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[SUMÁRIO – Processos Cognitivos Automáticos] 2009-2010

Automaticidade (processos inconscientes) - investigação começou nos anos 70.


Comportamento automático (inconsciente) NÃO É o contrário de controlo.
Julgamentos, sentimentos e comportamentos podem ser influenciados por:
• Informação subliminar sem acesso introspectivo;
• Informação que se recorda mas cuja influência não temos consciência;
• Informação consciente num dado momento mas que posteriormente não se recorda.
Os 4 ‘cavaleiros’ da automaticidade:
 Acesso introspectivo;
 Intenção;
 Eficiência - grau em que um processo mental exige recursos atencionais para a sua execução;
 Controlo.
Como fazer inferências sobre processos e estruturas cognitivas? Usando:
• Latência das respostas;
• Ordem de recordação dos estímulos;
• Manipulações de sobrecarga cognitiva.

Investigação sobre processos automáticos e técnicas de primação:


 ACESSIBILIDADE (facilidade de activação) e influência em fenómenos psicológicos (impressões, avaliações,
comportamentos);
 SEM CONSCIÊNCIA DAS INFLUÊNCIAS, sem intencão, e/ou requerendo pouco esforço e controlo.

Processos subliminares (subconjunto dos processos pré-conscientes) ocorrem sem acesso introspectivo – estímulo
primo apresentado rápido demais para ser relatado.
Automaticidade pós-consciente: estímulo primo apresentado supraliminarmente, é consciente, mas os seus efeitos
temporários não são relatáveis. Resultam de uma activação residual do processamento consciente.

A psicologia cognitiva equacionou inconsciente com processamento subliminar.


Cognição Social: Os efeitos não dependem da falta de consciência do estímulo desencadeador em si mas da falta de
consciência da influência potencial do estímulo:
Conceitos cronicamente acessíveis: activados automaticamente na presença real ou imaginada do objecto, eficiente
e sem intenção e controlo.
Técnicas de primação para simular experimentalmente efeitos de ligações automáticas associativas crónicas (e. g.,
associações semânticas, associações fonológicas, estereótipos, teorias implícitas da personalidade).
A primação produz durante um período curto um nível de activação/acessibilidade numa representação que é
comparável à produzida por um processo automático a longo prazo.
a) Fazio et al. (1986) investigam a activação automática das atitudes com um paradigma de primação sequencial -
modelo da relação atitude comportamento: conceito "rosa" activa sentimentos ou atitudes incontroláveis
relacionados com rosas.
b) Devine (1989): activação automática dos estereótipos com um paradigma de primação conceptual subliminar.

Ausência de acesso introspectivo:


 Não consciência do estímulo (percepção subliminar) – ultrapassa o limiar da consciência.
 Constructos acessíveis cronicamente – prática: interpretação ou categorização enviesada do estímulo. Não
há nada que impeça a consciência, mas podemos perder a noção de recorrência.
 Não reconhecimento da influência potencial de um estímulo supraliminar.
Quanto mais pobre é o acesso introspectivo mais o processo está próximo do pólo automático.

Falha na introspecção (Nisbett & Wilson, 1977): justificações imprecisas pois são baseadas em teorias causais e não
na introspecção directa.
(Bargh, Chen & Burrows, 1996) Primação supraliminar - Indução de traços de personalidade: influências não
relatáveis nos comportamentos sociais complexos. 63% dos primados com o estímulo rude interromperam contra
17% dos primados com delicado.
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Teorias de activação (Srull & Wyer, 1979; Higgins, Bargh & Lombardi, 1985): qualquer processamento de um item
deveria automaticamente activar a sua representação em memória e deixá-la mais acessível para um uso futuro.
TESTE DE ACESSIBILIDADE DE CATEGORIA (MEMÓRIA IMPLÍCITA): (Srull & Wyer, 1979) Formação de impressões
sobre inferências espontâneas: 1. Medir a capacidade linguística (frases sobre comportamentos hostis vs delicados
para ordenar gramaticalmente). 2. Formar impressões de uma pessoa alvo com comportamento ambíguo. O traço
primado influenciou a maneira como a pessoa avaliou.
TESTE DE RECORDAÇÃO (MEMÓRIA EXPLÍCITA): Higgins, Bargh & Lombardi (1985): clarificar se o efeito não
depende da capacidade dos sujeitos para recordar os materiais primados. Relação entre as categorizações e a
memória dos estímulos primados? Tarefa: Recordar o máximo de frases formuladas a partir da tarefa de ordenação
de palavras. O efeito de primação foi ainda maior para os sujeitos que não se lembravam dos estímulos primos!

