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Sumário

1
Adão permaneceu em silêncio quando devia ter falado

Onde estava Adão quando a serpente tentou Eva? A Bíblia diz que após Eva ter sido enganada por Satanás, tomou do fruto
proibido e comeu, e deu também ao marido,que estava com ela (ênfase acrescentada) e ele comeu”1!n "#$%#
Será que Adão estava ali o tempo todo? Em p&, bem ao lado da esposa, enquanto a serpente a enganava 'om sua ast('ia?
Estava ali, ouvindo 'ada palavra? Se estava) e *á boa razão para que pensemos assim) uma importante pergunta pre'isa ser
feita+ por que ele não disse nada?
Antes de eus 'riar Eva, Ele -á ordenara a Adão que nun'a 'omesse de 'erta árvore# Era, pois, de se esperar, que Adão

transmitisse
0as quando atalserpente
proibi.ão / esposa
ini'iou uma quando
'onversaesta
'omentrou emo'ena#
Eva, 'om E presumimos
intuito que ele
de 'onfundir1l*e o fez#a respeito da bondade de
as id&ias
eus, Adão não disse nada# E ele estava ali ouvindo 'ada palavra2 Ele ouviu Eva 'itar in'orretamente a ordem de eus3
ordem que um dia, 'uidadosamente, l*e retransmitira# Estava observando quando Eva 'ome.ou a ol*ar para a árvore
proibida# 4iu quando ela deu um passo na dire.ão da árvore e estendeu a mão para apan*ar seu fruto# E não fez 'oisa
alguma nem falou palavra alguma para det51la# Adão permane'eu em sil5n'io2 6or qu5?
7embre1se de que Eva foi enganada pela serpente, mas Adão não l 8m 9#:;%# Ele sabia o que estava a'onte'endo# 8alvez
devesse ter1l*e dito+ < Ei, espere um minuto2 =uerida, essa serpente está aprontando en'ren'a# Estou vendo'laramente
sua lábia diabóli'a# Ela a está enganando para faz51la pensar que vo'5 tem mais a gan*ar se desobede'er a eus do que se
permane'er fiel a Ele# >sso & uma mentira2 eie1me 'ontar1l*e eatamente o que eus me disse antes de ter feito vo'5# E
ol*e / nossa volta# >sto & o 6araíso# eus o fez e deu todin*o para nós# @ão temos nen*uma razão para duvidar da Sua
bondade# E, então, afastando1se de Eva deveria ter dito+ <Serpente, esta 'onversa a'abou# Suma daqui2
0as, Adão não disse nada# Ele fi'ou ali, viu e ouviu tudo e não disse uma palavra sequer# Ele fal*ou 'om sua mul*er# al*ou
em representar eus, em sua primeira luta espiritual# al*ou 'omo *omem2
O sil5n'io de Adão & o começo da fal*a de 'ada *omem, da rebeldia de Caim / impa'i5n'ia de 0ois&s, da fraqueza de
6edro at& a min*a fal*a em não amar, ontem, devidamente a min*a esposa# D tamb&m um retrato ) inquietante, mas,
revelador ) da natureza do nosso fra'asso# esde Adão, todo *omem tem tido uma in'lina.ão natural para permane'er
em sil5n'io quando deveria falar# O *omem se sente mais 'onfortável em situa.es nas quais sabe eatamente o que fazer#
=uando as 'oisas fi'am 'onfusas ou apavorantes, suas entran*as se 'ontraem e ele se afasta# =uando a vida o frustra# 'om
sua enlouque'edora imprevisibilidade, ele sente a raiva 'res'er dentro de si# E então, '*eio de terror e f(ria, ele se esque'e
da verdade de eus e trata de se defender# esse ponto em diante, tudo dá errado# 4oltado apenas para si mesmo, ele se
vira para fazer sua vida fun'ionar# O resultado & o que vemos todos os dias+ paies seuais des'ontroladas# maridos e pais
sem envolvimento, *omens zangados que amam estar no 'ontrole de tudo# E tudo isso 'ome.ou quando Adão se re'usou a
falar#
Os *omens t5m um '*amado singular para se lembrarem do que eus disse e falarem de a'ordo3 a adentrarem a perigosa
in'erteza 'om 'onfian.a e sabedoria que v5m do ouvir a eus# Em vez disso, 'omo Adão, nos esque'emos de eus e
permane'emos em sil5n'io#
Enquanto isso Satanás 'ontinua obtendo um n(mero e'essivo de vitórias+ em nossa so'iedade, em nossas igre-as, nas
vidas de nossas esposas, fil*os e amigos# Está na *ora dos *omens re'obrarem a voz, de ouvirem a eus — e de falarem#

2
Introdução
Este livro foi es'rito por tr5s *omens que estão 'res'endo, mas lutando ) *omens que 'onfessam abertamente que as
lutas pare'em se aprofundar / medida que a vida 'ontinua# @ossas vidas simplesmente não estão 'ertin*as da forma que a
'ultura 'ristã pare'e a'*ar que deveriam estar# Espera1se que os *omens 'ristãos, espe'ialmente os da lideran.a, se sintam
'onstantemente en'ora-ados, se-am apaionados por sua visão e ten*am muito pou'os problemas# Fomens amadure'idos
não deveriam lutar 'om pensamentos doidos, impulsos pe'aminosos ou sentimentos de desespero# Entretanto, a'*amos
que eles lutam#
@osso 'on'eito de mas'ulinidade espiritual está mais rela'ionado a algu&m 'ontinuar <fun'ionando, a despeito das
difi'uldades, do que por sua vitória sobre elas# Cremos que o Espírito de eus está menos interessado em nos dizer 'omo
fazer nossas vidas fun'ionarem e mais interessado em despertar
) em meio /s in'essantes difi'uldades ) a nossa paião por Cristo# Ao inv&s de solu'ionar nossos problemas, Ele, 'om
maior freqG5n'ia os usa para nos desequilibrar, para nos tornar menos seguros sobre 'omo a vida se desenvolve, para nos
7evar a fazer as perguntas difí'eis que temos pavor de fazer, para trazer / tona as d(vidas obstinadas e as eig5n'ias feias
que nos mant5m longe de Cristo#
@ão 'remos que a Bíblia apresenta um plano para fazer a vida fun'ionar, 'omo muitos pensam que deveria# A'*amos que
ela ofere'e uma razão para 'ontinuarmos em frente mesmo quando a vida não vai tão bem# Se pud&ssemos en'ontrar
fórmulas que realmente fun'ionassem ) fórmulas para ven'er a ira, produzir fil*os piedosos ou para nos sentirmos mais
a'*egados /s nossas esposas ) nós as seguiríamos# 0as não 'remos que elas eistam# Em fosso modo de pensar, os
verdadeiros *omens admitem o medo da 'onfusão mas não fogem dela na dire.ão de uma 'onfian.a fá'il ou um <plano de
tantos passos#
Atrai1nos mais o mist&rio da vida do que sua previsibilidade# @ão porque gostemos espe'ialmente de nos sentir 'onfusos e
sem 'ontrole# D difí'il sentir essas 'oisas# Hs vezes, detestamos isso# 0as não a'*amos que temos es'ol*a3 não, se

enfrenta
Algumasrmos a vida
partes 'om&toda
da vida, 'laro,a são
*onestidade#
ordenadas e 'ontroláveis# Carros não fun'ionam sem 'ombustível, dentes limpos 'om
fio dental desenvolvem menos problemas, famílias não se saem tão bem sem maridos e pais envolvidos# As 'oisas que
podem ser feitas devem ser feitas# @aquilo que a vida pode ser 'ontrolada, deve ser bem 'ontrolada#
0as, as partes mais importantes da vida, aquelas partes que 'ompem tudo o que o Cristianismo deve ser, nos pare'em
mais misteriosas do que 'ontroláveis, mais 'aóti'as do que ordenadas# O que vo'5 faz quando des'obre que sua fil*a foi
abusada seualmente por uma babá? Como vo'5 lida 'om o 'i(me in'lemente que tem do amigo que gan*a mais do que
vo'5? O que pode fazer 'om uma vida de fantasias imorais que simplesmente não vai embora? Como vo'5 se aproima de
eus quando tudo dentro de si pare'e morto? Como o Espírito de eus nos leva ao lar do 6ai, onde a festa está o'orrendo?
Simplesmente não *á nen*uma fórmula para seguir ao tratarmos 'om as 'oisas mais importantes para nós# E a'*amos que
eus plane-ou para que fosse assim3 não para frustrar ou desanimar, mas para evo'ar de nosso interior algo que Ele -á
'olo'ou em nós, algo que & liberado somente quando nos entregamos a Ele no meio do mist&rio# A mas'ulinidade espiritual
envolve a 'oragem de 'ontinuarmos nos movendo ) em meio a uma 'onfusão avassaladora ) rumo aos rela'ionamentos#
6ou'a rela.ão tem 'om entender eatamente 'omo fun'iona e depois faz51lo#
Es'revemos este livro 'omo tr5s *omens vivendo *istórias ina'abadas# ebatemo1nos 'om perguntas que ningu&m
responde# ra'assamos diante de 'oisas que, a esta altura, a'*amos que -á tín*amos superado# 7utamos 'ontra feios
dese-os dentro de nós, in'lusive o impulso de desistir quando a vida nos deia 'ombalidos# 7utamos para viver em
'omunidade uns 'om os outros#
0as, ainda, temos esperan.a# 8alvez nossas vidas este-am se movendo rumo a um tipo de maturidade que nos deiará
boquiabertos e a Satanás mudo# Entretemos a esperan.a de que, embora este-amos 'onfusos, /s vezes, desanimados e
o'asionalmente, desesperados, ainda estamos nos movendo na dire.ão de nossas esposas, nossos fil*os, nossos amigos e
nosso eus#
@em sempre nos movemos 'om desenvoltura e, /s vezes, paramos# 0as nun'a 'omo um a-uste permanente# Esta & a nossa
mensagem 'entral+ mas'ulinidade signifi'a mover1se ) nem sempre 'om su'esso, ou mesmo em vitórias, mas, mover1 se,
'om o tipo de movimento que somente uma fas'ina.ão por Cristo, apaionada, 'onsumidora, dirigida pelo Espírito pode
produzir# E essa & a verdadeira vitória#
6ermitam que nos apresentemos avocês: somos tr5s *omens, 'ada qual 'om uma *istória para 'ontar ) *istórias de
tristeza, alegria, fra'asso, su'esso, t&dio, paião, vingan.a e amor# 4en*a 'onos'o enquanto 'onsideramos o que signifi'a
ser *omem e viver 'onforme eus ten'ionou que os *omens vivessem#

3
A História omeça

!A""# "A$$

O garoto na primeira fileira 'om o sorriso maroto, aquele na ponta esquerda, sou eu, aos quatro anos de idade# D uma
sensa.ão estran*a ol*ar para mim, 'inqGenta anos mais tarde e 'on-eturar o que está por trás daquele sorriso eibi'ionista#
0in*a mente se afasta desse retrato e vagueia em diversos rumos#
7embro1me de quando tin*a 'er'a de trinta anos de idade# Eu a'abara de dirigir um estudo bíbli'o na sala1de1estar de 6*ii e
EvelIn# urante a 'onfraterniza.ão que se seguiu, agarrei um peda.o do bolo de EvelIn e dei umas voltas# 6osso me ver
brin'ando, provo'ando, entretendo ) prendendo 'ada uma das pessoas que eu *avia a'abado de ensinar 'om o que min*a
memória diz ser um sorriso barul*ento, não muito diferente do que apare'e no retrato# Após todos terem saído, e'eto eu
e min*a esposa, EvelIn me pro'urou 'om um ol*ar 'on*e'ido, um ol*ar preo'upado+ <A'*o que sei porque, /s vezes, vo'5
age 'omo pal*a.o ) ela disse# >mediatamente senti1me apan*ado, at& um pou'o irritado, mas 'onsegui aparentar
despreo'upa.ão# <A* &? 6or qu5?# <6orque isso alivia a pressão de ser o *omem que vo'5 &#
Outra lembran.a# 8alvez eu tivesse uns doze anos# Eu estava de f&rias 'om meus pais e irmão, passando a noite num
*otelzin*o r(sti'o nas montan*as, ao norte do Estado de @ova lorque, logo depois de uma 'idadezin*a modorrenta
'*amada S'*roon 7aJe# 0in*a 'ama era a parte de 'ima do beli'*e# Kma -anela se abria para o lago, ban*ado pelo luar e
emoldurado por mil pin*eiros#
7embro1me de estar deitado no beli'*e, ol*ando pela -anela, totalmente arrebatado pela ma-estade daquela 'ena# Km
senso irresistível de que eu era parte de algo grandioso, algo belo, insinuou1se em meu 'ons'iente# Em toda a min*a vida,
essa foi, talvez, a 'oisa mais próima a um '*amado de eus que -á ouvi# Eu sabia que me en'aiava, sabia que era parte de
uma *istória maior e me senti despertado# Eu tin*a algo para dar que faria uma diferen.a# Eu me emo'ionei muito# Senti1
me elevado a uma dimensão que eu -amais vira antes# 0as, tamb&m senti1me amedrontado, aterrorizado 'om um temor
que queria me paralisar#
Outro episódio me vem, agora, / lembran.a# Cres'i em 6lImout* 0eeting# um min(s'ulo bairro no sub(rbio de ilad&lfia e
meu quarto fi'ava no fim de um longo 'orredor# Certa noite, eu estava deitado na 'ama, lendo a min*a Bíblia# 8alvez tivesse
uns treze anos# Ouvi os passos de meu pai vindo na dire.ão do meu quarto# Es'ondi depressa a Bíblia debaio dos len.óis e
agarrei um gibi# 6apai teria fi'ado en'antado ao me ver lendo a Bíblia# 0as, por que l*e neguei essa alegria? 6or que preferi
ser visto 'om um gibi?
Se vo'5 perguntar / min*a mãe 'omo eu era, quando garoto, ela de'erto repli'ará imediatamente ) 'omo -á o fez muitas
vezes ) e 'om um ol*ar de afetuosa easpera.ão+ <Ele era maroto2
esde a min*a infLn'ia, at& terminar o 'olegial e a fa'uldade, trabal*ei duro para ser bobo# @ingu&m que me 'on*e'eu
nesses anos -amais adivin*ou que eu me sentia '*amado por eus e que eu lia a Bíblia# O fato de eu es'rever livros s&rios,
em vez de *istórias em quadrin*os, tem surpreendido a maioria dos meus amigos da infLn'ia e adoles'5n'ia#
Será que ven*o tentando por anos, do -ardim da infLn'ia em diante, es'onder min*a ess5n'ia atrás de bobagens? Será que
eu brin'ava 'om nosso amigo de estudo bíbli'o para impedir que eles me levassem muito a s&rio? A no.ão de que eu tin*a
algo a dizer a este mundo me aterrorizava? Seria eu# um malandro, tentando fugir de um '*amado ) sentido desde muito
'edo
) de ser *omem, bus'ando negar os son*os que estavam se formando dentro de mim?
8alvez eu ainda se-a um malandro3 ainda 'ontinue sorrindo enquanto me assento na fileira da frente da min*a 'omunidade#
Eu me pergunto se a perspe'tiva de mover1me para dentro do meu mundo, 'omo a pessoa que sei que sou, ainda me
apavora3 talvez isso me enfure.a e fa.a 'om que eu me sinta isolado, desligado, solitário# Estes pensamentos me passam
pela 'abe.a enquanto fito o sorridente garoto de quatro anos que fui )e talvez ainda se-a2
Enquanto 'ontinuo ol*ando a foto, toda uma seqG5n'ia de pensamentos me o'orre# @ão ten*o nen*uma lembran.a disso,

%
mas não posso imaginar que a professora da es'ola domini'al fi'asse espe'ialmente 'ontente 'om meu sorriso malandro#
Se eu fe'*ar os ol*os e visualizar o que presumo fosse seu ol*ar de desaprova.ão, posso sentir um estran*o prazer, um
sentimento definido de satisfa.ão# Mamais senti que fazia parte do meu grupo de 'oleguin*as# @un'a me 'urvei 'om
fa'ilidade debaio de padres# 8alvez eu goste que se-a assim# Km pou'o de rebeldia & gostoso#
8alvez *a-a um tipo bom de rebeldia, um brio, uma 'oragem de viver autenti'amente, mesmo que o pre.o se-a o de não se
en'aiar# 8alvez se-a a 'oragem de son*ar# Se-a o que for, gosto disso#
Km pou'o de refleão *onesta me faz pensar que sou um i'ono'lasta# um não1'onformista, um radi'al de 'abelos 'urtos e
-aqueta esporte azul1marin*o# Km seminário me 'ontratou 'omo professor por sete anos ) e depois me pediu que saísse#
0in*a presen.a não se a-ustava bem 'om parte de sua 'lientela# Em retrospe'to, posso ver uma 'entena de 'oisas que eu
disse e fiz que 'ompreensivelmenteos preo'upassem# 0uitas dessas 'oisas foram imaturas3 algumas, pe'aminosas3 outras,
eu faria de novo#
Sinto que liberar a pessoa que sou & um negó'io perigoso# 8alvez eu se-a um malandro rebelde de sorriso maroto no rosto,
'om maior freqG5n'ia do que per'ebo# 0as, nem a rebeldia nem a malandragem me definem. Fá outra 'oisa que & mais
'entral no meu ser# Sou um refleo mas'ulino do 'aráter de eus#
Eu fui pro-etado para mover1me dentro ) e atrav&s ) do meu mundo 'om riso e esperan.a# Sou '*amado a me preo'upar
menos 'om 'onformidade do que 'om integridade, menos em me integrar e mais 'om as vises de um son*ador# A leveza
do riso da esperan.a e a 'oragem de permane'er sozin*o, enquanto Son&os' são bus'ados3 são as mar'as de um *omem#
azer pal*a.ada & o riso barateado# Os pal*a.os fazem 'aretas# Os *omens riem# A rebeldia & a integridade 'orrompida# Os
rebeldes destroem# Os *omens dão vida# @ão q uero ser nem pal*a.o nem rebelde, mas não quero evitar esses dois erros
'om tanto rigor que per'a as boas qualidades que eles disfar.am# @ão quero ser um 'onformista previsível, preso a algo que
requer menos de mim do que sou '*amado a dar# @ão quero uma vida de fantasias que eu possa usufruir sem sair do sofá#
=uero son*os que fa.am 'om que eu me mova diante de desvantagens impossíveis#
=uero ter esperan.a, quando a vida for intolerável e quebrar o que a torna intolerável# 8alvez o sorriso eibi'ionista do
malandro rebelde amadure.a um dia para tornar1se o riso de um romLnti'o e a 'oragem de um son*ador#

(
“Deus fez o homem or!ue ama hist"rias”.
Elie Niesel, Os 6ortais da loresta

)*+ H,)S*+

8en*o me sentido um impostor a vida toda# 6or isso uso um terno bonito, assumo uma postura de pessoa bem1su'edida,
'olo'o um sorriso no rosto, dou a impressão de estar 'om tudo# Sou o retrato do su'esso# 0as não deie que a foto deste
livro engane vo'5# Fá outro retrato que nun'a mostro a ningu&m# Se vo'5 me energasse 'omo eu me energo, veria uma
pessoa diferente# 4eria um *omem que se sente inseguro e in'ompetente, um *omem que perde *oras de Sono noite
porque está preo'upado em ser bem1su'edido# 4o'5 veria um *omem que a'redita nada ter e por isso pre'isa fingir que
tem algo ) qualquer 'oisa ) a ofere'er, 4eria um *omem que se pergunta se eiste alguma 'oisa debaio desse belo terno#

O menino de terno+ um e'elente retrato te min*a vida 'omo *omem# Eteriormente, fin-o que estou 'om tudo enquanto,
por dentro, estou desmoronando# Eu tin*a seis anos de idade quando essa fotografia foi tirada3 não muito depois da
separa.ão dos meus pais# =uando entrei para a primeira s&rie, eu queria tanto me identifi'ar 'om meu pai que troquei meu
primeiro nome para o de meu pai# >n'rível, um garotin*o de seis anos tro'ando de nome2 0as foi o que fiz# aquele dia em
diante eu não seria mais 0i'*ael Fudson, mas, onald Fudson#
7embro1me distintamente dovazio persistente de nossa 'asa# de quantas saudades eu sentia de meu pai e quanto anelava
por sua presen.a 'onos'o# Eu son*ava que um dia ele voltaria# Eu tamb&m temia pelo bem1estar de min*a mãe# @as duas
primeiras semanas de aula, na primeira s&rie, eu saí furtivamente da 'lasse, sem ningu&m ver e 'orria para 'asa por
preo'upa.ão 'om min*a mãe# Enquanto o restante dos meus amigos estava na es'ola, labutando 'om seus <Ab's# eu
estava me preo'upando sobre 'omo iríamos sobreviver# O garoto de seis anos tornou1se um *omenzin*o# Eu estava preso
entre a ne'essidade de ser um *omem para min*amãe e a solidão de ser um garotin*o sem pai#
Eu não era um *omem, nem me sentia 'omo tal, mas isso não importava# O que importava era que, quando menino, meu
mundo ruiu aos meus p&s e fui 'onfrontado 'om um 'aos apavorante# 0in*as 'ir'unstLn'ias me for.aram a inventar
alguma forma para enfrentar meu terror, 'onfusão e tristeza# 0as, 'omo eu podia enfrentar isso tudo se não *avia nada por
trás de mim? Como podia ser um *omem, quando na realidade eu era um garotin*o? Conven'i1me de que ser *omem era
impossível3 algo 'omo tentar tirar água fres'a de um po.o vazio# Assim, * impostor, 'ome.ou sua -ornada#
oi assim que vivi, quando 'rian.a, e foi dessa forma que es'ol*i '*egar / idade adulta# A maioria dos *omens enfrenta
'asamento, fil*os, vo'a.ão e finan.as 'om grande fa'ilidade3 eu enfrentei essas 'oisas 'om um medo paralisador# 6or
eemplo, o 'asamento foi uma de'isão torturante, 'om a qual flertei por anos#
Eu saía 'om algu&m por alguns meses ou mesmo anos e ) / medida que a perspe'tiva de 'asamento pare'ia estar 'ada vez
mais perto ) subitamente, milagrosamente, eu evo'ava d(vidas <vindas de eus# E eram d(vidas 'onvin'entes# >n'luíam
questes de 'omo ela 'onseguiria viver num trailer, dependendo uni'amente do salário de um pastor, ou 'on-e'turas após
alguns meses de namoro%, sobre o que a'onte'era 'om a <magia que eistia antes entre nós#
0eu padrão de namoro era tão previsível que '*egava a ser apavorante# =uanto mais perto algu&m '*egava do meu
'ora.ão, mais furiosamente as d(vidas brotavam e, mais depressa, eu 'orria# Eu estava 'orrendo / toda3 do qu5, eu não
sabia ) mas estava 'orrendo# Sempre me des'ulpava epli'ando 'om desembara.o, /s pessoas, que isso era apenas a
min*a personalidade# <Ol*em, S*, um 'ara livre e sossegado# 0as eu não 'onseguia es'apar / des'onfian.a de que estava
'orrendo das próprias 'oisas que mais dese-ava# Embora estivesse apavorado, eu sabia que dese-ava desesperadamente
amar e ser amado# ese-ava apaionadamente partil*ar min*a vida 'om algu&m espe'ial, algu&m que 'amin*asse a -ornada
'omigo# Eu amava 'rian.as, mas nun'a a'reditei que podia ser pai#

6ara
forma'ompensa r meu'omo
de me sentir temor*omem#
e meusAt&
sentimentos
atingir osde in'ompet5n'ia,
vinte segui
e oito anos de o padrão
idade, que aprendi
-á realizara muitosem
dos'rian.a+ des'obri uma
meus son*os
vo'a'ionais# Era 'ompetente e bem1su'edido em meu minist&rio# Atirei1me ao trabal*o 'om uma f(ria terrível# Eu vivia para
'ompetir e ven'er, e desafiava abertamente as pessoas a me dizerem que eu n/o 'onseguiria realizar qualquer trabal*o#
8odas as vezes provava que elas estavam erradas# 0esmo retrate, só um pou'o mais vel*o ) belo terno, sorriso bonzin*o,
postura de su'esso#
0as, *avia algo terrivelmente errado# Eu era bem1su'edido, por&m, vazio# =uanto mais eu me desta'ava no trabal*e e na
-
min*a forma.ão, mais eu sentia que me distinguia em 'oisas sem importLn'ia# Arrastava1me atrav&s do labirinto que a
so'iedade 'olo'a diante de seus *omens e '*egava a um be'o sem saída# 0uito pior ) eu era um be'o sem saída2
Se'retamente, eu vivia 'om este lema+ <@o meu mundo não ten*o o que & ne'essário para ser um *omem# 8oda a min*a
energia era gasta para 'onven'er a todos de que eu tin*a valor por ser 'ompetente# 0eu po.o estava vazio e eu tentava
en'*51lo 'om 'oisas que provin*am de fora de mim, 'oisas que não eram realmente importantes# 4iver e amar 'usta um
mil*ão de dólares, e apenas uns pou'os 'entavos tilintavam em meu bolso#
Se eu fosse parar aqui, 'ontudo, min*a *istória seria apenas mais uma trag&dia# @este livro, damos muita importLn'ia a
*istórias# Kma das prin'ipais raz#es para isso & a nossa 'onvi'.ão de que somos uma gera.ão de *omens sem *istórias#
Somos uma gera.ão de *omens que não sabemos quem somos, por que estamos aqui, ou aonde estamos indo# 8odos nós
estamos nesta -ornada '*amada mas'ulinidade, mas, pou'os de nós, se fomos *onestos, sentimo1nos / vontade na senda
que tril*amos# 6or não ter tido o privil&gio de 'res'er 'om meu pai, eu não a'reditava que tivesse qualquer *istória a me
respaldar, qualquer *istória para levar adiante# Eu sentia que não *avia ningu&m por mim, por isso eu tin*a te me defender
sozin*o#
A aus5n'ia de *istória na min*a vida for.ou1me a voltar / *istória admirável de meu 6ai, o (ni'o que sempre esteve
presente# E des'obri que ten*o, sim, uma *istória para 'ontar# e min*a perda brotou uma *istória ri'a e variada# Agora
posso ver 'om um pou'o mais de 'lareza que min*a *istória diz respeito ao toque redentor, in'apa'itador, de um 6ai3 & uma
*istória que deu 'oragem a um *omem apavorado, 'onfian.a a um *omem inseguro, e esperan.a a um *omem
desanimado#
Se nos sentássemos para tornar um 'af& e vo'5 me visse *o-e, veria um retrato realmente estran*o# e tempos em tempos,
vo'5 veria um garoto que o engana 'om um terno e um sorriso# 4o'5 tamb&m observaria um garoto que teme e titubeia#
0as, na maior parte do tempo, vo'5 veria um *omem ) não um garoto ) que mudou dramati'amente# 4o'5 'onversaria
'om um *omem que ama a esposa e está totalmente en'antado 'om o fil*o# 4eria um *omem que tem algumas amizades
'*egadas e que -á não aliena seu pai, a quem ama#
Eu 'ostumava pensar que ser *omem era pular da 'ama, toda man*ã, 'om uma *istória perfeita ) nen*um medo,
nen*uma trag&dia# nen*uma inseguran.a, nen*uma d(vida sobre si mesmo# 0as agora 'reio que, ser *omem, neste
mundo & ser algu&m que tem 'oragem de ven'er seu medo, f& para responder /s suas d(vidas e amor para levá1lo al&m da
perda# A esperan.a, para mim, reside no meu poten'ial de to'ar as pessoas redentoramente, nas gera.es vindouras, em
vez de apenas passar esbarrando por elas, 'omo um fantasma torturado#

.
A! A+)"/0S

A fotografia em preto1e1bran'o, emoldurada, de um -ogador mirim de beisebol, repousa sobre uma 'Pmoda no nosso
quarto, entre outras re'orda.es da família# A 'on*e'ida pose em uniforme listrado, bon& na 'abe.a e ta'o sobre o ombro
será, imagino eu, vista por meus netos algum dia num futuro distante#
6ergunto1me 'omo eles me ol*arão# Será que ol*arão a foto 'om o mesmo ol*ar desinteressado que muitas vezes ten*o ao
fol*ear OS antigos álbuns da família? Será que rirão do uniforme <fora1de1moda e das orel*as que se pro-etam de um bon&
grande demais? 8alvez eles riam, mas espero que fa.am algo diferente# =uero que saibam algo mais# 0eu dese-o & que eles
'ompreendam que esta foto nada mais & do que uru (ni'o quadro num filme de longa1metragem e não pode ser entendida
fora do 'onteto do filme todo# =uero que eles 'on-e'turem sobre aquele menino# Como era ele? =uais eram as suas
qualidades# Suas fraquezas, seus son*os?
Como passarei tal senso de *istória adiante, não ten*o 'erteza absoluta# 0as ten*o 'erteza de que antes de passar algo
adiante, ten*o de sab51lo eu mesmo# e 'erto modo, pre'iso interessar1me vivamente por aquela fotografia antes de pedir
que outra pessoa reflita sobre ela# =uero 'ompreender as 'enas do meu passado no 'onteto mais amplo e depois ver
'omo elas se en'aiam num quadro maior ) o filme que estava passando muito antes de eu nas'er e que 'ontinuará para
sempre#
D por isso que quero fazer parte deste livro# 6orque quero pensar sobre min*a própria *istória de uma forma que fa.a
diferen.a para aqueles 'om os quais ten*o um rela'ionamento
) min*a esposa, min*a família, meus amigos e meus 'olegas# =uero pensar sobre min*a *istória não de uma forma
absorta, mas de uma forma que 'onduza / mudan.a#
A fotografia sobre a 'Pmoda & um refleo do que estou querendo dizer# D uma foto min*a 'om oito anos de idade, vestido e
pronto para o -ogo# >sso & o que vo'5 pode ver# O que não pode ver & um garoto que não se saía bem em esportes de
equipe# E o que vo'5 tamb&m não pode ver ) o que, por anos# nem mesmo eu pude ver) são os profundos 'ompromissos
no 'ora.ão daquele -ogador mirim 'om um modo de vida parti'ular# 0as, permita1me epli'ar#

Mamais me esque'erei
en'ontrava de min*a
onde son*ara primeira
estar algum dia#vez
Eu 'omo rebatedor#
iria rebater# Após várias <peneiras
O arremessador aquele dia eera
meses de ante'ipa.ão,
um dos eu me
maiores meninos de oito
anos da turma+ naquela &po'a, uma figura intimidadora# @o primeiro arremesso, vibrei o ta'o 'om for.a e### @ada2 6rimeiro
perdido# O segundo arremesso, questionavelmente não sobre a base, mas 'onsiderado bom pelo -uiz ) perdido2 O ter'eiro
arremesso, saiu muito / esquerda ) bola fora# @o quarto arremesso movi 'om for.a o ta'o e nada ) tr5s perdidos2 @a
verdade, não re'ordo o meu fra'asso 'omo uma eperi5n'ia terrivelmente in'omum ou difí'il3 ser eliminado era algo bem
'omum entre os -ogadores do meu time#
Entretanto, / medida que as semanas passaram e eu 'ontinuava sendo eliminado, lembro1me, sim, de uma sensa.ão
esquisita que 'ome.ou a tomar 'onta de mim# 0uitos dos outros 'aras do time estavam 'ome.ando a a'ertar# E 'om as
rebatidas vin*am <vivas e berros e 'orridas -ubilosas em volta das bases# Enquanto eles estavam se deli'iando 'om o -ogo,
eu ainda não *avia feito 'oneão de uma bola 'om o ta'o# Aos pou'os min*a empolga.ão e entusiasmo 'om o -ogo deram
lugar a embara.o e esfor.o penoso# Come'ei a fi'ar 'om a impressão de que a temporada talvez fosse bem longa, ao menos
para mim#
E foi ent/o que notei algo# Alguns -ogadores 'onseguiam '*egar / base sem terem dado uma (ni'a rebatida# Eram os
rebatedores que mais re'ebiam bolas1fora dos arremessadores, do que os erros que eles mesmos 'ometiam e, nesse 'aso,
l*es era permitido 'amin*ar at& a primeira base# e vez em quando eles 'onseguiam at& a feli'idade de ser aplaudidos ao
'amin*arem pelas bases a 'amin*o da base do batedor, resultado de terem um bom rebatedor vindo depois deles na
es'ala.ão#
Ser eliminado foi se tornando 'ada vez mais *umil*ante, então, tomei uma de'isão3 embora não me lembre de que ten*a
sido uma de'isão 'ons'iente# ado ao fato de que os arremessadores mirins não eram 'on*e'idos pela pre'isão de 12
pontaria, per'ebi que *avia muita '*an'e de que bom n(mero das bolas arremessadas em min*a dire.ão não passassem

por 'ima da base# Se eu não girasse o ta'o teria, ao menos, uma '*an'e de '*egar / base e poderia pPr um paradeiro
naquela sensa.ão *orrorosa que me sobrevin*a após ser eliminado# 6elo restante da temporada, -amais girei o ta'o
novamente# Arremesso após arremesso, o ta'o repousou sobre meu ombro# E embora eu fosse eliminado mais vezes do
que esperava, de vez em quando, eu '*egava / base# O'asionalmente, eu '*egava / base do batedor#
A *istória & uma metáfora tristemente apropriada para a maneira 'omo es'ol*i viver boa parte de min*a vida# 6or muitos
anos, mesmo depois de adulto, eu tin*a um firme 'ompromisso de não girar o ta'o, porque era doloroso demais# =uando o
*omem gira o ta'o e não a'erta a bola, 'on*e'e o fra'asso e a *umil*a.ão#
A in'ompet5n'ia & eposta e a vergon*a & um subproduto desta# 0esmo que ele gire e a'erte, sente a pressão das
epe'tativas# Afinal, se vo'5 a'ertou uma vez, deveria ser 'apaz de a'ertar de novo# D mais fá'il deiar o ta'o sobre o ombro
e esperar a 'amin*ada o'asional, dependente do fra'asso do arremessador e do su'esso do próimo rebatedor# A emo.ão
de arquear o 'orpo para trás, voltar 'om tudo e rebater uma bola por 'ima da 'er'a &, para muitos *omens, impensável#
Esse era o retrato da min*a vida+ um *omem imóvel, 'om medo de se mover, re'usando1se a se mover, querendo se mover,
segurando1se devido a um 'ompromisso anterior 'om a seguran.a, fosse na vo'a.ão, nos rela'ionamentos, ou nas
responsabilidades da vida diária# =uaisquer su'essos obtidos, observáveis, eram atribuídos a outros e, interiormente, vistos
'om des'onfian.a#
Enquanto es'revo estas palavras, ten*o uma sensa.ão tanto de tristeza quanto de alegria# 8risteza, pelos danos que min*a
falta de movimento infligiu aos outros# 8risteza, tamb&m, por fi'ar tanto tempo separado dos propósitos de eus, para mim,
'omo *omem# Qemorso, por anos passados em impot5n'ia es'ol*ida e aparentemente ne'essária#
Se este fosse o fim da *istória, eu não teria motivo algum para es'rever# 0as *á uma 'aneta em min*a mão e ela está se
movendo# 4im a 'on*e'er a sensa.ão de girar e a'ertar e, no pro'esso, o que eu temia de fato o'orreu# O fra'asso tem sido
mais do que evidente e a pressão, advinda de me sair bem, apenas aumentou# 0as a paião, morta pela min*a falta de
movimento, reviveu e, 'om ela, veio o dese-o de mais#


Primeira parte

Algo sério está errado


$ sonho se erdeu
$s homens se sentem facilmente amea%ados. & semre !ue um homem é amea%ado, !uando sente um desconforto, em seu
'ntimo algo !ue não comreende, ele naturalmente retirase ara ii una arena de conforto ou domina alguém ou algo
afim de se sentir oderoso. $s homens se recusam a sentir o horror aralisador e humilhante da incerteza, um horror !ue
oderia imeli*los a confiar, um horror !ue oderia liberar neles o oder de se doarem rofundamente nos relacionamentos.
+omo resultado, a maioria dos homens não se sente chegada a ninguém, esecialmente. não a Deus, e ninguém se sente
chegado a eles.
lgo bom nos homens est- blo!ueado e recisa ser osto em movimento. uando o bom movimento -ra, o mau
movimento (bater em retirada ou dominar) certamente se desenvolve.

