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Ensino Médio
CEESVO
Órgãos do sentido.
Tecido epitelial.
Tecido conjuntivo.
Tecido conectivo.
Tecido adiposo.
Tecido cartilaginoso.
Tecido ósseo.
Tecido sangüíneo.
Tecido hematopoiético.
Tecido muscular.
Tecido nervoso.
Circulação sangüínea.
Sistema respiratório.
Sistema urinário.
Sistema endócrino.
Sistema nervoso.
Órgãos dos sentidos
A capacidade de reação a estímulos provenientes do meio ambiente ou do próprio
organismo constitui uma das mais marcantes características exibidas pelos seres vivos.
Esse fato reveste-se da maior importância, por contribuir de forma decisiva para a
adaptação e sobrevivência do indivíduo em seu ambiente. A percepção de estímulos
permite que o organismo desenvolva respostas específicas, mantendo constante relação
com o meio.
O ser humano é dotado de cinco sentidos: Visão, audição, olfato, paladar e tato.
Visão
Esclerótica – conhecida como o “branco dos olhos” tem natureza fibrosa e função
protetora. Na região anterior do globo, a esclerótica torna-se uma membrana fina e
transparente à luz e recebe o nome de córnea.
Cones: células responsáveis pela percepção das cores e localiza-se em maior número na
região central da retina;
Bastonetes: células com grande sensibilidade à luz, mas capazes de perceber apenas os
contrastes de claro e escuro; são mais encontradas na região periférica da retina.
O cristalino situa-se atrás da íris; é uma lente biconvexa, transparente aos raios
luminosos, com a função de focalizar a imagem na retina.
O humor aquoso está situado entre a córnea e o cristalino, e humor vítreo, de natureza
gelatinosa, que preenche o espaço situado através do cristalino, sendo responsável pela
manutenção da forma esférica do globo ocular.
Conjuntiva: mucosa protetora que reveste a parte anterior do olho e a superfície interna
de cada pálpebra.
Formação da imagem
A luz penetra no olho através da córnea e atravessa o humor aquoso, o cristalino e o
humor vítreo; ajustada pelo cristalino, alcança a retina. Após a captação da imagem pelo
nervo óptico até o centro da visão, localizado nos lobos occipitais do córtex cerebral, onde
são processados e interpretados; somente então o indivíduo enxerga.
Defeitos da visão
Os problemas mais comuns de visão ocorrem quando a imagem daquilo que estamos
olhando não é focalizada na retina, por essa razão miopia, hipermetropia, astigmatismo
ou presbiopia são chamados defeitos da visão.
Na miopia o globo ocular é alongado, isto é, exibe um diâmetro maior que o normal e a
imagem forma-se antes da retina. Por isso, a correção é feita com o uso de óculos
dotados de lentes côncavas. Já na hipermetropia (globo ocular curto) a imagem se forma
atrás da retina. A correção, portanto, é feita com óculos de lentes convexas.
Doenças do olho
Os mais comuns são de dois tipos: de ângulo aberto (crônico simples) e de ângulo
fechado (agudo). Nos pacientes com glaucoma crônico simples, a lesão ocular progride
sem causar grandes danos aparentes, com perda do campo visual, embora a elevação da
pressão intra-ocular seja moderada e não apresente sintomas agudos. O glaucoma de
ângulo fechado provoca dor, infecção conjuntival, dilatação da pupila e grave perda da
visão.
Conjuntivite, inflamação da conjuntiva. Esta é uma membrana mucosa que recobre a
superfície interna das pálpebras e a superfície externa do globo ocular. A causa da
conjuntivite pode ser uma infecção, uma alergia ou um traumatismo. É caracterizada por
vermelhidão ocular, inflamação, sensação de corpo estranho ao piscar e excesso de
sensibilidade do olho à luz.
Olho com uma catarata madura, pronta para sua extração cirúrgica. Mais freqüente, este
tipo de catarata, que aparece, geralmente em pessoas acima dos 50 anos, só pode ser
operado com êxito, se todo o líquido do cristalino do olho tiver sido absorvido.
Audição
O som é um dos
meios pelos quais o
homem pode se
comunicar e obter
informações, se você
parar por um instante
e ficar prestando
atenção aos diversos
sons ao seu redor,
perceberá que alguns
são suaves e
agradáveis, enquanto
outros são irritantes e
violentos.
Ouvido externo – é formado pelo pavilhão auditivo (orelha) e pelo conduto auditivo
externo. De natureza cartilaginosa, o pavilhão capta os sons, direcionando-os para o
interior do conduto, que é dotado de pêlos e glândulas secretoras de cerúmen, que tem
função protetora e lubrificante.
