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MATRIZ CURRICULAR DO CFP

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2 COMPONENTES DA ESTRUTURA DA MATRIZ CURRICULAR DO CFP 5
2.1 Princípios da Matriz 5
2.2 Objetivos 6
2.3 Eixos Articuladores 7
2.4 Áreas Temáticas 9
2.5 Malha Curricular do CFP 11
2.5.1 Pós-graduação lato sensu em “Polícia e Segurança Pública” 11
2.6 Ementário disciplinar do CFP 15
2.6.1 Atendimento Pré-hospitalar aplicado à atividade policial militar 15
2.6.2 Ciências Penais 17
2.6.3 Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força 20
2.6.4 Desenvolvimento Interpessoal 23
2.6.5 Direito Militar 25
2.6.6 Direitos Humanos 27
2.6.7 Educação Física Militar e Saúde 31
2.6.8 Estágio Supervisionado de Prática Profissional I 34
2.6.9 Estágio Supervisionado de Prática Profissional II 38
2.6.10 Estudos de Violência e Criminalidade 41
2.6.11 Estudos Sociais de Polícia 44
2.6.12 Fiscalização e Segurança no Trânsito 48
2.6.13 Gestão e Segurança Ambiental 51
2.6.14 História e Organização da PMGO 54
2.6.15 Legislação Institucional 56
2.6.16 Metodologia Científica aplicada a Segurança Pública 58
2.6.17 Operações de Choque 61
2.6.18 Ordem Unida 64
2.6.19 Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública 66
2.6.20 Policiamento Comunitário 69
2.6.21 Prevenção e Repressão a Drogas e Entorpecentes 72
2.6.22 Procedimento Operacional Padrão – Módulo EaD 75
2.6.23 Processo Penal aplicado a Segurança Pública 77
2.6.24 Redação de Documentos PM 80
2.6.25 Saúde e Segurança Pública 82

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2.6.26 Sistema de Segurança Pública 87
2.6.27 Sistemas Informatizados da PMGO 91
2.6.28 Técnica Policial Militar I 93
2.6.29 Técnica Policial Militar II 96
2.6.30 Técnicas Especiais de Direção Policial 99
2.6.31 Termo Circunstanciado de Ocorrências 101
2.6.32 Trabalho de Conclusão de Curso 104
2.6.33 Treinamento de Pronta Reação 105
2.6.34 Uso Seletivo da Força 108
2.6.35 A Disposição da Divisão de ensino 112
2.6.36 Palestras 112

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1 INTRODUÇÃO

A Matriz Curricular do CFP impulsionará, por meio de processos educacionais, a


implantação das necessidades de transformação do saber-fazer e do fazer-saber da Segurança
Pública a partir das demandas atuais da sociedade, bem como dos profissionais da área policial.
Identificando e propondo estratégias concretas de realização e aprimoramento do processo de
formação da Praça Policial Militar da PMGO.
A presente matriz propõe um conjunto de orientações voltadas para o desenvolvimento
de ações formativas, a partir do diálogo entre eixos articuladores e áreas temáticas.
À orientação da construção de currículos, a partir de eixos articuladores e áreas
temáticas associa-se a orientações para o desenvolvimento de capacidades gerais adquiridas
progressivamente e de competências específicas necessárias para responder aos desafios sem
precedentes das ações concretas e presentes no cotidiano da Praça Policial Militar da PMGO.
A presente Matriz Curricular do CFP constitui um referencial construído a partir da
reflexão sobre os currículos passados, o atual perfil profissiográfico da praça policial militar da
PMGO e os resultados apurados no inquérito pedagógico aplicado ao corpo discente durante a
execução dos cursos. Tais direcionamentos buscam orientar e garantir a coerência das políticas de
melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem, bem como do desempenho profissional e
institucional, socializando o produto de discussões, pesquisas e recomendações além de apoiar a
prática docente.
A Matriz Curricular do CFP, tanto em seus objetivos quanto no significado dos eixos
articuladores e das áreas temáticas perpassa os currículos e aponta os caminhos para enfrentar as
situações cotidianas encontradas pela Praça Policial Militar, adotando como ponto principal o
desenvolvimento de capacidades gerais, competências específicas e a visibilidade dos valores
envolvidos. O aluno passa a ser sujeito de sua própria formação, assumindo sua responsabilidade
como participante de uma Instituição de Segurança Pública, consciente de seu papel junto à
comunidade em que exerce sua função.
Como expressão dos parâmetros norteadores da formação a Matriz Curricular do CFP
visa proporcionar instrumentos através dos quais, de maneira autônoma e responsável, o Praça
Policial Militar consiga refletir e agir criticamente em situações complexas e rotineiras de trabalho.
Cumprindo dentro de sua esfera de competência os papéis estipulados em seu perfil
profissiográfico.
A estrutura da Matriz Curricular do CFP encontra-se assim definida:
a) Princípios;
b) Objetivos;
c) Eixos Articuladores;
d) Áreas Temáticas; e
e) Malha Curricular do Curso de Formação de Praças.

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2 COMPONENTES DA ESTRUTURA DA MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE
FORMAÇÃO DE PRAÇAS
2.1 Princípios da Matriz
Os princípios que fundamentam a concepção de formação profissional do Praça Policial
Militar, adotados pela PMGO e que pautam a construção da Matriz Curricular do CFP, são:
a) compreensão e valorização das diferenças - princípio de caráter ético, normativo-legal e
prático que trata dos Direitos Humanos e a Cidadania, privilegiando o respeito à pessoa e a
justiça social nas diversas ações educativas, envolvendo conteúdos teóricos, técnicos e práticos
destinados à formação do Praça Policial Militar comprometido com uma identidade e uma
imagem profissional compatíveis com as Estratégias Institucionais de Segurança Pública;
b) formação e qualificação profissional continuada - princípio de caráter educacional e de
constante envolvimento com estudos vinculados a questões reais e práticas e que incentiva a
atenção aos demais segmentos do sistema penal da esfera pública e da sociedade civil;
c) flexibilidade, diversificação e transformação - princípio que abrange a Educação em
Segurança Pública entendida como um processo aberto, complexo e diversificado que reflete,
desafia e provoca transformações na concepção e implementação das Políticas Públicas de
Segurança, contribuindo para a construção de novos paradigmas culturais e estruturais;
d) interdisciplinaridade, transversalidade e reconstrução democrática de saberes - princípio
que apoia processos educativos que ultrapassam a abordagem pedagógica tradicional de mera
transmissão de conhecimentos, em que processos de interação tornam-se espaços de encontro, de
busca de motivações, discussão de saberes, de escuta de contribuições diferenciadas, sustentados
pela ética da tolerância e da argumentação, estimulando a capacidade reflexiva, a autonomia, o
enfrentamento de novos desafios e a construção democrática de saberes renovados, atendendo à
extrema relevância do desenvolvimento da capacidade de lidar com questões complexas,
mobilizando conhecimentos oriundos de disciplinas e saberes distintos, da literatura científica, da
prática profissional, da vivência pessoal;
e) valorização do conhecimento anterior - princípio educacional que trata da reflexão crítica
sobre as questões que emergem ou que resultam do conhecimento jurídico, das práticas dos
indivíduos, das Instituições e do corpo social, levando em consideração os conceitos, as
representações, as vivências próprias do saber policial, para o saber prévio dos atores
concretamente envolvidos na experiência social e profissional, eliminando a visão de que
“somente os especialistas são detentores do saber”;
f) valorização do conhecimento da realidade - princípio que fundamenta as políticas
pedagógicas a partir do diagnóstico geral e circunstanciado da situação das políticas e ações de
Educação em Segurança Pública, aplicadas no Estado, oferecendo uma imagem clara das
realizações, carências, necessidades e demandas;
g) universalidade - princípio em que a universalidade se refere aos diversos conteúdos e áreas
de conhecimento que envolve o desempenho das atividades fins do Praça Policial Militar, além
dos métodos e referências veiculados de maneira padronizada no conjunto das ações (a noção de
cidadania ou técnicas policiais, por exemplo), levando-se em conta a diversidade do Estado;
h) articulação, continuidade e regularidade - princípio que visa dar consistência e coerência
aos processos, através da implementação da formação dos formadores e da constituição de uma
rede de informações e inter-relações que possibilitará disseminar os paradigmas de políticas
democráticas de Segurança Pública e alimentar o diálogo enriquecedor entre as diversas
experiências;
i) qualidade e atualização permanente - princípio que trata da garantia e do reconhecimento da
excelência das ações formativas submetidas a processos de avaliação e monitoramento
sistemático, realizados segundo modalidades diferentes e o compromisso com a sociedade.

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Associa-se a estes princípios o entendimento de formação como um processo de aquisição e de
reconstrução de saberes necessários à intervenção social. Como oportunidade para repensar o
próprio posicionamento ético e político e de analisar e aprimorar a prática, constituindo espaço
para partilha e debate de abordagens diferentes, e ocasião privilegiada para gerar discussão sobre
questões complexas das situações enfrentadas no trabalho.
2.2 Objetivos
A Matriz Curricular do CFP indica os seguintes objetivos gerais essenciais para a
formação do Praça Policial Militar:
a) Conhecer a legislação pertinente à atividade de segurança pública e as garantias que ela oferece
aos cidadãos, com a finalidade de adoção de atitudes de justiça e respeito às leis;
b) Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar e ter capacidade para
desempenhar os papéis nela previstos;
c) Ter capacidade para executar o policiamento ostensivo realizando a fiscalização sobre o
ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar os fatores de risco que possam comprometer
a ordem pública;
d) Prestar ao público serviços de qualidade elevada, destinados a manter a segurança, a paz e a
ordem na comunidade, através de ações empreendedoras e integradas junto à sociedade;
e) Identificar os problemas setorizados de crime e de desordem e verificar as suas causas, para
assegurar uma intervenção rápida nos incidentes, principalmente onde há perigo de vida;
f) Ter capacidade técnica adequada para aplicar o uso da força e de armas de fogo, de acordo com a
natureza e as circunstâncias do incidente, observando os princípios da legalidade, necessidade,
proporcionalidade e ética;
g) Ter comprometimento ético e moral para desenvolver suas ações visando aplicação dos direitos
humanos, frente às necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da
cidadania;
h) Desenvolver comportamento profissional que estabeleça a confiança e o respeito ao público,
através da adoção de normas profissionais, éticas e morais, que assegurem a imparcialidade na
aplicação das leis;
i) Liderar de forma plena e positiva o público interno e externo, na esfera de sua competência, para
o fiel cumprimento de suas atividades;
j) Compreender os diversos assuntos humanísticos e sociais para o desenvolvimento do
autoconhecimento de suas capacidades técnica, cognitiva, emocional e de inter-relações com o
objetivo de favorecer o desempenho de suas atribuições na resolução dos problemas sociais de
forma pacífica e na aplicação da lei dentro dos parâmetros aceitáveis;
k) Compreender o poder de Polícia Ostensiva para o desempenho do papel da autoridade policial
militar, através do conhecimento técnico das possíveis variáveis internas e externas que possam
interferir no exercício de suas atividades;
l) Possuir habilidades para gerenciar ações administrativas de pessoal e material concernentes ao
desempenho das atividades fins;
m) Ter capacidade técnica para garantir a segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;
n) Ter conhecimento e capacidade necessários para o cumprimento das ordens judiciais;
o) Compreender a importância das ações de gestão de qualidade e ter capacidade para implementá-
las e executá-las;
p) Compreender os valores dos princípios morais, cívicos e militares;
q) Ter capacidade emocional para compreender e assimilar os diversos níveis de conflitos sociais,
institucionais e pessoais, a fim de preservar os seus princípios morais e éticos, necessários para o
desempenho de sua atividade profissional.

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A Matriz Curricular do CFP indica os seguintes objetivos específicos essenciais para a
formação do Praça Policial Militar, que deverá ao final de sua formação ter capacidade para:
a) Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
b) Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou
neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
c) Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
d) Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco
relativos à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou
privados;
e) Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco
relativos à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
f) Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

g) Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

h) Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra
a perturbação da ordem pública;

i) Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

j) Executar o policiamento ostensivo ambiental;

k) Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas
em lei;

l) Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

m) Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a instrumentar o


exercício da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;

n) Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à


ordem pública e pânico a esta pertinente;

o) Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da
pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

p) Executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;

q) Executar o cumprimento das ordens judiciais;

r) Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

s) Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade-fim;

t) Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

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u) Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

2.3 Eixos Articuladores


Os eixos articuladores devem conduzir para a reflexão sobre o papel individual, social,
histórico, político do profissional e da PMGO. Mantendo um caráter orientado para o
desenvolvimento pessoal e a conduta moral e ética, referindo-se às finalidades gerais da formação
do Praça Policial Militar, estimulando o questionamento permanente e reflexivo sobre as práticas
profissionais e institucionais.
Os eixos articuladores definidos envolvem as problemáticas sociais atuais e urgentes,
enfrentadas pelos Praças Policiais Militares. Estes eixos ensejam uma concepção dinâmica do
trabalho em Segurança Pública a partir do questionamento das posições assumidas por estes
profissionais nos diferentes papéis que desempenham na sociedade com a consciência de que está se
produz e reproduz, que se articula a “questão da Segurança Pública”, na forma de discursos e
práticas diferenciadas.

Os eixos articuladores selecionados para orientar o currículo de formação do Praça


Policial Militar são:
a) Sujeito e Interações no contexto da Segurança Pública - este eixo articulador se
justifica pela necessidade de considerar o Praça Policial Militar como sujeito que
desenvolve sua função em interação permanente com outros sujeitos e com o ambiente,
tornando essencial articular os conteúdos formativos a questões sobre as diferentes
concepções acerca do indivíduo, os papéis por ele desempenhados e a qualidade das
interações que estabelece. Cabe discutir os valores a respeito de si mesmo e das relações
estabelecidas no contexto do exercício da sua profissão, permitindo que processos
educativos sejam vivenciados e entendidos como momentos de interação, de encontro e de
discussão de temas diretamente ligados a este eixo, como:
– sensibilização, motivação pessoal e coletiva e integração de grupo;
– aspectos humanos da profissão ou de procedimentos específicos;
– relações humanas;
– autoconhecimento e valores.
b) Sociedade, Poder, Estado, Espaço Público e Segurança Pública - é o eixo que traduz
a exigência de considerar as atividades de Segurança Pública no contexto da sociedade, no
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local onde elas se dão, oferecendo a possibilidade de conhecer e refletir sobre a realidade
social, sua organização e suas tensões estudadas do ponto de vista histórico, social,
político, antropológico e cultural; sobre conceitos políticos fundamentais como
“Democracia” e “Estado de Direito”, considerando igualmente as questões referentes à
convivência no espaço público (local principal da atuação da Polícia Militar e da
coexistência de interesses e intenções conflitantes).
c) Ética, Cidadania, Direitos Humanos e Segurança Pública - este eixo articulador visa
estimular o desenvolvimento de conhecimentos, práticas e atitudes relativas à dimensão
ética da existência, da prática profissional e da vida social, pela importância da reflexão
sobre as articulações entre as diferentes noções de ética, cidadania e Direitos Humanos,
bem como suas implicações nos diferentes aspectos da vida profissional e institucional no
contexto das atribuições da PMGO e sobre os diversos conteúdos formativos, inclusive os
de caráter técnico e operacional, enfatizando a dimensão ética da existência, buscando a
tradução concreta de princípios e valores na prática cotidiana profissional.
d) Diversidade, Conflitos e Segurança Pública - este eixo articulador trata da inclusão
da discussão de questões que dizem respeito à diversidade que caracteriza o espaço social
e cultural. A diversidade é proposta como fonte permanente de enriquecimento e desafio,
cabendo proporcionar ao Praça Policial Militar instrumentos para conhecer e refletir sobre
expressões da diversidade e do conflito como fenômenos inerentes à vida social e às
relações humanas e como direito fundamental da cidadania e de respeito e valorização das
diferenças. Este eixo estimula a reflexão permanente sobre as intervenções da PMGO
frente as questões de diferença sociocultural, gênero, orientação sexual, etnia, geração,
comportamentos estigmatizados e, especialmente, daquelas que se tornam geradoras de
conflitos marcados por intolerância e discriminação.

2.4 Áreas Temáticas


As áreas temáticas contemplam os conteúdos indispensáveis à formação do Praça
Policial Militar além de capacitá-lo para o exercício de sua função. Nessa Matriz Curricular do CFP
foram adotadas oito áreas temáticas destinadas a acolher um conjunto de conhecimentos que serão
tratados na malha curricular deste curso.

As áreas temáticas propostas pela Matriz Curricular do CFP são:


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a) sistemas, instituições e gestão integrada em Segurança Pública - esta área
temática possibilita a compreensão das estruturas organizacionais da história e da dinâmica das
Instituições de Segurança Pública dos diversos Sistemas existentes, incluindo a discussão crítica e
contextualizada da atuação dos diferentes órgãos e carreiras profissionais, que compõem as
organizações responsáveis pela promoção e preservação da ordem pública, destacando as
competências, os pontos de articulação existentes, as interfaces e a interatividade das respectivas
ações, com vistas a instrumentalizar o Praça Policial Militar para a execução das políticas
integradas de Segurança Pública. Propõe estimular o conhecimento dos fatores sociais que afetam a
atuação das organizações de Segurança Pública e, mais amplamente, do Sistema de Justiça Criminal
para a compreensão de sua inserção no sistema e para a análise histórica e crítica das questões
relativas às políticas públicas de segurança e ao conceito de Segurança Pública. A Gestão Integrada
em Segurança Pública possibilitará ao Praça Policial Militar a compreensão crítica dos princípios,
estruturas, processos e métodos adotados na formulação e implementação das políticas de
Segurança Pública.
b) violências, crime e controle social - esta área temática estabelece um espaço de
conhecimento crítico e de reflexão atinente aos fenômenos da violência e do crime em suas várias
formas, proporcionando a compreensão das diversas maneiras da sociedade organizar (ou não) o
controle dessas manifestações, incluindo o entendimento da diferença entre a modalidade jurídico-
penal de tratar a violência e outras modalidades e a abordagem interdisciplinar da violência e da
criminalidade.
c) cultura e conhecimento jurídico - esta área temática propicia a reflexão crítica
sobre o Direito como construção cultural sobre os Direitos Humanos e sua implementação com
vista à atuação profissional do Praça Policial Militar no Estado Democrático de Direito, implicando
no conhecimento do ordenamento jurídico brasileiro, seus princípios e normas, com destaque para a
legislação pertinente às atividades policiais, de forma não dissociada das demais perspectivas de
compreensão da realidade, tanto no processo formativo quanto na prática profissional.
d) modalidades de gestão de conflitos e eventos críticos - esta área temática propõe
favorecer o domínio do conhecimento e das modalidades necessárias para lidar com situações de
conflito, considerando que estas são diversificadas e que demandam procedimentos e técnicas
diferenciadas de atuação preventiva e reativa, incluindo o estudo de técnicas de mediação,
negociação, uso seletivo da força, entre outras. Dada à complexidade destas situações de conflito é
fundamental que sejam considerados o foco, o contexto e os envolvidos, para que as decisões sejam
tomadas de forma responsável, eficaz, legítima e legal, sendo a análise das situações de conflito
realizadas no interior dos grupos, incentivando o desenvolvimento de equipes, o planejamento
integrado, comportamento assertivo, com aplicação das táticas de gerenciamento de conflitos.
Tomando sempre como base a análise e cumprimento do Procedimento Operacional Padrão (POP)
da PMGO.
e) valorização profissional e saúde do trabalhador - a abordagem desta área temática
é urgente e determinante quanto à motivação, à eficácia e ao bem-estar do Policial Militar, incluindo
metodologias que valorizem os participantes e lhes permitam ter uma positiva imagem de si como
sujeito e como membro de uma instituição, contribuindo para a criação de uma cultura efetiva de
respeito e bem-estar dos profissionais, não se restringindo a questões relacionadas à remuneração e
planos de carreira, mas também a condições de trabalho, equipamentos disponíveis e acesso às
atividades de formação. A saúde do trabalhador está associada à sua valorização, tendo como
referência a dimensão física e os aspectos psicológicos e sociais da vida profissional. Esta área
temática inclui ainda a valorização e a proteção da vida e da integridade física, mental e emocional
do Policial Militar, referindo-se à adoção de providências técnicas e a modalidades específicas de
organização do trabalho e ao estudo do estresse e de suas consequências.
f) comunicação, informação e tecnologias em Segurança Pública - esta área temática
inclui conteúdos relativos aos princípios, procedimentos e técnicas da comunicação, isto é, dos
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processos de troca e transferência de informação. É imprescindível para o Praça Policial Militar
conhecer e utilizar de maneira eficaz, legal e eticamente sustentável, o complexo sistema de
comunicação que constitui e estrutura o próprio Sistema de Segurança Pública. Esta área inclui a
abordagem geral dos diferentes princípios, meios e modalidades de comunicação, destacando-se
entre eles a comunicação verbal e não-verbal fundamental para a interação com o público, a
comunicação escrita e a comunicação de massa, designando as diversas técnicas de difusão de
informação, ligadas ao progresso técnico-científico, destinadas ao conjunto da sociedade. Esta área
temática abrange ainda o estudo das modalidades específicas de comunicação, de caráter
interinstitucional e interinstitucional, indispensáveis para o funcionamento do Sistema de Segurança
Pública. Contempla as atividades formativas relativas às diversas tecnologias utilizadas em
Segurança Pública, sejam elas ligadas diretamente à comunicação de informações ou relativa às
demais atividades em Segurança Pública, numa visão de aprendizado das tecnologias indissociada
da discussão da finalidade e ou procedimento policial.
g) cotidiano e prática policial reflexiva - esta área temática propõe a realização de
atividades formativas centradas na discussão teórica da prática e da realidade cotidiana da profissão,
preparando para a mobilização, em tempo real, do conjunto de conhecimentos para solução e
mediação de problemas concretos.
h) funções, técnicas e procedimentos em Segurança Pública - trata-se da área
temática em que se concentram os conteúdos relativos aos aspectos técnicos e procedimentais
inerentes do exercício das funções e que devem permear as ações formativas e integrar as demais
áreas temáticas. Correspondendo à concretização final de todo o processo de formação destinado a
instrumentalizar o Praça Policial Militar para o desempenho de sua função. A qualidade deste
desempenho está, contudo, vinculada aos conhecimentos, competências, habilidades e atitudes
contemplados pelas demais áreas temáticas.
O desenvolvimento teórico das áreas temáticas dar-se-á em íntima relação com os eixos
articuladores e a reflexão sobre o cotidiano e a prática social mediada por um contexto de constante
avanço do conhecimento, com fulcro na formação de um policial militar cidadão.

2.5 Malha Curricular do CFP

Esta malha contempla o rol de disciplinas vinculadas aos eixos articuladores e as áreas
temáticas definidas anteriormente. Sua estrutura se baseia em três níveis de competência que devem
proporcionar a mobilização dos saberes para agir nas diferentes situações da prática profissional. As
reflexões antes, durante e após a ação devem estimular a formação de um profissional capaz de
interagir com o meio de forma ética e construtiva. As competências definidas nesta malha são:
a) competências cognitivas requerem o desenvolvimento do pensamento por meio da
investigação e da organização do conhecimento. Habilita o indivíduo a pensar de forma
crítica e criativa, posicionar-se, comunicar-se e estar consciente de suas ações.
b) competências operativas preveem a aplicação do conhecimento teórico em prática
responsável, refletida e consciente.
c) competências atitudinais visam estimular a percepção da realidade, por meio do
conhecimento e do desenvolvimento das potencialidades individuais: conscientização de
sua pessoa e da interação com o grupo. Capacidade de conviver em diferentes
ambientes: familiar, profissional e social.

2.5.1 Pós-graduação lato sensu em “Polícia e Segurança Pública”

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As disciplinas Sistema de Segurança Pública; Estudos Sociais de Polícia; Ciências
Penais; Processo Penal aplicado a Segurança Pública; Gestão e Segurança Ambiental; Estudos de
Violência e Criminalidade; Saúde e Segurança Pública; Metodologia Científica Aplicada a
Segurança Pública; Trabalho de Conclusão de Curso; Direitos Humanos; e Fiscalização e Segurança
no Trânsito, compõem o Curso de Pós-graduação lato sensu em “Polícia e Segurança Pública”.
Após obter aprovação nestas disciplinas o discente será certificado como concluinte deste curso em
nível de Pós-graduação lato sensu.

Áreas Temáticas da Matriz Disciplinas


Sistemas, Instituições e Legislação Institucional
I Gestão Integrada em
Segurança Pública Sistema de Segurança Pública
Policiamento Comunitário
Violência, Crimes e Controle Prevenção e Repressão às Drogas
II
Social Estudos de Teoria e Prática Policial
Estudos de Violência e Criminalidade
Gestão e Segurança Ambiental
Direito Militar
Direito Disciplinar
Cultura e Conhecimento Direitos Humanos (*)
III
Jurídico Ciências Penais
Processo Penal aplicado a Segurança Pública
História e Organização da PMGO
Termo Circunstanciado de Ocorrências
Modalidades de Gestão de
IV Técnicas Especiais de Direção Policial
Conflitos e Eventos Críticos
Educação Física Militar e Saúde
Valorização Profissional e Atendimento pré-hospitalar aplicado à atividade PM
V
Saúde do Trabalhador Desenvolvimento Interpessoal
Saúde e Segurança Pública
Redação de Documentos PM
Comunicação, Informação e Estudos de Violência e Criminalidade
VI Tecnologias em Segurança Sistemas Informatizados da PMGO
Pública Metodologia Científica aplicada a Segurança Pública
Trabalho de Conclusão de Curso
VII Cotidiano e Prática Reflexiva Ordem Unida
Técnica Policial Militar I e II
Funções, Técnicas e Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força
VIII Procedimentos em Segurança Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II
Pública Operações de Choque
Fiscalização e Segurança no Trânsito

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Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública
Procedimento Operacional Padrão - Módulo EaD
Treinamento de Pronta Reação
Uso Seletivo da Força (*)

(*) Estas disciplinas contêm cursos oferecidos pelo programa de ensino a distância da SENASP.
Disposição da Divisão de Ensino
Atividades Complementares
Palestras

Carga
Relação das disciplinas do CFP Horária EaD
1. Atendimento pré-hospitalar aplicado à atividade policial 20
militar
2. Ciências Penais 50
3. Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força 50
4. Desenvolvimento Interpessoal 30
5. Direito Militar 30
6. Direitos Humanos (*) 40
7. Educação Física Militar e Saúde 80
8. Estágio Supervisionado de Prática Profissional I (***) 160
9. Estágio Supervisionado de Prática Profissional II (***) 500
10. Estudos de Violência e Criminalidade 40
11. Estudos Sociais de Polícia 30
12. Fiscalização e Segurança no Trânsito 40
13. Gestão e Segurança Ambiental 30
14. História e Organização da PMGO 20
15. Legislação Institucional 40
16. Metodologia Científica aplicada a Segurança Pública 40
17. Operações de Choque 30
18. Ordem Unida 20
19. Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública 20
20. Policiamento Comunitário 25
21. Prevenção e Repressão a Drogas e Entorpecentes 20
22. Procedimento Operacional Padrão - Módulo EaD (**) 10 80
23. Processo Penal aplicado a Segurança Pública 30
24. Redação de Documentos PM 20
25. Saúde e Segurança Pública (**) 0 30
26. Sistema de Segurança Pública (**) 0 30
27. Sistemas Informatizados da PMGO 30
28. Técnica Policial Militar I 60
29. Técnica Policial Militar II 30
30. Técnicas Especiais de Direção Policial (*) 25
13
31. Termo Circunstanciado de Ocorrência 20
32. Trabalho de Conclusão de Curso 80
33. Treinamento de Pronta Reação 25
34. Uso Seletivo da Força (*) 80
SUM( 140
Carga horária Acadêmica ABOV
E)
Estágio Supervisionado de Prática Profissional 660
Atividades Complementares ao Ensino
35. Disposição da Divisão de Ensino 20
36. Palestras 20
Subtotal 1765
Ensino a Distância - SENASP - 300
Total 2215
(*) Disciplina que terá parte de seu conteúdo apresentado por curso(s) da rede de ensino a distância
da SENASP.
(**) Disciplina vinculada a atividades de ensino a distância.
(***) Disciplina independente com nota atribuída pelas atividades internas, externas desenvolvidas
pelo discente.

Cursos EaD/ SENASP CH Disciplina Vinculada (*)


1º Ciclo
1. Filosofia dos Direitos Humanos aplicados à
60 Direitos Humanos
Atuação Policial
2. Uso Diferenciado da Força 60 Uso Seletivo da Força
3. Atuação Policial Frente a Grupos
60 Direitos Humanos
Vulneráveis
4. Segurança Pública sem Homofobia 60 Direitos Humanos
2º Ciclo
5. Condutor de Veículo de Emergência 60 Técnicas Especiais de Direção Policial
SU
M(
TOTAL AB
OV
E)

PALESTRAS
Curso de Formação de Praças
Polícia Militar do Estado de Goiás
Educação Financeira Familiar
Fundação Tiradentes
Atividades de Inteligência
Vítimas de violência doméstica
Identificação veicular

14
Massatoshi Sergio Katayama – Coronel QOPM
Comandante do CAPM

2.6 EMENTÁRIO DISCIPLINAR DO CFP


O presente ementário contempla os objetivos, as instruções metodológicas e os métodos
de avaliação da aprendizagem das disciplinas propostas na Malha Curricular.
2.6.1 Ementa da disciplina: ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR APLICADO À ATIVIDADE
POLICIAL MILITAR
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 20 horas-aula
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Possuir graduação em área afim ou possuir Curso de Resgate/Atendimento pré-hospitalar;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Desenvolvimento Interpessoal;
Educação Física Militar e Saúde;
Defesa Pessoal Policial e Uso Seletivo da Força.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
A maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando ocorrem, alguns conhecimentos simples
podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas.
O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve-se manter a calma e ter em mente que a
prestação do atendimento pré-hospitalar não exclui a importância de uma posterior apresentação a um
médico. Além disso, o atendente deve se certificar de que há condições seguras o bastante para a prestação
do socorro sem riscos para o atendente. Não esquecer que um atendimento de emergência inadequado pode
comprometer ainda mais a saúde da vítima.

