Fortaleza, CE
II
Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Enfermeira do Hospital
Geral de Fortaleza, CE
III
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Curso de Mestrado
Acadêmico Cuidados Clínicos em Saúde (CMACCLIS) da
Universidade Estadual o Ceará (UECE), Fortaleza, CE
IV
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Curso de Mestrado
Acadêmico Cuidados Clínicos em Saúde (CMACCLIS) da
Universidade Estadual o Ceará (UECE), Fortaleza, CE
RESUMO

O estudo objetivou implementar o processo de enfermagem, no


cuidado a uma puerpera portadora de miocardiopatia periparto
depois de parada cardiorrespiratória. Realizamos um estudo de
caso clínico, em uma unidade intensiva do Município de
Fortaleza, no período de setembro a outubro de 2005. Os dados
foram obtidos após avaliação para elaboração dos diagnósticos
NANDA taxonomia II, julgamento clínico, intervenção e metas.
Os diagnósticos de enfermagem encontrados foram:
comunicação verbal prejudicada, débito cardíaco diminuído,
padrão respiratório ineficaz, volume excessivo de líquidos,
diarréia, mobilidade física prejudicada e déficit no autocuidado.
Ressaltamos a importância do processo como foco do trabalho
do enfermeiro na clínica, na perspectiva de favorecer o retorno
dos pacientes ao seu contexto familiar, bem como permitir
credibilidade do trabalho de enfermagem.

Descritores: Diagnóstico de enfermagem; Enfermagem;


Processo de enfermagem.

ABSTRACT

The study aimed at implementing the nursing process for a


post-partum woman with cardiomyopathy after
cardiorespiratory arrest. We conducted a clinical case study, in
an intensive care unit of Fortaleza, Ceará, Brazil, in the period
from September to October, 2005. The data were obtained after
evaluation for elaboration of Nursing Diagnoses according to
NANDA Taxonomy II, clinical judgment, intervention and goals.
The nursing diagnoses found were: impaired verbal
communication, decreased cardiac output, inefficient respiratory
pattern, excessive volume of fluids, diarrhea, impaired physical
mobility and deficit in selfcare. We highlighted the importance of
the process as focus of the nurse's work in the clinic, in order to
favor the patient's return to his family context as well as give
credibility to the nurse's job.

Descriptors: Nursing diagnosis; Nursing; Nursing process.

RESUMEN

El estudio objetivó implementar el proceso de enfermería, en el


cuidado a una parturienta portadora de miocardiopatía peripato
después de parada cardiorrespiratoria. Realizamos un estudio de
caso clínico, en una Unidad Intensiva del Municipio de Fortaleza,
en el período de septiembre a octubre de 2005. Los datos
fueron obtenidos después de evaluación para la elaboración de
los diagnósticos NANDA taxonomia II, juicio clínico, intervención
y metas. Los diagnósticos de enfermería fueron: comunicación
verbal perjudicada, débito cardíaco diminuido, padrón
respiratorio ineficaz, volumen excesivo de líquidos, diarrea,
mobilidad física perjudicada y déficit en el auto cuidado.
Resaltamos la importancia del proceso como foco del trabajo del
enfermero en la clínica, en la perspectiva de favorecer el retorno
de los pacientes al su contexto familiar y también permitir
credibilidad del trabajo de enfermería.

Descriptores: Diagnóstico de enfermería; Enfermería; Proceso


de enfermería.

1. INTRODUÇÃO

A implementação da sistematização da assistência de


enfermagem continua sendo no cotidiano da enfermagem um
desafio, pois esta requer planejamento de ações e resgate de
conteúdos relacionados à Fisiologia, Patologia e Farmacologia.
Em alguma situação, na demanda do serviço, requer sua
efetivação. Faz-se necessário a elaboração de um plano de
cuidado que contemple as necessidades do paciente que se
encontram afetadas.

O enfermeiro ao pensar no processo, deve fazer uma


abordagem centrada não apenas nas necessidades fisiológicas,
mas nos aspectos biopsicossocial, espiritual e cultural(1).

A enfermagem, especialmente a partir dos anos 50 do século


XX, busca desenvolver um corpo de conhecimentos próprios no
sentido de sistematizar e organizar sua prática e seus cuidados,
de modo a favorecer uma assistência baseada não somente na
dimensão biológica do ser humano, mas essencialmente na
compreensão do homem como ser social e ator principal no
processo saúde-doença, seja no âmbito hospitalar, seja na
saúde coletiva.

Diversos modelos teóricos são desenvolvidos e aplicados na


prática de cuidado do enfermeiro da área hospitalar, no intuito
de encontrar respostas a problemas de saúde e de doença, em
que o modelo clínico essencialmente biomédico não da conta de
resolver. Buscar integrar os conhecimentos das ciências da
natureza com das ciências sociais e compreensivas, objetivando
assistir o ser humano dentro de uma perspectiva ampla e
integral, pode ser um novo desafio a ser percorrido por todos os
que diretamente ou indiretamente estão preocupados com as
condições de saúde e de doença da humanidade.

Neste sentido, relativamente aos modelos conceituais,


especialmente na enfermagem, a teoria que mais se adequou a
condições tão complexas e dinâmicas, e que se tenta
implementar na maioria dos hospitais brasileiros, percebendo o
ser humano sob vários aspectos, de forma holística e integral,
dentre os diferentes referenciais foi a Teoria das Necessidades
Humanas Básicas (NBH) de Maslow, que fundamentará a
elaboração do estudo de caso clínico ora apresentado(2) .

A Teoria das NHB engloba a Teoria da Motivação Humana de


Maslow (1970) e de João Mohana (1964) que classifica as
necessidades humanas em psicobiológicas, psicosociais e
psicoespirituais, sendo conhecida como uma das mais
importantes teorias de motivação humana. Para ele, as
necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia,
ou seja, uma escala de valores a serem transpostos, no
momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge
outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem
meios para satisfazê-la(2).

A teoria se apóia e engloba leis gerais que regem os fenômenos


universais, tais sejam, como exemplo: a lei de equilíbrio ou
homeodinâmica, em que todo universo se mantém por
processos de equilíbrio dinâmico entre seus seres; a lei da
adaptação, pela qual todos os seres do universo interagem com
seu meio externo buscando sempre formas de ajustamento para
se manterem em equilíbrio; a lei do holismo, sendo o universo
um todo, o ser humano um todo, a célula um todo, ou seja,
esse todo não é meramente a soma das partes constituintes de
cada ser(3) .

No cotidiano do enfermeiro intensivista o processo de


enfermagem enseja caminhos, permitindo uma qualificação de
cuidados, visto que ela planejara ações, priorizando as
respostas humanas no processo saúde doença. Ela considera o
ser humano a partir das suas necessidades básicas, permitindo
a elaboração de ações sistematizadas de enfermagem,
fundamentando a assistência prestada.

Dessa forma, o estudo teve como objetivo implementar o


processo de enfermagem, no cuidado a uma puérpera portadora
de miocardiopatia peri-parto e encefalopatia hipóxica após
parada cardiorrespiratória (PCR) internada em uma instituição
pública.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de caso clínico, utilizando o processo de


enfermagem nas suas fases de histórico, diagnóstico de
enfermagem, planejamento, intervenção e avaliação dos
resultados. Foram utilizados a teoria NHB e o processo de
enfermagem.

O estudo de caso pode ser definido como um estudo delimitado


com a exploração de um sistema, obtido a partir de uma coleta
de dados detalhada, envolvendo varias fontes de informação(4).
Estes são apropriados para serem aplicados na assistência
direta de enfermagem, com a finalidade de realizar um estudo
profundo dos problemas e necessidades do paciente, família e
comunidade, com a possibilidade de elaborar estratégias para
solucionar ou reverter os problemas encontrados(5).

No preenchimento do histórico, realizamos o levantamento dos


dados por meio do exame físico e consulta ao prontuário, a fim
de coletar dados para identificar os diagnósticos de
enfermagem. Na implementação do histórico, não foi possível
realizar anmenese pelo nível de consciência da paciente e
ausência de representantes da família.