Limita-se com o ouvido interno através de duas janelas: a redonda e a oval. Entre a
membrana timpânica e a janela oval encontra-se três ossículos denominados martelo,
bigorna e estribo.
A caixa timpânica, que é cheia de ar, comunica-se com a faringe através da trompa de
Eustáquio, que permite a manutenção do equilíbrio entre a pressão atmosférica e a
pressão do ar contido no interior do ouvido médio.
Quando uma pessoa sobe uma serra, a pressão atmosférica diminui. Então, a pressão do
ar contido no ouvido médio torna-se relativamente maior e parte do ar é expelida através
da trompa de Eustáquio. Caso contrário, a pressão exercida sobre o tímpano faria com
que ele se projetasse para o meio externo.
Quando um som chega ao ouvido, o pavilhão auditivo recolhe as vibrações sonoras, que
passam para o interior do canal auditivo externo e acabam provocando a vibração do
tímpano. Então, a cadeia de ossículos (martelo, bigorna e estribo) recebe e transmite
essa vibração à membrana da janela oval; daí, a vibração atinge a endolinfa.
Olfato
É o sentido nos permite perceber os
odores, o nariz é o órgão do olfato.
Quando estamos resfriados, temos dificuldades para perceber os cheiros, pois nossa
mucosa olfativa (pele que reveste o interior do nariz) tem seu funcionamento afetado.
Nessas ocasiões, você já notou que a comida também fica sem gosto?
Na realidade, a comida fica sem cheiro. Isso porque o sabor do alimento depende, em
grande parte, também do olfato.
A explicação desse fato é simples: tanto a gustação como o olfato sentem a presença de
moléculas: a língua percebe as moléculas dissolvidas e no olfato, a mucosa olfativa
detecta as moléculas na forma gasosa. O conjunto dessas duas percepções nos dá o
prazer de uma boa refeição.
Paladar
O paladar, também chamado de gustação, é o
sentido que permite a identificação dos sabores
das substâncias que atingem a língua.
Os sabores que sentimos das substâncias são resultados de quatro sensações: azedo ou
ácido, doce, salgado e amargo.
A sensibilidade máxima da língua ao sabor ácido ocorre nas bordas; ao amargo, na base;
ao doce, no ápice; ao salgado, no ápice e nas bordas.
OBS: A língua, assim como os dentes, merecem cuidados higiênicos. Ela deve ser
escovada juntamente com os dentes, a fim de se eliminar as bactérias que causam o mau
hálito e outras doenças da boca, tais como, gengivite, cáries e infecções bucais.
Tato
Sua pele pesa cerca de 4 quilos e recobre todo o seu corpo, uma área total de
aproximadamente 2 metros quadrados.
Imagine um tomate sem casca. É como você ficaria sem a proteção da pele. Morreria
rapidamente. A pele evita a perda de líquidos do corpo e impede que os seus órgãos
fiquem expostos ao Sol, a chuva, ao vento e aos germes. No verão funciona como um ar
condicionado que despacha para fora o excesso de calor, por meio das gotas de suor.
A camada superficial é chamada epiderme. Abaixo da epiderme, está a derme. Nesta
camada a pele está cheia de vida: tem vasos sangüíneos, glândulas e terminais nervosos.
Pele
As terminações nervosas livres são responsáveis pela percepção da dor, que ocorre em
presença de estímulos excessivos de qualquer ordem: mecânicos, térmicos, elétricos etc.
Já os corpúsculos têm atividades sensoriais específicas, encarrega-se da sensação do
tato, sempre que a pele sofre uma deformação mecânica; são muito abundantes na
derme da palma da mão e da planta dos pés.
Das partes do corpo, a pele é a que tem uma relação mais direta com a vaidade. Na
velhice, a derme perde a sua elasticidade e a superfície fica frouxa (envelhecimento
natural). Resultado: rugas. Além desse processo natural de envelhecimento, a exposição
exagerada ao Sol, a prática diária de banhos muito quentes acelera a formação de rugas
em jovens e pessoas de pele clara.
Para retardar o “relógio natural”, surgiram cosméticos e cirurgias plásticas que tentam
trazer a juventude da pele novamente.
Histologia
Você já deve ter observado que quando construímos uma casa ou um prédio, partimos de
pequenas porções chamadas tijolos que vão sendo justapostas formando as paredes,
semelhantemente nosso organismo também é formado por pequenas porções chamadas
células.