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Acontece que somente o espírito de solidariedade não basta. Para que se possa prestar um socorro de
emergência correto e eficiente, precisamos dominar as técnicas de primeiros socorros.
A responsabilidade torna-se maior quando o policial militar se depara com situações em que os
primeiros socorros terão que ser aplicados. Estes profissionais lidam diretamente e quase que diariamente
com o público, os quais têm o dever de prestar socorro em quaisquer circunstâncias. Nota-se que os policiais
militares são, via de regra, os primeiros a chegarem ao local de acidentes, tendo que assumir uma postura de
liderança, que passe confiança aos presentes, em nome do Estado que representam.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– identificar as possíveis ocorrências de fraturas, de lesões e enfermidades, bem como as ações
preliminares necessárias até a chegada do serviço de saúde especializado;
– identificar as áreas de atuação do Corpo de Bombeiros e SAMU no atendimento de saúde
emergencial.
– desenvolver e exercitar habilidades para:
– prestar atendimento pré-hospitalar de vítimas de poli traumatismo ou de emergência clínica, bem
como a aplicar técnicas do suporte básico de vida até a chegada de Unidade Especializada ou de profissional
da área médica ou remoção da vítima para unidade hospitalar.
– fortalecer atitudes para:
– reconhecer o limite de seus recursos e solicitar ajuda especializada;
– exercer a sua atividade de Polícia Ostensiva, tendo como foco uma conduta compatível com a ética
e os valores institucionais, visando à melhoria da imagem de nossa Corporação.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar Ostensiva:

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

UD I – Introdução a pronto socorrismo


1) Asseio corporal, higiene do vestuário e da alimentação;
2) Conceitos, regra do “3S”
3) Uso de equipamentos de proteção individuais relacionadas as práticas de primeiros socorros.
4) Anatomia e fisiologia aplicada ao pronto socorrismo.
UD III - Primeiros Socorros
1) Avaliação primaria, desobstrução de vias aéreas;
2) Parada Cardiorrespiratória e reanimação cardiopulmonar;

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3) Hemorragia e estado de choque, tipos de ferimentos;
4) Queimadura e choque elétrico;
5) Lesões osteo musculares;
6) Animais peçonhentos;
7) Mal clínico: crise convulsiva, desmaio, AVC, infarto agudo do miocárdio e parto de emergência.
UD IV - Doenças Transmissíveis
1) Hanseníase, Tuberculose e Doença de Chagas;
2) Raiva, Dengue e Malária;
3) Coqueluche, Tétano e Difteria;
4) Doenças sexualmente transmissíveis (Gonorreia, Sífilis e AIDS).
e) Instruções metodológicas
Aplicar aulas teóricas e práticas visando à assimilação do conteúdo proposto.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
CAMILO JÚNIOR, Abel B. Manual de prevenção e combate a incêndios. 15. ed. São Paulo: SENAC, 2013.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR (Goiás). Protocolo para o suporte básico de vida do BMGO/2011. Disponível
em: < http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2012/09/ProtocoloParaOSuporteBasicoDeVida2011.pdf> .
OLIVEIRA, Beatriz Ferreira Monteiro; PAROLIN, Mônica Koncke Fiúza; TEIXEIRA JR., Edison do Vale. Trauma:
atendimento pré-hospitalar. 3. ed. Curitiba: Atheneu. 2014.
PASTERNAK, Jacyr. Manual de primeiros socorros. São Paulo: Ática, 2003.
PHTLS: Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. Básico e Avançado. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2012.

2.6.2 Ementa da Disciplina CIÊNCIAS PENAIS


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 50 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser Bacharel em Direito.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Sistema de Segurança Pública
Processual Penal aplicado a Segurança Pública;
Direito Militar.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização

Através de nosso desenvolvimento histórico, o homem sempre tem estado organizado em grupos ou
sociedades. No entanto, a interação social nem sempre é harmônica, pois nela o homem revela o seu lado
instintivo: a agressividade.

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Podemos afirmar que através dos tempos o homem tem aprendido a viver numa verdadeira "societas
criminis". É aí que surge o Direito Penal, com o intuito de defender a coletividade e promover uma sociedade
mais pacífica.

Se houvesse a certeza de que se respeitaria à vida, a honra, a integridade física e os demais bens
jurídicos do cidadão, não seria necessária a existência de um acervo normativo punitivo, garantindo por um
aparelho coercitivo capaz de pô-lo em prática. Não haveria, assim, o "jus puniendi", cujo titular exclusivo é o
Estado.

Por isso é que o Direito Penal tem evoluído junto com a humanidade, saindo dos primórdios até
penetrar a sociedade hodierna. Diz-se, inclusive, que "ele surge com o homem e o acompanha através dos
tempos, isso porque o crime, qual sombra sinistra, nunca dele se afastou" (Magalhães Noronha).

Sendo assim, a gama de atividades desenvolvidas pela Polícia Militar, especificamente no combate à
criminalidade e na manutenção da ordem pública, dando efetiva aplicação ao poder coercitivo do Estado, o
qual é devido ao exercício do Poder constitucional de Polícia Ostensiva, exige do militar, conhecimentos que
façam frente ao entendimento da tipificação e qualificação dos crimes que pretende reprimir.

Neste contexto, o Direito Penal, deve dar um conhecimento geral, na matéria penal, a todos os
indivíduos que adentram a corporação.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– entender a legislação penal com vistas as suas futuras atividades de execução do policiamento
ostensivo.
– desenvolver e exercitar habilidades para:
– identificar ações que se enquadrem na legislação penal vigente e que por isso exijam a interferência
policial;
– aplicar a legislação penal vigente no exercício de suas atividades policiais militares.
– fortalecer atitudes para:
– pautar sua conduta policial militar dentro dos padrões da ética e legalidade.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;

– executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

– executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– executar o policiamento ostensivo ambiental;

– lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

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– fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à polícia ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

– executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;

– executar o cumprimento das ordens judiciais;

d) Conteúdos
1ª PARTE – PARTE GERAL
UD I – NOÇÕES FUNDAMENTAIS
1) Introdução
2) Conceito e Características
3) Fontes do Direito Penal
4) Princípios do Direito Penal
5) Tempo e Lugar do Crime
6) Lei Penal no Espaço
7) Lei Penal em relação às Pessoas
8) Disposições Finais da Aplicação da Lei Penal
9) Interpretação da Lei Penal
10)Redação Jurídica
11)Sujeito Ativo e Sujeito Passivo da Infração Penal
12)Teoria do Crime
a. Fato Típico
b. Crime Impossível
c. Dolo e Crime Doloso
d. Culpa/Crime Culposo
e. Preterdolo
f. Iter Criminis (caminho do crime)
g. Forma Tentada (conatus)
h. Ilicitude
i. Culpabilidade
j. Imputabilidade Penal
k. Potencial Consciência da Ilicitude
l. Exigibilidade de Conduta Diversa
13) Das Penas
2ª PARTE – PARTE ESPECIAL
UD I - Crimes contra a pessoa
UD II - Contra o patrimônio
UD III - Crimes contra os costumes
UD IV - Contra a administração pública
UD V - Crimes hediondos
3ª PARTE – LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE
UD VI - Lei de tóxicos
UD VII - Lei das contravenções penais
UD VIII – Estatuto do desarmamento
UD IX – Lei Maria da Penha

e) Instruções metodológicas

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Trabalhar os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica do conhecimento
produzido, visando à compreensão do Direito Penal através de aulas expositivas e estudo de textos
pertinentes ao tema.

f) Avaliação da aprendizagem
1ª Verificação Complementar (prova escrita) ................................ 02 horas aulas.
Verificação Final (prova escrita) ................................................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ARANHA FILHO, Adalberto Jose Queiroz Telles de Camargo. Direito penal: crimes contra a pessoa- arts. 121-154. 3.
ed. Atlas, 2009.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte Especial. v.2-5. Saraiva. 2014.
BRASIL. Código penal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm>.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm >.
CAPEZ, F. Curso de direito penal: parte especial. São Paulo: Saraiva, 2004.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: legislação penal especial. 4 vol. Saraiva. 2014.
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação Penal Especial. 24 vol. Saraiva 2007.
GRECO, Rogério. Curso de direito penal. Parte especial. v. 4. Impetus. 2015.
MARCÃO, Renato Flávio. Tóxicos: lei n. 11.343 de 23 de agosto de 2006, lei de drogas, anotada e interpretada. 10. Ed.
Saraiva, 2015.
MOLINA, Antônio García-Pablo de; GOMES, Luiz Flávio. Criminologia: uma introdução a seus fundamentos teóricos.
São Paulo: Revista dos Tribunais.
ZAFFARONI, Eugênio Raul. Em busca das penas perdidas: a perda da legitimidade do sistema penal. Revan. 2001.
______, Eugênio Raul; PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal brasileiro: parte geral. 8. ed. São Paulo:
RT, 2009.
Bibliografia Complementar
BIANCHINI, Alice. Política Criminal, Direito de punir do Estado e finalidades do Direito Penal.
FALEIROS, José Luiz de Moura. Crimes Ambientais. Disponível em:
http://www.uvb.com.br/main/posgraduacao/CienciasCriminais/AulasImpressas/CCTD_Aula05_Extra.pdf.
JUNQUEIRA, Gustavo Octaviano Diniz; MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. O perdão judicial em lesão corporal e
homicídio culposo. Boletim do IBCCRIM, São Paulo, n. 169, dez. 1996.
LEAL, João José. O CTB e o homicídio culposo de trânsito – duas penas e duas medidas. Boletim do IBCCRIM, São
Paulo, n. 65, abr. 1998, p. 03-04.
LEAL, João José. Cruzada doutrinária contra o homicídio passional: análise do pensamento de Leon Rabinowicz e de
Nelson Hungria. Disponível em: <http://ultimainstancia.uol.com.br/ensaios/ler_noticia.php?idNoticia=1875>.
TRAD, Fábio. A pena do homicídio privilegiado-qualificado – uma leitura garantista à luz do princípio da
proporcionalidade. Boletim do IBCCRIM, São Paulo, n. 138, maio 2004.

2.6.3 Ementa da disciplina: DEFESA PESSOAL E USO SELETIVO DA FORÇA


1 CABEÇALHO

1.1 Carga horária: 50 horas aulas


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1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Conhecimento técnico e atuação na área da disciplina.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Uso seletivo da força;
Educação Física Militar e Saúde;
Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
Cabe ao Estado o uso exclusivo da força física contra aqueles que não se dispõem a cumprir as regras
impostas. A força utilizada deve ser suficiente para conduzir as pessoas ao cumprimento das normas, não
sendo permitido o excesso que também caracteriza o descumprimento da lei pelo representante do Estado.
A disciplina de “Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força”, como a denominação bem explicita, tem por
objetivo garantir a defesa do policial e/ou de terceiros que estejam sendo vítimas de ofensas físicas. Os
integrantes das organizações policiais, que têm como função promover a segurança pública, necessitam de
treinamentos constantes para proporcionar essa segurança e proteção aos membros da sociedade. Não
coaduna com as agências de segurança pública a lógica do ataque.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– identificar os princípios básicos para se comportar no Dojo, transmitindo noções fundamentais
sobre a origem, conceito e história das artes marciais;
– identificar as normas estabelecidas pelo Procedimento Operacional Padrão – POP da PMGO,
relativas ao uso seletivo da força;
– identificar o seletivo do uso da força a partir de procedimentos, técnicas, táticas proporcionando ao
profissional de segurança pública a tomada de postura adequada e proporcional à resistência e/ou a agressão
injusta recebida.
– desenvolver e exercitar habilidades para:
– aplicar as técnicas básicas de ataque, defesa e imobilizações para o desempenho da atividade
policial militar;
– utilizar de maneira eficiente o espargidor, a tonfa e as algemas no serviço policial, conforme as
normas estabelecidas pelo Procedimento Operacional Padrão – POP da PMGO.
– fortalecer atitudes para:
– priorizar a preservação da vida e o respeito aos Direitos Humanos atuando de forma segura e de
acordo com os princípios legais;
– reconhecer o seu papel na sociedade, atuando dentro das previsões legais, e aplicando a força
estritamente necessária para a contenção da resistência e/ou da agressão recebida.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;
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– executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– executar o policiamento ostensivo ambiental;

– executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;

– executar o cumprimento das ordens judiciais;

– conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – INTRODUÇÃO TEÓRICA A DEFESA PESSOAL
1) Estudo sobre o que é Defesa Pessoal.
UD II – ELEMENTOS BÁSICOS DA DEFESA PESSOAL
1) Técnicas de rolamentos
a. Rolamento para frente.
b. Meio rolamento para trás.
c. Rolamento para trás.
d. Salto com rolamento.
2) Esquivas
a. Entrando com o pé da frente na diagonal girando o quadril.
b. Mudança de direção com giro por trás sobre o pé da frente.
c. Um passo a frente e um giro.
3) Deslocamentos
a. Para aplicação Técnica.
4) Ataques
a. Soco direto
b. Pancada sobre a cabeça.
c. Pancada Latero-diagonal
d. Chute para frente
e. Chute circular.
5) Aproximação e bloqueio
6) Defesas
a. Defesa alta
b. Defesa média
c. Defesa baixa
7) Postura corporal
a. Técnicas aplicadas com os parceiros em pé.
8) Posturas dos pés e pernas.
a. Pernas direitas à frente.
b. Pernas esquerdas à frente.
c. Pernas trocadas à frente (um parceiro com a direita e o outro com a esquerda e vice versa).
9) Posicionamentos de combate
a. Perna direita à frente
b. Perna esquerda à frente
10) Imobilizações
a. Projeções
b. Quedas
c. Estrangulamentos
d. Saídas das imobilizações
UD III – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO
22
POP 103 USO DE ALGEMAS
103.01 Ato de algemar
POP 104 USO DO ESPARGIDOR DE AGENTE OC
104.01 Uso do Espargidor à base de Oleoresin Capsicum – OC (Agente Pimenta tipo Espuma)
POP 105 USO DO BASTÃO POLICIAL (BP – 60) – TONFA
105.01 Uso do BP – 60 em abordagem a pessoa com mãos livres
105.02 Uso do BP – 60 em abordagem a pessoa armada com material(is) contundente(s)
105.03 Uso do bastão BP – 60 em situações diversas
UD IV – INICIAÇÃO DO TREINAMENTO DE DEFESA CONTRA ARMAS BRANCAS
1) Facas, Pedaços de madeira etc.
UD V – OFICINAS DE VIVENCIAMENTO
1) Interfase do uso seletivo da força
2) Princípios da legalidade, proporcionalidade, necessidade e adequação
3) Técnicas de controle de contato e submissão
4) Técnicas e táticas menos que letais
5) Oficinas práticas de vivenciamento em torno do Uso Seletivo da Força
6) Cenários de atuação policial militar
e) Instruções metodológicas
– Ministrar o curso através de aulas práticas e simulações.
f) Avaliação da aprendizagem
As verificações da aprendizagem serão práticas e com emprego de súmula proposta pelos instrutores,
que deverá ser aprovada pela Divisão de Ensino do CAPM.
1ª Verificação Corrente avaliará os processos do POP previstos na disciplina, com enfoque no correto
emprego do uso seletivo da força e dos equipamentos adotados pela PMGO;
A Verificação Final avaliará o domínio das técnicas de defesa pessoais apresentadas durante a
disciplina.
g) Referências Bibliográficas
BULL, Wagner. Aikido: o caminho da sabedoria - A teoria. Rio de Janeiro: Pensamento, 2001.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão. 3ª Ed. Rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.
OLIVEIRA, Humberto Wendling. Autodefesa contra o crime e a violência: um guia para civis e políciais. Baraúna,
2015.

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2.6.4 Ementa da Disciplina DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-graduação;
Ser graduado em Psicologia ou Administração de Empresas.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Saúde e Segurança Pública.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
O desenvolvimento interpessoal constitui uma área específica do desenvolvimento psicológico que se
refere aos processos psicológicos subjacentes à relação entre o sujeito e os outros.
Dadas as suas implicações em nível do desenvolvimento pessoal e social do ser humano, justifica-se
aprofundar o conhecimento sobre a sua evolução considerando diferentes etapas e contextos de vida.
Para além de analisar o desenvolvimento da compreensão da realidade interpessoal, interessa ainda
conhecer os vários níveis de organização para a ação interpessoal, uma vez que tal capacidade se encontra
profundamente associada à resolução adequada de diversas tarefas de desenvolvimento ao longo da vida.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– identificar os conceitos de autocontrole, motivação, autoconhecimento, hétero percepção, empatia e
“feedback”.
– conceituar e discutir sobre os aspectos (liderança, criatividade, motivação e comunicação) que
necessitam serem observados nas relações humanas.
– desenvolver e exercitar habilidades para:
– obter competência interpessoal, através do aprimoramento de habilidades e práticas de
relacionamento e comunicação, a fim de liderar de forma plena e positiva o público externo, na esfera de sua
competência, para o fiel cumprimento de suas atividades;
– reconhecer os indicadores físicos e mentais das doenças que podem ser adquiridas ao longo do
tempo de exercício de profissões com a realização de atividades estressantes, bem como das atitudes e ações
que podem ajudar para a prevenção dos estados patológicos mais comuns;
– selecionar estratégias adequadas de ação, visando à melhoria das relações interpessoais;
– fortalecer atitudes para:
– reconhecer a importância da individualidade (eu – outro) nas relações humanas;
– desenvolver um comportamento profissional visando à confiança e o respeito ao público, através
das normas profissionais, éticas e morais, que asseguram a imparcialidade na aplicação das leis melhorando a
imagem da nossa Corporação.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

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– executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

– executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a instrumentar o exercício


da polícia ostensiva e da preservação da ordem pública;

– executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade.

d) Conteúdos
UD I – DESENVOLVIMENTO DE CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
1) Quem sou eu?
2) Estilos pessoais de atuação.
3) Eu e o ambiente.
4) Eu e os outros.
UD II – DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL
1) Competência interpessoal.
2) Importância do feedback nas relações interpessoais.
3) Funcionamento e desenvolvimento do grupo.
4) Interação no grupo: tarefa e emoção.
5) Participação no grupo.
6) Energia no grupo: tensão e conflito interpessoal.
7) Mudanças no grupo.
8) Motivação.
UD III – PREVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL
1) Conceituação e contextualização.
2) Estresse.
3) Estresse pós-traumático.
4) Ansiedade.
5) Depressão.
6) Dependência química.
7) Fobias.
8) Ações de prevenção em saúde mental.
e) Instruções metodológicas
Trabalhar nas aulas presenciais os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica
do conhecimento produzido, visando o exercício da Polícia Ostensiva através de dinâmicas de grupos e
estudo de textos pertinentes ao tema.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ALMEIDA, S. F. C. ; AMPARO, D. M. Adolescência e violência: intervenções e estudos clínicos, psicossociais.
Editora Liber Livro. 2012.
DAYNES, Kerry; FELLOWES, Jessica. Como identificar um psicopata. São Paulo: Cultrix, 2012.
GOUVEIA, Valdiney Veloso; ROS, Maria. Psicologia social dos valores humanos: desenvolvimentos teóricos,
metodológicos e aplicados. 2. ed. São Paulo: SENAC, 2011.
MINICUCCI, A. Relações Humanas: Psicologia das Relações Interpessoais. Atlas: São Paulo, 2001.
25
MOSCOVICI, F. Desenvolvimento Interpessoal. José Olympio: Rio de Janeiro, 1995.
MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. Vozes.
NODARI, Paulo César. Ética, direito e política: a paz em Hobbes, Locke, Rousseau e Kant. São Paulo: Paulus Editora.
2015
PEASE, Allan; PEASE, Bárbara. Desvendando os segredos da linguagem corporal. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
VALLS, A. L. M. O que é ética. Editora Brasiliense. Coleção Primeiros Passos.

2.6.5 Ementa da disciplina: DIREITO MILITAR


1. CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 horas/aula.
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-graduação;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser bacharel em Direito.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Legislação Institucional.

2) DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
Ao verificarmos o Direito Penal Militar e o Direito Processual Penal Militar, constatamos que o
primeiro regula a tipicidade e a anti juridicidade de fatos definidos como crime e o segunda regula a
atividade jurisdicional de um Estado soberano no julgamento do acusado de praticar um crime (réu). O
objetivo maior do processo é a justa composição da lide penal (conflito de interesses entre o poder punitivo
estatal e o direito individual à liberdade).
Neste contexto, as atividades policiais militares exigem um alto grau de entendimento sobre a
persecução criminal, tanto no âmbito penal comum, quanto na esfera penal militar, ou seja, torna-se
indispensável conhecimentos que possam alicerçar as atividades do policial militar em matérias penais
militares e processuais penais militares.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– diferenciar o crime militar da competência da Justiça Militar Federal, da Justiça Militar Estadual,
bem como da Justiça Comum, tanto Federal como Estadual, através do estudo do Código Penal Militar, das
Constituições Federal e Estadual e legislação pertinente.
– identificar os delitos militares em tempo de paz e em tempo de guerra;
– compreender as normas legais que regem o processo penal militar.
– desenvolver e exercitar habilidades para:
– reconhecer no exercício de suas funções o cometimento dos crimes militares tipificados no Código
Penal Militar.
– fortalecer atitudes para:
– pautar sua conduta militar dentro dos padrões da ética e legalidade.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:

– Executar as ações policiais visando a aplicação dos direitos humanos frente as necessidades da
pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;

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– Executar o cumprimento das ordens judiciais.

d) Conteúdos
1ª PARTE - DIREITO PENAL MILITAR
UD I - PARTE GERAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR E LEGISLAÇÃO PERTINENTE
1) Da aplicação da Lei Penal Militar aos militares federais, estaduais e civis;
2) Dos crimes militares em tempo de paz - art. 9º CPM;
3) Dos crimes militares em tempo de guerra - art. 10 CPM;
4) Das excludentes do crime e das excludentes da culpa;
5) Das penas principais e das penas acessórias;
6) Da ação penal militar e da extinção da punibilidade.
UD II - DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ E EM TEMPO DE GUERRA
1) Dos crimes em tempo de paz - arts. 136 a 354;
2) Dos crimes militares em tempo de guerra - arts. 355 a 408.
2ª PARTE - DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
UD I – DO PROCESSO EM GERAL
1) Do Processo Penal Militar na Justiça Estadual e da Polícia Judiciária Militar;
2) Do Inquérito Policial Militar (IPM);
3) Da Ação Penal Militar e do seu exercício;
4) Do Juiz e seus Auxiliares;
5) Das Partes no Processo;
6) Do Foro Militar;
7) Da competência geral;
8) Das questões prejudiciais;
9) Dos Incidentes;
10) Das medidas preventivas e assecuratórias;
11) Dos atos probatórios .
UD II – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
1) Estudo da Lei 9.299/96 (Trata dos crimes dolosos contra a vida de civis, praticados por militares).
3ª PARTE – AUDITORIA DA JUSTIÇA MILITAR E COMANDO DE CORREIÇÕES E
DISCIPLINA
UD I – ESTRUTURA DA AUDITORIA DA JUSTIÇA MILITAR;
UD II – ESTRUTURA CORRECIONAL DA PMGO.
e) Instruções metodológicas
– Trabalhar os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica do
conhecimento produzido, visando à compreensão do Direito Penal Militar e do Processual Penal Militar
através de aulas expositivas e estudo de textos pertinentes ao tema.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ABREU, Jorge Luiz Nogueira de. Direito administrativo militar. Método. 2015.
ASSIS, Jorge César de. Código de Processo Penal Militar Anotado – Artigos 1º a 383 – Vol. 1 – 4. ed. Juruá, 2012. <
https://www.jurua.com.br/bv/conteudo.asp?id=22738>.
ASSIS, Jorge César de. Código de processo penal militar anotado: Art 1° a 383°. Juruá. 2012. v.1
ASSIS, Jorge César de. Curso de Direito Disciplinar Militar – Da simples transgressão ao processo administrativo.
4. ed. Juruá, 2013. < https://www.jurua.com.br/bv/conteudo.asp?id=23214>.
BARROS FILHO, Mário Leite de. Direito administrativo disciplinar da polícia. Edipro
BRASIL. Código de processo penal. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>.
BRASIL. Código penal militar. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1001.htm >.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm >.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito processual penal. São Paulo: Saraiva, 2003.
FERREIRA, A S. Inquérito policial militar e sindicância: procedimentos para instrução doutrina, pratica e
legislação. Belo Horizonte: Del Rey.
GOIAS. Constituição (1989). Disponível em:
<http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/constituicoes/constituicao_1988.htm >.
27
LIRA, Domingos Aragão. Conselho de disciplina. Goiânia: Três Poderes, 1991.
LIRA, Domingos Aragão. Exercício da polícia judiciária militar estadual: elaboração do inquérito policial militar:
IPM. Goiânia: Grafset, 2000.
LOBÃO, Célio. Comentários ao Código Penal Militar – Parte Geral. Forense Jurídica, 2011.
<http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/NovasAquisicoes/2012-02/924223/sumario.pdf >.
LOUREIRO NETO, J. S. Direito penal militar. São Paulo: Saraiva, 2001.
MIGUEL, Claudio Amim; COLDIBELLI, Nelson. Elementos de direito penal militar. Parte especial. Lumen Juris.
2011.
NEVES, Cícero Robson Coimbra; STREINFINGER, Marcello. Manual de direito penal militar. Saraiva. 2013.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo. Atlas. 2015.
SILVA, Francisco Miranda. A polícia no banco dos réus: a defesa do policial na corregedoria e na justiça. Mizuno.
2004.
TOURINHO FILHO, F. C. Processo penal. São Paulo: Saraiva, 2000.
VITTA, Heraldo Garcia. Soberania do Estado e poder de polícia. Malheiros. 2011. (Col. Temas de Direito
Administrativo).

2.6.6 Ementa da disciplina: DIREITOS HUMANOS


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 40 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Possuir os cursos de “Filosofia dos Direitos Humanos Aplicados à Atuação Policial”, “Atuação Policial
frente aos Grupos Vulneráveis” e “Segurança Pública sem Homofobia” da Rede de Ensino a Distância - EaD
da SENASP.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Uso Seletivo da Força;
Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força;
Técnica Policial Militar I e II.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
O Estado, enquanto Instituição surgiu numa concepção em que o ser humano abriu mão de certa
parcela de seus direitos, mormente de sua liberdade, atribuindo-a ao Estado para que em troca fosse lhe
garantida a segurança em seu mais amplo sentido, da patrimonial à jurídica.
Eis, portanto, a função precípua do Estado, garantir o convívio harmonioso entra as pessoas, valendo
para esse fim do poder que lhe foi conferido pelo cidadão. Historicamente, no entanto, o Estado assoberbou-
se, e por vezes excedeu-se em suas atribuições, culminando com a Revolução Francesa em 1789, que
invocava de volta ao homem à liberdade tolhida deturpadamente pelos agentes estatais. Não negando o
Estado Democrático de Direito, mas, ressaltando que só se justifica pelo povo e para o povo, verdadeiro
detentor do poder.
Assim é que os policiais enquanto agentes estatais, não rara as vezes, subservientes às vontades
políticas eleitoreiras nos mais altos escalões e irreflexíveis nos mais baixos, também acabam por inverter a
lógica da existência do Estado e por consequência ofendem mais gravemente o cidadão criminoso, do que a
própria nocividade deste para a sociedade, em absoluta falta de ponderação entre o legitimamente esperado
do agente de segurança frente a prática de ilícitos.
É necessário que não se incuta mais no policial que os problemas de segurança pública e a
criminalidade são culpa sua ou que se deva combatê-los com as ações enérgicas de polícia. Os Direitos
Humanos devem, portanto, permear toda a formação acadêmica dos policiais, de módulo o a torná-los

28
reflexivos muito mais além da simples constatação da falência do sistema de execuções penais, da
morosidade fatídica da justiça ou da senilidade e ineficiência de nosso ordenamento jurídico.
O papel da Polícia Militar do futuro, que urge à nossa porta, é de inspirar confiança, segurança e
mais que isso, fazer com que a sociedade se indigne com a desídia do aparato estatal anterior à atuação de
polícia, na gênese da criminalidade, onde as soluções não serão paliativas, mas, duradouras e definitivas.
Sintética e ao mesmo tempo holisticamente, previne-se a delinquência mais exitosamente com
infraestrutura de transporte, educação, políticas sérias de moradia, educação, com a devida utilização do solo
urbano e rural, educação, com uma guinada de qualidade no Sistema Único de Saúde, educação, emprego,
lazer, cultura e educação, cada um desses Direitos Humanos que se cerceados dos indivíduos trazem
dissabores à Segurança Pública.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– identificar o conceito de Direitos Humanos e sua importância;
– assimilar os principais instrumentos jurídicos internacionais para a proteção dos Direitos Humanos e
as regras dirigidas à Segurança Pública.
– desenvolver e exercitar habilidades para:
– conduzir as suas ações sob a ótica dos Direitos Humanos;
– demonstrar a relação entre a cidadania e o fortalecimento da sua identidade social, profissional e
institucional.
– fortalecer atitudes para:
– internalizar os valores básicos da dignidade humana, visando uma melhoria da prestação de serviço
junto à comunidade;
– interagir com os diversos atores sociais e institucionais que atuam na proteção e defesa dos direitos
humanos.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

– executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;

– executar o cumprimento das ordens judiciais;

– cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

29
– conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – NOÇÕES BÁSICAS DE DIREITOS HUMANOS
1) Evolução dos Direitos Humanos;
2) Significação da expressão “direitos humanos”;
3) Aplicação da lei nos Estados democráticos, aspectos éticos e jurídicos na
conduta da polícia;
4) Desmistificação da expressão direitos humanos;
5) As 13 Reflexões sobre Polícia e Direitos Humanos;
6) A dignidade da pessoa humana.
UD II – TRATAMENTO A VULNERÁVEIS
1) Grupos vulneráveis e minorias;
2) Atuação policial a pessoas idosas;
3) Segurança Pública e população em situação de rua;
4) Atendimento policial às pessoas com deficiência;
5) Atendimento policial às crianças e aos adolescentes;
6) O papel do profissional de segurança pública no enfrentamento à
Homofobia.
UD III – ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL E NORMAS CONSTITUCIONAIS
1) Declaração Universal dos Direitos Humanos;
2) Pacto Internacional dos Direitos Civis Políticos;
3) Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais;
4) Convenção Americana sobre os Direitos Humanos;
5) Constituição da República Federativa do Brasil.
a. Princípios fundamentais;
b. Dos Direitos e Garantias Fundamentais;
c. Instituições Democráticas;
d. Da ordem social.
UD IV – ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL
1) Lei nº 4.898/65 (Abuso de autoridade);
2) Lei nº 9.455/97 (Crimes de tortura);
3) Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
4) Lei nº 10.741/2003 (Estatuto do Idoso);
5) Lei nº 11.340/2006 (Maria da Penha).
UD V – DIREITOS HUMANOS E PMGO
1) Policiamento no cumprimento do dever legal;
2) Policial defensor da dignidade humana;
3) O Procedimento Operacional Padrão;
4) A abordagem a indivíduo com necessidade especial auditiva, usuário de droga, homossexual, travesti ou
transexual;
5) Portarias 35 e 40/09 – PM/1 (Comitê de Direitos Humanos).
UD VI – FILOSOFIA DOS DIREITOS HUMANOS APLICADA À ATUAÇÃO POLICIAL –
Atividade EaD
1) Arcabouço jurídico;
2) Premissas básicas na aplicação da lei;
3) Responsabilidades básicas da atividade policial;
4) Poderes básicos da aplicação da lei;
5) Comando, gestão e investigação de violações de direitos humanos.
UD VII – ATUAÇÃO POLICIAL FRENTE AOS GRUPOS VULNERÁVEIS – Atividade EaD
1) Introduzindo a questão;
2) Conceituando o tema: grupos vulneráveis e minorias;
3) Atuação policial e grupos vulneráveis: pessoas idosas;
4) Segurança Pública e população em situação de rua;
30
5) Atendimento policial às pessoas com deficiência;
6) Atendimento policial às crianças e adolescentes.
UD VIII – SEGURANÇA PÚBLICA SEM HOMOFOBIA – Atividade EaD
1) Conceitos e contextualização histórica;
2) A homossexualidade no contexto jurídico: amparo legal sobre o tema;
3) O papel do profissional de segurança pública no enfrentamento à homolesbotransfobia.
e) Instruções metodológicas
Discutir de forma prática o conteúdo de Direitos Humanos, visando uma análise real e crítica
dos temas;
Coordenar as matrículas nos cursos “Filosofia dos Direitos Humanos Aplicados à Atuação Policial”,
“Atuação policial frente a grupos vulneráveis” e “Segurança Pública sem Homofobia” bem como suas
execuções, através de um cronograma que atenda as exigências contidas nos Ciclos de Ensino a Distância da
SENASP;
Coordenar palestras sobre violência doméstica; diversidade sexual; abuso contra idosos;
conselho tutelar; e proteção da criança e adolescentes.
f) Avaliação da aprendizagem
Ao final de cada unidade didática aplicar uma verificação da aprendizagem escrita: Filosofia dos
Direitos Humanos Aplicados à Atuação Policial – até 4,0 pontos; Atuação policial frente a grupos
vulneráveis – até 3,0 pontos; e Segurança Pública sem Homofobia – até 3,0 pontos, sendo o somatório destas
avaliações a nota da verificação corrente. Ao término da apresentação de todo o conteúdo aplicar uma
verificação final da aprendizagem escrita, com o valor máximo de 10,0 pontos.
g) Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Maria Isabel Mendes de. Criatividade, juventude e novos horizontes profissionais. Rio de Janeiro:
Zahar, 2012. 294p.
BALESTRERI, Ricardo Brisola. Direitos humanos: coisa de polícia. 3.ed. Passo Fundo: Gráfica Editora Berthier,
2003.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Malheiros, 2004. 806 p.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Constituicao/Constituicao.htm>.
BRASIL. Lei nº 10741, de 1 de outubro de 2003. Estatuto do Idoso. Brasilia, DF, Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm>. Acesso em: 29 jun 2017.
BRITO, Laura Souza Lima e. Liberdade e direitos humanos: fundamentação justifilosófica de sua universalidade. São
Paulo. Saraiva. 2014.
CÂMARA DOS DEPUTADOS. A polícia e os direitos humanos: instrumentos legais para uma atuação policial com
respeito aos direitos humanos. Brasília.
CASTILHO, Ricardo; GUERRA, Sidney. Direitos humanos. Saraiva. 2015.
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. São Paulo: Saraiva. 2014.
CRAMI (Centro Regional aos Maus Tratos na Infância) – Campinas. Abuso Sexual doméstico: atendimento as vítimas
e responsabilização do agressor. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Moderna. 2015.
DUTRA, Micaela Dominguez. Capacidade contributiva: análise dos direitos humanos e fundamentais. Saraiva. 2014.
FEFERBAUM, Marina. Proteção internacional dos direitos humanos: análise do discurso africano. Saraiva. 2014.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos humanos fundamentais. Saraiva. 2012.
GARCIA, Maria, Piovesan, Flávia Cristina. Direitos humanos. Revista dos tribunais. 2011. 7 v. (Coleção doutrinas
essenciais).
GOIÁS. Constituição (1989). Disponível em: <http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/
constituicoes/constituicao_1988.htm >.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3. ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.
GONÇALVES, Tamara Amoroso. Direitos humanos das mulheres e a Comissão Interamericana de Direitos
Humanos. São Paulo. Saraiva. 2014.
JESUS, D. Violência contra a mulher. Saraiva. 2015.
JESUS, José Lauri Bueno de. Polícia Militar e direitos humanos: Segurança Pública, Brigada Militar e os Direitos
Humanos no Estado Democrático de Direito. Curitiba. Juruá. 2004.
LIMA, R. B.. Direitos humanos e cotidiano. São Paulo: Bandeirantes, 2001.
MALHEIRO, Emerson. Direito internacional e direitos humanos. Atlas. 2011.
MARTY, Mireille Delmas. A imprecisão do direito: do código penal aos direitos humanos. São Paulo: Manole, 2005.

31
MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais: teoria geral. (Coleção Temas Jurídicos). São Paulo: Atlas.
2013.
PAICA (org.). Meninos e meninas em situação de rua: Políticas integradas para a garantia de direitos – Série Fazer
Valer os Direitos. vol. 2. São Paulo: Cortez, 2002.
PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. Direitos humanos: doutrina, legislação. (Série concursos públicos). Método.
2011.
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional. Saraiva. 2014.
PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. Saraiva. 2015.
RODRIGUEZ, G. S. Os direitos humanos das mulheres. 2010. Disponível em:
<http://www.ceap.br/material/MAT16102013162604.pdf> Acesso em 10 de junho de 2017.
ROVER, Cees de. Para servir e proteger: direitos humanos e direito internacional humanitário para forças policiais e
de segurança, manual para instrutores. 4. ed. Suíça, Genebra: CICV – Comitê Internacional da Cruz Vermelha, 2005.
trad. Sílvia Backes e outros.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos. Almedina. 2013
SÃO PAULO (ESTADO). Procuradoria Geral do Estado. Grupo de Trabalho de Direitos Humanos. Sistema
interamericano de proteção dos direitos humanos: legislação e jurisprudência.
<http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/ bibliotecavirtual/interamericano/sumario.htm >.

2.6.7 Ementa da disciplina: EDUCAÇÃO FÍSICA MILITAR E SAÚDE


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 80 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Graduação;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser graduado em Educação Física.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Desenvolvimento Interpessoal;
Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força;
Ordem Unida.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
a.1 Aspectos históricos

A História da Educação Física relaciona-se com todas as ciências que estudam o passado e o presente
das atividades humanas e a sua evolução. O homem, condicionado à situações de ser pensante,
desempenhou, em todas as etapas da vida, um papel importante na história da educação física, a qual se
propõe a investigar a origem e o desenvolvimento Seletivo de suas atividades físicas, através do tempo: sua
importância, as causas de seu apogeu e da sua decadência.

32
A Educação Física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos povos. Assim, a sua
orientação no tempo e no espaço está em sintonia com os sistemas políticos, sociais, económicos e
científicos vigentes nas sociedades humanas.

Na Pré-História havia a preocupação do desenvolvimento da força bruta, sob o ponto de vista


utilitário-guerreiro, sem ideia definida do ponto de vista moral. Na Antiguidade, os gregos, entretanto, mais
evoluídos, visavam ao desenvolvimento físico e moral do homem. Nesse período, a educação física visava o
aspecto somático, harmonia de formas, musculatura saliente, sem exagero, de onde surgiram os atletas de
porte esbelto. É a fase anatômica da educação física. Já entre os romanos, que herdaram com a conquista da
Grécia as atividades físicas dos gregos, em plena decadência, orientavam a educação física, objetivando o
desenvolvimento das massas musculares. Pouco se dedicavam à cultura intelectual e muito menos a da
moral.

Na Idade Média, caracteriza-se a reação contra a adoração pagã do físico, e o espírito passa a
predominar sobre a matéria. Os exercícios físicos são relegados a plano secundário e a "justo" e o "torneio"
são as formas bárbaras de sua manifestação, por influência das ordens de cavalaria. Módulo ernamente, com
o desenvolvimento da fisiologia e outras ciências, cai, o conceito anatômico e passa a prevalecer o
fisiológico. O que se deseja não é a força, mas sim a saúde, mais do que a força. É preciso, também,
considerar o lado moral. A moral deve ser levada em conta pela educação física, pois é necessário que ela
concorra para formar um coração generoso, uma moral elevada, além de uma inteligência lúcida. Estamos,
pois, hoje, na fase em que a educação física visa, a par do preparo físico, a educação, no seu tríplice aspecto:
físico, moral e intelectual.

a.2 Aspectos Atuais


A disciplina propõe estabelecer e transmitir a importância da prática regular de atividade física que
sempre estiveram associada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas ideias que tentavam
explicar a vinculação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam
uma predisposição genética á prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor física e disposição
mental; a outra propositura dizia que a atividade física, na verdade, representava um estímulo ambiental
responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje, sabe-se que os dois conceitos
são importantes e se relacionam.
Em uma visão contemporânea, pode-se considerar que a Educação Física vem estudando o ser homem
em um contexto de cultura corporal de múltiplas possibilidades, na pratica de atividades físicas
sistematizadas e direcionadas, para a educação, desporto, estética e saúde, entre outras. (Bach & Beresford,
2003).
Vivemos um tempo de enormes exigências. Somos constantemente chamados a lidar com novas
informações e experiências. O homem cada vez mais se vê diante de inúmeras situações às quais precisa
adaptar-se. Como exemplo, citamos as demandas e pressões externas vindas da família, do meio social, do
trabalho ou do meio ambiente. Assim se retrata a vida urbana atual, ocasionando danos significativos à
saúde. Dentro deste universo se insere o policial militar que, não diferente dos demais, também sofre as
influências advindas do mundo exterior.
Em consequência, faz-se necessário ter hábitos saudáveis de vida, com o objetivo de combater os
danos causados à saúde pela forma de vida que levamos. Para tanto, a prática da atividade física regular vem
como um meio de evitar que esses danos se propagem, ou até mesmo preveni-los, pois pesquisas mostram
que os efeitos são benéficos, de forma a melhorar o bem-estar físico, mental e social, e, consequentemente,
contribuir para uma melhor qualidade de vida.
O homem, ao ser preparado para a atividade policial militar adquire conhecimentos diversos dentro
deste universo. Ética, direito, táticas policiais, são exemplos das áreas do conhecimento onde o policial
militar está imerso. Dentre estas matérias, existe uma de suma importância para a interdisciplinaridade, que
prepara o corpo e a mente para a absorção de todo e qualquer conhecimento. Esta área do conhecimento é a
educação física, que na atualidade vem se revelando como uma das mais importantes ciências para o
estabelecimento da qualidade de vida e bem-estar do homem.
A Polícia Militar e a Educação Física sempre estiveram ligadas através do enfoque no desempenho de
suas funções afetas ao cumprimento de missões de combate (atividade-fim), enquanto o enfoque da saúde é
condição essencial para o desempenho de qualquer função, inclusive aquelas de cunho administrativo. A

33
perspectiva do treinamento na operacionalidade da tropa visa atender fundamentalmente ao interesse da
Polícia Militar e ao cumprimento da sua missão institucional.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
ampliar conhecimentos para:
– identificar os benefícios da prática de exercícios físicos;
– identificar os aspectos que envolvem o treinamento físico individual;
– identificar os índices de massa corporal e percentual de gordura, satisfatórios para o bem-estar físico
e mental;
– se conscientizar sobre a responsabilidade individual na prática de exercícios físicos, que são
essências para o desempenho da Polícia Ostensiva;
– identificar as diversas opções de treinamento oferecidas aos policiais militares pela Instituição.
desenvolver e exercitar habilidades para:
– manter seu condicionamento físico dentro dos padrões exigidos pela Corporação;
– ser um agente multiplicador dessa nova concepção institucional de disciplina consciente relacionada
à qualidade de vida do profissional.
fortalecer atitudes para:
– se conscientizar dos benefícios decorrentes de uma vida saudável, seja através da prática de
exercícios físicos ou de atividades desportivas.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade-fim;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – ORIENTAÇÕES TEÓRICAS
1) Educação Física Militar e Saúde
2) Atividade Física
3) Origem da atividade física
4) Benefícios da atividade física
5) Malefícios da inatividade
6) Qualidade de vida (Conceito, Aspectos importantes)
7) Método de Cálculo do IMC (tabela com indicativo do grau de obesidade segundo a OMS)
8) Obesidade (conceito, causas, consequências, prevenção e controle da obesidade).
9) Orientações sobre a Legislação PM (Portaria 042/2008-PM/1)
10) Orientações sobre o Manual de Campanha Treinamento Físico Militar do Exército – C 2020.
UD II – ATIVIDADES PRÁTICAS
1) Treinamento Físico Militar do Exército
2) Preparação para o TAF (flexão de braço, abdominal Curl-up, flexão na barra e corrida 12 min.)
3) Alongamento
4) Caminhada

34
5) Corridas Variadas: 50m, 100m, 3.200m, 5.000m e 7.000m - (treinamento aeróbico e anaeróbico)
6) Fartlek (trabalhar variantes da corrida)
7) Recreação (Atividades recreativas)
e) Instruções metodológicas
Ministrar aulas teóricas sobre Educação Física Militar e Saúde, buscando conscientizar os discentes
quanto à importância da prática regular de atividades físicas.
Executar as diversas atividades físicas disponíveis pela Instituição, em consonância com as atividades
de grupo.
f) Avaliação da aprendizagem
As três avaliações deverão ser práticas com a aplicação da Tabela do TAF padrão da PMGO, para o
sexo masculino e para o sexo feminino obedecendo os critérios previamente estabelecidos.
g) Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Denise Sardinha; ARAÚJO, Cláudio Gil Soares. Aptidão física, saúde e qualidade de vida. Revista
Brasileira de Medicina do Esporte, v. 6, n. 5, p.194-203, 2002. <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n5/v6n5a05.pdf >.
BACH, César Madeira; BERESFORD, Heron. Intervenção profissional, avaliação da possibilidade de intervenção
do profissional de educação física, em uma pratica preventiva de saúde, nos níveis secundário e terciário, dentro
de um enfoque legal, moral e epistemológico. Fitness e Performance Vol 2,
2003.<http://fpjournal.org.br/painel/arquivos/1725-3_Intervencao_profissional_Rev6_2003_Portugues.pdf >.
CONFEF. Conselho Federal de Educação Física. Resolução 046. Dispõe sobre a intervenção do profissional de
educação física. Rio de Janeiro, 2002. <http://www.portaleducacao.com.br/educacao-fisica/artigos/3223/resolucao-
confef-n-046-2002>.
POWERS, Scott K; HOWLEY, Edward T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao
desempenho. Tradução por Marcos Ikeda. 5ª Ed. Barueri: Manole, 2005.

2.6.8 Ementa da disciplina: ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE PRÁTICA PROFISSIONAL I


CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 160 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ser superior hierárquico;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser preferencialmente multiplicador do Procedimento Operacional Padrão (POP).
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força;
Todas as disciplinas relativas a policiamento;

35
Uso Seletivo da Força.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
Ao longo da história a atividade militar sempre se caracterizou pelo constante treinamento de suas
atividades, buscando a eliminação dos erros, a redução das atitudes improvisadas, as quais por muitas vezes
representam grande risco potencial à atividade policial.
Neste contexto se estabelece o Estágio Supervisionado, atividade desenvolvida durante o período de
formação a qual visa instrumentalizar o aluno com conhecimentos práticos, essenciais à execução da
atividade policial.
Outro fator preponderante é à oportunidade de avaliar a conduta do discente durante o
desenvolvimento do curso de formação. Estudando assim seu temperamento, avaliando sua desenvoltura
para a atividade policial, verificando a existência de alguma incompatibilidade para o exercício da atividade
policial militar.
Desta forma, o Estágio Supervisionado constitui-se em verdadeira escola, para o treinamento das
atividades que serão desenvolvidas pelos alunos uma vez formados.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– estabelecer um elo entre o ensino teórico-prático e a realidade da atividade policial militar;
– identificar os aspectos que envolvem o exercício da atividade-fim da PMGO.
– desenvolver e exercitar habilidades para:
– executar a atividade-fim da PMGO com base nos princípios doutrinários estabelecidos pelo
Procedimento Operacional Padrão - POP;
– aplicar as técnicas de gestão de pessoas;
– aplicar de forma prática o conhecimento teórico-prático apresentado no CFP.
– fortalecer atitudes para:
– desempenhar de forma ética as funções inerentes ao seu cargo.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete a Praça Policial Militar Ostensiva:
– executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos à
ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos à
ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

– executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

36
– executar o policiamento ostensivo ambiental;

– lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I - ATIVIDADES ACADÊMICAS DIÁRIAS E CONTÍNUAS
1) formaturas matinais;
2) atividades em aula;
3) apresentação pessoal;
4) postura e compostura;
3) disciplina.
UD II - ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS
1) Atividades acadêmicas diárias: formaturas matinais; postura e compostura; e disciplina.
2) Serviços internos: limpeza e manutenção do quartel; guarda do quartel; e manutenção e limpeza
de armamento.
3) Atividades de representação.
UD II - ATIVIDADES OPERACIONAIS
1) Serviços externos voltados para o setor operacional da PMGO.
e) Instruções metodológicas
Coordenar as atividades de Estágio Supervisionado de Prática Profissional do CFP, em conformidade
com o conteúdo desenvolvido em cada disciplina;
Disponibilizar aulas presenciais ao supervisor do estágio, quando solicitadas;
Aplicar nas aulas presenciais as técnicas de estudo de caso, resolução de problemas e “feedback”;
A cada final de mês o docente deverá apresentar uma lista com a quantidade, por aluno, de atividades
desenvolvidas (acadêmicas, administrativas, de representação e operacionais) com as respectivas notas;
Compete ao Comandante da Companhia buscar padronizar a quantidade de escalas por atividades, a
fim de que os alunos as desempenhem de forma igualitária;
A remuneração pelas atividades de estágio serão devidas quando o docente efetivar em sala de aula,
conforme o Quadro de Trabalho Semanal, a apresentação da lista com a quantidade, por aluno, de atividades
desenvolvidas (acadêmicas, administrativas, de representação e operacionais) com as respectivas notas. Estas
aulas não poderão exceder a carga horária de 20h/a e deverão ser descritas no registro de aulas. Uma cópia
do relatório do Estágio Supervisionado I deverá ser fixada no selotex da sala de aula da turma e outra
anexada ao Registro de Aula.
f) Avaliação da aprendizagem
O docente deverá:
1 - Individualizar a quantidade de faltas observadas nas atividades acadêmicas diárias, bem como
atividades de estágio desenvolvidas pelos discentes em externa, interna e representação;
2 - Individualizar por atividade as escalas vermelhas (sábado, domingo e feriados), pretas (quarta-
feira) e azuis (segunda-feira, terça-feira, quinta-feira e sexta-feira);
3 - Atribuir às escalas vermelhas peso 3, as escalas pretas peso 2 e as escalas azuis peso 1;
4 - Somar os pontos obtidos por cada discente nas atividades externas de estágio;
a. Calcular o valor de referência das atividades externas de estágio através da média aritmética dos valores
obtidos por todos os discentes;
b. Iniciar o cálculo da nota inicial do estágio das atividades externas através da regra de três, considerando
como 10 o valor de referência das atividades externas. Este valor poderá ser superior a 10,00.
5 - Somar os pontos obtidos por cada discente nas atividades internas e representação de estágio;
a. Calcular o valor de referência das atividades internas e representação de estágio através da média aritmética
dos valores obtidos por todos os discentes;

37
b. Iniciar o cálculo da nota inicial do estágio das atividades internas e representação, através da regra de três,
considerando como 10 o valor de referência das atividades internas e representação. Esse valor poderá ser
superior a 10,00.
6 - Calcular a média aritmética dos valores obtidos por cada discente nos itens 4b e 5b e estabelecer o
valor inicial do Estágio Supervisionado de Prática Profissional I;
7 - Somar, ao valor inicial do Estágio Supervisionado de Prática Profissional I, o valor obtido nos
Pontos Positivos, sendo elogio individual 0,20 e elogio coletivo 0,10;
8 - Subtrair, do valor obtido no item 7, o valor obtido da soma nos Pontos Negativos.
a. Serão atribuídos pontos negativos à ação de não conformidade, equivalente as infrações previstas no
RDPM/GO e demais normas castrenses, não apuradas em processo administrativo disciplinar, em razão do
caráter pedagógico dos pontos atribuídos.
b. Os pontos negativos serão computados mediante aprovação do comandante ou subcomandante do
discente, garantido o direito de sua manifestação;
c. Será atribuído a ação de não conformidade, observando sua equivalência as infrações previstas no
RDPM/GO, os seguintes valores:
I - para transgressões leves: – 0,25 (menos zero vírgula vinte e cinco),
II - para transgressões médias – 0,50 (menos zero vírgula cinquenta);
III - para transgressões graves – 1,00 (menos um ponto).
d. os pontos negativos deverão ser registrados na ficha de constatação de ação de não conformidade,
que será anexada na ficha individual de controle de estágio supervisionado do discente.
e. ficha de constatação de ação de não conformidade
FRENTE
Discente:
Turma: Horário: Data:
Descrição da infração:

PM responsável pela constatação:


Em _____/_____/_______ Em _____/_____/_______ Em _____/_____/_______
 Aprovo  Reprovo

PM responsável pela constatação Ciente do Supervisor de Estágio Comando da Cia

VERSO
Relato do discente sobre a falta constatada:

Assinatura do discente:
9 – Estabelecer a nota final do Estágio Supervisionado de Prática Profissional I, esse valor não poderá
ser superior a 10,00.
A nota final do Estágio Supervisionado de Prática Profissional I será a verificação única desta
disciplina.
A 2ª época deverá ser aplicada antes do início do Estágio Supervisionado de Prática Profissional II,
sendo avaliado o estagiário em, aproximadamente, 100 (cem) horas de atividades externas, internas e/ou de
representação, obedecendo os mesmos critérios da avaliação em 1ª época.
g) Referências Bibliográficas
BAYLEY, D. H. Padrões de policiamento: uma análise internacional comparativa. São Paulo: EDUSP, 2002. 267 p.

38
COSTA, A.S. SILVA, L. I. Prática policial sistematizada: temas complexos analisados à luz da legislação, da
jurisprudência e da doutrina pátrias. Impetus, 2014.
GOIÁS. Polícia Militar. Normas Gerais de Ações do Comando da Academia de Polícia Militar (CAPM). Goiânia:
PMGO, 2015. <http://www.assego.com.br/uploads/014102014111300.pdf >.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp.. Goiânia: PMGO, 2014.
GOIÁS. Polícia Militar. Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Goiás: RDPMGO. Goiânia:
Grafset, 2004.

2.6.9 Ementa da disciplina: ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE PRÁTICA PROFISSIONAL II


1 CABEÇALHO
39
1.1 Carga horária: 500 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ser superior hierárquico;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser preferencialmente multiplicador do Procedimento Operacional Padrão (POP).
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força;
Todas as disciplinas relativas a policiamento;
Uso Seletivo da Força.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA

a) Contextualização
Ao longo da história a atividade militar sempre se caracterizou pelo constante treinamento de suas
atividades, buscando a eliminação dos erros, a redução das atitudes improvisadas, as quais por muitas vezes
representam grande risco potencial à atividade policial.
Neste contexto se estabelece o Estágio Supervisionado, atividade desenvolvida durante o período de
formação a qual visa instrumentalizar o aluno com conhecimentos práticos, essenciais à execução da
atividade policial.
Outro fator preponderante é à oportunidade de avaliar a conduta do discente durante o
desenvolvimento do curso de formação. Estudando assim seu temperamento, avaliando sua desenvoltura
para a atividade policial, verificando a existência de alguma incompatibilidade para o exercício da atividade
policial militar.
Desta forma, o Estágio Supervisionado constitui-se em verdadeira escola, para o treinamento das
atividades que serão desenvolvidas pelos alunos uma vez formados.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– estabelecer um elo entre o ensino teórico-prático e a realidade da atividade policial militar;
– identificar os aspectos que envolvem o exercício da atividade-fim da PMGO.
– desenvolver e exercitar habilidades para:
– executar a atividade-fim da PMGO com base nos princípios doutrinários estabelecidos pelo
Procedimento Operacional Padrão - POP;
– aplicar as técnicas de gestão de pessoas;
– aplicar de forma prática o conhecimento teórico-prático apresentado no CFP.
– fortalecer atitudes para:
– desempenhar de forma ética as funções inerentes ao seu cargo.

c) Vínculo com o perfil profissiográfico


Compete a Praça Policial Militar Ostensiva:
– executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos à
ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos à
ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

40
– executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

– executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– executar o policiamento ostensivo ambiental;

– lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

– executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– executar o cumprimento das ordens judiciais;

– executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

– executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I - ATIVIDADES OPERACIONAIS
1) Serviços externos voltados para o setor operacional da PMGO, durante 3 (três) meses.
UD II – CONDUTA PROFISSIONAL
1) apresentação pessoal;
2) postura e compostura;
3) disciplina.
e) Instruções metodológicas
Coordenar e avaliar as atividades de estágio desenvolvidas no CRPM de destino do estagiário, em
conformidade com as normas previstas no plano do Estágio Supervisionado de Prática Profissional II;
Compete ao Comandante do CRPM determinar aos seus comandos subordinados que busquem
padronizar a quantidade das atividades desenvolvidas pelos estagiários, a fim de que os alunos as
desempenhem de forma igualitária;
Não será prevista remuneração pelas atividades de estágio, pois serão desenvolvidas por policiais
militares pertencentes a Cia de alunos ou coordenadores de curso dentro de sua respectiva carga horária
semanal
f) Avaliação da aprendizagem
O docente deverá montar uma pasta para cada estagiário, onde arquivará toda documentação
pertinente as atividades desenvolvidas: fichas de avaliação de estágio, partes, elogios, etc.
O docente deverá:

41
1 - Individualizar a carga horária das atividades de estágio desenvolvidas pelos discentes,
considerando apenas as escalas externas previstas no plano de estágio;
2 - Individualizar a carga horária por atividade em escalas vermelhas (sábado, domingo e feriados) e
azuis (segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira);
3 - Atribuir às escalas vermelhas peso 3 e as escalas azuis peso 1;
4 - Somar os pontos obtidos por cada discente nas atividades externas de estágio;
a. Calcular o valor de referência das atividades externas de estágio através da média aritmética dos valores
obtidos por todos os discentes;
b. Calcular a nota inicial do estágio através da regra de três, considerando como 10 o valor de referência das
atividades externas. Esse valor poderá ser superior a 10,00.
5 - Somar, ao valor inicial do Estágio Supervisionado de Prática Profissional I, o valor obtido nos
Pontos Positivos, sendo elogio individual 0,20 e elogio coletivo 0,10;
6 - Subtrair, do valor obtido no item 5 o valor obtido da soma nos Pontos Negativos.
a. Serão atribuídos pontos negativos à ação de não conformidade, equivalente as infrações previstas no
RDPM/GO e demais normas castrenses, não apuradas em processo administrativo disciplinar, em razão do
caráter pedagógico dos pontos atribuídos.
b. Os pontos negativos serão computados mediante aprovação do comandante ou subcomandante do
discente, garantido o direito de sua manifestação;
c. Será atribuído a ação de não conformidade, observando sua equivalência as infrações previstas no
RDPM/GO, os seguintes valores:
I - para transgressões leves: – 0,25 (menos zero vírgula vinte e cinco),
II - para transgressões médias – 0,50 (menos zero vírgula cinquenta);
III - para transgressões graves – 1,00 (menos um ponto).
d. os pontos negativos deverão ser registrados na ficha de constatação de ação de não conformidade,
que será anexada na ficha individual de controle de estágio supervisionado do discente.
e. ficha de constatação de ação de não conformidade.
FRENTE
Discente:
Turma: Horário: Data:
Descrição da infração:

PM responsável pela constatação:


Em _____/_____/_______ Em _____/_____/_______ Em _____/_____/_______
 Aprovo  Reprovo

PM responsável pela Ciente do Supervisor de Comando da Cia


constatação Estágio
VERSO
Relato do discente sobre a ação de não conformidade constatada:

Assinatura do discente:
7 – Estabelecer a nota final do Estágio Supervisionado de Prática Profissional II, esse valor nãopoderá
ser superior a 10,00.
A nota final do Estágio Supervisionado de Prática Profissional II será a verificação única desta
disciplina.