Amnésicos: défices na memória explícita mas memória implícita sem prejuízo.


Tulving, Schacter & Stark (1982): Quem viu a palavra antes completa o fragmento correctamente com mais
prontidão. Mantêm essa vantagem mesmo que não recorde conscientemente ter visto a palavra antes
Tarefa de memória explícita – apesar de a capacidade para reconhecer as palavras vistas decrescer: (1 semana) < (1
hora), os efeitos de primação são tão fortes: (1 semana) = (1 hora).
Qualquer memória implícita ou explícita depende do ajuste do tipo de informação e do ajuste do antes e do depois.

Processos conscientes contra processos inconscientes:


 Se se lembrar de já a ter contado a piada, evita repetir e contá-la outra vez;
 Se estiver sujeito apenas à primação inconsciente da anedota ou a memória consciente falhar, repete a
piada. Qualquer repetição pode ser vista como evidência de influências inconscientes.

Jacoby et al. (1989) - paradigma que coloca processos conscientes em oposição a processos inconscientes - O efeito
de falso famoso - primação contextual - Julgamentos de fama errados: falha na monitorização da fonte.
Efeito de automaticidade pós-consciente (obscurece a relação entre tarefa 1 e 2) - Obtenção de padrão de efeitos
que não reflecte um fenómeno de base associativa
 Memória Consciente: se se lembrassem exactamente de onde e porque se tinham cruzado com Sebastian
Weisdorf, responderiam com confiança que ele não é famoso,
 Memória Inconsciente: quando os sujeitos são incapazes de se recordar das experiências originais, pode
continuar a resultar numa experiência subjectiva de um sentimento de familiaridade com o estímulo que é
atribuída a uma fonte errada (fama).
Influências de várias experiências persistem mesmo quando somos incapazes de recordar as experiências originais.

PRIMAÇÃO SUBLIMINAR - estudo empírico do subliminar começou há mais de 100 anos: Peirce & Jastrow (1884):
Discriminar entre 2 objectos com base no seu peso (diferença tão pequena que não é detectada conscientemente).
(Debner & Jacoby, 1994): completar um fragmento com qualquer palavra que não tenham visto anteriormente.
Quando subliminar, não excluem as palavras primadas porque não têm consciência de que acabaram de vê-las.

Limiar objectivo: limite que tem que ser ultrapassado para um estímulo ser sentido e entrar no sistema sensorial.
Limiar subjectivo: limite que tem que ser ultrapassado para um estímulo entrar na consciência e ser identificado.
 Se o limiar objectivo não é ultrapassado, não há percepção do estímulo.
 Se o limiar objectivo é ultrapassado mas o limiar subjectivo não, ocorre percepção subliminar.
 Se o limiar subjectivo é ultrapassado, ocorre a percepção consciente do estímulo.
Holender (1986): Apenas o limiar objectivo pode ser um critério definidor da consciência – CRÍTICAS: ignora o
conceito de acesso introspectivo para a definição de consciência; usa só a definição psico-fisiológica de detecção.
Como não existe um limiar subjectivo fixo, dever-se-ia abandonar o termo subliminar e usar termos como percepção
implícita ou inconsciente (Kihlstrom et al., 1992).
Se um estímulo apresentado brevemente atinge o acesso introspectivo depende de diferenças individuais estáveis;
objectivos e necessidades do momento; vários efeitos contextuais.
Sem acesso introspectivo -> percepção implícita ou inconsciente.
Acesso introspectivo -> consciência.
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Mecanismos dos estudos de primação subliminar baseiam-se em três princípios:


(A) Apresentação muito breve dos estímulos: Quantidade de activação interna = A = D (Duração) x I (Intensidade).
Taquitoscópio: varia o nível de iluminação. Recentemente, variam a duração, que depende do estímulo ser
apresentado no campo visual foveal (informação no foco da atenção visual consciente) ou parafoveal (na periferia da
região visual atendida conscientemente). Quanto mais longe do ecrã, maior a área do ecrã que está dentro da região
foveal. A informação na região parafoveal não atinge acesso consciente pelo menos no que concerne à sua
identidade ou significado. É possível usar apresentações de maior duração na zona parafoveal.
(B) Máscara imediata por outro estímulo, com o mesmo tempo, lugar e características – necessária pois a primação
pode levar tempo a dissipar, ou persistir na memória icónica visual (Sperling, 1960).
(C) Averiguações apropriadas da consciência.

Linhas de investigação com primação subliminar:


(a) Formação de impressões.
Bargh & Pietromonaco (1982): Será que o mesmo efeito nos julgamentos sociais (Srull & Wyer, 1979) ocorre quando
os traços são primados subliminarmente? Descrição ambígua do Donald: “Ele recusa-se a pagar a renda enquanto o
senhorio não pintar o apartamento.”: A forte primação de hostilidade afectou a avaliação!
(b) Enviesamento do endogrupo.
Perdue, Dovidio, Gurtman & Tyler (1990) - automaticidade do favoritismo do endogrupo (Teoria da identidade
social / Teoria da auto-categorização). Pronomes colectivos com forte significado na percepção de impressões
sociais: “nós”, (endogrupo) ou “eles” (exogrupo). Primados, activam automaticamente outros constructos
congruentes associados em memória, facilitando os tempos de resposta.
Processamento mais rápido para traços positivos depois de expostos a “nós”: enviesamento do endogrupo, mas não
do exogrupo pois não há diferença significativa entre primação do exogrupo e primação neutra. Há uma primação
positiva com o endogrupo mas não uma identificação negativa com os exogrupos.
(c) Estereótipos.
Perdue & Gurtman (1990) - Preconceito em relação a idosos: Traços negativos mais acessíveis depois da primação
de “old”; traços positivos mais acessíveis depois da primação de “young”.
Devine (1989) - Estereótipo de afro-americano: 1. Expor participantes subliminarmente a palavras relacionadas com
o estereótipo de afro-americano (ritmo, basquete) 2. Formar uma impressão acerca de um alvo com
comportamento hostil ambíguo: participantes com primação 80% avaliaram como mais hostil, apesar de nenhuma
das palavras primadas estar directamente relacionada com hostilidade (não se tratava de primação semântica).

Aquisição de competências - Shiffrin & Schneider (1977: Os processos automáticos podem não ser automáticos na
origem, mas desenvolvem-se dependendo da frequência e consistência, que permite previsibilidade. Ao longo do
tempo, o participante torna-se mais rápido na detecção, independentemente do número de distractores presentes.
Nas condições inconsistentes, as respostas automáticas não se desenvolvem.
Processos muito eficientes e rápidos, não mobilizam recursos cognitivos, são processados em paralelo
(invulneráveis a outros processos que ocorram em simultâneo). Processos controlados requerem tempo e recursos
cognitivos suficientes (podem não ocorrer quando exigências de atenção são elevadas ou em sobrecarga cognitiva).
Teoria dos múltiplos recursos – vários reservatórios de recursos de processamento especializados (Wickens, 1980).
A interferência de dupla tarefa emerge quando as operações mentais partilham um mecanismo de processamento
comum no mesmo momento – interferência estrutural (e. g., intra-modalidade sensorial).