Célula é a menor porção de um ser vivo com estruturas que realizam funções específicas.
Todos os seres vivos (com exceção dos vírus) são formados por células. Os seres vivos
podem ser divididos em dois grupos de acordo com o número de células.
Unicelulares: são os seres vivos cujo “corpo” é formado por apenas uma célula
(bactérias, protozoários, alguns fungos e algumas plantas).
Pluricelulares: são os seres vivos cujo corpo é formado por várias células (alguns
fungos, a maioria das plantas e todos os animais, incluindo o homem).
Um organismo pluricelular é formado por diferentes tipos de células que se especializam
em realizar diversas funções. Quanto mais desenvolvido é o organismo, maior é o grau de
especialização das suas células. Células que se diferenciaram e se especializaram em
determinadas funções se associam formando tecidos.
Tanto os vegetais como os animais apresentam tecidos na sua estrutura; quanto mais
desenvolvido for o organismo maior será o seu número de tecidos.
Nos seres pluricelulares, as células geralmente são diferentes em suas formas, e realizam
funções diferentes dentro do corpo.
Tecidos são conjuntos de células semelhantes que realizam juntas as mesmas funções
dentro do corpo.
Com relação aos tecidos dos animais, usaremos basicamente exemplos dos tecidos
humanos. Porém, é importante saber que outros animais também apresentam os mesmos
tipos de tecidos que nós, com certas diferenças que dependem do grupo em que o animal
esteja classificado.
Além das células, os tecidos podem apresentar também o que chamamos de substância
intercelular ou substância intersticial. As substâncias intersticiais são encontradas entre as
células, ou seja, as substâncias intersticiais preenchem os espaços vazios que ficam
entre as células que formam certos tecidos. As substâncias intersticiais podem ser
líquidas, semi - sólidas (gelatinosas) ou sólidas. Guarde bem estas explicações, pois
falaremos várias vezes sobre substância intersticial durante nossas explicações sobre os
tecidos.
No caso dos tecidos animais, eles podem ser divididos em quatro grandes grupos:
Tecido Epitelial
Tecido Conjuntivo
Tecido Muscular
Tecido Nervoso
Observe as imagens:
As células que formam os tecidos epiteliais são chamadas células epiteliais. Estas células
podem ter diferentes formatos: quadradas, retangulares, achatadas, tubulares ou
irregulares.
Podemos chamar os tecidos epiteliais simplesmente de epitélios.
Os epitélios são divididos de acordo com seu formato em três tipos, conforme veremos a
seguir.
Epitélio Simples: recebe este nome porque apresenta uma única camada de células,
formando a parte interna dos vasos sangüíneos (veias, artérias, etc.). É um epitélio que
permite a passagem de substâncias, recebe o nome de endotélio.
Epitélio Estratificado: recebe este nome porque é formado por várias camadas de
células (estrato = camada) que formam a pele. A função desse epitélio é basicamente
proteção mecânica e proteção contra a perda de água. Ocorre em áreas de atrito, como
na pele e nas mucosas bucal e vaginal.
Epitélio Pseudoestratificado: recebe este nome porque, apesar de ter apenas uma
camada de células, o formato das suas células dá a falsa impressão de que são várias
camadas (pseudo = falso). O epitélio pseudoestratificado pode aparecer nas fossas
nasais, traquéia e brônquios, onde possui cílios e glândulas mucosas unicelulares. O
muco aglutina partículas estranhas que penetram em nosso corpo pelas vias aéreas e os
cílios transportam essas partículas para fora.
O tecido epitelial desempenha funções de revestimento, proteção e, ainda, secreção de
substâncias.
Mucosas – quando revestem cavidades internas: mucosa bucal, nasal, gástrica, intestinal
etc.
Trocas gasosas: esta função de trocas gasosas (trocas de gases) aparece nos alvéolos
dos pulmões. É nos alvéolos que ocorrem as trocas de oxigênio e gás carbônico entre o
sangue e os pulmões durante a respiração.
Pele
A pele é o maior órgão
do corpo animal; constitui
uma barreira
impermeável que protege
as estruturas internas
contra infecções, lesões e
raios solares prejudiciais.
A pele é, ainda, um
importante órgão
sensorial, e auxilia o
controle da temperatura
corpórea. A camada
externa da pele,
conhecida como
epiderme, é recoberta
por queratina, que é
também o principal
constituinte de pêlos e unhas. Células mortas são descamadas da superfície da pele e
repostas por células novas vindas da base da epiderme.