42
A 2ª época será ser aplicada em, aproximadamente, 100 (cem) horas, obedecendo os mesmos critérios
da avaliação em 1ª época.
g) Referências Bibliográficas
BAYLEY, D. H. Padrões de policiamento: uma análise internacional comparativa. São Paulo: EDUSP, 2002. 267 p.
COSTA, A.S. SILVA, L. I. Prática policial sistematizada: temas complexos analisados à luz da legislação, da
jurisprudência e da doutrina pátrias. Impetus, 2014.
GOIÁS. Polícia Militar. Normas Gerais de Ações do Comando da Academia de Polícia Militar (CAPM). Goiânia:
PMGO, 2015. <http://www.assego.com.br/uploads/014102014111300.pdf >.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.
GOIÁS. Polícia Militar. Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Goiás: RDPMGO. Goiânia:
Grafset, 2004.
2.6.10 Ementa da disciplina: ESTUDOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE

1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 40 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Conhecimento e atuação área da disciplina.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Estudos Sociais de Polícia;
Policiamento comunitário;
Técnica Policial Militar I e II;
Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II;

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
A temática da disciplina possui fundamental importância para a formação do profissional de
segurança pública, pois abrange o estudo crítico e reflexivo dos fenômenos da violência, do crime e do
controle social, fomentando o debate acerca da complexidade do cenário social, possibilitando o
desenvolvimento de habilidades necessárias para o enfrentamento de questões da sociedade contemplando as
estruturas de segurança pública a fim de contribuir para o ajustamento das políticas públicas de segurança ao
axioma constitucional vigente.
Uma das vertentes que possibilita tal compreensão é o estudo da Criminologia, pois esta é uma
ferramenta interdisciplinar que trabalha com a biologia, medicina, direito, sociologia, psicologia, em busca
de explicações do fato delituoso, tendo como objetos, o crime, o criminoso, o controle social e a vítima.
Nesse contexto, a análise criminal se apresenta como importante instrumento de captação de dados e
construção da informação que balizarão as políticas pública de segurança. Entretanto se faz mister a
consolidação de uma perspectiva crítica capaz de elucidar a natureza das estatísticas e das interpretações
oficialmente fornecidas.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que a Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– compreender as teorias que envolvem o criminoso, o crime e a vítima e a sua aplicação no processo
de análise criminal;
– interpretar os dados e fatores que influenciam a criminalidade e violência contemporâneas;
– analisar criticamente as informações geradas pela análise criminal.
– desenvolver e exercitar habilidades para:
– interpretar dados que subsidiem a tomada de decisão inerente à atividade policial;

43
– avaliar os sistemas de controle social e as políticas públicas de segurança.
– posicionar-se demonstrando conhecimento teórico acerca das formas de violência e criminalidade,
durante o atendimento de ocorrências policiais.
– fortalecer atitudes para:
– valorizar uma prática profissional voltada para as balizas constitucionais de respeito aos direitos e
garantias fundamentais;
– identificar o agente de segurança pública como elemento do controle social com potencial para
contribuir no cenário social.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete à Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade-fim;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – VIOLÊNCIA, CRIME E SEGURANÇA PÚBLICA
1) Tipologia da violência e do crime;
2) Condição humana: agressividade, violência e crime;
3) A mídia como fomentadora de criminalidade violenta;
4) Violência Policial.
UD II – ESTUDO DA CRIMINOLOGIA COMO FUNDAMENTO PARA A COMPREENSÃO DOS
FENÔMENOS DA VIOLÊNCIA E DA CRIMINALIDADE
1) Escola Clássica e Escola Positivista
2) Escolas sociológicas do crime (Escola de Chicago – Ecologia criminal)
3) Teorias criminológicas: Anomia e Associação diferencial.
UD III – ANÁLISE CRIMINAL

44
1) Perspectiva crítica da produção estatística da segurança pública;
2) Análise Criminal no Brasil e em Goiás;
3) Fontes de dados para Análise Criminal;
4) Mapeamento Criminal.
e) Instruções metodológicas
Aplicar aulas expositivas; debates em grupo; elaboração de relatório de leitura; estudo de caso e
produção de textos.
f) Avaliação da aprendizagem
1ª Verificação Corrente (prova escrita) .................................................. 02 horas aulas;
Verificação Final (prova escrita) ............................................................ 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do Direito Penal: introdução à Sociologia do Direito. Rio de
Janeiro: Revan, 1997.
CANO, Ignacio. Violência letal, renda e desigualdade no Brasil. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007.
COSTA, Arthur Trindade Maranhão. Entre a lei e a ordem: violência e reforma nas polícias do Rio de Janeiro e Nova
York. Rio de Janeiro, 2004.
Crime, polícia e justiça no Brasil. Organização de Renato Sérgio de Lima, José Luiz Ratton e Rodrigo Ghringhelli de
Azevedo. São Paulo: Contexto, 2014
DANTAS, G. F. de L., SOUZA, N. G.. As bases introdutórias da Análise Criminal na Inteligência Policial. Brasília:
Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), 2004.
José Luiz Ratton (org.). Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014.
LIMA, Renato Sérgio de (org.). Segurança pública e violência: o Estado está cumprindo seu papel? São Paulo, 2014.
MORIN, Edgar; BAUDRILLARD, Jean. A violência do mundo. Lisboa: Instituto Piaget, 2007;
OLIVEIRA, Dijaci David de (coord). Violência policial: tolerância zero? UFG, Goiânia, 2001.
OLIVEIRA, Nilson (org). Insegurança Pública: Reflexões sobre a Criminalidade e a Violência Urbana. São Paulo, SP:
Ed. Nova Alexandria, 2002.
SHECAIRA, Sergio Salomão. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2014.
ZAFFARONI, Eugenio Rául. A questão criminal. Rio de Janeiro: Revan. 2015.
Referência Complementar
BEATO, Cláudio. Fontes de Dados Policiais em Estudos Criminológicos: Limites e Potenciais. In: Fórum de Debates -
criminalidade, violência e segurança pública no Brasil: uma discussão sobre as bases de dados e questões
metodológicas, 1° Encontro: Conceituação do Sistema de Justiça Criminal, Crime e Relato I: As bases de dados
policiais. Diretoria de Estudos Sociais - IPEA e CESec, Universidade Cândido Mendes, 2000.
CERQUEIRA, Daniel. Atlas da Violência 2017. Disponível em:<
http://www.ipea.gov.br/portal/images/170602_atlas_da_violencia_2017.pdf>. Acesso em 05 de jul. de 2017.
CLARKE, Ronald Victor. Situational Crime Prevention, In: Environmental Criminology and Crime Analysis. Portland:
Willian Publishing, 2008.
FERREIRA, H., FONTOURA, N. de O.; Sistema de Justiça Criminal no Brasil: Quadro Institucional e um diagnóstico
de sua atuação. Brasília: SENASP/MJ, 2008.
FURTADO, Vasco. Tecnologia e Gestão da Informação na Segurança Pública. Local: Rio de Janeiro: Garamond, 2002.
GOIÁS. Secretaria de Estado da Segurança Pública e Justiça. Manual de Interpretação Estatística. Goiânia, 2010.
MALCOM, J. L. Violência e Armas: a experiência inglesa. Vide Editorial. 2011.
MICHEL, M.; WERNECK, A. Conflitos de (grande) interesse: estudos sobre crimes, violências e outras disputas
conflituosas. Garamond. 2012.
ODALIA, Nilo. O que é violência. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. SOS criminologia. Saraiva. 2010. V. 38 SANCTIS, Fausto Martin de.
Responsabilidade penal das corporações e criminalidade moderna. Saraiva. 2014.
POSTERLI, Renato. Temas de criminologia. Belo Horizonte: Del Rey, 2001.
POSTERLI, Renato. Violência Urbana. Belo Horizonte: Inédita, 2000.
RAMOS, Silvia. Mídia e violência o desafio brasileiro na cobertura sobre violência, criminalidade e segurança pública.
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SENTO-SÉ, João Trajano (org.). Prevenção da violência: o papel das cidades. Rio de Janeiro, 2005.
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45
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MESQUITA NETO, Paulo de. Violência policial no Brasil: abordagens teóricas e práticas de controle. In: PANDOLFI,
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WIEVIORKA, Michel. Violência hoje. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 11, supl. p. 1147-1153, 2006.
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81232006000500002&lng=en&nrm=iso>
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232006000500002.
WIEVIORKA, Michel. O novo paradigma da violência. Tempo soc., São Paulo, v. 9, n. 1, p. 5-41, May 1997.
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20701997000100002&lng=en&nrm=iso>. access on
05 July 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-20701997000100002.

2.6.11 Ementa da disciplina: ESTUDOS SOCIAIS DE POLÍCIA


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-Graduado;
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Estudos de Violência e Criminalidade
Policiamento Comunitário

DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
“Estudos Sociais de Polícia” é uma disciplina constituída de conteúdos essenciais aos
policiais militares para compreender a complexidade do exercício da função policial e para a
compreensão histórica, política e sociológica da instituição policial. A compreensão da essência da
concepção de polícia e das teorias de policiamento, bem como de suas outras dimensões, tais como
a profissão, a função policial, a cultura policial, o trabalho policial, a formação policial, as
mistificações e representações sobre a polícia entre outros aspectos e dimensões são fundamentais
para aprofundar no conhecimento teórico e prático do fazer policial a fim de capacitar para o
exercício legítimo da atividade policial em uma sociedade democrática.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
– ampliar conhecimentos para:
– compreender o trabalho, a cultura e a prática policial.
– desenvolver e exercitar habilidades para:

46
– atuar conscientemente no exercício da atividade policial e compreender as relações entre a
polícia e a comunidade a que ela serve;
– fortalecer atitudes para:
– demonstrar conhecimento da prática profissional e do seu papel enquanto policial perante a
sociedade.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou
neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco
relativos à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco
relativos à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações
administrativas definidas em lei;
– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde
ocorra a perturbação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo ambiental;
– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim
definida em lei;
– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de
interesse policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;
– Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a instrumentar o
exercício da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;
– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da
pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;
– Executar o cumprimento das ordens judiciais;
– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.
d) Conteúdos
UD I – CONCEPÇÕES TEÓRICAS DE POLÍCIA E POLICIAMENTO
1) Criando uma teoria de policiamento;
2) Sociologia da força pública;
3) As dimensões da polícia;
4) Uma teoria da polícia;
UD II – FUNÇÃO E TRABALHO POLICIAL
1) O trabalho policial;
2) A função policial;
3) As funções da polícia na sociedade moderna;
UD III – CULTURA E PROFISSÃO POLICIAL
1) A cultura policial;
2) A profissão policial;
3) Desmitificando a polícia – pesquisa e prática policial;
4) Questões policiais emergentes;
UD IV – POLICIAMENTO: TEORIA E PRÁTICA

47
1) Policiamento em áreas deterioradas;
2) Policiamento comunitário e Pol. orientado para a solução de problemas;
3) As funções da polícia moderna;
4) Avaliação do desempenho policial.

e) Instruções metodológicas
Aplicar aulas expositivas; debates em sala de aula; elaboração de relatório de leitura; estudo de caso
e produção de textos.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial) ........................ 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
BAYLEY, David H. Padrões de policiamento: uma análise comparativa internacional. Trad. Renê Alexandre
Belmonte. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2006.
BITTNER, Egon. Aspectos do trabalho policial. Trad. Ana Luísa Amêndola Pinheiro. São Paulo: EDUSP, 2003.
BRODEUR, Jean-Paul. Como reconhecer um bom policiamento. Trad. Ana Luísa Amêndola Pinheiro. São Paulo:
EDUSP, 2003.
GOLDSTEIN, Herman. Policiando uma sociedade livre. Trad. Marcello Rollemberg, revisão Maria Cristina P. da
Cunha Marques. São Paulo: EDUSP, 2004.
TONRY, Michael; MORRIS, Norval. Policiamento moderno. Trad. Trad. Jacy Cardia Ghirotti. 1. ed. São Paulo:
EDUSP, 2003.
MONET, Jean-Claude. Polícias e sociedades na Europa. Trad. Mary Amazonas Leite de Barros. 2. ed. São Paulo:
EDUSP, 2006.
MONJARDET, Dominique. O que faz a polícia: sociologia da força pública. Trad. de Mary Amazonas Leite de Barros.
São Paulo: EDUSP, 2012.
REINER, Robert. A política da polícia. Trad. Jacy Cardia Ghirotti e Maria Cristina Pereira da Cunha Marques. São
Paulo: EDUSP, 2004.

Bibliografia Complementar
ADANG, Otto. M. J. Mantenimiento del orden público: teoría, práctica y educación del policiamiento de los
campeonatos europeos de fútbol de 2000 y 2004. Cadernos CRH, Salvador, v. 23, n. 60, p. 475-483, set./dez. 2010.
ALTHUSSER, Louis. Sobre a reprodução. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
BRETAS, M. L; ROSEMBERG, André. História da polícia no Brasil: balanços e perspectivas. Topoi, v.14, n. 26, p.
162-173, jan. /jul. 2013.
BRODEUR, Jean-Paul. Por uma sociologia da força pública: considerações sobre a força policial e militar. Cadernos
CRH, Salvador, v. 17, n. 42, p.481-489, set. /dez. 2004.
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. A polícia: uma longa história de abusos. In: Cidade de muros: crime, segregação e
cidadania em São Paulo. Trad. Frank de Oliveira e Henrique Monteiro. 3. ed. São Paulo: EDUSP, 2011.
CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Trad. Carlos Alberto
Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
COSTA, Arthur Maranhão. Entre a lei e a ordem: violência e reforma nas polícias do Rio de Janeiro e Nova York. Rio
de Janeiro: FGV, 2004.
DELLA PORTA, Donatella. O movimento por uma nova globalização. São Paulo: Loyola, 2007.
______. DIANI, Mario. Social Movements: and introduction. 2. ed. United Kingdom: Blackwell Publishing, 2006.
______. HERBERT, Reiter. Policing protest: the control of mass demonstrations in western democracies. United States
of America: University of Minnesota, 1998.
DUPUIS-DERI, Francis. Black blocs. Trad. Guilherme Miranda. São Paulo: Veneta, 2014.
FERNANDES, Heloisa Rodrigues. Política e segurança. São Paulo: Alfa Ômega, 1974.
FOCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão.40. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
FREUD, Sigmund. Psicologia das massas e análises do eu e outros textos (1920-1923). São Paulo: Companhia das
Letras, 2011.
GARLAND, David. A cultura do Controle: crime e ordem social na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Revan,
2008.
GOHN, Maria da Glória. Teoria dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos. São Paulo: Loyola,
1997.
______. Manifestações de junho de 2013 no Brasil e praças dos indignados no mundo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014a.
______. Sociologia dos movimentos sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2014b.
GOIÁS. POLÍCIA MILITAR. Procedimento Operacional Padrão. 3. ed. PMGO, Goiânia: 2014.

48
GREENE, Jack R. A administração do trabalho policial. Trad. Ana Luísa Amendola Pinheiro. São Paulo: EDUSP, 2004.
HUGGINS, Martha K. Polícia e política: relações Estados Unidos e América Latina. Trad. Lólio Lourenço de Oliveira.
São Paulo: Cortez, 1998.
LIMA, Renato Sérgio de, SILVA, Guilherme Amorim Campos da, OLIVEIRA, Priscila Soares. Segurança pública e
ordem pública: apropriação jurídica das expressões à luz da legislação, doutrina e jurisprudência pátrios. RBSP, São
Paulo v. 7, n. 1, p.58-82, fev/mar 2013.
LUDD, Ned. (Org.) Urgência das ruas: Black Block, Reclaim The Streets e os dias de ação global.São Paulo: Conrad
Editora do Brasil, 2002.
MUNIZ, J. O, PAES-MACHADO, E. Polícia para quem precisa de polícia: contribuições aos estudos sobre
policiamento. Cadernos CRH, Salvador, v.23, n.60, set./dez. 2010.
OLIVEIRA, Antônio. Uma polícia em uma sociedade democrática. Cadernos CRH, Salvador, v. 18, n. 44, p.281- 298,
mai. /ago. 2005.
OLIVEIRA JÚNIOR, Almir de. Uma sociologia das organizações policiais. Revista Brasileira de Ciências Policiais.
Brasília, n. 2, v. 2, p. 65-87, jul. /dez, 2011.
PAIXÃO, Luís Antônio. A Distribuição da Segurança Pública e a Organização Policial. In: A Instituição Policial.
Revista OABRJ n° 22, pp. 167-185, julho de 1985.
PEDROSO, Regina Célia. Estado Autoritário e Ideologia Policial. São Paulo: Associação Editorial Humanitas: Fapesp,
2005.
PINHEIRO, Paulo Sérgio. Polícia e a crise política: o caso das polícias militares. In: DA MATTA, Roberto, PAOLI,
Maria Célia, PINHEIRO, Paulo Sérgio, BENEVIDES, Maria Victória. A violência brasileira. São Paulo: Brasiliense,
1982.
PONCIONI, Paula. O modelo policial profissional e a formação profissional do futuro policial nas academias de polícia
do estado do Rio de Janeiro. Sociedade e Estado, Brasília, n. 3, v. 20, p. 585-610, set. /dez. 2005.
PORTO, M.S.G. Sociologia da violência: do conceito as representações sociais. Brasília: Francis, 2010.
_______. Representações sociais e violência. In: LIMA, Renato Sérgio; RATTON, José Luiz e AZEVEDO, Rodrigo G.
(Org.) Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014.
_______. Condutas Policiais e códigos de deontologia: um estudo comparativo sobre as relações entre polícia e
sociedade. Brasília, Ministério da Justiça, 2005.
_______. Polícia e Violência: representações sociais de elites policiais do Distrito Federal. São Paulo em Perspectiva.
v.18, São Paulo, p. 132-141 jan. /mar. 2004.
ROVER, Cees de. Para servir e proteger: direitos humanos e direito internacional humanitário para forças policiais e de
segurança. 4. ed. Genebra, Comitê Internacional da Cruz Vermelha: 2005.
SAPORI, Luís Flávio. Segurança Pública no Brasil: Desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: FGV, 2007.
SLAKMON, Katherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs). Novas direções na governança
da justiça e da segurança pública. Brasília, DF: Ministério da Justiça, 2006
SOUZA, Robson Sávio Reis. Quem comanda a segurança pública no Brasil? Belo Horizonte, MG: Letramento, 2015.
TARROW, Sidney. O Poder em movimento: Movimentos sociais e confronto político. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
VIANA, Nildo. Os Movimentos Sociais. Curitiba, Prismas, 2016.
WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações.18. ed. São Paulo: Cultrix, 2011.

49
2.6.12 Ementa da disciplina: FISCALIZAÇÃO E SEGURANÇA NO TRÂNSITO
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 40 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ser Pós-Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Possuir o curso de “Identificação Veicular” da Rede de Ensino a Distância – EAD da SENASP.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Técnica Policial Militar I e II;
Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização

O trânsito é um tema multidisciplinar e envolve de forma direta quatro vetores: educação, engenharia,
uso do solo e fiscalização, os quais exigem investimentos contínuos e coerentes.

A educação de trânsito proposta no CTB visa orientar a população, desde a criança em fase pré-
escolar, até as fases compreendidas como 1º, 2º e 3º graus, instruindo a respeito dos riscos do trânsito, às
causas e consequências dos acidentes e, principalmente, sobre as atitudes corretas frente ao tráfego de
veículos. Seu objetivo maior é formar um cidadão consciente de seus deveres e direitos, bem como
comprometido, moralmente, em cumprir as normas de trânsito. Infelizmente observamos em nossa sociedade
uma séria inversão de valores, em que os atuais condutores brasileiros se comprometem a cumprir as normas
apenas quando observam a possibilidade da imposição de penalidades oriundas da fiscalização.

A engenharia de tráfego é de fundamental importância para se dirigir com segurança. Engenheiros,


planejadores, administradores e muitos outros técnicos projetam e implantam nas vias públicas, dispositivos
de segurança do trânsito; criam normas e regras desta segurança; aperfeiçoam a mecânica, a estabilidade dos
veículos, a resistência a choques e capotagens, os freios, etc., para permitir aos usuários a maior segurança
possível.
50
O uso do solo surge como elemento primordial para a efetivação de um trânsito seguro e digno, pois
estabelece, planeja e adéqua à utilização do espaço seja ele rural ou urbano. Este planejamento tem enfoque
sobre o controle: de estacionamentos em relação à demanda de um polo atrativo; do crescimento vertical e
horizontal de uma cidade, em especial de grandes centros urbanos; e dos comércios localizados, quanto as
suas vias de acesso, tanto para pedestres como para veículos. Sua abordagem também objetiva uma maior
descentralização dos grandes centros.

A fiscalização de trânsito tem como objetivo fiscalizar, vigiar ou zelar pelo cumprimento da lei. É
deste modo que o agente de transito exerce sua função no sentido de fazer com que os condutores e pedestres
cumpram a legislação de trânsito em vigor, coibindo os abusos e punindo os infratores a fim de assegurar a
tranquilidade e paz social. Nas situações de emergência, os órgãos de fiscalização atuam, de modo a auxiliar
e socorrer acidentados. Em resumo a fiscalização torna-se um elemento essencial na segurança do trânsito.
Neste contexto é imprescindível que o agente de trânsito possua um profundo conhecimento sobre a
legislação de trânsito que se apresenta dinâmica, tal qual o conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos
nas nossas vias urbanas e rurais. Contudo, o dinamismo da legislação tem, não raras às vezes, deixado tantas
autoridades públicas, como estudantes e a comunidade, de uma forma geral, à margem do conhecimento e da
aplicação dos preceitos legais concernentes a importante matéria.

Nesta disciplina se busca apresentar ao agente de trânsito policial militar os conceitos elementares
sobre cargas perigosas, sistema nacional de trânsito, regras de circulação, habilitação, veículos, registro,
licenciamento, medidas administrativas, penalidades, infrações e crimes de trânsito, além do procedimento
operacional padrão relativo ao atendimento de acidente de trânsito e ocorrência de veículo localizado, para
que ao final ele esteja apto a identificar e compreender as ações vinculadas ao exercício da atividade de
polícia ostensiva de trânsito.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar os aspectos que envolvem a legislação de trânsito;
- identificar as normas estabelecidas pelo Procedimento Operacional Padrão (POP) da PMGO, quanto
ao policiamento de trânsito.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- desempenhar sua função conforme o Procedimento Operacional Padrão (POP) da PMGO, atuando na
fiscalização de trânsito, no controle de roubo e furto de veículos e prevenção de acidentes.
- fortalecer atitudes para:
- exercer sua atividade operacional especializada, tendo como foco o Procedimento Operacional
Padrão (POP), através de uma conduta compatível com a ética e os valores institucionais, visando à melhoria
da imagem de nossa Corporação;
- reconhecer a segurança no trânsito depende de um comportamento ético por parte de todos seus
usuários.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar Ostensiva:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;

51
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à


ordem pública e pânico a esta pertinente;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – Cargas Perigosas

- Conceito de produtos perigosos

- Identificação de cargas perigosas: Rótulo de risco; e Painel de segurança

- Procedimentos em caso de acidente

UD II – Legislação de trânsito

- Sistema Nacional de Trânsito

- Processo Administrativo

52
- Regras de circulação

- Vias, velocidade e sinalização: Sonora e Horizontal

- Documentação do condutor

- Documentação e identificação do veículo

- Penalidades

- Medidas Administrativas

- Infrações e crimes de trânsito

- Preenchimento do auto de infração

UD III – Procedimento Operacional Padrão

- Atendimento de ocorrência de acidente de trânsito

e) Instruções metodológicas
- Apresentar o conteúdo teórico através de aulas expositivas;
f) Avaliação da aprendizagem
- Verificação corrente (prova escrita presencial) ........................ 02 horas aulas;
- Verificação final (prova escrita presencial) ............................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
BEM, Leonardo Shimitt de. Direito penal de trânsito. 3. ed. ampl. atual. e rev. Saraiva. 2015.
CRISTO, Fábio de. Psicologia e trânsito: reflexões para pais, educadores e futuros condutores. Casa do Psicólogo.
2013.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.
GOMES, Ordeli Savedra. Código de trânsito brasileiro comentado e legislação complementar. Jurua. 2015.
JESUS, Damasio E. De. Crimes de trânsito. Saraiva. 2014.
KLEINUBING, Rodrigo; Negrine Neto, Osvaldo. Dinâmica dos acidentes de trânsito: análises, reconstruções e
prevenção. Millennium. 2012.
LEITE DE ALMEIDA, Lino. Manual de perícias em acidentes de trânsito. Millennium. 2015.
MANUAL para atendimento de emergências com produtos perigosos. São Paulo: Associação Brasileira da Indústria
Química (ABIQUIM), 2011.
MARCÃO, Renato. Crimes de trânsito: anotações e interpretação jurisprudencial da parte criminal da Lei 9.503,
de 23-9-1997. 5. ed. rev., ampl. e atual. de acordo com a Lei n. 12.971/2014.
MARTINS, Sidney. Multas de trânsito: defesa prévia e processo punitivo. Juruá. 2010.
NETO, Osvaldo Negrini; KLEINÜBING, Rodrigo. Dinâmica dos acidentes de trânsito: análises, reconstruções e
prevenção. 4. ed. Campinas, SP: Millennium Editora, 2012.

53
2.6.13 Ementa da disciplina: GESTÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-Graduado;
Conhecimento e ou atuação na área da disciplina;
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Procedimento Operacional Padrão - Módulo EaD.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
A humanidade caminha a passos largos para a conscientização da necessidade de preservar o Meio
Ambiente, uma vez que problemas ambientais relevantes, como a poluição de recursos hídricos e a
exploração da biota terrestre, têm colocado em risco o equilíbrio ecológico do planeta. Neste contexto, o
Brasil não distancia desta realidade, o que leva à necessidade de evolução constante para conhecer melhor
sobre proteção ambiental e políticas nacionais e internacionais do meio ambiente.
Por estes e outros motivos, é visível a necessidade daqueles que venham a integrar os quadros
profissionais de Segurança Pública, o conhecimento sobre gestão e proteção ambiental. Para isto, é
necessário conhecer os conceitos sobre o meio ambiente, para que este seja tutelado e garanta qualidade de
vida a todos. Outro componente importante neste aprendizado é a educação ambiental, tratada como
essencial e permanente na educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.
Neste contexto, a educação ambiental nos faz refletir sobre a necessidade de manter as condições da
vida humana na Terra, por meio de processos onde os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. Dessa
forma, a conscientização se demonstra valorosa no uso regular dos recursos naturais através do emprego de
técnicas de manejo ambiental, de combate ao desperdício e à poluição. Assim, se define que as ações
humanas devem ser dirigidas para a produção de coisas necessárias à reprodução da vida e devem evitar a
destruição do planeta. Em que pese o reconhecimento destas duas premissas e de que elas envolvem a
promoção de ajustes globais, nos quais os vários atores do sistema internacional certamente devem contribuir
para que metas comuns sejam alcançadas, os países, principais interlocutores na ordem ambiental
internacional, por meio de seus negociadores, têm procurado salvaguardar o interesse nacional.
Diante desta temática o Direito Ambiental se torna relevante, já que é a área do conhecimento jurídico
que estuda as interações do homem com a natureza e os mecanismos legais para proteção do meio ambiente,
além de ser uma ciência holística que estabelece relações intrínsecas e transdisciplinares entre campos
diversos, como antropologia, biologia, ciências sociais, engenharia, geologia e os princípios fundamentais do
direito internacional, dentre outros.
Neste aspecto, torna-se fundamental, reconhecer a relevância do Direito e da Gestão Ambiental
aplicadas à Segurança Pública, uma vez que as constantes transformações e degradações ambientais, tornam
imperativas atitudes de preservação e regulação das atividades as quais envolvam o meio ambiente. Diante
desse cenário, em que a demanda por ações que visam o bem-estar do meio ambiente é alta, o profissional
responsável por orientar e fiscalizar através de conduta legal, é essencial. Com isso, ao fornecer ao policial o
conhecimento em questão, é possível que este haja com prudência e respeitando os aspectos legais, em
ocorrências policiais que envolvem o meio ambiente.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- compreender o Direito Ambiental, Educação Ambiental e Sustentabilidade;
- reconhecer a importância de preservar o meio ambiente e as ações de proteção ambiental
- identificar os aspectos gerais relativos a fiscalização ambiental;
54
- identificar e analisar a legislação ambiental na esfera federal, no Estado de Goiás e seus municípios.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- atuar efetivamente nas situações reconhecidas como flagrantes de abuso e desrespeito às normas e
leis ambientais;
- aplicar a legislação ambiental a fim da preservação da flora, da fauna e dos demais recursos naturais.
- fortalecer atitudes para:
- demonstrar o devido comprometimento com a preservação do meio ambiente através de ações
preventivas e repressivas, o seu pleno desenvolvimento sustentável, contribuindo para a construção de um
ambiente natural mais saudável e equilibrado.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a instrumentar o exercício


da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I - CONCEITUAÇÕES

- Meio ambiente;

55
- Desenvolvimento sustentável;

- Educação ambiental;

- Impacto ambiental;

- Poluição;

UD II – POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE O MEIO AMBIENTE.

- Legislação Constitucional;

- Os Crimes Ambientais mais recorrentes;

- A Política Nacional do Meio Ambiente;

- A Política Nacional de Educação Ambiental;

- As Infrações Administrativas Ambientais principais;

- O Controle de Poluição do Meio Ambiente em Goiás;

- A Educação Ambiental no Estado de Goiás;

UD III – PERMISSÕES E PROIBIÇÕES NA PESCA GOIANA

- A pesca a nível nacional e a legislação no Estado de Goiás;

- Normas para a comercialização de pescados;

- A Cota zero em Goiás;

- A regulação da pesca amadora;

UD IV – A PROTEÇÃO DA FAUNA E DA FLORA BRASILEIRA

- Proteção Nacional à Fauna;

- Criadouros conservacionistas;

- As exigências para o transporte de animais silvestres;

- Plano de exploração florestal em Goiás;

- A Política de Proteção Florestal do Estado de Goiás, o uso de motosserra e o transporte de


produto florestal;

UD V – FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS

- Conferência da Autorização para Transporte de Pescado

- Conferência do Cadastro e da Lista de Espécimes de Criadores Conservacionistas

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- Conferência da Nota Fiscal e do Documento de Origem Florestal – DOF ou Selo

- Conferência da Autorização para Transporte de Animais Silvestres

- Conferência da Licença Ambiental Prévia (LP), Instalação (LI) e Operação (LO)

- Conferência da Licença de Desmatamento e Funcionamento de Indústrias de Produtos e


Subprodutos da Flora.

UD VI – PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP 504)

- Atuação de ente não especializado em infrações penais ambientais.

e) Instruções metodológicas
Aplicar aulas expositivas, com aplicação de estudo de caso e resolução de problemas.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental, 7. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2004.
BERNA, Vilmar. Como fazer educação ambiental. São Paulo: Paulus, 2001. 142p.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm >.
BRASIL. Estatuto da terra. São Paulo: Saraiva, 2009.
BRASIL. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. Lei da vida: a lei dos crimes ambientais. São Paulo: Saraiva: 2000.
BRASIL. SENADO FEDERAL. Legislação do meio ambiente. 1996.
CANOTILHO, Jose Joaquim Gomes; LEITE, Jose Rubens Morato. Direito constitucional ambiental brasileiro. São
Paulo: Saraiva.
FREITAS, Vladimir Passos de; FREITAS, Gilberto Passos de. Crimes contra a Natureza. 6 ed. São Paulo: Revista dos
tribunais, 2000.
FURLAN, Anderson; Fracalossi, William. Elementos de direito ambiental: noções básicas, jurisprudência e questões
de concursos públicos. Método, 2011.
GOIÁS. Constituição (1989). Disponível em:
<http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/constituicoes/constituicao_1988.htm >.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª Ed. Rev. e amp.. Goiânia: PMGO, 2014.
LEGISLAÇÃO de Direito Ambiental. Col. Saraiva de Legislação. 8. ed. Saraiva, 2015.
MACHADO, P. Direito ambiental. São Paulo: Malheiros, 2009.
MEDEIROS, Fernanda Luiza Fontoura de. Direito dos animais. Livraria Advogado
MELO, Raimundo Simão de. Direito ambiental do trabalho e a saúde do trabalhador. 5. Ed. LTR, 2013.
MILARE, Edis. Direito do Ambiente: a gestão ambiental em foco. RT.
VAZ, Paulo Afonso Brum. O direito ambiental e os agrotóxicos. Livraria do Advogado. 2006.