O diagnóstico de enfermagem é a segunda fase do processo, em


que pelos dados coletados, são identificados os fenômenos de
enfermagem. Estes são apontados por meio da identificação das
NBH afetadas e do julgamento clínico mediante esta
investigação.

Na identificação dos diagnósticos de enfermagem utilizamos o


julgamento clínico e o raciocínio diagnóstico estabelecido por
Risner(6). A fase inicial compreende a análise e a síntese dos
dados obtidos a partir do exame físico e entrevista, enquanto
que a fase seguinte (ou fase 2), caracteriza-se pelo
estabelecimento do diagnóstico propriamente dito.

No período de análise, entendida como a separação dos dados e


exame crítico por parte do examinador/ diagnosticador, este
percorre dois passos: categorização dos dados e identificação
dos indicativos divergentes ou lacunas. Durante a categorização
dos dados ou da sua organização lógica, dos mesmos, o
enfermeiro pode empregar diferentes modelos conceituais ou
concepções teóricas que o subsidiem. A identificação de dados
incompletos ou das lacunas evidencia que estes devem ser
revisados cuidadosamente, evitando assim erros diagnósticos.

Ainda na fase inicial, o enfermeiro realiza a síntese dos


elementos encontrados, ou seja, é o processo de raciocínio no
qual a conclusão é diretamente obtida das proposições dadas e
princípios estabelecidos. Nesta fase serão desenvolvidas as
seguintes atividades: agrupamento das evidências em padrões,
de acordo com o referencial teórico escolhido, o que facilitará o
raciocínio para o julgamento clínico; comparação dos padrões a
teorias, modelos, normas e conceitos; inferências ou hipóteses,
sendo a fase de julgamento clínico propriamente dita;
proposição, causas ou relação é a conclusão do período de
síntese, sendo identificados os fatores que influenciam e
contribuem para as alterações inferidas.

A fase 2 ou estabelecimento do diagnóstico propriamente dito, é


definida estruturalmente pelo título do diagnóstico ou problema
de saúde inferido pelo enfermeiro, pelo fator relacionado ou
etiológico e pelas características definidoras, que são os dados
objetivos e subjetivos agrupados a evidenciarem os diagnósticos
de enfermagem.

Na identificação dos diagnósticos de enfermagem, utilizamos o


julgamento clínico e o raciocínio diagnóstico, estabelecido nas
seguintes etapas: agrupamentos dos dados e comparação dos
padrões a teorias e normas(6).O julgamento clínico e o
conhecimento do enfermeiro aplicado a qualquer tratamento
têm como finalidade otimizar os resultados obtidos pelo
paciente(7).

Para a elaboração dos diagnósticos empregamos a North


American Nursing Diagnosis Association (NANDA), uma vez que
estes representam a base para seleção de intervenções e
resultados terapêuticos(8).

Após conhecimento dos diagnósticos de enfermagem, foram


elaboradas intervenções com esta definição: é o roteiro diário
(ou aprazado) que coordena a ação da equipe de enfermagem
nos cuidados adequados ao atendimento das necessidades
básicas e específicas do ser humano(3) .

O local da implementação do processo foi à unidade de terapia


intensivo-adulta de um hospital público no município de
Fortaleza-CE, no período de setembro a outubro de 2005. O
sujeito da pesquisa é uma senhora de 29 anos, dois filhos,
casada, com segundo grau completo e que se encontrava há 60
dias internada.

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da


Universidade Estadual do Ceará, conforme resolução 196/96, do
Conselho Nacional de Saúde, sobre pesquisas em seres
humanos.

2. APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Mulher, 29 anos, casada, 2 filhos, sendo um recém-nascido de


25 dias, admitida no dia 09/08/2005, às 20h, proveniente da
emergência em franca insuficiência respiratória, a qual foi
imediatamente intubada na unidade de terapia intensiva- adulto
e instalada ventilação mecânica.

Durante a intubação, houve eliminação de secreção espumosa


pelo tubo, sugestivo de EAP (edema agudo de pulmão). Os
diagnósticos médicos foram: miocardiopatia periparto e EAP
hipertensivo. Evoluindo satisfatoriamente da insuficiência
respiratória, foi iniciada pela manhã o desmame da ventilação
mecânica no dia 11/08/2005. Ás 15h desse dia foi extubada,
permanecendo com suporte de oxigênio através da máscara de
venturi, por cerca de 2 horas. Por volta das 17h, apresentou
pico hipertensivo com EAP, que não respondeu a VMNI
(ventilação mecânica não invasiva) , e novamente foi intubada e
reinstalada VM (ventilação mecânica) .Apresentou PCR (parada
cardiorrespiratória) com FV (fibrilação ventricular) a qual foi
desfibrilada com 200 joules e procedidas manobras de
reanimação por 18 minutos. Após reanimação, realizada
cateterização da artéria pulmonar. Seguindo sob sedação e
analgesia, evoluiu pós PCR com mioclonias, convulsão, pupilas
midriátidas e pouco reagentes. A avaliação do neurologista
concluiu: encefalopatia hipóxica severa, coma vigil, déficit motor
dos quatro membros e prognóstico muito reservado com
respeito à recuperação cerebral. Encontra-se em 14/09/2005
traqueostomizada, sob ventilação mecânica, no módulo SIMV
(ventilação mandatória intermitente sincronizada), acordada,
mas não interativa com o ambiente, responsiva aos estímulos
dolorosos, escala de coma de Glasgow, totalizando nove (8)
pontos, sendo: abertura ocular (4), resposta verbal (1), e
resposta motora (3). Pupilas isocóricas e fotoreagentes.
Apresentou convulsão. Presença de roncos bilaterais difusos à
ausculta pulmonar, e eliminação de secreções
traqueobrônquicas sanguinolenta, por ocasião das aspirações
traqueobrônquicas, sugestivas de trauma. Hoje 22/09 houve
tentativa de desmame da ventilação mecânica sem sucesso.
Após medidas terapêuticas da equipe multiprofissional, paciente
permanece em sincronia com ventilação artificial, com boa
expansibilidade torácica. Ritmo cardíaco regular, sinusal, com
sobrecarga das câmaras esquerda. Pulsos periféricos palpáveis,
rede venosa pouco visível, dissecção venosa em veia jugular
externa. Edema de membros superiores e inferiores. Sinal de
cacifo positivo (+++). Turgor cutâneo diminuído, pele hidratada
e íntegra. Abdomes globosos, flácidos, com fígado palpável.
Com dieta por sonda enteral 1416 kcal/24 horas. Presença de
fezes diarréicas, diurese espontânea nas fraldas. Restrita no
leito. Com sangramento transvaginal. Presença de leite.
Fazendo uso de antimicrobiano, diurético, anticonvulsivante,
insulina, anticoagulante.

Os dados apresentados trazem os DE as intervenções de


enfermagem propostas e as metas. A elaboração de
diagnósticos de enfermagem é um processo complexo que
envolve o comportamento humano relacionado à saúde(9).

As atividades propostas foram uma junção das atividades


realizadas pelas enfermeiras da referida instituição onde o
estudo foi desenvolvido e das propostas adotadas pela NIC. Esta
classificação é ampla e padroniza as intervenções realizadas
pelas enfermeiras, podendo ser utilizada em todo o âmbito da
saúde(10).

As avaliações da eficácia das intervenções serviam de base para


justificar a sua manutenção, ou realizar as alterações que
fossem necessárias, de acordo com os resultados propostos pela
NOC, utilizando-se a escalas codificada, que permite representar
cada um dos elementos taxonômicos. Os resultados definem um
estado do paciente em um determinado momento ou tempo e
serve como indicador para avaliar a melhora ou piora do estado
clínico. A estrutura de códigos inclui os domínios, as classes, os
resultados, os indicadores de cada resultado, as escalas de
medida e os escores reais registrados pelos usuários (NOC)(7).

Apresentamos os DE as intervenções propostas pela NIC e os


resultados de acordo com a codificação da NOC.

1. DE- Comunicação verbal prejudicada, relacionada à


alteração do sistema nervoso central e traqueostomia.
1.1Intervenções / atividades (NIC) - Melhora da comunicação:
déficit da fala

1.1.1 Usar recurso alternativo para estabelecer comunicação


com o paciente; papel, caneta e estímulos de linguagem.