Essa região produz ainda o pigmento cutâneo chamado melanina. A derme contém a
maior parte das estruturas vivas da pele, incluindo terminais nervosos, vasos sangüíneos,
fibras elásticas, glândulas sudoríparas, que resfriam a superfície da pele, e glândulas
sebáceas, que produzem secreção oleosa, lubrificante e protetora da superfície.
Tecidos conjuntivos
Os tecidos conjuntivos apresentam uma característica importante, suas células se
encontram sempre afastadas umas das outras. Por isso, os espaços entre as células dos
tecidos conjuntivos estão preenchidos com grande quantidade de substância intersticial e
exercem diversas funções, como preenchimento, sustentação, transporte e defesa do
organismo.
As glândulas produzem e liberam substâncias líquidas que têm várias funções diferentes
dentro do corpo. Divide - se as glândulas em três tipos:
Glândulas Exócrinas: são glândulas que liberam suas secreções para fora do corpo ou
dentro dos órgãos internos do corpo. Como exemplos de glândulas exócrinas podemos
citar as glândulas sudoríparas (que produzem suor), as glândulas salivares (que
produzem saliva), as glândulas mamárias (que produzem leite) e as glândulas
caliciformes encontradas no estômago e intestino e que produzem enzimas digestivas.
Além destas, os tecidos conjuntivos podem ter outras funções importantíssimas, que
veremos a seguir.
Tecido conectivo
O tecido conectivo é mais conhecido como Tecido Conjuntivo Propriamente Dito. Isto
porque, na verdade, todos os outros tecidos conjuntivos se formam a partir dele.
FIBRAS
Muito finas, podem apresentar ramificações, entrelaçando-se.
RETICULARES
Tecido adiposo
Esse tecido conjuntivo apresenta grande quantidade de células adiposas e pouca
substância intercelular, tendo sua nutrição proveniente de vasos sangüíneos do tecido
conjuntivo frouxo que o envolve.
Ocorre abaixo da pele, onde substitui a hipoderme em torno de alguns órgãos e dentro de
alguns ossos, onde forma a medula amarela.
Os adipócitos são células arredondas ou ovais que possuem no seu interior grande
quantidade de gordura.
Tecido cartilaginoso
O tecido cartilaginoso forma as estruturas chamadas cartilagens. Atua na sustentação do
corpo, juntamente com o tecido ósseo. Reveste as articulações, amortecendo os choques
mecânicos causados pelos movimentos.
No septo nasal. O septo nasal é a estrutura que sustenta o nariz e divide-se em duas
narinas.
Nos meniscos. Os meniscos são estruturas que se encontram nos joelhos e fazem a
ligação entre as duas partes das pernas.
Na traquéia. A traquéia é o “tubo” que passa pela garganta e faz a ligação do nariz e da
boca com os pulmões.
Tecido ósseo
O tecido ósseo é o principal responsável pela sustentação do corpo. Além disso, exerce
função de proteção, alojando partes vitais do organismo, como o crânio, que protege o
encéfalo, as vértebras, que protegem a medula espinhal e a caixa torácica, onde estão
outros órgãos vitais. Ainda é função dele dar apoio à musculatura para que sejam
executados os movimentos.
O tecido ósseo é constituído por uma matriz intercelular denominada matriz óssea, rígida
e rica em substâncias inorgânicas, como sais de cálcio, e uma parte de substâncias
orgânicas, formada pelas fibras colágenas.
A principal característica do tecido ósseo é que se trata do tecido mais duro e resistente
do corpo. Isto ocorre devido ao tipo de substância intersticial do tecido ósseo. As células
ósseas são chamadas de osteócitos.
No centro dos círculos formados pelos osteoplastos existem canais bem mais grossos
chamados Canais de Havers.
Por outro lado, os osteócitos liberam gás carbônico e outras substâncias tóxicas nos
osteosplastos e estas substâncias chegam até os canais, sendo então eliminadas no
sangue.
É graças a esta comunicação com o sangue que corre dentro dos canais que os
esteócitos conseguem sobreviver dentro de uma estrutura rígida e seca como o osso.
E os ossos são tão duros e resistentes, como já dissemos, graças à sua substância
intersticial. A substância intersticial do tecido ósseo é formada principalmente por sais
minerais de cálcio, magnésio, fósforo e carbono.
Tecido sangüíneo
A principal característica do tecido sangüíneo (sangue) é o fato de que suas células são
separadas por uma grande quantidade de sustância intersticial líquida. Graças a esse
líquido, o sangue consegue circular por todo o corpo, realizando diversas funções.
Costuma-se dividir o sangue em duas partes: uma parte líquida e uma parte sólida.