2.6.14 Ementa da disciplina: HISTÓRIA E ORGANIZAÇÃO DA PMGO

1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 20 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ser graduado;
Conhecimento e atuação área da disciplina;
Ser graduado em História ou demonstrar conhecimento da história da PMGO
57
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Legislação Institucional.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
É fundamental que os integrantes de uma Instituição que possui mais de 150 anos de existência,
conheça a sua história, o contexto de sua criação, sua cultura, símbolos, personagens ilustres, seus fatos e
participação na história da nação e em especial de Goiás, seu processo de transformação, evolução
organizacional, e funcionamento de sua estrutura.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que a Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- conheça história, o contexto de criação da PMGO.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- compreender o processo de transformação e evolução institucional.
- fortalecer atitudes para:
- exercer a sua atividade de Polícia Ostensiva, compreendo os valores, tradições, simbologias, a
imagem formada e os serviços prestados ao longo da história na sociedade goiana e a nação brasileira.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete à Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – A GÊNESE POLICIA MILITAR DE GOIÁS
1) A Conquista e defesa do Brasil Central;
2) Contexto histórico da criação da Polícia Militar de Goiás;
3) A participação de Bartolomeu Bueno da Silva;
4) O regimento de Dragões de Minas Gerais;
5) O Regulamento º120 de 31 de janeiro de 1842;
6) Resolução nº 13 de 28 de julho de 1858;
7) O Primeiro Regulamento da Força Policial de 3 de novembro de 1858;
8) A participação na Guerra do Paraguai em 1865;
9) Resolução Provincial nº 520 de 1874;
10) A participação na Revolução Constitucionalista de 1932;
11) Revolução de 1964 e o período militar;
12) Guerrilha do Araguaia (Xambioá)
13) As denominações recebidas pela corporação desde sua criação;
14) Expansão e desenvolvimento das atividades da PMGO;
UD II – A EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES DE POLICIAMENTO NA PMGO
1) A implantação do policiamento a pé, policiamento feminino, a cavalo, com emprego de bicicletas,
com emprego de motocicletas, com emprego de aeronaves, o policiamento de rádio patrulhamento
motorizado, o policiamento de trânsito urbano e rodoviário, o policiamento ambiental, operações de choque e
controle de distúrbios civis, operações especiais, policiamento de patrulhamento tático ou pronta reação e o
policiamento comunitário.
UD III – ESTRUTURA OPERACIONAL E ADMINISTRATIVA DA POLICIA MILITAR

58
1) As principais unidades operacionais e administrativas da Corporação na capital e no interior ao longo da
história;
2) Comandos regionais, Chefias, Diretorias, unidades especializadas a atuais;
e) Instruções metodológicas
Ministrar aulas expositivas e apresentar acervo histórico de fotografias, gravuras e documentos
relevantes a história da PMGO;
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
BRITO, José Caetano, A Evolução Histórica da Polícia Militar de Goiás uma Proposta Bibliográfica, Monografia
CAO/1991;
Polícia Militar de Goiás, GOIÁS. Síntese Histórica da Polícia Militar, 1972. 27 p;
SOUZA, Cibele de, O ANHANGUERA, Ano I, Quadrimestral,1999, 224 p.

2.6.15 Ementa da Disciplina Legislação Institucional


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 40 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
59
Titulação mínima: Ser Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Sistema de Segurança Pública
Desenvolvimento Interpessoal;
Ordem Unida.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
No Direito Administrativo, tendo por base todas as ações a serem desenvolvidas pela administração,
um elemento passa a ser fundamental, em decorrência do imperativo constitucional. A necessidade de um
embasamento legal, o qual possa fundamentar todos os atos administrativos, normatização esta que
representa o alicerce seguro para as ações empreendidas pelos administrados.
Neste contexto, se faz necessário que o indivíduo que ingresse nas fileiras da instituição, possa ser
apresentado a todo o dispositivo legal, o qual fundamenta a administração militar.
Outro fator relevante, além da primazia da lei, em nosso ordenamento jurídico, é que a administração
policial militar possui um rito diferenciado, dos demais órgãos públicos, pois esta instituição é pautada na
hierarquia e disciplina, fator este que impõe uma praxis a nossa prática administrativa.
Sendo assim a matéria, Legislação Institucional, visa colocar o aluno em formação em contato com
toda esta estrutura legal, para que o mesmo conheça seus direitos, deveres e obrigações dentro de sua
atividade profissional na Polícia Militar do Estado de Goiás.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar e interpretar as legislações federais e estaduais pertinentes à Corporação.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- aplicar e fazer cumprir as normas contidas nas legislações federal e estadual pertinentes à
Corporação.
- fortalecer atitudes para:
- cumprir de forma ética as normas contidas nas legislações federal e estadual pertinentes à
Corporação.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar Ostensiva:
– executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos à
ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos à
ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;

– fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à polícia ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

– conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I - Perfil Profisssiográfico do Chefe de Polícia Ostensiva da PMGO
UD II - Legislação Federal Pertinente à Corporação
1) Regulamento de Continência, Honras e Sinais de Respeito das FFAA – RCONT;
2) Regulamento Interno e dos Serviços Gerais – RISG.

60
UD II – Aspectos Disciplinares
1) Conceitos: disciplina, ética, moral, valores, missão, costumes, instituição, cultura;
2) Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Goiás – RDPMGO.
UD III - Legislação Estadual relativa à Corporação
1) Constituição do Estado de Goiás – Da Segurança Pública;
2) Lei 8.033/75 Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Goiás;
3) Regulamento de Uniformes da Polícia Militar do Estado de Goiás – RUPMGO;
4) Legislação sobre vencimentos e promoção.
e) Instruções metodológicas
Coordenar estudos dirigidos ao assunto, procurando despertar o interesse e o entendimento dos
conteúdos da disciplina.
f) Avaliação da aprendizagem
1ª Verificação Corrente (prova escrita) ........................................ 02 horas aulas.
Verificação Final (prova escrita) ................................................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
BONAVIDES, P. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros, 2015.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.
BRASIL. Ministério do Exército. Regulamento de continência, honras, sinais de respeito das Forças Armadas: R-
2. Brasília: ME, 2000.
BRASIL. Ministério do Exército. Regulamento interno e dos serviços gerais: RISG. Brasília: ME, 2002.
GOIÁS. Polícia Militar. O Anhanguera. Goiânia: Grafset, 1999.
DI Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 28. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
FIGUEIREDO, F. V. Direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2014. v. 3. (Coleção SOS – Sínteses Organizadas).
GOIÁS. Polícia Militar. Regulamento disciplinar da polícia militar do estado de Goiás: RDPMGO.Goiânia:
Grafset, 2004.
PERFIL PROFISSSIOGRÁFICO DO CHEFE DE POLÍCIA OSTENSIVA DA PMGO
RUSSO, Luciana. Direito Constitucional. 7. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014. V. 9. (Coleção OAB Nacional).
SARLET, I. W. A eficácia dos direitos fundamentais. 12. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado. 2015.
SCATOLINO, Gustavo. Direito administrativo objetivo: teoria e questões. Alumnus, 2013.
SILVA, Viviane Vieira da. A omissão no poder de polícia. Fórum, 2011.
VITTA, Heraldo Garcia. Soberania do estado e poder de polícia. São Paulo: Malheiros, 2011. (Coleção temas de
direito administrativo).

61
2.6.16 Ementa da Disciplina METODOLOGIA CIENTÍFICA APLICADA A SEGURANÇA PÚBLICA
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 40 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ser Pós-Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Trabalho de Conclusão de Curso.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
Grande parte da sociedade concorda que o modo de testar a validade de uma afirmação é submete-la a
exame. A aceitação de determinada afirmação depende da corrente científica e seus supostos que a
caracterizam. Muitos deles referem-se ao processo de produção do conhecimento, à estrutura e organização
da sociedade e ao papel da ciência. E, a ciência é uma poderosa ferramenta de convicção. Existem outras
como, intuição, misticismo, autoridade; no entanto a ciência, talvez pela aparente objetividade eficiência,
proporciona a informação mais conveniente. Porém a ciência não é a “dona” da verdade; pois toda “verdade”
científica tem caráter probabilístico.
Tendo em vista os sinais que demonstram o início da ciência “Segurança Pública”, tais como eventos
científicos, patentes, programas de pós-graduação e os periódicos científicos, todos nesta área, faz-se
necessário utilizar do rigor científico para o estudo dos temas relacionados à Segurança Pública. Tal área, é
interdisciplinar e por tratar a sociedade é aproximar-se da Ciência Social Aplicada.
Para tanto é preciso entender a produção do conhecimento neste contexto, seja para resolver
problemas, formular teorias ou testar teorias. No entanto para que tal entendimento seja alcançado é
necessário conhecer o método cientifico utilizado na área a ser pesquisada.
Compreender o exercício da escrita como elemento constitutivo da produção e expressão do
conhecimento.
Utilizar as normas científicas para apresentar trabalhos e textos acadêmicos.
Compreender os princípios de Metodologia Científica e utilizar o Manual de trabalhos acadêmicos.
Desenvolver habilidades essenciais para a percepção científica, leitura crítica e elaboração de projetos
acadêmicos.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- compreender o exercício da escrita como elemento constitutivo da produção e expressão do
conhecimento;
- conhecer e correlacionar os fundamentos, os métodos e as técnicas de análise presentes na produção
do conhecimento científico em Segurança Pública;
- identificar questões de pesquisa;
- pesquisar as áreas de Segurança Pública;
- reconhecer cada etapa para o desenvolvimento do artigo científico;
- interpretar as normas da comunicação científica.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- incentivar a produção científica na área de Segurança Pública;
- percepção científica;
- leitura crítica;
- elaborar projetos de pesquisa em Segurança Pública;
- elaborar artigo científico.
- fortalecer atitudes para:

62
- desenvolver a pesquisa científica em Segurança Pública respeitando a bioética e direitos autorais;
- aplicar o conhecimento científico com responsabilidade refletida e consciente.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar Ostensiva:

- Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;

- Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;

- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;

- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;

- Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

- Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

- Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

- Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

- Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a instrumentar o exercício


da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;

- Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

- Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade.

d) Conteúdos
UD I - CONHECIMENTO, COMUNICAÇÃO E MÉTODO CIENTÍFICO APLICADOS A
SEGURANÇA PÚBLICA
1) método científico;
2) características do método científico;
3) método científico nas Ciências Sociais;
UD II - ROTEIRO DE UM PROJETO DE PESQUISA EM SEGURANÇA PÚBLICA
1) justificativa;
2) definição do problema;
3) objetivos da pesquisa;
UD III - MÉTODOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS
1) métodos quantitativos;
2) métodos qualitativos;
3) critérios científicos que devem cumprir ambos os métodos;
4) complementaridade de ambos os métodos;
UD IV –VARIÁVEIS
1) princípios para definição de variáveis;

63
2) tipos de variáveis;
3) formas de determinar as relações entre variáveis;
UD V - ELEMENTOS DA TEORIA DA AMOSTRAGEM
1) necessidade de realizar estudos por amostras;
2) definições;
3) tipos de amostras;
4) tamanho das amostras;
UD VI - CONFIABILIDADE E VALIDADE
UD VII – QUESTIONÁRIO
1) funções e características;
2) construção de questionário;
UD VIII – ENTREVISTA
1) tipos de entrevistas;
2) formulação de perguntas;
3) normas para entrevista;
UD IX - ESTUDO DE CASO
UD X – FONTES DE PESQUISA CIENTÍFICA EM SEGURANÇA PÚBLICA
1) periódicos de Segurança Pública;
2) biblioteca digital de Segurança Pública;
3) bibliotecas especializadas em Segurança Pública.
UD XI - REDAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO
1) criação de texto científico;
2) a originalidade;
3) redação de artigo original
4) redação de artigos de revisão (tradicional, narrativa e integrativa)
5) levantamento bibliográfico alinhado ao Tema;
6) normas ABNT.
e) Instruções metodológicas
Apresentar o conteúdo teórico através de aulas expositivas dialogadas.
f) Avaliação da aprendizagem
A verificação da aprendizagem será aplicada em duas fases: produção do projeto de pesquisa com o
tema conforme as linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação e Extensão do CAPM e que será
desenvolvido no TCC, atendendo as normas dos métodos científicos estudados; e uma avaliação teórica
(prova escrita presencial) que contemple todos os aspectos abordados na disciplina. A cada fase será
atribuída uma nota de 0 a 5,0 pontos.
g) Referências Bibliográficas
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. NBR 6022: artigo em publicação periódica científica impressa -
apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
BOOTH, Wayne C. A arte da pesquisa. São Paulo, SP: Martins Fontes.
CANO, Ignácio. Introdução à avaliação de programas sociais. Rio de Janeiro, RJ: FGV.
CORDEIRO, Darcy. Ciência, pesquisa e trabalho científico: Uma abordagem metodológica. Goiânia, Go: UCG.
CRUZ, Aparecida Gimenes da. Pesquisa em educação. São Paulo, SP: Pearson education.
FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre, RS: Artmed.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia cientifica. 6. ed. São Paulo: Atlas.
MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: Procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica,
projeto e relatório publicações e trabalhos científicos. 6. ed. São Paulo, SP: Atlas.
NETO, Miranda. Pesquisa para o Planejamento: Métodos e Técnicas. Rio de Janeiro, RJ: FGV.
POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. São Paulo, SP: Cultrix.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo, SP: Atlas.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo, SP: Atlas.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo, SP: Martins Fontes.

64
SEVERINO, Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, SP: Cortez.
TRIVINUS, Augusto N. S. Introdução pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo,
SP: Atlas.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
Bibliografia complementar
TOMANIK, Eduardo Augusto. O olhar no espelho: conversas sobre pesquisa em Ciências Sociais. 2. Ed. Maringá:
UEM, 2004.

2.6.17 Ementa da disciplina: OPERAÇÕES DE CHOQUE


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 horas/aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: graduação;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Possuir o curso de Operações de Choque;
Possuir o curso de “Técnicas e Tecnologias Não Letais de Atuação Policial” da Rede de Ensino a Distância –
EaD da SENASP.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força;
Direito Humanos;
Ciências Penais;
Ordem Unida;
Treinamento de Pronta Reação;
Uso Seletivo da Força.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
a.1 Aspectos históricos
Nenhum povo praticou a disciplina militar como os espartanos, cujos soldados aprendiam, desde tenra
idade, a superar a dor, a comiseração do próprio eu, o medo e o sentimento da morte
O Estado treinava militarmente toda a população, desde os sete até aos sessenta anos de idade. As
crianças, dos sete aos treze anos, aprendiam técnicas para a suplantação da dor e do medo. Para isso, também
eram flageladas, inclusive por outras crianças, com violentas surras, sendo comuns os desmaios, os ossos
quebrados e os prolongados sangramentos do corpo, que deixavam permanentes cicatrizes.
Em suas formações usavam armadura leve, com elmo, lanças de 2 metros, escudos no braço esquerdo
e pequena espada à cinta. Os escudos eram feitos de carvalho e bronze, além de protegerem o combatente,
também eram excelentes armas de choque e dissuasão, primorosamente polidos, cintilavam ao sol como
espelhos, infundindo, à distância, terror ao inimigo.
Nas batalhas se comportavam sempre de forma coesa e indivisível, protegendo o seu guerreiro ao lado,
doutrina que atualmente é utilizada pelas Tropas de Choque.
a.2 Aspectos Atuais
A disciplina visa um aprimoramento técnico na área de Controle de Distúrbios Civis, tendo como
objetivo, repassar as formas de dispersar a multidão em distúrbios, preocupando com a prioridade de
emprego de meios.
Com o conhecimento adquirido na disciplina, o aluno poderá executar as ações de forma técnica,
visando a reestruturação da ordem pública nos casos de greves declaradas ilegais pela Justiça, reintegração
65
de posse e em estabelecimento prisional, além de outras manifestações de grupo que venham atentar a
integridade fisica da população ou estuturas fisicas públicas ou privadas;
A Polícia Militar deve ter como força de reação, uma tropa especialmente instruída e treinada para
missões de Controle de Distúrbios Civis, provocados por diversos fatores. É necessária uma preparação para
missões de reintegração de posse, rebeliões em presídios e para missões de contraguerrilha urbana e rural.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o profissional da Segurança Pública:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar os aspectos técnicos que envolvem o emprego de uma tropa de choque;
- identificar as normas estabelecidas pelo Procedimento Operacional Padrão – POP da PMGO, quanto
ao emprego de uma tropa de choque;
- executar os comandos nas formações de choque, evitando os excessos durante o cumprimento das
missões;
- saber respeitar as orientações técnicas previstas para a utilização de agentes químicos, tais como:
distância de utilização, armazenamento, emprego, etc.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- executar ações e operações policiais militares, empregando os meios e processos disponíveis, através
da disposição e manobra da tropa no teatro de operações, diante de ocorrências urbanas e rurais;
- executar as formações de ataque e defesa de acordo com a situação exigida e, principalmente,
respeitar o uso de munições químicas seja em ambiente aberto ou fechado;
- fortalecer atitudes para:
- pautar sua conduta profissional dentro dos padrões da ética, legalidade e proporcionalidade, em
relação ao emprego de uma tropa de choque.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Policial Militar de Segurança Pública:
- Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública.
- Executar o policiamento ostensivo realizando a fiscalização sobre o ambiente social, de forma a
prevenir ou neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
- Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

- Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

- Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

- Executar o emprego dos recursos humanos e materiais necessários para o desempenho da atividade
fim, cumprindo a política de pessoal e administrativa institucional;

- Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

- Executar o cumprimento das ordens judiciais e quando necessário, em conjunto com os demais
órgãos envolvidos;

- Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

d) Conteúdos
UD I – Controle de Distúrbio Civis
66
1) Legislação Aplicada à Operações de Choque.
2) Conceitos fundamentais: aglomeração, multidão, turba, manifestações e tumulto, guerrilha urbana e rural,
subversão.
3) Fatores psicológicos que influenciam nos Distúrbios Civis.
4) Causas dos Distúrbios Civis.
5) Táticas de controle de Distúrbio Civil.
6) O pelotão e companhia de choque: organização, efetivo, material, funções de cada homem, armamento e
munição química.
7) As viaturas usadas para o transporte da tropa de choque.
8) Comando por voz e por gestos.
9) Prática de formações: rurais e urbanas.
10) Policiamento em Eventos e Praças Desportivas.
11) Armamento e munição química: emprego, manuseio, contato individual e coletivo com agentes
químicos não letais e materiais afins.
UD II - Reintegração de Posse.
UD III - Ações Anti-rebeliões em presídios.
UD IV- Armamento e munição química:
1) Emprego, manuseio, contato individual e coletivo com agentes químicos não letais e materiais afins.
2) Aulas teóricas e práticas com a utilização de agentes químicos, visando: a identificação do gás utilizado, os
primeiros socorros e a descontaminação.
e) Instruções metodológicas
Trabalhar nas aulas presenciais os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica
do conhecimento produzido;
Exibir filmes seguidos da técnica de debate cruzado;
Aplicar as técnicas de estudo de caso e resolução de problemas com base no conteúdo proposto;
Executar o conteúdo prático a partir de aulas práticas e de simulações.
f) Avaliação da aprendizagem
A verificação da aprendizagem será escrita (5,00 pontos) e prática (5,00 pontos), sendo que neste
último caso deve ser utilizado um modelo de súmula com requisitos a serem avaliados pelos docentes. A
soma das notas obtidas nas avaliações serão o resultado obtido para a Verificação Única.
g) Referências Bibliográficas
ALVES, M.H.M.; EVASAN, P. Vivendo no fogo cruzado: moradores de favela, traficantes de droga e violência
policial no Rio de Janeiro. UNESP.
BERGAMASCO, Sônia M; NORDER, Luis A. C. O que são assentamentos rurais. São Paulo: Brasiliense.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.
CONDOR tecnologias não letais. Munições não letais. Disponível em: <http://www.condornaoletal.com.br/index.php?
option=com_wrapper&Itemid=176> Acesso em: 29 de Jan. 2009.
______. Catálogo de fichas técnicas: 2006. Rio de Janeiro: Condor, 2006. 59 p. <
http://www.condornaoletal.com.br/produtos.php >.
DIAS, Camila Caldeira Nunes. PCC: hegemonia nas prisões e monopólio da violência, 2013.
DUPUIS-DERI, Francis. Black Blocs. Veneta, 2014.
ESPÍRITO SANTO. Polícia Militar. Manual de Operações de Choque PMES: 2012. Disponível em: <
http://pt.slideshare.net/BlackBlocRJ/manual-de-operaes-de-choque >.
GOHN, Maria Da Glória. Manifestações de Junho de 2013 no Brasil e praças dos indignados no mundo.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
GOIÁS. Constituição (1989). Disponível em:
<http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/constituicoes/constituicao_1988.htm >.
GOIÁS. Lei Estadual nº 8.125, de 18 de Junho de 1976. Disponível em: <
http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/leis_ordinarias/1976/lei_8125.htm> Acesso em 29 de jan. de 2009.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.
MARICATO, E. et al. Cidades Rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas no Brasil. Boitempo
Editorial, 2013.
SALIGNAC, A. O. Negociação em crises: atuação policial na busca da solução para eventos críticos. São Paulo: Ícone,
2011.
SÃO PAULO. Polícia Militar. Manual de controle de distúrbios civis: M-8-PM. PMSP: 1997.
ZIZEK, S. Violência. Boitempo Editorial, 2014.
67
ZENARO, Marcelo. Técnicas de negociação: como melhorar seu desempenho pessoal e profissional nos negócios.
São Paulo: Atlas, 2014.

2.6.18 Ementa da disciplina: ORDEM UNIDA


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 20 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: graduação;
Conhecimento e atuação na área da disciplina.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Educação Física Militar e Saúde;
Legislação Institucional.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
Uma das caracteristicas mais marcantes, dentro da atividade militar, é a postura militar, aliado a uma
séria de comportamentos exteriores, de apresentação corporal, seja individual ou em coletividade, ações estas
que visualmente e exteriormente, identificam a imagem iconográfia de um militar, dentro do inconsciente
coletivo.
Esta postura, e atitude corporal, só é obtida atraves do treinamento desenvolvido dentro da Ordem
Unida. Sendo esta uma das atividades militares, onde são treinadadas as Marchas Militares e Desfiles
cívicos.
Ao conjunto harmonioso, cadenciado e equilibrado dos movimentos de marcha, dá-se o nome de
Ordem Unida. Treinamento que visa não só um aspécto de postura corporal, mais também a formação de
uma cultura de coletividade, e de espírito de corpo. Fator este, que é fundamental na formação de qualquer
corpo militar, dando base às atividades do futuro policial no ambito da Policia Militar.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- a identificar os princípios, comandos e formas de execução da Ordem Unida.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- executar os movimentos individuais e de frações de tropa, com foco na disciplina e trabalho em
equipe;
- estabelecer reflexos em suas atitudes;
- aprimorar a apresentação pessoal e coletiva, permitindo o enquadramento e coesão do grupo.
- fortalecer atitudes para:
- se apresentar com impecável correção nas atividades de ordem unida;
68
- valorizar o espírito de corpo e a disciplina consciente.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:

- cultuar os princípios morais, cívicos e militares na sua esfera de competência.

d) Conteúdos
UD I – LEGISLAÇÃO E REGULAMENTOS MILITARES PERTINENTE À CORPORAÇÃO
1) Regulamento de Continência, Honras e Sinais de Respeito das FFAA (RCONT);
a. Apresentação Pessoal;
b. Apresentação do Pelotão;
c. Continência de Tropa;
2) Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (RISG).
UD II - INSTRUÇÃO SEM ARMA
1) Objetivos e definições essenciais da ordem unida;
2) Posição a pé firme;
3) Passos e marchas;
4) Voltas;
5) Comandos e meios de comando.
UD III - INSTRUÇÃO COM ARMA (FUZIL)
1) Posições armadas;
2) Manejo do Fuzil a pé firma;
3) Manejo do Fuzil em marcha.
UD IV - ESCOLA DO GRUPO E PELOTÃO PM
1) Generalidades, composições e formações do grupo e pelotão PM;
2) Honras fúnebres no grupo PM.
e) Instruções metodológicas
Desenvolver o conteúdo através aulas práticas e demonstrativas, visando alcançar o aprimoramento
dos movimentos individuais e do grupo.
f) Avaliação da aprendizagem
A verificação da aprendizagem será prática com uso de súmula aprovada pelo CAPM com os
requisitos a serem avaliados pelo docente. 30% da nota será obtida através da avaliação continuada do
desempenho do discente nas formaturas matinais desenvolvidas na unidade.
g) Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério do Exército. Manual de Ordem Unida: C 22-5 1ª parte. Brasília: ME, 1999. Disponível em: <
http://docslide.com.br/education/manual-de-campanha-ordem-unida-c-22-5.html>.
BRASIL. Ministério do Exército. Manual de Ordem Unida: C 22-5 2ª parte. Brasília: ME, 1999. Disponível em: <
http://docslide.com.br/education/manual-de-campanha-ordem-unida-c-22-5.html>.

69
2.6.19 Ementa da disciplina: POLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 20 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ser Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser preferencialmente multiplicador do Procedimento Operacional Padrão (POP).
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Técnica Policial Militar I e II;
Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força;
Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II;
Todas as disciplinas relativas a policiamento.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
No estágio atual de desenvolvimento das empresas, especificamente com o advento dos programas
de qualidade, nos quais, passamos a ter um norteamento das ações no sentido da gestão qualitativa dos
recursos humanos, materiais e financeiro. Tudo isto, com o foco no cliente, objetivando uma prestação de
serviço, que atenda os anseios do público que consome determinado bem ou serviço.
Na esteira desta evolução do comportamento empresarial, o poder público, voltou os olhos para esta
cultura, absorvendo esta ideia e a implementando-a na execução de seus serviços.
Sendo assim, nasceu dentro do Estado, um Programa de Qualidade, o qual dentro da Polícia Militar
do Estado de Goiás efetiva-se através do Procedimento Operacional Padrão - POP, o qual visa à
uniformização de procedimentos e a correção de atitudes, com o objetivo de uma prestação qualitativamente
melhor do serviço de segurança pública.
Neste contexto, de uma forma compartimentalizada temos a disciplina de Policiamento Geral, dentro
da qual se busca dar conhecimentos holísticos ao discente, para que o mesmo possa desempenhar suas
atividades de policiamento ostensivo, de forma segura e eficiente.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que a Praça Policial Militar possa:
70
- ampliar conhecimentos para:
- compreender as funções dos órgãos do Sistema de Segurança Pública no Brasil e do Estado de Goiás;
- identificar os conceitos, os princípios e os aspectos doutrinários do Procedimento Operacional
Padrão - POP relativos a atividade de Polícia Ostensiva.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- desempenhar sua função operacional de acordo com o Procedimento Operacional Padrão – POP e as
teorias de Polícia Ostensiva.
- fortalecer atitudes para:
- exercer a sua atividade de Polícia Ostensiva, tendo como foco o Procedimento Operacional Padrão –
POP, através de uma conduta compatível com a ética e os valores institucionais, visando à melhoria da
imagem de nossa Corporação.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete à Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

71
– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA
1) Sistema de Segurança Pública no Brasil;
2) Sistema de Segurança Pública no Estado de Goiás;
3) Funções dos órgãos de Segurança Pública: Polícia Civil, Polícia Técnico Cientifica, Polícia
Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Militares, Guardas Municipais;
4) Força nacional e as Forças Armadas.
UD II – POLÍCIA MILITAR: POLÍCIA OSTENSIVA E PRESEVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA
1) Conceitos Fundamentais;
2) Características do Policiamento Ostensivo;
3) Princípios do Policiamento Ostensivo;
4) Variáveis do policiamento ostensivo: tipo, processos, modalidades, circunstâncias, lugar,
desempenho, duração, efetivo, forma e suplementação;
5) Procedimentos de Polícia Militar.

e) Instruções metodológicas
Ministrar aulas expositivas e aplicar as técnicas de estudo de caso e resolução de problemas.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ARDUIN, Edwayne A. Areano. Manual de Direito Aplicado a Atividade Policial. Associação Vila Militar,
Publicações Técnicas.Vol. V. Paraná. 2001.
BARROS, Antonio Milton de. A lei de proteção a vítimas e testemunhas e outros temas de direitos. Franca: Lemos
e Cruz, 2006.
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.
GOIÁS. Constituição Estadual (1989). Disponível
em:<http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/constituicoes/constituicao_1988.htm>.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.
GUERRA, V. N. A. Violência de pais contra filhos: a tragédia revisitada. 7. ed. Cortez editora, 2001.
HIPÓLITO, Marcello Martinez, TASCA, José Eduardo. Superando o Mito do Espantalho: uma polícia orientada
para resolução dos problemas de segurança pública. Insular, 2012.
PAULA, L.; LIMA, Renato Sergio. Segurança pública e violência. Editora Contexto, 2006.
PEDRAZZINI, Yves. A violência das Cidades. Vozes, 2006.
PINHEIRO, V; FREITAS, L. G. Violência de gênero, linguagem e direito: análise do discurso crítica em processos.
Paco Editorial, 2013.
PORTO, Roberto. Crime organizado e sistema prisional. São Paulo: Atlas, 2007.
SANTIN, V. F. Controle judicial da segurança pública: eficiência do serviço na prevenção e repressão ao crime. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
SÃO PAULO. Polícia Militar. Manual Básico de Policiamento Ostensivo. PMESP. 3ª ed. São Paulo. 1997. <
http://www.jurdepaula.com.br/site/wp-content/uploads/2013/10/M-14-PM-Manual-B%C3%A1sico-de-Policiamento-
ostensivo.pdf>.
VOLPI, Mario (Org.). O adolescente e o ato Infracional. São Paulo: Cortez.
ZALUAR, Alba. Crime, medo e política. In: ZALUAR, Alba; ALVITO, Marcos (Orgs). Um século de favela. Rio de
Janeiro: Editora da FGV, 2002.
ZIZEK, S. Violência. Boitempo Editorial, 2014.

72
2.6.20 Ementa da disciplina: POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 25 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ter no mínimo três anos de formação
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Possuir o curso de “Polícia Comunitária” da Rede de Ensino a Distância - EAD da SENASP.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Desenvolvimento Interpessoal;
Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública.
Técnica Policial Militar I e II;
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
Dentre as exigências da sociedade contemporânea destacam-se, não somente a integração das ações
dos órgãos que compõem o sistema de segurança pública, mas também a articulação das forças sociais
(setores públicos, organismos internacionais, instituições, organizações, entidades de classe, comunidades...)
em prol de projetos e ações que venham responder as demandas sociais.
Alguns autores contemporâneos destacam a necessidade de uma estrutura diferenciada na busca dessas
soluções, e apontam a criação de “redes” como uma alternativa viável para que estas forças sociais possam
ser articuladas de forma integrada e colaborativa.