1
Capítulo 1

Uma Visão para os Homens

Ele estava 'asado *á menos de dois anos e as 'oisas estavamterr'veis. Ele se sentia perdido, 'onfuso, zangado# 8udo o que
sabia, 'om certeza, era que dese-ava 'onversar 'om o pai# 0ais do que qualquer 'oisa, ele queria que seu pai
'ompreendesse3 que estivesse ali 'om ele3 que ol*asse bondosamente para ele, 'om envolvimento e respeito, sem pregar
sermão nem se afastar#
O pai sempre fora o seu *erói, o modelo de tudo que era *om# Bem 'asado por trinta e quatro anos 'om sua mãe fiel, uma
mul*er que nun'a re'lamava, que sempre fi'ou em 'asa# Ele podia lembrar1se de ouvi1la epressar interesse em trabal*ar
num *ospital infantil próimo ) ela realmente gostava de 'rian.as ), mas o pai sempre a demovia de tal intento 'om um
sorriso e um lembrete deli'adamente reprovador de que ele proveria para a família#
@a igre-a, tamb&m, seu pai era um eemplo maravil*oso# Como presbítero, ele servia os elementos na 'elebra.ão mensal da
Santa Ceia3 lutara por manter o 'ulto de ora.ão e estudo bíbli'o do meio da semana quando o novo pastor auiliar sugeriu
substituí1lo por grupos familiares3 nun'a bebia todos sabiam disso%3 dava o dízimo fielmente3 fazia devo'ionais em família
quase todas as noites3 mantin*a tr5s fil*os sempre sob 'ontrole# <Sua família & um testemun*o tão bom era uma frase que
ele freqGentemente ouvira dirigida ao pai, que sempre sorria e dava glórias a eus#
6or que a distLn'ia de vinte minutos de 'arro / 'asa do pai l*e pare'eu tão longa? 6or que o terrível aperto no peito?
<6apai### ) 'ome.ou ele ) <###pre'iso 'onversar 'om vo'5# Está tudo *orrível no meu 'asamento# @ão sei o que fazer2
O sorriso# Aquele mesmo sorriso que manteve sua mãe dentro de 'asa por trinta e quatro anos# O mesmo que os outros
a'*avam *umilde# Ele per'ebeu, então, pela primeira vez, quanto o detestava#
Então, o pai falou+ indi'ou1l*e dois títulos de livros, seguido de 'onsel*os para que lesse Ef&sios R e da sugestão de que
entregasse tudo ao Sen*or#
<0as, pai ) quase eplodiu ele# ) <Má li esses livros, estudei Ef&sios R e orei da mel*or maneira que 'on*e.o# =uero algo
mais de vo'52
O pai permane'eu imóvel, O sorriso se foi, substituído por um ol*ar que poderia matar, um ol*ar que o fil*o -á vira antes,
mas nun'a dirigido a ele# Sil5n'io### Km momento apavorante de tensão, depois o pai levantou1se e, sem dizer palavra,
deiou a sala#
<Essa foi a primeira vez ) admitiu ele mais tarde ) <###que per'ebi que meu pai era um fra'o#
6ergunto1me 'omo seria ver um *omem que fosse totalmente entregue ao Sen*or##
@a parede ao lado da es'rivanin*a, em meu es'ritório, estão dependuradas as palavras de # 7# 0oodI, es'ritas,
emolduradas e posi'ionadas de forma que eu as possa ver todos os dias+
<O mundo ainda está por ver o que eus pode fazer 'om e para e atrav&s e em e pelo *omem que l*e se-a total e
'ompletamente 'onsagrado# <8entarei ao máimo ser esse *omem#
Amo ler biografias, as *istórias de *omens 'omo Osald C*am*ers, C#S#7eis, Mo*n Tno, Monat*an Edards, Agostin*o,
6aulo e Meremias# Ao ler sobre suas vidas, ten*o a impressão de que nossas idéias modernas sobre maturidade mas'ulina
estão bem distantes do que os *omens piedosos das gera.es que nos ante'ederam 'ompreendiam e prati'avam#
@ós falamos muito, *o-e, sobre 'oisas 'omo vulnerabilidade e 'oragem de sentir a nossa dor# Eles pare'iam mais
interessados em adorar e testemun*ar# @ós falamos de 'omuni'a.ão e de viver / altura do nosso poten'ial# Eles 'aíam de
-oel*os em quebrantamento e se levantavam para servir#
6ergunto1me se as virtudes que tentamos desenvolver eram naturais para aqueles *omens de tantos anos atrás, 'u-as
batal*as mais difí'eis eram travadas 'ontra qualquer 'oisa que os impedisse de 'on*e'er a Cristo#
@ós nos reunimos em p equenos grupos para 'ompartil*ar nossos sentimentos e dis'utirmos prin'ípios para nos
rela'ionarmos mais intimamente ou para edifi'ar a auto1estima# Eles empreendiam longas 'amin*adas 'om *omens mais
vel*os que falavam 'om fa'ilidade de eus e que irrompiam em ora.ão em aviso1pr&vio#
Kma o'asião, durante sua <noite es'ura da alma que durou diversos anos%, Osald C*ambers saíra para 'a.ar 'oel*os 'om
Mo*n Cameron, um vel*o amigo da Es'ó'ia, a'ompan*ado de dois 'ães# O propósito da 'amin*ada era 'a.ar, mas quando
eles '*egaram a uma riban'eira 'obertade relva, Cameron sugeriu que se detivessem por algum tempo e orassem#
@ós nos a-oel*amos e ele nos dirigiu em ora.ão, es'reveu C*ambers sobre a o'asião# <Então eu 'ome'ei a orar, mas o
fil*ote 'ollie, que *avia fi'ado perfeitamente quieto durante a ora.ão do an'ião, imaginou que eu nada mais tin*a para

fazer al&mergueu1se,
Cameron de brin'ar severamente
'om ele, e 'ome.ou
tomouao'orrer por pelo
'ãozin*o ali, pulando
pes'o.osobre mim,
e falou+ lambendo
=uieto, meuEu
quieto2U rosto, e ganindo
sentarei sobredeoalegria#
'ão
enquanto vo'5 ora#U E foi o que ele fez#9
Os *omens religiosos de *o-e t5m en'ontrado, 'om demasiada freqG5n'ia, um eus 'onveniente, um eus de utilidade
imediata promovido por líderes que estão mais vibrantes pelas multides de fLs do que pela oportunidade de quieta
'omun*ão 'om eus# O pe'ado mais duradouro na *istória de >srael foi 'ometido pelo rei Meroboão ve-a : Qeis :9,
espe'ialmente os versí'ulos 9$1""%, que fa'ilitou o 'ulto das pessoas reduzindo eus a uma divindade lo'al, visível3 e ele o
11
fez simplesmente para promover suas próprias ambi.es# E fun'ionou# Ele 'onseguiu um grande n(mero de adeptos e
reinou em >srael por vinte e dois anos#
!randes multides podem produzir grandes 'oisas# 0as elas me atemorizam# A obra mais profunda, mais duradoura de
eus & feita 'om mais freqG5n'ia em isolamento, num diálogo pessoa1a1pessoa, ou na dis'ussão de um grupo pequeno# Hs
vezes, Sua mel*or obra 'ome.a nas grandes multides, mas o que a'onte'e ali pode ser fa'ilmente tomado por algo
a'abado, quando não & mais do que algo 'ome.ado#
!randes multides a-udam os *omens modernos a se sentirem *omens# =uer este-amos tor'endo pelo nosso time de
futebol ou dando vivas ao nome de Mesus, enfrentamos nosso vazio en'*endo1o 'om qualquer alvoro.o que pudermos
en'ontrar# Enormes a-untamentos nos inflam 'om o que aparenta ser mas'ulinidade aut5nti'a#
Os *omens das gera.es anteriores se defrontavam em batal*as intensamente pessoais que duravam anos3 batal*as que
esmore'iam somente quando eles se entregavam mais plenamente a Cristo, não apenas quando sentiam uma nova paião
varr51los num grande a-untamento ou quando des'obriam algo novo sobre si mesmos na terapia# O gozo de en'ontrar a
Cristo era liberado atrav&s do quebrantamento sobre o pe'ado, que levava a uma entrega reverente a eus# Con*e'er a
Cristo intimamente se desenvolvia mediante uma obra profunda do Espírito de eus que, por vezes, o'orria em grandes
multides mas, 'om maior reqG5n'ia, durante longas temporadas de aflitiva ora.ão em solidão#
6ode1se argumentar que os *omens, *o-e, tendem a ser mais sensíveis no que diz respeito a rela'ionamentos do que os
nossos severos antepassados# 8alvez este-amos mais 'ons'ientes de que devemos ligarmo1nos em nossas esposas, fil*os e
amigos# 8alvez este-amos aprendendo que os *omens de verdade são tanto ternos quanto fortes, de maneira que os
*omens mais vel*os n un'a entenderam 'laramente# O movimento moderno de a'onsel*amento pode reivindi'ar uma boa
parte do 'r&dito por esse bom efeito#
0as, se-am quais forem os gan*os que ten*amos feito na so'iedade moderna, eles t5m sido grandemente destituídos de
seu valor porque, a maioria de nós, perdeu a profundidade da 'oneão 'om Cristo que somente vem atrav&s do sofrimento
inepli'ado, do quebrantamento pungente e do arrependimento profundo#
Este livro & um '*amado para voltarmos aos 'amin*os antigos3 não para desistirmos das boas li.es que o pensamento do
Cristianismo moderno nos ensinou, mas para voltarmos a um enfoque muito mais forte sobre 'omo nos en'ontrar / medida
que nos perdemos em Cristo# =uero nos ver 'olo'ando de lado *S esfor.os para solu'ionar nossos problemas, 'urar as
nossas dores e re'obrar a nossa auto1estima2 =uero limpar o pal'o pai1a que Cristo se-a desta'ado pela luz dos refletores3
quero fiar a nossa aten.ão tão 'ompletamente em Sua beleza e poder que qualquer outro pensamento se-a perfumado
'om a Sua fragrLn'ia#
Adorar Cristo, orar a Ele, pro'urá17o avidamente por toda a Es'ritura, *umil*ar1nos diante dUEle, em quebrantamento pelo
nosso orgul*o e nossa devo.ão morna, esperar nUEle para que nos en'*a 'om o Seu Espírito, servi17o 'om um propósito
sin'ero e uma paião que 'onsome todas as outras ) estes são os 'amin*os antigos aos quais pre'isamos retornar#
Ao ler este livro, não per'a de vista esta verdade simples+ A (ni'a maneira de ser viril &, antes, ser piedoso# Em
nossos dias,
os *omens estão pro'urando sua mas'ulinidade mais do que estão pro'urando a eus# Fá *omens demais 'ometendo o
erro de estudar a mas'ulinidade e de tentar prati'ar o que aprendem, sem prestar aten.ão sufi'iente em seu
rela'ionamento 'om eus# Será que realmente amamos a Cristo, ou a nossa paião & mais programada e os'ilante do que
genuína e 'onstante? Estamos 'res'endo numa santidade que atrai os outros prin'ipalmente nossas famílias% a Cristo, ou
eibimos um fervor ) e prati'amos um ritualismo ) que somente impressiona os outros pelo nosso zelo?
Qon fazia
sobre suasparte de um'ontra
batal*as grupoade *omens,
las'ívia, de sua
sobre igre-a, que
as tenses emse reunia
'asa# semanalmen
preo'upa.es notetrabal*o#
bem de man*ãzin*a#
Eles oravam Eles falavam -untos#
e 'antavam
se abra.avam e, /s vezes, '*oravam -untos prestando 'ontas, mutuamente, sobre o que estava a'onte'endo em suas vidas#
Qon sempre deiava essas reunies animadas e prontas, 'omo *omem, para 'onquistar seu mundo# Ele não podia ter fi'ado
mais surpreso quando sua esposa um dia l*e pediu que deiasse de freqGentar o grupo# Ela não estava gostando do efeito
que o grupo tin*a sobre ele# Ela sentia que ele saía de lá mais entusiasmado do que terno, mais resolvido a fazer a 'oisa
'erta do que a se envolver 'om sua família e amigos#
@ossos mel*ores esfor.os para nos tornar varonis -amais produzirão a aut5nti'a mas'ulinidade enquanto não 'res'er# em
nossos 'ora.es, um sentido permanente de adora.ão# E se pensamos que en'ontrar Cristo & algo que podemos fazer num
seminário de fim1de1semana, então nossa adora.ão será superfi'ial# En'ontrar Cristo & um longo 'ombate de aniquilamento
do orgul*o que passa pelo desespero e '*ega ao gozo in'ontrolável da plenitude do Espírito, passando novamente por um
desespero mais sombrio a um gozo mais radiante ainda# Os *omens que evitam esse 'ombate eperimentarão apenas um
arrependimento superfi'ial# Seu verdadeiro 'ompromisso será para 'om 'oisas que não importam de fato# Eles -amais
desenvolverão uma paião 'apaz de to'ar o 'entro de qualquer outra pessoa 'om amor vitalizador#
Qon a'abou deiando o grupo# Ele 'ome.ou a se en'ontrar para o 'af& da man*ã 'om um sen*or mais vel*o, da igre-a, que
*avia notado por anos mas, de fato, nun'a '*egara a 'on*e'er# Qon o ouvira orar algumas vezes na igre-a# Suas ora.es
eram diferentes3 pare'iam 'onversas íntimas 'om um amigo muito amado# 6or quase quatro meses, Qon en'ontrou1se 'om
aquele *omem, por vezes, todos os dias de uma mesma semana# Qon pediu que ele l*e falasse sobre sua vida, seu
'asamento, seu rela'ionamento 'om eus# Aquele sen*or sempre levava a sua Bíblia e muitas vezes a abria 'om o
entusiasmo de um avP tirando as fotos do primeiro neto# =uando aquele sen*or não pPde mais parti'ipar desses en'ontros
a esposa de Qon fi'ou desapontada#
12
Fomens que aprendem a estar mais fas'inados 'om Cristo do que 'onsigo mesmos se tornarão os *omens aut5nti'os dos
nossos dias# Os *omens desta gera.ão pre'isam aprender a 'onsiderar o pre.o de seguirem a Cristo o 'usto & fá'il de
'al'ular+ tudo o que temos%# @ós pre'isamos sentir o vazio de nossas almas at& que nen*um 'usto pare.a alto demais se
nos levar a um 'ontato 'om Ele# 6re'isamos resistir / influ5n'ia da 'ultura 'ristã que valoriza a auto1des'oberta e a auto1
satisfa.ão a'ima de nossa total entrega a eus# Em suma, pre'isamos estar mais preo'upados em 'on*e'er a Cristo do que
em nos en'ontrar#
Se tudo isto de fato a'onte'er, então, daqui a trinta anos, mais 'rian.as talvez des'ubram, na gera.ão mais vel*a, um maior
n(mero de eemplos de *omens piedosos, varonis# 8alvez elas se-am levadas a bus'ar a eus de todo o seu 'ora.ão e alma,
movidas pela poderosa 'oer5n'ia e amor não amea.ador que v5em em nós#
Eu ten*o um son*o# Somente o tempo dirá se ele & realmente de eus# Eu a'*o que sim# 0eu son*o & realmente bem
simples# Ao ol*ar trinta anos no futuro, ve-o alguns grupos espal*ados aqui e ali, atrav&s do 'enário 'ristão, nos quais
'aráter piedoso e sabedoria espiritual serão mais prestigiados do que diplomas e *abilidades, e mais valorizados do que
realiza.ão e 'ompet5n'ia#
4e-o uma 'omunidade de pessoas que lutam, atormentadas por todos os males advindos de terem de viver num mundo
que nun'a fomos pro-etados para suportar3 batal*ando 'ontra in'lina.es e impulsos que nun'a foi inten'ionado que
sentíssemos# 4e-o pessoas 'u-os 'asamentos são terríveis, 'u-os fil*os despeda.aram sua esperan.a de uma família feliz,
'u-os emo.es estão des'ontroladas, que passam noites *orrivelmente longas aterrorizadas por lembran.as de abuso
indizível na infLn'ia, que se sentem tão magoadas pela re-ei.ão que t5m a impressão de que seus 'ora.es estão sendo
arran'ados fora do peito, que se odeiam por 'ausa dos impulsos seualmente pervertidos que devastam seu íntimo, que
'*egam perto de desistir de toda esperan.a sob o peso de infinita solidão#
Em meu son*o, ve-o essas pessoas fazendo algo que muito pou'os estão fazendo *o-e na vida real# Eu as ve-o passando
al&m do 'onsultório que ostenta uma pla'a anun'iando um profissional 'u-o treinamento garante 'ompet5n'ia t&'ni'a mas
não um 'aráter piedoso# 4e-o1as devolvendo livros / prateleira da livraria 'ristã+ os livros 'u-as sobre'apas prometem
falsamente para agora o que somente o C&u proverá mais tarde# 4e-o1as apan*ando um fol*eto que promove o seminário
do qual todo mundo está falando, ol*ando1o e depois 'olo'ando1o de volta no lugar#
4e-o essas pessoas entrarem trope.ando na sala de estar de uma vi(va solitária, en'amin*ando1se para uma lan'*onete a
fim de passar algumas *oras 'om o vi(vo 'ansado, batendo / porta do es'ritório onde algu&m que está revestido de
*umildade e ansioso pelo C&u, espera3 algu&m que & desinibidamente fiel ao apontar de maneira 'alorosa para Cristo#
Anteve-o uma gera.ão na qual mentores não se-am tão es'assos3 na qual, pastores e presbíteros, gozem novamente de alta
'onsidera.ão porque pastoreiam e presbiteram3 na qual, líderes 'ristãos não sofrem mais a eig5n'ia de administrar
minist&rios do modo que ee'utivos 'onstroem 'orpora.es, antes, são reveren'iados 'omo *omens de influ5n'ia piedosa#
Se eu ol*ar 'om for.a o meu son*o, posso ver um e&r'ito de *omens e mul*eres sábios distribuídos entre o povo de eus,
armados apenas 'om dis'ernimento deli'ado e sabedoria penetrante ) qualidades de 'aráter que foram for-adas nas
'*amas do sofrimento# São esses os que pagaram um pre.o que pou'os estão dispostos a pagar# E o pagaram
'ontinuamente por anos, sem alívio# Esses *omens são 6A>S, essas mul*eres são mães, pessoas piedosas 'u-a quieta
presen.a & sentida e valorizada#

Km -ovem 'asal me es'reveu em desespero+ <Estamos 'asados *á seis anos e simplesmente não está dando 'erto# 4o'5
'on*e'e um bom
6or que esse 'asalterapeuta
es'reveria'ristão na nossa
para mim, área? profissional, treinado e li'en'iado, em vez de pedir a um presbítero
um psi'ólogo
de sua igre-a que se reunisse 'om os dois? Será que eles foram atraídos por meu título? 6or meu 'aráter? 6or que a maioria
das pessoas que t5m problemas pensam imediatamente em pro'urar <a-uda profissional? 6or que não pro'uram entre os
sábios *omens e mul*eres 'ristãos? A maioria de nós não 'onsultaria um presbítero sobre ataques de pLni'o ou lutas
seuais, da mesma forma que não pediria ao pastor que obturasse o 'anal de um dente# 6or qu5?
@ossa 'ultura 'omprou a mentira de que os problemas pessoais não t5m uma natureza diferente da dos problemas físi'os#
@os dois tipos de problema, a'*amos que *á alguma 'oisa errada que só pode ser 'onsertada por um perito 'u-a
'ompreensão e'eda a sabedoria ofere'ida pela Bíblia# 6erdemos de vista inteiramente o fato de que qualquer problema
não1físi'o &, no seu 'erne, um problema moral" que tem suas raízes no rela'ionamento da pessoa 'om eus#
6roduzimos, portanto, uma gera.ão de terapeutas, um e&r'ito de 'onsel*eiros treinados para 'ombaterem problemas que
eles mal 'ompreendem porque passaram mais tempo nas salas de aula, tornando1se 'ompetentes# do que na presen.a de
eus tornando1se presbíteros# 6erdemos interesse em desenvolver mentores, *omens e mul*eres sábios que sabem 'omo
'*egar ao verdadeiro 'erne das 'oisas e que t5m o poder de trazer re'ursos sobrenaturais para agir sobre o que está errado#

Se meu son*o se 'on'retizar, toda a nossa 'ultura mudará# Como um terremoto que muda dramati'amente a paisagem,
assim meu son*o, se 'on'retizado, alterará profundamente nossas mais queridas institui.es# Ele despeda.ará nossas
premissas mais profundamente enraizadas de 'omo devemos viver nossas vidas#
8udo que não & material mudará# Coisas que t5m base em fatos 'ientífi'os e em pro'edimentos testados empiri'amente
naturalmente não serão afetadas# As t&'ni'as 'ir(rgi'as e pro-etos de engen*aria para 'onstruir arran*a1'&us não serão
mudados pela revolu.ão 'om que son*o, 'omo tamb&m não mudará o uso legítimo de medi'amentos para ataques de
13
pLni'o, disfun.es obsessivo)'ompulsivas e alguns 'asos de depressão#
0as, a maneira 'omo <fazemos igre-a, 'omo influen'iamos vidas, 'omo provemos lideran.a so'ial e moral, 'omo vivemos
-untos em famílias e em 'omunidades ) isso será radi'almente alterado#
As 'elebridades se tornarão obs'uras# Algumas frases de um presbítero signifi'arão mais do que todos os segredos de vida
efi'az 'ompartil*ados por um 'omuni'ador aplaudido num seminário de fim1de1semana# !randes eventos <'ristãos serão
limitados a evangelismo ou a ora.ão signifi'ativa, adora.ão apaionada, ou instru.ão bíbli'a# As pessoas 'obi.arão mais
uma noite na 'asa de um 'onsel*eiro do que a oportunidade de 'ompare'er a uma reunião para motivar pessoas# Elas
saberão que, a primeira, tem mais poder para mudar suas vidas do que a segunda# Banquetes de premia.ão na 'omunidade
'ristã serão menos pare'idos 'om eventos de FollIood# As pessoas serão *onradas de uma forma que signifi'ativamente
as depre'ie em vez de elevá1las 'omo mais signifi'ativas por 'ausa de suas realiza.es# @ingu&m 'ompetirá 'om Cristo pelas
mais altas *onrarias#
Em meu son*o, eu ve-o+ uma gera.ão de 'onsel*eiros, presbíteros sábios que são mais valorizados do que espe'ialistas
treinados para nos a-udar a responder aos desafios da vida3 *omens e mul*eres piedosos 'u-o poder e sabedoria atingem
mais profundamente as nossas almas do que o 'on*e'imento e a *abilidade de um perito# Se & para meu son*o se realizar,
será pre'iso um milagre de eus, não o pseudo1milagre do tipo espal*afatoso que detona um movimento mas do tipo
sólido, profundo que pode dar iní'io a uma reforma# Má tivemos movimentos o sufi'iente, a'onte'imentos sufi'ientes
daqueles que 'riam enormes s&quitos e '*egam /s man'*etes# 0as não ternos tido nen*uma reforma por bom n(mero de
anos# 8alvez ten*a '*egado a *ora#

0eu son*o se resume numa frase tão simples quanto profunda+ Se os *omens se tornarem *omens, o mundo se
transformará# D verdade tamb&m que se as mul*eres se tornarem mul*eres, o mundo se transformará# Km livro poderia e
deveria ser es'rito ) sobre um Son*o paralelo, um son*o sobre mul*eres mais vel*as que se tornam mães e sobre
mul*eres mais -ovens que aprendem a ser irmãs# Km livro desses sobre mães e irmãs espirituais seria um 'ompan*eiro
apropriado para este livro sobre pais e irmãos espirituais#
Em meu son*o, os *omens mais vel*os serão pais e os mais -ovens serão irmãos# =uando os *omens em todo o mundo
re'obrarem sua voz, liberarem seu poder e re'apturarem o gozo ao seguirem o '*amado de eus para se tornarem *omens
aut5nti'os, a própria natureza da 'omunidade 'ristã mudará# Esse & o meu son*o#
0as, estou preo'upado# Estou preo'upado 'om as próprias 'oisas que deveriam me tranqGilizar# Estou preo'upado 'om a
quantidade de aten.ão que todo este tópi'o de mas'ulinidade está re'ebendo# Estou preo'upado 'om o fato de que
qualquer bem que este-a se desenvolvendo se-a desfeito num futuro revide, quando o movimento mas'ulino for eposto
'omo uma edifi'a.ão sobre areia#
Estou preo'upado 'om o fato de não estarmos enfrentando os terríveis problemas dentro de nós que desfiguram a nossa
mas'ulinidade3 problemas que somente uma 'irurgia dolorosa e prolongada pode 'urar# Estou preo'upado 'om o fato de
termos fiado os ol*os baio demais, de estarmos 'orrendo atrás de algo muito fá'il de al'an.ar, de que um amor mais
profundo por Cristo não este-a no 'entro das 'oisas#
8alvez este-amos nos 'ontentando 'om uma falsifi'a.ão da verdadeira mas'ulinidade# Hs vezes me pare'e que esta id&ia de
se tornar um *omem de verdade foi reduzida a uma moda 'ultural, a um mero movimento a'ompan*ado dos elementos
de sempre+ o entusiasmo de grandes multides, a esperan.a de novas fórmulas, a inspira.ão de palestrantes desafiadores, a
determina.ão de 'ompromissos
O que não pre'isamos & de uma bradados, e as id&ias dos
eplosão temporária gurus de plantão#
de determina.ão e paião# O que de fato pre'isamos & de reforma,
aquela obra de eus mar'ada por repetidos 'i'los de quebrantamento, arrependimento, perseveran.a e gozo# 6re'isamos
que eus nos d5 poder para adentrarmos o mist&rio dos rela'ionamentos num nível de 'oneão vitalizadora que o
entusiasmo e os lemas -amais podem produzir# 6re'isamos abandonar1nos a Cristo de uma forma que libere tudo o que o
Espírito 'olo'ou dentro de nós#
6re'isamos determinar, detal*adamente, o 'usto de tornar1 nos *omens at& que o apelo de qualquer 'oisa inferior
desapare.a e apenas o '*amado de eus permane.a#
Se for para nos tornarmos uma gera.ão de 'onsel*eiros e termos uma 'ultura '*eia de *omens de 'aráter e visão, *omens
que possam 'onduzir a próima gera.ão / verdadeira santidade, então pre'isamos 'uidadosamente 'onsiderar 'omo os
*omens se pare'erão quando Cristo, neles, for formado#
Em dias em que a 'apa'idade de Satanás nos vender uma falsifi'a.ão do que & verdadeiro está no auge, em que & bem
provável que 'onfundamos um 'amin*o 'onfortavelmente estreito 'om o que & mais estreito ainda, pre'isamos 'ome.ar
'om uma id&ia 'lara da apar5n'ia que tem o milagre da mas'ulinidade#

1%
Capítulo 2

Homens Viris e Homens pouco Viris

essa vez Ele estava em s&rios apuros# @a verdade Ele -á *avia ofendido pessoas importantes antes, o sufi'iente para Se
meter em en'ren'as, mas nada tin*a sido tão 'ompli'ado quanto agora#
Seus amigos queriam a-udar eram todos -ovens, fortes, determinados, na primavera da vida, ansiosos por irem em bus'a

daquilo em que a'reditavam# Eles se reuniram para debater o que poderiam fazer# @en*uma de suas id&ias adiantou grande
'oisa #As 'oisas tin*am ido longe demais,## E eles sabiam disso#
A 'onversa, aos pou'os, passou de id&ias para re'lama.es# Eles estavam zangados# Simplesmente não era -usto# 6olíti'a2
Era só o que era# 6olíti'a su-a e podre2
7ogo depois da reunião, um deles *omenzarrão de pele 'or de azeitona resse'ada por 'onta dos muitos dias passados no

mar tentou 'omprar briga 'om um ba-ulador do outro lado, a'*ando que seria mesmo gostoso bater em algu&m# At& os

nomes feios davam 'erto alívio# 0as por que Ele não fazia algo? Era dele, afinal, a batal*a, uma batal*a pela Sua vida#
O pessoal estava apavorado# 8odas as suas esperan.as estavam ruindo, O que fariam? O que l*es a'onte'eria se Ele l*es
fosse tirado? Era só nisso que 'onseguiam pensar#
e repente, Ele os 'onvo'ou para uma reunião# Vtimo2 Agora estamos '*egando a algum lugar# Ele tem um plano# Está
pronto a mover1Se, a assumir o 'omando 'omo um homem. 0as tudo o que Ele disse foi+ <As 'oisas vão fi'ar muito difí'eis#
E isso está 'ome.ando a meer 'omigo# =uero que vo'5s fiquem por perto# Eles - á O tin*am visto perturbado antes# 0as
não assim#
=ueriam 'ontinuar envolvidos 'om Ele# 0esmo2 0as era difí'il fi'ar por ali, impotentes, apenas observando# E não tin*am
dormido *á vários dias#
6or que Ele não se defendera quando O interrogaram? Ele tin*a amigos influentes# 6or que não apelou para eles? Ele não
estava fazendo nada para Se a-udar# 6are'ia resignado ) não, disposto ) a suportar terrível difi'uldade 'omo se fosse Seu
destino#
Ele permane'eu muito quieto, muito 'almo, após aquela (ni'a vez em que desmoronou# Como 'onseguia manter a 'abe.a
fria e não vo'iferar por -usti.a ) ou vingan.a? epois de tudo aquilo, at& o finalzin*o, Ele se preo'upava mais 'om Seus
amigos ) e Seus inimigos ) do que 'onsigo mesmo, ainda fosse Ele quem enfrentava o pior pesadelo#
Algu&m que O vin*a observando por algum tempo 'olo'ou em palavras o que muitos estavam pensando+ <@ingu&m -amais
falou 'omo este *omem2#
Este livro & um pequeno esfor.o em animar os *omens a pensarem seriamente sobre o que & ne'essário para se tornarem
*omens piedosos, *omens para quem algumas pessoas, nas suas 'omunidades, ol*arão 'omo presbíteros, *omens que
serão 'on*e'idos mais por sua influ5n'ia piedosa do que por seu talento e realiza.es#
@ossa 'ultura está agora dividida em dois grupos de pessoas+ alguns peritos importantes ) teólogos treinados# pastores
populares, empresários influentes, profissionais *abilidosos, líderes inspiradores de seminários, espe'ialistas em auto1a-uda
e gente de 'lasse m&dia que vive 'onfortavelmente 'om seus bons empregos e lindos fil*os, gente boa que le'iona na 'lasse
de -ovens 'asais, na igre-a ) e todos os outros, as pessoas 'omuns que 'uidam de sua vidin*a 'otidiana desfrutando
quaisquer prazeres
sem as ma'ias que possam
almofadas obter e 'onforto
do din*eiro, suportando as difi'uldades
e prestígio da mel*ordas
para proteg51las maneira que podem#
questes difí'eis eEssas são as pessoas
da verdadeira dor )
pessoas que se perguntam se aquilo q ue eperimentam & realmente tudo o que eiste na vida#
imagine 'omo seria, se nossas 'omunidades 'ristãs fossem 'ompostas, não de peritos e gente 'omum, mas de presbíteros e
dis'ípulos+ presbíteros ) *omens e mul*eres ), que 'on*e'em bem a eus e que insistiriam, & 'laro, que mal O
'on*e'em, mas que viveriam para 'on*e'517o mel*or%3 e dis'ípulos, vastos a-untamentos de pessoas, 'u-os 'ora.es foram
despertados pela possibilidade de realmente 'on*e'erem a Cristo, uma possibilidade que eles v5em demonstrada nas vidas
dos verdadeiramente maduros# Se & para vir uma reforma, ela virá atrav&s de presbíteros, não de peritos#
Se & para *omens 'omuns se transformarem em pais, para os peritos serem transformados em presbíteros, pre'isamos ter
alguma id&ia sobre a apar5n'ia da mas'ulinidade piedosa# 6re'isamos ter um retrato da verdadeira mas'ulinidade que nos
leve, primeiro, ao quebrantamento ) ao tomar óbvias as nossas fal*as mas'ulinas ), e então, nos in'endeie 'om uma
paião impla'ável por 'umprirmos o tremendo poten'ial de nos tornarmos verdadeiros *omens#
6ortanto, 'ome.o este 'apítulo 'om uma pergunta bási'a+ Com que se pare'e um *omem piedoso? 4o'5 pode substituir a
epressão <*omem viril por <*omem 6iedoso# As duas são a mesma 'oisa%#
Será que ele & espada(do, 'onfiante em si mesmo, durão, bem1su'edido? D poderoso, dedi'ado aos seus propósitos, 'apaz
de manter sob 'ontrole as emo.es que poderiam interferir 'om a realiza.ão de seus ob-etivos? Ele 'ontinua se movendo
'ontra todos os obstá'ulos, -amais se permitindo 'eder ao impulso de entrar em pLni'o ou '*orar? Será que seu gozo mais
profundo vem doU que ele realizou, mais do que daquilo que as pessoas sentem quando estão 'om ele?
Esse & o ponto de vista tradi'ional+ os verdadeiros *omens são dures, dures o sufi'iente para liderar e tomar de'ises e
estar sempre em movimento# 0as durante os (ltimos dez ou vinte anos, esse ponto de vista levou uma surra#
os p(lpitos, em 'onfer5n'ias e atrav&s de livros, os *omens modernos t5m sido en'ora-ados /s vezes ordenados% a
1(
mostrarem seu lado sensível, a se tornarem 'onfortáveis 'om a vulnerabilidade e 'om as demonstra.es emo'ionais, a
pararem de pensar em si mesmos 'omo superiores /s mul*eres, a liberarem aquela parte de sua *umanidade que anela
mais por asso'iar1se do que por realizar#
Fomens que vivem pelo desígnio de eus, & o que esse pensamento sugere# são mais gentis, mais bondosos, mais
aten'iosos do que a'*ávamos que os *omens deveriam ser# Agressão e poder, essas qualidades <varonis tradi'ionais que
levam os *omens a saírem para lutar 'ontra o mundo enquanto as sen*oras fi'am em 'asa, são agora desprezadas 'omo
erros 'ulturais, perverses da verdadeira mas'ulinidade#
Em nossa 'ompreensão moderna, qualquer 'oisa que se-a legítima sobre o <espírito pioneiro perten'e tanto /s mul*eres
quanto aos *omens# E qualquer 'oisa que se-a atraente na vida dom&sti'a deveria atrair tanto aos *omens quanto /s
mul*eres de volta ao lar e ao a'on'*ego que este prov5# @ão devemos mais, dizem1nos, ver *omens 'a.ando enquanto as
mul*eres tri'otam# Esses estereótipos estão mais rela'ionados a uma longa *istória de pensamento patriar'al do que /s
Es'rituras, D assim que muitos pensam *o-e#
0as, os *omens t5m muita difi'uldade em largar seus ar'os e f le'*as e apan*ar lin*as e agul*as# O movimento moderno
dos *omens, agora a todo vapor, brotou par'ialmente 'omo rea.ão / id&ia de que os *omens devem se tornar mais
sensíveis rela'ionalmente ) mais <afeminados, 'onforme alguns t5m epressado a id&ia# Qobert BlI deu iní'io a isso 'om
seu livro, >ron Mo*n Moão de erro%, no qual es'reveu sobre um <ardor dentro de todos os *omens que está esperando para
mover1se poderosamente na vida# Em /ire0 in lhe ell2ogo nas Entran*as%, Sam Teen a'res'entou seu vibrante '*amado a
que sopremos o fogo em nossas entran*as, a que abra'emos e liberemos nossas mais profundas paies#
@en*um desses *omens, nem a maioria dos líderes subseqGentes ao movimento mas'ulino, dese-a retornar ao estilo Mo*n
NIne de mas'ulinidade no qual os *omens eram mais dures do que ternos%, mas epressaram uma preo'upa.ão legítima
de que algo primitivo e bási'o sobre a natureza da mas'ulinidade 'orre perigo de fi'ar perdida na luta da 'ultura para
defini1la#
E eu 'on'ordo# Algo se perdeu# 0as o qu5 eatamente? A id&ia de um <ardor primitivo en'ontrou ressonLn'ia dentro dos
*omens# O '*amado para viver paies mais bási'as do que su'esso e seo foi ouvido por mil*ares# =uando os *omens se
erguem, -untos, em enormes reunies dos 3romise 4eeers e resolvem *onrar suas responsabilidades, algo profundo que
eiste no 'ora.ão dos *omens & liberado# E por isso devemos todos ser gratos#
Ardor, paião, determina.ão )5ão essas as qualidades no Lmago da mas'ulinidade que foram perdidas e estão agora
sendo redes'obertas?
6or razes apresentadas no restante deste livro, 'reio que -á estamos mais perto do Lmago absoluto da mas'ulinidade, mas
ainda não o atingimos, pelo que temos visto at& agora nos movimentos mas'ulinos#
Algo foi perdido# Fá algo errado 'om os *omens# Algo bom que eus 'olo'ou dentro de 'ada *omem ) algo que adquire
vida somente atrav&s da regenera.ão ) não foi liberado na maioria dos *omens# 6or essa razão tão pou'os *omens são
presbíteros#
Como forma de introduzir a min*a Compreensão da mas'ulinidade, permita1me en'ora-á1lo a pensar em mas'ulinidade
'omo uma energia ) um impulso natural dentro do 'ora.ão de todo *omem, um poder e um ímpeto de mover1se na vida
de um modo parti'ular#
Fomens nos quais a energia mas'ulina & suprimida, ou distor'ida, são *omens pou'o viris, não piedosos, não importa o que
a 'ultura os 'onsidere# Os *omens serão varonis somente quando viverem no poder da energia mas'ulina liberada# 0as, o
que
6araeatamente
desenvolverestou querendo
uma id&ia mais dizer
'lara 'om isso?
de 'om que se pare'e a <mas'ulinidade liberada, talvez, antes, fosse (til dar uma
breve ol*ada num *omem não1aut5nti'o, algu&m# 'u-a energia viril permane'e adorme'ida ou que é epressa de forma
'orrompida#