ESCASSEZ DE TEMPO
Primação sequencial - Varia o intervalo de tempo (SOA): avalia o efeito do estímulo primo nas respostas ao alvo
para fazer inferências sobre se o efeito foi imediato e automático ou consciente e estratégico - Permite conclusões
sobre a automaticidade de ligações associativas entre representações em memória.
Teoria da rede associativa - primação semântica (Ratcliff & McKoon, 1988).
Teoria da dispersão da activação - Tarefa de decisão lexical: “Responda o mais depressa possível se pardal é uma
palavra” - tempo de reacção mais rápido se foi primado com”Pássaro” imediatamente antes. Permite perceber como
ocorrem os processos automáticos e controlados em conjunto.
Posner & Snyder (1975): Um estímulo activa automaticamente um atalho no SN. Qualquer item que partilhe o
mesmo atalho será processado mais rapidamente e assim facilitado (nós associados). Os efeitos da activação
automática não consomem recursos cognitivos.
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Neely (1977): Efeitos de estratégias temporárias: se houver atenção e tempo suficiente, as expectativas estratégicas
são capazes de inibir ou ultrapassar a activação automática. Tarefa de decisão lexical:
Prime relacionado com o alvo semanticamente (corpo - braço) + expectativas conscientes criadas pelas instruções.
SOA - 250 ms (processo automático): O prime facilita decisões para alvos relacionados semanticamente (corpo –>
braço), independentemente das instruções do experimentador – não há tempo para que a atenção opere.
SOA - 750 ms: O prime facilita alvos esperados, membros da categoria alternativa semanticamente (corpo – mesa) e
inibe alvos não esperados através de um processamento controlado que requer esforço, tempo, atenção e
motivação para ocorrer.

Activação automática do afecto – SOAs de 300ms


(Fazio, Sanbonmatsu, Powell & Kardes, 1986): Primes fortemente positivos ou negativos aceleraram as reacções a
palavras congruentes em afecto e desaceleraram as reacções a palavras com afecto incongruente.
(Bargh, Chaiken et al., 1996): sujeitos pronunciam palavras positivas e negativas precedidas por primes positivos ou
negativos. Os participantes foram mais rápidos a pronunciar as palavras alvo quando estas tinham sido primadas por
um prime congruente, mesmo quando o prime e o alvo eram apenas moderadamente agradáveis ou desagradáveis e
completamente não relacionados semanticamente: “dentista” acelerou as respostas à “exame”. Ao fazer os
participantes pronunciarem as palavras em vez de as julgarem, demonstrou-se que o efeito não dependia do
objectivo consciente da avaliação.

Medida implícita do preconceito - IAT (Greenwald, McGhee, & Schwartz, 1998): encurta o TR nos ensaios
compatíveis (negro-negativo /branco-positivo) - permite detectar associações implícitas existentes.
Brendl et al. (2004) consideram que não é preconceito implícito; os resultados indicam simplesmente dificuldade
nas tarefas incompatíveis, que exigem mais esforço, um critério mais restritivo e exigente, aumentando o TR.

ESCASSEZ DE RECURSOS - Paradigmas que manipulam os recursos de atenção. Introduz-se uma tarefa secundária ao
mesmo tempo da tarefa experimental – Paradigma da dupla tarefa.
Processo de atribuição causal e escassez de recursos cognitivos (Gilbert, Pelham, & Krull, 1988) – Modelo dualista
(Componente controlada e automática) – hipótese da racionalidade limitada: 3 estádios (1. caracterização do
comportamento (automática); 2. Caracterização do actor - inferência disposicional (automática); 3. correcção
situacional – capacidade, recursos de atenção, cognitivos e motivacionais (controlada).
Primeiro fazemos um juízo directo, depois podemos fazer as correcções e voltar atrás no julgamento. As inferências
disposicionais são imediatas e sem necessidade de recursos cognitivos, já a correcção das inferências é vulnerável à
existência de recursos.
Estudo: vídeo (sem som) de uma mulher a ser entrevistada sobre tópicos íntimos e embaraçosos. Para sujeitos numa
tarefa de sobrecarga cognitiva haver ou não uma razão situacional para a ansiedade da mulher não tinha impacto,
concluindo que ela era uma pessoa tímida e ansiosa.