73
Neste contexto as instituições de segurança pública, representantes do Estado, são consideradas peças
chaves nas redes a serem formadas, principalmente no âmbito comunitário, pois conhecem e lidam com a
dinâmica e a complexidade da realidade.
Cabe destacar, que dá mesma forma que os profissionais de segurança pública podem cooperar e
colaborar com outros setores da sociedade, mediante o conhecimento que possuem sobre a realidade; podem
também, aproveitar as possibilidades de articulação em rede para promoverem a busca de solução - de forma
participativa e integrada - para problemas que afetam a segurança pública, mas que não necessariamente são
criminais.
Dentre as metodologias que possam ser utilizadas para impulsionarem a busca e implementação de
soluções integradas e comunitárias no âmbito da Segurança Pública destacam-se o as orientadas por
problemas (identificação do problema, análise do problema, planejamento da intervenção e avaliação das
ações realizadas)
Compreender a realidade, a utilizar estas metodologias para intervir no que for necessário de forma
participativa, fará diferença na atuação do profissional da área de Segurança Pública.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- compreender os conceitos, fundamentos e os princípios básicos da “Polícia Comunitária”;
- identificar os conceitos, os princípios e os aspectos doutrinários do Procedimento Operacional
Padrão - POP relativos ao Policiamento Comunitário.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- utilizar metodologias orientadas por problemas para identificar problemas, propor estratégias de
intervenções e estabelecer critérios para avaliação da intervenção;
- ajustar o comportamento dentro da concepção de ordem pública, na qual a colaboração e a integração
comunitária sejam os referenciais mais importantes para reformulação da estrutura policial militar;
- adaptar as atuais exigências da sociedade, através da análise das experiências bem sucedidas, no
Brasil e em outros países, nesta espécie de policiamento;
- desempenhar sua função operacional de acordo com o Procedimento Operacional Padrão – POP e as
teorias de Polícia Comunitária.
- fortalecer atitudes para:
- exercer sua atividade policial comunitária através de uma conduta compatível com a ética e os
valores institucionais, visando à melhoria da imagem de nossa Corporação;
- atuar de forma colaborativa e cooperativa no planejamento de ações integradas e comunitárias.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

74
– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a instrumentar o exercício


da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;

– Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – O papel da polícia ao longo da história
1) Histórico da polícia comunitária comparada (nacional e internacional);
2) Polícia comunitária e sociedades;
3) Problemas da sociedade;
4) A emergência de novos modelos;
5) A importância da polícia;
6) O ideal da instituição policial;
7) Segurança como necessidade básica;
UD II – Teoria de policiamento comunitário
1 ) Conceitos e interpretações básicas.
2 ) Os dez princípios do policiamento comunitário;
3 ) Diferenças entre polícia tradicional e polícia comunitária;
4 ) Os seis grandes da polícia comunitária;
5 ) Perfil do policial comunitário;
6 ) Relação com a comunidade;
7 ) As duas polícias;
8 ) O relacionamento social durante a atividade de policiamento
UD III - MOBILIZAÇÃO SOCIAL
1) Compreensão da comunidade
2) A autonomia das organizações em relação à polícia
3) Conselhos comunitários
UD IV – PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
POP 210 POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
210.01 Monitoramento
210.02 Visita comunitária
210.03 Visita solidária
210.04 Reunião mensal de segurança comunitária
75
210.05 Mensuração da produtividade
POP 213 POLICIAMENTO RURAL
213.01 Patrulhamento rural
213.02 Visita comunitária rural com georreferenciamento
e) Instruções metodológicas
Ministrar aulas expositivas para apresentação do conteúdo teórico,
Aplicar as técnicas de estudo de caso e resolução de problemas.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
BAYLEY, D. Padrões de policiamento. São Paulo: EDUSP, 2002.
BAYLEY, D.; SKOLNICK, J H. Nova polícia. São Paulo: EDUSP, 2002.
FABRETTI, Humberto Barrinuevo. Segurança Pública: fundamentos jurídicos para uma abordagem constitucional.
Atlas. 2013.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.
GOLDSTEIN, H. Policiando uma sociedade livre. São Paulo: EDUSP, 2000.
KAHN, T. Velha e nova polícia. São Paulo: [s. n.], 2002.
MONET, J. Polícias e sociedade na Europa. São Paulo: EDUSP, 2002.
TROJANOWICZ, R.; BONNIE, B. Policiamento comunitário: como começar. São Paulo: Polícia Militar, 1999.
VIANNA, R. F. Diálogos sobre segurança pública: o fim do estado civilizado. Ithala. 2011.
VOLPI, Mario. (Org.) O Adolescente e o ato infracional. São Paulo: Cortez. 2010.
ZALUAR, Alba. Crime, medo e política. In: ZALUAR, Alba; ALVITO, Marcos (Orgs). Um século de favela. Rio de
Janeiro: FGV. 2002.
ZAVERUCHA, J. Políticas de segurança: dimensão da formação e impactos sociais. Brasília: MJ, 2002.

2.6.21 Ementa da Disciplina PREVENÇÃO E REPRESSÃO A DROGAS E ENTORPECENTES


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 20 h/a
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ser graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Possuir o Curso de Promotor do Programa Educacional de Resistência as Drogas e a Violência - PROERD.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Desenvolvimento Interpessoal;
Técnica Policial Militar I e II.
76
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
Segundo dados divulgados pelo Relatório Mundial sobre Drogas da ONU (Organização das Nações
Unidas) cerca de 5% da população mundial entre 15 e 64 anos, o que corresponde a uma média de 243
milhões de pessoas, usa drogas ilícitas.
O estudo indica, no entanto, que o consumo permanece estável, aumentando proporcionalmente com o
crescimento da população. A divulgação do relatório foi feita em Viena (Áustria) nesta quinta-feira (26),
concomitantemente com o Dia Internacional contra o Abuso de Drogas e Tráfico Ilícito.
O Relatório Brasileiro sobre Drogas (2009) afirma que o consumo de substâncias psicoativas afeta de
maneira profunda amplos aspectos da vida das pessoas que as utilizam e dos grupos nos quais elas estão
inseridas. Além do uso recreativo ou ritual, inserido na cultura e na economia dos países, em muitos casos o
consumo de drogas se associa a problemas graves como a ocorrência de acidentes, violência, produção ou
agravamento de doenças variadas, queda no desempenho escolar ou no trabalho, transtornos mentais e
conflitos familiares, entre outros. No entanto, os dados analisados oferecem informações importantes sobre
aspectos relevantes e refletem de modo inequívoco a gravidade, amplitude e magnitude desses problemas em
nosso país.
Ao discutir os efeitos adversos do consumo de substâncias psicoativas, a Organização Mundial da
Saúde (OMS, 2004) descreve como esses efeitos podem ser divididos em agudos ou crônicos e resultarem de
interações de múltiplos fatores como a vulnerabilidade ou resiliência individuais, a existência ou não de
suporte familiar e social, o tipo e padrão do uso de substâncias.
Neste contexto, é indubitável, o grave impacto que os usos abusivos de substâncias psicoativas têm em
áreas relevantes da realidade brasileira, como são a saúde e o trabalho, com graves repercussões para a
sociedade como um todo. Até alguns anos atrás, a sociedade brasileira e mesmo as instituições que definiam
as políticas de saúde negligenciavam a gravidade desses problemas. Quando os problemas com as drogas
eram discutidos, o debate se restringia às drogas ilícitas. O informe presente demonstra, mais uma vez, a
relevância dos problemas associados ao uso do álcool, responsável por 90% das mortes relacionadas ao uso
de substâncias psicoativas, mortalidade está maior do que a de muitos países desenvolvidos ou situados em
patamar de desenvolvimento semelhante ao nosso.
Assim podemos observar a necessidade de iniciativas dirigidas para a uma política que contemple
amplamente as questões relativas ao consumo e combate ao uso de drogas, bem como a prevenção e o
tratamento dos problemas relacionados ao uso abusivo. A enorme dimensão desses problemas que
sobrecarregam toda a sociedade brasileira exige ações que aperfeiçoem sua abordagem considerando a
complexidade da questão, a inserção cultural do uso de substâncias, as diferenças regionais de padrões de
consumo e disponibilidade de recursos e a vulnerabilidade de parcelas da população.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- visualizar a problemática das drogas no contexto nacional e mundial;
- analisar os métodos adotados na execução do trafego ilegal de drogas;
- identificar as formas de aplicação do Programa Educacional de Resistência as Drogas e a Violência –
PROERD;
- identificar os tipos de drogas existentes e os sintomas que afetam os usuários.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- desempenhar sua função operacional através de estratégias coerentes no combate e repressão contra o
uso de drogas.
- fortalecer atitudes para:
- exercer a sua atividade de Polícia Ostensiva, tendo como foco uma conduta compatível com a ética e
os valores institucionais, visando à melhoria da imagem de nossa Corporação.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;

77
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – PROBLEMÁTICA DAS DROGAS E SUAS REPERCUSSÕES
1) Antecedentes históricos;
2) Aspectos gerais do problema socioeconômico.
UD II – DROGAS
1) Conceito;
2) Classificação;
3) Dependência;
4) Tolerância e síndrome de abstinência;
5) Característica, forma de uso e efeitos.
UD III – CONTROLE, PREVENÇÃO E REPRESSÃO
1) Principais órgãos, estrutura e funcionamento;
2) Tráfico nacional e internacional;
3) Legislação, penas e procedimentos;
4) Programa Educacional de Resistência à Violência e às Drogas - PROERD.
UD IV – TÉCNICA DE INVESTIGAÇÃO POLICIAL
1) Conceitos;
2) Investigação financeira (lavagem de dinheiro);
3) Técnica investigatória;
4) Informantes.
e) Instruções metodológicas
Exibir filmes seguidos da técnica de debate cruzado;
Aplicar as técnicas de estudo de caso, resolução de problemas e apresentação de seminários com base
no conteúdo proposto;

78
Apresentar amostras de drogas apreendidas em operações policiais, a fim de facilitar a identificação
das mesmas durante a execução do serviço policial.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ARIES, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro. Zahar.
BATISTA, Vera Malaguti. Difíceis ganhos fáceis: drogas e juventude no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Revan. 2009.
BOUER, Jairo. Álcool cigarro e drogas. Col. Bate-papo com Jairo Bouer. Panda Books. 2005.
CARVALHO, F. V.; CAMPOS, B. R. Drogas por três penas. São Paulo: ADPESP, 2001.
GAUER, G. J. CHITTO, Machado, Débora Silva. Filhos & vítimas do tempo da violência: a família a criança e o
adolescente. Juruá. 2008.
GUERRA, V. N. A violência de pais contra filhos: a tragédia revisitada. 7. ed. Cortez. 2001.
LIBERATI, Wilson D. Comentários ao estatuto da criança e do adolescente. Malheiros. 2008.
MURAD, J. E. Drogas: o que é preciso saber. Belo Horizonte: Lê, 2003.
POSTERLI, R. Tóxicos e comportamento delituoso. Belo Horizonte: Del Rey, 2002.
SEDA, E. O novo direito da criança e do adolescente. Brasília, CBIA.
VOLPI, Mario (Org.). O Adolescente e o ato infracional. São Paulo: Cortez. 2010.

2.6.22 Ementa da Disciplina PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – Módulo EaD

79
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 10 h/a (presencial) 80 h/a (ensino à distância)
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ter no mínimo cinco anos de formação;
Ser no mínimo multiplicador do Procedimento Operacional Padrão – POP;
Possuir o curso Procedimento Operacional Padrão - Módulo EaD.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Técnica Policial Militar I e II.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
No estágio atual de desenvolvimento das empresas, especificamente com o advento dos programas de
qualidade, nos quais, passamos a ter um norteamento das ações no sentido da gestão qualitativa dos recursos
humanos, materiais e financeiro. Tudo isto, com o foco no cliente, objetivando uma prestação de serviço, que
atenda os anseios do público que consome determinado bem ou serviço.
Na esteira desta evolução do comportamento empresarial, o poder público, voltou os olhos para esta
cultura, absorvendo esta ideia e a implementando-a na execução de seus serviços.
Sendo assim, nasceu dentro do Estado, um Programa de Qualidade, o qual dentro da Polícia Militar do
Estado de Goiás efetiva-se através do Procedimento Operacional Padrão - POP, o qual visa à uniformização
de procedimentos e a correção de atitudes, com o objetivo de uma prestação qualitativamente melhor do
serviço de segurança pública.
Neste contexto se torna necessária a busca de conhecimentos holísticos de forma
compartimentalizada, para que o discente possa desempenhar suas atividades de policiamento ostensivo, de
forma segura e eficiente.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar os conceitos, os princípios e os aspectos doutrinários do Procedimento Operacional
Padrão - POP relativos ao Policiamento Ostensivo Geral.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- desempenhar sua função operacional de acordo com o Procedimento Operacional Padrão – POP e as
teorias de Polícia Ostensiva.
- fortalecer atitudes para:
- exercer a sua atividade de Polícia Ostensiva, tendo como foco o Procedimento Operacional Padrão –
POP, através de uma conduta compatível com a ética e os valores institucionais, visando à melhoria da
imagem de nossa Corporação.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete à Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

80
– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à


ordem pública e pânico a esta pertinente;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
Todo o conteúdo do POP 3ª ed. rev. e amp.
e) Instruções metodológicas
Aulas na plataforma EAD, com chats, fóruns, relatórios, atividades, leituras etc.;
f) Avaliação da aprendizagem
Serão aplicadas três avaliações presenciais:
1ª Verificação Complementar – conteúdo: Módulos I e II;
2ª Verificação Complementar – conteúdo: Módulos III, IV e V;
Verificação Final – conteúdo: todos os módulos do POP 3ª ed. rev. e amp.
g) Referências Bibliográficas
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.

81
2.6.23 Ementa da Disciplina PROCESSO PENAL APLICADO A SEGURANÇA PÚBLICA
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser Bacharel em Direito.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Sistema de Segurança Pública;
Ciências Penais;
Direito Processual Penal Militar.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização

Direito Processual é o “conjunto de princípios e normas que regulam a aplicação jurisdicional do


Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária, e a estruturação dos órgãos da
função jurisdicional e respectivos auxiliares”.

Constitui-se em ciência autônoma no campo da dogmática jurídica, uma vez que tem objeto e
princípios que lhe são próprios.

O Processo Penal tem como característica ser um instrumento para a realização do Direito Material.

Tendo assim duas finalidades presentes: a) mediata ou indireta: se confunde com a própria finalidade
do Direito Penal, que é a manutenção da paz social, ou ainda, atingir a resolução do conflito; b) imediata ou
direta: realizabilidade da pretensão punitiva derivada de um delito, através da utilização da garantia
jurisdicional. É a efetiva aplicação da lei penal, ou seja, da pena.

O Direito processual penal brasileiro é regulado por inúmeras normas jurídicas, sendo os mais
importantes a CF/88 e o Código de Processo Penal, que dita as regras-base e os princípios gerais de todo o
Direito processual penal.

O processo penal é instrumento da jurisdição penal. A Constituição da República Federativa do Brasil


afirma que "ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal" (art. 5º, LIV).
Por meio do processo, verifica-se se a ação ou omissão que estão abstratamente descritas na lei penal como
proibidas (tipo penal) ocorreram, se sim se houve uma justificação, ou uma exculpante.

Um dos objetivos é a aplicação de pena aos culpados, absolvição dos inocentes e/ou aplicação de
medidas de segurança aos autores de injustos penais (típicos e ilícitos) não imputáveis e perigosos, até que
cesse sua periculosidade.
82
O processo procura a verdade real, e o faz mediante constante atividade das partes, que se manifestam
e produzem provas. O processo penal, no século XXI, em países de regime democrático, tem a característica
do contraditório ou bilateralidade da audiência (informação necessária ao réu e possibilidade da reação
possível), ou seja, inicia-se por acusação formal que descreve o fato criminoso e suas circunstâncias,
imputando conduta criminosa a certa pessoa, chamada a dar sua versão e produzir defesa. Sem a ampla
defesa, não há devido processo legal, princípio fundamental do processo.

E é neste contexto jurídico, no qual a lei passa a ser foco norteador de todas as ações processuais,
fazendo com que quem passe a exercer a atividade policial tenha que ter contado com toda a estruturaçao
processual, para melhor nortear suas acões em meio a sociedade.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- compreender o que vem a ser o Auto de Prisão em Flagrante, Inquérito Policial, Ação Penal, as
Provas no Processo Penal e as Prisões Provisórias.
- compreender as normas legais que regem o processo penal brasileiro.
- entender as principais reformas no Sistema processual brasileiro e suas implicações no serviço
policial.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- aplicar as normas legais que regem o processo penal brasileiro;
- lavrar o Termo Circunstanciado de Ocorrências (TCO).
- fortalecer atitudes para:
- pautar sua conduta militar dentro dos padrões da ética e legalidade.

c) Vínculo com o perfil profissiográfico


Compete ao Praça Policial Militar:

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade.

d) Conteúdos
UD I - DIREITO PROCESSUAL PENAL
1) Conceito, Evolução histórica, princípios, fontes, relação com outros ramos
2) A lei processual no tempo e no espaço
3) Persecução Penal
a. Notícia do crime
b. Conceito
c. Classificação
d. Formas de apresentação
4) O Poder de Polícia e investigação policial
5) Jus Puniendi, Jus Libertatis, Lide Penal, Jus Persequendi
6) Fases da Persecução Penal: Investigação (Inquérito Policial e Ação Penal)

83
UD II - INQUÉRITO POLICIAL
1) Inquérito Policial I - Parte teórica
a. Conceito
b. Finalidade
c. Inquisitoriedade
d. Natureza
e. Valor probatório
f. Nulidade
g. Desnecessidade
h. Indiciado
i. Devolução
j. Arquivamento
k Reabertura
l. Prazos
m. Incomunicabilidade
n. Sigilo
o. Indeferimento
p. Relatório
2) Inquérito Policial II - Parte prática
a. Forma de instauração
b. Meia de provas ou indícios carreados para os autos
c. Auto de prisão em flagrante
d. Portaria e os despachos ordenatórios.
3) A Ação Penal
a. Pública
b. Privada
UD III - JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS
1) Dos Juizados Especiais Cíveis;
2) Dos Juizados Especiais Criminais
a. Da Competência e dos Atos Processuais;
b. Da Fase Preliminar;
c. Do Procedimento Sumaríssimo;
d. Da Execução;
e. Das Despesas Processuais;
f. Disposições Finais.
UD IV – PRISÕES PROVISÓRIAS
1) Prisão em flagrante;
a) Espécies;
b) Sujeitos;
c) Prisão em flagrante por apresentação espontânea;
d) Audiência de custódia
2) Prisão temporária
3) Prisão preventiva
4) Liberdade provisória
5) Inovações da nova lei de prisões (12.403/2011)
e) Instruções metodológicas
Trabalhar os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica do conhecimento
produzido, visando à compreensão do Direito Processual Penal através de aulas expositivas e estudo de
textos pertinentes ao tema.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas

84
ARAÚJO, Bruna Conceição Ximenes de. A “audiência de custódia” na República Federativa do Brasil. Teresina:
Teresina, 17 fev. 2017. Mensal. Revista Jus Navigandi. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/55520>. Acesso em:
27 jun. 2017.
BRASIL. Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Decreto: Código Penal. Rio de Janeiro, Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: 27 jun. 2017.
BRASIL. Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Decreto. Rio de Janeiro, Código de Processo Penal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>. Acesso em: 27 jun. 2017.
BRASIL. Presidência da República Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil nº 91. Brasília, DF de
2016. Casa Civil. Brasília. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.
Acesso em: 28 jun. 2017.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Decreto. Brasília, DF, Juizados Especiais
Cíveis e Criminais e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm>.
Acesso em: 28 jun. 2017.
BRASIL. Lei nº 12.403, de 4 de maio de 2011. Decreto. Da Prisão, das Medidas Cautelares e da Liberdade Provisória.
Brasília, DF, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12403.htm>. Acesso em:
28 jun. 2017.
BRASIL. Lei nº 7210, de 11 de julho de 1984. Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal. Brasília, DF,
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm>. Acesso em: 28 jun. 2017.
BRASIL. Lei. nº 7.960 nº Brasília, DF, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm>. Acesso
em: 28 jun. 2017.
BRASIL. Lei. nº 11719 Brasília , DF, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2008/Lei/L11719.htm>. Acesso em: 28 jun. 2017.
BRITO, Alexis Couto de, FABRETTI, Humberto Barrionuevo, LIMA, Marco Antônio Ferreira. Processo Penal
Brasileiro, 3º ed., São Paulo, Atlas, 2015.
CAPEZ, Fernando, OLNAGO, Rodrigo Henrique. Código de Processo Penal Comentado. São Paulo. Saraiva, 2015.
BRASIL. CNJ. Levantamento dos presos provisórios do país e plano de ação dos tribunais. Disponível em:<
http://www.cnj.jus.br/k5sj>. Acesso em 19 jun. 2017.
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios, REIS, Alexandre Cebrian Araújo. Direito Processual Penal Esquematizado, 6º ed.,
São Paulo, Saraiva, 2017.
JÚNIOR, Aury Lopes. Direito Processual Penal. 12ª ed. São Paulo. Saraiva, 2015.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12ª ed. rev., atual e ampl. Rio de Janeiro.
Forense, 2015.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 17ª ed. rev. e ampl. São Paulo. Atlas, 2013.

2.6.24 Ementa da disciplina: REDAÇÃO DE DOCUMENTOS PM


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 20 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ser graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser no mínimo multiplicador do Procedimento Operacional Padrão - POP.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força;
Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública;
Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II;
Todas as disciplinas relativas a policiamento.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
No estágio atual de desenvolvimento das empresas, especificamente com o advento dos programas
de qualidade, nos quais, passamos a ter um norteamento das ações no sentido da gestão qualitativa dos
recursos humanos, materiais e financeiro. Tudo isso, com o foco no cliente, objetivando uma prestação de
serviço, que atenda os anseios do público que consome determinado bem ou serviço.
Na esteira desta evolução do comportamento empresarial, o poder público, voltou os olhos para esta
cultura, absorvendo esta ideia e a implementando-a na execução de seus serviços.

85
Sendo assim, nasceu dentro do Estado, um Programa de Qualidade, o qual dentro da Polícia Militar
do Estado de Goiás efetiva-se através do Procedimento Operacional Padrão - POP, o qual visa à
uniformização de procedimentos e a correção de atitudes, com o objetivo de uma prestação qualitativamente
melhor do serviço de segurança pública.
Neste contexto, de uma forma compartimentalizada, temos a disciplina de Redação Oficial e Militar,
dentro da qual se busca padronizar a linguagem escrita vinculada ao desempenho das atividades de
policiamento ostensivo, bem como no âmbito interno das unidades policiais militares.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- compreender a linguagem como fator primordial da comunicação e a necessidade de produzir textos
e documentos oficiais com clareza e objetividade;
- assimilar as estruturas básicas do idioma nacional;
- suprir a precariedade da experiência de leitura, indispensável ao melhor desempenho nos estudos
desenvolvidos em qualquer área.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- redigir com clareza textos em português e documentos policiais;
- fortalecer atitudes para:
- reconhecer a comunicação como fator preponderante para as relações humanas e para o exercício da
sua profissão.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definida em
lei;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

86
– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – CORRESPONDENCIA OFICIAL
1) Aspectos gramaticais: alguns casos especiais;
2) Correspondência Oficial: aspectos gerais e características da redação Oficial;
3) Elaboração do Oficio: características, diagramação, estrutura, destinatário, vocativo, fecho, ementa, rodapé,
cabeçalho, assinatura.
4) Pronomes de tratamento e os respectivos vocativos;
UD II – CORRESPONDENCIA MILITAR
1) Parte: correspondência interna. Formatação, finalidade e outras características;
2) Características dos documentos militares: classificação e outras particularidades;
3) Emprego dos pronomes e expressões de tratamento;
4) Regras de digitação.
UD III – REDAÇÃO DO REGISTRO DE ATENDIMENTO INTEGRADO (RAI)
1) Como preencher um RAI e suas particularidades;
2) Como redigir a introdução, o desenvolvimento e a conclusão de um histórico do RAI.
3) Redigindo ocorrências das naturezas: Vias de fato entre casal; homicídio; furto; roubo; tráfico de
drogas; envolvendo crianças e adolescentes; flagrantes diversos; ocorrências ocasionais e etc.
e) Instruções metodológicas
Aplicar exercícios práticos de preenchimento de BOPM e confecção de documentos.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ANDRADE, Maria Margarida de. Língua Portuguesa: noções para cursos superiores. 9ª Ed. São Paulo:Atlas.2010.
CAETANO, Marcelo Moraes. Desafios de redação: teorias e questões comentadas. Editora: Ferreira, 2012.
FARACCO, C. A.; TEZZA, C. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes, 2003.
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS. Manual de Redação do Governo do Estado de Goiás / Governo do Estado
de Goiás, Gabinete Civil, Agência Goiana de Administração e Negócios Públicos. – Goiânia: Aganp. 2005. <
http://www.segplan.go.gov.br/post/ver/111559/manual-redacao-oficia>.
JUNGMAM, Ângela. Manual de Redação Oficial do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás /
Superintendência da Escola de Contas do TCM GO. –Goiânia: TCM GO. 2012
LIMA, A. Oliveira. Manual de Redação Oficial: teoria, modelos e exercícios. 2. Ed. _ Rio de Janeiro: Elsevier. 2005.
LOYOLA, Paulo Ricardo Gontijo. Manual de Redação do Ministério Público do Estado de Goiás: redação oficial,
redação profissional, gramática / Paulo Ricardo Gontijo Loyola. - Goiânia: ESMP/GO, 2006. <
http://www.mpgo.mp.br/portal/system/resources/W1siZiIsIjIwMTMvMDQvMjIvMDlfNDlfNTNfNTA1X01hbnVhbF9
kZV9SZWRhY2FvX2RvX01wLnBkZiJdXQ/Manual_de_Redacao_do_Mp.pdf>.
MARTINO, A. Português esquematizado: gramática, interpretação de texto, redação oficial, redação discursiva. São
Paulo: Saraiva.
2.6.25 Ementa da disciplina: SAÚDE E SEGURANÇA PÚBLICA
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 h/a (ensino à distância)
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Desenvolvimento Interpessoal.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização

87
O tema saúde do profissional de segurança pública vem ocupando lugar de destaque no planejamento
operacional e estratégico destas organizações. As peculiaridades das funções e as características vinculadas
ao “perigo” do ponto de vista da saúde física e psíquica são fatores preponderantes para se estabelecer uma
política voltada a prevenção.
No contexto diário de risco, pode ser observado ainda, disposições desfavoráveis ao desempenho das
funções inerentes a estes profissionais, em especial quando observamos um país carente de uma revisão
objetiva da legislação penal e processual penal que, em uma lógica de convivência em sociedade, deve
favorecer a manutenção da ordem pública e não fomentar a insegurança social.
A importância de adequadas condições de trabalho aos profissionais de segurança pública, tanto no
âmbito social quanto institucional, devem perpassar pela seleção, formação (elevar os níveis de escolaridade
dos policiais, investir em formação e em ciência), plano de carreira, estrutura física das instalações
(ambientes limpos, ventilados e móveis ergonômicos), equipamentos adequados a demandas das atividades e
programas de assistência que primem pela qualidade de vida pessoal e profissional.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar os principais aspectos relacionados às condições físicas do trabalho realizado na segurança
pública;
- compreender a relação existente entre as condições de trabalho e as principais doenças profissionais;
- enumerar as doenças do trabalho encontradas mais comumente entre os profissionais de segurança
pública;
- conceituar qualidade de vida e conhecer os fatores que nela interferem.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- identificar as características especiais das atividades desenvolvidas na segurança pública, que trazem
consequências físicas e psicológicas;
- reconhecer os indicadores físicos e mentais das doenças que podem ser adquiridas no exercício de
profissões com atividades estressantes;
- utilizar procedimentos e técnicas que tornem o ambiente de trabalho mais saudável;
- aplicar ações que possam auxiliar na prevenção e na profilaxia dos estados patológicos mais comuns.
- fortalecer atitudes para:
- priorizar o cuidado com as saúdes física e mental, como forma de prevenção de algumas patologias
que possam ser adquiridas no percurso profissional;
- desenvolver ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida dos profissionais da área de
segurança pública.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:

- Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;

- Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar


os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;

- Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;

- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos à
ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;

- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos à
ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;

- Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

88
- Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

- Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

- Executar o policiamento ostensivo ambiental;

- Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

- Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

- Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a instrumentar o exercício da


Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;

- Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

- Executar o cumprimento das ordens judiciais.

d) Conteúdos
UD I – MEDICINA

1) Medicina Preventiva e Educação em Saúde

2) Educação em saúde

3) Emergências Médicas

UD II - NUTRIÇÃO

1) Princípios da alimentação e nutrição

2) A escolha dos alimentos

3) Dez passos para uma alimentação adequada e saudável

4) Hidratação

5) Avaliação antropométrica

UD III - ODONTOLOGIA

1) Princípios de higiene oral

2) Doenças bucais mais prevalentes

3) Urgências odontológicas

4) Traumatismo dentário

UD IV – ATIVIDADE FÍSICA
89
1) Educação Física Militar
2) Saúde
3) Atividade Física, Exercício Físico, Aptidão Física e seus benefícios
4) Orientações sobre a Legislação PM (Portaria 042/2008-PM/1)
UD V – PSICOLOGIA
1) Síndrome de Burnout
2) Transtorno de estresse pós-traumático
3) Dependência química
4) Suicídio
5) Conceitos e princípios em saúde mental
6) Estresse e estratégias de enfrentamento
UD VI – SAÚDE DO TRABALHADOR DE SEGURANÇA PÚBLICA
1) Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho
2) Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)
3) Política de Segurança e Saúde no Trabalho dos Servidores Públicos do Poder Executivo
4) Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
5) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
6) Procedimento Operacional de Segurança
7) Normas Para Inspeções de Saúde na Polícia Militar do Estado de Goiás.
8) Ambiente Trabalho e Saúde
9) Qualidade de Vida no Trabalho
e) Instruções metodológicas
Conteúdo apresentado pela plataforma de Ensino da Distância na qual o discente deverá efetivar a
leitura do material apresentado em módulos, realizar as atividades previstas no plano de tutoria, incluindo a
avaliação via sistema que exige aproveitamento mínimo de 70%, a fim de validar a aplicação da prova
escrita presencial referente ao conteúdo ministrado.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial) ........................ 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
AGOSTINI, Marcia. Saúde do trabalhador. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002. 6 p. Disponível em:
<http://books.scielo.org/id/sfwtj/pdf/andrade-9788575413869-46.pdf>. Acesso em: 05 jul. 2017.
AMADOR, Fernanda Spanier et al. Por um programa preventivo em saúde mental do trabalhador na Brigada
Militar. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 22, n. 3, p. 54-61, Sept. 2002. Disponivel em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932002000300009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em
15 maio 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932002000300009.
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90
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91
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92
2.6.26 Ementa da disciplina: SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA

1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 h/a (ensino à distância)
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser Bacharel em Direito.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Ciências Penais;
Processo Penal aplicado a Segurança Pública;
Direito Militar.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização

O Sistema de Segurança Pública brasileiro exige uma visão sistêmica das organizações que tratam das
questões da criminalidade e violência, especialmente quando analisamos a estrutura pública vinculada em
suas instâncias federal, estadual e municipal.