A parte líquida do sangue é chamada plasma. O plasma é uma solução aquosa. Ou seja,
o plasma é uma solução formada por água e nessa água se encontram dissolvidas várias
substâncias como:
Substâncias Tóxicas: que são produzidas pelas células e têm que eliminadas do corpo,
como a uréia e o ácido úrico que são filtrados pelos rins e saem na urina.
Tecido hematopoiético
É responsável pela produção de células sanguíneas e da linfa. De acordo com suas
funções, é dividido em:
Medula óssea vermelha ou tecido mielóide – é encontrado no interior dos ossos, na região
esponjosa, e é responsável pela produção dos glóbulos vermelhos (hemácias), alguns
tipos de glóbulos brancos e plaquetas.
Tecido linfático ou linfóide – tem a função de produzir outros tipos de glóbulos brancos e é
responsável por importantes órgãos de defesa espalhados pelo corpo. Pode ser
encontrado no timo, baço, gânglios linfáticos, nódulos linfáticos.
Tecidos musculares
Os tecidos musculares
são os formadores dos
músculos. Os músculos
têm duas funções
básicas:
Permitir a
movimentação do corpo.
No caso dos animais
invertebrados (sem
esqueleto) os músculos
provocam
diferentemente os
movimentos. Nos
animais vertebrados
(com esqueleto) os
músculos são ligados
aos ossos e provocam
os movimentos através
deles.
Tecido nervoso
O tecido nervoso é capaz de receber estímulos do ambiente ou do próprio corpo,
transformá-los em impulsos elétricos e comandar respostas. É formado por células
altamente especializadas, denominado neurônio.
Dendritos –
ramificações que
saem do corpo
celular;
Axônio –
prolongamento maior
que sai do corpo
celular. Alguns
axônios podem atingir
até um metro de
comprimento. Quando
os axônios estão em
feixes, formam os
nervos.
Células de Schwann – Envolvem o axônio, formando a bainha de mielina, que atua como
isolante da fibra nervosa e garante a condução adequada da corrente elétrica.
Circulação
Todos os sistemas do corpo humano trabalham em perfeita harmonia, estando sempre
um dependente do bom funcionamento do outro, havendo uma relação estreita entre eles.
Podemos dizer que não existe especificamente, um sistema mais importante que outro,
porém se olharmos com olhos mais criteriosos podemos destacar um valor todo especial
para o sistema circulatório.
Circulação fechada
É assim chamada quando o sangue flui exclusivamente pelo interior de vasos, sem sair
destes.
Circulação simples
Quando, numa volta completa, o sangue passa uma vez só pelo coração. Ocorre nos
peixes.
Circulação dupla
Quando em cada volta completa o sangue passa duas vezes pelo coração. Ocorre nos
demais vertebrados.
Circulação incompleta
Quando há mistura de sangue arterial e sangue venoso em algum ponto do sistema
circulatório. Ocorre nos anfíbios e répteis.
Circulação completa
Quando não ocorre mistura dos dois tipos de sangue.
A circulação completa acontece nas aves e mamíferos. O desenvolvimento completo de
um septo (membrana divisória entre duas cavidades) interventricular permitiu, nesses
animais, o surgimento da circulação completa, em que o sangue venoso não se mistura
com o sangue arterial.
A principal característica do tecido sangüíneo (sangue) é o fato de que suas células são
separadas por uma grande quantidade de substância intersticial (que ocupa espaço os
espaços vazios ou interstícios entre as células) líquida. Graças a esse líquido, o sangue
consegue circular por todo o corpo, realizando diversas funções.
Costuma-se dividir o sangue em duas partes: uma parte líquida e uma parte sólida.
Glóbulos vermelhos
Os glóbulos vermelhos também são chamados de hemácias. São as células mais
abundantes do sangue As hemácias são células ovais e relativamente pequenas. Nos
animais mamíferos (incluindo o homem) as hemácias são células anucleadas, ou seja,
células que não possuem núcleo.
A função das hemácias é permitir o transporte de oxigênio dos pulmões para todo o corpo
e também o transporte de gás carbônico de todo o corpo até os pulmões.
-Quando o sangue passa pelos pulmões, o oxigênio que foi respirado se combina com a
hemoglobina das hemácias e forma da chamada oxiemoglobina. Essa ligação, porém, é
fraca e, conforme o sangue vai circulando pelo corpo, o oxigênio se desliga da
hemoglobina e penetra nas células.