Homens não autênticos

Se vo'5 estiver num rela'ionamento com um &omem pou'o viril, provavelmente o per'eberá+
W Controlador (imessoalmente oderoso)
W estrutivo (ou erigoso)
W Egoísta (comrometido, acima de tudo, a sentir*se de certa maneira sobre si mesmo)

O *omem pou'o viril 'ontrola as 'onversas3 ele manipula a família e os amigos3 arran-a sua vida de modo a evitar qualquer
'oisa que não este-a 'erto de poder enfrentar# Ele não 'onfia em ningu&m3 não profundamente# Ele trabal*a duro para
'olo'ar1se sob uma luz favorável, numa posi.ão da qual ele sai por 'ima ou pelo menos sem ser desafiado# @ão & um bom
ouvinte# Ele raramente faz perguntas signifi'ativas, preferindo ofere'er opinies ou permane'er 'alado# @ingu&m se sente
bus'ado por ele, e'eto, quando sua amizade pode ser uma vantagem# =uando ele '*ega a demonstrar interesse por vo'5,
dá a impressão de um vendedor de 'arros pedindo para ver uma foto da sua família#
Ele & destrutivo# Suas palavras e a.es pre-udi'am as pessoas, embora os 'olegas possam sentir1se en'ora-ados e desafiados

1-
por algum tempo /s vezes um longo tempo%# Os membros de sua família sentem os danos mais 'edo e mais
profundamente mas, geralmente, estão apavorados demais para admitir isso, mesmo para si próprios# reqGentemente, o
verniz de bondade e afabilidade & tão espesso que o dano só & sentido 'om um poder 'umulativo que destrói lentamente,
'omo pequenos indí'ios de veneno na água que bebemos# Ele pode ferir as pessoas diretamente 'om sar'asmo e maldade
pura, o'asionalmente 'om viol5n'ia# Com maior freqG5n'ia, o dano & 'ausado pela indiferen.a e retra.ão, os tipos de armas
que fazem vo'5 se sentir 'ulpado o u estran*o ao ser ata'ado# A esposa do *omem pou'o viril raramente sente que &
apre'iada# Ela pode nun'a l*e d izer isto, mas freqGentemente se sente usada, depre'iada ou odiada# Os fil*os e amigos
desse *omem guardam distLn'ia# Estão zangados demais ou amedrontados demais para '*egar perto#
Seu egoísmo nem sempre & aparente, mas se revela 'laramente nas *oras difí'eis# A despeito da bondade e de uma
generosidade por vezes etravagante, um 'ompromisso final 'om seu próprio bem1estar emerge 'laramente no frigir dos
ovos#
Os *omens pou'o viris são 'ontroladores, destrutivos e egoístas# 0as essas 'ara'terísti'as des'revem apenas o que & 4isível
para os outros, o que as pessoas sentem em sua presen.a# Arran*e abaio da superfí'ie que /s vezes & espessa% e vo'5
des'obrirá que eiste, sustentando essas ervas danin*as, um sistema de raízes que tem uma obstinada vida própria# Em
profundezas que geralmente permane'em ineploradas, os *omens emas'ulados se sentem impotentes diante de sua
determina.ão de 'ontrolar3 uma odiosa f(ria energiza sua destrutividade e eles estão apavorados a ponto de verem o
egoísmo 'omo sua (ni'a esperan.a de sobreviv5n'ia# Ol*e dentro do *omem pou'o viril e vo'5 en'ontrará um *omem
impotente# zangado e apavorado tentando fazer sua vida fun'ionar atrav&s do 'ontrole, da intimida.ão e do egoísmo #As
tr5s primeiras 'ara'terísti'as ) 'ontrolador, intimidador, egoísta ) são típi'as do estilo em que o *omem emas'ulado se
rela'iona, típi'as de 'omo ele se mostra# As tr5s segundas ) impotente, zangado, apavorado ) representam as batal*as
sendo travadas na profundeza de sua alma, abaio do seu estilo de rela'ionamento# 4amos eaminar 'om mais aten.ão
esse segundo 'on-unto de 'ara'terísti'as, que representa o que está o'orrendo dentro do *omem emas'ulado#

mpotentes
Brent tin*a um *istóri'o de se afastar das mul*eres bem no ponto em que o próimo passo seria o 'ompromisso# Ele
epli'ou esse padrão da seguinte forma+ <Eu simplesmente não estou 'erto se ten*o em mim o que & ne'essário para fazer
um rela'ionamento fun'ionar# O que a'onte'erá se ela eigir que eu fa.a algo que não posso fazer, ou se-a, algu&m que não
sou?#
Os *omens que se sentem impotentes gostam que as 'oisas se-am previsíveis# Eles não gostam de surpresas# O inesperado
& uma aventura emo'ionante apenas quando o'orre em áreas nas quais o *omem pou'o viril se sente espe'ialmente
'ompetente# A adrenalina flui num 'irurgião eperiente quando algo sai errado na mesa de opera.ão# 8alvez, mais tarde, ele
admita que fi'ou 'om medo, mas faz o que pre'isa ser feito no momento, e o faz bem#
Empresários 'om um *istóri'o de su'essos, /s vezes, demonstram nervos de a.o e bom -ulgamento em 'rises que levam
*omens <inferiores a 'air, tremendo, de -oel*os# En'ana1 dores eperientes 'om talento para fare-ar o que está errado e
saber eatamente o que 'onsertar fi'am entediados 'om 'anos entupidos e vazamentos rotineiros# 6roblemas maiores l*es
dão a oportunidade de eibir o que sabem# >ntele'tuais erguem1se / altura do desafio de um debate# Eles a'ol*em um
argumento 'ontrário 'omo um touro a'ol*e a 'apa vermel*a# D um '*ama'io ao ataque#
Cirurgião, ee'utivo, en'anador ou intele'tual##, dá tudo na mesma# A in'erteza ofere'e um desafio emo'ionante aos
*omens somente quando o'orre em áreas nas quais eles se sentem seguros de sua 'apa'idade#
0as, debaio da 'onfian.a do mais bem dotado dos *omens, *á um medo que não diminui# Os *omens pou'o viris são
atormentados pela possibilidade de a'onte'er algo que não 'onsigam resolver, algo que ei-a que eles entrem em território
des'on*e'ido, onde sua adequa.ão não foi provada, onde seus talentos 'omprovados podem ser in(teis# 8odo *omem
*onesto sente esse medo# O *omem pou'o viril não sente nada mais intensamente do que esse medo, mas nega o quanto
isto & forte para dele#
Fomens que em 7udo o mais são fortes, podem se sentir apavorados por terem de falar a uma 'lasse da es'ola domini'al,
'onversar 'om suas fil*as sobre seo, es'ol*er o restaurante 'erto para uma 'elebra.ão de aniversário de 'asamento, ou de
epressar seus sentimentos mais profundos aos amigos# @ão & nen*uma surpresa que os *omens pou'o viris se sentem
mais impotentes na (ni'a área que ningu&m pode 'ontrolar efetivamente ) a dos rela'ionamentos pessoais# Aproimarem1
se de suas esposas, sentirem1se sábios o sufi'iente para serem respeitados pelos fil*os edifi'arem uma intimidade saudável
'om os amigos ) estas são áreas que t5m o poder de fazer 'om que os *omens se sintam impotentes#
6ara es'onder sua impot5n'ia, os *omens impotentes en'ontram algo que possam 'ontrolar, algo que possam operar bem,
e evitam aquilo que temem# Eles então 'onsideram qualquer 'oisa que possam 'ontrolar 'omo importante e o'upam a
maior parte da sua energia operando1a# >sto pode ser algo tão 'orriqueiro quanto manter limpo o 'arro, tão errado quanto
seduzir outra mul*er, tão irritante quanto trivializar toda 'onversa s&ria 'om uma piada, algo tão bem re'ebido quanto
es'rever uma 'ríti'a de Cultura que figure na lista dos livros mais vendidos, ou tão 'onsumidor quando um negó'io em
'res'imento ou um minist&rio em epansão# Os *omens impotentes passam a vida 'ontrolando algum resultado e iludindo1

1.
se em pensar que isso importa#

!angados

Fomens zangados irritam1se fa'ilmente# Easperam1se quando algu&m l*es pede que operem fora de sua esfera de
'ompet5n'ia, que usem re'ursos que eles não estão 'ertos de ter# =uando a esposa pede envolvimento, o *omem zangado
tende a pensar naquilo que -á l*e deu+ geralmente uma lista de 'oisas materiais <Ol*e só a 'asa em que moramos2%,
pe'ados não 'ometidos <Sempre fui fiel a vo'5%, ou 'ompara.es favoráveis 'om Outros *omens <6elo menos não fi'o
grudado
todos os na 84, assisti
domingos# e ndo aos esportes
at& levo todas
a Susanin*a as noites
/ aula 'omoOseu
de piano# q ueirmão# Saímos
mais vo'5 para -antar 'om amigos, estou na igre-a
quer?%
Os *omens pou'o viris são fá'eis de provo'ar# @ão & pre'iso nada grande para detonar a eplosão de zanga que nun'a está
muito longe da superfí'ie# A vida em si eige 'ontinuamente que os *omens fa.am mais do que se a'*am 'apazes de fazer#
As responsabilidades nun'a diminuem# Ksar fio dental *o-e não quer dizer que vo'5 possa deiar de usá1lo aman*ã# E
mesmo usar o fio dental, fielmente, não garante nota dez no dentista#
=uando vo'5 es'apa do 'onsultório do dentista sem ouvir o zunido do motor, a alegria não dura muito# Apare'e uma pinta
na suas 'ostas, e a 'or & esquisita# Ou seu fil*o adoles'ente traz um p&ssimo boletim para 'asa# 4o'5 fi'a sem saber se ele &
pregui.oso, está envolvido 'om drogas ou se o problema & a falta de 'apa'idade de se 'on'entrar# 8alvez ele pre'ise
daqueles rem&dios bons que tornam os garotos menos aptos a se distraírem3 talvez uma es'ola 'ristã parti'ular# aí o seu
ar1 'ondi'ionado pára de fun'ionar eatamente quando o 4erão '*ega# Sua esposa l*e diz que não tem se sentido 'orte-ada
*á um bom tempo# E vo'5 quer matar, bater, berrar#
Fá &po'as na vida em que tudo dá errado# E *á temporadas, geralmente mais 'urtas, quando a maior parte das 'oisas dá
'erto# 8odos estão se dando bem, a Qe'eita ederal l*e deve uma restitui.ão do imposto de renda, e sua fil*a está
namorando o presidente do grupo de -o vens# 0as, mesmo durante os bons tempos, vo'5 está 'ons'iente de uma vaga
apreensão que pare'e amea.adora, 'omo u ma (ni'a nuvem es'ura pairando sobre seu piquenique#
) Ora, me d5 um tempo2 ) bradamos, a ningu&m em parti'ular, ou a eus, se admitirmos que nossa f(ria & dirigida 'ontra
Ele# E a vida ou eus% pare'e responder+
) 6repare1se2 O outro sapato vai 'air# =uando?
=uero surpreend51lo#
>sso & sufi'iente para deiar qualquer um lou'o# E a zanga# do tipo que a maioria de nós sente -ustifi'a, 'onfiavelmente,
a.es que, para uma mente não zangada, seriam de pronto re'on*e'idas 'omo erradas# As a.es que pare'em 'ertas,
quando estamos zangados, 'ausam danos aos outros e fazem 'om
que nos sintamos mel*or# !ostamos dos dois efeitos#
0as a satisfa.ão & superfi'ial e breve# A'aba dando lugar ao vazio# E nos sentimos menos 'apazes de enfrentar a eig5n'ia
ininterrupta da vida para que 'ontinuemos nos movendo#
C*ega um ponto em que não podemos pensar em nada al&m de vingan.a# O impulso ruidoso por destruir não se torna um
padrão fio na maioria dos *omens, mas atinge grau de fervura e feroz intensidade em momentos inesperados# Os *omens
pou'o viris se sentem estran*amente bem quando per'ebem, dentro de si, um poder 'apaz de destruir# E se sentem mel*or
ainda quando o liberam#
Essa libera.ão da energia mas'ulina 'orrompida pode tomar a forma de sar'asmo3 de piadas <só para ini'iados que,
propositalmente, e'luem os outros3 do uso de um intele'to bril*ante para intimidar3 ou de simples neglig5n'ia# Ela pode
ser eperimentada mais violentamente atrav&s de fantasias ou de abuso físi'o#
=uando o *omem não está eperimentando o gozo que somente a libera.ão de energia mas'ulina pode 'riar, ele & atraído
para o prazer do poder# Os *omens destrutivos não são viris+
estão lou'os 'om a energia da mas'ulinidade distor'ida3 estão lou'os 'om as pessoas e a vida, estão lou'os 'om eus# Estão
'*eios de -ulgamento vingativo 'ontra todos, menos 'om eles próprios#
=uando vou atrás de algu&m que está des'endo lentamente um lan'e de es'ada ten*o, por vezes, o impulso de <a-udá1lo a
des'er mais depressa# A id&ia de empurrar algu&m e v51lo rolar es'ada abaio pode ser tentadora#

Aterrorizados

E se a vida revelar que sou um fra'asso, algu&m que não 'onsegue lidar 'om suas ne'essidades bási'as? E se eu for in'apaz
de lidar de maneira efi'az 'om questes que, devo admitir, são realmente importantes? E se eu arruinar tudo ) min*a
família, min*as amizades, meu emprego ) e ficar sozin*o, um perdedor despido para todos verem? E se eu enfrentar o
fato de que todo o meu din*eiro, meus bens materiais e osbons tempos não preen'*eram aquele terrível vazio que eiste
na profundeza do meu íntimo?
Os *omens pou'o viris vivem 'om um terror mudo que, assim 'omo a pressão alta, mata lenta e silen'iosamente# O terror

1
não vai embora# !eralmente permane'e es'ondido sob a 'apa do su'esso, so'iabilidade e rotina# Hs vezes ele entra em
erup.ão# E quando o faz, tais *omens pou'o viris fi'am em pLni'o ou deprimidos3 por vezes, sentem o impulso de se
sui'idar, de matar outra pessoa ou de desfrutar os prazeres singulares da imoralidade#
=uer o terror permane.a mudo, quer irrompa no 'ons'iente, ele eige alívio# =ualquer 'oisa que se-a 'apaz de trazer alívio
pare'e razoável, inteiramente legítima# 0as, embora a id&ia de bater no seu 'a'*orro ou berrar 'om sua esposa ten*a 'erto
atrativo, arran-ar um -eito de obter prazer instantLneo, 'onfiável, pare'e mel*or# >sto atenua o terror 'om um gozo
'onsumidor que não envolve nen*um ris'o#
As op.es são muitas# O prazer pornográfi'o está tão próimo quanto o -ornaleiro da esquina# Se, 'omprar 6laIboI, estiver
al&m da lin*a que vo'5 ainda não atravessa, prazeres semel*antes estão / sua disposi.ão dentro de sua imagina.ão e de
sua memória# Kma visita ao restaurante onde a gar.onete de 'orpo bem feito, aquela que sempre sorri para vo'5, trabal*a,
a-udará# O alvo & alívio+ pronto, 'onfiável e fa'ilmente obtido# esfrutar de eus & um trabal*o mais difí'il# Os *omens
aterrorizados querem alívio agora2
6ermitam1me resumir# =uando a energia mas'ulina não & liberada, quando & suprimida ou distor'ida, os *omens+
:# Sentem1se impotentes ) por isso 'ompensam# dedi'ando1se a 'ontrolar alguma 'oisa# 8ornam1se *omens agressivos#
9# Eperimentam f(ria e se 'onven'em de que a vingan.a l*e & devida# 8ornam1se *omens abusivos#
"# 4ivem 'om um terror para o qual não *á solu.ão ou es'ape, apenas alívio# Eles atenuam o terror 'om prazer físi'o e
tornam1se *omens vi'iados#

Homens Viris
O *omem aut5nti'o & muito diferente# =uando a energia que eus 'olo'ou dentro do *omem 4 liberada+

15 O *omem sabe que & forte, não impotente# Fomens fortes tomam ainiciativa, mesmo quando não estão 'ertos do que
fazer# Sua vo'a.ão de refletir eus, em sua forma de se rela'ionar, os motiva mais do que seu dese-o por poder ou seu
medo de impot5n'ia# O *omem viril não & um *omem agressivo3 & um *omem ativo, envolvido em ofere'er
rela'ionamentos de boa qualidade aos outros3 mais dedi'ado a desenvolver a for.a que outros possam desfrutar, do que
em obter, para si próprio, uma sensa.ão de poder e 'ontrole#

2# Esse *omem eperimenta um estilo de vida menos zangado3 não se sente tão amea.ados# Alguns '*amam >sso+ paz# 6ara
ele, a frase+ <mais do que ven'edor signifi'a algo, mesmo durante os momentos difí'eis da vida# A dor do *omem viril não
o impede de sentir os apuros dos outros, mesmo quando as d ifi'uldades deles forem menos agudas do que as dele próprio#
Ele tem a 'oragem de enfrentar sua eperi5n'ia *onestamente# 6ortanto, sente a tristeza de viver num mundo de'aído e a
solidão de viver numa 'omunidade imperfeita# 0as sua tristeza e solidão geram somente uma ira santa, do tipo que
desperta 'ompaião pelas pessoas enquanto permane'e ofendida pelo pe'ado# O *omem liberado não & abusivo, & um
*omem manso3 não fra'o, um *omem, 'u-o poder, & 'ontrolado para bons propósitos#

35 Esse *omem en'ontra uma resposta para o seu terror na liberdade# @ão importa o que a'onte.a na vida, os *omens viris
sempre en'ontram espa.o para se mover# Fá sempre algo para ser, mesmo quando não *ouver nada para fazer#
=uando suas famílias se desfazem ouseus negó'ios desmoronam, os *omens viris ) assim 'omo os pou'o viris ) são
tentados a eplodir em vingan.a ou refugiar1se no alivio# 0as não fazem nem uma 'oisa nem outra# Eles são atraí'los pela
oportunidade de demonstrar algo bom, de refletir o sempre esperan.oso movimento de eus# Eles se movem atrav&s das
tribula.es 'om uma presen.a que os outros, mais do que eles próprios, podem notar#
Os *omens viris s/o seduzidos pelo gozo da liberdade, pela oportunidade desimpedida de seguir o '*amado da
mas'ulinidade# O *omem viril não & vi'iado3 ele trata o 'orpo 'om severidade, para evitar o perigo de submeter1se a um
poder al*eio# Ele luta pesado 'ontra seu dese-o impla'ável de prazer# Ele se move de a'ordo 'om um plano# D um *omem
de'idido que sabe o que faz e o que pode 'ontribuir para o propósito pelo qual está vivendo#
8odos os dias, nós nosmovemos na dire.ão da mas'ulini'iade piedosa ou nos afastamos dela# Kma d as grandes trag&dias
de nossos dias & que tantos *omens estão tril*ando um 'amin*o que, pensam, os levarão ao usufruir da legítima
mas'ulinidade# 6ode demorar muitos anos at& que os que estão se movendo na dire.ão errada per'ebam que o 'amin*o
que estive1 mm seguindo libera energia mas'ulina mais 'orrupta do que genuína, e que esse 'amin*o ainda os deia mais
impotentes, amargos e aterrorizados#
“6- caminho !ue arece certo ao*omem, mas no final coaduz7 morte”(3v:;#:;%# Antes de dis'utir a ess5n'ia da
verdadeira mas'ulinidade, quero pensar sobre a profunda paião, nos *omens, que os mant&m tril*ando o 'amin*o que os
afasta da mas'ulinidade piedosa#

1
Capítulo "

#eologia da $eceita

Ambos estavam nervosos ) e furiosos# Era sua primeira sessão 'om o r# !ilberto# o 'onsel*eiro 'on-ugal que seu pastor
*avia re'omendado#
=uase '*egando ao fim do seu primeiro ano de 'asados, ela tin*a 'ome.ado a falar em pro'urar a-uda# Ele nun'a gostara da
id&ia# A'*ava que eles 'onseguiriam resolver as 'oisas Sozin*os# Se ela não tivesse amea.ado deiá1lo, ele não estaria
sentado no 'onsultório do r# !ilberto agora, duas semanas antes de 'ompletarem dois anos de 'asados# Ele estava 'om
vinte e nove anos# Ela era um ano mais mo.a# Ela pare'ia nervosa# Ele estava quase 'erto de não dar essa impressão+
) Ol*e, irei a uma sessão ) *avia dito / esposa ) para ver se esse su-eito sabe do que está falando# Após ter ofere'ido
'af&, que os dois de'linaram, o r# !ilberto ini'iou a 'onversa de uma forma bem direta+ ) igam1me o que os traz aqui#
<@ada de rodeios# pensou o rapaz# Ele gostou# <Bondoso, mas direto# Ela não pre'isava de uma porta mais larga para entrar
'om f(ria, e 'ome.ou 'om palavras que o marido -á ouvira antes+ ) r# !ilberto, o nosso 'asamento está realmente em
difi'uldade#
6or quase quinze minutos, ela 'astigou o marido 'om *istória após *istória# Km namoro e noivado '*eio de altos e baios3
depois, um 'asamento só de baios# Brigas quase 'onstantes# @en*uma intimidade verdadeira# @en*uma### Apenas seo+)
@ão agGento muito mais# @ão me 'asei para isto# E, em seguida ela pPs fim ao ataque 'om sua queia mais 'on*e'ida+ )
Sempre que tento dizer a ele 'omo me sinto, ou ele me prega um sermão sobre 'omo estou errada ou simplesmente não
diz nada#
Então, o marido resolveu falar# E desta vez não foi ne'essário nen*um 'onvite do r# !ilberto+ ) Ol*a, eu -á disse a ela mais
de mil vezes que estou disposto a fazer o que for ne'essário para o nosso 'asamento dar 'erto# Eu a amo# C*eguei at& a ir
'om ela a um seminário que ela a'*ou que poderia a-udar# E realmente tentei fazer tudo o que aquele su-eito falou+ uma
por.ão de 'oisas sobre 'omo nos 'omuni'armos mel*or, sobre dizer a ela que a amo de maneiras que ela 'onsiga ouvir,
sobre seguir uns passos que, ele garantiu, traria um bril*o de volta ao nosso rela'ionamento#
Ele parou para estudar o rosto do 'onsel*eiro# O r# !ilberto não pare'ia 'onven'ido nem '&ti'o# O rapaz 'ontinuou+ )
@osso pastor disse / min*a esposa que o sen*or era muito bom, por isso 'on'ordei em fazer uma tentativa# Ela tem razão
quanto a uma 'oisa# @ós realmente não nos damos bem# A'*ei que se eu tivesse uma dor de dente, iria pro'urar um
dentista3 portanto, se meu 'asamento pre'isa ser 'onsertado, a'*o que faz sentido pro'urar um 'onsel*eiro#
@esse instante ela quase pulou da 'adeira+ ) O sen*or está vendo 'omo ele &? ) trove-ou# ) =uero um *omem que se
rela'ione 'omigo, de modo que possamos 'ompartil*ar a vida um do outro# Ele quer <'onsertar algo que está quebrado#
Ele faz 'om que nosso 'asamento pare.a um 'arro quebrado# epois, mais suavemente, 'om lágrimas, ela 'ontinuou+ )
@ão sou uma 'oisa quebrada# Sou uma pessoa, uma mul*er, que só quer ser amada# Simplesmente não sei se -amais
seremos felizes -untos### As lágrimas rolaram livremente pelo seu rosto#
Ele detestava quando ela '*orava# >sso sempre fazia algo se 'ontrair dentro dele# Ele se sentia impotente# 8amb&m zangado
e medroso, mas, mais impotente do que qualquer outra 'oisa# Ela 'ontinuou '*orando# Ele permane'eu sentado, imóvel#
O r# !ilberto quebrou o sil5n'io+ ) iga1me o que está passando por sua 'abe.a neste instante# A pergunta foi dirigida ao
marido# Ele pPde apenas dar de ombros e dizer+ ) Simplesmente não sei o que fazer#
=uando eu era menino, muitas vezes fi'ava deitado de 'ostas sobre a grama morna do 4erão, pou'o antes de ir para a 'ama
e fitava o '&u estrelado# 7embro1me de me sentir pequeno ) e de gostar daquela sensa.ão3 a'*o que era porque eu sabia
que *avia algo grande no qual eu me en'aiava, algo muito maior do que eu# Eu não sabia o que aquele <algo era, mas
sabia que estava rela'ionado 'om uma grande *istória que eus estava 'ontando# Eu queria 'on*e'er aquela *istória, e
queria fazer parte dela#
es'obri, desde então, que 'ontemplar o '&u & uma eperi5n'ia muito diferente de estudar numa bibliote'a, es'rever uma
disserta.ão de doutorado, ou ser a'onsel*ado num 'onsultório profissional# itar as estrelas permite1me ponderar o quadro
maior# As outras atividades tendem a absorver1me em detal*es menores# 0in*as responsabilidades 'omo adulto t5m sido
impulsionadas em grande parte pela ne'essidade de entender as 'oisas ) de entender, por eemplo, porque alguns
*omens sentem impulsos *omosseuais, enquanto outros lutam 'om a depressão ) e saber 'omo ven'er problemas# D isso
que o psi'ólogo deve fazer+ des'obrir o que está errado e 'onsertar#
E & isso que se espera que professores de Bíblia e pastores e outros líderes 'ristãos de *o-e tamb&m fa.am+ que se tornem
peritos em tratar os verdadeiros problemas da vida# Se forem bem1su'edidos, serão 'on*e'idos 'omo pessoas
'ompetentes, se não forem, serão epostos 'omo fra'os ou des'artados, 'omo não sendo terrivelmente (teis# e qualquer
forma, líderes e assistentes 'ristãos pare'em mais interessados nas min('ias da vida do que no quadro maior, aquele que
eu vi pintado no '&u, onde a glória de eus & de'larada e a obra das suas mãos & pro'lamada Si :X#:%#
Como resultado, asafirma%#es teológi'as que estão saindo da 'ultura moderna pare'em mais re'eitas para a vida do que
verdades de'laradas sobre eus# A teologia trans'endental, que flui do quadro maior, foi substituída pela teologia da
re'eita, um modo de pensar que se mant&m fo'alizado nos detal*es da vida# O 'entro da teologia trans'endental & eus,
Seu 'aráter e propósitos# O 'entro da teologia da re'eita & o *omem, suas ne'essidades, e bem1estar#

2
Esse tipo de pensamento afeta a maneira 'omo abordamos nossa vida 'otidiana# 8ome o nossa eemplo no iní'io deste
'apítulo, a *istória de um marido governado por duas premissas que envolvem min('ias+ :% algu&m sabe o que ele deveria
fazer para resolver essa 'rise 'on-ugal espe'ífi'a, e 9% se ele en'ontrar esse algu&m e seguir seu 'onsel*o, o 'asamento
mel*orará# O líder do seminário não era o perito indi'ado# 8alvez o 'onsel*eiro ten*a a fórmula que fará seu 'asamento
fun'ionar#
A maioria de nós, naturalmente, pensa dessa forma# =ueremos 'rer que algu&m sabe eatamente o que devemos fazer para
'onsertar nossos problemas e, dependendo do taman*o dos nossos problemas, estamos dispostos a fazer qualquer 'oisa
que esse algu&m sugerir# 8ornamo1nos uma 'ultura de peritos e seguidores, todos determinados a entender as min('ias da
vida#
Ou.am alguns eemplos do modo de pensar segundo uma fórmula+
) <4o'5 quer saber 'omo re'uperar1se dos danos que sofreu na infLn'ia? Eis aqui os ingredientes que eus forne'e#
Combine1os de a'ordo Com o plano dUEle e obterá uma deli'iosa refei.ão de valoriza.ão pessoal#
) <8alvez vo'5 pre'ise tornar uma de'isão quanto ao seu emprego, ou enfrentar mel*or a tensão do emprego que tem
agora# Eis alguns prin'ípios bíbli'os para guiá1lo# Aplique1os em sua vida e logo vo'5 sentirá 'onfian.a para seguir em frente
e o gozo de saber que está no 'entro da vontade de eus#
) <4o'5 está zangado? @ão 'onsegue intimidade 'om seu 'Pn-uge ou solu'ionar as tenses 'om um amigo? Eis aqui a
pres'ri.ão de eus para livrar1se da ira, solu'ionar a tensão e 'onstruir intimidade# E lembre1se, o rem&dio dUEle sempre
fun'iona#
Esta abordagem minu'iosa da vida afeta 'omo o *omem ) piedoso ou ímpio ) v5 a si mesmo, quando o *omem sente1 se
for.ado pelas 'ir'unstLn'ias a erguer as mãos e admitir+ <@ão ten*o a mínima id&ia do que fazer, que ele se sente menos
'omo *omem e então não faz nada# 0aridos e namorados inde'isos, 'ovardes agra'iáveis, vítimas '*oramingas+ esses são
*omens visivelmente fra'os# Eles passam a vida imóveis# Como uma bandeira desenfunada no mastro num dia 'almo, esses
*omens não se movem e'eto para fazer 'oisas tão <más'ulas quanto berrar 'om mul*eres e *omens mais fra'os, beber
demais, ou, masturbar1se, enquanto pensam em suas fantasias favoritas# @uma 'ultura que espera que os *omens saibam o
que fazer, & difí'il enfrentar um problema que não ten*a uma fórmula para sua solu.ão#
Os *omens freqGentemente 'ontam que se sentem mais 'omo *omens quando podem dizer+ <6osso não saber o que fazer
a respeito disto, mas sei o que fazer a respeito daquilo# Sei que posso faz51lo, estou fazendo, e está fun'ionando# Esses
*omens podem ser empresários bem1su'edidos, mas, pais distantes# 6or viverem dentro dos limites de sua 'ompet5n'ia,
eles, em geral, não t5m 'ons'i5n'ia de qualquer luta 'om seu senso de mas'ulinidade# Eles enfrentam apenas aqueles
problemas que estão bem 'ertos de 'onseguir resolver#
Os *omens que se sentem 'omo *omens não são ne'essariamente viris# Fomens que se sentem 'omo *omens, devido a
sua 'ompet5n'ia, raramente notam que aquelas áreas que eles '*amam disto 'oisas que não t5m 'erteza 'omo enfrentar%,
envolvem seus rela'ionamentos mais signifi'ativos e, as áreas que '*amam daquilo 'oisas que eles enfrentam bem%, estão
mais ligadas a tarefas não1rela'ionais que ee'utam 'onfortavelmente# Fomens que, para seu senso de bem1estar,
dependem de enfrentar tarefas que podem realizar não são geralmente efi'ientes em seus rela'ionamentos íntimos#
reqGentemente eles se negam a permitir que suas esposas epressem o quanto se sentem solitárias, magoadas e mal1
'ompreendidas# Se-am quais forem as preo'upa.es que '*eguem a ouvir, eles as 'onsertarão ou as ignorarão# Esses
*omens levam os fil*os a partidas de futebol mas nun'a os levam para longas 'amin*adas# E não revelam suas lutas a
ningu&m, espe'ialmente não a seus fil*os *omens# Fomens 'ompetentes não são bons ouvintes nem 'ompartil*am
abertamente#
Eles podem ter bons momentos 'om as fil*as ) muito riso, provo'a.es -oviais e promessas zangadas de prote.ão se
algum rapaz magoar vo'5, arrebento 'om eleU%, mas t5m pou'as 'onversas 'om elas3 eles não sabem muito sobre 'onversas
íntimas de mão dupla#
6or não terem nen*uma oportunidade de relaar numa bondade profunda# o sufi'iente para absorverem sua malignidade#
nen*uma '*an'e de des'ansar num amor forte e duradouro, esposas e fil*as do *omem 'ompetente t5m difi'uldade em
tirar folga# Elas t5m de manter as 'oisas fun'ionando# Fomens 'ompetentes geram mul*eres fortes#
Sugiro que o *omem está no máimo de sua varonilidade quando admite+ <@ão sei o que fazer nesta situa.ão, mas sei que &
importante eu me envolver e fazer algo# 8entarei visualizar, portanto# o que eus talvez queira ver a'onte'er na vida desta
pessoa ou nesta 'ir'unstLn'ia, e seguirei na dire.ão dessa visão 'om qualquer sabedoria e poder que eus me forne'er# O
*omem viril se move, mesmo quando não *á re'eitas#
0in*a briga 'om a teologia da fórmula não & 'om os prin'ípios bíbli'os que ela enun'ia ou 'om sua eig5n'ia de que os
sigamos# D mais 'om sua tend5n'ia de transformar os prin'ípios bíbli'os numa fórmula para o su'esso#
eus não es'reveu um livro de fórmulas para a vida, 'om re'eitas para qualquer prato que vo'5 queira preparar# Ele
responde /s nossas situa.es individuais 'onvidando1nos a parti'ipar de uma *istória maior do que as nossas vidas# A
teologia de fórmula estuda as min('ias da vida a fim de nos a-udar a 'ontar mel*or a nossa *istória# eus nos 'onvida a
unir1nos a Ele para 'ontar a Sua *istória#
6ergunto1me se a paião 'entral que governa nossa 'ultura, *o-e, & a paião para fazer a vida fun'ionar# A'*amos que ela
deveria fun'ionar ) se não a vida em geral, então, 'ertamente, nossas vidas em qualquer momento# everíamos nos sentir
m a nosso próprio respeito, desfrutar amizades, gan*ar um salário de'ente, en'ontrar um m&di'o que possa nos 'urar, e
21
re'eber respeito dos nossos pares# Os peritos eistem para a-udar a fazer a vida fun'ionar# eus tamb&m# =uando os peritos
resolvem 'onvo'ar eus para a-udar, tornam1se <teólogos da re'eita#
Somos muito míopes# 6or qu5? 6or que somos atraídos pela vida no quadro pequeno e não inspirados pela oportunidade
de sermos elevados ao quadro maior onde eus está desen*ando? 6or que & tão difí'il at& mesmo desafiar a p remissa de
que <A vida deve fun'ionar, quanto mais, desistir de nosso direito de que algu&m nos diga 'omo administrá1la bem? 6or
que a teologia da re'eita & tão popular?
Será que & porqu5, 'omo todas as gera.es antes de nós, 'onseguimos empurrar pelo menos um ponto vital da verdade
bíbli'a para o fundo e, desenvolvemos assim, um 'on'eito distor'ido do Cristianismo e da vida 'ristã? @os dias de 0artin*o
7utero, a >gre-a *avia perdido de vista a doutrina da gra.a# O resultado foi uma teologia da re'eita de indulg5n'ia e de boas
obras#
Eu me pergunto se perdemos, em nossos dias, o entusiasmo e o drama do nosso '*amado+ o de revelar o eus invisível
pela maneira 'omo vivemos, espe'ialmente pelo modo 'omo nos rela'ionamos uns 'om os outros# A (ni'a verdade mais
importante a respeito das pessoas & a verdade mais fa'ilmente ignorada+ refletimos a imagem de eus# Como portadores
da imagem, somos '*amados a 'ontar Sua *istória 'om nossas vidas+
não, a 'ontar nossas *istórias 'om os re'ursos dUEle#
Ao negligen'iarmos essa verdade, o '*amado de sermos semel*antes a eus reduz1se a um sussurro e o 'onvite para
fazermos nossas vidas fun'ionarem mel*or está sendo dado 'om um grito# >n'linamo1nos a ser vi'iados em re'upera.ão
<Como posso me sentir mel*or?% ou severos realistas <Como posso me desta'ar?%# A verdade sobre revelar eus aos
outros atrav&s de nossas vidas tem sido reduzida a uma retóri'a religiosa / qual damos um assentimento pró)forma#
Entrementes, vamos realizando o <verdadeiro trabal*o de a-eitar nossas vidas e nos 'olo'armos numa posi.ão 'onfortável#
6referimos a-uda práti'a a um '*amado mais elevado de vivermos segundo um desígnio#
A difi'uldade, naturalmente, & esta+ -amais resolveremos bem os nossos problemas, nem 'umpriremos nossas
responsabilidades 'om motiva.ão espiritual enquanto não *onrarmos o '*amado de refletirmos a imagem de eus, e
de'idirmos 'on*e'517o bem# Come'e 'om a teologia da re'eita e vo'5 -amais se elevará a'ima de si mesmo# Come'e 'om a
teologia trans'endente e vo'5 a'abará se tornando a pessoa que foi pro-etado para ser#
6ermitam1me epli'ar# Fo-e, os dois maiores tópi'os dentro da teologia da re'eita São+ solu'ionar problemas o '*amado
para a 'ura% e 'umprir responsabilidades o '*amado / obedi5n'ia%# 6reo'upamo1nos em nos sentir bem ou sentimo1nos
pressionados a fazer o que & 'erto# @en*uma dessas 'oisas nos eleva / *istória maior de eus ou nos 'onvida a parti'ipar
dela#
Aqueles que pensam que nada importa mais do que aliviar a dor de uma identidade bastante danifi'ada, ou aprender a ser
valorizado e a'eito num rela'ionamento amoroso, serão atraídos para as min('ias de uma teologia da re'eita para se
re'uperarem# Eles pro'urarão um perito que possa guiá1los a uma eperi5n'ia mais plena, mais livre, mais feliz, num mundo
difí'il# 6ode ser que o 'ompromisso para 'om o dever se-a fortemente en'ora-ado, mas, quando as 'oisas fi'arem realmente
pretas, <en'ontrar a feli'idade terá prioridade sobre <'umprir promessas#
Algu&m a quem eu a'onsel*ava 'erta vez me disse+ ) Sinto1me tão mel*or, 'omo *omem, a meu próprio respeito, quando
estou 'om outra mul*er2 Sei que & errado, mas simplesmente não posso imaginar que eus dese-e que eu fique 'om min*a
esposa se mutuamente nos fazemos tão infelizes#
Os peritos no outro etremo, aqueles que se espe'ializam em eortar 'om firmeza, pensam menos em gozar eus 'omo
<Aba e mais
ainda uma em obede'517o
re'eita, 'omo se
mas 'om enfoque fosse um sargento#
sistemáti'o Suada
nas min('ias 5nfase en'ontra epressão
responsabilidade# O efeitonuma teologia muito
& a presun.ão
— mais diferente,
-usti.a
própria do que alegria e mais pressão do que liberdade#
Km amigo 'erta vez foi a um 'onsel*eiro que logo na primeira sessão l*e deu uma lista de versí'ulos bíbli'os, impressos em
'omputador e o instruiu a de'orar 'ada um deles# =uando as pessoas tentam administrar suas vidas trabal*ando 'om
afin'o apenas para produzirem mel*or+ ou fra'assam e passam a viver na defensiva, ou se saem bem e se tornam
orgul*osas#
Esses dois erros nos deiam numa esfera da vida que a'*amos poder administrar# !ostamos de pensar que *á passos que
podemos seguir para a 'ura ou que nossos deveres para 'om eus podem ser delineados / nossa frente, 'omo um 'amin*o
nem iluminado que podemos tril*ar# Então as 'oisas pare'em 'laras# Sabemos o que fazer# @un'a temos de deiar a esfera
da governabilidade# 6ortanto, nun'a aprendemos a depend5n'ia e a 'onfian.a que 'res'em somente na es'uridão#
0as, pense no que a'onte'eria se en'ontrássemos 'oragem para nos mover al&m das tarefas administráveis da vida e
entrássemos na esfera do mist&rio, onde não *á respostas práti'as e a 'oragem de adentrar o 'aos & mais importante do
que a dis'iplina para seguir regras ou passos# Supon*a que um pai zangado, 'on'entrado apenas em en'ontrar 'ura para o
seu u1g5nio, pudesse se sentir enlevado 'om a oportunidade de 1ar seu fil*o ao 'ora.ão de eus# 8alvez ele não soubesse
eatamente o que fazer, mas, a energia fluindo dele na dire.ão fil*o seria diferente#
Se pud&ssemos afastar as re'eitas do 'entro do pal'o, talvez bons prin'ípios que elas ensinam pudessem novamente ser
vistos 'omo maneiras de 'on*e'er e refletir a eus, em vez de t&'ni'as para promover 'ura interior ou 'omo requisitos para
uma obedi5n'ia me'Lni'a# 8alvez, então, o 'aráter e propósito de eus re'uperassem o lugar a que t5m direito em nosso
modo de pensar e levassem ao desenvolvimento de uma teologia trans'endente#