Estereótipos como instrumentos de poupança de recursos (Macrae, Milne & Bodenhausen, 1994): Apresentação
supraliminar de traços estereotípicos. Carga cognitiva: leitura indonésia. A activação do estereótipo facilitou a tarefa
de formar impressões e permitiu que tivessem mais recursos cognitivos disponíveis para a tarefa sobre a indonésia.

Activação e aplicação dos estereótipos condicional à existência de recursos cognitivos (Gilbert & Hixon, 1991).
Testar a activação do estereótipo de asiático (Etnias da experimentadora Asiática vs Americana):
Sujeitos sem sobrecarga cognitiva durante a activação são mais prováveis de gerarem completamentos
estereotípicos. A categorização não tem que levar à activação dos conteúdos estereotípicos pois a activação parece
depender da existência de recursos disponíveis. O estereótipo, uma vez activado, se for possível, é usado. A
sobrecarga ou não na aplicação não tem qualquer efeito discernível quando os sujeitos não activaram antes o
estereótipo. Os sujeitos que não estavam em sobrecarga na activação mas estão em sobrecarga na aplicação fazem
mais avaliações estereotípicas quando o experimentador é asiático do que quando não é – activam o estereótipo e
depois usam-no como heurística quando ocupados na fase de aplicação - em situações de sobrecarga cognitiva, os
estereótipos funcionam como mecanismos de simplificação da informação.
A carga cognitiva pode diminuir a probabilidade de que um certo estereótipo seja activado, mas aumenta a
probabilidade de que um estereótipo activado seja aplicado.
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Pressupostos das abordagens cognitivas iniciais sobre o inconsciente - Concepção de processamento de


informação clássica - metáfora computacional: inconsciente cognitivo é restringido a operações sensório-
perceptivas elementares; os processos mentais superiores requerem consciência (estruturas que armazenam;
processos sequenciais).
Inconsciente: Processos perceptivos pré-atencionais comparados a reflexos (detecção de características e
reconhecimento de padrões); não influenciam a experiência consciente. Para que uma informação influencie vai ter
de ser recuperada de alguma maneira à consciência; necessita de atenção e recursos.
MAS, a automatização e aprendizagem de competências podem tornar-se rotinas através da prática; assumem
muitas das propriedades da detecção de características pré-atencionais. Logo, parece ser possível fazer análises do
significado de informação que não está, ela própria, acessível à consciência.
Propostas de processamento distribuído em paralelo (PDP):
O inconsciente cognitivo não se restringe a operações sensorio-perceptivas elementares; funções mentais superiores
podem ser inconscientes; não há unidades de processamento centrais, únicas e circunscritas, temos redes de
ligações associativas, formando padrões específicos de activação da rede: vários nós associados entre si podem inibir
e activar-se uns aos outros (activação residual). A partir de um limiar atingido, há processamento consciente.
Atenção, consciência, intenção e controlo não têm que necessariamente ocorrer juntos numa versão tudo-ou-nada,
são qualidades independentes que podem aparecer em várias combinações.

Polanyi (1958):
 Linguagem usada como um instrumento (consciência mínima) - Quando uma resposta é produzida e se tem
apenas consciência do resultado da computação; não há espaço para o controlo;
 Linguagem orientada para o objecto de atenção (consciência total de palavras particulares). Requer esforço
deliberado e sequencial, atendendo a tudo – capaz de explicar, dar feedback, monitorizar e reestruturar a
resposta. Mas não põe de parte a automaticidade.
Em vez da categorização exclusiva dicotómica de automaticidade: representação num contínuo em que cada
fenómeno varia entre mais automático ou mais controlado. Quase todas as respostas observáveis são resultado de
ambos os processos. O processamento automático não é unidimensional, pode envolver intenção.