-Por outro lado, conforme o sangue circula pelo corpo o gás carbônico produzido pelas
células também se combina com a hemoglobina das hemácias, formando a chamada
carboemoglobina. Essa ligação também é fraca e, quando o sangue passa pelos
pulmões, o gás carbônico se desliga da hemoglobina e passa para os pulmões.
Glóbulos brancos
Os glóbulos brancos também são chamados de leucócitos. Os leucócitos são células
arredondadas e geralmente bem maiores que as hemácias.
A função dos leucócitos é proteger o corpo contra micróbios e substâncias estranhas que
penetrem no organismo, em situações especiais, podem ter seu número
consideravelmente elevado, indicando que algo não vai bem ao corpo. Esse trabalho de
proteção realizado pelos leucócitos é chamado de imunidade.
Ao contrário das hemácias, que são todas iguais, os leucócitos são divididos em tipos
bem diferentes.
Granulócitos: são leucócitos que possuem em seu interior muitos grãos de substâncias
cristalizadas.
Diapedese acontece quando os leucócitos saem do capilar sangüíneo e vão para o tecido
conjuntivo vizinho com a finalidade de fagocitar bactérias, melhorando o sistema de defesa.
Plaquetas
As plaquetas são os fragmentos (pedaços) de células que também podem ser
encontrados no sangue. As plaquetas são bem menores que as hemácias e têm formato
variado.
A coagulação do sangue
Quando ocorre um ferimento com sangramento, as fibras musculares lisas do vaso
sangüíneo danificado contraem-se, diminuindo o volume do vaso e, conseqüentemente, o
fluxo de sangue. As plaquetas nesse local unem-se a fibras colágenas expostas do vaso
cortado e formam um tipo de rolha. Forma-se, então, o coágulo, que estanca o sangue.
No átrio direito chegam as veias cava, que trazem o sangue venoso do organismo; no
átrio esquerdo chegam as veias pulmonares, que trazem o sangue arterial dos pulmões.
Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar, que leva ao pulmão o sangue venoso; do
ventrículo esquerda parte a maior artéria do nosso corpo: a aorta, que leva do coração o
sangue arterial a todas as partes do organismo.
Circulação sangüínea
A função do coração é bombear o
sangue para todos os tecidos e
células do corpo. É um órgão
musculoso, oco, de forma cônica
um pouco maior do que uma mão
fechada. Situa-se na caixa
torácica, entre os dois pulmões,
sobre o músculo diafragma, em
uma região chamada mediastino.
A saída do sangue arterial do ventrículo esquerdo, através da artéria aorta, atingindo todo
o corpo, sua volta até o átrio direito, através da veia, correspondem à grande circulação
ou circulação sistêmica.
Saiba mais!
Circulação linfática
Além da circulação sangüínea, existe nos vertebrados a circulação linfática, que ocorre
através de veias e capilares linfáticos. Os capilares linfáticos apresentam fundos cegos,
isto é, sua extremidade é fechada, não se comunicando com os outros vasos.
Os capilares linfáticos ocorrem em todos os tecidos do corpo, onde reabsorvem o líquido
tissular que não retornou aos capilares sangüíneos. Os capilares linfáticos se unem,
formando vasos de calibre cada vez maiores, que desembocam nas veias cavas.
A linfa, líquido que circula dentro dos vasos linfáticos apresenta assim como o sangue,
glóbulos brancos, produzidos e lançados na circulação pelos nódulos linfáticos ou
linfonodos.
Sistema respiratório
A respiração é um fenômeno da maior importância para o mundo vivo, uma vez que
permite a extração da energia química armazenada nos alimentos e sua utilização nas
diversas atividades metabólicas do organismo.
Tipos de respiração
Os animais podem efetuar de diversas maneiras as trocas gasosas com o meio ambiente
de acordo com os tipos de estruturas envolvidas no processo.
Nos anelídeos marinhos (poliquetas), nos moluscos aquáticos, nos crustáceos, inclusive
os terrestres (tatuzinhos-de-jardim) a respiração é realizada por brânquias, estrutura
especializada em retirar oxigênio da água. Nos moluscos terrestres (gastrópodes) a
respiração ocorre através de um pulmão rudimentar.
Nos peixes ósseos, as brânquias são protegidas por um osso denominado opérculo.
Na larva dos anfíbios os girinos que são aquáticos, a respiração é branquial. Na medida
em que a larva se desenvolve e se torna adulta, a respiração branquial é substituída pela
respiração pulmonar e pela respiração cutânea.
Nos répteis a respiração é pulmonar.