22
O ponto de partida para 'ompreendermos a mas'ulinidade e sermos transformados em *omens espirituais, viris, não &
uma fórmula para desenvolvermos a mas'ulinidade, nem uma lista de ingredientes para misturar# 6re'isamos 'ome.ar 'om
o '*amado singular de eus para os *omens# Como os *omens foram pro-etados para ser semel*antes a eus em aspe'tos
que as mul*eres não o foram? =ual & o nosso '*amado trans'endente espe'ial?
En'ora-ar os *omens a liberarem aquelas 'apa'idades profundamente mas'ulinas ) que primeiro eistiram em eus e
depois foram instiladas nos *omens ) e a-udá1los a refletirem essas 'ara'terísti'as requer a sabedoria de algu&m que tem
uma sensibilidade para quem eus D e o que Ele está fazendo# >sso requer um teólogo trans'endente# A perí'ia de um
teólogo da re'eita simplesmente não serve#
A teologia da re'eita se en'aia mel*or no que '*amo de <Esfera da Administra.ão# A teologia trans'endente & ne'essária
se quisermos nos mover na <Esfera do 0ist&rio# 8udo na vida pode ser dividido em uma dessas duas esferas#
Os *omens, naturalmente, insistem em operar dentro da Esfera da Administra.ão# Os *omens que estão no 'amin*o da
mas'ulinidade aut5nti'a arran-am 'oragem para adentrar a Esfera do 0ist&rio#
6ermita1me definir meus termos+
A Esfera da Administra.ão eiste sempre que as 'oisas são mais ou menos previsíveis, onde *á uma ordem que pode ser
sufi'ientemente bem 'ompreendida para podermos usá1la a fim de fazermos nossas vidas fun'ionarem da maneira que
dese-amos#
A Esfera do 0ist&rio eiste sempre que estamos tratando 'om 'oisas que, em (ltima instLn'ia, são imprevisíveis, onde
qualquer ordem que eista não pode ser 'ompreendida sufi'ientemente bem para nos dar o 'ontrole que dese-amos#
@a Esfera da Administra.ão, podemos nos mover 'om a 'onfian.a de que temos pelo menos algum poder de 'ontrolar as
'oisas, de estabele'er ob-etivos e bus'á1los de a'ordo 'om um no viável# @a Esfera do 0ist&rio, podemos nos mover apenas
'om a 'onfian.a em algu&m que 'onfiamos mas que -amais
demos 'ontrolar# Se-am quais forem os ob-etivos que perten'em a esta esfera, eles se tornam questes para ora.ão,
enquanto nossa energia & dedi'ada a agradar a eus, e não para fazer alguma 'oisa a'onte'er#
A tend5n'ia da nossa 'ultura & definir os rela'ionamentos, in'lusive o nosso rela'ionamento 'om eus, 'omo uma tarefa e,
então, des'obrir o que fazer para que eles fun'ionem# !ostamos de pensar que 'res'er em Cristo e desenvolver
rela'ionamentos fortes perten'em / esfera da administra.ão# Assim, os 'olo'amos ali e tentamos des'obrir o que fazer# Os
*omens preferem fazer algo que possam administrar E a teologia da re'eita ilumina o 'amin*o#
6re'isamos retornar a uma teologia trans'endente que nos 'apa'ite a adentrar a es'uridão, onde eus faz a Sua obra mais
profunda# 6re'isamos aprender o que signifi'a entregarmo1nos a eus e a nos rela'ionarmos poderosamente 'om os
outros# >sso eigirá que entremos na esfera es'ura do mist&rio#

23
Capítulo %

Adentrando a &scuridão

As lágrimas que se avolumavam, desta vez, eram diferentes3 mais desesperadas# @ão 'omo as lágrimas petulantes que, /s
vezes, brotavam quando ele não se sentia apropriadamente levado a s&rio# E de forma alguma, 'omo as lágrimas amuadas,
que o faziam sentir1se 'omo uma 'rian.a eigente que estava 'onseguindo o que queria# Estas lágrimas eram diferentes#
6are'iam mais limpas, al&m da mágoa e do amuo3 não do tipo que deiava torrentes de auto1desprezo ao passar#
Ele saiu depressa para fi'ar só, querendo que ela o seguisse mas não se sentindo fra'o por dese-ar isto, sabendo que nem
ela nem qualquer outra pessoa poderia l*e dar 'onforto sufi'iente para estan'ar1l*e as lágrimas# 6or um momento terrível
) enquanto se postava diante do parapeito ol*ando o lago ) ele 'onseguiu energar dentro do bura'o negro, aquele que
sempre soubera estar ali mas que -amais vira antes, ao menos, não
tanta 'lareza#
A beleza serena da plá'ida água azul, refletindo os pi'os pontiagudos e 'obertos de neve das 0ontan*as Qo'*osas
'anadenses, ofere'ia um 'ontraste dramáti'o / agonia que l*e 'ontor'ia a alma, onde não *avia nada al&m da es'uridão+
nen*uma resposta, nen*uma beleza, nen*um poder,nen*um signifi'ado, nen*um amor# Eleestava perturbado at& as
profundezas de seu ser ) e tudo foi detonado por um momento de mal entendido 'om a esposa# Aquele momento pare'ia
agora uma porta ino'ente que, uma vez aberta, o *avia sugado para a es'uridão das trevas#
O terror foi subindo lentamente, 'omo um peda.o de alimento que não assentou bem, at& eplodir para fora de sua bo'a
'om uma for.a não es'ol*ida+ <@ão sei o que fazer2# O grito não era dirigido a ningu&m ) a menos que, a eus, se por
a'aso estivesse ouvindo#
Ele não ouviu nen*uma resposta, nen*um sussurro tranqGilizador3 não *ouve nen*uma presen.a re'onfortante# A solidão
l*e pare'eu mais severa ainda# Seria essa uma amostra do inferno? or sem fim, ningu&m para a-udar, isolamento absoluto#

0as ele não estava no inferno# O lago / sua frente era de in'omparável beleza# Sua esposa estava por perto, 'om deli'ada
preo'upa.ão fluindo livremente de seu 'ora.ão oprimido# E ele sabia que estava na presen.a de eus+ o eus o'ulto,
silen'ioso que, 'om toda 'erteza, estava ali#
<=ue estran*o###, pensou ele# <## =uão desesperada a *umil*a.ão pode pare'er# Estar em total depend5n'ia porque se está
'ompletamente perdido# Esse pensamento pare'eu1l*e vivo e surgiu do nada#
0as, ainda assim, nen*um 'onforto# A es'uridão era tão espessa que dava para senti1la# Ele não 'onseguia se mover# 4oltar1
se para a esposa e l*e pedir des'ulpas? 0as sua 'ulpa maior 'onquanto não 'onseguisse ainda 'olo'á1la em palavras% era
'ontra eus# Abra.á1la? 0as, apenas uma pessoa amada pode amar realmente outra pessoa# Qepassar o 'onflito? >n(til#
Apenas outra oportunidade de eibir seu egoísmo#
<@ão sei o que fazer2# O grito veio de novo# @ada fazia sentido# Sua 'ulpa e frieza e egoísmo faziam 'om que se sentisse
en'urralado, paralisado#
<@ão da para algu&m, por favor, me dizer o que devo fazer?
Então, a pergunta pare'eu1l*e morta, perdeu todo o interesse# Ele sabia que não *averia respostas, que eigir respostas
seria in(til# ai, um outro 'amin*o 'ome.ou a se abrir d iante dele#
Algo mais inquietante do que a sua ignorLn'ia requeria aten.ão#

E, s8bito, ele ouviu algo+ eram palavras que vin*am de sua própria mente2 6alavras novas, não plane-adas, espontLneas,
mas inteiramente bem1vindas# A es'uridão o 'egara ainda o 'onseguia energar e o que agora ouvia no es'uro, -amais
— —

ouvira na luz#

Eu realmente estou na es'uridão, ele se ouviu dizendo# @ão sei o que fazer# Estou 'ompletamente 'onfuso, totalmente
perpleo e profundamente amedrontado# Sinto1me isolado de eus# Este lugar em que estou me reduz a apenas duas
es'ol*as+ esperar que a melan'olia passe e daí, simplesmente, 'ontinuar 'om as 'oisas da mel*or maneira que eu puder, ou
entregar1me a eus#
@ão adianta simplesmente 'ontinuar# A es'uridão sempre volta e, 'ada vez, mais profunda, para 'onfrontar1me de novo
'om a es'ol*a est(pida que fiz e empurrar1me em desespero a uma nova es'ol*a# A es'uridão esse an-o terrível e

ben&volo está deiando tudo 'laro# @ão *á nada a fazer al&m de 'onfiar2

<O*, eus, de todo o 'ora.ão a 8i eu me entrego# 6or favor, queime a 'arne e en'*e1me 'om o 8eu Espírito# Ds mais do que
digno da min*a total 'onfian.a# Obrigado pela es'uridão que me imobilizou o sufi'iente para ouvir a 8ua voz#
Ele tomou as mãos da esposa e lentamente 'amin*ou de volta ao quarto# Ainda não *avia intimidade entre eles# @en*um
deles sentia o que ambos esperavam sentir# A alegria da lua1de1mel não se 'on'retizou#
0as ele sentiu que algo muito mel*or*S aguardava# E 'om essa 'onvi'.ão per'ebeu que dese-ava se mover na dire.ão de
eus, na dire.ão da esposa, na dire.ão da vida, de uma forma que nun'a se movera antes# Sua esposa sentiu o despertar da
esperan.a#

2%
Os *omens são '*amados a adentrar a es'uridão, a 'ontinuarem seguindo adiante 'om propósito e for.a, mesmo quando
não 'onseguirem ver 'laramente o 'amin*o / sua frente# 8r5s, observa.es do registro da Cria.ão em !5nesis nos a-udarão
a ver que eus -á fez o que '*ama os *omens para fazer#

*6servação n7 1
A primeira 'oisa revelada sobre eus, na Bíblia, & que Ele D o CQ>AOQ e que 'riou alando 6AQA E@8QO A ESCKQ>YO#
Esta observa.ão & dis'utida nos Capítulos ; e R#

*6servação n7 2
A primeira 'oisa revelada sobre o *omem, na Bíblia, & sugerida pela palavra *ebrai'a, em !5nesis :#9Z, que & traduzida para
o portugu5s 'omo 0ACFO# O Capítulo $ reflete sobre a importLn'ia dessa palavra#

*6servação n7 3
A primeira 'oisa que eus mandou Adão fazer foi AQ @O0E AOS A@>0A>S# Adão foi '*amado a <fazer 'om que a ordem
passasse a eistir atrav&s da palavra falada onde antes nen*uma ordem *avia, eatamente 'omo eus fizera na Cria.ão#
=uando Adão falou, *ouve ordem# =uando ele se 'alou, o 'aos retornou# As impli'a.es de Adão falar e se 'alar são
analisadas no Capítulo Z#
4imos o que a'onte'e quando os *omens seguem a nossa 'ultura at& o ponto da não1virilidade# A bus'a de solu.es
usando a teologia da re'eita nos deu uma abordagem da vida que só v5 as min('ias, uma abordagem que des'obre o
oposto da verdadeira mas'ulinidade e nos afasta do mist&rio e da f&# Agora a'ompan*e um pou'o mais o nosso
pensamento# O *omem, 'omo eus, tin*a o propósito de falar para dentro da es'uridão e se tornar um 'ontador de
*istórias# Após a morte de Mesus, dois *omens 'amin*avam na dire.ão do vilare-o de Ema(s, 'ompartil*ando sua de'ep.ão
'om os eventos dos (ltimos dias# Eles não 'ompreendiam, mas pensavam sobre aquilo enquanto 'amin*avam# A Bíblia diz+
<@o 'amin*o, 'onversavam a respeito de tudo o que *avia a'onte'ido 7' 9;#:;%# 8alvez eles quisessem 'ompreender#
Mesus, a quem eles não re'on*e'eram, mas 'onsideraram um estran*o, -untou1se a eles em sua 'amin*ada e l*es
perguntou sobre o que falavam# Os dois estran*aram sua pergunta e a'*aram que ele deveria ser de outra 'idade# Ora, o
que mais *avia para dis'utir? Os eventos em torno da morte de Mesus e tudo o que a'onte'era naquela (ltima semana eram
tão 'onfusos que não podiam pensar em mais nada# 8oda a esperan.a se fora# @ada mais fazia sentido# Era tudo um
mist&rio ) um mist&rio 'onfuso, inoportuno, es'uro#
Mesus os ouviu falar por alguns minutos# E então ) ainda em p& e 'om uma autoridade que os deteve ) fitou1os
severamente e <&le lhes disse9 +omo vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo o !ue os rofetas falaram:
;ão devia o +risto sofrer estas coisas, ara entrar na sua gl"ria< “(=c >?.>@*>A).
E Ele voltou a 'amin*ar e, enquanto o seguiam, eles ouviram um estudo bíbli'o dirigido pelo autor# Come.ando “... or
7' 9;#9Z%# 0ais tarde eles
Boisés e todos os rofetas, eClicou*lhes o !ue constava a reseito dele em todas as &scrituras”(
relataram que seus 'ora.es ardiam1l*es no peito ao ouvirem1no revelar o Cristo#
=uando abrimos nossas Bíblias bem no 'ome'in*o 'omo Mesus talvez tivesse feito 'om Seus dois 'ompan*eiros de
'amin*ada%, a primeira 'oisa que aprendemos & que eus D o Criador de tudo# A segunda 'oisa que aprendemos & que Ele
fez toda a Sua 'ria.ão ini'ial no es'uro#
Ou.a
formaas duas primeiras
e vazia senten.as
trevas cobriam a facedadoBíblia+
“;o rinc'io Deus criou os céus e a terra “primeira senten.a#“&ra a terra sem
abismo, e o es'rito de Deus se movia sobre a face das -guas” segunda senten.a#
O restante de !5nesis : nos informa que eus falou dentro daquela es'uridão sem forma e vazia# Ele entrou naquela esfera
de mist&rio primordial 'om poder imaginativo que, da 'onfusão, sus'itou beleza e vida#
ez vezes eus falou+ nas quatro primeiras, Ele deu forma a um mundo sem forma3 Ele estabele'eu ordem !n :#", $, X, ::%#

@as quatro vezes seguintes, eus en'*eu o vazio 'om a beleza da vida !n :#:;, 9[, 9;, 9$%# @as duas (ltimas vezes, eus
revelou Seu 'ora.ão /s pessoas que 'riou, aben.oando1as 'om trabal*o signifi'ativo a fim de *onrar Sua dignidade !n
:#9\% e 'om generosa provisão para suas ne'essidades físi'as !n :#9X1 "[%# Ele -á *avia l*es dado a Si mesmo e um ao
outro3 elas -á não tin*am nen*uma outra ne'essidade pessoal#
Agora, fa.a uma pequena pausa# Fá algo nesse relato que fale de Cristo? 6aulo nos disse ter sido Cristo quem fez todas as
'oisas Cl :#:$%# oi Cristo quem falou para dentro da es'uridão a fim de sus'itar ordem e beleza do 'aos#
O que o Criador teria dito aos Seus dois amigos na estrada de Ema(s quando falou sobre as dez vezes, tanto tempo antes,
em que adentrou o mist&rio da água Coberta pela es'uridão a fim de 'riar vida? O que teria Ele revelado de Si mesmo que
teve o poder de transformar aqueles dois *omens em presbíteros?
@o prin'ípio, antes que Cristo falasse, não *avia nada al&m de água3 água selvagem, fria, sem vida, 'oberta por um manto
impenetrável de es'uridão# D importante nos lembrarmos de que eus falou a essa es'uridão a fim de 'riar vida# 6edro
sugere que eiste uma 'oneão entre esque'er 'omo eus 'riou o mundo e tornar1se um povo ímpio#
Ou.a o que Ele diz+ “...nos 8ltimos dias, surgirão escarnecedores zombando e seguindo suas r"rias aiC#es... # “Bas
“ eles
deliberadamente se es!uecem de !ue h- muito temo, 3ela alavra de Deus, eCistem céus e terra, formada da -gua e ela
-gua” 96e "#",R%#

2(
Aparentemente, se esque'ermos que eus 'riou falando para dentro da es'uridão, estaremos em perigo de nos tornarmos
ímpios#
Como? 6or qu5? O que isso signifi'a? H primeira vista, as duas 'oisas não pare'em rela'ionadas# 0as a 'oneão entre
lembrarmos que eus falou para dentro da es'uridão e nos tornarmos ímpios 'ome.a a se tornar 'lara quando
'ompreendemos o que era a es'uridão para dentro da qual eus falou# @os próimos 'apítulos, sugeriremos que os *omens
são '*amados a adentrar 'om sabedoria as regies mais es'uras de seus mundos3 eles devem falar palavras poderosas para
dentro da 'onfusão da vida 'om a mesma energia que fluiu de Cristo quando Ele falou para dentro da es'uridão Cl :M$#9X%#

' (igni)icado da &scuridão

A Bíblia fala sobre diversos tipos de es'uridão# Fá a es'uridão do segredo ou da maldade%, uma es'uridão amada pelas
pessoas 'u-os atos são maus Mo "#:X%# Os 'ristãos foram '*amados dessa es'uridão para a luz da plena revela.ão e do pleno
perdão :6e 9#X%# A mortal*a ensombre'ida da es'uridão desse tipo, 'omo as ruas da 7ondres de i'Jens, mant&m os atos
malignos es'ondidos# Ela não tem lugar algum na natureza de eus# @UEle não *á es'uridão3 nen*uma região mantida em
segredo para evitar a revela.ão de uma fal*a : Mo :#R%#
Mudas se refere a um 'on'eito 'orrelato quando nos diz que os an-os rebeldes são “guardados em trevas. resos com
correntes eternas ara o u'zo do grande Dia”Md# :#$%# Esta & a es'uridão do -uízo, aquela 'oisa terrível que a'onte'e
quando eus, que & luz, Se retira 'ompletamente#
0as *á um ter'eiro tipo de es'uridão men'ionado nas Es'rituras# D a es'uridão que 'obria as águas, para dentro da qual
eus falou quando 'riou a vida# Essa es'uridão está mais rela'ionada / desordem e ao 'aos aleatório do que / maldade
o'ulta ou ao 'astigo da maldade#
D a es'uridão sobre a qual o Espírito de eus pairava na primeira 'ena das Es'rituras, sugerindo a epe'tativa de que algo
estava por a'onte'er# Essa & a es'uridão da Confusão, do a'aso que está prestes a dar lugar / luz da ordem e da beleza, um
'aos in(til totalmente destituído de forma e de qualquer fagul*a de luz, mas, ainda assim, um 'aos que pode ser
transformado em algo maravil*oso#
As trevas da 'onfusão são tão espessas que fazem 'essar todo movimento natural# =uando eus 'obriu o Egito de trevas a
mesma palavra que apare'e em !5nesis :#9 & usada em ]odo :[#9:199%, foram trevas que podiam ser apalpadas# @ingu&m
se moveu por tr5s dias#
=uando o guia turísti'o apaga as luzes numa 'averna não pre'isa dizer /s pessoas que fiquem imóveis# @a es'uridão q ue
elimina totalmente a visão, ningu&m se move#
=uando eus deu a lei no monte Sinai, a montan*a fi'ou 'er'ada por “trevas, e nuvens e escuridão”t ;#::, de novo a
mesma palavra%# O povo, diz a passagem, ouviu“as alavras. mas EelesF não viram forma algumaaenas se ouvia a voz”
t# ;+:9%#
@as trevas da 'onfusão, vo'5 não pode ver mas pode ouvir3 pelo menos, pode ouvir a voz de eus# O movimento natural,
do tipo que depende da visão, 'essa 'ompletamente na es'uridão# 0as, o movimento sobrenatural, tanto o movimento de
eus quanto o movimento do *omem que anda pela f&, em vez de p ela vista, & possível mesmo na mais negra es'uridão#
=uando a 'ortina se ergue e o drama bíbli'o 'ome.a, imediatamente vemos Cristo no 'entro do pal'o# A *istória tem iní'io
'om eus 'onfrontando a esfera srcinal de mist&rio+ as trevas que 'obriam as águas sem forma, vazias# @ão *avia desígnio,
nem ordem, nem beleza, nem vida ) apenas es'uridão#
O Espírito paira sobre as trevas# Então eus fala# Com poder maior do que o das trevas, Ele adentra o mist&rio e dá vida
mediante a Sua palavra#
Agora, atente para algo '*eio de signifi'ado neste nosso estudo da mas'ulinidade# A primeira 'oisa que eus disse para o
*omem fazer foi dar nome aos animais, /s 'riaturas que Ele poderia ter nomeado, mas não o fez+ os troue ao *omem para
ver 'omo este l*es '*amaria# e o nome que o *omem desse a 'ada ser vivo, esse seria o seu nome# <!n 9#:X% eus 'olo'ou
a responsabilidade de dar nome aos animais sobre o *omem, não sobre a mul*er# Eva ainda nem *avia sido 'riada#
Como eus, o *omem foi '*amado para falar dentro da es'uridão, para adentrar a 'onfusão de um reino de animais
'ompletamente sem nome e nomear 'ada um deles# @a 'ultura antiga do Oriente 6róimo, dar nome a algo, ou algu&m,
impli'ava na autoridade de definir1l*e o 'aráter, dar forma / sua natureza, preen'*er um vazio 'om algo que saía daquele
que atribuía o nome#
Será que eus dese-ou que os *omens se 'omportassem 'omo Ele, adentrando, 'ora-osamente, qualquer esfera de mist&rio
que en'ontrem e falando 'om imagina.ão e poder vitalizante para dentro da 'onfusão que enfrentam?
esde que 'aímos da gra.a, a vida de todo *omem & '*eia de 'onfusão#
Considere apenas alguns eemplos+ O que deve o *omem fazer quando a esposa o *umil*a na frente dos amigos? Ele deve+

W Qepreend51la?
W >gnorá)la?
W izer algo bom?

2-
W 7evantar a questão mais tarde, dizendo1l*e 'omoela o fez se sentir?
W Mamais to'ar no assunto?

O que um *omem deve fazer, quando detesta seu emprego? Ele deve+

W 6arar de se queiar e ser grato por re'eber um salário?


W 6ro'urar outro emprego?
W A'eitar o emprego 'omo presente de eus?
W es'obrir o que Ele mais detesta e ver se alguma 'oisa pode ser mudada?

O que um *omem deve fazer, quando está em 'onflito 'om um amigo '*egado? Ele deve+

W alar 'om o amigo sobre isso, no espírito de 0t :\#:R1:Z?


W >gnorá1lo 'om o amor que 'obre uma multidão de pe'ados?
W C*amar a aten.ão do amigo para as suas faltas num esfor.o de promover 'res'imento?

A mas'ulinidade 'ome.a a 'res'er quando um *omem faz perguntas para as quais sabe não *aver respostas# @en*um nem
pode es'apar da esfera do mist&rio# Se ele vive em rela'ionamento e tem um mínimo dese-o de que este fun'ione,
enfrentará 'onfusão insol(vel# Se & para o *omem ser plenamente *omem, ele pre'isa aprender o que signifi'a mover1se
na es'uridão# E isso eigirá que ele admita+ <@ão sei o que fazer, 'om um desespero tão real que nen*uma fórmula poderá
a-udá1lo#
As re'eitas são (teis numa 'ozin*a bem iluminada# A teologia da re'eita, aquela 'oletLnea de prin'ípios bíbli'os práti'os
que nos dizem o que fazer em qualquer situa.ão, trata a 'onfusão 'omo algo a ser solu'ionado, em vez de adentrado# Ela
reduz os mist&rios da vida a 'oisas que podemos administrar#
Os teólogos da re'eita nos dizem 'omo fazer a vida fun'ionar simplifi'ando as 'oisas e aliviando a 'onfusão# Os teólogos
trans'endentes sabem que *á uma es'uridão da 'onfusão que só pode ser adentrada quando 'on*e'emos a Cristo, quando
*abitamos nUEle, quando 'onfiamos nEle para suprir poder sobrenatural, a fim de pairarmos sobre se-a qual for a es'uridão
que enfrentarmos e, então, quando adentramos a es'uridão 'om palavras que trazem vida#
Kma vez que *a-a um 'ompromisso de adentrar a es'uridão e o mist&rio, o *omem deve prosseguir determinado a 'ontar
uma boa *istória e a não fi'ar em sil5n'io# 0eus 'o1autores, on Fudson e A> Andres, falam dessas questes a seguir# @o
'apítulo R, on es'reve sobre a ( ni'a *istória que nós, *omens, pre'isamos 'ontar, enquanto 'ontinuamos em nossa
-ornada+ a *istória de eus#
Essa *istória nos relembra que podemos ven'er, que podemos prosseguir# @o Capítulo $, Al nos '*ama a relembrar nossas
próprias *istórias3 sobre 'omo eus operou em nossas vidas ) *istórias que trazem esperan.a, ainda mais, quando são
'ompartil*adas em 'omunidade# E no Capítulo Z, on nos mostra que agir 'omo eus, quando estamos na es'uridão,
*onrar o nosso '*amado de fazer 'om que Ele se-a 'on*e'ido, & quebrar o sil5n'io e falar# E assim nos tomamos *omens#

2.
Capítulo *

+e Caos em Caos

O toque do telefone fendeu a noite em duas# oi pre'iso um segundo toque para despertá1lo de um sono profundo# O
ter'eiro '*amado f51lo tomar 'on*e'imento do ambiente que o 'er'ava# Ele ol*ou o relógio# Eram duas da man*ã# =uem
estaria '*amando /quela *ora da noite? Ele estendeu a mão para o telefone no que pare'ia 'Lmara lenta# @o eato
momento em que sua mão agarrava o aparel*o, ele *esitou# Ou & um trote ou alguma 'oisa s&ria está errada# Espero que
se-a um trote ) pensou# =uarto toque# Ele arran'ou o telefone do gan'*o 'om um safanão e o 'olo'ou no ouvido#
Algu&m '*orava mansin*o no outro lado da lin*a# Após alguns segundos intoleráveis, *esitantemente, ela alou+ ) io, aqui
& a mamãe### Seu pai teve uma emerg5n'ia#
As palavras da mãe amorte'eram1no at& a des'ren.a# Ele tentou se 'onven'er# 0eu pai só tem sessenta e quatro anos# D
mo.o demais para algo que l*e amea'e a vida# ) 0as, o que á errado? O que a'onte'eu?2 ) perguntou o -ovem#
) Ele teve um infarto enquanto se aprontava para dormir epli'ou a mãe# ) 7iguei para o resgate e, enquanto esperava, eu
l*e fiz respira.ão artifi'ial# Estamos no 6ronto1So'orro agora e ele está 'om os m&di'os# ) Então seu tom voz mudou# Ele
'on*e'ia bem demais esse tom# E o detestava, porque ela falaria 'om ele 'omo se ainda fosse um garotin*o#
) 0as, fil*o, não se preo'upe# Estamos bem e tudo vai dar 'erto ) entoou ela 'om voz inepressiva# Ele ignorou a (ltima
frase da mãe e disse que estaria no próimo avião# Ela argumentou sem muita 'onvi'.ão, epli'ando que seria uma viagem
desperdi.ada# Ele desligou o telefone#
>magens do pai e dele próprio vagueavam por sua mente+ os dois lutando no '*ão, pes'ando nas águas das 0ontan*as
SmoJI### vendo o pai '*orar uma (ni'a vez na vida, no enterro do pai dele##, a noite em que dormiram -untos, na 'abana de
'a.a, quando ainda era bem pequeno### Ele se deteve nessa imagem em parti'ular# evia ter uns seis anos de idade# Km
animal selvagem urrou no lado de fora da -anela# Em menos de um segundo ele saltou para a 'ama do pai, se enfiou sob as
'obertas e fi'ou agarrado nele, O mundo era seguro ao lado do pai# O que faria sem ele?
Basta disto2 ) repreendeu1se ele ) 8en*o muita 'oisa para fazer# E 6apai pode se re'uperar###
Seu irmão mais vel*o o esperava no aeroporto# Ele soube assim que ol*ou para o rosto do irmão# Suas palavras foram
desne'essárias+) 6apai está morto2 Ele morreu *á duas *oras### >nfarto fulminante# Em seguida, deu meia volta e se dirigiu1
se ao lo'al das bagagens# Então, voltando a 'abe.a falou por sobre o ombro+ ) 8emos muito o que fazer#
0ais uma vez, a sensa.ão de 'Lmara lenta entrou em sua vida# Ele seguiu obedientemente o irmão mais vel*o enquanto
tentava engolir a *orrível verdade#
e p&, sobre a esteira rolante, ele 'ome.ou a sentir suas primeiras emo.es# Ol*ou as pessoas que passavam por ele# Elas
não sabem# Se tivessem alguma id&ia de que meu pai está morto, parariam# Elas dariam a volta e iriam para 'asa# Se elas
soubessem que meu pai está morto, 'ompreenderiam que suas vidas -á não t5m sentido# O mundo deveria parar de rodar
em torno do seu eio# A vida deveria terminar# 6or que eus o levaria agora? 0eu fil*in*o de dois anos o ama tanto# O que
vou dizer a ele? Ele não vai 'ompreender# !ostaria de poder 'onversar 'om meu pai# !ostaria de poder pegar o telefone e
perguntar1l*e o que fazer 'om isto# Ele saberia# 0as se foi###
Ele foi fi'ando 'ada vez mais zangado / medida que os pensamentos l*e inundavam a mente# =uando ele e o irmão
finalmente '*egaram ao 'arro, ele estava furioso# @ão triste, apenas furioso#
A semana do sepultamento do pai foi um pesadelo intolerável para o -ovem# 6essoas bem inten'ionadas invadiram a 'asa#
Alguns membros da família se 'omportaram mal# @ingu&m podia dizer as palavras 'ertas# 6or ser um *omem intensamente
privado, a presen.a de 'ada pessoa pare'ia uma intromissão em sua dor#
Seu fil*o perguntava in'essantemente+ <Onde está o vovP?# @en*uma pergunta trazia mais desespero do que essa# 6are'ia
que a 'ada trinta minutos ele estava tentando en'ontrar palavras para epli'ar que o vovP estava no C&u# ) Ele vai voltar
logo? ) perguntava o fil*o 'om ol*os inquiridores# ) @ão, fil*o# Ele não vai voltar mais#
Ele não 'onseguia fitar a esposa nos ol*os# O'asionalmente, dava1l*e um abra.o obrigatório# @ão permitia que ela o
'onfortasse# Ele ignorou a mãe tão bondosamente quanto possível#
@o dia seguinte ao sepultamento, ele desapare'eu# @ão fisi'amente# Estava ali, mas era apenas a 'as'a de um *omem# e
man*ã, ele 'uidou dos pequenos detal*es 'om a 'asa funerária, estudou a apóli'e de seguro do pai e pagou as 'ontas
ven'idas# @aquela tarde, sentado na varanda dos fundos da 'asa dos p ais, ele fi'ou ob'e'ado 'om algumas 'oisas que o
faziam se sentir vivo, 'omo a raiva#
Ele estava 'om raiva# Essa emo.ão ele 'on*e'ia bem# Sempre se sentia enraive'ido, embora muito pou'as pessoas
soubessem disso# 0as isso era mais do que raiva# Ele se sentia violento# Sua esposa veio at& a varanda e perguntou se ele
gostaria de dar uma volta 'om ela# Ele a ol*ou 'om desagrado+
) Com este 'alor? ) Bem, podemos esperar at& que refresque um pou'o ) respondeu ela# Ele ignorou as palavras da
esposa e voltou1se para o outro lado# Ela se sentiu sozin*a quando ele apan*ou uma revista e pPs1se a fol*eá1la
negligentemente#
Ele se sentia parti'ularmente violento quando algu&m se movia em sua dire.ão 'om bondade# =ueria ferir qualquer pessoa
que se aproimasse dele# A vida l*e *avia desferido um golpe trági'o# Algu&m devia pagar por aquela in-usti.a# Sua raiva