A actividade perceptiva revela-se largamente automática (foge ao controlo consciente) e a percepção induz
directamente o comportamento.
O efeito da mera exposição tende a ser maior quando as apresentações são subliminares (abaixo do nosso limiar de
consciência), sendo que a nossa consciência está a inibir parte do efeito da exposição.
Efeito da mera exposição e comportamento (Bornestein, Leone & Galley, 1987): apresentação subliminar da foto de
um de dois comparsas; os sujeitos tendem a desempatar a favor do comparsa apresentado anteriormente.
Primação afectiva Subliminar (Winkielman, Zajonc & Schwartz (1997) – caras alegres com caracterização positiva;
caras tristes com caracterização negativa.
Uso inconsciente de Estereótipos sociais II (Bargh, Chen & Burrows, 1996): Após “ler” atributos do estereótipo de
“idoso”, os participantes deslocavam-se mais lentamente e tinham pior desempenho em testes de memória.
Uso inconsciente de Estereótipos sociais III (Bargh, Chen & Burrows, 1996): Apresentação subliminar de fotos de
jovens africanos: a activação do estereótipo foi congruente com agressividade, logo a reacção era mais hostil.
(Berridge & Winkielman, 2003, 2004): Pessoas primadas com afectos positivos bebem e enchem mais o copo.

Realização de objectivos e processos automáticos


Princípio da acção ideo-motora (caso do mimetismo) - Macaquinho de Imitação ou efeito Camaleão?
Chartrand & Bargh (1999): O sujeito reproduz mais vezes os movimentos produzidos pelo comparsa mas não
manifesta ter consciência do efeito do comparsa no seu comportamento.
O mimetismo corporal inconsciente (tendência natural) é altamente adaptativo pois promove a qualidade das
relações interpessoais, facilita a interacção social e aumenta a apreciação entre as pessoas - função adaptativa.
Experiência 2: avaliação livre - Participantes gostam mais dos comparsas e avaliam a sua interacção com estes como
sendo mais agradável na condição de Imitação.
[SUMÁRIO – Processos Cognitivos Automáticos] 2009-2010

Objectivos inconscientes
Aarts & Dijksterhuis (2003) - o caso das normas de conduta: foto de biblioteca + pedir ao participante para se dirigir
a uma biblioteca -> activa automaticamente normas de conduta como falar mais baixo.
Bargh, Gollwitzer,Li-Chai, Barndollar, Trotschel (2001) - O caso dos objectivos de “realização”: Puzzle de palavras de
“realização”. Desempenho mais elevado em função da activação inconsciente do objectivo de realização.
Objectivos de “realização”: Experiência 2 - Descrição ambígua do Donald: acabado de vir do exame para o qual tinha
feito uma “directa” a estudar. 2 hipóteses: é desleixado e deixa tudo para a última; estava super motivado a estudar.
A persecução de objectivos de elevado nível de abstracção ocorre automaticamente e sem consciência, APÓS estes
objectivos terem sido conscientemente ACTIVADOS. Enquanto que os efeitos de primação perceptiva tendem a
desvanecer-se, a activação de um objectivo de realização tende a aumentar a intensidade de persecução até que
seja SATISFEITO (associado à motivação para concluir).
Objectivos de “realização”: Persistência - Puzzle de palavras de “realização”: continuaram a trabalhar nos puzzles
após instruções para parar:
Objectivos de “realização”: Interrupções - continuaram a trabalhar nos puzzles após interrupção, enquanto o grupo
de controlo passou para os cartoons.
Leva a persistência na tarefa apesar de obstáculos e interrupções, e a emoções negativas e sentimentos de baixa
auto-eficácia após maus resultados.
O caso das relações pessoais Fitzsimons & Bargh (2003). Activação da relação mãe–filho -> associação mais para o
sucesso, para a motivação de Donald para estudar, ao contrário do que acontece na activação da relação amigo–
amigo. Objectivo crónico de associação ao sucesso do estudo para o orgulho da mãe.

Efeitos irónicos no controlo do pensamento.