Nas aves a respiração é realizada por pulmões, que estão ligados aos sacos aéreos, que
servem de reservatório suplementar de ar. Os sacos aéreos, por sua vez, emitem
ramificações que se estendem para o interior dos ossos longos, formando os chamados
ossos pneumáticos.
Respiração humana
A respiração consiste na absorção de
oxigênio pelo organismo e na liberação
de gás carbônico. Nos pulmões
ocorrem as trocas gasosas entre o ar e
o sangue, processo que recebe o nome
de Hematose.
Pulmões são dois órgãos de natureza esponjosa, elástica e de cor rósea, situados na
caixa torácica, um direito, mais desenvolvido com três lobos e o esquerdo com apenas
dois lobos.
No interior dos pulmões, os brônquios se ramificam progressivamente, em tubos cada vez
menores, reduzindo-se finalmente a finíssimos canais denominados bronquíolos.
Curiosidade!
Um carro com motor ligado numa garagem fechada, por exemplo, é uma situação muito
perigosa, que pode provocar a morte. A queima da gasolina do carro produz um pouco de
monóxido de carbono, e isso pode ser fatal.
A Excreção
O que acontece a uma cidade que não dá vazão ao seu próprio lixo? Primeiro, vai se
intoxicando com os detritos; segundo, fica sujeita a muitas moléstias; e , terceiro, pode
sucumbir completamente. O mesmo ocorre com o nosso corpo se não eliminarmos as
substâncias nocivas produzidas pelo processo metabólico.
Cada célula produz resíduos que se acumulam na corrente sangüínea. Estas impurezas
são filtradas do sangue e eliminadas, em grande parte pelo sistema urinário. Uma falha
nesse sistema pode pôr em risco a própria vida.
Sistema urinário
O nosso sistema urinário é formado por um conjunto de órgãos que produzem e excretam
a urina, o principal líquido de excreção do organismo.
Depois de armazenada na bexiga, a urina passa por um conduto denominado uretra até o
exterior do organismo.
Hormônio antidiurético
Você sabia que o nosso corpo possui uma substância que controla a produção de urina?
O nosso organismo é uma máquina perfeita! Ele possui uma substância – um hormônio –
que não permite a produção de urina em excesso sem que antes ocorra a ingestão de
água. Esse hormônio é chamado de Hormônio Antidiurético (ADH).
Esse hormônio é liberado quando a quantidade de água no sangue diminui. Ele age nas
células dos rins, provocando um aumento da reabsorção de água. Esse processo diminui
a quantidade de água eliminada pela urina.
Por outro lado, quando ingerimos grande quantidade de água, o ADH deixa de ser
liberado e uma maior quantidade de água será eliminada pela urina
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Quem sofre de insuficiência renal não consegue eliminar a água e os resíduos do organismo. Os
casos mais sérios são resolvidos por um transplante de rim. Mas isso se torna um pouco
complicado devido a falta de doadores. Outro recurso são os rins artificiais. São aparelhos
chamados de HEMODIÁLISE. Neste equipamento o doente fica ligado há algumas horas por
semana para eliminar os resíduos e filtrar o sangue.
Nesta parte do módulo vamos conhecer a ação dos hormônios no corpo humano e como
a sua falta ou excesso pode causar diferentes distúrbios.
Tireóide
Está localizada no pescoço e produz hormônios que
estimulam a atividade metabólica (atividades
químicas) do organismo.
Hipotireoidismo.
É a baixa produção dos hormônios da tireóide. No adulto, as conseqüências dessa
doença são: aumento de peso, queda da freqüência cardíaca, engrossamento da pele e
intolerância ao frio. Nas crianças, compromete o desenvolvimento físico, mental e sexual.
Paratireóides
Localizam-se atrás da tireóide. Produzem hormônios que controlam a utilização do cálcio
no sangue.
SUPRA-RENAIS
SUPRA-RENAIS OU ADRENAIS Situam-se sobre os rins e
produzem hormônios que
controlam os níveis do sódio e
potássio e outros sais minerais no
sangue.
Pâncreas
Os hormônios produzidos por esta glândula têm a função de controlar os níveis de açúcar
(glicose) no sangue.
Glucagon
Tem ação contrária à da insulina. Seu principal
efeito é aumentar a concentração de glicose no
sangue, a partir do glicogênio armazenado no
fígado e nos músculos.
pâncreas
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Glicogênio
É o nome dado a uma grande molécula, formada por unidades de glicose que pode ser
rapidamente utilizada para suprir as necessidades de energia das células. A insulina
provoca a rápida absorção da glicose pelas células musculares, adiposas e do fígado.