1.1.2 Falar pausadamente em voz alta em pé próximo do ouvido


da paciente.

1.1.3 Falar olhando para paciente, observando as reações.

1.1.4 Evitar baixar a voz no final da frase.

1.2 Resultado (NOC) - Comunicação: capacidade de recepção.

Indicador-interpretação de linguagem não verbal.


Extremamente comprometida - 1

2. Débito cardíaco diminuído relacionado à contratilidade


alterada

2.1 Cuidados cardíacos

2.1.1 Monitorizar ritmo e freqüência cardíaca de 2/2 horas.

2.1.2 Reconhecer as alterações de débito cardíaco.

2.1.3 Documentar arritmias.

2.1.4 Monitorar pressão arterial, pulso, temperatura, padrão


respiratório de 2/2 horas.

2.15 Monitorar oxímetro de pulso contínuo.

2.2- Estado dos sinais vitais.

Indicadores temperatura, pulso radial, freqüência respiratória,


pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica.

Desvio moderado em relação aos parâmetros esperados 3

3. Padrão respiratório ineficaz relacionado à disfunção


neuromuscular.

3.1 Ventilação mecânica

3.11 Monitorar fadiga muscular respiratória contínua.

3.1.2 Monitorizar rotineiramente os parâmetros do ventilador.

3.1.3 Manter gases umidificados e aquecidos.

3.1.4 Verificar regularmente as conexões do ventilador


3.1.5 Esvaziar a água condensada nos reservatórios, quando
necessário.

3.1.6 Interromper alimentação por sonda enteral durante a


aspiração e por 30 a 60' antes da intervenção de outros
profissionais

3.2 - Estado respiratório-levemente comprometido.

Indicadores

Expansibilidade simétrica do tórax; aspiração das vias aéreas;


sons auscultatórios dentro do padrão de normalidade (DPNE).

4. Desobstrução ineficaz de vias aérea relacionada a


secreções retidas e presença de via aérea artificial.

4.1. Aspiração de vias aéreas.

4.1.1 Aspirar secreções traqueobrônquicas de acordo com a


necessidade.

4.1.2 Realizar toillete brônquica.

4.1.3 Monitorizar saturação de oxigênio.

4.2. Estado respiratório: desobstrução de vias aéreas.

Indicadores

Taxa respiratória DPNE; ritmo respiratório dentro do padrão


esperado (DPE) livre de sons respiratórios adventícios.

Levemente comprometidas -4.

5. Risco para infecção relacionado a procedimentos


invasivos e exposição ambiental a patógenos aumentada

5. Controle de infecção

5.1.1 Lavar as mãos antes e após cada atividade de cuidado


com o paciente.

5.1.2 Monitorizar a temperatura a cada duas horas.

5.1.3 Realizar curativo com película transparente do acesso


venoso central a cada 07 dias ou quando necessário.

5.1.4 Renovar curativo da traqueostomia e fixação diariamente.

5.1.5 Manusear de forma asséptica de todas as linhas venosas e


aéreas.

5.Conhecimento: controle de infecção.


Indicadores

Descrição de práticas que reduzem a transmissão; descrição de


sinais e sintomas; descrição de procedimentos de exame.

Extensivo - 5

6. Volume excessivo de líquidos relacionado a


mecanismos reguladores comprometidos.

6.1.1. Controle do balanço hídrico.

6.1.2 Realizar balanço hídrico a cada 06 horas.

6.1.3 Monitorar pressão arterial, freqüência respiratória,


freqüência cardíaca a cada duas horas.

6.1.4 Monitorar cor, quantidade, gravidade específica da


diurese.

6.1.5 Observar edema.

6.1.6 Monitorizar medicação intravenosa contínua

6.2 Hidratação.

Indicadores

Hidratação da pele; membranas e mucosas hidratadas; edema


periférico não presente, hematócrito DPNE.

Levemente comprometidas 4.

7. Diarréia relacionada a fatores situacionais e


fisiológicos.

7.1 Diarréia relacionada a fatores situacionais e fisiológicos.

7.1.1 observar regularmente o turgor da pele.

7.1.2 Realizar higiene após evacuações e renovar fraldas.

7.1.3 Monitorar a pele na área perineal na busca de irritação e


ulceração.

7.1.4 Manter dieta por bomba de infusão continua.

Avaliar o perfil medicamentoso

7.2 Eliminação intestinal.

Indicadores
Fácil passagem das fezes; ingestão de líquidos adequados; fezes
livres de muco; fezes livres de sangue.

8. Mobilidade física prejudicada relacionada a prejuízos


sensórios perceptivos.

8.1 Posicionamento

8.1.1 Realizar mobilização no leito de 2/2 horas.

8.1.2 Colocar sob colchão articulado ou cama terapêuticos.

8.1.3 Explicar a paciente durante a mobilização no leito.

8.1.4 Monitorar, levando em conta o alinhamento correto do


corpo.

8.2.Posicionamento do corpo: auto iniciado.

Indicador de deitado a deitado.

Dependente não participa - 1

9. Déficit no autocuidado relacionado a prejuízo


perceptivo e cognitivo.

9. 1 Higiene

9.1.1 Banhar o paciente em água com temperatura confortável.

9.1.2 Realizar medidas de higiene, cuidado com períneo e


genitália.

9.1.3 Realizar higiene ocular e oral

9.2 Atividades da vida diária.

Indicadores

Alimentar-se; vestir-se; higiene e banho.

Dependente não participa 1.

As necessidades são universais, comuns a todos os seres


humanos. O que varia de um indivíduo para o outro é a sua
manifestação e a maneira de satisfazê-la e atendê-la. Os fatores
que interferem na manifestação de individualidade são idade,
sexo, cultura, escolaridade, ciclo de saúde e fatores
socioeconômicos. Encontramos no padrão de resposta humano
as necessidades psicobiológicas e sociais afetadas(2).

Percebemos que havia uma coerência entre as nossas atividades


cotidianas e a linguagem apresentada na NIC e NOC, sendo,
portanto, facilitada a compreensão e articulação das proposições
e atividades diárias por considerarmos verdadeiras e coerentes
com a nossa vivência clínica e por estar em concordância com a
NIC, embora não esteja escrita "ipsis litteiss". Na referida
instituição a SAE é aplicada pelos enfermeiros das unidades de
terapia intensiva.

A utilização do modelo conceitual possibilitou a


instrumentalização da assistência na prática, favorecendo o
alcance de metas e padrões mínimos no cuidado prestado ao
cliente hospitalizado(11).

Concluída a coleta dos dados podemos chegar aos diagnósticos


com as características definidoras e os fatores facilitadores no
processo cotidiano. Os diagnósticos primários são aqueles que,
se forem priorizadas as intervenções de enfermagem, poderão
desencadear melhoras em outras situações(12).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A aplicação do processo de enfermagem neste estudo


possibilitou aos enfermeiros no campo prático desenvolver uma
assistência pautada no conhecimento científico com a utilização
da NANDA, NIC e NOC.

Portanto, acrescentamos que o uso da linguagem padronizada


não distancia a nossa prática, pois ela facilita o processo de
comunicação desejável, evitando uma interpretação duvidosa.
Ressaltamos que o desenvolvimento e a aplicação dessa
tecnologia leve de enfermagem ajuda a desenvolver o
conhecimento, favorecendo uma prática efetiva, eficaz,
minimizando barreiras.

A incorporação dos diagnósticos de enfermagem proposta pela


NANDA taxonomia II NIC e NOC propiciaram a elaboração de
um modelo contemplando as necessidades biológicas que foram
as mais afetadas.

Vale ressaltar a importância do processo como foco do trabalho


do enfermeiro na clínica, na perspectiva de favorecer o retorno
dos pacientes ao seu contexto familiar e de trabalho o mais
precocemente possível, bem como permite credibilidade do
trabalho de enfermagem.