Consequências durante a supressão: Hiper-acessibilidade - quanto mais o indivíduo tenta suprimir um pensamento,
maior a acessibilidade desses pensamentos em tarefas posteriores, comparativamente a sujeitos que não realizam a
tarefa inicial de supressão de pensamentos. Mas, caso os indivíduos disponham de recursos cognitivos e motivação,
o processo operativo conseguirá afastar a sua atenção do pensamento a evitar (Wegner, 1994).
Desabituação - suprimir o pensamento acerca de sexo; excitação obviamente elevada. Nível vai baixando (para
manter uma excitação constante, é preciso não pedir para pensar em sexo: excitação estável, mesmo nível.
Consequências pós-supressão - Ricochete (Macrae et al., 1994): quando pára a tentativa de supressão, vem à
consciência muito mais vezes o pensamento; aumento posterior da acessibilidade; retorno com toda a força.
Distractores tornam-se pistas para recuperação do alvo a suprimir; criam-se associações entre o pensamento a
reprimir e o novo. Mas, dar um foco específico à pessoa faz com que não ocorra o efeito de ricochete, pois não
implica mais o outro foco -> êxito.

Modelo irónico de Wegner (1993) - modelo teórico de supressão de pensamentos. Quando as pessoas tentam evitar
um determinado pensamento este objectivo é alcançado pela acção de dois processos cognitivos distintos:
 Busca automática do conteúdo mental a expulsar (processo de monitorização) - tem como objectivo
examinar a consciência em busca de qualquer sinal do pensamento a evitar – eficiente, independente da
carga cognitiva e fora do controlo do sujeito;
 Busca intencional de distractores (processo operativo) - reorientação da consciência: requer recursos
cognitivos, capacidade e esforço para ser realizado com sucesso (menor probabilidade de ocorrer).
Mesmo após terminar o processo operativo, o de monitoragem permanece a funcionar, tornando assim os
pensamentos indesejados mais acessíveis, o que leva à constante e repetida activação dos pensamentos indesejados
- efeitos paradoxais. O próprio processo de testar se estamos ou não a suprimir introduz o tema na consciência.

Supressão espontânea: Wenzlaff & Bates (1998) - Pessoas em risco de depressão tentam suprimir os
comportamentos negativos, mas em sobrecarga cognitiva, tinham muito mais comportamentos negativos, podendo
contribuir para os perpetuar: efeito irónico de hiperacessibilidade.

Estruturas cerebrais envolvidas no controlo mental (fMRI): PreFrontal Cortex e Anterior Cingulate Cortex)

Os Constrangimentos do Livre Arbítrio e o Automatismo


Três hipóteses sobre a natureza do Controlo Mental (Muraven & Baumeister (2000):
 Recurso Limitado;
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 Estrutura de Conhecimentos: usada há pouco tempo, mais acessível; prevê mudança);


 Habilidade (Skill): não prevê muita mudança de uma tarefa para a segunda, só se houver mais repetições.

Resistir à tentação envolve controlo mental:


Persistence on unsolvable puzzles – 1º Auto-regulação: não comer chocolate diminui a habilidade de se empenhar
no auto-controlo, mesmo numa tarefa subsequente não relacionada. A sobrecarga cognitiva (e. g., escolher) gasta o
limitado recurso de auto-regulação, logo, a pessoa resiste menos tempo na resolução de puzzles insolúveis.

Regulação emocional - Muraven, Tice & Baumeister (1998): ver o filme “Mondo Cane” e apertar uma mola, sendo
necessário concentração. Com exigência de regulação emocional, diminui a concentração.

Relação entre o nível de glicemia e:


- Controlo atencional;
- Regulação Emocional;
- Comportamento impulsivo.

Causalidade humana e instinto - Causalidade e Livre Vontade:


Libet põe em causa a existência sequer de livre-arbitrio: a actividade no córtex motor é activada antes do
movimento de preparação de acção -> Potencial de Preparação do Movimento.

Critérios de Atribuição Causal ao Livre Arbítrio segundo Wegner & Wheatley (1999):
Prioridade;
Consistência;
Exclusividade.

Falhas no controlo do comportamento não implica necessariamente que o comportamento deriva de processos
automáticos, mas sim por falhas no controlo consciente.

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