2
manifestava1se numa frieza silen'iosa que afastava a todos de si#
0as ele não podia suportar uma f(ria tão intensa por muito tempo# Eventualmente, sua raiva nada mais fazia do que
relembrar1l*e que era indefeso ) que ele era impotente diante dessa trag&dia# Ele queria algo que o a-udasse a
desapare'er ou aliviar sua dor# Algo que o a-udasse a esque'er#
Assim, ele se voltava para fantasias# Son*ava 'om outras mul*eres# Abandonava1se a pensamentos las'ivos# Aproimar1 se
da esposa numa *ora dessas era impensável# Ele passou a tarde o'ioso, mergul*ado em suas desenfreadas fantasias#
Ele fi'ou sentado at& o o'aso e, no fres'or da noite, lembrou1 se de que tin*a de preparar o sermão do domingo seguinte#
Seo e viol5n'ia ) tópi'os que meem 'om todo *omem# As ind(strias dos filmes e dos livros geram bil*es de dólares
apenas 'om esses dois tópi'os# Os *omens 'on*e'em o poder da raiva# Os *omens 'ompreendem a fas'ina.ão do seo#
=uando 'onfrontado 'om o pior 'aos de sua vida, o *omem desta *istória en'ontrou 'onforto na raiva e na fantasia seual#
Ele estava furioso porque o pai l*e *avia sido tirado tão 'edo# A maioria dos p ais de seus amigos eram mais vel*os do que o
dele, e entretanto ainda estavam vivos# 6or que seu pai estava morto?
@essa &po'a da vida, as lembran.as do pai não 'onseguiam aliviar1l*e a dor# e fato, elas o atormentavam# Eram o lembrete
'onstante de um *omem bom que se fora# 6ara es'apar / dor da morte do pai, ele se perdeu em fantasias seuais# Má não
sentia o 'onforto de ter um pai 'om quem se a'onsel*ar# Estava 'om raiva de estar sozin*o# Caos ) aquela es'uridão
'onfusa que entra na vida de todo mundo ) intrometeu1se no mundo desse *omem, e ele se voltou1 para algo que
a-udava, algo que pare'ia natural#
Como os *omens tipi'amente reagem ao 'aos em suas vidas? 7embre1se da *istória da tenta.ão# @o prin'ípio, no -ardim do
Dden, Adão não sabia que o 'aos eistia# A *istória da Cria.ão em !5nesis 'ome.ou 'om o 'aos mas terminou 'om a
Cria.ão+
<4iu eus tudo quanto fizera, e eis que era bom# Ele transformou o deserto num paraíso e o entregou a Adão e Eva para
que fosse seu lar# Antes da desobedi5n'ia de Adão, o *omem al'an.ou 5ito em todo empreendimento# @ão *avia espin*os
nem abrol*os# Seu trabal*o, em vez de ser uma frustra.ão, l*e dava suprema satisfa.ão# E, mais importante, ele desfrutava
rela'ionamentos perfeitos 'om sua esposa e 'om eus#
Então, o 'aos entrou de novo na Fistória# @a 'ultura do tempo em que !5nesis foi es'rito, a serpente era símbolo de 'aos,
de uma es'uridão in'ontrolável# A serpente tornou 'onfusa a palavra de eus ao questionar Eva sobre a sabedoria de eus#
Ela obs'ure'eu a 'lareza da verdade de eus# As trevas, mais uma vez, pairaram sobre a 8erra# Km 'apítulo posterior deste
livro epli'a 'omo Adão es'ol*eu o sil5n'io, quando se defrontou pela primeira vez 'om o 'aos# A rea.ão de Adão ao 'aos
transformou o 6araíso num deserto# Seu sil5n'io introduziu, para os seus des'endentes, um 'aos totalmente novo+ viol5n'ia
e perversão seual# O restante do !5nesis dá os detal*es dessas *istórias de seo e viol5n'ia+ o *omi'ídio de Abel, o in'esto
de 7ó 'om as f il*as e o estupro de iná, apenas para men'ionar alguns#
A luta e o fra'asso de Adão t5m sido repetidos por todos os *omens# @ossas vidas estão '*eias de 'aos# Caos & a trag&dia
em um mil*ão de disfar'es# 6oderia ser o temor de um futuro in'erto# D uma de'isão que pre'isa ser tomada# quando todas
as possibilidades pare'em 'ertas# Caos poderia ser a perda do emprego, uma redu.ão no salário, a perda do 'ompan*eiro#
um adoles'ente rebelde, um prognósti'o m&di'o ruim# Se formos *onestos, admitiremos que o 'aos nos persegue
diariamente# Caos & aquela es'uridão que paira sobre nós todas as vezes que 'onversamos 'om nossas esposas,
trabal*amos no nosso emprego, pagamos nossas 'ontas e tentamos energar sentido em nossas vidas#
Adão nos ensinou <o que não fazer# Fá alguma 'oisa que nos ensine a rea.ão 'erta ao 'aos de nossas vidas? Antes que se
responda
definirem oaque signifi'a ser
si próprios? Eles*omem & pre'iso,
ol*am para outrosprimeiro,
*omens,de'idir qual &suas
seus pais, o ponto de refer5n'ia#
igre-as? Ol*am paraAonde os84,
filmes, *omens vão para
6si'ologia?
A maior parte dos *omens & definida mais pela 'ultura que os 'er'a do que pela verdade da 6alavra de eus# 6re'isamos
retornar / Sua *istória revelada se quisermos ser os *omens que eus imaginou que fPssemos# eus nos falou atrav&s de
Sua 6alavra e nos deu um desígnio maravil*oso a ser seguido# 6ara 'ompreender esse desígnio, veremos que & importante e
(til 'omparar a Bíblia 'om as *istórias pagãs da Cria.ão#
Ol*emos rapidamente 'omo as 'ulturas antigas, tipi'amente, definiam os *omens# O que as na.es que 'er'avam >srael
diziam sobre os *omens? Com que seus deuses se pare'iam? Com que deviam seus *omens e mul*eres se pare'er? Como
deveriam se rela'ionar, uns 'om os outros?
Embora *a-a numerosos relatos da Cria.ão oriundos de todas as partes do mundo, vamos dar uma o l*ada em apenas dois+
um da BabilPnia antiga e um da !r&'ia antiga# a mesma forma que ol*amos para o !5nesis, a fim de 'ompreender a nós
mesmos, os babilPnios e os gregos ol*avam para seus mitos a fim de 'ompreenderem a si mesmos# Ao ler estes mitos, não
deie de pensar na *istória da Cria.ão em !5nesis# A diferen.a entre os mitos pagãos e a *istória do !5nesis &
surpreendente#

A Hist,ria -a.il/nica da Cria0ão


($s abilGnios a chamavam &numa &lisb)

=uando os '&us e a 8erra não tin*am nome algum, quando não *avia pastagens e não *avia '*ar'os, Apsu <^gua o'e% e

2
8iamat <^gua Salgada% eram deus e deusa# Eles eram marido e esposa, e tiveram dois fil*os+ 7a*ma e 7a*amu# E estes,
tiveram Ans*ar e Tis*ar# Fouve muitos fil*os e netos#

7ogo, todos os fil*os, os deuses, se reuniram e fizeram muito barul*o# Eles estavam se tornando mais a mais poderosos e
barul*entos# >sso atrapal*ava a paz e o sil5n'io de seus pais, Apsu e 8iamat# Apsu resolveu que assassinaria seus fil*os e
netos para que o sil5n'io reinasse outra vez# 8iamat fi'ou *orrorizada# Ela estava desgostosa 'om os seus des'endentes mas
queria agir bondosamente para 'om eles#
Apsu não se permitiu ser dissuadido# Ele 'ontinuou a tramar a queda de sua prole# 0as Ea, um de seus fil*os, ouviu a
respeito do sinistro plano# Assim, ele lan.ou um en'antamento sobre seu pai, Apsu, e o assassinou#
Então Ea e a esposa, arnJina# tiveram um fil*o e o '*amaram 0arduJ# Ele tin*a quatro ol*os e quatro orel*as# Era um
deus espl5ndido e seu pais se regozi-avam 'om o poder e a beleza do fil*o# Ele foi o maior de todos os deuses#
Outro deus, '*amado Anu, fez os quatro ventos, que perturbaram as águas de 8iamat# 6or estar perturbada pelos ventos,
ela, por sua vez, moveu o dia e a noite, inquietando os outros deuses# Eles se queiaram de 8iamat, sua mãe, e a 'ulparam
pela morte de Apsu#
uriosa, ela 'riou drages e toda esp&'ie de feras terríveis# Ela 'riou demPnios, e eles troueram grande 'aos aos '&us# Ea
'*amou seu fil*o, 0arduJ, para enfrentar 8iamat# 0arduJ, o grande rei, saiu para batal*ar 'ontra 8iamat# Ele fez 'om que
grandes ventos tumultuassem as águas de 8iamat# Ela lan.ou en'antamentos mági'os# Ela 'uspiu veneno# Ela abriu a bo'a
para devorar 0arduJ#
0as 0arduJ arro-ou um vento mau pela garganta dela e depois atirou1l*e uma fle'*a3 a fle'*a atingiu o 'ora.ão da deusa e
ela morreu# Ele lan.ou o 'orpo dela para baio e postou1se sobre ele, -a'tando1se da sua vitória# Ele abriu o 'rLnio dela 'om
seu bastão# Ele 'ortou as art&rias dela e deiou que os ventos 'arregassem seu sangue a lo'ais distantes# 6or (ltimo, ele
tomou o 'orpo dela e o dividiu em duas partes+ uma parte se tornou o '&u, e a outra parte se tornou a terra#
0arduJ terminou a 'ria.ão# o sangue de u m deus, ele 'riou os *omens para fazer o servi.o dos deuses, para servir /s
ne'essidades dos deuses# Os deuses se regozi-aram na ma-estade de 0arduJ e louvaram1no grandemente#

Uma Hist,ria rega da Cria0ão


($s Hregos tiram o nome de sua hist"ria da cria%ão do deus 4ronos)

@o prin'ípio nada *avia# Esse nada era '*amado Caos, o 4azio# 7ogo a 8erra passou a eistir a fim de que os deuses
pudessem ter algo em que pisar# A seguir, veio 8ártaro, o mundo subterrLneo# epois, Eros, amor# Ele era muito belo e o
mais forte dos deuses#
Caos troue / eist5n'ia @oite e Erebos# @oite e Erebos troueram / eist5n'ia ia e Espa.o# A 8erra deu / luz C&u e 0ar# Os
deuses des'ansavam no C&u mas *abitavam o 0onte Olimpo# C&u e 8erra deram / luz os 8it/s# O mais -ovem destes foi
Cronos# Ele foi um fil*o selvagem e odiava seu pai, C&u#
8erra e C&u tiveram tr5s outros fil*os# Cada um deles era um monstro terrível, poderoso que tin*a 'inqGenta 'abe.as# isso
foi demais para C&u, o pai# Ele sempre odiou seus fil*os, e assim os aprisionou nas regies es'uras da terra# A mãe deles,
8erra, Conspirou 'ontra o marido# Ela ofere'eu a-uda aos fil*os para es'aparem da prisão# 8odos eles tin*am pavor do pai,
e'eto Cronos# Sua mãe l*e deu uma foi'e que *avia feito anteriormente#
C&u veio / 8erra e ternamente espal*ou1se sobre 8erra# Cronos esperava es'ondido# Ele golpeou o pai 'om a foi'e e o
matou# Antes de morrer, C&u amaldi.oou os fil*os# Ele de'larou que todos eles pagariam pelo 'rime 'ometido 'ontra ele#
Cronos tin*a seus próprios fil*os# Certo dia o'orreu1l*e que seus fil*os poderiam fazer1l*e a mesma 'oisa que ele fizera
'om o pai# Se ele podia matar seu pai, então eles tamb&m podiam matá1lo =uando a esposa, Q*ea, deu / luz seus fil*os, ele
os 'omeu inteiros# E Q*ea orou / 8erra que es'ondesse seu fil*o, _eus# 8erra 'on'edeu1l*e o que pedira es'ondendo _eus
no bosque#
Q*ea tomou uma grande pedra e embrul*ou1a# Ela fez 'om que Cronos pensasse que a pedra embrul*ada era seu fil*o#
Cronos agarrou o embrul*o e engoliu1o# Ele a'*ou que *avia destruído o fil*o# Assim, _eus se tornou o maior dos deuses#
7ogo, _eus# destruiria seu pai# Cronos#

345A6A+'( P&5A $A & &35'U7U&C+'( P&5A 5A(C8VA9


Ambos os mitos t5m fios 'omuns, As *istórias 'ome.am 'om 'aos# @o mito babilPni'o, o '&u e a terra não tin*am nome, e
não *avia terra 'ultivável# A *istória grega & mais óbvia+ no prin'ípio não *avia nada, e isso era '*amado de Caos#
@as duas *istórias, o deus mas'ulino se sente des'onfortável 'om a deusa feminina# Ela personifi'a o 'aos# Ela & o mist&rio
que pre'isa ser violentamente assassinado e desmembrado# @a *istória babilPni'a, o 'orpo dividido de 8iamat torna1se o

3
ventre que dá / luz terra e '&u# @a *istória grega, a deusa feminina, 8erra, seduz seualmente o marido a fim de destruí1lo#
Os deuses guerreiam 'ontra seus próprios fil*os# Os deuses e deusas dos mitos pagãos assassinam pais, irmãos, esposas e
fil*os# Eles 'riam a ra.a *umana para trabal*ar para eles 'omo es'ravos# Eles v5em a *umanidade 'omo má e sem
nen*uma dignidade# As *istórias terminam em 'aos+ morte, destrui.ão, desvios seuais# As pessoas não são nutridas3 são
destruídas# Os mitos pagãos movem1se do 'aos para o 'aos#
Os mitos pagãos podem apenas afirmar o que -á & verdade a respeito dos *omens# Os *omens são violentos e são
seualmente perversos# Os pagãos moldaram seus deuses / imagem do *omem# O *omem 'omo ele era se tomou o seu
ponto de refer5n'ia# Eles podiam apenas falar do que era natural para os *omens# Qaramente, se & que algum dia o fizeram,
falaram do que o *omem poderia vir a ser, da dignidade e da beleza da mas'ulinidade#
@os mitos pagãos, os *omens troueram es'uridão / 8erra# 4isto os deuses mas'ulinos serem egoístas, medrosos e
insa'iáveis, eles troueram 'aos /s suas famílias# Os mitos pagãos mostravam um deus mas'ulino que vivia para si mesmo,
um deus que era o (ni'o propósito de sua própria eist5n'ia#

Ou.a o que Cí'ero disse sobre as *istórias grega e romana da 'ria.ão+

“$s oetas reresentaram os deuses inflamados ela ira e enlou!uecidos ela lasc'via, e eCuseram ao nosso olhar suas
guerras e batalhas, suas lutas e ferimentos. seus "dios, inimizades e disutas... suas !ueiCas e lamenta%#es, a licenciosidade
lena e irrefreada de suas aiC#es, seus adultérios e arisionamentos, suas uni#es com os seres humanos, e o nascimento
de role mortal de um rogenitor imortal”.

@o antigo Oriente 6róimo, os *omens temiam o 'aos a'ima de qualquer outra 'oisa# Os *omens da antigGidade viviam em
perp&tuo terror de serem atirados ao 'aos a qualquer momento# Eles viviam 'om medo da fome# 4iviam 'om medo da
infertilidade# 4iviam 'om medo de inimigos saqueadores# Então, o que fizeram 'om seu 'aos? izeram deuses / sua imagem
) deuses de viol5n'ia e perversão seual# E adoravam seus deuses 'om viol5n'ia e perversão seual para apaziguá1los, para
persuadi1los a banir o 'aos de seu mundo# D assim que muitos *omens t5m reagido ao 'aos#
0as 'omo podem os *omens reagir ao 'aos em suas vidas? =ual & o padrão bíbli'o?

+' CA'( A C$A:;'


@a *istória do !5nesis, o *omem & feito / imagem de eus# O Cristianismo 'ome.a 'om eus, não 'om o *omem# Somos
feitos / Sua imagem# Ele & o nosso ponto de refer5n'ia# E quem & este eus? Será que Se pare'e, de algum modo, 'om os
deuses dos mitos pagãos? eus usa a viol5n'ia e a perversão seual para 'onfrontar o Seu 'aos? e forma alguma#
A *istória da Cria.ão, em !5nesis, -amais afirma a viol5n'ia e o apetite seual eigente do *omem# Ao 'ontrário, a *istória
da um ri'o retrato do que era o *omem em seu estado perfeito e o que o *omem poderia ser se vivesse / imagem de
eus# D o ma'*o e a f5mea, *omem e mul*er, vivendo em *armonia e respeito m(tuo# O ma'*o não sente pavor da f5mea#
A f5mea não tenta destruir o ma'*o# Eles nutrem um ao outro e, -untos, 'ultivam o -ardim em que vivem#
Adão e Eva deviam <'ultivar e guardar o -ardim3 isto &, eles foram '*amados a proteger e nutrir# or.a, o oposto de
viol5n'ia, está no *omem para guardar os rela'ionamentos, não para destruí1los# >ntimidade, o oposto de las'ívia, está no
*omem para nutrir as pessoas, não para usá1las em seus dese-os egoístas#
As primeiras palavras registradas de Adão foram rela'ionais e po&ti'as+&sta,< sim, é osso dos meus ossos e carne da minha
carne:”. 6or todo o !5nesis e o Antigo 8estamento, o *omem & o mediador# Ele & a 'oneão entre o passado e o futuro# Ele
'ompreende que não vive para si mesmo# @ão destrói seus fil*os# @ão se esque'e dos seus fil*os# Ele sabe que a viol5n'ia
destrói as 'rian.as# Compreende que a perversão seual 'orrompe as 'rian.as# Ele se lembra das *istórias antigas, das
*istórias de seus pais e avós# E vive para transferir a *istória de eus / próima gera.ão, a seus fil*os e netos#
“uando seus
filhos lhe erguntarem no futuro9 I&stas alavras e mandamentos e ordenan%as !ue Deus lhe ordenou  o !ue significam<0
&ntão vocês dirão aos seus filhos... “t $#9[19:%#
Eiste uma semel*an.a importante entre !5nesis e os mitos pagãos# Ela está registrada em !5nesis "+ <A =ueda do
Fomem # A desobedi5n'ia de Adão fez eatamente o que os mitos pagãos toleravam# eus Se moveu do 'aos / Cria.ão em
!5nesis : e 9# Em !5nesis ", Adão se moveu do 'aos para o 'aos num mundo de beleza# A desobedi5n'ia de Adão pPs em
movimento um mundo es'uro ) u m mundo de seo e viol5n'ia# O restante de !5nesis retrata o resultado do pe'ado do
primeiro *omem+ ódio, *omi'ídio, ra'ismo, estupro, in'esto e adult&rio#
=uando o *omem adentra o mist&rio da vida 'om f(ria e las'ívia, ele vive 'omo os pagãos vivem# A'*a que não *á
esperan.a em eus# eus está ausente# eus está 'alado# O *omem não sabe o que fazer 'om a 'onfusão de sua vida,
portanto ele bu s'a a f(ria e a las'ívia#
A f(ria faz 'om que o *omem se sinta poderoso# A viol5n'ia faz 'om que tomemos as 'oisas em nossas próprias mãos e
pro'uremos 'orrigir um eus in-usto# A las'ívia a-uda o *omem a esque'er# A fantasia & uma forma egoísta de viver para o
presente# Ela nega a dor do passado e a esperan.a do futuro# Com a ira, os *omens estão presentes mas são perigosos# Com

31
a las'ívia, os *omens estão ausentes, mas se sentem1se vivos#
O livro de !5nesis 'onta uma *istória da Cria.ão muito diferente# Sim, a *istória termina mal# 0as 'ome.a 'om muita
beleza# Essa & a nossa esperan.a# A beleza eiste# O signifi'ado e a ordem eistem# Qeagir ao mist&rio da vida 'om viol5n'ia
e perversão seual arro-a o mundo de volta /s trevas# !5nesis nun'a aprova isso# !5nesis nos 'onvida a retornarmos ao
nosso desígnio, a nos tornarmos *omens de for.a e intimidade, a *onrarmos o nosso '*amado de nos tornarmos 'omo
eus# O livro do Apo'alipse nos diz que um dia nós 'onseguiremos# 8udo entre esses dois livros nos diz 'omo# Essa & a
*istória de eus# Ela pre'isa ser lembrada#

32
Capítulo <

U6 CHA6A+' A (&$ 5&6-$A+'

Antes de entrar no pr&dio sem -anelas, ele ol*ou dos dois lados, 'omo se estivesse prestes a atravessar um 'ruzamento
perigoso# Seu 'ora.ão disparava tanto de medo quanto de e'ita.ão# Ele temia ser apan*ado ) ou não ser# Ele sentia a
e'ita.ão de estar despertado e 'orrendo ris'os# Embora essa parte da 'idade fosse uma que seus paroquianos raramente
visitavam, ele se inquietava 'om a possibilidade de que algu&m que 'on*e'esse o visse passar ali naquele instante# 0as,
não vendo nen*um rosto 'on*e'ido, ele passou 'autelosamente por uma porta mar'ada <Só Adultos#
urante a *ora seguinte, ele fol*eou avidamente revistas e assistiu vídeos3 de quando em quando, erguendo os ol*os, para
se 'ertifi'ar de seu anonimato# urante aquele tempo, ele se esque'eu de tudo que 'onsiderava importante+ as ri'as *oras
de ora.ão que ele desfrutara 'om bons amigos na noite anterior3 a esposa, grávida, do segundo fil*o do 'asal3 a fil*in*a de
dois anos e ol*os bril*antes3 a igre-a, 'ada vez maior, que pastoreava3 o eus a quem ele 'on*e'ia desde sua 'onversão no
'olegial# Ele tirou todos da 'abe.a, porque sua presen.a teria estragado a indulg5n'ia momentLnea#
epois de algum tempo, ele partiu tão 'autelosamente quanto *avia entrado sentindo1se, ao mesmo tempo, entediado e
e'itado ) e profundamente insatisfeito# urante a longa volta / 'asa, o medo e e'ita.ão ini'iais de sua aventura foram
substituídos por 'on*e'ida sensa.ão de derrota#
o outro lado da 'idade, outro *omem se dirigia ao mesmo lo'al# Esse tamb&m era um 'amin*o freqGentemente visitado
por ele# 0as, desta vez, durante sua -ornada torturante, ele notou uma antiga 'atedral de pedra situada ao longo da sua
rota# Subitamente, ele fez uma es'ol*a# Entrou 'om o 'arro no esta'ionamento da igre-a# 6arou, des'eu, e 'amin*ou na
dire.ão das enormes portas de 'arval*o# Como o outro *omem, ele estava temeroso e e'itado, mas não pre'isou ol*ar dos
dois lados antes de entrar# O medo desse *omem era de que sua es'ol*a s(bita ) uma es'ol*a mel*or e diferente )
tivesse vida breve# 0as, talvez, *ouvesse algo nobre dentro dele3 algo que inspirou sua es'ol*a, algo que pressionava para
ser liberado#
Ele prosseguiu atrav&s das portas# Kma vez dentro, 'amin*ou silen'iosamente at& o altar# Ali a'endeu uma vela, a-oel*ou1se
diante dela e orou# Ele estava *umil*ado e quebrantado pelas es'ol*as tolas que fizera no passado e, grato, porque aquele
dia alguma 'oisa estava diferente# Ele pensou na esposa, nos fil*os, nos 'olegas de minist&rio, e se lembrou de eus e O
adorou ali#
Após algum tempo, ele deiou a igre-a, entrou no 'arro e foi para 'asa# Estava eausto da luta# 0as, pela primeira vez em
muitos anos, se sentia esperan.oso#

A 5U#A = $&A5
4o'5 a'abou de ler duas breves *istórias de dois *omens# Suas lutas são semel*antes3 suas es'ol*as não# @essas *istórias,
muitos *omens, talvez, re'on*e.am suas próprias lutas 'om questes pare'idas# ezenas de *omens t5m travado batal*as
vergon*osas 'omo estas, por anos, mas tido vergon*a demais para 'onversar sobre elas 'om algu&m# Eles se sentiram
sozin*os#
Outros *omens que não se debatem 'om a pornografia podem não estar 'ons'ientes de ví'ios mais sutis# Eles se entregam
a paies diferentes+ e'esso de trabal*o, materialismo, gula, ne'essidade de 'ontrolar, ne'essidade de que gostem dele,
uma vida ativa de fantasias, masturba.ão# A lista & infinda, mas a luta & a mesma+ todos os *omens lutam 'ontra dese-os e
paies irresistíveis que desafiam restri.es# E 'omo os dois *omens nas *istórias que deram iní'io a este 'apítulo, alguns
'ombatem bem, enquanto, outros, 'on*e'em apenas a derrota#

A $A! +' P$'-5&6A

Se qualquer desses dois *omens o pro'urasse pedindo a-uda, o que vo'5 diria? =ue 'onsel*o daria que o a-udasse a tratar
seus problemas?
A maioria dos 'onsel*eiros, talvez, fosse em uma de diversas dire.es+ <4o'5 pre'isa estar em 'omun*ão 'om outros
'rentes, dirápadres
afastado de um# <Sepe'aminosos#
estiver em 'omun*ão 'om a*omens
6reste 'ontas e mul*eres
algu&m# piedosos,
<7eia a Bíblia terápassagens
e de'ore mais probabilidade de manter1se
'*aves, sugerirá outro# <O
*omem que guarda a 6alavra de eus no 'ora.ão não será enla.ado pelas 'oisas deste mundo# Km outro ainda
a'onsel*ará+ <u-a da tenta.ão# ique longe de 'ertos lugares que podem faz51lo trope.ar#
8odos esses 'onsel*os são bons, sólidos e 'ertos# 8odos t5m forte respaldo bíbli'o# 6ara alguns *omens, essas eorta.es
t5m produzido mudan.a palpável# 0as, a muitos outros, tais 'onsel*os, deiam ainda mais desanimados# 8alvez se-a essa a

33
sua rea.ão# 8alvez vo'5 ten*a feito fielmente todas essas 'oisas durante anos e nada ten*a realmente mudado# 4o'5 obteve
su'essos temporários, mas seus problemas sempre voltam e vo'5 a'abou se sentindo mais desanimado do que nun'a#
Sugiro que 'onsideremos outra abordagem das lutas dos *omens ) uma que in'orpore o que os outros 'onsel*os t5m de
bom, e ofere.a mais# Em vez de simplesmente evo'ar mais energia para fazer ) ou não fazer ) algo3 ol*ar 'om mais
profundidade# 6ergunte a si mesmo+ 6or que fazemos o que fazemos? 6or que es'ol*emos viver de maneiras que são
'ontrárias ao que sabemos ser verdadeiro e 'erto?
Os *omens são 'riados / imagem de eus# 6or desígnio, somos '*amados a epressar ) pela maneira 'omo vivemos e nos
rela'ionamos e de forma singular ) algo dUE7e, ao mundo# omos feitos para nos mover, falar, 'riar, amar# Se nossas vidas
não refletirem essa imagem, algo está errado# E o que está errado aqui & s&rio# Kma grande es'ol*a & eigida dos *omens,
uma que abrange muito mais do que a de'isão de ol*ar ou não pornografia# A es'ol*a errada, quando não re'on*e'ida,
resulta na viola.ão da natureza essen'ial do *omem#
O afastamento do desígnio plane-ado para nós & a raiz do problema# E esse afastamento & sempre uma es'ol*a#

C$A+'( PA$A 5&6-$A$

Má vimos que o *omem epressa a imagem de eus quando se move e fala para dentro do 'aos de seu mundo# Entretanto,
*á mais 'oisas envolvidas no desígnio de eus para os *omens# !5nesis+ 9Z nos diz epli'itamente que eus 'riou o *omem
e a mul*er “7 sua imagem”.@essa passagem, a palavra *omem & traduzida da palavra *ebrai'a zaJar, que signifi'a Ia!uele
!ue se lembra0# =ue palavra 'uriosa para des'rever o *omem# 8alvez esperássemos uma palavra que signifi'asse “a!uele
!ue é forte”, “a!uele !ue lidera”ou “a!uele !ue é oderoso”# 0as, em vez disso, o *omem & des'rito 'omo algu&m que se
lembra# 6or qu5?
e que o *omem deve se lembrar? Será que deveria se lembrar mel*or de onde deiou as '*aves? everia se esfor.ar mais
para
*omemse lembrar
) aqueledeque
datas importantes,
se lembra? Então'omo
todos,aniversários de 'asamento
menos os mais e datas
'ompulsivos, dentredenós,
nas'imento? Seapuros#
estamos em & isso que
0as,signifi'a
a id&ia ser
de lembran.a tem um signifi'ado muito mais profundo# Signifi'a primeiro que temos algo importante de que nos lembrar3
segundo, sugere que temos uma razão para nos lembrar#

A5' PA$A 5&6-$A$

8odos nós temos diversos amigos de longa data que 'ompartil*aram momentos importantes da nossa vida# 6ara mim,
esses amigos foram meus 'olegas num minist&rio universitário# az muitos anos desde que tivemos nossa (ltima reunião,
mas sempre que esse grupo de amigos queridos se re(ne, 'ada um de nós sabe o que a'onte'erá# esfrutaremos de uma
boa refei.ão, seremos postos a par das vidas uns dos outros e, finalmente, em algum momento durante a noitada,
'ome.aremos a 'ontar *istórias# Essa parte não & algo que dis'utimos 'om ante'ed5n'ia, nem & algo para o qual 'ada um
de nós se prepara# Ela simplesmente a'onte'e#
Algu&m 'ome.a a relembrar um evento em parti'ular de nosso passado 'ompartil*ado e todos ouvem atentamente# D uma
*istória que 'ada *omem do grupo -á ouviu in(meras vezes, mas isso não reduz o interesse na narrativa# e fato, tão
familiarizados estamos 'om 'ada *istória que o 'ontador & muitas vezes 'orrigido por algu&m que se lembra de alguma
parte importante do enredo# A ante'ipa.ão vai 'res'endo / medida que a *istória gan*a ímpeto e se move rumo ao 'líma
*ilariante# =uando esse momento & al'an.ado, todos nós eplodimos numa gargal*ada ruidosa, 'om lágrimas a es'orrer1
nos pelo rosto, enquanto tentamos re'uperar o fPlego# E quando re'obramos a 'ompostura, ouve1se um pedido+ <Qoger,
'onte aquela sobre#### E o 'i'lo 'ontinua noite adentro#
6or que 'ontamos essas *istórias? D por estarmos desesperados por diversão? Alguns -á sugeriram isto#% D por que estamos
vivendo no passado e não 'onseguimos nos mover adiante? Alguns -á sugeriram isto tamb&m#% 0as, *á uma razão muito
mais importante#
A questão nada tem a ver 'om as *istórias que 'ontamos# Em si, elas nada mais são do que vin*etas engra.adas de vidas
'ompartil*adas# São divertidas e, /s vezes, bobas, mas# de alguma forma, são importantes# Seu valor reside no poder que
t5m de nos apontar na dire.ão de algo# Elas nos relembram de outros dias, outros tempos, anos atrás, quando trabal*amos
-untos num minist&rio estudantil# oi uma &po'a em que vimos eus trabal*ar em nossas vidas e nas vidas dos estudantes
por quem &ramos responsáveis# A'onte'eram 'oisas signifi'ativas, a'onte'eram 'oisas tristes, a'onte'eram verdadeiros
milagres# eus fez uma obra em nosso meio, e 'ontamos nossas *istórias para nos lembrar daqueles dias#
D apenas apropriado que nosso grupo de *omens 'onte *istórias uns aos outros# Afinal, os *omens foram 'onstruídos dessa
maneira# Somos <aqueles que se lembram, 'riados para relembrar o passado, 'riados para 'ontar *istórias#
Qelembrar & um tema repetido por toda a Bíblia# =uando o povo de eus se reunia para o 'ulto, eles 'onfessavam seus
pe'ados e oravam, e um de seus líderes se levantava no meio deles e 'ome.ava a relembrar os feitos de eus+

3%
<4iste o sofrimento dos nossos antepassados no Egito, e ouviste o 'lamor deles no mar 4ermel*o# izestes sinais e
maravil*as 'ontra o faraó e todos os seus ofi'iais e 'ontra todo o povo da sua terra, pois sabias 'om quanta arrogLn'ia os
egíp'ios os tratavam# Al'an.aste renome, que permane'e at& *o-e# ividiste o mar diante deles, para que o atravessassem a
se'o, mas lan.aste os seus perseguidores nas profundezas, 'omo uma pedra em águas agitadas# 8u os 'onduziste de dia
'om uma nuvem e de noite 'om uma 'oluna de fogo, para iluminar o 'amin*o que tin*am que per'orrer# < @e X#X1:9%#
A *istória era 'ontada e repetida / medida que episódios eram relembrados# 6ense no n(mero de vezes em que as obras de
eus são re'ontadas na Bíblia# 6or que tantas vezes? @o Antigo 8estamento, eus estava ansioso por revelar1Se a um povo
que vivia em meio ao 'aos# Os an'iãos sabiam que *istórias do amor fiel de eus eram uma Ln'ora ne'essária para o povo
'ontinuar 'onfiando# O fato de relatarem antigas *istórias transmitia uma mensagem vital+ <eus & fiel a Seu povo# Kma vez
após outra, Ele interveio em nosso favor# Ele provou Sua bondade# E Ele &, *o-e, o mesmo eus de então# 6or isso, animem1
se2 8en*am f&2 @ão se esque.am de 'omo Ele & e do que tem feito#
Faba'uque, o profeta que esbrave-a 'ontra eus por Sua aparente inatividade e o a'usa de ser surdo e mudo, en'ontra
esperan.a quando se lembra, e ora+ <Sen*or ouvi falar da tua fama3 tremo diante dos teus atos, Sen*or# Qealiza de novo, em
nossa &po'a, as mesmas obras, faze1as 'on*e'idas em nosso tempo3 em tua ira, lembra1te da miseri'órdia F' "#9%#
Faba'uque estava relembrando a *istória revelada de eus#
Certa vez, quando os filisteus se aproimavam de >srael para guerrear, o profeta Samuel ofere'eu um sa'rifí'io# O Sen*or
trove-ou e espal*ou pLni'o entre os inimigos, permitindo que >srael os ven'esse 'om fa'ilidade# Samuel então tomou uma
pedra e a estabele'eu, dando1l*e o nome de Eben&zer, que signifi'a+ <At& aqui nos a-udou o Sen*or# aquele dia em
diante, sempre que o povo passava por aquela pedra se lembrava da fidelidade de eus#
Somos aqueles que se lembram# Somos 'riados para nos lembrar das palavras de eus e da obra de eus# Os *omens são
'*amados a se lembrar de eus 'ontando fielmente aos outros quem Ele & e o que tem leito# 0as por qu5? =ual & o
propósito da lembran.a?