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enfermagem na síndrome de Stevens Johnson. Pediatria Atual
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12. Sena CA, Carvalho EM, Ruffino MC. Estratégias de


implementação do processo de enfermagem para uma pessoa
infectada pelo HIV. Rev Latino-am Enfermagem 2001; 9(1): 27-
38. [ Links ]

Submissão: 05/06/2006
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Revista Brasileira de Enfermagem


Print version ISSN 0034-7167

Rev. bras. enferm. vol.60 no.3 Brasília May/June 2007

doi: 10.1590/S0034-71672007000300020

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Processo de Enfermagem aplicado a um


portador de Cirrose Hepática utilizando as
terminologias padronizadas NANDA, NIC e
NOC

Implementation of the Nursing Process in a


patient with Hepatic Cirrhosis using the
standardized terminologies NANDA, NIC and
NOC
La implementación del Proceso de Enfermería a
un paciente con Cirrosis Hepatica utilizandose
las terminologias padronizadas NANDA, NIC y
NOC

Rosimeire da Silva VargasI; Fabiana Cláudia de


Vasconcelos FrançaII

I
Enfermeira Residente do Hospital Regional da Asa Norte
(HRAN), Brasília, DF. rosimeirevargas@ig.com.br
II
Enfermeira Especialista em Unidade de Terapia Intensiva.
Preceptora da Residência em Enfermagem do Hospital Regional
da Asa Norte (HRAN) Brasília-DF.Endereço para contato:
CNB 07 lote 10 aptº 701 – Taguatinga- Norte, DF. CEP 72.115-
075. fabianaclaudia@pop.com.br

RESUMO

Trata-se de um estudo de caso, que teve como objetivos


descrever a sistematização da assistência de enfermagem a um
portador de cirrose hepática e relatar as dificuldades
encontradas na implementação dessa assistência. Utilizou-se o
modelo conceitual de Horta, aplicando-se os Diagnósticos de
Enfermagem da NANDA, Intervenções de Enfermagem da NIC e
Resultados de Enfermagem da NOC. O estudo foi desenvolvido
em um hospital público do Distrito Federal, em Setembro de
2005, na unidade de Pronto Socorro. Entre os diagnósticos de
enfermagem identificados incluíram-se confusão aguda,
constipação e conhecimento deficiente. Dentre as dificuldades
apontadas destacaram-se o desinteresse da equipe de
enfermagem e do paciente, deficiência de conhecimento e
despreparo dos profissionais, recursos materiais e humanos
insuficientes para dispensar o cuidado.

Descritores: Assistência de enfermagem; Processo de


enfermagem; Enfermagem prática.

ABSTRACT

This case study aimed at describing the implementation the


implementation of the Nursing Process to a patient with hepatic
cirrhosis, and report the difficulties found on the implementation
of the assistance. The conceptual model of Horta was used,
NANDA - Nursing Diagnosis, Nursing Interventions Classification
(NIC) and Nursing Outcomes Classification (NOC) were also
applyed in care composition. The present study was developed
in a public hospital of Distrito Federal, in September 2005, at
the Emergency Unit. Among the identified nursing diagnosis was
included: acute confusion, constipation and knowledge deficit.
Among the pointed difficulties, it was detached: the disinterest
of the nursing team and of the pacient, knowledge deficit and
unpreparedness of the professionals, lack of human and
material resources to deliver the care.

Descriptors: Nursing Assistance; Nursing process; Nursing


practice.

RESUMEN

Con el propósito de describir la Sistematización de la asistencia


de Enfermería e de apuntar las dificultades de su aplicación, fue
realizado en "estudio de caso" de un portador de cirrosis
hepática. Para realizar el estudio, se utilizó el modelo conceptual
de Horta y se aplicaron lo Diagnósticos de Enfermería de
NANDA, las intervenciones de Enfermería de NIC y los
resultados de Enfermería de la NOC. El estudio fue realizado
durante el año 2005 en la unidad de Pronto socorro de un
hospital público del Distrito Federal. Los resultados del estudio
permitieron identificar los siguientes diagnósticos de enfermería:
confusión aguda, constipación y conocimiento deficiente. Desde
el punto de vista de las dificultades enfrentadas durante la
realización del estudio, consideramos importante mencionar las
siguientes: el desinterés tanto del equipo de enfermería como
del propio paciente, la falta de recursos materiales, el déficit de
conocimientos y la escasa preparación de los profesionales, en
síntesis, la insuficiencia de los recursos materiales y humanos
para realizar los cuidados que son necesarios.

Descriptores: Asistencia de Enfermería; Proceso de


Enfermaría; Enfermería práctica.

1. INTRODUÇÃO

A Cirrose Hepática (CH), doença crônico-degenerativa, figura


entre as principais doenças gastrintestinais constituindo um
sério problema de saúde pública por ser responsável por
elevados índices de morbimortalidade, internações hospitalares
repetitivas e absenteísmo no trabalho, gerando elevados custos
para saúde e economia do País.

O fígado, estrutura primordialmente afetada pela patologia


supracitada, desempenha funções extremamente importantes
no que se refere à produção, armazenamento, biotransformação
e excreção de uma variedade de substâncias envolvidas no
metabolismo. Dentre elas, destacam-se: regulação da
concentração sangüínea de glicose, conversão de amônia
(substância tóxica ao organismo) em uréia, síntese de vitaminas
e proteínas plasmáticas, secreção de bile que atua na digestão
das gorduras, entre outras(1,2). Portanto, os distúrbios hepáticos
geram conseqüências desastrosas para o organismo como um
todo.

A Cirrose Hepática caracteriza-se pela substituição do tecido


hepático funcional por tecido fibroso, de forma lenta e
gradativa, o que provoca alterações na estrutura do fígado
culminando na perda ou redução das funções hepáticas. Embora
essa doença possua outras etiologias como hepatite viral aguda,
obstrução e infecção biliar crônica, infecção parasitária e
invasão tumoral, a principal causa é o consumo crônico de
álcool (2,3). No Brasil, Estados Unidos e México, o alcoolismo é
responsável por mais de 50% dos casos de cirrose hepática(2).

A deterioração das funções hepáticas se agrava com a


progressão da doença, gerando danos ao organismo e colocando
em risco a vida do indivíduo. São freqüentes sinais e sintomas
como: icterícia, hipertensão portal, varizes esofágicas, gástricas
e hemorroidais, edema e deficiências nutricionais(1,2). Os
achados laboratoriais indicam elevação dos níveis séricos das
transaminases hepáticas (AST e ALT), bilirrubina, níveis
reduzidos de albumina. O diagnóstico pode ser confirmado pela
ultra-sonografia e cintilografia hepática(1).

Não existe tratamento capaz de debelar a doença, portanto a


meta consiste em deter a progressão da mesma e prevenir o
desenvolvimento de possíveis complicações. As mudanças nos
hábitos alimentares e a abolição do álcool são fundamentais. A
terapêutica está voltada para a melhora do estado nutricional
através de suplementos nutricionais, vitaminas e alimentos
hiperprotéicos (exceto na presença de encefalopatia hepática).
Alguns medicamentos como diuréticos, antiácidos e antibióticos
são utilizados(1).

Grandes desvios portossistêmicos levam a complicações como


encefalopatia hepática, sepse e alterações metabólicas. Além
disso, a perda sanguínea aguda devido ao sangramento varicoso
gera hipóxia aos hepatócitos, podendo precipitar insuficiência
hepática. A hemorragia varicosa com subseqüente insuficiência
hepática é uma das principais causas de morte em pacientes
com cirrose hepática(3).

Tendo em vista a problemática da cirrose hepática na saúde


pública, torna-se fundamental que sejam despendidos esforços
na tentativa de melhorar o prognóstico dos indivíduos
acometidos por esta doença. Estes indivíduos necessitam de
assistência de uma equipe multiprofissional e interdisciplinar
abrangendo áreas de medicina, enfermagem, nutrição,
assistência social, psicologia e outras.
A abordagem deste estudo restringiu-se à assistência de
enfermagem. Tendo como pressuposto que o enfermeiro presta
cuidados integrais e contínuos ao indivíduo, desde seu estado
mais estável ao mais crítico, julga-se relevante a utilização de
um método que lhe permita dispensar assistência mais
qualificada e organizar suas ações. Este método, conhecido
como Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), é
utilizado através do Processo de Enfermagem (PE).