Este sistema é composto por uma estrutura interligada de instituições, com certo nível de autonomia,
que possuem suas competências definidas e estrutadas pelo Direito Constitucional e Administrativo.

Considera-se a Magna Carta o documento que esboçou o que posteriormente seria chamado de
constituição. Foi assinada pelo Príncipe João Sem-Terra face à pressão dos barões da Inglaterra medieval, e
apesar da notícia histórica de que os únicos que se beneficiaram com tal direito foram os barões ingleses, o
documento não perde a posição de elemento central na história do constitucionalismo ocidental.

A partir da moderna doutrina constitucionalista, a interpretação dada à Magna Carta sofre um


processo de mutação, denominado mutação constitucional, de onde novos personagens ocupam, as posições
originalmente ocupadas pelos participantes daquele contrato feudal, de maneira que as prerrogativas e
direitos que foram concedidos aos barões passam a ser devidos aos cidadãos, e os deveres e limitações
impostos ao Príncipe João Sem Terra passam a limitar o poder do Estado.

93
Contudo, foi a partir das "Revoluções Liberais" (Revolução Francesa, Revolução Americana e
Revolução Industrial) que surgiu o ideário constitucional, no qual seria necessário, para evitar abusos dos
soberanos em relação aos súditos, que existisse um documento onde se fixasse a estrutura do Estado, e a
conseqüente limitação dos poderes do Estado em relação ao povo.

Com o passar do tempo, em especial com as teorias elaboradas por Hans Kelsen, grande jurista da
Escola Austríaca da primeira metade do Século XX, passou-se a considerar a Constituição, não como apenas
uma lei limitadora e organizativa, mas como a própria fonte de eficácia de todas as leis de um Estado.

No Brasil com o advento da Constituição de 1988, instaura-se em nosso país, um novo período de
nossa História, etapa esta que é marcada por um Estado Democrático de Direito. Estado este em que as
garantias individuais e coletivas são levadas a um primeiro plano, onde as ações e políticas públicas sofrem
influência direta do Direito Constitucional. Neste contexto é imperioso que quem adentre ao serviço público
tenha total consciência de todo este ordenamento jurídico, sabendo movimentar-se e atuar, em uma estrutura
jurídica, criada e mantida pela Constituição da República Federativa do Brasil. Assim as diversas Instituições
de Segurança Pública existentes se consolidam através de suas competências legais instituídas pelas normas
brasileiras vigentes. Vale ressaltar que os conhecimentos específicos e aprofundados de cada ramo do direito
se direcionam para o cotidiano destas instituições que compõem o sistema de segurança pública.

Neste contexto a administração está subordinada ao Direito. É assim em todo o mundo democrático, a
Administração aparece vinculada pelo Direito, sujeita as normas jurídicas obrigatórias e públicas, que têm
como destinatários tanto os próprios órgãos e agentes da administração como os particulares, os cidadãos em
geral. É o regime da legalidade democrática.

Tal regime, na sua configuração atual, resulta historicamente dos princípios da Revolução Francesa,
sendo este o ponto marcante do nascimento e do desenvolvimento histórico do Direito Administrativo. Numa
dupla perspectiva: por um lado, ele é uma consequência do princípio da separação de poderes; por outro
lado, a sua existência decorre da lei, como expressão da vontade geral, donde decorre o caráter subordinativo
da Administração Pública à lei.

Sendo assim, vemos que o Direito Administrativo é o ramo de Direito Público constituído pelo sistema
de normas jurídicas que regulam a organização, o funcionamento e o controle da Administração Pública e as
relações que esta, no exercício da atividade administrativa de gestão pública, estabelece com outros sujeitos
de Direito.

A característica mais peculiar do Direito Administrativo é a procura de permanente harmonização


entre as exigências da ação administrativa e as exigências de garantia dos particulares.

Desta forma, com a vigência do atual Estado Democrático de Direito, pedra fundamental de nosso
ordenamento jurídico, o qual foi preconizado em nossa Constituição, incuti na administração pública e em
seus administrados a necessidade de atuar em conformidade aos princípios da Legalidade, Moralidade,
Impessoalidade, Publicidade e Eficiência, fatores estes que tornam imprescindível, a quem ingressa no
serviço público, aplicar de forma direta e correta o Direito Administrativo, buscando com isto uma atitude
regular frente ao Estado.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- conhecer o organograma e funcionamento das polícias bem como o funcionamento da justiça;
- identificar a importância da sua organização no âmbito do sistema de segurança pública;
- identificar a Constituição Federal como fonte de direitos;
- conhecer a forma de organização do Estado brasileiro, suas competências através dos poderes
constituídos, organização e funcionamento, deveres em relação à sociedade e direitos dos cidadãos;
- conhecer os princípios constitucionais;

94
- compreender a organização e funcionamento da justiça, não apenas do judiciário como também do
Ministério Público e da advocacia pública e privada;
- conhecer o conjunto de princípios que regem as atividades públicas tendentes e realizar concreta,
direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- ter a capacidade de interagir com órgãos e integrantes do sistema judiciário, penitenciário e de defesa
social;
- atuar dentro dos princípios constitucionais;
- compreender a lógica do ordenamento jurídico constitucional, e a sua influência nas ações da Polícia
Militar;
- desenvolver, compreender e contextualizar-se dentro da administração pública.
- fortalecer atitudes para:
- desenvolver a cultura institucional de respeito, à estrutura constitucional vigente com base na ética e
moral, que visa o respeito à cidadania;
- reconhecer a importância da formulação de políticas públicas e da elaboração de planejamento na
área de segurança pública;
- auxiliar de maneira ética no funcionamento da estrutura administrativa da Polícia Militar.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;

– executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

– executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– executar o policiamento ostensivo ambiental;

– lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à polícia ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

– executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;

– executar o cumprimento das ordens judiciais.

d) Conteúdos
UD I – SISTEMAS, INSTITUIÇÕES E GESTÃO INTEGRADA EM SEGURANÇA PÚBLICA
- Sistema de segurança pública no Brasil;

95
- Panorama e Planos Nacionais e Estadual de Segurança Pública;
- Atribuições das instituições de segurança pública;
- Controle interno e externo das instituições de segurança pública;
- Conceitos de circunscrição, região e área de abrangência de outras instituições;
- Relação entre o sistema de justiça criminal no Brasil e em Goiás e seus respectivos subsistemas
policial, de justiça criminal e de execução penal;
- O sistema de segurança pública e defesa social estadual e organograma da corporação.
- Estruturas de governança e integração das instituições de segurança pública no Brasil e em Goiás.
UD II – INTRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL
- O conceito do direito Constitucional e sua relação com as demais disciplinas jurídicas

UD III – DIVISÃO, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS PODERES


- O Poder Legislativo e seus Órgãos
- Atribuições do Poder Legislativo
- Inviolabilidade de Imunidade dos Parlamentares
- O Poder Executivo
- Atribuições do Poder Executivo
- O Poder Judiciário
- A Justiça Militar
- O Ministério Público
- Panorama geral sobre a Advocacia
UD IV – A CONSTITUIÇÃO DO BRASIL
- Fundamentos da Constituição Federal de 1988: Os direitos fundamentais
- Instrumentos e garantia dos direitos fundamentais; Mandado de Segurança, “Hábeas Data” e
“Hábeas Corpus”
- Organização dos Estados, Distrito Federal e Territórios e Municípios
- A Intervenção Federal e Estadual
- A Segurança Pública (Polícias Militares, Civil e Federal)
- O Estado de Emergência e o Estado de Sítio
UD V – DO DIREITO ADMINISTRATIVO E ATOS ADMINISTRATIVOS
- Conceito
- Poderes administrativos e Poderes Políticos
- Poderes e deveres do administrador público
- Uso e abuso do poder
- Conceitos gerais sobre os atos administrativos
UD VI – DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
- Conceito e classificação
- Formas e meios de prestação do serviço
UD VII – SERVIDORES PÚBLICOS
- Conceitos gerais
- Deveres e direitos dos servidores
- Responsabilidades
- Servidores Públicos Militares
e) Instruções metodológicas
Conteúdo apresentado pela plataforma de Ensino da Distância na qual o discente deverá efetivar a
leitura do material apresentado em módulos, realizar as atividades previstas no plano de tutoria, incluindo a
avaliação via sistema que exige aproveitamento mínimo de 70%, a fim de validar a aplicação da prova
escrita presencial referente ao conteúdo ministrado.
Trabalhar os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica do conhecimento
produzido, visando à compreensão do Sistema de Segurança Pública brasileiro e suas fundamentações legais
vinculadas ao Direito Constitucional e Administrativo através de aulas expositivas e estudo de textos
pertinentes ao tema.
f) Avaliação da aprendizagem
96
Verificação Única (prova escrita presencial) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 30.ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
BRANDÃO, Adelino. Direito racial brasileiro: teoria e prática. São Paulo, 2002 / Juarez de Oliveira.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Constituicao/Constituicao.htm >.
BRASIL. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Gabinetes de gestão integrada em segurança pública: coletânea
2003 – 2009 / Secretaria Nacional de Segurança Pública; elaboração: Wilquerson Felizardo Sandes, João Bosco
Rodrigues, Eraldo Marques Viegas. – Brasília: Secretaria Nacional de Segurança Pública, 2009.
BRASIL. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Arquitetura Institucional do Sistema Único de Segurança
Pública. SENASP-MJ, 2004.
CUNHA, Sérgio Sérvulo da. Princípios constitucionais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
DI PIETRO, Marie Sylvia Zanella. Direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2001.
FABRETTI, Humberto Barrionuevo. Segurança Pública: fundamentos jurídicos para uma abordagem constitucional.
Atlas. 2013.
GARCIA, Emerson. Discricionariedade administrativa. Lumen Juris. 2. ed. Belo Horizonte: Arraes, 2013.
GOIÁS. Constituição (1989). Disponível em: <http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/
constituicoes/constituicao_1988.htm >.
GOMES, Fábio Bellote. Elementos de direito administrativo. Saraiva. 2014.
KUMPEL, Vitor Frederico. Teoria geral do direito. Saraiva. 2009. (Coleção os 10 +)
LENZA, Pedro. Direito constitucional. Saraiva. 2015.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo. 5. ed. SARAIVA. 2015.
SCATOLINO, Gustavo. Direito administrativo objetivo: teoria e questões. Alumnus. 2015.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 2004. 900 p.
VITTA, Heraldo Garcia. Soberania do Estado e poder de polícia. Malheiros. 2011. (Coleção temas de direito
administrativo)

2.6.27 Ementa da disciplina: SISTEMAS INFORMATIZADOS DA PMGO


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ser graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser no mínimo multiplicador do Procedimento Operacional Padrão - POP.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública;
Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II;
Todas as disciplinas relativas a policiamento.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
97
a) Contextualização

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar e produzir conhecimentos sobre a criminalidade, por meio do uso eficiente e eficaz de
informações policiais, extraídas de bases de dados dos sistemas operacionais, disponíveis na área de defesa
social;
- despertar a importância da integração dos dados, produzidos nas várias instituições que formam o
sistema de defesa social (polícias, ministério público, poder judiciário, sistema carcerário, dentre outros),
como forma de otimizar as ações policiais e o controle e redução das taxas de criminalidade.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- utilizar os sistemas informatizados de apoio às atividades de segurança pública, bem como os
voltados ao planejamento preventivo e de combate à violência criminal, em especial os adotados pela
PMGO;
- fortalecer atitudes para:
- utilizar os sistemas informatizados de apoio às atividades de segurança pública de forma ética e
voltada para os interesses da Corporação.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definida em
lei;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais.

d) Conteúdos
UD I – ATIVANDO O CADASTRO NOS SISTEMAS DA SSP;
UD II – SISTEMA DE CONSULTA A ANTECEDENTES CRIMINAIS, CARÁTER GERAL E
OUTROS DADOS (MPORTAL);

98
UD III - REGISTRO DE ATENDIMENTO INTEGRADO (RAI);
UD IV – USO DE MEIOS ELETRONICOS: TABLETS (K9), CELULARES E APLICATIVOS
PARA O ATENDIMENTO E CONSULTA DE DADOS;
UD V – POP 117 USO DO DISPOSITIVO MÓVEL ELETRÔNICO OU DE COMUNICAÇÃO
DA VIATURA OPERACIONAL;
UD VI – SISTEMA INTEGRADO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO (SICAD);
UD VII – SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÃO (SEI).
e) Instruções metodológicas
- Utilizar exemplos práticos da rotina do profissional que irão contribuir para demonstrar a
necessidade do uso da ferramenta no trabalho de prevenção e controle da violência;
- Aplicar aulas práticas em laboratório de informática, com conexão à internet;
- Executar aulas práticas direcionadas ao registro de proatividade e consulta via tablet ou smartfone;
f) Avaliação da aprendizagem
A mensuração do grau de assimilação do conteúdo teórico-prático se dará através de avaliações
práticas.
g) Referências Bibliográficas
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014. 370p.

2.6.28 Ementa da disciplina: TÉCNICA POLICIAL MILITAR I


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 60 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:

99
Titulação mínima: Ter no mínimo cinco anos de formação;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser no mínimo multiplicador do Procedimento Operacional Padrão - POP.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública;
Defesa Pessoal Policial e Uso Seletivo da Força;
Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II;
Técnica Policial Militar II;
Uso Seletivo da Força;
Todas as disciplinas relativas a policiamento.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
No estágio atual de desenvolvimento das empresas, especificamente com o advento dos programas
de qualidade, nos quais, passamos a ter um norteamento das ações no sentido da gestão qualitativa dos
recursos humanos, materiais e financeiro. Tudo isto, com o foco no cliente, objetivando uma prestação de
serviço, que atenda os anseios do público que consome determinado bem ou serviço.
Na esteira desta evolução do comportamento empresarial, o poder público, voltou os olhos para esta
cultura, absorvendo esta ideia e a implementando-a na execução de seus serviços.
Sendo assim, nasceu dentro do Estado, um Programa de Qualidade, o qual dentro da Polícia Militar
do Estado de Goiás efetiva-se através do Procedimento Operacional Padrão - POP, o qual visa à
uniformização de procedimentos e a correção de atitudes, com o objetivo de uma prestação qualitativamente
melhor do serviço de segurança pública.
Neste contexto se torna necessária a busca de conhecimentos holísticos de forma
compartimentalizada, para que o discente possa desempenhar suas atividades de policiamento ostensivo, de
forma segura e eficiente.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar os conceitos, os princípios e os aspectos doutrinários do Procedimento Operacional
Padrão - POP relativos ao Policiamento Ostensivo Geral.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- desempenhar sua função operacional de acordo com o Procedimento Operacional Padrão – POP e as
teorias de Polícia Ostensiva.
- fortalecer atitudes para:
- exercer a sua atividade de Polícia Ostensiva, tendo como foco o Procedimento Operacional Padrão –
POP, através de uma conduta compatível com a ética e os valores institucionais, visando à melhoria da
imagem de nossa Corporação.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete à Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

100
– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à


ordem pública e pânico a esta pertinente;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO
PROTACO
POP 101 EQUIPAMENTOS DE USO INDIVIDUAL – EUI
101.01 Montagem do cinto de guarnição
101.02 Aprestamento operacional
POP 102 EQUIPAMENTOS DE VIATURA
102.01 Equipamentos de viatura
POP 110 PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO
110.01 Passagem de serviço motorizado
POP 111 ATENDIMENTO TELEFÔNICO DE EMERGÊNCIA VIA CELULAR FUNCIONAL DA
VIATURA OPERACIONAL
111.01 Atendimento telefônico de emergência via celular funcional da viatura operacional
POP 113 BUSCA E IDENTIFICAÇÃO VEICULAR
113.01 Busca e identificação veicular
POP 114 AVERIGUAÇÃO DE DROGA ILEGAL
114.01 Localização e apreensão de droga ilegal
POP 115 GERENCIAMENTO DE RISCO PARA INTERVENÇÃO POLICIAL MILITAR
115.01 Gerenciamento de risco para intervenção policial militar
POP 201 PONTO DE ESTACIONAMENTO DA VIATURA
201.01 Manobra de estacionamento
201.02 Permanência no ponto de estacionamento
101
POP 202 DESLOCAMENTO DE VIATURA EM PATRULHAMENTO
202.01 Procedimentos preliminares
202.02 Composição da guarnição
202.03 Patrulhamento
POP 203 ABORDAGEM A PESSOA(S) EM ATITUDE(S) SUSPEITA(S)
203.01 Conhecimento da ocorrência
203.02 Deslocamento para o local da ocorrência (em viatura)
203.03 Chegada ao local da ocorrência (em viatura)
203.04 Localização da(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s)
203.05 Abordagem a pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s)
203.06 Busca pessoal
POP 204 ABORDAGEM A PESSOAS INFRATORAS DA LEI
204.01 Abordagem a pessoas infratoras da lei
204.02 Apresentação da ocorrência na repartição pública competente
POP 205 ABORDAGEM A VEÍCULO SOB FUNDADA SUSPEITA
205.01 Abordagem a automóvel ou similar sob fundada suspeita com 02 (dois) policiais militares com 01
(uma) viatura
205.02 Abordagem a automóvel ou similar sob fundada suspeita com 03 (três) policiais militares e 01 (uma)
viatura
205.03 Abordagem a motocicleta ou similar sob fundada suspeita com 02 (dois) policiais militares e 01
(uma) viatura
205.04 Abordagem a veículo de passageiros sob fundada suspeita
205.05 Abordagem a caminhão sob fundada suspeita
POP 206 ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATORES DA LEI
206.01 Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei
206.02 Condução dos infratores da lei à repartição pública competente
POP 207 PATRULHAMENTO MOTOCICLÍSTICO
207.01 Abordagem a automóvel com 02 (duas) motocicletas
207.02 Abordagem a automóvel com 03 (três) motocicletas
207.03 Abordagem a motocicleta ou similar com 02 (duas) motocicletas
207.04 Abordagem a motocicleta ou similar com 03 (três) motocicletas
207.05 Abordagem a automóvel com 01 (uma) motocicleta
207.06 Abordagem a motocicleta ou similar com 01 (uma) motocicleta
207.07 Ponto de estacionamento e patrulhamento para motocicletas
POP 208 ABORDAGEM ESTÁTICA
208.01 Abordagem estática
POP 209 BLOQUEIO EM VIA PÚBLICA
209.01 Planejamento do bloqueio
209.02 Montagem do bloqueio
209.03 Comando do bloqueio
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
e) Instruções metodológicas
- Exibir vídeos seguidos da técnica de debate cruzado;
- Aplicar as técnicas de estudo de caso e resolução de problemas com base no conteúdo proposto;
- Ministrar aulas teóricas e práticas, conforme o conteúdo a ser trabalhado.
f) Avaliação da aprendizagem
1ª Verificação Complementar (avaliação escrita) – todo conteúdo teórico;
Verificação Final (avaliação prática) – conteúdo: 205.01, 205.02, 205.03, 206.01, 208 e 209.
g) Referências Bibliográficas
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.

102
2.6.29 Ementa da disciplina: TÉCNICA POLICAL MILITAR II
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 30 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ter no mínimo cinco anos de formação;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser no mínimo multiplicador do Procedimento Operacional Padrão - POP.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública;
Defesa Pessoal Policial e Uso Seletivo da Força;
Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II;
Técnica Policial Militar I;
Uso Seletivo da Força;
Todas as disciplinas relativas a policiamento.

2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
No estágio atual de desenvolvimento das empresas, especificamente com o advento dos programas
de qualidade, nos quais, passamos a ter um norteamento das ações no sentido da gestão qualitativa dos
recursos humanos, materiais e financeiro. Tudo isto, com o foco no cliente, objetivando uma prestação de
serviço, que atenda os anseios do público que consome determinado bem ou serviço.
Na esteira desta evolução do comportamento empresarial, o poder público, voltou os olhos para esta
cultura, absorvendo esta ideia e a implementando-a na execução de seus serviços.
Sendo assim, nasceu dentro do Estado, um Programa de Qualidade, o qual dentro da Polícia Militar
do Estado de Goiás efetiva-se através do Procedimento Operacional Padrão (POP), o qual visa à
uniformização de procedimentos e a correção de atitudes, com o objetivo de uma prestação qualitativamente
melhor do serviço de segurança pública.
Neste contexto, de uma forma compartimentalizada temos a disciplina de Policiamento Geral, dentro
da qual se busca dar conhecimentos holísticos ao discente, para que o mesmo possa desempenhar suas
atividades de policiamento ostensivo, de forma segura e eficiente.

b) Objetivos gerais da disciplina


Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar os conceitos, os princípios e os aspectos doutrinários do Procedimento Operacional
Padrão (POP) relativos ao Policiamento Ostensivo Geral.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- desempenhar sua função operacional de acordo com o Procedimento Operacional Padrão (POP) e as
teorias de Polícia Ostensiva.
- fortalecer atitudes para:
- exercer a sua atividade de Polícia Ostensiva, tendo como foco o Procedimento Operacional Padrão
(POP) através de uma conduta compatível com a ética e os valores institucionais, visando à melhoria da
imagem de nossa Corporação.

103
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a instalação ou funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação de risco relativos
à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar o policiamento ostensivo ambiental;

– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;

– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse


policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

– Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à


ordem pública e pânico a esta pertinente;

– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

– Executar o cumprimento das ordens judiciais;

– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;

– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência;

– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO
POP 112 PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME
112.01 Avaliação, isolamento e preservação do local de crime
112.02 Término da preservação do local de crime e registro da ocorrência
POP 211 POLICIAMENTO OSTENSIVO A PÉ
211.01 Distribuição do policiamento
104
211.02 Fiscalização do policiamento
211.03 Patrulhamento a pé
POP 212 POLICIAMENTO EM EVENTOS
212.01 Planejamento do policiamento em eventos
212.01 Policiamento em eventos
212.03 Escolta para eventos
212.04 Escolta de torcedores organizados
POP 301 VIAS DE FATO
301.01 Atendimento de ocorrência de vias de fato
POP 302 PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO PÚBLICO
302.01 Atendimento da ocorrência de perturbação do sossego público
POP 303 OCORRÊNCIA DE DANO
303.01 Atendimento da ocorrência de dano
POP 304 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE
304.01 Identificação do nível funcional da autoridade
POP 305 ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA EM HORÁRIO DE FOLGA
305.01 Ação do policial militar de folga
POP 306 MORTE DE POLICIAL MILITAR
306.01 Atendimento da ocorrência de morte de policial militar
POP 307 BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR
307.01 Busca e apreensão domiciliar
POP 308 VEÍCULO LOCALIZADO
308.01 Atendimento de ocorrência de veículo localizado
POP 401 OCORRÊNCIA OCASIONAL DE ALTO RISCO
401.01 Atendimento de ocorrência ocasional de alto risco
POP 402 ALARME DISPARADO EM EDIFICAÇÕES
402.01 Atendimento de ocorrência de alarme disparado em edificações
POP 403 ROUBO A BANCO OU SIMILARES
403.01 Constatação da ocorrência de roubo a banco ou similares
POP 404 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO ARTEFATOS EXPLOSIVOS
404.01 Atendimento de ocorrência envolvendo artefatos explosivos
POP 405 ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO
405.01 Acompanhamento e cerco a veículo
POP 406 REINTEGRAÇÃO DE POSSE
406.01 Apoio ao cumprimento do mandado judicial de reintegração de posse
POP 502 TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL MILITAR
502.01 Verificação da documentação e do preso policial militar
502.02 Embarque do preso policial militar
502.03 Transporte e escolta do preso policial militar
502.04 Chegada ao local e desembarque do preso policial militar
502.05 Apresentação do preso policial militar em juízo
502.06 Transporte e escolta do preso policial militar para a unidade de saúde
502.07 Escolta de preso policial militar em velório
502.08 Transporte e escolta do preso policial militar a cartório, estabelecimento financeiro ou de atendimento
de serviço público
502.09 Transporte e escolta de preso policial militar em aeronave civil
POP 503 OCORRÊNCIA COM APOIO DA CAVALARIA
503.01 Acionamento da tropa montada
POP 505 OCORRÊNCIA COM APOIO DO GRAER
505.01 Acionamento da Guarnição de Radiopatrulha Aérea - GRA
505.02 Normas para policial militar passageiro do helicóptero
POP 506 INTERVENÇÃO EM LOCAL DE CRISE
506.01 Ações do primeiro interventor em local de crise
POP 507 OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO CANINO
507.01 Acionamento da guarnição de policiamento canino
POP 508 TRANSPORTE E ESCOLTA ARMADA DE ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI
508.01 Verificação da documentação e do adolescente em conflito com a lei
105
508.02 Embarque do adolescente em conflito com a lei
508.03 Transporte e escolta do adolescente em conflito com a lei
508.04 Chegada ao local e desembarque do adolescente em conflito com a lei
508.05 Apresentação do adolescente em conflito com a lei em juízo
508.06 Transporte e escolta do adolescente em conflito com a lei para a unidade de saúde
508.07 Escolta de adolescente em conflito com a lei em velório
508.08 Transporte e escolta do adolescente em conflito com a lei a cartório, estabelecimento financeiro ou de
atendimento de serviço público
508.09 Transporte e escolta de adolescente em conflito com a lei em aeronave civil
e) Instruções metodológicas
- Exibir filmes seguidos da técnica de debate cruzado;
- Aplicar as técnicas de estudo de caso e resolução de problemas com base no conteúdo proposto.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.

2.6.30 Ementa da disciplina: TÉCNICAS ESPECIAIS DE DIREÇÃO POLICIAL


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 25 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Ter no mínimo dois anos de formação;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Possuir o Curso de Professor de Direção Defensiva da PMGO.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II;
Técnica Policial Militar I e II.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
A atividade básica do serviço operacional é o patrulhamento motorizado, sendo essencial um policial
treinado e preparado com técnicas especiais de direção veicular para a condução de viaturas policiais, pois
além de condutor, é um policial com inúmeras atribuições.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- conhecer a manutenção básica e os problemas mais comuns dos veículos empregados na atividade
operacional na PMGO;
- conhecer um breve histórico, as definições, classificações, características e propriedades das
principais peças do motor de um veículo;
- definir direção veicular, convívio social no trânsito e o meio ambiente;
- reconhecer de forma consciente o veículo oficial como instrumento de trabalho.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- aperfeiçoar as técnicas de condução de veículos policiais e transportes de passageiros;
- conduzir viatura policial de emprego na PMGO adequadamente no caso de eventualidades, sabendo
tomar iniciativas quando houver necessidade;
- possibilitar a compreensão do funcionamento de todo mecanismo da viatura em uso na Corporação.
- fortalecer atitudes para:
106
- Valorizar as formas de respeito ao meio ambiente e ao convívio social;
- Desenvolver atitudes psicossociais positivas quanto ao desenvolvendo da função de motorista.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem pública;

– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

– Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da atividade fim;

– Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de competência.

d) Conteúdos
UD I - CONCEITUAL
1) Breve histórico, as definições, classificações, características e propriedades das principais peças do
motor de um veículo;
2) Direção veicular, sua definição e as formas de respeito ao meio ambiente e ao convívio social;
3) Aplicação dos conceitos de segurança aplicada durante o treinamento, assim como adaptação ao
comportamento preventivo;
4) Noções básicas de mecânica e manutenção básica dos veículos empregados na atividade fim na
PMGO;
5) Utilização consciente do veículo, conhecimento de manobras de condução, de segurança e
deslocamento em comboio.
UD II - PROCEDIMENTAL
1) Direção Veicular: Condições adversas de: Luz, tempo, via, trânsito, veículo (manutenção veicular), física e
mental, acidente evitável e não evitável: método básico de prevenção de acidente, colisões e atropelamentos
e uso do cinto de segurança;
2) Condução de veículos policiais e/ou transportes de passageiros;
3) Condução adequada e correta no caso de eventualidades, sabendo tomar iniciativas quando houver
necessidade.
UD III - ATITUDINAL
1) As formas de respeito ao meio ambiente e ao convívio social.
UD IV - CONDUTORES DE VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA – Atividade EaD
1) Legislação de trânsito e respeito ao meio ambiente;
2) Direção defensiva;
3) Noções de primeiros socorros;
4) Relacionamento interpessoal e convívio social no trânsito.
e) Instruções metodológicas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina com dois instrutores:
A instrução de direção veicular requer os seguintes conhecimentos teóricos e práticos do docente:
conceitos, normas, legislação pertinente ao assunto, entre outros, conhecimento “técnico” e “mecânico” dos
veículos utilizados pela PMGO e no dia-a-dia dos condutores. A participação de quatro docentes justifica-se

107
uma vez que os alunos realizam diversas manobras em pista e cada um deles é avaliado em 10 (dez) itens. Os
alunos são divididos em três grupos: enquanto dois grupos ficam na pista (cada grupo com um docente e com
uma viatura) o outro grupo tem aulas práticas de mecânica básica de manutenção. Lembrando o risco da
atividade, o que requer segurança durante a execução da atividade prática. A dinâmica com quatro docentes
envolve o grupo de alunos estimado para uma turma
Coordenar as matrículas no curso “Condutor de Veículos de Emergência”, bem como sua execução,
através de um cronograma que atenda as exigências contidas nos Ciclos de Ensino a Distância da SENASP.
Utilizar exemplos práticos da rotina do profissional, o que irão contribuir para demonstrar a
necessidade do uso de técnicas de direção policial;
Utilizar aulas teóricas e práticas e simulações;
Serão designados 4 (quatro) docentes para ministrarem a disciplina, sendo um responsável pela
instrução teórica e todos pelas instruções;
Para fins de remuneração o instrutor teórico prático fará jus ao quantitativo de 25 h/a e os instrutores
práticos 20 h/a.;
f) Avaliação da aprendizagem
A mensuração do grau de assimilação do conteúdo teórico-prático se dará através de avaliações
práticas.
g) Referências Bibliográficas
DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO (DENATRAN). Direção defensiva: trânsito seguro é um direito de
todos. Responsável pelo desenvolvimento dos conteúdos: Fundação Carlos Chagas. Brasília, DF, 2005 Centro Estadual
de Educação Tecnológica Paula Sousa. Curso de Habilidade Básica e Gestão. Nível intermediário. Programa de
qualificação e de requalificação profissional. São Paulo: CEETPS, 1997. < http://www.vias-
seguras.com/documentacao/arquivos/denatran_manual_de_direcao_defensiva_maio_2005>
DETRAN-DF. Manual do Condutor. Brasília, 2000.
<http://www.viasseguras.com/comportamentos/direcao_defensiva_manual_denatran>.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.
GOMES, Ordeli Savedra. Código de trânsito brasileiro comentado e legislação complementar. 10. ed. Curitiba:
Juruá, 2015.