U6A $A!;' PA$A 5&6-$A$


“enas tenham cuidado: Jenham muito cuidado ara !ue vocês nunca se es!ue%am das coisas !ue os seus olhos viram
conservem*nas or toda a sua vida na mem"ria, contem*nas a seus filhos e a seus netos. =embrem*se do dia em !ue vocês
estiveram diante do 5enhor o seu Deus, em 6orebe, !uando o 5enhor me disse9 IKe8na o ovo diante de mim ara ouvir as
minhas alavras, a fim de !ue arendam a me temer en!uanto viverem sobre a terra, e as ensinem a seus filhos0.t
“ ;#X1
:[%
Alguns anos atrás, passei por uma &po'a parti'ularmente difí'il# 6or meses, tudo na min*a vida dava a impressão de ser
uma batal*a# Clientes, no meu minist&rio de a'onsel*amento# apresentavam problemas espe'ialmente 'ompli'ados e
aparentemente insol(veis# Amigos meus, passavam por tempos etremamente difí'eis# Os *orrores de viver neste mundo
de'aído pare'iam muito próimos#
Come'ei a me sentir um tanto desequilibrado# A todo instante, eu sentia um impulso irreprimível de '*orar ou de brigar# Eu
ouvia uma 'an.ão no rádio, e 'ome.ava a '*orar# Km motorista se infiltrava um pou'o na min*a faia, e eu tin*a de resistir
ao impulso de for.á1lo a sair da estrada# Kma 'rian.a sentada no 'arrin*o de 'ompras da mãe, num supermer'ado, sorria
para mim e meus ol*os se en'*iam de lágrimas# Entretanto, se a fila do 'aia não se movesse 'om uma 'erta velo'idade, eu
logo pro'urava o gerente, enraive'ido, para 'orrigir o problema# 8risteza e f(ria, indo e vindo#
inalmente, pro'urei um bom amigo e 'olega e 'ontei1l*e o que estava a'onte'endo# Ele ouviu atentamente antes de me
dar esta resposta solene+ <D difí'il ter entrado na batal*a e des'obrir que não *á 'omo sair dela#
Sua resposta me deiou estupefato ) mas eu sabia que era a verdade# urante o de'orrer de diversos anos, eu *avia feito
algumas es'ol*as de lutar uma batal*a maior# Favia es'ol*ido abrir meus ol*os, mais e mais, para as terríveis realidades de
um mundo de'aído# =uando eu tin*a vinte e pou'os anos, vivi 'omo um *omem que se 'ontentava em deiar os outros
lutarem as grandes batal*as, enquanto eu fi'ava nos bastidores e ofere'ia alimento e água# 0as essa posi.ão estava
mudando, e eu sabia# Enfrentar o futuro agora pare'ia apavorante# A realidade dele trazia lágrimas e ira+ lágrimas, porque
eu queria ir para 'asa onde quer que fosse%3 e ira, pelo que eu temia que estivesse / frente, e pelo que p oderia ser eigido
de mim#
Após 'onversar 'om meu amigo# eu me lembrei de algumas *istórias que meu pai me 'ontou sobre a Segunda !uerra
0undial, na qual, quando -ovem, ele *avia lutado# 7iguei para meu pai 'erta noite e pedi que ele es'revesse para mim
algumas de suas reflees sobre sua eperi5n'ia da guerra#
@a semana seguinte, '*egou a 'arta de meu pai# Ele des'revia eloqGentemente os dias que pre'ederam a invasão da praia
Oma*a# Os sentimentos dos *omens# As palavras de seus 'omandantes# O desembarque nas praias# O raste-ar sob os
'orpos de 'ompan*eiros 'aídos# adiga# ifi'uldade# A 'ausa que l*e dava 'oragem, e o temor que o instigava a bater em
retirada# E, entremeando toda a des'ri.ão da batal*a, as palavras de meu pai falavam de ora.ão, de medo, de 'on*e'er a
eus no meio de tempos terríveis e difí'eis# evorei a 'arta# Ela me fez 'on*e'er uma parte de meu pai que eu não
'on*e'era anteriormente# 0as o mais importante foi que ela me deu esperan.a# Algo dele, algo do que ele se lembrava,

3(
*avia sido passado para mim# E eu 'on*e'ia agora de uma forma mais profunda, algo dos 'amin*os de eus#
As palavras do meu amigo e a 'arta de meu pai sugerem a razão pela qual devemos nos lembrar# Os *omens são '*amados
a passar adiante algo importante /s gera.es futuras+ não apenas passar adiante a *istória mas passar adiante a lembran.a
de eus em nossas vidas# D o ato de 'olo'ar nossas vidas presentes numa perspe'tiva maior# e fato, o salmista testifi'a
sobre a esperan.a e a 'oragem que as *istórias de >srael l*e davam+
“+om os nossos r"rios ouvidos ouvimos, " Deus os nossos anteassados nos contaram os feitos !ue realizaste no temo
deles, nos dias da antiguidade. +om a tua r"ria mas eCulsaste as na%#es ara estabelecer os nossos anteassados
arruinaste ovos e fizeste roserar os nossos anteassados. ;ão foi ela esada !ue con!uistaram a terra, nem ela for%a
do seu bra%o !ue alcan%aram a vit"ria9 foi ela tua mão direita, elo teu bra%o, e ela luz do teu rosto, or causa do teu
amor ara com eles”S> ;;#:1"%#
0eu pai não deu as respostas para a min*a luta# 0as sua lembran.a me deu 'oragem para 'ontinuar no meio dela# Suas
*istórias me deram esperan.a#

A $&CU(A +& 5&6-$A$

A maioria dos *omens e 'on*e'ida por seu sil5n'io# Os fil*os raramente fi'am sabendo sobre o passado dos pais ) suas
eperi5n'ias, seus fra'assos, suas lutas 'om a f&# Em vez de passar algo a seus fil*os, ele permane'e 'alado, agindo 'omo se
não tivesse nen*uma lembran.a# 6or qu5?
6ense de novo nos dois *omens que des'revi no iní'io deste 'apítulo# e que maneira a id&ia do *omem 'omo <aquele que
se lembra se rela'iona 'om uma luta 'ontra o pe'ado seual ) ou 'om qualquer outro pe'ado?
6ense sobre isso# O *omem que entrou na lo-a só para adultos teve de tirar da 'abe.a tudo o que l*e era 'aro# Ele não podia
<gozar aqueles prazeres pe'aminosos enquanto algum pensamento da esposa ou fil*os ou minist&rio ainda estivessem em
sua mente#
es'ol*as urante aqueles momentos, 'onquanto breves, ele tamb&m teve de tirar eus da 'abe.a, para *onrar suas
pe'aminosas#
Considere uma &po'a na qual vo'5 se moveu propositalmente ) físi'a ou mentalmente ) na dire.ão de alguma 'oisa que
vo'5 sabia ser errada# @aquele momento, 'omo estava o seu rela'ionamento 'om eus? Era próimo? 4o'5 estava
desfrutando da intimidade dUEle? Claro que não# Se eus tivesse estado no 'enário, vo'5 não p oderia ter 'ontinuado
naquela dire.ão pe'aminosa# Essa & a natureza da idolatria ) a bus'a de algo, al&m de eus, para satisfazer os dese-os
pessoais# Es'ol*as pe'aminosas requerem que eus se-a esque'ido# @este sentido, <esque'er signifi'a mais do que,
apenas, não saber onde estão as '*aves do 'arro# D uma es'ol*a ativa e proposital ) uma re'usa de se lembrar#
O apóstolo 6aulo pinta um quadro vívido do que a'onte'eu quando os *omens “trocaram a gl"ria do Deus imortal or
imagens feitas segundo a semelhan%a do homem mortal, bem como de -ssaros, !uadr8edes e réteis” Qm :#9"%# “3or
isso Deus os entregou 7 imureza seCual, segundo os deseos ecaminosos do seu cora%ão, ara a degrada%ão do seu coro
entre si” Qm :#9;%#
O versí'ulo 9\ & espe'ialmente digno de n ossa aten.ão+
“lém do mais, visto !ue desrezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disosi%ão mental rerov-vel, ara
raticarem o !ue não deviam “. Essas pessoas se esque'eram de eus# O resultado foi um s&rio pe'ado#
Embora os *omens 'on*e'essem a verdade, a respeito de eus, '*egaram a um ponto em que não viam valor algum em
manter essa verdade em primeiro lugar em suas mentes# Eles moldaram deuses previsíveis, deuses que não interfeririam
'om suas es'ol*as pe'aminosas# O que o *omem está fazendo quando vai a uma livraria ou quando ele fantasia sobre algo?
O que está a'onte'endo quando ele pre'isa estar no 'ontrole, e eige que os outros se alin*em 'om seu modo de pensar?
=ual & a motiva.ão do *omem quando sua maior paião & que gostem dele? Em 'ada uma dessas situa.es, o problema
sub-a'ente & a fal*a em a'reditar que eus & sufi'iente# <Esta vida que estou vivendo não está fun'ionando# eus não me
está tratando Como mere.o# A vida, simplesmente, não faz 'om que eu me sinta bem# =uero algo, ou algu&m, que fa.a 'om
que eu me sinta bem ou me 'ontrole# Confiar em eus não está produzindo os resultados que dese-o# 6ortanto, eu o
'olo'arei de lado# 6re'iso es'ol*er esque'er eus, por algum tempo, e substituí1lo por algo mais agradável#
@ós, *omens, '*egamos a isso de maneira muito natural# Adão, antes da queda, tin*a algo do que se lembrar# Adão
'on*e'ia muito sobre o 'aráter de eus, por ter testemun*ado a obra 'riativa de eus e por suas 'onversas 'om Ele# Adão
sabia o que eus l*e dera para fazer, o que eus provera para ele, e quais eram seus próprios limites# Contudo, -á vimos que
Adão não agiu segundo o que ele sabia ser verdadeiro# =uando a serpente tentou Eva, Adão não falou# Sua memória fal*ou#
6ara ser mais pre'iso, ele se re'usou a lembrar#
Estou sugerindo que os *omens deveriam estabele'er uma *ora de *istória para suas famílias todas as noites? =ue toda vez
que for tentado, o *omem, deve re'itar passagens bíbli'as que relatam as obras de eus? Será que essas 'oisas realmente
a-udam? 8alvez# 0as elas podem apenas 'olo'ar mais pressão sobre o *omem para que ele fa.a as 'oisas 'ertas# Algo mais
& ne'essário ) uma mudan.a de 'ora.ão2 A menos que os *omens enfrentem *onestamente seu obstinado deleite em se
esque'er e sua dedi'a.ão a paies mais fortes do que seu dese-o por eus, -amais o'orrerá uma mudan.a duradoura#

3-
U6 CHA6A+' A 5&6-$A3:A

=uando eu era um 'ristão novo, a'*ava in'rível que um grupo de pessoas que testemun*ara a abertura do 0ar 4ermel*o
pudesse se esque'er do que eus *avia feito e retornar 'ulto de falsos deuses# 7ogo após seu milagroso livramento das
mãos dos egíp'ios, os israelitas estavam novamente 'ometendo pe'ado# E a Bíblia relata dezenas de in'identes por toda a
*istória de >srael em que as pessoas 'on*e'iam a bondade de eus mas, ainda assim, bus'avam outros 'amin*os para a
vida#
Essas *istórias 'ostumavam me surpreender# 0as *o-e, quando me defronto 'om as realidades em min*a própria vida, não
me surpreendo mais# Sou um *omem que 'r5, um *omem que -á viu a mão de eus operando poderosamente em min*a
vida# E no entanto, por vezes, ainda bus'o algo que não se-a eus para me dar satisfa.ão e realiza.ão# E ao fazer isso, deio
de me lembrar do que & verdadeiro#
Após tr5s anos, o tempo de Mesus 'om os dis'ípulos estava '*egando ao fim# Certa noite, Mesus os reuniu para a 'eia da
6ás'oa# Esse grupo de *omens *avia estado 'om Ele, vira seus milagres 'om os próprios ol*os e, logo depois, testemun*aria
Sua morte e ressurrei.ão# A esses *omens Mesus disse+ <azei isto em memória de mim# Com 'erteza, dentre todas as
pessoas, eles não pre'isariam de um símbolo que os a-udasse a se lembrar de Cristo# epois de tudo o que *aviam
testemun*ado e ouvido, 'omo poderiam esque'er?
Contudo, Mesus 'on*e'ia aqueles *omens 'omo 'on*e'e a nós# E 'on*e'ia sua in'lina.ão ao esque'imento# Considere a
dis'ussão mesquin*a, registrada em 7u'as 99#9;# que o'orreu entre eles logo após Mesus ter predito Sua morte+ “5urgiu
também uma discussão entre eles, acerca de !ual deles era considerado o maior”. 0esmo antes de Mesus ter deiado a sua
presen.a, eles *aviam se esque'ido do que Ele dissera# Má estavam se afastando da vida / qual Mesus os '*amara#
Os dois *omens des'ritos no iní'io deste 'apítulo foram defrontados 'om a es'ol*a de se lembrar# Ambos lutaram# E ambos
adoraram# O primeiro se re'usou a se lembrar e, em ultima instLn'ia, adorou diante do altar de um deus falso# O segundo,
ouvindo o '*amado de Cristo para que se lembrasse dUEle, adorou ao eus verdadeiro#

3.
Capítulo >

&5& &(#AVA 5? & (& CA5'U


“+reio em Deus mesmo!uando &le se cala.”

Aquele fora o dia mais longo de sua semana# Ele era professor numa pequena universidade e tin*a de trabal*ar em dois
empregos para equilibrar o or.amento dom&sti'o# A'ordou bem 'edin*o, naquela man*ã de quarta1feira, para a'onsel*ar
um 'liente de outra 'idade pelo telefone# epois, foi 'orrendo se en'ontrar 'om um aluno para tomarem -untos o 'af& da
man*ã# Em seguida, dirigiu1se /s pressas ao seu es'ritório para a reunião semanal do 'orpo do'ente# Assim que a reunião
terminou, ele deu uma aula de tr5s *oras# epois, veio um almo.o 'om outro aluno, seguido de quatro *oras 'onse'utivas
de a'onsel*amento# 6ara terminar o dia, ele passou uma *ora 'om um 'olega, dis'utindo planos para um seminário que se
aproimava#
Ao dirigir1se para 'asa aquela noite, ele estava esgotado e eausto# 8in*a 'onversado 'om amigos, alunos, e1alunos,
'olegas e 'lientes das R*"[ da man*ã at& as :\*"[# 0ais uma vez, *avia dado de si mesmo at& o ponto de eaustão#
Enquanto ainda estava a 'amin*o de 'asa, ele 'on'luiu que não l*e restara mais nada de si para dar a quem quer que fosse#
0ais do que qualquer 'oisa, queria fi'ar só# Ele pensou brevemente sobre 'omo poderia fugir por alguns dias#
Enquanto ouvia o rádio, ele son*ava 'om sua 'abana imaginária anin*ada nas montan*as# @en*uma 'ontrov&rsia# @en*um
pedido# @en*uma 'ríti'a# 0as ele estava dividido por outro pensamento, que o 'orroia, embora fosse agradável# 0esmo
'ansado, 'omo estava, ele mal podia esperar para estar 'om as pessoas a quem mais amava+ a esposa e o fil*o#
Ao se aproimar da garagem, ele sentiu uma f(ria 'res'er dentro de si, Seu 'orpo se retesou e ele sentiu uma 'on*e'ida
parede subindo# Ele sabia eatamente o que a'onte'eria quando entrasse em 'asa# Qeviu mentalmente a 'ena enquanto
entrava na garagem+ o fil*o ia querer brin'ar e a esposa ia querer saber tudo a respeito do seu dia# E ela ia querer 'ontar
tudo a respeito do d ia que tivera# Ela daria uma lista de tudo o que enfrentara desde que ele saíra naquela man*ã# 6ediria
que ele dessa uma ol*ada na se'adora de roupas ou 'onsertasse o vaso sanitário ou desentupisse o triturador de lio#
6ermane'endo sentado no 'arro, ele sentia o peso do que a família pediria dele# Ele 'ome.ou a 'ulpar a esposa por sua
raiva e frustra.ão# Ela pede demais# Ela não entende as frustra.es do meu trabal*o# @ão apre'ia os sa'rifí'ios que fa.o por
ela# Ela nun'a me dá tr&gua, queiou1se 'onsigo mesmo#
=uando ele entrou na sala, a esposa o saudou 'om uma pergunta que mil*es de esposas fazem a seus maridos todos os
dias# Era uma pergunta simples, que eigia apenas uma resposta simples# 6or que aquilo o deiou zangado? A esposa não
estava pedindo algo que ele não pudesse dar, 'omo a resposta a um problema matemáti'o 'ompleo, por eemplo# Ela
estava pedindo algo que ele podia dar, mas que guardava 'omo um pirata alu'inado protege o seu tesouro mais se'reto#
Ela perguntou+ <Como foi o seu dia?# Ele passara seu longo dia 'onversando ) a'onsel*ando, batendo papo, ensinando,
dis'utindo planos futuros# E agora, após treze *oras de 'onversas, ele ofere'eu / esposa sua resposta de sempre / essa
pergunta# Ol*ando1a bem nos ol*os, ele d isse uma (ni'a palavra+
<Bom#
Esperava que isso en'errasse a 'onversa# >mediatamente apan*ou a 'orrespond5n'ia e fingiu que era mais urgente do que a
pergunta da esposa# Ele, 'ontudo, tin*a plena 'ons'i5n'ia de que ela estava perguntando mais do que 'omo seu dia tin*a
sido# Ela queria que ele 'ompartil*asse sua vida 'onsigo, que ini'iasse uma 'onversa, to'asse a solidão dela 'om suas
palavras e presen.a# 0as ele se re'usou a fazer isso#
Como em tantas noites anteriores, ele se 'alou diante daquela a quem amava# 6odia falar 'om alunos e 'lientes, mas se
es'ondia da esposa# 0ais tarde, naquela noite, na priva'idade de sua mente, ele se angustiou 'om sua obstinada e
silen'iosa fuga# E se fez as perguntas de sempre+ 6or que desprezo as perguntas dela? Eu amo a min*a esposa, mas uso a
eaustão 'omo des'ulpa para des'artá1la# 6or que me 'alei? Fo-e foi um dia parti'ularmente longo# 0as mesmo nos dias
mais fá'eis, fu-o daqueles a quem amo# 6or qu5?

'7U& &(#? &$$A+' C'6 '( H'6&3(@


Eu entendo esse *omem# Eu o entendo porque, quase diariamente, passo por essa mesma rotina e me fa.o as mesmas
perguntas# Contudo, meu trabal*o, tanto nas Es'rituras quanto no meu 'onsultório de a'onsel*amento, me 'onven'eu de
que todo *omem se debate 'om um sil5n'io profundo e es'ol*ido# A primeira vez em que ensinei sobre o sil5n'io dos
*omens, vime 'er'ado por um bando de esposas que e'lamavam+ <0eu marido tamb&m & 'alado2 O que posso fazer para
'onseguir que ele 'onverse 'omigo?# E alguns *omens se aproimaram sorrateiramente e sussurraram+ <A'*ei que eu era o

3
(ni'o# 4o'5 tem problemas 'om isto tamb&m?#
8odo *omem se debate 'om a tensão entre um desígnio ao qual não pode es'apar e sua viola.ão diária desse desígnio# O
desígnio para todo *omem & o de falar e ser alvo da fala de outros# Os *omens querem amar e ser amados, mas se sentem
interiormente bloqueados# Algo não permite que suas emo.es e sentimentos ven*am para fora#
6odemos ser a-udados? 6odemos mudar? Claro, mas a -ornada do *omem piedoso 'ome.a de maneira estran*a# Sua
-ornada 'ome.a quando ele enfrenta o fra'asso3 não, quando al'an.a su'esso# Ela 'ome.a 'om uma avalia.ão *onesta do
que está errado#
A solu.ão de um problema 'ome.a sempre 'om a avalia.ão 'orreta do problema# 6re'isamos entender 'laramente o que
está errado 'onos'o antes de podermos mudar e viver segundo o que nos foi designado# As Es'rituras ofere'em uma
epli'a.ão# Elas falam de um *omem ) o primeiro *omem ) que teve o problema do sil5n'io# 4amos dar uma ol*ada
'uidadosa nesta 'on*e'ida *istória para ver qual & o problema e onde ele 'ome.ou#

A+;' &(#AVA 5A

“& a serente era o mais sagaz de todos os animais selvagens !ue o 5enhor Deus tinha feito. & a serente disse 7 mulher
“Deus disse realmente9 ILocês não comerão de todas as -rvores do ardim<0 & a mulher resondeu 7 serente9 3odemos
comer do fruto das -rvores do ardim. EBasF do fruto da -rvore !ue fica no meio do ardim Deus de fato disse !ue não se
ode comer dele, e não se ode toc-*lo, ara !ue não se morra. & a serente disse 7 mulher9 +ertamente vocês não
morrerão. 3ois Deus sabe !ue no dia em !ue vocês comerem, seus olhos se abrirão e vocês serão como Deus, conhecendo o
bem e o mal. & a mulher viu !ue a -rvore era boa ara se comem e !ue era agrad-vel aos olhos, e !ue era dese-vel ara
dar sabedoria, e ela tomou do seu fruto e comeu*o.& deu também a seu marido, !ue estava com ela, e ele comeu. “& os
!n "#:1Z,
olhos de ambos se abriram, e erceberam !ue estavam nus, e coseram folhas de figueira e fizeram vestes ara si”.

tradu.ã
Ao longo o do
da autor%
Fistória, a >gre-a em geral tem 'ulpado Eva pela queda da ra.a *umana# A maior parte das pessoas presume
que, enquanto a serpente e Eva 'onversavam, Adão estava em outro lugar# Elas supem que, após ter pe'ado, Eva
en'ontrou Adão e o induziu a 'omer do fruto proibido# Com freqG5n'ia, Eva & a'usada de ter tentado travar uma batal*a de
esperteza 'om a serpente e, em sua fraqueza, su'umbido / ast('ia da adversária# 8em sido ensinado que Eva deu o primeiro
passo para pe'ar 'ontra eus, e que Adão apenas seguiu o seu eemplo# Alguns int&rpretes t5m at& sugerido que Adão
'omeu do fruto para que Eva não vivesse sozin*a em seu pe'ado#
e fato, fazem 'om que Adão pare.a nobre / luz da petulLn'ia do seu vaso mais frágil# 0as, e se Adão estivesse ali 'om Eva
durante toda a 'onversa? E se ele estivesse em p&, ao lado dela e ouvisse, por si mesmo, a serpente dar voltas em torno da
verdade? E se sua desobedi5n'ia 'ome.ou, não quando 'omeu do fruto, mas, quando se re'usou a falar 'om a serpente ou
'om sua esposa?
Se Adão esteve presente e se 'alou, isso traz nova luz sobre o problema 'om os *omens# A interpreta.ão que a >gre-a faz de
!5nesis talvez ten*a permitido que os *omens 'ulpem as mul*eres por seus problemas ) eatamente 'omo Adão 'ulpou
Eva ) e não assumam responsabilidade por seus fra'assos# 0as a situa.ão muda radi'almente se Adão esteve presente, ao
lado de Eva, enquanto a serpente a tentava# Então, seu sil5n'io se torna um pe'ado, 'om impli'a.es de longo al'an'e#
Fá quatro razes pelas quais a'reditamos que Adão se en'ontrava presente na tenta.ão+
:% seu sil5n'io se en'aia no 'onteto imediato de !5nesis :1"3
9% !5nesis "#$ diz que ele estava ali3
"% o estilo de toda a narrativa registrada em !5nesis "#:1Z sugere que Eva se voltou imediatamente para Adão e l*e deu o
fruto3 e
;% outros *omens em !5nesis viven'iaram esse problema antigo do sil5n'io de Adão, sugerindo que seu sil5n'io tornou1se
um padrão para seus des'endentes mas'ulinos#

A+;'B ' P'$#A+'$+A6A&6B +&(6&$&C&U &((A 6A&6


6rimeiro, ol*emos o 'onteto imediato dessa passagem# aremos isso 'omparando !5nesis " 'om !5nesis :# Em !5nesis :
eus 'onfronta as trevas e o 'aos+ <Era a terra sem forma e vazia#### 4imos anteriormente que eus 'riou o mundo de
forma singular# Ele falou para dentro da es'uridão e sus'itou ordem, beleza e rela'ionamento# A 'omunidade -udai'a tem
uma epressão diferente para des'rever esse Criador+ <Aquele que falou e o mundo passou a eistir# Ele & um eus que usa
a linguagem a fim de estabele'er rela'ionamento# Ele não bate em retirada diante da es'uridão e do 'aos# Antes, fala para
dentro dela# E após Sua atividade 'riadora, Ele guarda o sábado#
Em !5nesis ", Adão ) o *omem que deveria representar eus ) age muito diferentemente do seu eus# Como em
!5nesis :, a *istória de !5nesis " 'ome.a 'om 'aos+ <Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o

3
Sen*or eus tin*a feito# Ela falou para a mul*er+ oi isto mesmo que eus disse eis disse###?# Observamos, no Capítulo R,
que a serpente representava o 'aos# As pessoas no antigo Oriente 6róimo a'reditavam que a serpente simbolizava engano
e 'onfusão# Em !5nesis "#:, o 'aos reapare'e na forma de uma serpente que usa o engano para 'onfundir Adão e Eva#
0as o que a'onte'e diante do 'aos? >roni'amente, Eva reflete a imagem de eus mais 'laramente do que Adão porque &
ela quem fala 'om a serpente# 0as, o que dizer de Adão? Se Adão estava ali, não disse nada# O 'aos *avia entrado em seu
mundo perfeito e ele permane'eu estarre'ido em sua 'onfusão e es'uridão# As Es'rituras não registram nen*uma instru.ão
de eus para Adão sobre o que dizer / serpente# 6or isso Adão não disse nada#
Adão foi, então, um *omem 'alado, um *omem passivo# Como muitos *omens na Fistória, ele esteve fisi'amente presente
mas, emo'ionalmente, ausente# Ele se dilui no pano de fundo da Fistória em vez de se postar na frente e no 'entro do
pal'o# Em 'ontraste, eus apare'eu, na frente e no 'entro da 'ena em !5nesis :, e falou 'om o propósito de transformar
um deserto em paraíso# Adão, por outro lado, desapare'eu# Seu pe'ado 'ome.ou 'om seu sil5n'io# Ele foi pro-etado para
falar, mas não disse nada# Ele ouviu a serpente, ouviu a esposa, a'eitou o fruto e, então, 'omeu#
Adão foi passivo tr5s vezes, antes de 'omer do fruto proibido# A palavra de eus sus'itou Cria.ão do 'aos3 o sil5n'io de
Adão troue 'aos de volta / Cria.ão# 7embre1se que eus usou a linguagem para estabele'er rela'ionamento3 Adão, usou o
sil5n'io para destruir rela'ionamento# eus des'ansou, depois de Sua obra 'riadora3 Adão trabal*ou mais, 'omo resultado
do seu sil5n'io# Adão arruinou o 6araíso por que não fez algo# Adão, o portador da imagem de eus, não refletiu o seu
eus, porque es'ol*eu estar ausente, 'alado e esque'ido da ordem de eus#

A+;'B 7U& &(#AVA C'6 &5A


Fá uma segunda base para se 'rer que Adão estava presente durante a tenta.ão# O teto de'lara epli'itamente que Adão
estava ali+ “& a mulher viu !ue a -rvore era boa ara se comer, e !ue era agrad-vel aos olhos, e !ue era dese-vel ara dar
sabedoria, e ela tomou do seu fruto e comeu*o. & deu também a seu marido, Due estava com ela, e ele comeu “ !n "#$,
tradu.ão e 5nfase do autor%# Ora, essa frase simples e 'ondenatória, tem sido grandemente ignorada ) e não deveria2 Ela &
uma frase importante# Em *ebrai'o, a palavra >m*aU & 'omposta de duas outras, 'u-a tradu.ão, para o portugu5s seria
equivalente a+ <'om ela# A 'onstru.ão *ebrai'a & uma 'ombina.ão da preposi.ão imU# que signifi'a <'om, e o pronome
pessoal feminino da ter'eira pessoa *aU, que signifi'a <elaU#
=uando ímU & usado, na Bíblia *ebrai'a, denota grande proimidade entre os interlo'utores, at& o ponto de uma rela.ão
seual# Outras preposi.es poderiam ter sido es'ol*idas para mostrar asso'ia.ão nesse versí'ulo, mas o uso de imU indi'a
não apenas uma asso'ia.ão muito '*egada, 'omo proimidade físi'a# Kma boa tradu.ão desta frase seria <bem ali 'om ela#

0uitos versí'ulos 'onfirmam esta interpreta.ão da frase <que estava 'om ela# Considere apenas uma, Mz :"#X# Este
versí'ulo apare'e na *istória de Sansão, que & narrada em -uízes :"1:$# Antes de Sansão nas'er, o an-o do Sen*or apare'eu
a sua mãe# Ora# tipi'amente, o an-o do Sen*or apare'ia a *omens# 6or qu5 então, desta vez, ele apare'eu / mãe de Sansão
e não a 0anoá, seu pai?
A mãe de Sansão era est&ril e o an-o do Sen*or apare'eu para prometer1l*e um fil*o# Ele disse que ela deveria 'onsagrar o
fil*o 'omo nazireu ) um *omem que -amais deveria 'ortar seus 'abelos# A mul*er 'orreu a 'ontar ao marido sobre o

apare'imen
o que fazer to
'ome ooan(n'io
menino#do8alvez
an-o,ele
masnão
0anoá duvidou
'onfiasse da *istória#
na palavra Ele pediu
da mul*er, ou,aoquem
Sen*or quefosse
sabe, viessevagaroso
de novo em
e 'ontasse a ele
apreender o
que o Sen*or -á dissera#
e qualquer forma, o Sen*or respondeu / ora.ão de 0anoá, mas não eatamente da maneira que ele pedira# Ou.a o relato
bíbli'o+ <Deus ouviu a voz de Bano- e o no de Deus veio outra vez 7 mulher, !uando esta se achava assentada no camo
mas seu marido Bano-não estava com ela” Mz :"#X, tradu.ão e 5nfase do autor%# 4emos aqui a mesma frase ) Iimha0)
outra vez, só que desta vez ela & usada 'om o negativolo#
Em Muízes :", o an-o do Sen*or apare'e / mul*er, mas o marido, 0anoá, está literalmente lo Iimha ) não 'om ela# Ele não
está fisi'amente presente# Em !5nesis ", a serpente apare'e, fala 'om outra mul*er e Adão, o seu marido, está lmha )
bem ali 'om ela# Assim vemos essa palavra *ebrai'a usada em dois eemplos signifi'ativos# Em ambos os 'asos, o
signifi'ado envolve 'laramente uma proimidade físi'a+ 0anoá não estava ali 'om a esposa mas, Adão, estava bem ali# Com
essas passagens 'laramente afirmadas da Es'ritura, o Pnus da prova repousa sobre a interpreta.ão tradi'ional para provar
que Adão não estava 'om Eva ) o teto indi'a que ele estava#

&VA (& V'5#'U PA$A (&U 6A$+'

A ter'eira razão pela qual a'reditamos que Adão estava ali & por ser, !5nesis "#:1Z, a narrativa de uma (ni'a unidade de
tempo# @ada, nessa passagem, indi'a um espa.o de tempo entre o momento em que Eva 'omeu do fruto e aquele em que
ela o ofere'eu a Adão# E não *á nada, no versí'ulo $, que sugira que Adão estava distante no momento da tenta.ão#

%
8ampou'o *á qualquer evid5n'ia de que Eva 'omeu do fruto sozin*a e depois foi pro'urar Adão# Se lermos a narrativa 'omo
ela nos & apresentada, -amais veremos qualquer quebra de tempo no versí'ulo $# Ao 'ontrário, vemos Eva tomar do fruto,
mord51lo e, imediatamente, entregá1lo ao seu passivo e silen'ioso marido, que estava 'om ela#
0ais uma vez, o Pnus da prova repousa sobre a interpreta.ão tradi'ional para provar que *ouve uma quebra no tempo
entre o momento em que Eva 'omeu do fruto e então deiou a 'ena a f im de pro'urar Adão#

A+;'B V&! APE( V&!

O autor de !5nesis & um 'ontador de *istórias# Ele revelou o enredo e o problema rios tr5s primeiros 'apítulos# Os demais
quarenta e sete 'apítulos desenvolvem o mesmo tema em in(meras *istórias fas'inantes# Como a'onte'e 'om qualquer
boa *istória, !5nesis repete esses mesmos temas e eventos# E o tema do sil5n'io mas'ulino apare'e, vez após vez#
0uitos, dos *omens retratados em !5nesis, es'ol*em fi'ar 'alados e al*eios, ausentes e desatentos# E 'ontinuamente
metendo1se em apuros, toda vez que es'ol*em sil5n'io em vez de envolvimento, ou esque'imento em vez de lembran.a#
6or eemplo# Abrão depois '*amado Abraão%, em vez de 'onfiar no 'ronograma de eus, atendeu / sugestão de Sarai e
dormiu 'om a serva desta, Fagar+ E Sarai disse a Abrão+“$lhe, o 5enhor me imediu de ter filhos9 3or favor, v- 7 minha
serva ara !ue eu ossa obter filhos através dela. &A.rão deu ouvidos F voz de (arai. & 5arai, esosa de brão, tomou
6agar, sua serva eg'cia,e deua a seu marido A.rão ara ser sua esosa”!n :$#91"# tradu.ão e 5nfase do autor%#
Observe as semel*an.as entre Adão e Abraão# Como Adão, Abraão foi passivo na intera.ão 'om sua esposa# Embora Sara
estivesse errada, Abraão a ouviu# 7embre1se que eus puniu Adão por ter dado ouvidos / esposa# E, assim 'omo Eva deu o
fruto proibido ao marido, tamb&m, Sara deu a serva a Abraão ) e ele a tomou2 Abraão fi'ou 'alado e passivo# E seu sil5n'io
ainda fala, quatro mil anos depois# lsmael, fil*o de Fagar ) 'u-os des'endentes 'onstituem as na.es árabes ) desprezam
>srael at& *o-e#
Considere
do mal# 7ó outro
'*egoueempl o# 7óde
ao ponto es'ol*eu
ofere'erpermane'er
suas fil*as aal*eio ao pe'ado
um grupo 'onspí'uo de
de estupradores Sodoma,
pervertidos#uma 'idade
Sua a.ão que
não era amuito
difere síntese
da
de Abraão e >saque, os quais 'olo'aram em ris'o as esposas ofere'endo1as a reis estrangeiros# Eles nos são eemplos de
'omo muitos *omens são *o-e# São *omens fra'os, que sa'rifi'am as mul*eres de suas vidas por 'ovardia# Como Adão,
esses *omens for.am suas esposas a adentrarem o 'aos por eles# Como @o&, eles pre-udi'am seus fil*os por anos ) at&
gera.es ) 'om sua embriaguez# Em seu estupor embriagado, 7ó não soube que estava tendo rela.es seuais 'om as
próprias fil*as# Sua embriaguez levou ao in'esto, que produziu fil*os, que depois guerrearam 'ontinuamente 'om >srael#
8alvez, a *istória mais es'lare'edora para nós este-a 'ontada em !5nesis "\# D uma *istória obs'ura e geralmente ignorada,
mas mere'e 'uidadosa observa.ão porque reen'ena a *istória do primeiro pe'ado#
Mudá foi a Canaã / pro'ura de uma esposa# Ele 'asou1se 'om uma mul*er '*amada Sua e ela l*e deu tr5s fil*os# “5ua
concebeu e deu 7 luz um filho, e deu*lhe o nome de &r. $utra vez ela concebeu e deu 7 luz um filho a !uem deu o nome de
$nã. Bais uma vez ela deu 7 luz um filho, e deu*lhe o nome de 5el-”!n "\#"1R, tradu.ão do autor%#
Mudá 'laramente não teve difi'uldade em 'umprir o mandamento divino de multipli'ar1se e en'*er a terra# 0as 'omo todas
as outras *istórias do !5nesis, o 'aos entrou em 'ena# O primog5nito de Mudá foi perverso aos ol*os de eus, e eus o fez
morrer# O segundo fil*o, Onã, re'ebeu ordens de prati'ar uma forma de matrimPnio leviráti'o para 'uidar da esposa do seu
irmão morto, 8amar, e dar 'ontinuidade ao nome da família# 0as Onã sabia que os fil*os não l*e perten'eriam, e tampou'o
a *eran.a# Assim, em vez de fizer o que eus requeria, Onã derramou seu s5men na terra# Ao fazer isso, ele se re'usou a
perpetuar a memória de seu irmão e tamb&m do pai, Mudá%# Em ess5n'ia, ele se re'usou a lembrar# E qual foi a rea.ão de
eus a esse lapso de memória? Ele tamb&m tirou a vida de Onã#
Agora, pon*a1se no lugar de Mudá# 4o'5, 'omo seu pai antes de vo'5, dese-a desesperadamente um f il*o para 'ontinuar sua
memória e seu nome# E per'ebe que a promessa de eus a Abraão está, 'omo sempre, a apenas uma gera.ão da
oblitera.ão# Em suma, não ter fil*o algum signifi'a não ter nen*uma promessa# D por isso que os fil*os eram tão
importantes para as primeiras famílias *ebr&ias# Se elas não tivessem fil*os, a promessa de eus seria quebrada#% 4o'5 teve
tr5s fil*os, mas perdeu o seu primog5nito, aquele em quem depositou sua mais alta esperan.a# E agora vo'5 dá seu
segundo fil*o / esposa do irmão para que ela ten*a fil*os# E ele tamb&m morre# A pergunta para vo'5 &+ 4o'5 tamb&m dará
seu ter'eiro fil*o ) sua (ltima esperan.a? 4o'5 'onfiará em eus 'om um 'aos desses?
Mudá não 'onfiou# E o autor de !5nesis 'onta a verdade sobre ele+ “&ntão Mud- disse a Jamar, 5ua nora9 3ermanece vi8va
em casa de teu ai até !ue meu filho 5el- cres%a pois
* temia Due ele tam.ém morresse, como seus irmãos “!n "\#::,
tradu.ão e 5nfase do autor%# Mudá teve medo# Ele era o es'ol*ido# O ter'eiro fil*o era sua (ltima esperan.a# Se tivesse
'onfiado em eus, Mudá teria dado seu ter'eiro fil*o# 0as em vez disso, ele fi'ou paralisado diante do 'aos# 8ratou 8amar
'om 'ondes'end5n'ia e simplesmente pPs o problema de lado#