O PE pode ser definido como aplicação prática de um modelo


assistencial ou teoria de enfermagem na assistência aos
pacientes. Este Processo é um instrumento metodológico que
possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e/ou
predizer a resposta da clientela aos problemas de saúde ou aos
processos vitais, e determinar que aspectos dessas respostas
exigem uma intervenção profissional(4).

A Enfermagem tem apresentado necessidades de padronização


de uma linguagem que pudesse ser entendida e praticada por
enfermeiros em vários locais. A partir dessas necessidades
começaram a ser criados instrumentos de trabalho que
proporcionam interação dinâmica durante a execução do
Processo de Enfermagem, sendo eles: Os sistemas de
classificação de Diagnósticos de Enfermagem (North American
Nursing Diagnosis Association - NANDA), Classificação das
Intervenções de enfermagem (Nursing Interventions
Classification - NIC) e Classificação dos Resultados de
Enfermagem (Nursing Outcomes Classification - NOC (4).

Os sistemas de classificação fornecem uma linguagem


padronizada, utilizada no processo e no produto do raciocínio e
do julgamento clínico sobre as respostas humanas aos
problemas de saúde e processos vitais (4). Assim, facilitam a
detecção, intervenção e avaliação dos cuidados, de acordo com
o problema apresentado pelo indivíduo, organizando e
orientando as ações de enfermagem para as necessidades
individuais.

O sistema de classificação de Diagnósticos de Enfermagem da


NANDA é um dos mais conhecidos e divulgados no âmbito
mundial. Atualmente trabalha-se com a Taxonomia II da
NANDA, com 167 Diagnósticos de Enfermagem aprovados até o
momento.

O sistema de classificação de Intervenções de Enfermagem


(NIC) iniciou-se em 1987 e continua em desenvolvimento. Este
instrumento emergiu em parte do trabalho realizado pela
NANDA. Atualmente, a NIC apresenta 486 intervenções de
enfermagem perfazendo um total de atividades superior a doze
mil. A NIC nomeia e descreve intervenções executadas na
prática clínica em resposta a um Diagnóstico de Enfermagem.

O sistema de classificação de resultados de enfermagem (NOC)


vem sendo desenvolvido desde 1991, por um grupo de
pesquisadores também pertencentes ao grupo da NIC. A NOC é
uma classificação abrangente e padronizada de resultados da
clientela (indivíduo família ou comunidade) influenciados pela
execução de intervenções de enfermagem.

O Processo de Enfermagem na definição de Horta(5), é a


dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando
a assistência ao ser humano. Caracteriza-se pelo inter-
relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos. Horta
apresentou um modelo conceitual de enfermagem, cujo
fenômeno central é o processo vital, e do qual emergem
princípios para guiar a prática. O modelo conceitual representa a
matriz de idéias que em sua totalidade simbolizam o homem.

Assim, Hortaprocurou iniciar o desenvolvimento de uma teoria,


a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, onde procura
mostrar a Enfermagem como ciência aplicada, transitando da
fase empírica para a fase científica, desenvolvendo suas teorias,
sistematizando seus conhecimentos, pesquisando e tornando-se
dia-a-dia, como uma ciência independente. A autora inspira-se,
para o desenvolvimento de seus estudos, na Teoria da
motivação humana de Maslow (necessidades fisiológicas,
segurança, amor, estima e auto-realização), fundamentada nas
necessidades humanas básicas, sendo elas: Necessidades
psicobiológicas; Necessidades psicossociais; Necessidades
psicoespirituais, divididas em categorias e subcategorias (5).

2. OBJETIVOS

Desta forma, o presente estudo propôs-se a descrever a


Sistematização da Assistência de Enfermagem a um portador de
Cirrose Hepática, tendo como referencial teórico o modelo
conceitual de HORTA, utilizando os Diagnósticos de Enfermagem
da Taxonomia II da NANDA, as Intervenções de Enfermagem da
NIC, os Resultados de Enfermagem da NOC e relatar as
dificuldades encontradas na implementação da SAE.

3. METODOLOGIA

Trata-se de um Estudo de Caso desenvolvido no Hospital


Regional de Ceilândia, da Secretaria de Estado de Saúde do
Distrito Federal, em Setembro de 2005, junto a portador de
Cirrose Hepática internado na unidade de Pronto Socorro. Este
estudo foi autorizado pelo paciente, mediante a assinatura do
Termo de Consentimento pré-estabelecido, respeitando os
princípios da Resolução nº 196/96, no que se refere a pesquisas
com seres humanos(6).

Aplicou-se a Sistematização da Assistência de Enfermagem nas


seguintes etapas: Coleta de Dados; Diagnósticos de
Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação e
Avaliação da Assistência dispensada. Para a primeira fase do
processo utilizou-se o instrumento de coleta de dados da
Faculdade JK Coordenação de Enfermagem, que consta da
entrevista, do exame físico, da observação e do registro das
informações, embasado no modelo conceitual de Wanda de A.
Horta.

Já de posse dos dados compilados, processou-se a análise dos


mesmos, a construção dos diagnósticos de enfermagem (de
acordo com a taxionomia II da NANDA), o planejamento, a
implementação (de acordo com a NIC) e, por fim, a avaliação,
chegando aos resultados (NOC).

As dificuldades encontradas foram detectadas ao longo da


implementação do Processo de Enfermagem, através da
observação das autoras e posteriormente descritas
sequêncialmente no decorrer do trabalho desenvolvido.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Apresentação do Caso

J.F.S, 58 anos, sexo masculino, cor parda, ensino fundamental


incompleto, pedreiro autônomo, não possui religião, natural de
Irecê BA. É casado, dois filhos, mora com a esposa, filhos e
nora, em casa própria de alvenaria, com sete cômodos, provida
de saneamento básico e luz elétrica. Portador de hipertensão
arterial há quinze anos e cirrose hepática há cinco meses. Em
uso domiciliar de captopril 25mg 2x/dia e aldactone 25mg/dia.
Relata não estar usando a medicação há alguns dias. Deu
entrada na unidade de emergência de um hospital público de
Brasília, em setembro de 2005, apresentando quadro clínico de
icterícia e prurido generalizados, distensão e desconforto
abdominais, dispnéia, anorexia, náusea, edema em membros
inferiores, sinais estes que tiveram início há cerca de cinqüenta
dias e, desde então, têm progredido. Passado de internação
hospitalar por hipertensão, intoxicação alcoólica e cirrose
hepática (há cinco meses). Pai falecido de insuficiência cardíaca.
Não fuma há dez anos, relata ter sido tabagista por 20 anos,
com uso diário de 20 cigarros; etilista há 44 anos, refere
ingestão de cerca de um litro/dia de "conhaque e 51" durante os
quatorze dias anteriores à hospitalização. Faz 2 refeições ao dia
(almoço e jantar), baixa ingestão de legumes e frutas; não se
alimenta em alguns dias devido à ingestão excessiva de álcool;
ingere entre 2-2,5 litros de líquidos. Refere alteração no ritmo
circadiano há cinqüenta dias, dorme muito durante o dia e
pouco durante a noite. Verbaliza ansiedade e insistência em
receber alta hospitalar. Demonstra ciência de que seu estado é
complicado, porém manifesta pouco interesse em adotar
medidas para controlar a progressão da doença. Não consegue
verbalizar, mesmo que de forma simples, conhecimentos sobre
sua patologia. Não possui grandes expectativas de vida. Ao
exame físico: consciente e orientado, com períodos de
alucinações, comunicativo e cooperativo. Deambulando pouco e
com auxílio, marcha lenta. Apresentando icterícia generalizada,
turgor de pele diminuído. Aparelho Respiratório: tórax simétrico,
expansibilidade simétrica diminuída, respiração espontânea,
superficial, com auxílio de O2 úmido a 4litros/min. por cânula
nasal, murmúrios vesiculares fisiológicos. Aparelho
Cardiovascular: sem alterações perceptíveis. Abdome: ascítico,
vasos sangüíneos proeminentes, tenso, palpação do fígado
impossibilitada pela ascite, RHA diminuídos. Eliminações:
oligúria, urina concentrada; evacua a cada 6-8 dias, fezes
endurecidas de cor marrom-amarelada. Extremidades: membros
inferiores edema em cacifo ++/4+, perfusão periférica
diminuída. Medidas antropométricas: Circunferência abdominal
= 145cm, Peso = 105,5 Kg, IMC = 38,67%. SSVV: PA = 170 x
100 mmHg, P = 98 bpm, R = 26 rpm e T.ax. = 36,9°C. Durante
a internação o paciente estava sobre terapia medicamentosa
com: captopril 25mg 2x/dia, furosemida 40mg, 12/12h,
aldactone 25mg 1x/dia, rocefin 2g 1x/dia e gentamicina 80 mg
8/8h. Exames laboratoriais alterados: Ht = 32%, Hb =
9,5mg/dL; uréia = 119mg/dL; creatinina = 3,3mg/dL; albumina
= 2,5g/dL; TGO = 96U/L; TGP = 36U/L; BT = 59,5mg/dL; BI =
33,4mg/dL; e, BD = 26,1mg/dL.