Essas células transformam a glicose em glicogênio que fica armazenado no fígado e nos
músculos. O glucagon aumenta a formação dos níveis de glicose depois de um período
sem alimentação. Ele vai transformar o glicogênio armazenado nos músculos e células
do fígado em glicose, liberando-a para o sangue.
Diabetes
A função da insulina é controlar a entrada da glicose nas células. A falta de insulina causa
um acúmulo de glicose no sangue e, conseqüentemente, abaixa o nível de glicose nas
células. Essa anormalidade é chamada de diabetes.
Embora não se conheça a cura total para a diabetes, ela pode ser controlada e o
diabético pode ter uma vida normal:
O impulso nervoso é de natureza elétrica e resulta de alterações nas cargas elétricas das
superfícies interna e externa da membrana plasmática da célula nervosa. Essas
alterações, que constituem os impulsos nervosos sempre começam nos dendritos, e
caminham do corpo celular para o axônio.
Na sinapse, região de contato entre dois neurônios, há uma pequena distância entre as
duas células envolvidas, isto é, não há continuidade entre as membranas celulares. A
passagem do impulso nervoso nessa região é feita por substâncias denominadas neuro-
hormônios ou mediadores químicos como a adrenalina e a acetilcolina.
Encéfalo
Nos vertebrados inferiores, de peixes até aves, os
hemisférios cerebrais têm superfície lisa. Por isso esses
animais são chamados de lisencéfalos. Nos
mamíferos, principalmente os primatas, a superfície
cerebral é dotado de uma série de circunvoluções,
que aumentam consideravelmente essa superfície e
comporta um maior número de neurônios. Por essa
razão, os mamíferos são denominados girencéfalos.
Tanto o encéfalo quanto à medula são envolvidos por membranas chamadas meninges.
As meninges são em número de três denominadas dura-máter, aracnóide e pia-máter.
Entre a aracnóide e a pia-máter circula o líquido chamado cefalorraquidiano, que protege
e nutre o sistema nervoso.
A medula conduz impulsos sensitivos para o cérebro e traz impulsos motores. Exercem
também a função de centro nervoso responsável por muitos atos reflexos, principalmente
os relacionados com o instinto de conservação e defesa. O caminho do impulso nervoso
no ato reflexo é denominado arco reflexo.
O tecido nervoso
COMO É FORMADO E QUAIS AS FUNÇÕES DO TECIDO NERVOSO?
O tecido nervoso é formado pelas chamadas células nervosas. Estas células têm a
função de controlar várias funções indispensáveis à vida do homem e outros animais
(movimentos, funcionamento dos órgãos,
comportamento, reações em relação ao ambiente,
etc.).
Na figura acima podemos ver que os neurônios possuem: um corpo celular com formato
estrelado.
Do corpo celular do neurônio saem algumas ramificações não muito grandes, chamadas
dendritos.
O impulso nervoso começa nos dendritos, passa pelo corpo celular e daí chega até o
axônio.
O axônio de um neurônio pode se comunicar com os dendritos de outros neurônios
próximos. É através dessa comunicação que os impulsos nervosos podem ser
transmitidos por todo o corpo.
Quando um impulso é
transmitido, ocorre liberação
de certas substâncias
químicas pelo axônio. Estas
substâncias, chamadas
mediadores, preenchem o
espaço existente entre o
axônio e dendritos próximos.
Os nervos fazem, por exemplo, a ligação entre os órgãos de comando nervoso (como o
cérebro) e os músculos. Dessa forma, uma mensagem do cérebro pode chegar até um
músculo e provocar um determinado movimento.
O axônio do neurônio é protegido por uma capa de células também chamada de bainha de mielina.
A função da bainha de mielina é aumentar a velocidade do impulso nervoso e impedir que a
descarga elétrica “vaze” pelo axônio.
Epilepsia: dá-se o nome de epilepsia a diversos tipos de ataque, que podem abranger
breves vertigens ou perdas de consciência, até convulsões graves. Nos ataques fracos há
pequenas interrupções na capacidade de pensar, nos graves a perda da consciência,
rigidez de braços e pernas, espasmos rítmicos, acompanhados de mordida na língua e
esvaziamento da bexiga.
Embolia é o nome dado à obstrução de uma artéria por um coágulo. Nas artérias
cerebrais mais importantes, produz uma trombose.
BIBLIOGRAFIA
Enciclopédia Barsa.
Paulino, Wilson Roberto. Os seres vivos. São Paulo. Editora Ática, 2001.
Revista Galileu
Revista Superinteressante
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO SUPLETIVA DE VOTORANTIM
CEESVO
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