%1
A #$A=+A AUA$+A A7U&5&( 7U& (& CA5A6

O que a'onte'e quando os *omens se esque'em de eus e se 'alam? =ual & o resultado quando eles se re'usam a mover1
se sa'rifi'ialmente em resposta / promessa de eus? 8ragi'amente, eles 'onvidam outros a adentrarem o 'aos de seu
mundo#
Caos para Mudá era o futuro imprevisível# O que a'onte'eria a seu ter'eiro fil*o se ele o desse a 8amar? A in'erteza do
futuro paralisou Mudá# 8alvez ele pensasse que mandar 8amar embora fizesse o problema desapare'er# 0as, o problema
voltou# Sua fraqueza e engano o a'*aram# Ou.a o resto da *istória#
A esposa de Mudá morreu# Após o tempo de luto, ele se dirigiu a outra 'idade para tosquiar suas ovel*as+ <=uando foi dito a
8amar+ Seu sogro está a 'amin*o de 8imna para tosquiar suas ovel*asU, ela tro'ou suas roupas de vi(va, 'obriu1se 'om um
v&u para se disfar.ar e foi sentar1se / entrada de Enaim, que fi'a no 'amin*o de 8imna# Ela fez isso porque viu que, embora
Selá -á fosse 'res'ido, ela não l*e tin*a sido dada em 'asamento!n "\#:"1:;%# Mudá não *avia 'umprido a promessa de
ofere'er o (ltimo fil*o 'omo marido de 8amar# 0as 8amar, não sendo a mul*er passiva que muita gente, *o-e, na igre-a,
valoriza, se dispPs a resolver o problema# Ela mostrou mais preo'upa.ão em 'ontinuar a lin*agem de Abraão do que Mudá#
Mudá viu 8amar <e a'*ou que ela era uma prostituta# Outro *omem, em !5nesis, al*eio / realidade que o 'er'ava# Ele
dormiu 'om 8amar sem saber quem ela era, e prosseguiu em seu 'amin*o# 8r5s meses depois, Mudá fi'ou sabendo que
8amar estava grávida# Como *omem de -usti.a, ele teve um ataque de f(ria e ordenou que a nora fosse queimada, por não
ter permane'ido fiel#
0as 8amar, ao 'ontrário de sua mãe Eva, fez algo sagaz em resposta / fraqueza desse *omem# Como Mudá *avia 'onfundido
8amar 'om uma prostituta, *avia requisitado seus favores seuais# 8amar 'on'ordara mas *avia eigido que, Mudá l*e
entregasse seu selo, seu 'ordão e seu 'a-ado# Km erudito 'omentou que essas 'oisas seriam o equivalente moderno da
'arteira de motorista e 'artes de 'r&dito de Mudá# @uma -ogada bril*ante, 8amar preparou a armadil*a para o sogro# A fil*a
de Eva reverteu a desobedi5n'ia de Eva# Eva deiou de usar sua saga'idade para derrotar a serpente# 8amar usou sua
bril*ante intelig5n'ia para 'umprir o mandato 'ultural# 8amar desempen*ou seu papel at& o momento 'erto# Como uma
mul*er indefesa, ela tin*a de 'ondenar um *omem al*eio mas poderoso# e a'ordo 'om a ordem de Mudá, ela deveria ser
levada para ser queimada# A 'amin*o, ela disse aos seus 'arras'os+ <O*, a propósito, o dono deste selo, 'ordão e 'a-ado)
ele & o pai do meu fil*o# Mudá fi'ou sem saída# 8eve de admitir a verdade# epois de mentir durante anos para 8amar,
enfim, ele respondeu *onestamente+ <Esta mul*er & mais -usta do que eu# E 'omo eus respondeu a isto? Ele respondeu
aben.oando 8amar 'om fil*os g5meos#
O sil5n'io, al*eamento e engano de Mudá, for.aram 8amar a entrar na in'erteza do mundo dele# Seu sil5n'io foi uma
nega.ão de eus, porque ele não 'onfiou a eus o seu futuro# oi a obstinada paralisia de Mudá que amea.ou sua semente#
Ele a'*ou que proteger seus interesses salvaria seu (ltimo fil*o# 0as estava errado# Se não fosse por 8amar, a promessa de
eus teria morrido 'om o (ltimo fil*o de Mudá# Se não fosse por 8amar, avi não teria eistido# Se não fosse por 8amar,
Cristo não teria eistido# @esta *istória, Mudá tin*a uma visão míope, egoísta# oi 8amar quem 'onvidou Mudá a uma visão
maior, altruísta#
Como Adão, Abraão e 7ó, Mudá, não 'ompreendeu o longo al'an'e das 'onseqG5n'ias de suas a.es# Seu sil5n'io teve

impa'to sobre
genealogia gera.es
de Cristo em da *umanidade#
0ateus+ “KegistroOda
@ovo 8estamento
genealogia 'omemora
de Mesus. a 'oragem
o Bessias, e aDavi,
filho de ast('ia
filhode
de8amar in'luindo1a
braão. naai
braão foi
de Nsa!ue, e Nsa!ue ai de Mac", e Mac" ai de Mud- e seus irmãos, e Mud- ai de 3erez e Oer- com Jamar” 0t :#:1", tradu.ão
do autor%#
Adão não fi'ou sozin*o em seu sil5n'io# Ele foi um *omem não muito diferente de nós# O 'aos entrou no seu mundo e ele
es'ol*eu esque'er# Ele foi passivo# Es'ol*eu o sil5n'io e se manteve ausente# Sua es'ol*a de se 'alar estabele'eu o padrão
para a desobedi5n'ia dos *omens desde então#

A+;' (& CA5'U


Adão não apenas se 'alou 'om a serpente, mas tamb&m 'alou1se 'om Eva# Ele -amais l*e relembrou a palavra de eus#
Mamais a '*amou para uma visão mais ampla# @ão se uniu a esposa para enfrentar a saga'idade da serpente# Ele ouviu
passivamente quando ela falou, em vez de falar 'om ela em respeito m(tuo#
@ão estou dizendo que Adão deveria ter falado por Eva ) ou a ela, 'omo um pai fala ao fil*o ou 'omo um superior fala ao
inferior# 0uitos *omens 'ometem esse engano# 8ampou'o estou sugerindo que os *omens devem falar e as mul*eres se
'alar# 8anto os *omens quanto as mul*eres são 'riados / imagem de eus para falar, eatamente aqui que o primeiro
*omem pe'ou#
Adão desobede'eu por deiar de falar 'om a serpente e 'om a esposa# Ele foi ausente e passivo# Seu sil5n'io foi o símbolo
de sua re'usa em envolver1se 'om Eva# E eus puniu Adão por seu sil5n'io+ <E ao *omem de'larou+ 4isto que vo'5 deu

%2
ouvidos / sua mul*er e 'omeu do fruto da árvore da qual eu l*e ordenara que não 'omesse, maldita & a terra por sua
'ausa+ 'om sofrimento vo'5 se alimentará dela todos os dias da sua vidaU# <!n "#:Z%# eus 'astigou Adão por ter 'omido do
fruto proibido# 0as, tamb&m o 'astigou, por ter dado ouvidos / sua mul*er# A desobedi5n'ia de Adão foi um pro'esso#
Adão se 'alou e depois 'omeu da árvore# Sua desobedi5n'ia não 'ome.ou quando ele 'omeu, mas quando se 'alou#
esobede'er a eus foi o resultado de ter1se retraído da esposa# oi um *omem silen'ioso que eventualmente quebrou o
mandamento eplí'ito de eus#

' (5G3C' = 5&#A5


Como todo *omem, sou 'alado 'omo Adão# Hs vezes fi'o estarre'ido diante da min*a 'onfusão# =uando min*a esposa me
pede que eu 'ompartil*e, ainda que só um peda'in*o de mim, eu geralmente en'respo# As vezes, quando ela '*ora, eu me
irrito 'om ela# Suas lágrimas me assustam, porque não sei o que fazer 'om elas# =uando ela diz q ue fiz algo errado,
defendo1me at& a (ltima trin'*eira# Se ela a'*a alguma 'oisa errada em mim, en'ontro dez 'oisas erradas nela# Qe'uso1me
a estar errado# Kso palavras, falo3 mas uso palavras para destruir o rela'ionamento ) 'omo a serpente fez no -ardim#
Entretanto, se min*a esposa 'onseguisse penetrar abaio da superfí'ie da min*a zanga, des'obriria que eu estou
envergon*ado 'om o que ten*o dentro de mim# E se eu 'ompartil*ar meus pensamentos, son*os e d(vidas mais íntimos )
e ela me re-eitar? 7embre1se da min*a *istória# Sou um *omem que se sente um impostor# Má parto do pressuposto que
nada ten*o a ofere'er# D mel*or### ) deduzo erradamente )< ### es'onder1me por trás do meu sil5n'io#
0as sil5n'io não & ouro ) ele & letal# O sil5n'io de Adão foi letal# Ele troue a quebra do rela'ionamento# E, em (ltima
instLn'ia, troue a morte#
O que o meu sil5n'io faz / min*a esposa? Ele aponta um dedo para ela e a 'ulpa por querer demais# Como Adão, quero
'ulpar min*a esposa por todo o 'aos do meu mundo# “Disse o homem9 /oi a mulher !ue me deste or comanheira !ue me
deu do fruto da -rvore, e eu comi”!n "#:9%# 6or nela a 'ulpa, tira de meus ombros a responsabilidade# 0eu sil5n'io pede /
min*a esposa que entre na 'onfusão da min*a vida# Ele requer que ela me busque em toda intera.ão# =uantas vezes eu l*e
fiz, de pura frustra.ão, esta pergunta+ <O que vo'5 quer que eu fa.a? Se vo'5 me desse uma lista eata, eu poderia
satisfazer /s suas ne'essidades e vo'5 seria feliz2 51me uma lista# Então nun'a fal*arei# Eu saberei o que fazer todas as
vezes# Sendo um *omem que se sente inadequado e in'ompetente, & importante que eu nun'a este-a errado, nun'a se-a
'ulpado#
E assim os *omens desapare'em em seu trabal*o, seus passatempos e seus esportes ) as 'oisas que menos importam nos
rela'ionamentos# O sil5n'io ou o desapare'imento tornam1se nossa mel*or defesa 'ontra o medo#
D eatamente aí que está o problema# 0eu sil5n'io & uma defesa 'ontra o 'aos, não uma entrada no 'aos# =uando nos
re'usamos a entrar no 'aos de nossas vidas, perdemos uma oportunidade grandiosa# eus 'riou os *omens / Sua imagem
para 'riarem, para fazerem diferen.a, para deiarem uma *eran.a# Ele 'riou os *omens para trazerem reden.ão a um
mundo trági'o# Ele os 'riou fortes para protegerem os limites daqueles que o 'er'am# Ele os 'riou para que ol*em para
outras pessoas#
0as todo *omem -á sentiu o toque da trag&dia# Ele foi danifi'ado por seu pai, mãe, avós, esposa, fil*os, superiores, só'ios#
8odo *omem sabe, bem demais, que este mundo & perigoso# Ele 'on*e'e o perigo de se arris'ar, quer do rela'ionamento,
quer no trabal*o# 0uitos *omens estão 'onven'idos de que a 'onfusão dos rela'ionamentos e a in'erteza do futuro pode
destruí1los# Assim, permane'em 'alados# =uando os *omens se 'alam, 'ontudo, negam a eist5n'ia e a bondade de eus#
Essa id&ia me in'omoda# Considero1me uma pessoa que 'r5 em eus# 0as, quando me 'alo, vivo 'omo ateu+ testifi'o
quanto / min*a 'ren.a de que o 'aos & mais poderoso do que eus#
A fala & o portal para o rela'ionamento# O sil5n'io & o guardião# A Bíblia *ebrai'a nos ensina que as palavras nos 'onduzem
para fora do sil5n'io e nos ligam a eus# E estarmos poderosamente presentes, 'om nossas palavras, & uma oportunidade
ímpar de trazermos vida a áreas onde a morte reina# 0as, -untamente 'om essa oportunidade vem um apavorante aviso+
nosso sil5n'io destrói# @ão *á meio1termo# O rabino 6in'*as de Toritz resume bem essa id&ia+ “$ mundo é como um livro
!ue ode ser lido em !ual!uer dire%ão. 6- o oder de cria%ão, de fazer algo do nada. & h- o oder de destrui%ão, de fazer
nada de algo.”
A 'ada momento da min*a vida, estou equilibrado entre a 'ria.ão e a destrui.ão# O sil5n'io destrói# alar, 'ria# Embora eu
se-a um *omem 'alado, quero ser um *omem que fala, que está presente, que ) 'omo seu eus ) faz algo do nada#

%3
C'3C5U(;' +A P$6&$A PA$#&

Km *omem pode ser 'ompreendido quando se 'on*e'em as perguntas que queimam em seu interior# 6ara muitos, uma
pergunta se desta'a 'omo a mais importante+ <O que devo fazer?# =uando os *omens sentem a mais profunda agonia,
essa & a pergunta que fazem a si próprios#
=uando o *omem se en'ontra num lugar onde essa pergunta não pode ser respondida, ele se move para um lugar onde
pode en'ontrar respostas# =uando ol*a ao redor e per'ebe que, sem querer, '*egou a uma situa.ão 'onfusa em que
pre'isa de 'oragem e 'riatividade, ele en'ontra uma forma de retornar / esfera de administra.ão# Ele a'*a um modo de
desenvolver alguma atividade na qual sua *abilidade e 'on*e'imento se-am (teis, em que sua in'apa'idade e temor não
se-am epostos, em que a 'oragem para viver num mundo imprevisível não se-a eigida ) em suma, ele se retira para onde
'onsegue en'ontrar uma reposta a essa pergunta ardente em seu peito#
=uando o *omem foge do terror do mist&rio, para os 'onfortos da administra.ão, ele transige 'onsigo mesmo# O *omem
governado pela eig5n'ia de sempre saber o que fazer não pode eperimentar as profundas alegrias da mas'ulinidade# Ele
violou seu '*amado e traiu sua natureza#
eus '*ama o *omem para falar para dentro da es'uridão, para lembrar1se de quem eus & e o que Ele revelou sobre a
vida e ) 'om essa lembran.a o'upando o lugar mais importante em sua mente ), adentrar seus rela'ionamentos e
responsabilidades 'om a for.a imaginativa de Cristo#
eus está 'ontando uma *istória# Kma *istória '*eia de vida, amor e gra.a+ uma *istória de odiar o mal e *onrar o bem3
uma *istória ri'a em drama, poesia e paião# H medida que vemos essa *istória 'ontada atrav&s de nossas vidas, 'riamos
'oragem para administrar a inevitável 'onfusão da vida# En'ontramos a for.a para nos mover adiante, para assumir ris'os,
para nos rela'ionar profundamente, porque estamos enredados na *istória maior de eus#
eus nos '*ama para nos movermos al&m do sil5n'io de Adão# evemos nos entregar a eus 'om absoluta 'onfian.a em
Sua bondade e, 'om a liberdade 'riada por essa 'onfian.a, adentrar as profundezas da in'erteza perigosa 'om uma palavra
vivifi'adora# Esse tipo de movimento pode ser algo tão simples quanto en'ora-ar uma 'rian.a, dando1l*e um pou'o mais de
aten.ão, ou algo tão apavorante quanto dar seu 'ora.ão onde, talvez, ele não se-a dese-ado#
0as aí & que está a difi'uldade de mover1se al&m do sil5n'io de Adão+ nó s temos medo# O 'ompromisso 'om um
movimento viril 'ria um medo saudável# 6er'ebemos que não *á nen*um 'ódigo para seguirmos nas arenas em que
de'idirmos entrar# 0as isso tamb&m 'ria um senso de ante'ipa.ão# Ao resolvermos falar na es'uridão, eus nos dá
'oragem+ não do tipo que a'alma pernas tr5mulas, mas do tipo que nos a-uda a seguir adiante 'om elas#
D uma progressão interessante# =uando os *omens se avan.am, pela f&, mais profundamente se 'ons'ientizam de sua
ne'essidade de eus e, portanto, O bus'am mais zelosamente# E quando o bus'amos de todo o 'ora.ão, nós o
en'ontramos# Essa & a promessa#
Fomens que passam a vida en'ontrando eus são silen'iosamente transformados, de simples *omens em presbíteros3
*omens piedosos que sabem o que signifi'a 'onfiar em algu&m quando não *á nen*um plano para seguir3 mentores
semel*antes a Cristo que falam para dentro dessa es'uridão, 'om for.a, em vez de 'ontrole3 'om mansidão, em vez de for.a
destrutiva e 'om sabedoria que abre 'amin*o em meio / 'onfusão, at& '*egar / beleza que * á do outro lado#

Entra1se
'amin*o,no 'amin*o
al&m da aut5nti'a
da porta, mas'ulinidade
& a liberdade de falar parapela porta
dentro da estreita da 'omo
es'uridão, pura paião
algu&mde uma
que 'ompleta
e'oa a voz deentrega
um eusa não
eus# O
esque'ido, bem lembrado, presente#

%%
(egunda parte

A5' V#A5 &(#? 4A5#A3+'


“$s roblemas da +omunidade Basculina.”

5e um homem for honesto consigo mesmo, no eCato momento em !ue se sentir mais amea%ado, admitir- !ue sente terror e
d8vida sobre si.  essa altura, em vez de entregar*
se a +risto em humildade e fé, deiCando as eClica%#es e as garantias
ara tr-s, é mais rov-vel !ue ele se fa%a uma ergunta confort-vel ara a !ual eCiste aenas uma resosta desanimadora9
5er- !ue tenho o !ue é necess-rio ara enfrentar, sea o !ue for
, !ue considero uma amea%a<”. 3ortanto , ele vive com
medo, deseseradamente determinado a evitar !ue sua inade!ua%ão sea eCosta. 3ouca considera%ão dedica ao !ue
significaria dar de si mesmo como homem. $s homens, em geral, vivem sem mima visão clara de como seria o movimento
masculino de adentrar a vida  esecialmente nos relacionamentos, &les erderam a alegria de sonhar. uando você erde
o contato com +risto, - não ode sonhar sonhos nobres.

%(
Capítulo 

H'6&3( 7U& C'6-A#&6 A &(CU$+;'

Agradável, assim era ele# Bondoso, aten'ioso, respeitoso, interessado em *onrar a eus de todas as formas, espe'ialmente
na maneira de tratar as mul*eres#
Completaria quarenta anos em dois meses# Ainda era solteiro# @ada errado 'om isso# O apóstolo 6aulo pare'ia pensar que
era um '*amado mais elevado# @ão era que não quisesse 'asar, ou que tivesse um problema 'om o seo oposto# E
'ertamente não tin*a nen*uma in'lina.ão *omosseual#
A garota 'erta simplesmente não tin*a apare'ido# Ele sabia que tin*a padres elevados# Será que era tão errado? Se alguns
de seus amigos tivessem tido padres mais elevados, *o-e, não estariam no meio de tantos problemas 'on-ugais#
8alvez este grupo de solteiros fosse provisão de eus# Ele tin*a de admitir que *avia uma por.ão de boas mul*eres nos
outros tr5s ) mas talvez todas elas estivessem envolvidas 'om as igre-as erradas# outrina era importante para ele# Agora
que estava mais vel*o, 'onseguia ver 'om mais 'lareza# as tr5s igre-as que freqGentara desde a fa'uldade ) isso in'luía os
(ltimos quinze anos ) 'ada uma estivera deslo'ada em algum ponto bási'o importante#
Agora ele via+ a primeira igre-a era muito 'arismáti'a, embora o tivesse atraído quando era mais -ovem3 a segunda, muito
legalista3 a ter'eira### Bem, um tantin*o tradi'ional demais ) 'om liturgia demais#
Agora que ele estava na igre-a 'erta, talvez, eus providen'iasse a par'eira 'erta# Ele ia esperar e ver ) e orar,
naturalmente#
A (ltima mul*er ) ótima pessoa, atraente, piedosa# E muito disponível ) mas pelo motivo errado# Má fora 'asada# Ele não
tin*a 'erteza se era pe'ado 'asar1se 'om uma mul*er divor'iada, mas realmente queria manter elevados os seus padres#
esman'*ou 'om ela logo antes de fraque-ar o sufi'iente para propor 'asamento# ora por um triz# Ele agrade'eu a eus
pela for.a de se afastar#
E as duas mul*eres antes dessa? Ele namorou seriamente apenas tr5s# Alguns en'ontros esparsos ao longo daqueles anos,
mas, nen*uma possibilidade 'on'reta#% Kma gostava dele ) eles realmente pare'iam se dar bem# Então, de repente, ela
esfriou# isse algo sobre sentir que ele <a'*asse falta dela3 eles simplesmente deiaram de se ligar# Ela falou que ele era
agradável, 'omo um amigo 'asual# Ela queria mais# 6rovavelmente imatura### Kma garota atrás de divertimento e emo.ão#
=ueria um 6rín'ipe En'antado que '*egasse montado num 'avalo bran'o e a arrebatasse# Bem, ele queria que sua esposa
tivesse os p&s no '*ão, que fosse algu&m que vivesse para servir a Cristo mesmo quando a emo.ão não estivesse presente#
Então, a que veio antes dessa ) seu primeiro amor de verdade2 Bem, foi o que pensou na &po'a# 0as, analisando mel*or,
agora, ele sabia agora que fora uma paionite -uvenil# @amoro de oito anos# Ela se 'ansou de esperar# Ele queria ter 'erteza
de que era a vontade de eus# @ada pior do que passar / frente de eus# Ela era impulsiva demais#
Fora de sair para a reunião dos solteiros# 0el*or orar primeiro, pedindo a b5n.ão de eus ) novos amigos,
en'ora-amento, talvez, a garota 'erta# 6or que os 'omentários daquele sen*or idoso l*e voltavam / mente nesse momento?
@o eato momento em que ele estava orando? ora *á mais de 'in'o meses# =ual era mesmo o nome dele###? Stevens### Sr#
Stevens2 Km aposentado# isse que queria se en'ontrar 'om ele para tomarem um 'af& da man*ã# ez tantas perguntas#
@un'a de uma maneira for.ada, mas 'om um propósito um tanto intenso#
E, então, aquela senten.a### Bem, mais de uma# Como foi que ele disse aquilo? Espero que me perdoe se eu estiver sendo
grosseiro, mas quero l*e dizer algo# @ão a'*o que a maneira 'omo vo'5 se aproima das mul*eres & muito madura# <A'*o
que vo'5 quer que elas ven*am atrás de vo'5, 'omo um garoto de 'olegial esperando que uma garota bonita o 'onvide
para sair#
E aquela imagem### ) ele fi'ando de lado, / espera de que uma garota fosse atrás dele? Ele não 'onseguia tirá1la da 'abe.a#
oeu quando o Sr# Stevens falou aquilo# Agora, fi'ava ali, apenas 'omo um ma'*u'ado antigo#
Bem, ele simplesmente teria de esperar que eus l*e mostrasse o que devia fazer#
Os *omens que perguntam+ que devo fazer?, estão freqGentemente fazendo outra pergunta, uma que & muito mais
inquietante+ <Será que ten*o o que & pre'iso para fazer o que um *omem de verdade & '*amado por eus% a fazer?# Essa
pergunta# naturalmente, fi'a en'oberta# Ela nos deia muito des'onfortáveis# 0as, está ali3 não podemos nos es'onder dela
totalmente#
Os *omem foi pro-etado para se lembrar de eus e adentrar, 'om 'oragem, regies nas quais não eiste 'ódigo algum# 6or
termos sido pro-etados assim, sentimos que alguma 'oisa está esquisita quando evitamos ris'os ) e sabemos disto# 8oda

vez que nos


'ontudo, medoafastamos de eplorar
demais de algo queotemos muito
que está medo
errado de enfrentar,
e damos um -eitosentimos que alguma
de amorte'er 'oisa de
a impressão nãoque
está 'erta#
algo 8emos,
este-a
errado# Aprendemos a viver 'om uma 'ons'i5n'ia levemente inquieta# Entretanto, o impulso de não 'orrer ris'os, quando
'apitulamos diante deles, nos 'ausa problemas# Ele nos enfraque'e em outras áreas#
6or vezes, ele libera outros impulsos fortes demais para serem resistidos, 'omo, uma vida de fantasias que simplesmente
não vai embora3 dese-os pervertidos dos quais não 'onseguimos nos livrar# Os *omens que se esque'em de eus, em geral,

%-
desenvolvem ressentimento para 'om as esposas por serem '*atas, gordas ou não os apre'iarem# O ressentimento pode
ativar as eig5n'ias seuais ou sufo'ar o interesse seual# 6ode levá1lo a assistir filmes pornográfi'os, desses que passam no
fim da noite em *ot&is+ masturba.ão 'ompulsiva, ou ao adult&rio#
!ostamos de por a 'ulpa das lutas seuais em um impulso seual forte demais ou em ante'edentes malu'os que 'ruzaram
alguns fios seuais ou na má vontade das esposas# Ou insistimos que o problema & simples desobedi5n'ia a eus e que a
solu.ão & passarmos mais tempo de -oel*os e lendo a 6alavra, 'ombinados a um 'ompromisso mais forte 'om a pureza
seual#
D verdade que 'ada um desses elementos pode estar envolvido na luta do *omem 'om o seo# Certamente a es'ol*a de
desobede'er está envolvida em 'ada ato do pe'ado seual#
0as, sob o pe'ado óbvio, talvez, *a-a pe'ado o'ulto# Kma fal*a mais s&ria ainda, mas menos patente do que ol*ar
pornografia# Km pe'ado que nos enfraque'e e engana a ponto de fazer 'om que a es'ol*a de 'eder a impulsos imorais
pare.a razoável, at& ne'essária# Como um tumor não diagnosti'ado que 'ausa dores de 'abe.a, nosso pe'ado mais
profundo 'ontinuará a produzir seu fruto imoral at& ser re'on*e'ido e tratado#
O problema bási'o, es'ondido sob os nossos problemas mais visíveis, & que não lutamos por profundidade ou por qualidade
em nossos rela'ionamentos# @ão somos ri'amente mas'ulinos 'omo maridos, pais, fil*os, irmãos ou amigos# ugimos das
áreas de nossos rela'ionamentos que nos deiam 'ompletamente des'on'ertados por não querermos a'eitar a
responsabilidade de nos movermos sem um 'ódigo# =ualquer situa.ão que ei-a que nos movamos 'om 'oragem nos
'onfronta 'om a apavorante pergunta+ <Será que ten*o o que & pre'iso para fazer o que um *omem de verdade & '*amado
por eus a fazer?
@ão pode *aver sa(de seual sem sa(de rela'ional, e a sa(de rela'ional requer que tril*emos um 'amin*o que se 'urva de
maneiras que não podemos prever#
A primeira parte deste livro eaminou a energia que está por trás da pergunta+ <O que devo fazer? is'utimos a
ne'essidade de um 'ódigo, a re'usa de falar para dentro da es'uridão, a determina.ão de viver dentro da esfera de
administra.ão e, portanto, de não fal*ar, a es'ol*a de se esque'er de eus, o anelo <razoável de ven'er na vida sem
eer'er o mais profundo tipo de 'oragem, o impulso paralisador de ser 'omo Adão e, guardar sil5n'io, quando *á
ne'essidade de falar# Algo s&rio está errado 'om os *omens ) e & o nosso sil5n'io#
@a segunda parte <Algo 4ital Está altando%, ol*amos mais de perto o temor, sob a perspe'tiva de que a vida fun'iona
'omo deveria ) o temor epresso na pergunta+ <Será que ten*o o que & ne'essário para fazer o que um *omem de
verdade & '*amado por eus para fazer?# aremos aten.ão espe'ial a+
W Como lidamos 'om esse temor 'apitulo \%#
W ois tipos de rela'ionamento típi'os do *omem pou'o viril 'apítulo X%#
W Fomens que esperam que os outros supram suas ne'essidades 'apítulo :[%#
W Fomens que só pre'isam de si mesmos 'apítulo ::%#
6rimeiro, então, o que fazem os *omens quando sentem medo de adentrar uma situa.ão que eles não t5m a menor id&ia
'omo enfrentar?
@este mundo, ningu&m pode evitar a es'uridão# Somos todos apan*ados em situa.es que nos deiam aturdidos# E em
geral essas situa.es envolvem problemas inesperados em nossos rela'ionamentos#
Km bom amigo meu, a quem '*amarei de <C*ad, & um *omem 'u-a mas'ulinidade respeito profundamente# Ele a'ordou
'erta man*ã
<S'ottI, seu de segunda1feira
fil*o adoles'ente,'om o barul*o da
afastando1se de 'asa
uma /s
porta batendo#
pressas, Ele pulouperturbado#
obviamente da 'ama e puou as 'ortinas a tempo de ver
C*ad ol*ou o relógio no 'riado1mudo# Eram $*:[ ) o Sol mal *avia apare'ido# >mediatamente, meu amigo entrou em
pLni'o# Era óbvio que alguma 'oisa estava errada# Ele não sabia o que era# evia vestir1se e sair 'orrendo atrás de S'ottI?
evia 'air de -oel*os em ora.ão? A esposa, que tin*a sono profundo, não ouvira o barul*o# Ainda dormia# Será que devia
a'ordá1la, 'on-e'turou C*ad?
@os pou'os segundos que bastam para algu&m se sentir totalmente 'onfuso, ele per'ebeu que sua zanga aumentava# @ão
era assim que ele plane-ara 'ome.ar a nova semana# A zanga, ele notou, era dire'ionada 'ontra o fil*o# S'ottI vin*a agindo
de forma estran*a por mais de um m5s ) e não queria saber de 'onversar a respeito disso# 6ensando bem, desde pequeno,
S'ottI fora uma fonte de frustra.ão# Sempre destoando o passo em rela.ão a família#
Então, inesperadamente, a *ostilidade mudou de dire.ão# C*ad agora sentia raiva de si mesmo# Será que não tin*a passado
tempo sufi'iente 'om o fil*o mais vel*o? As eig5n'ias do trabal*o se *aviam multipli'ado nos (ltimos anos, os 'ultos
dom&sti'os e, mesmo os passeios 'om a família, tin*am se tornado menos freqGentes# At& a esposa men'ionara o quanto
ele estava envolvido 'om seu trabal*o, mas ela nun'a se queiou# 8alvez o temesse demais, para ser fran'a#
Será que as 'oisas estavam muito piores do que C*ad a'*ava? Seu 'asamento estava em apuros? S'ottI estava envolvido
'om drogas? O rapazin*o *avia pare'ido mais irritável ultimamente# Suas notas pioraram# Ele estava fi'ando mais tempo no
quarto# >sto &, no pou'o tempo que passava em 'asa#
O que dizia aquele artigo que C*ad lera no -ornal da semana anterior sobre sui'ídios entre adoles'entes? O que estava
a'onte'endo 'om seu fil*o, 'om sua família, 'onsigo mesmo?
Agora sua mente estava disparando# Só fazia 'in'o minutos que a porta batera, e ele estava tendo um 'olapso nervoso# Ele
queria a'ordar a esposa e berrar 'om ela ) sobre alguma 'oisa, qualquer 'oisa# =ueria 'orrer atrás de S'ottI, e sa'udi1lo
%.
para botar um pou'o de -uízo na 'abe.a daquele garoto tolo# @ão isso só faria as 'oisas piorarem# 8alvez ele pudesse levar
S'ottI para tomarem 'af& da man*ã -untos e terem uma verdadeira 'onversa de pai para fil*o3 '*egar mais tarde no
trabal*o# 6assar tempo 'om o fil*o# >sso pare'ia uma boa id&ia#
C*ad disse a si mesmo que se a'almasse e se 'ontivesse# Afinal, todos em sua família eram 'ristãos ) avós in'lusive, de
ambos os lados# eus faria tudo dar 'erto# Ele pre'isava de mais f&# eus era digno de 'onfian.a#
0as e quanto / fil*a do pastor auiliar ) grávida aos dezesseis anos de idade? Aquilo estava dando 'erto? E aquele 'asal de
missionários, por quem eles oraram um ano antes ) 'u-o fil*o (ni'o tirou a própria vida? Será que eles não *aviam
'onfiado em eus? 8eria sido por isso que a trag&dia a'onte'eu? Coisas ruins a'onte'iam em lares 'ristãos, lares mel*ores
do que o seu# >sso era óbvio# E Sid, seu par'eiro de raquetebol ) 'om o fil*o de vinte e pou'os anos sumido por dois anos?
Ele estaria morto? Envolvido 'om drogas? emasiadamente '*eio de ódio para telefonar aos pais? Sid não sabia#
eus, o que o Sen*or prometeu? e que posso depender? o que & previsível? O que devo fazer? Essa & a primeira pergunta
que os *omens fazem#
Supon*a que, em resposta a essa pergunta, C*ad ouvisse ia voz firme dizer+ <Se-a *omem# Qesolva o que mel*or reflete o
'aráter de eus e se mova de a'ordo 'om isso# Se-a 'ora-oso# Se-a sábio# Se-a imaginativo# 4o'5 ama a eus# 4o'5 ama o
seu fil*o# a.a algo2
A maior parte dos *omens -á ouviu essa voz# <As vezes, atrav&s de um *omem mais vel*o, mais sábio# Eu -á ouvi# <0as o
que devo fazer?, perguntamos de novo# 8em de *aver um digo# 8em de *aver um perito que sabe o que a pessoa deve fazer
em qualquer situa.ão# 8udo bem fi'ar 'onfuso, mas não totalmente# Crep(s'ulo & uma 'oisa# Es'uridão de meia1noite &
outra#
eus sabe o que devemos fazer# Seguramente Ele nos dirá# E então per'ebemos ) a voz era dUEle# Ele está nos dizendo o
que fazer, mas não & um 'ódigo# Ele nos diz que se-amos *omens, que o amemos e, então, que fa.amos o que a'*armos
mel*or# Adão inventou nomes para todos os animais sem nen*uma sugestão de eus# eus não fi'ou insinuando <4e-a se
vo'5 a'*a que avestruz & uma boa para aquela ave de pes'o.o longo lá adianteU% ou 'orrigindo <@ão, não2 Fipopótamo não
pare'e muito apropriado para aquele animal# Coel*o dá mais 'erto#%
=uando finalmente despertamos para o fato de que eus está esperando que nos movamos e falemos para dentro da
es'uridão, que Sua instru.ão & a de es'ol*ermos uma dire.ão 'oerente 'om o que 'on*e'emos dUEle, então pre'isamos
parar de fazer a primeira pergunta# 6re'isamos# Ele simplesmente não espe'ifi'ará o que devemos fazer# Come.amos a
enfrentar a solidão de es'ol*er, o terror de 'onfiar#
D, então, que brota das partes mais profundas de nosso ser, a segunda pergunta, a'ompan*ada por um nível de medo que
faz 'om que nos sintamos mais sozin*os do que nun'a+ <Será que ten*o o ne'essário para fazer o que eus 'onta que um
*omem ) um *omem viril ) fa.a? Se eu agir, será 'om sabedoria? 8en*o a 'oragem de fazer algo sem, absolutamente,
nen*uma garantia, de que os propósitos supremos de eus serão 'umpridos? Estou disposto a adentrar o mist&rio do
rela'ionamento 'om outro ser *umano, renun'iando a todos os esfor.os de 'ontrolar o resultado?
São pou'os os *omens que, ao longo da vida, to'am outro ser 1 *umano 'om uma palavra libertadora, que traz vida# @ós
estamos, simplesmente, apavorados demais, para en'arar o que pode a'onte'er se nossa esposa, um fil*o, ou um amigo
es'aparem ao nosso 'ontrole e seguirem adiante em sua individualidade imprevisível#
Se nós, realmente, es'ol*ermos entrar na imprevisibilidade dos rela'ionamentos, não temos, de forma alguma, a 'erteza de
podermos falar uma palavra de vida# E, tamb&m, não temos 'erteza de querermos que as pessoas fa.am suas próprias
es'ol*as
fossem denofato
queeman'ipadas?
se refere a nós# Será que poderíamos enfrentar, o que a'onte'eria, se as pessoas que nos são '*egadas
D mel*or manter as mul*eres em seus lugares e, as 'rian.as, silen'iosamente obedientes3 mais vistas do que ouvidas# E os
*omens tamb&m# As amizades 'ontinuarão tranqGilas se 'ertos assuntos forem evitados# Qela'ionamentos profundos
eigem muito de nós# D mais fá'il lidarmos 'om meros 'on*e'idos#
=uando eus 'onfronta vo'5 'om uma situa.ão rela'ional tão 'onfusa e importante que vo'5 grita+ <eus, eu quero ser um
*omem# 0as ten*o o que & ne'essário?2# Ora, alegre1se# 4o'5 está diante de um portal que se abre para a senda estreita
da verdadeira bondade mas'ulina#
D um portal que pou'os *omens -á abriram# E por bons motivos# @en*uma quantidade de for.a pode abri1lo# O portal
-amais se abre para o *omem que dele se aproima 'om a 'onfian.a de algu&m que está a'ostumado a fazer as 'oisas
a'onte'erem# Apenas o *omem que deiou a esfera da administra.ão ) o que -á 'aiu prostrado diante do mist&rio, mas
anela desesperadamente adentrá1lo ) será, em sua fraqueza, forte o sufi'iente para abri1lo#
@en*um *omem que 'arrega a sua própria luz para dentro das trevas porá os p&s no 'amin*o que leva / mas'ulinidade#
Ou.a as palavras de >saías
“uem entre vocês leme o 5enhor e obedece 7 alavra de seu servo< ue a!uele !ue anda no escuro, !ue não tem luz
alguma, confie no nome do 5enhor e se a"ie em seu Deus. Bas agora, todos vocês !ue acendem fogo e fornecem a si
mesmos tochas acesas, vão, andem na luzde seus fogos e das tochas !ue vocês acenderam. Lea, o !ue receberão da
minha mão9 vocês se deitarão atormentados.”>s R[#:[1::%
A'ender nosso próprio fogo & outra maneira de des'rever o que os *omens fazem quando se en'ontram num lugar es'uro#
Eles se voltam, aturdidos, para algo que possam administrar, talvez, redefinindo a 'onfusão em um pa'to mais
'ompreensível e, portanto, mais 'ontrolável# Eles dependem da teologia da re'eita, pro'urando um perito para forne'er um
%
'ódigo que l*es diga o que fazer a fim de garantir um resultado dese-ado#
Eles se re'usam a adentrar a es'uridão munidos apenas da 'onfian.a de que eus está 'onsigoU#
Supon*a que o meu amigo, que foi a'ordado pelo barul*o de uma porta batida, tivesse reagido /s fren&ti'as preo'upa.es
que sentiu, sem se *umil*ar# Supon*a que ele -amais tivesse admitido o que estava o'orrendo dentro de Si+ a raiva, a auto1
a'usa.ão, o terror, que l*e en'*iam o 'ora.ão# Supon*a que ele tivesse mantido distLn'ia de tudo o que sentia e, em vez
disso, resolvido des'obrir o que pre'isava ser feito e, então, feito aquilo# Ele nun'a teria quebrado seu orgul*o, nun'a teria
fi'ado perdido por sua insist5n'ia em pre'isar sempre saber o que fazer3 nun'a teria se arrependido de sua eig5n'ia
egoísta de que as 'oisas importantes da vida operassem segundo um plano sob seu 'ontrole#
Se C*ad nun'a tivesse mergul*ado em seu 'ora.ão 'om sufi'iente profundidade ) para ser quebrantado em sua arrogLn'ia
e se *umil*ado por sua impot5n'ia ), qualquer es'ol*a que tivesse feito naquela man*ã de segunda1feira teria sido 'omo
a'ender seu próprio fogo# eie1me 'olo'ar isto bem 'laramente+ Sempre que nossa mais alta meta & fazer nossas vidas
fun'ionarem, então, não importa o que fa.amos, somos a'endedores de fogueiras#
0as, quando nossa mais alta meta & amar a Cristo, agradá17o e representá17o bem diante dos outros, então, qualquer a.ão
que tomemos envolverá depend5n'ia e 'onfian.a <em o nome do Sen*or# Se de fato amamos a Cristo, o rumo das nossas
es'ol*as será es'ol*ido dentro dos limites 'laramente estabele'idos nas Es'rituras# 8alvez a'ordemos nossas esposas, mas
não berraremos 'om elas# 8alvez não a'ordemos nossas esposas, mas não as menosprezaremos mais tarde por terem
dormido durante uma 'rise familiar# A'ordar ou não a'ordar nossas esposas & uma es'ol*a que somos livres para fazer#
es'ontar nelas as nossas frustra.es & 'laramente proibido# E quando o *omem piedoso faz o que & errado, quando ele
'amin*a fora da luz que eus deu, ela a'aba re'on*e'endo o seu erro, a'eitando totalmente a 'ulpa e pedindo perdão#
C*ad & um *omem piedoso# Ou.a o que signifi'ou para ele adentrar a es'uridão sem a'ender seu próprio fogo# Ele admitiu
para si próprio o quanto se sentia impa'iente, auto1a'usador e irritado#
Ele se entregou 'ons'ientemente a eus 'omo um *omem fra'o que não sabia o que fazer, relembrando, a si mesmo, que o
propósito es'ol*ido para toda a sua vida, in'lusive aquele momento da man*ã de segunda1feira, era o de amar a Cristo e
*onrá1>o em tudo o que fizesse#
Ele ainda se sentia zangado e amedrontado# 0as seu 'ora.ão e vontade estavam estabele'idos 'om tanta firmeza quanto
seu nível de amadure'imento permitia# Sua f& pare'ia fra'a3 mas, talvez, pensou ele, estivesse '*egando perto do taman*o
de um grão de mostarda#
Ele pensou por um momento e resolveu não a'ordar a esposa, mas, se vestir depressa, des'er as es'adas, sentar1se no
degrau da frente e esperar pela volta do fil*o# A imagem que o guiou foi a do pai do fil*o pródigo, não pro'urando o fil*o
numa terra estran*a, ruas aguardando ansiosamente a sua volta# 8alvez a passagem mão se apli'asse# 8alvez a parábola do
Sen*or indo atrás da ovel*a perdida devesse guiá1lo a sair / pro'ura do fil*o# Ele não podia ter 'erteza# @ão *avia nen*uma
luz3 apenas es'uridão# 0as ele estava 'onfiando em eus da mel*or forma que sabia# 8omou uma de'isão, mesmo quando
não tin*a 'erteza do que fazer# Ele se moveu, adentrou o mist&rio#
O que importa na *istória não & o que a'onte'eu depois# Claro que se ele re'ebeu, mais tarde, a notí'ia de que o fil*o tin*a
se matado ou se o a'ol*eu de volta, em 'asa, minutos depois, & uma questão de importLn'ia vital# Entretanto, o resultado
da *istória não determina se meu amigo agiu 'omo *omem#
=ualquer 'oisa que ten*a o'orrido em seguida, naquela man*ã de segunda1feira, requereria mais de'ises de 'onfian.a3
mais, falar para dentro da es'uridão3 mais, movimento sem 'ódigo# Se S'ottI tivesse tirado a própria vida, seria pre'iso
tomar
por umde'ises envolvendo a dor indizível de C*ad, 'ome.ando, talvez, 'om a de'isão de deiar outros ministrarem a ele
longo período#
0as, se o fil*o tivesse voltado para 'asa, passado furioso pelo pai e entrado, um 'on-unto diferente de de'ises teria sido
ne'essário# Se S'ottI tivesse voltado, em lágrimas, ansioso por abrir o 'ora.ão, ainda assim, meu amigo teria pre'isado
tomar de'ises# =ue perguntas deveria ele fazer, se & que devia fazer alguma? Ele deveria apenas ouvir? Ofere'er 'onsel*o?
Orar?
=uando nos tornamos 'ristãos, nossas de'ises mais importantes são, freqGentemente, tomadas no es'uro debaio,
apenas, da luz de eus# 6re'isamos 'onfiar num eus que em geral não nos diz eatamente o que fazer# O Espírito sussurra
'om maior freqG5n'ia en'ora-amento <4o'5 'onsegue fazer isso# Estou 'om vo'5#% do que instru.es <Agora, diga a ela o
seguinte %# 6re'isamos desenvolver um rela'ionamento 'om Cristo no qual '*egamos a 'on*e'517o bem o sufi'iente para
nos 'omportarmos 'omo Ele se 'omportaria, entender o que Ele entenderia, dizer o que Ele diria# 6re'isamos *onrar nosso
'*amado de refletir Seu *ábito de mover1Se atrav&s da es'uridão rumo / beleza#
eus '*ama os *omens para falarem para dentro das trevas que, ainda assim, por vezes, permane'em es'uras# @ós não
pre'isamos pro'urar uma lanterna para iluminar o 'amin*o# =uando insistimos em saber o que fazer para tentar atingir
nossas metas, somos a'endedores de fogo#
A'ender nosso próprio fogo & uma tend5n'ia natural de todo *omem de'aído# E essa tend5n'ia & 'laramente visível, não
apenas nas 'rises rela'ionais da vida, mas, tamb&m, no nosso estilo 'otidiano de rela'ionamento# Fomens que usualmente
a'endem fogo, em vez de 'onfiarem em eus, revelam sua falta de mas'ulinidade ) de modo mais signifi'ativo, na maneira
'omo se envolvem 'om outras pessoas, parti'ularmente, 'om as mul*eres# D para esses padres de rela'ionamento pou'o
viris que nos voltaremos nos tr5s próimos 'apítulos#