4.2 Plano Assistencial

Existe hoje, um sério problema relacionado à adesão ao


tratamento das doenças crônicas, possivelmente, por este
consistir numa terapêutica de longa duração e exigir do
indivíduo mudanças no estilo de vida. Em relação à cirrose
hepática, não poderia ser diferente visto que a abolição do
álcool, fator imprescindível para se obter resultados satisfatórios
quanto ao tratamento, representa o maior entrave. O alcoolismo
constitui um problema individual e social, pois o indivíduo sob
estado de embriaguez torna-se, geralmente, agressivo e isso
começa, com o decorrer do tempo, a refletir sobre os ambientes
familiar e comunitário do indivíduo, afastando dele, as pessoas
com as quais ele se importa.

Na presente pesquisa, observou-se que o indivíduo necessitava


de cuidados tanto físicos, quanto psicológicos e sociais que
pudessem melhorar o seu estado. O fato de não haver
tratamento capaz de curar essa doença faz-nos refletir sobre a
importância de se instituir cuidados visando, ao menos, retardar
a sua progressão, proporcionando qualidade de vida ao
paciente. Deste modo, procurou-se desenvolver um plano de
cuidados que estivesse de acordo com a realidade do paciente e
da Instituição e tornar esse indivíduo, participante ativo dos
seus cuidados.

Ao iniciar o desenvolvimento do plano de cuidados de


enfermagem, deve-se ter em mente que há necessidade de se
criar, primeiramente, um ambiente em que o cliente sinta-se
seguro e à vontade para se expressar. Lidar com o um portador
de doença crônica, exige do enfermeiro domínio de
conhecimento, postura e comunicação, instrumentos estes que,
associados à criatividade e dinamicidade, permitem a formação
de um elo de confiança entre o enfermeiro e o paciente,
favorecendo a abordagem terapêutica. Já que o indivíduo sob
estudo constituiu o foco principal das ações, foi reservado maior
espaço da consulta de enfermagem a ele para expressar seus
valores, crenças, medos e expectativas quanto ao seu
tratamento e acompanhamento.

Embora o foco principal da ação de enfermagem seja o indivíduo


portador de cirrose hepática, a sua família merece especial
atenção. Isto se justifica pela influência que a família exerce
sobre cada um de seus membros, um fator sócio-cultural
expresso pela necessidade do indivíduo em seguir o mesmo
hábito de vida de seus familiares. Portanto, a mudança no estilo
de vida e nos hábitos alimentares do indivíduo deverá envolver
os outros membros da sua família para que haja um estímulo
maior à adesão ao tratamento e ao autocuidado.

Na enfermagem, são muitos os fatores que consideram o P.E ou


a SAE uma ferramenta para a melhoria da qualidade da
assistência prestada, benefício que já vem sendo apontado, há
algum tempo, por vários autores (7).

Todo Processo de Enfermagem deve estar embasado numa


teoria que lhe confira sustentação e que capacite o enfermeiro
para agir com previsão e coerência(8). Tendo como prerrogativa
esta afirmação, optou-se por desenvolver um plano de cuidados
que estivesse de acordo com a realidade da Instituição e que
envolvesse as necessidades atuais do paciente, sendo o modelo
conceitual de Horta, o mais adequado.

A coleta de dados constituiu-se no ponto de partida para a


elaboração do plano de cuidados. Durante a mesma, foram
detectados vários problemas reais e potenciais que, há algum
tempo, vinham trazendo prejuízos à vida do paciente como, por
exemplo, a dificuldade para deambular, que o tornava
dependente de outras pessoas para ajudá-lo a realizar sua
higiene corporal, bem como a relutância do paciente no
tratamento e na aceitação do cuidado, fato evidenciado no início
do processo. Diante dos vários problemas levantados,
identificaram-se treze diagnósticos de enfermagem de acordo
com a taxonomia II da NANDA(9) dos quais, oito foram descritos
nesse trabalho por serem mais específicos da doença e por
representarem prejuízos maiores ao paciente.

Frente a esses diagnósticos, foi elaborado o planejamento da


assistência de enfermagem, utilizando as intervenções segundo
a classificação da NIC(10) que pudessem levar a resultados, de
acordo com a classificação da NOC(11), satisfatórios para o
paciente, os quais foram avaliados em encontros subseqüentes
com o mesmo. Esses resultados demonstraram que o mesmo
apresentou melhoras satisfatórias no seu estado físico e mental.

Pôde-se verificar que esse indivíduo obteve uma boa evolução


do quadro de dispnéia, regressão do edema e da ascite, alívio
da fadiga, hidratação da pele e, além disso, o mesmo tornou-se
mais ciente quanto ao seu caso clínico, cooperando com os
cuidados dispensados e aceitando com maior disposição as
orientações quanto ao autocuidado. Assim, pôde-se observar
que houve, a curto prazo, uma melhora do estado geral.
Acredita-se que o cuidado seja mais adequado quando o
enfermeiro consiga perceber por meio de sua experiência, de
sua habilidade técnica e cognitiva as reais demandas de cuidado
e, assim, elabore propostas sistematizadas, individualizadas e
prioritariamente articuladas com as necessidades reais do
paciente/cliente e família(12).

Através do presente estudo, verificou-se que a SAE, quando


aplicada de forma correta, representa grande benefício para o
paciente e para a equipe de enfermagem. Por se caracterizar
como uma profissão dinâmica, a enfermagem necessita de uma
metodologia capaz de refletir tal dinamismo(13). Para as autoras
deste trabalho, essa assistência metódica, sistemática e
individualizada permitiu uma melhor organização do trabalho e
dos cuidados dispensados proporcionando, durante a
implementação das ações, a avaliação dos resultados e, sempre
que necessário, a modificação ou finalização de algumas
intervenções.

A experiência da implementação da SAE vivenciada pelas


autoras, possibilitou a identificação de algumas dificuldades
como: desinteresse de alguns membros da equipe de
enfermagem e do próprio paciente em contribuir com a
sistemática, deficiência de conhecimento e despreparo dos
profissionais para lidar com esse método de trabalho, recursos
materiais e humanos insuficientes para dispensar o cuidado.
Seria, entretanto, amadorismo acreditar que implementar uma
sistematização segundo o modelo teórico adotado, num serviço
de enfermagem, fosse algo fácil. Pelo contrário, grandes
entraves existem e serão superados somente com um trabalho
constante e árduo (14).

Deve-se ressaltar que, durante a realização dessa sistemática


de trabalho, deparamos com um fator crucial na implementação
da SAE a este paciente, ou seja, a adequação do Processo de
Enfermagem à realidade do momento e da Instituição de saúde,
já que a mesma vinha apresentando vários problemas
administrativos e assistenciais, o que não a diferencia de outros
hospitais públicos do Brasil. Não devemos jamais ignorar esta
problemática, pois na nossa realidade de saúde brasileira, as
situações caóticas do serviço público, nos leva a enfrentar
grandes dificuldades e empecilhos, inclusive na implementação
da SAE.