2.6.31 Ementa da Disciplina de TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIAS


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 20 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Curso Superior;
Conhecimento e atuação na área da disciplina.
Ser bacharel em Direito.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Estágio Supervisionado de Prática Profissional I e II;
Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública;
Técnica Policial Militar I e II.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
A Lei nº 9.099/95 modificou as disposições processuais penais até então vigentes e estabeleceu um
novo sistema voltado para as infrações de menor potencial ofensivo. As contravenções e os crimes punidos
com pena máxima igual ou inferior a dois anos receberam novo tratamento. A instrução criminal passa a ser
orientada pelos critérios trazidos pela lei, a saber: da oralidade, da informalidade, da simplicidade, celeridade
e da economia processual. Para o rol de infrações abrangidas na definição de crime de menor potencial
ofensivo, como já foi dito, o legislador previu novo rito pré-processual, eis que dispensou a instauração do
vetusto inquérito policial em face do Termo Circunstanciado de Ocorrências (TCO), elaborado pela
autoridade policial. Concernente à autoridade policial com atribuição para lavrar o TCO, muito se discutiu,
academicamente, sobre, se a expressão compreendia apenas o delegado de polícia, ou também outros
membros dos órgãos encarregados da segurança pública. Em que pese o assunto ainda não estar pacificado
doutrinariamente, há corrente dominante que admite a lavratura do TCO por policiais militares, posto que
108
acolhida por inúmeros processualistas pátrios. Entre alguns dos argumentos que fundam esta posição, o fato
de que a Carta Magna não atribuiu exclusividade às polícias estaduais civis na apuração das infrações penais,
bem como a concepção de o ato de lavrar o TCO não constituir ato de polícia judiciária, mas sim ato
administrativo. Portanto, comentados os argumentos jurídicos contrários, contrapondo-os ao que se verifica
na realidade, analisando sua procedência ou improcedência, são enumerados e analisados os argumentos
práticos favoráveis e desfavoráveis na atuação da Polícia Militar nesta nova atribuição, partindo do
pressuposto da legal possibilidade jurídica de lavrar o TCO.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar as funções pertinentes ao encarregado da lavratura do TCO;
- identificar às variáveis legais inerentes a lavratura do TCO.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- lavrar o TCO.
- fortalecer atitudes para:
- lavrar o TCO dentro de uma conduta ética, pautada pela importância destes processos investigatórios.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;
– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;
– Executar o policiamento ostensivo ambiental;
– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim definidas em
lei;
– Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;
– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;
– Executar o cumprimento das ordens judiciais.
d) Conteúdos
UD I – CONCEITOS CONTEMPORÂNEOS RELEVANTES PARA ATUAÇÃO POLICIAL
UD II – JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS
UD III – INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
UD IV – PADRÕES DE PROCEDIMENTOS POLICIAIS NA LAVRATURA DO TERMO
CIRCUNSTANCIADO
UD V – LAVRATURA DO TERMO CIRCUNSTANCIADO
e) Instruções metodológicas
- Aplicar aulas expositivas sobre cada peça que compõe o TCO;
- Coordenar a elaboração do Termo Circunstanciado.
f) Avaliação da aprendizagem
A verificação da aprendizagem será aplicada em duas fases: confecção de Termos Circunstanciados de
Ocorrências; e uma avaliação teórica (prova escrita presencial) que contemple todos os aspectos abordados
na disciplina. A cada fase será atribuída a nota de 0 a 5,0 pontos.
g) Referências Bibliográficas
ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Direito penal do trabalho. Saraiva. 2014.
109
ARANHA FILHO, Adalberto Jose Queiroz Telles de Camargo. Direito penal: crimes contra a pessoa- arts. 121-154. 3.
ed. Atlas, 2009.
BARRO, Alberto Jorge Correia de. Direito penal constitucional: a imposição dos princípios constitucionais penais.
Saraiva. 2014.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte Especial. v.2. Saraiva. 2014.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte Especial. v. 3. Saraiva. 2014.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte Especial. v. 4. Saraiva. 2014.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte Especial. v. 5. Saraiva. 2014.
BRASIL. Código de processo penal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>.
BRASIL. Código penal. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm>.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm>
BRASIL. Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm >.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. HC 7199/PR. Relator Min. Vicente Leal. Disponível no DJ de 28 de set de
1998. < http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/484493/habeas-corpus-hc-7199-pr-1998-0019625-0>.
BRITO, Alex Couto de. Processo Penal Brasileiro. Atlas
BRITO, Auriney. Direito penal informático. Saraiva. 2013.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: legislação penal especial. 4 vol. Saraiva. 2014.
CRES, Marcelo Xavier de Freitas. Crimes digitais. Saraiva. 2011.
CHOUKR, Fauzin Hassan. Código de processo penal. São Paulo: Saraiva.
DELMAS-MARTY, Mireille. A imprecisão do direito: do código penal aos direitos humanos. São Paulo: Manole,
2005.
FELDENS, Luciano. Direitos fundamentais e direito penal. Livraria do Advogado.
FELSON, Marcus & CLARKE, Ronald V. Opportunity makes the thief: practical theory for crime prevention.
Police research series, paper 98. Home Office. London. Research, Development and Statistics Directorate, 1998, 36 p.
<http://www.popcenter.org/library/reading/pdfs/thief.pdf>.
FREITAS, V. P.; FREITAS, G. P. Crimes contra a natureza. Revista dos Tribunais. 2012.
GOIAS. Constituição (1989). Disponível em:
<http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/constituicoes/constituicao_1988.htm>.
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios; REIS, Alexandre Cebrian Araujo; LENZA, Pedro. Direito processual penal
esquematizado.
GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte especial. v. 4. Impetus. 2015.
GRECO, Rogerio. Curso de Direito Penal: parte geral. Impetus. vol. I.
JESUS, Damásio E. de. Código penal anotado. 22 ed. São Paulo: Saraiva, 2014. 1187 p. Disponível em:
<http://pt.slideshare.net/janecesca1/cdigo-penal-anotado-damsio-de-jesus-22-edio-2014>.
LANA, Cacero Marcos Lima. Direito penal 2. SOS 14. Saraiva. 2013.
LOPES JR, Aury. Direito processual penal. 12. ed. Saraiva, 2015.
MAGNO, Levy. SOS Processo Penal. Saraiva, 2009. v. 22.(Coleção SOS).
MARCÃO, Renato Flávio. Tóxicos: lei n. 11.343 de 23 de agosto de 2006, lei de drogas, anotada e interpretada. 10. Ed.
Saraiva, 2015.
MASISNI NETO, Ameleto. Direito penal. v. 4. (Coleção Os 10 +).
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal.
PEREIRA, Frederico Valdez. Iniciativa probatória de ofício e o direito ao juiz imparcial no processo penal. Livraria
Advogado, 2014.
RANGEL, Paulo. Direito processual penal. 12. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 2007.
SANCTIS, Fausto Martin de. Responsabilidade penal das corporações e criminalidade moderna. Saraiva, 2009.
SCALQUETTE, R. A. Direito processual penal. Atlas, 2010.
SCALQUETTE, Rodrigo Arnoni. Direito penal: parte geral. v. 5. Atlas. 2010.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de processo penal. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
WENMANN, Amadeu de Almeida. Princípios de direito penal. Livraria do Advogado.
ZAFFARONI. Em busca das penas perdidas: a perda da legitimidade do sistema penal. Revan. 2001.

110
2.6.32 Ementa da Disciplina de TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 80 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Pós-Graduado;
Conhecimento e atuação na área da disciplina.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Metodologia aplicada a Segurança Pública.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
A globalização e os avanços das tecnologias da informação e da comunicação causam a necessidade
de repensar, dentre tantos outros aspectos, os processos de Segurança Pública utilizando métodos científicos.
Assim, desenvolver o problema de pesquisa elaborado no decorrer da disciplina em Metodologia da Pesquisa
Científica Aplicada a Segurança Pública, permitirá ao operador de segurança o contato com os textos, dados,
informações entre outras fontes científicas para desenvolvimento do seu artigo. Para tal o TCC será
elaborado sob a orientação de um docente do PPGE da PMGO e apoio do Núcleo de Pesquisa relacionado à
linha e tema previamente delimitados.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- avaliar o cotidiano policial cientificamente;

111
- investigar soluções de demandas institucionais;
- pesquisar questões impactam a segurança pública;
- compreender a necessidade de produzir pesquisa e documentos científicos com clareza, objetividade
e concisão;
- reconhecer cada etapa para o desenvolvimento do artigo científico;
- interpretar as normas para a comunicação científica;
- compreender o problema de estudo.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- realizar pesquisa de campo;
- coletar dados de pesquisa;
- analisar dados coletados na pesquisa;
- redigir redação científica com cessão, coerência e precisão;
- elaborar artigo científico.
- fortalecer atitudes para:
- desenvolver a pesquisa científica respeitando a bioética e direitos autorais;
- aplicar o conhecimento científico de forma responsável, refletida e consciente.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de responsabilidade;
– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações administrativas de interesse
policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;
– Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a instrumentar o exercício
da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;
– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;
– Prestar ao público serviços de qualidade elevada, destinados a manter a segurança, a paz e a ordem
na comunidade, através de ações empreendedoras e integradas junto à sociedade;
– Identificar os problemas setorizados de crime e de desordem e verificar as suas causas, para
assegurar uma intervenção rápida nos incidentes, principalmente onde há perigo de vida;
– Ter comprometimento ético e moral para desenvolver suas ações visando aplicação dos direitos
humanos, frente às necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania.
– Desenvolver comportamento profissional que estabeleça a confiança e o respeito ao público, através
da adoção de normas profissionais, éticas e morais, que assegurem a imparcialidade na aplicação das leis;
– Liderar de forma plena e positiva o público interno e externo, na esfera de sua competência, para o
fiel cumprimento de suas atividades;
– Compreender os diversos assuntos humanísticos e sociais para o desenvolvimento do
autoconhecimento de suas capacidades técnica, cognitiva, emocional e de inter-relações com o objetivo de
favorecer o desempenho de suas atribuições na resolução dos problemas sociais de forma pacífica e na
aplicação da lei dentro dos parâmetros aceitáveis.
d) Instruções Metodológicas:
1 – ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
Para elaboração do TCC serão observadas as seguintes diretrizes:
a) Os alunos receberão as instruções para a elaboração do TCC por meio das aulas de disciplina de
Metodologia Científica, que informará as linhas de pesquisa existentes e adequadas ao desenvolvimento de
cada pesquisa;
b) As Linhas de Pesquisa e os Núcleos de Pesquisa disponíveis na Seção de Pós-Graduação e
Extensão serão apresentados aos alunos pelo professor de Metodologia;
c) Durante a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, o aluno receberá suporte de
referencial teórico e metodológico de um professor vinculado ao Núcleo de Pesquisa, que poderá ser

112
indicação do professor de Metodologia, e, caso o professor indicado não tenha os requisitos para tal
orientação, o Coordenador da Pós-Graduação apresentará outro orientador para o aluno.
e) Avaliação da aprendizagem
1ª Verificação: Conforme o Formulário da 1ª Avaliação;
2ª Verificação ou Verificação Final: Conforme o Formulário da 2ª Avaliação.
g) Referências Bibliográficas
BOOTH, Wayne C. A arte da pesquisa. São Paulo, SP: Martins Fontes.
CANO, Ignácio. Introdução à avaliação de programas sociais. Rio de Janeiro, RJ: FGV.
CORDEIRO, Darcy. Ciência, pesquisa e trabalho científico: Uma abordagem metodológica. Goiânia, Go: UCG.
CRUZ, Aparecida Gimenes da. Pesquisa em educação. São Paulo, SP: Pearson education.
FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre, RS: Artmed.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas.
GOIÁS. POLÍCIA MILITAR. Regimento de Ensino da Polícia Militar de Goiás. Goiânia, 31 de maio de 2017.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia cientifica. 6. ed. São Paulo: Atlas.
POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. São Paulo, SP: Cultrix.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo, SP: Atlas.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo, SP: Atlas.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo, SP: Martins Fontes.
SEVERINO, Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, SP: Cortez.
TRIVINUS, Augusto N. S. Introdução pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo, SP:
Atlas.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.

2.6.33 Ementa da disciplina: TREINAMENTO DE PRONTA REAÇÃO


1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 25 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: Possuir curso de unidades especializadas em que foram ministradas instruções de
disciplinas de natureza tática e pronta reação;
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser preferencialmente multiplicador do Procedimento Operacional Padrão (POP).
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Defesa Pessoal e Uso Seletivo da Força;
Técnica Policial Militar I e II;
Uso Seletivo da Força.
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
O emprego de pronta reação da polícia para ocorrências de gravidade é uma tendência mundial que
abrange todos os países. Os anos 70 foram um marco no emprego dessas frações e eventos trágicos
expuseram ao Mundo o despreparo dos organismos policiais para lidar com situações cruciais não rotineiras.
Dessa forma, na atualidade, nenhuma organização policial pode prescindir da especialização e treinamento
para pronta reação, de parcela de seu efetivo, sob pena de envolver-se em situações com soluções
inaceitáveis e que denigrem a imagem da polícia e de seus integrantes.
b) Objetivos gerais da disciplina
113
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar os aspectos técnicos que envolvem o emprego de uma tropa para a pronta reação;
- identificar as normas estabelecidas pelo Procedimento Operacional Padrão – POP da PMGO, para
minimizar erros e falhas durante a execução da atividade profissional;
- saber respeitar as orientações técnicas de progressões, formações e de transposição de obstáculos,
etc.
- identificar e dominar visualmente um determinado ambiente ou local, a fim de manter seu controle,
quando a observação direta não é suficiente ou é uma situação considerada de risco.
- identificar o escalonamento do uso da força a partir de procedimentos, técnicas, táticas
proporcionando ao profissional de segurança pública a tomada de postura adequada e proporcional à
resistência e/ou a agressão injusta recebida.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- ações de proteção individual e da equipe durante o desempenho da missão;
- executar os fundamentos e técnicas de progressões;
- deslocamentos nos diversos e variados fatores físicos da área de atuação, observando as condições do
terreno, tamanho, planificado, desfiladeiro, pontos e vias de fugas, etc.
- cumprir suas missões, demonstrando versatilidade e flexibilidade de emprego quanto à pronta reação,
adaptabilidade a quaisquer situações climáticas, terreno e fluviais.
- fortalecer atitudes para:
- reconhecer a importância de um comportamento ético e seguro durante as instruções;
- priorizar a preservação da vida atuando de forma segura e de acordo com os princípios legais;
- reconhecer o seu papel na sociedade, atuando dentro das previsões legais, e aplicando a força
estritamente necessária para a contenção da resistência e/ou da agressão recebida.

c) Vínculo com o perfil profissiográfico


Compete ao Praça Policial Militar:
- executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
- executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
- executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

- executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

- executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

- executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

- executar o policiamento ostensivo ambiental;

- fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

- executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

- executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;

114
- executar o cumprimento das ordens judiciais.

d) Conteúdos
- Postura Tática;
- Posições com armamento curto e longo: sul, pronto retido, pronto retido lateral, pronto baixo e
pronto (terceiro olho);
- Níveis de Alerta;
- AVOT (Acuidade Visual, Olfativa e Tátil);
- Conceitos Táticos;
- Deslocamento/progressão: rastejo, engatinhando, agachado, silhueta reduzida, em pé, correndo em
ziguezague (individual e em dupla);
- Transposição de obstáculos: muro, marquises, telhados, ascensão vertical, transposição de curso
d’agua;
- Comandos por voz e por gestos;
- Varreduras diurnas e varreduras noturnas com uso de lanternas;
- Táticas e Técnicas em duplas;
- Patrulha em ambiente com vegetação.
e) Instruções metodológicas
Aulas expositivas e práticas com utilização durante os treinamentos de todos os Equipamentos de Uso
Individual (armamento curto e longo, espelho, cordas, etc.) e viaturas;
Nas aulas de campo, os alunos deverão realizar todos os procedimentos e condutas táticas, onde o
instrutor deverá utilizar de demonstração e quando da execução primar pela segurança;
f) Avaliação da aprendizagem
A avaliação será prática e deverá ser registrada em súmulas propostas pelos instrutores e
previamente aprovada pelo CAPM.
g) Referências Bibliográficas
Exército Brasileiro – IP 31-17, Instruções Provisórias – Operações Urbanas de Defesa Interna – 1ª Ed., 1969.
_____ - C 7-5, Manual de Campanha – Exercícios para a Infantaria – 1ª Ed., 1980.
_____ - C 3-5, Manual de Campanha – Operações Químicas, Biológicas e Nucleares – 1ª Ed., 1987.
<http://www.cdoutex.eb.mil.br/index.php/2013-10-27-00-11-5/category/13-defesa-contra-os-ataques-qbn>.
_____ - C 22-5, Manual de Campanha – Ordem Unida – 3ª Ed., 2000.
_____ - C 105-5, Manual de Campanha – Exercícios Táticos – 1ª Ed., 1992.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.

2.6.34 Ementa da disciplina: USO SELETIVO DA FORÇA

1 CABEÇALHO
1.1 Carga horária: 80 horas aulas
1.2 Pré-requisitos do corpo docente para ministrar a disciplina:
Titulação mínima: possuir o Curso de Instrutor de Tiro (CIT);
Conhecimento e atuação na área da disciplina;
Ser preferencialmente multiplicador do Procedimento Operacional Padrão (POP);
Possuir o curso de “Uso Diferenciado da Força” da Rede de Ensino a Distância – EaD da SENASP.
1.3 Inter-relacionamento disciplinar:
Defesa Pessoal Policial e Uso Seletivo da Força;
Uso Seletivo da Força;
Técnica Policial Militar I e II;
Treinamento de Pronta Reação.

115
2. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
a) Contextualização
A disciplina surge da necessidade emergente em dar suporte e embasamento à capacitação teórica e
prática dos profissionais da área de segurança pública considerando a exigência do contexto atual, a
observância dos princípios técnicos, éticos e legais no âmbito do Estado Democrático de Direito, ao mesmo
tempo em que procure resguardar a integridade física e moral desse profissional.
De acordo com os Princípios Básicos Sobre o Uso da Força e Arma de Fogo Pelos Funcionários
Responsáveis pela Aplicação da Lei os conteúdos desta Ementa devem ampliar o leque das alternativas ao
uso da força, incluindo a solução pacífica de conflitos, que possam:
- desenvolver a percepção do profissional de Segurança Pública diante do risco em potencial do
quadro apresentado;
- dar suportes técnicos e táticos (normas, processos, técnicas e atitudes) capazes de proporcionar o
aprofundamento da metodologia específica aplicada à disciplina, com o atendimento dos aspectos legais,
voltado, sobretudo a atividade fim.
Para tanto, se faz necessário que a disciplina trabalhe de forma transversal e interdisciplinar os
conteúdos específicos que oferecem subsídios técnicos para que o profissional da área de segurança pública
aja profissionalmente de maneira adequada no atendimento de ocorrências que exijam a aplicação da
proporcionalidade do uso da força. São eles: Excludente de criminalidade, dentre outras noções de direito
aplicáveis ao trabalho dos profissionais de Segurança Pública; Presença do profissional da área de Segurança
Pública; Verbalização; Técnicas de Submissão; Controles de Contato ou Controle de mãos livres; Táticas
Defensivas não letais e Tiro Policial Defensivo. Todas essas indispensáveis para aplicação do uso legal da
força.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar a legislação brasileira relativa sobre armamento e munições;
- analisar os conceitos relativos aos fundamentos e técnicas do Tiro Policial fundamental e dinâmico;
- analisar as peculiaridades dos aspectos legais que envolvem a excludente de ilicitude, o abuso de
autoridade e a desobediência;
- identificar o escalonamento do uso da força a partir de procedimentos, técnicas, táticas
proporcionando ao profissional de segurança pública a tomada de postura adequada e proporcional à
resistência e/ou a agressão injusta recebida;
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- executar os fundamentos e técnicas do Tiro Policial fundamental e dinâmico.
- fortalecer atitudes para:
- reconhecer a importância de um comportamento ético e seguro durante as instruções e quando do
porte individual da arma de fogo;
- priorizar a preservação da vida atuando de forma segura e de acordo com os princípios legais;
- reconhecer o seu papel na sociedade, atuando dentro das previsões legais, e aplicando a força
estritamente necessária para a contenção da resistência e/ou da agressão recebida.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete à Praça Policial Militar:
- executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
- executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir ou neutralizar
os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
- executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações administrativas
definidas em lei;

- executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas onde se presuma
ser possível a perturbação da ordem pública;

116
- executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas onde ocorra a
perturbação da ordem pública;

- executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de outras ações
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

- executar o policiamento ostensivo ambiental;

- fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia Ostensiva, à ordem
pública e pânico a esta pertinente;

- executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa
humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;

- executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;

- executar o cumprimento das ordens judiciais;

- conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.

d) Conteúdos
UD I - CUIDADOS, NORMAS E PRECAUÇÕES COM ARMAS DE FOGO.
1) Normas e condutas de segurança com armas de fogo quando na instrução, em serviço e em
outras circunstâncias.
UD II - ARMAMENTO, EQUIPAMENTO E MUNIÇÕES.
1) Generalidades do armamento leve: calibre, raias, cheios, velocidade de tiro, alcance máximo,
alcance útil ou de utilização e cadência de tiro (teórica e prática).
2) Classificação:
a. Quanto ao porte.
b. Quanto ao emprego.
c. Quanto ao princípio de funcionamento.
3) Características e modelos dos equipamentos e acessórios utilizados no serviço convencional.
4) Principais armamentos utilizados na PMGO
a. Revolver cal. 38 (POP 107)
b. Pistola (POP 108)
c. Dispositivo Eletrônico de Controle (POP 106)
UD III – MUNIÇÕES E NOÇÕES DE BALÍSTICA
1) Munições
a. Componentes.
b. Tipos.
c. Propriedades.
d. Balística (interna, externa e terminal).
e. Proteções balísticas.
f. Poder de parada.
g. Noções de recarga.
UD IV – GENERALIDADES DO USO DA FORÇA
1) Princípios legais. (Excludente de criminalidade, desacato, tortura, danos morais, lesões corporais,
excesso e outros)
2) Aspectos legais e éticos do uso da força. (Legislação internacional, Estadual e nacional aplicáveis
ao uso da força: Princípios Básicos do Uso da Força e Arma de Fogo – ONU; Declaração Universal dos
Direitos Humanos;
3) Constituição Federal; Constituições Estaduais; Código Penal; Código de Processo Penal; Código
Tributário Nacional; Código de Conduta dos Profissionais dos órgãos de Segurança Pública)

117
UD V- FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO USO DA FORÇA PELOS PROFISSIONAIS DE
SEGURANÇA PÚBLICA.
1) Presença; Verbalização; Técnicas de Submissão; Controles de Contato ou Controle de mãos livres;
Táticas Defensivas não letais e Tiro Policial Defensivo).
2) Propostas de Modelos de Uso Diferenciado da Força (“FLETC”; “GIUESPIE”; “REMSBERG;
“CANADENSE”; “NASHVILE”; “PHOENIX”; Procedimento Operacional Padrão – POP/PMGO)
a. Análise comparativas dos Modelos do Uso da Força
b. Proposta de um Modelo Básico do Uso Progressivo a ser adotado pelos órgãos de
Segurança Pública.
3) Elementos do uso da força (Armas e equipamentos; Táticas de defesa; Restrições; Movimento e
Voz).
4) Tipos de Respostas do Uso da Força pelos profissionais de Segurança Pública. (Encontro
cooperativo; Encontro resistente; Resistente passivo; Resistente ativo; Agressivo).
UD VI – PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
POP 106 USO DO DISPOSITIVO ELETRÔNICO DE CONTROLE – DEC
106.01 Guarda, manutenção e cautela do DEC
106.02 Cautela e inspeção do DEC
106.03 Uso do DEC
POP 107 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CALIBRE .38 E 357
107.01 Inspeção do revólver
107.02 Limpeza do revólver
POP 108 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA
108.01 Inspeção da pistola
108.02 Limpeza da pistola
POP 109 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
109.01 Pessoa em atitude suspeita com as mãos livres e/ou objetos com baixa letalidade
109.02 Pessoa em atitude suspeita com instrumentos contundentes que representem risco em potencial
para o PM
109.03 Pessoa infratora da lei empunhando instrumento cortante/perfurante
109.04 Pessoa infratora da lei e/ou em atitude suspeita empunhando arma de fogo
109.05 Pessoa em atitude suspeita, com má visualização das mãos
109.06 Pessoa infratora da lei com arma de fogo na mão e de costas
109.07 Pessoa infratora da lei disparando arma de fogo de costas
109.08 Pessoa infratora da lei de frente ou de lado com arma de fogo em agressão atual ou iminente
109.09 Envolvendo crianças e idosos em situações diversas
109.10 Envolvendo pessoa infratora da lei disparando arma de fogo em local com presença de público
109.11 Envolvendo Policial Civil – PC, Policial Federal – PF, Policial Militar – PM, Militares das
Forças Armadas – FA e outros profissionais ligados a segurança pública ou privada
109.12 Pessoa infratora da lei, em situação de agressão, utilizando colete de proteção balística e arma
de fogo
109.13 Sequestrador (captor) armado ameaçando o sequestrado (refém)
109.14 Veículo em situação de fuga
109.15 Infratores da lei homiziados em edificações externas, corredores, janelas, esquinas e muros
UD VII - FUNDAMENTOS DO TIRO
1) Discorrer sobre a teoria do tiro fundamental no que se refere a empunhadura, acionamento do
gatilho, respiração, visada, postura e manejo.
2) Executar exercícios de tiro com munição de manejo (em seco).
UD VIII - EXERCÍCIO DE TIRO (NÍVEL FUNDAMENTAL, DINÂMICO E PISTA POLICIAL
DEFENSIVA)
1) Executar exercícios de tiros nas posições básicas, sendo elas: em pé, livre; em pé, embarricado na
vertical, pela esquerda da barricada; em pé, embarricado na vertical, pela direita da barricada; ajoelhado,
sentado, deitado.
2) Aplicação de exercício de tiro em situação de saque rápido, em deslocamento e em pista de
progressão e pista policial defensiva.
UD VI – HABILITAÇÃO PARA O PORTE DE ARMA
118
1) Revolver cal. 38
2) Pistola .40.
UD VII – USO DIFERENCIADO DA FORÇA – Atividade EaD
1) Uso da força pelos Agentes de Segurança Pública
2) Modelos de uso diferenciado da força
3) Princípios básicos do uso da força
4) O uso diferenciado da força
e) Instruções metodológicas
Coordenar as matrículas dos cursos “Uso Diferenciado da Força”, bem como sua execução, através de
um cronograma que atenda as exigências contidas nos Ciclos de Ensino a Distância da SENASP;
Ministrar aulas teóricas e práticas de fundamentos e técnicas do uso seletivo da força visando à
formação, aperfeiçoamento e atualização do profissional, lançando mão dos recursos didáticos expositivos,
participativos, exemplificativos, audiovisuais e informáticos;
Executar exercícios de simulação, voltados à aplicação do uso seletivo da força;
Habilitar o discente para uso do revolver 38 e pistola .40, confeccionar a ata de habilitação e
encaminhá-la para os tramites necessários para publicação na ficha individual.
Designar 2 (dois) docentes para ministrarem a disciplina.
f) Avaliação da aprendizagem
1ª Verificação complementar será teórica e terá como conteúdo todos os dispositivos teóricos
apresentados pelo docente e atividade EaD;
As demais verificações da aprendizagem serão práticas e avaliarão a modalidade de tiro fundamental,
dinâmico, policial defensivo, as modalidades de tiro em pista policial, defensivo na preservação da vida
“Método Giraldi” e o correto emprego do uso seletivo da força tendo como critérios de avaliação o tempo,
pontos, procedimentos e segurança dentro das atividades propostas, através de súmulas específicas, sendo a
2ª VC com o cal. 38 e a final .40.
g) Referências Bibliográficas
COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA. Manual para instrutores: Servir e Proteger, trad. Silvia
Backes e Ernani S. Pilha, colab. Débora B. de Azevedo e Hugo Mader, rev. Amábile Pierroti. 4. ed. Genebra, 2005.
528p.< https://www.icrc.org/por/assets/files/other/icrc_007_0698.pdf>
GIRALDI, Nilson, Cel QOR PMESP. Manual de Tiro Defensivo de Preservação da Vida, 1995.
<https://www.google.com.br/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwif3_WkpNHJAhWFgJAKHb5AADIQ
FggiMAE&url=http%3A%2F%2Fwww.esmp.sp.gov.br%2Feventos%2Fpassados
%2Fgiraldi_oqueeometodo.doc&usg=AFQjCNENW8ikWMAzi_g5pgxjYnnpAwjArw>.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp. Goiânia: PMGO, 2014.
LIMA, João Cavalim de. Atividade Policial e Confronto Armado. Curitiba: Juruá, 2007.
MINAS GERAIS. PMMG Manual de Prática Policial – Volume I, Belo Horizonte, 2002.
<http://www.aproscom.org.br/arquivos/legislacao/manualdeprticamilitarpmmg.pdf >.
OLIVEIRA, Humberto Wendling. Auto defesa: contra o crime e a violência, um guia para cívis e policiais. Baraúna.
2015.

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2.6.35. Disposição da Divisão de Ensino
São horas destinadas ao reajuste do ensino, atividades extraclasses, reposição de aulas,
instruções especificas planejadas pelo CAPM e outras, de acordo com planejamento próprio
elaborado pelo estabelecimento de ensino.

2.6.36. Palestras
A presente atividade visa complementar os estudos curriculares e ainda concorrer para a
atualização do corpo docente e discente do CAPM no mundo dos conhecimentos. Essa atividade
será planejada pela Divisão de Ensino tendo como conferencistas, autoridades notáveis por seus
conhecimentos, assuntos ligados ou de interesse para a segurança pública.

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