Vários enfermeiros têm sido perseverantes em enfrentar estes


problemas, na tentativa de implantar a SAE nas instituições
onde exercem suas atividades. Muito se tem conseguido, desde
a melhor organização das atividades de enfermagem e redução
do tempo ao executá-las até uma assistência mais qualificada
ao paciente e conquista da autonomia dos enfermeiros enquanto
profissionais de saúde.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da aplicação da SAE, alguns resultados planejados para
o cliente foram alcançados, proporcionando-lhe melhor
qualidade de vida. Os fatores fisiopatológicos, psicológicos e
sociais peculiares ao portador de cirrose hepática, propiciaram a
elaboração de um processo de enfermagem sistemático, que
contribuiu de maneira positiva para a complementação do
processo de recuperação da saúde do mesmo.

Sugere-se que mais trabalhos, tanto na forma de estudos de


caso quanto na forma de pesquisas quanti-qualitativas,
envolvendo a aplicabilidade da SAE nas instituições de saúde,
sejam realizados e publicados, a fim de tornar conhecidas, as
facilidades e dificuldades encontradas pelos enfermeiros na
implementação da mesma, para que possam servir de exemplos
para nortear as ações de enfermeiros de diferentes instituições
tanto públicas quanto privadas.

Espera-se que este estudo contribua para que muitos


profissionais de enfermagem possam refletir quanto à
importância da aplicação do processo de enfermagem como um
instrumento metodológico e sistemático para a melhoria do
padrão da assistência oferecida e que não fique somente na
reflexão, mas possa abrir caminhos para colocar em prática o
Processo de Enfermagem.

REFERÊNCIAS

1. Smeltzer SG, Bare BG. Tratado de enfermagem médico-


cirúrgica. 10ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan;
2005. [ Links ]

2. Coltran RS, Kumar V, Collins T. Robins. Patologia estrutural e


funcional. 6ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2000.
[ Links ]

3. Swearingen PL, Keen JH. Manual de enfermagem no cuidado


crítico: intervenções em enfermagem e problemas
colaborativos. 4ª ed. Porto Alegre (RS): Artes Médicas; 2005.
[ Links ]

4. Chianca TCM, Rocha AM, Pimentel MO. Sistematização da


Assistência de Enfermagem e o Sistema único de saúde. In:
Anais do 7º Simpósio Nacional de Diagnósticos de Enfermagem;
Belo Horizonte (MG), Brasil; 29 abr 1 maio; 2004. Belo
Horizonte (MG): ABEn; 2004. p. 24-52. [ Links ]

5. Horta WA. Processo de enfermagem. São Paulo (SP): EPU;


1979. [ Links ]

6. Ministério da Saúde (BR). Conselho Nacional de Saúde.


Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo
seres humanos. Resolução nº 196 de 1996. Inform Epidemiol
SUS 1996;5(2):14-41. [ Links ]
7. Foschiera F, Viera CS. O diagnóstico de enfermagem no
contexto das ações de enfermagem: percepção dos enfermeiros
docentes e assistenciais. Rev Eletr Enferm 2004; 6(2):189-98.
[ Links ]

8. Sena CA, Carvalho EC, Rossi LA, Ruffino MC. Estratégias de


implementação do processo de enfermagem para uma pessoa
infectada pelo HIV. Rev Latino-am Enfermagem 2001; 9(1): 27-
38. [ Links ]

9. North American Nursing Diagnosis Association - NANDA.


Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e
classificação 2003-2004. Porto Alegre (RS): Artmed; 2004.
[ Links ]

10. McCloskey JC, Bulechek MG. Classificação das Intervenções


de Enfermagem NIC. 3ª ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2004.
[ Links ]

11. Johson M, Bulechek G, Dochterman JM, Maas M, Moorhead


S. Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem
ligações entre NANDA, NOC e NIC.Porto Alegre (RS): Artmed;
2005. [ Links ]

13. Dell'acqua MCQ, Miyadahira AMK. Ensino do Processo de


Enfermagem nas escolas de graduação em enfermagem do
estado de São Paulo. Rev Latino-am Enfermagem 2002;
10(2):185-91. [ Links ]

14. Andrade JS, Vieira MJ. Prática assistencial de enfermagem:


problemas, perspectivas e necessidade de sistematização. Rev
Bras Enferm 2005; 58(3): 261-5. [ Links ]

15. Reppetto MA, Souza MF. Avaliação da realização e do


registro da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
em um hospital universitário. Rev Bras Enferm 2005; 58(3):
325-9. [ Links ]

Submissão: 12/06/2006
Aprovação: 02/0

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ANEXO II
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
LÍNGUA PORTUGUESA - 05 QUESTÕES:
Interpretação de texto; Sinônimos e antônimos; Sentido próprio e figurado das palavras; Ortografia oficial;
Acentuação Gráfica; Pontuação; Substantivo e adjetivo: Emprego de pronomes, preposições e
conjunções; Concordância verbal e nominal; Crase; Regência.
MATEMÁTICA - 05 QUESTÕES:
Números inteiros: operações e propriedades; Números racionais: representação fracionária e decimal:
operações e propriedades; Razão e proporção; Porcentagem; Regra de três simples; Equação do 1º grau;
Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade; Relação entre grandezas:
Raciocínio Lógico; Resolução de Problemas.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS: 30 QUESTÕES
Atualidades; Conhecimentos Gerais; Processo saúde e doença e seus determinantes/condicionantes.
Princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Conhecimentos em Vigilância em Saúde. Promoção
da saúde: conceitos e estratégias. Participação e mobilização social. Conhecimentos gerais sobre hábitos
de higiene e alimentação saudável. Noções de ética e cidadania. Lei Federal nº 11.350 de 05/10/2006.
Ministério da Saúde - Portaria MS/GM nº 648 de 28 de março de 2006. Situações do Agente Comunitário
de Saúde frente às visitas domiciliares freqüentes. Mapeamento e territorialização. Sistema de Informação
da Atenção Básica (SIAB - manual): Ficha de cadastramento, ficha de consolidação de dados,
atendimento aos grupos prioritários.
ANEXO

Carbapenemases Klebsiella
pneumoniae (KPC)

O aparecimento de resistência carbapenemase


em Klebsiella pneumoniae e outras bactérias
Enterobacteriaceae

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Antecedentes

Multirresistente Gram negativas, incluindo alargado espectro de ß-lactamase (ESBL)


patógenos que produzem, são um problema cada vez mais difícil nos hospitais dos
EUA. antibióticos carbapenêmicos, tais como o meropenem e imipenem, têm sido a
pedra angular do tratamento da droga para infecções graves causadas por estes
patógenos. A resistência aos carbapenêmicos tem sido raro até agora. Recentemente,
Klebsiella pneumoniae desenvolveu um novo mecanismo de resistência aos
carbapenêmicos, conhecida como CPK, e tem causado vários surtos de infecção
prolongada na região Nordeste de os EUA.

O que é um KPC?

K. pneumoniae carbapenemases (SCPK) foi descrito primeiramente em 2001, em um


isolado de Klebsiella de um hospital na Carolina do Norte.2 KPC enzimas são
codificadas em segmentos de genes que podem ser passados entre as bactérias
conhecidas como plasmídeos. Bactérias com enzimas CPK podem inativar todas as
penicilinas, cefalosporinas, aztreonam eo mais importante carbapenêmicos. resistência
KPC pode co-existir com outros mecanismos de resistência a bactérias gram-negativas -
inclusive ESBL, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos e resistências.

O problema começa assim: um surto em Nova York

Em um hospital de Nova York (hospital A), 2 pacientes com imipenem-resistente


pneumoniae K infecção foram reconhecidas em agosto de 2003. Trinta pacientes
adicionais, apesar de a educação escalados e intensificaram as precauções de contato,
foram identificados como tendo imipenem-resistente K. pneumoniae infecção sobre os
próximos seis meses. O aumento da resistência a múltiplas drogas K. pneumoniae
solicitado notificação do New York State Department of Health. Trinta dos 32 (94%)
isolados foram considerados a ser adquirido nosocomially. Dois residentes do lar de
idosos tiveram positiva resultados da cultura dentro de 48 horas de internação, sugerindo
a instalação de cuidados de longa duração pode ter sido a fonte do organismo. Um
vínculo epidemiológico dos casos, no entanto, acabou por não ser identificado. Das 32
culturas, com resultados positivos, 12 oriundos urina, 7 de escarro, 9 de sangue, e 4 a
partir de amostras da ferida.

Um imipenem-resistente K. pneumoniae isolado foi recuperado em um segundo hospital


em Nova York (Hospital B) em Dezembro de 2003. Dois pacientes adicionais foram
posteriormente encontrados para abrigar imipenem-resistente pneumoniae K em
fevereiro 2004. No que se seguiu 3 meses, outros 24 pacientes foram identificados com
resistente K. pneumoniae As infecções neste hospital. Uma investigação do surto
demonstraram que todos os isolados foram adquiridos nosocomially, com duração
média de permanência hospitalar antes da cultura positiva de 18 dias. Das 27 culturas
positivas com resultados, 6 originado a partir da urina, 4 de escarro, 13 a partir de
sangue, e 4 a partir de amostras da ferida.

A investigação do surto de ambos os hospitais foi publicada no Archives of Internal


Medicine em 2005.3 Os investigadores analisaram os prontuários médicos de todos os
60 pacientes (5 pacientes identificados no estudo de vigilância, 32 pacientes do hospital
A, e 23 pacientes do hospital B) e fez as seguintes observações:

o Os pacientes teve graves co-morbidades


o Antibiótico prévio A terapia incluiu fluoroquinolonas em 36 pacientes
(60%), e -Lactâmicos / -Lactamase inibidor de antibióticos em 36
(60%)
o Apenas 12 pacientes (20%) casos haviam recebido previamente
carbapenêmicos
o Quarenta e três pacientes (72%) tiveram infecções nosocomiais
o KPC infecção foi associada com alta mortalidade
 Mortalidade em duas semanas após a detecção de bacteremia
KPC foi de 47%
o Tratamento Foi difícil porque a maioria dos isolados foram resistentes a
todos os -Lactâmicos antibióticos, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos e
o A maioria dos isolados clínicos de clones semelhantes

O problema cresce: resistência à propagação da KPC

KPC resistência tem sido relatada em outros estados (Nova Jersey, Pensilvânia, FL, GA,
MD, CA, OH), incluindo Carolina do Norte. KPC resistência também tem sido relatado
em todo o mundo, em Israel,4 China,5 América do Sul,6 e na França.7 Finalmente, o
plasmídeo que abriga o gene de resistência KPC tenha transmitido a outras bactérias
Gram negativas, incluindo Enterobacter,8 K. oxytoca,9 Pseudomonas,10 E. coli,11 e S.
marcescens5.

Laboratório Implicações da KPC organismos

KPC resistência não pode ser detectado através de métodos laboratoriais de rotina. O
caldo padrão método de microdiluição é propenso ao efeito de inóculo, onde um isolado
do MIC foi relacionada ao tamanho do inóculo. O ertapenem não parece ser
influenciada por esse efeito e tem maior sensibilidade para a resistência KPC. Vários
estudos têm suportado o uso de ertapenem como o padrão de laboratório para triagem
de atividade KPC. O melhor método para detectar SCPK ainda está sendo determinado.

Existe uma camada adicional de complexidade para triagem mesmos organismos para
outras resistências, como ESBL. Este processo de várias etapas de trabalho intensivo e
muito difícil sem o uso de métodos moleculares.

Implicações para a Gestão de organismos KPC.

Organismos com resistência KPC são sensíveis apenas a alguns agentes aos
antibióticos. Colistina e tigeciclina são duas drogas que têm a atividade, mas ambos têm
limitações. Colistina está relacionado à nefrotoxicidade. Há apenas dados limitados
sobre o uso de tigeciclina em infecções complicadas intra-abdominal pelo organismo
ESBL. Além disso, a tigeciclina pode não ser eficaz para bacteremia com organismos
resistentes Gram-negativas devido a baixos níveis sanguíneos de drogas.

Aminoglicosídeos, quando suscetíveis, pode ser utilizado como adjuvante antibiótico


para um dos dois antibióticos descritos acima. Ototoxicidade e nefrotoxicidade, no
entanto, pode limitar o uso desses agentes em pacientes com inúmeras co-morbidades.

KPC Resumo
• Organismos com resistência KPC estão cada vez mais difundido. hospitais
Membro provavelmente detectar casos importados ou nosocomial, no futuro
próximo.

• SCPK acrescentar a evidência de suporte para antibiograma baseado mordomia


prescrição de antibiótico e antibiótico.

• Infecções por organismos KPC tendem a ocorrer em pacientes com múltiplas co-
morbidades. A mortalidade associada à infecção KPC é tão alto.

• métodos laboratoriais para detecção da resistência KPC ainda estão sendo


formalizadas.

• infecções KPC têm muito poucas opções terapêuticas.

• KPC surtos geralmente são clonais. precauções de contato Intensificação de


isolamento e higiene das mãos são fundamentais para controlar a propagação.

Por favor, veja opinião do Medscape KPC ea sua propagação a nível global em
http://www.medscape.com/viewarticle/587949

Referências

1. National Nosocomial Infections Surveillance (NNIS) System Report, o resumo dos


dados de janeiro de 1992 a junho de 2003, emitido agosto de 2003. Am J Infect Control
2003; 31 (8) :481-98.

2. Yigit H, Queenan AM, Anderson GJ, et al. Novela hidrolisar carbapenem-beta-


lactamases, KPC-1, a partir de uma cepa resistente a carbapenem Klebsiella
pneumoniae. Antimicrob Chemother agentes 2001, 45 (4) :1151-61.

3. Bratu S, D Landman R, Haag et al. A rápida disseminação de carbapenem resistente


Klebsiella pneumoniae, em Nova York: uma nova ameaça para o nosso arsenal de
antibióticos. Arquivos da medicina interna 2005, 165 (12) :1430-5.
4. Leavitt A, Navon-Venezia S, Chmelnitsky I, Schwaber MJ, Carmeli Y. Surgimento
de KPC-2 e KPC-3 em carbapenem resistente cepas de Klebsiella pneumoniae em um
hospital israelense. Antimicrob Chemother agentes 2007; 51 (8) :3026-9.

5. ZQ Wei, Du XX, YS Yu, P Shen, YG Chen, Li LJ. Mediada pelos plasmídeos KPC-2
em uma Klebsiella pneumoniae isolado da China. Antimicrob Chemother agentes 2007,
51 (2) :763-5.

6. Villegas MV, K Lolans, Correa A, et al. Primeira detecção da classe mediada pelos
plasmídeos A carbapenemase KPC-2 em isolados clínicos de Klebsiella pneumoniae da
América do Sul. Antimicrob Chemother agentes 2006; 50 (8) :2880-2.

7 T. Naas, Nordmann P, G Vedel, Poyart C. mediada pelos plasmídeos hidrolisar


carbapenem KPC-beta-lactamases em Klebsiella pneumoniae isolado de França.
Antimicrob Chemother agentes 2005, 49 (10) :4423-4.

8. Bratu S, Landman D, M Alam, Tolentino E, Quale J. Detecção de KPC-hidrolisar


carbapenem enzimas em Enterobacter spp. de Brooklyn, Nova York. Antimicrob
Chemother agentes 2005, 49 (2) :776-8.

9. H Yigit, Queenan AM, JK Rasheed, et al. cepa resistente Carbapenem de Klebsiella


oxytoca abrigar hidrolisar carbapenem-beta-lactamases KPC-2. Antimicrob Chemother
agentes 2003, 47 (12) :3881-9.

10. Villegas MV, K Lolans, Correa JP Quinn, JN Kattan, JA Lopez. Primeira


identificação de isolados de Pseudomonas aeruginosa produzindo um tipo KPC-
hidrolisar carbapenem-lactamases beta. Antimicrob Chemother agentes 2007, 51 (4) :
1553-5.

11. Navon-Venezia S, Chmelnitsky I, Leavitt A, Schwaber MJ, Schwartz D, Carmeli Y.


mediada pelos plasmídeos imipenem-hidrólise da enzima KPC-2 entre vários
Escherichia coli carbapenem resistente clones em Israel. Antimicrob Chemother agentes
2006, 50 (9) :3098-101.

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