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Capítulo I

A 6A3&$A C'6' '( H'6&3( P'UC' V$( (& $&5AC'3A6

Engra.ado quão involuntário o auto1'on*e'imento pode pare'er# Ele -á *avia enfrentado 'oisas difí'eis a seu próprio
respeito, anteriormente# Aos oito anos de idade, a id&ia de que era pe'ador tornou1se 'lara# 0as não foi ele quem foi atrás
dessa per'ep.ão# Ela simplesmente a'onte'eu# A '*an'e estava, de algum modo, embaral*ada em algum 'anto de sua vida,
mas pare'ia mais preparada para ele do que por ele#
8alvez ele este-a sempre atento demais# Alguns o 'onsideravam introspe'tivo, o'asionalmente mórbido, preo'upado
demais, 'om seus motivos e sentimentos# 0as outros o elogiavam por isso# Eles falavam de sua abertura e vulnerabilidade#
A admira.ão de que era alvo estava desgastada# Se mais uma pessoa, surpresa, l*e dissesse o quão <verdadeiro era, ele
sabe que sentiria náuseas# Ser real ou verdadeiro não l*e pare'ia grande virtude, mas, uma pequena parte do seu '*amado
) tão inevitável e, talvez, tão ne'essária, quanto respirar#
Esse (ltimo episódio de auto1des'oberta '*egara sorrateiramente# @un'a atingiu o 'líma numa grande eplosão de luz, ou
numa des'ida angustiosa rumo ao quebrantamento# oi '*egando aos pou'os, 'omo um fio dUágua, de anos passados, que
agora se transformara num rio 'audaloso, gradualmente penetrando sua mente#
Será que ele realmente era tão mesquin*o assim, tão egoisti'amente imaturo? Ele tentava, mesmo, 'onquistar aproima.ão
'omo um bebezin*o tateando em bus'a de leite? A evid5n'ia estava nas pequenas 'oisas+ /s vezes, no 'omentário *onesto
de pessoas sobre o efeito que ele tin*a sobre elas+ noutras, 'omo agora, a evid5n'ia vin*a de a'onte'imentos rotineiros
que, inesperadamente, fo'alizavam 'om 'lareza seu modo de agir#
ora apenas na semana anterior# Ele tin*a ido 'edo para a 'ama, eausto, talvez, 'om um prin'ípio de gripe# 7era por alguns
minutos, depois desligara a luz# Cer'a de uma *ora se passara# Ele tin*a a'abado de adorme'er#
A esposa, 'uidando dos afazeres em outra parte da 'asa, ouviu um barul*o e teve medo# 6or puro refleo, o '*amou uma
vez### e, depois, novamente ) agora do lado de fora da porta do quarto, falando alto o sufi'iente para a'ordá1lo#
Antes que ele pudesse responder, a esposa identifi'ou a fonte do barul*o# Era o vento soprando atrav&s de uma -anela
aberta# @ão *avia motivo para alarme# Ela disse+ <Está tudo bem# epois ela se des'ulpou+ <es'ulpe t51lo a'ordado#
Alguns *omens teriam rosnado+ Será que não posso dormir um pou'o na min*a própria 'asa?# Alguns teriam resmungado,
querendo apenas voltar a dormir# Bons maridos teriam sentido preo'upa.ão pelas esposas, nem rosnando, nem
resmungando# Suas esposas teriam sentido que eram queridas em vez de irritantes#
Ao re'olo'ar a 'abe.a no travesseiro, ele sentiu duas 'oisas# 6rimeiro, en'ora-amento# Ele se sentira terno para 'om a
esposa3 não *avia brigado 'om ela ou resmungado# Ele sabia que falara a verdade quando respondeu ao pedido de
des'ulpas dela, dizendo+ <8udo bem# 4o'5 estava 'om medo# Ele não se sentiu orgul*oso, apenas en'ora-ado# Segundo,
sentiu1se realista# Ele per'ebeu que demPnios 'on*e'idos não *aviam sido epulsos3 e, embora pudessem ter sido
amarrados, não *aviam sido amorda.ados# Ele os ouvira 'a'are-ar sua mensagem sedutora+ <As 'oisas nun'a realmente dão
'erto para vo'5# A primeira noite em meses que vo'5 foi 'edo para a 'ama# ava para pensar que algu&m notaria quanto
vo'5 está 'ansado e se importaria 'om isso# @ão & pedir demais3 & apenas pedir o que vo'5 quer mas nun'a 'onsegue )
algu&m que pon*a vo'5 em primeiro lugar# 4o'5 -á 'orrespondeu ao que era esperado por uma por.ão de gente# D tão
errado pedir que algu&m este-a ali para vo'5?
Ele fi'ou ali deitado, querendo enfiar trapos su-os na bo'a de 'ada demPnio# 0as se sentiu bem por ter es'utado uma voz
mel*or e fi'ou mais 'ons'iente do que nun'a de que, a verdadeira batal*a que pre'isava travar, era em seu interior, 'ontra
um inimigo que se fingia de amigo#
O emprego de C*arlie não estava indo bem# O novo diretor de opera.es, um su-eito super arrogante, que se a'*ava o
máimo, estava tornando sua vida profissional um inferno# C*arlie andava desanimado e bastante deprimido# Sua esposa o
apoiava bastante e ele apre'iava isso#
0as, /s vezes, ele se sentia 'omo um grande peso para ela# O que ela realmente pensava dele? Como reagiria quando ele
novamente '*egasse em 'asa se sentindo <lá em baio? 8alvez falasse demais sobre os seus problemas# 0as tamb&m não
podia fingir que estava bem# Simplesmente não 'onseguia ser -ovial e animado quando se sentia assim deprimido# @o
'amin*o de volta para 'asa ele ponderou sobre a mel*or maneira de lidar 'om a esposa#
0arJ era diferente# Seu emprego estava uma bagun.a tão grande quanto o de C*arlie# 0as ele daria um -eito# A esposa de
0arJ sabia quando as 'oisas não estavam indo muito bem para ele3 ele se tornava mais seguro de si, menos refleivo ainda#

Ela l*e perguntava


'ríti'as+ 'omo se sentia+
) A nova administra.ão ) tem
não Semaproblemas ) do
menor id&ia eraque
a resposta favorita
faria nossa de 0arJ#
'ompan*ia E, então,de'olar#
realmente vin*a uma torrente
MenJins, de
aquele
su-eito novo, & um verdadeiro pavão# Ele não gosta de mim e eu não gosto dele# 0as vai tudo dar 'erto, de um -eito ou de
outro#
E fi'ava nisso# Caso en'errado# 6orta fe'*ada# A 'onversa durante o -antar seria agradável, e'eto por algumas esto'adas
'ontundentes nas 'rian.as e uma ou duas dirigidas a ela# epois, televisão por tr5s *oras#

(
Arrume 'em *omens# Observe1os de perto por uma semana# Com um mínimo de dis'ernimento, vo'5 identifi'ará estes dois
padres em suas rela.es 'om as pessoas# Setenta ou oitenta serão governados por u ma paião '*amada 'ar5n'ia# Algo
dentro deles requer aten.ão# Os pou'os es'ol*idos de quem eles dependem profundamente pre'isam pensar neles e tratá1
los 'om um 'uidado espe'ífi'o# Eles estão mais do que dispostos a fazer a sua parte, a fazer o que & 'erto, mas seu ob-etivo
& sempre o mesmo+ obter algo de outra pessoa# C*arlie se en'aia neste grupo, que rotularei de <6adrão :#
Os outros vinte ou trinta serão governados por uma paião bem diferente# A paião que 'ontrola seu 'omportamento,
espe'ialmente nos rela'ionamentos pessoais, não & a 'ar5n'ia, mas, a agressividade# Kma esp&'ie de atitude orgul*osa, do
tipo+ <@ão pre'iso de vo'5 nem de ningu&m mais# 0arJ perten'e a este segundo grupo, que '*amarei de <6adrão 9#
Em seus estilos rela'ionais, os *omens geralmente são governados por uma dessas duas paies# Eles são 'ontrolados pela
paião da 'ar5n'ia, que diz+ Este-a aí para mim2 En'*a1me ) estou vazio2, ou operam segundo a paião da agressividade,
onde a mensagem &+ <6osso 'uidar de tudo sem vo'5# A'redite em mim, manten*a distLn'ia, e não me 'rie nen*um 'aso#
eie1me sugerir primeiro porque esses dois padres são bási'os e porque a maioria dos *omens se en'aia num deles# Em
seguida, no 'apítulo :[, dis'utiremos o primeiro padrão e no 'apítulo ::, daremos uma ol*ada no segundo#

P'$7U& '( H'6&3(B +& U6A 4'$6A 'U 'U#$AB (& 6'V&6
eus dese-a que todos se-am felizes ) não nos nossos termos, que nun'a de fato trazem a feli'idade, mas nos dUEle#
Como o manual do proprietário para um 'arro novo, Seus termos requerem que usemos os planos espe'ifi'amente
pro-etados para nós#
@en*um *omem pode ser feliz se não estiver 'umprindo eu '*amado de ser *omem# 6razeres emo'ionantes, mas
superfi'iais, do tipo que não requerem que nos preo'upemos 'om algum '*amado profundo / mas'ulinidade, podem
aparentar ser a verdadeira feli'idade# 6oder, influ5n'ia, din*eiro, posi.ão, 'onees, realiza.es, su'esso, bens materiais,
din*eiro,
lugar, sãoseo, re'rea.ão,
definidas 'omo amuitas
fonte 'oisas, 'ada
de nossa uma boaE em
feli'idade# seu difí'il
o mais devido& que elas de fato 'umprem o que prometem ) ou ao
menos pare'em 'umprir ) por períodos variáveis de tempo, /s vezes, por anos# Elas fazem 'om que nos sentimos bem3
fazem algo por nós#
0as elas, realmente, não dão 'onta do re'ado# @ão produzem um 'ontentamento que sobrevive / perda3 um gozo que se
aprofunda atrav&s do sofrimento+ uma 'onfian.a *umilde que persiste atrav&s do fra'asso e do 'ontratempo#
Ao ir atrás dessas fontes de prazer, reduzimo1nos / posi.ão de marionetes, apoiados por fios que ) se 'ortados ) nos
deiam amontoados sobre o '*ão#
@en*um *omem pode ser feliz sem 'umprir seu '*amado de tornar visível aquilo que & difí'il ver a respeito de eus# A
feli'idade vem para o *omem quando este demonstra, 'om sua vida, que eus está sempre Se movendo, que nun'a &
detido pelas trevas, e está 'ontinuamente realizando algo bom, não importa quantas 'oisas ruins possam apare'er#
Os *omens são '*amados a pairar sobre as trevas, a adentrarem o mist&rio dos rela'ionamentos, at& serem *umil*ados o
sufi'iente para 'onfiarem em eus e, depois, a agirem para promover os propósitos de eus# Essa a.ão, a propósito, 'airá
no '*ão 'om um baque surdo, se eus nela não estiver# A maioria dos *omens nem '*ega a pensar dessa forma3 eles nem
pensam, sobre o '*amado de eus um segundo sequer# E nem mesmo o mel*or dos *omens vive 'ompletamente sua
mas'ulinidade#
Se & verdade que nen*um *omem pode ser 'ompletamente feliz, se não *onrar 'om perfei.ão o '*amado de eus para
que se-a *omem, então segue1se que nen*um *omem sobre a 8erra & 'ompletamente feliz# Cada um de nós se debate 'om
alguma quantidade de infeli'idade, alguma eperi5n'ia de vazio interior e de insatisfa.ão inquietante, que nosso Criador
nun'a dese-ou que suportássemos#
as profundezas do nosso 'ora.ão, daqueles lugares do nosso ser que não 'ompreendemos, brota um dese-o# D um anelo
desesperado por uma resposta, um vá'uo que pre'isa ser preen'*ido# D, tamb&m, uma turbul5n'ia zangada que não nos
deia permane'er quietos# 6elo menos, at& 'erto grau, todo *omem sabe que não & perfeitamente feliz# E quando seus
dese-os não satisfeitos emergem / luz do dia, ele & 'onfrontado 'om a es'ol*a essen'ial da eist5n'ia *umana+ 'onfiar em
eus ou não 'onfiar nUEle3 a'ender seu próprio fogo ou depender do nome do Sen*or#
Se ele 'onfiar em eus, a infeli'idade que deve 'ontinuar at& / morte% & 'er'ada de esperan.a, de a'eita.ão, de signifi'ado,
a despeito da imperfei.ão# Ele re'ebe poder para mover1se bem# >sso traz gozo#
Se ele se re'usar a 'onfiar, a infeli'idade em seu interior torna1se seu problema mais urgente# Ele pre'isa en'ontrar alguma
maneira de lidar 'om ela#
6re'isamos 'ompreender um prin'ípio simples+ todo * omem está se movendo# O movimento define a eist5n'ia do
*omem# 0as nem todo movimento & bom# 6ortanto, quando o *omem não estiver se movendo 'omo deveria, ele se
moverá de maneira inadequada# =uando o movimento bom 'essa, o movimento mal 'ome.a# O movimento bom & aquele
que passa pela infeli'idade pessoal para '*egar a eus# O movimento mal & aquele 'u-o alvo nun'a está a'ima do alívio da
infeli'idade pessoal#
6orque os *omens, 'omo as mul*eres, são fundamentalmente seres rela'ionais, todo movimento será visto mais

(1
'laramente na forma em que o *omem se rela'iona# O *omem sus'itará vida e beleza nas pessoas que 'on*e'e ou
destruirá essa mesma vida e beleza# O efeito do *omem sobre os outros pode ser imper'eptível ou dramáti'o, mas está ali#
@en*uma intera.ão de uns pou'os segundos, nen*uma 'onversa por mais 'asual, deia de mudar a outra pessoa#
Fomens viris liberam os outros do seu 'ontrole e os en'ora-am 'om sua influ5n'ia# Eles to'am suas esposas, fil*os e amigos
de maneiras sensíveis que os libertam para lutar 'om sua solidão e egoísmo e dor# Os *omens viris 'onduzem suavemente
suas famílias e amigos para a mesma en'ruzil*ada onde eles, 'omo *omens, en'ontraram aquela 'onfian.a ou des'ren.a
que pre'isa ser es'ol*ida#
Fomens pou'o viris eigem que seus amigos e famílias satisfa.am suas eig5n'ias# Os *omens que se inovem 'om 'ontrole,
raiva e terror, amorte'em os outros a um estado de 'onformismo ou os in'itam a uma rebeldia auto1preservadora#

' P'$7UG +' PA+$;' 19

Os *omens pou'o viris, que prati'am o primeiro padrão de movimento mau nos rela'ionamentos, que insistem que os
outros este-am ali para eles, 'ompreendem que a feli'idade não pode, -amais, ser en'ontrada em isolamento, apenas em
'omunidade# Seus ante'edentes, geralmente, in'luem algu&m que l*es deu intenso prazer+ talvez, uma mãe indulgente3 um
pai generoso demais3 um pastor de -ovens solí'ito demais talvez envolvido de maneira imprópria%3 ou um atleta famoso,
que l*e deu um autógrafo# =uando meninos, esses *omens aprenderam uma li.ão simples+ a dor interior tem mais '*an'e
de ser aliviada quando algu&m faz algo por eles#
Kma estrat&gia vai se formando na mente do pensador <6adrão :, uma estrat&gia que a'omoda sua in'lina.ão de não se
mover de modo que possa revelar sua inadequa.ão+ fazer 'om que os outros rea-am /s min*as ne'essidades, sem que isso
requeira um movimento bom de min*a parte# Agora ele não tem de 'onfrontar seu próprio terror da es'uridão e sua
ne'essidade real de eus, e tem esperan.a#
A paiãotornar
aquela3 da 'ar5n'ia governa
de'ises todas as
que afetem de'iseses'ol*er
a 'arreira3 do *omem que segue
atividades 'omo amigos3
6adrão :+ 'asar se
resolver oubate
não ou
'asar+
nãoesta
nos mul*er ou
fil*os# Essa
mesma paião governa at& as menores de'ises# evo dizer / min*a esposa o que sinto? Será que vou /quela festa? evo
me queiar do servi.o daquele gar.om?
Com o fil*o do ri'a.o, que depende dos '*eques mensais que re'ebe da *eran.a que o pai l*e deiou, o *omem governado
por sua própria 'ar5n'ia, a'*a que & um direito seu nun'a ter de se mover por 'onta própria# Ele está disposto a ser
responsável, at& 'erto ponto, e, quase sempre, disposto a ser bondoso e aten'ioso ) /s vezes, at& sa'rifi'ialmente (til, mas
sempre 'om a eig5n'ia de que algu&m o note ) e que esse algu&m l*e d5 o que o faz se sentir bem# Esse & o *omem do
<6adrão :#

' P'$7UG +' PA+$;' 29


Os *omens pou'o viris se voltam para os outros 'om uma demonstra.ão bem administrada de 'ar5n'ia, ou empurram as
pessoas para longe de si, o sufi'iente para evitar qualquer senso signifi'ativo de 'oneão# Os *omens governados pela
paião da agressividade t5m, tipi'amente, um *istóri'o mais 'ara'terizado pela neglig5n'ia, ou ira, do que por
envolvimento agradável# is'iplina rígida, pais o'upados demais, mães distantes, igre-as inepressivas, teologia legalista+ a
'oneão rela'ional nun'a eistiu na eperi5n'ia desses *omens#
Os *omens que agora agem segundo o <6adrão 9 estavam famintos por rela'ionamento, mas perderam a esperan.a# Era
mais fá'il matar seus anseios por intimidade e prosseguir 'om a vida do que abra.ar seus dese-os e mágoas# Admitir o
quanto eles queriam 'oneão tornou1se, para eles, um terror maior do que a perspe'tiva de pro'urar um rela'ionamento e
nun'a o en'ontrar#
reqGentemente, afloraram aptides que l*es permitiram en'ontrar os prazeres de <um rela'ionamento / distLn'ia#
8alento atl&ti'o, 'apa'idade a'ad5mi'a, suavidade so'ial ou *abilidade manual, l*es deram a oportunidade de se sentirem
poderosos e de atingirem metas dignas de re'on*e'imento#
Com o passar do tempo, o *omem do <6adrão 9, vem a depender tanto de suas aptides que o seu anseio *umano por
'oneão a'aba sufo'ado# E & assim que ele quer que se-a# A distLn'ia mant&m a seguran.a# @ão *á ne'essidade de sentir
aquele terror que l*e esmaga a alma, de pre'isar daquilo que pode não vir a l*e perten'er#
@um 'erto sentido, esse *omem & tão 'arente quando o que vive pelo <6adrão :# Fomens 'om qualquer desses estilos de
rela'ionamentos eigem que os outros l*es d5em aquilo que eles esperam# 0as os *omens que estão em 'ontato 'om sua
'ar5n'ia requerem afirma.ão e apoio de perto, vindos de algumas pessoas íntimas# E o s *omens <agressivos querem
respeito de uma audi5n'ia maior que se mant&m / distLn'ia# Os estilos podem ser diferentes mas, ambos, são egoístas e
'ausam grande dano#
Kma das grandes trag&dias da vida & que nen*um *omem v5, plenamente, o dano que seu estilo pou'o viril de

(2
rela'ionamento muge aos outros# Aqueles que t5m um vislumbre des'em /s profundezas do quebrantamento e da
'ontri.ão#
E & dessas profundezas que brota o arrependimento genuíno# =uando o *omem quebrantado se arrepende, o Espírito l*e
dá nova visão# Km ribeiro fres'o abre 'amin*o no deserto ardente de seu quebrantamento# A esperan.a de realmente
aben.oar os outros ) nutrir a esposa, influen'iar positivamente os fil*os, en'ora-ar os amigos ) fi'a mais forte do que o
terror de adentrar a es'uridão# E 'ome.a o movimento bom#
O movimento bom nun'a apenas a'onte'e# 8ampou'o se desenvolve naturalmente3 *á sempre uma luta 'ontra impulsos
poderosos na outra dire.ão# O movimento bom sempre adv&m do arrependimento pelo movimento mau# E o
arrependimento vem depois de :% um re'on*e'imento do erro, que leva ao quebrantamento, e 9% uma profundidade de
'onfissão que apenas a *umildade pode 'riar#
@os dois próimos 'apítulos, dis'uto estes dois padres mais detal*adamente# 4e-a se vo'5 'onsegue se en'aiar em algum
lugar+ se não 'laramente numa *istória ou des'ri.ão, talvez, então, nas entrelin*as# @ós todos estamos lá#

(3
Capítulo 1J

H'6&3( 7U& &K&6 7U& '( 'U#$'( C'$$&(P'3+A6 L( (UA( &KP&C#A#VA( A


PAK;' +A CA$G3CA

O @amoro *avia sido tempestuoso# 8alvez isso fosse esperado na idade deles+ ela, nos seus trinta e pou'os3 ele, 'om quase
quarenta# Após tantos anos de 'elibato, eles -á estavam firmados em seus *ábitos# Faviam passado da ino'5n'ia do
idealismo son*ador# @ão mais desesperados para se 'asar, eles estavam agora determinados a não 'ometer nen*um erro#
8in*a sido difí'il# E ainda era difí'il, apenas tr5s semanas antes do grande dia# 0as algo os mantin*a -untos# Ele a'*ava que
era amor# Ela queria 'rer nisso, mas não tin*a 'erteza#
As d(vidas dela afloravam 'om mais for.a quando sentia que algo l*e estava sendo imposto# ) Hs vezes eu me sinto 'omo a
sua mãe, 'omo se vo'5 quisesse que eu estivesse sempre pronta 'om leite e bis'oitos quando vo'5 '*ega da es'ola# E
detesto isso2 etesto me sentir assim2
A imagem ) ela 'omo mãe dele ) l*e brotava na mente 'om mais 'lareza quando ele epressava mágoa por algo que ela
tivesse feito ou tivesse deiado de fazer# Ele pare'ia tão pat&ti'o, 'omo uma 'rian.a perdida# Aquela mesma imagem era
tamb&m evo'ada, embora não 'om tanta for.a, quando ele se queiava de 'ansa.o, das tenses no trabal*o, ou de
preo'upa.es 'om a sa(de# Ele '*amava isso de <'ompartil*ar, ou ser vulnerável sobre suas lutas# Ela se sentia for.ada a
estar ali para ele#
@um momento notavelmente raro e *onesto, após mais uma longa dis'ussão sobre os sentimentos dela a'er'a do
problema, ele admitiu+ ) @un'a 'onsigo enfrentar lutas sem me sentir 'omo uma 'rian.a# Sempre que l*e digo que estou
sofrendo, eu me sinto 'omo um garotin*o# 8alvez, na verdade, eu queira que vo'5 se-a uma mãe para mim# =uando eu era
pequeno, a (ni'a vez que me lembro de ter sentido ternura da parte da min*a mãe foi quando eu estava sofrendo#
Seus ol*os se en'*eram de lágrimas# Fouve uma longa pausa# Kma lembran.a l*e perpassou a mente# ) =uebrei o pulso
quando estava na quinta s&rie# Caí da bi'i'leta# O osso perfurou a pele e fi'ou eposto# O m&di'o teve de re'olo'á1lo no
lugar# Eu estava morrendo de medo# 6osso ver mamãe parada, ao lado do meu leito, no 6ronto1So'orro# Eu -amais me senti
tão protegido, tão 'uidado# Eu podia ver isso nos ol*os dela#
Ele solu.ou#
Ela sentiu um impulso de to'á1lo# 0as aquela imagem de mãe veio de novo e fez 'om que o impulso de to'á1lo pare'esse
impuro# Segundos se passaram# Km minuto# Ele parou de '*orar e ergueu o ol*ar# ) 4o'5 se sentiu assim neste momento?
Como min*a mãe? Como se quisesse 'uidar de mim?
Ela *esitou, depois falou baiin*o+ ) Sim# 0as, gostaria de não ter sentido isso# ) Os ol*os dele se'aram imediatamente#
Ele a fitou, 'onfuso e furioso# =uase gritando, falou+ ) D tão errado querer que min*a noiva sinta um pou'o da min*a dor?
Será que isso faz de vo'5 min*a mãe? Será que o *omem n ão pode nun'a querer que sua mul*er simplesmente este-a ali
para ele?
0ais lágrimas# Agora os dois '*oravam# Sentiam1se frustrados3 sentiam a es'uridão# ) O que vamos fazer? ) perguntou ela

) @ão sei ) respondeu ele###


Os *omens pou'o viris vivem para 'onseguir o que a'*am que pre'isam# Os *omens pou'o viris que são impulsionados pela
paião da 'ar5n'ia tentam obter isso dos outros#
Kma sen*ora me disse+ ) =uando ou.o o 'arro do meu marido entrar na garagem, depois do trabal*o, meu 'ora.ão
simplesmente afunda# Eu imediatamente passo a me sentir ainda mais 'ansada do que antes# Sou uma dona de 'asa 'om
tr5s 'rian.as para 'uidar o dia todo e### aí vem a quarta2
) O que ele faz, para que vo'5 se sinta dessa forma? ) perguntei# @esse instante ele estava sentado ao lado dela,
'onseguindo pare'er 'arran'udo e magoado ao mesmo tempo# ) 0il e uma 'oisas ) repli'ou ela ) 6ode ser um suspiro
quando ele entra pela porta ou um 'omentário sobre o trLnsito na volta para 'asa# Hs vezes, ele me diz o quanto está
'ansado# 6ode ser qualquer 'oisa# 0as & sempre sobre ele, sobre algo que está errado, 'omo, se ele esperasse que eu
fizesse alguma 'oisa# 0esmo quando ele pergunta a meu respeito, sinto1me 'obrada a perguntar sobre ele# Se ele a-uda
'om o -antar, re'ebo aquele ol*ar que me fala que devo dizer o quão maravil*oso ele &# E se fa.o algo espe'ial por ele,
mesmo que se-a u ma 'oisin*a / toa, 'omo uma sauda.ão mais afetuosa, ele eagera no re'on*e'imento# >sso faz 'om que
eu sinta o quanto ele realmente pre'isava daquilo, que & mel*or eu 'ontinuar l*e dando isso ou ele fi'ará realmente
magoado# Hs vezes, quando ele & super aten'ioso, a'*o que ele está me dizendo que & mel*or eu estar disponível para
seo, mas muitas vezes não & isso# @ão sei 'omo epli'ar de outra forma ) tudo o que ele me faz, sugere que ele espera
que eu este-a ali para ele#
0uitos *omens 'arentes es'ondem mel*or sua 'ar5n'ia, do que o marido dessa sen*ora# <Eles podem ser muito mais sutis
e más'ulos em sua epressão da ne'essidade# E 'ada um de nós segue o padrão dos *omens agressivos ou dos *omens
'arentes em vários pontos de nossa vida# @ão *á isso de ser um *omem só do <6adrão : ou só do <6adrão 9# 0as um

(%
padrão, em geral, toma1se o rema em nosso estilo de rela'ionamento#
O *omem que tipi'amente segue o primeiro padrão vive sua vida pensando que os outros deveriam estar ali / sua
disposi.ão# Seu senso de 'ar5n'ia & tão real, tão profundo, tão for.oso que pedir 'ompreensão ou aten.ão l*e pare'e
inteiramente razoável# Sua vida depende de obter isso# O *omem do <6adrão : define a si mesmo por sua 'ar5n'ia, assim
'omo alguns *omens *o-e se definem por suas in'lina.es *omosseuais#
6ara os *omosseuais, não <sair do armário e assumir seus impulsos pare'e uma trai.ão / sua identidade, uma viola.ão de
algo bási'o dentro deles que perten'e / sua natureza essen'ial# O mesmo a'onte'e 'om os *omens 'u-a 'ar5n'ia pare'e ser
o 'erne do seu ser# Eles se sentem mais 'onfortáveis e vivos quando algu&m está 'uidando deles# 0ais do que qualquer
outra 'oisa, eles se v5em 'omo 'arentes# E algu&m pre'isa fazer algo a respeito#
=uando se sentem de'ep'ionados, quando algu&m não está ali para eles, os *omens que se definem por suas ne'essidades
sentem que os outros fal*aram miseravelmente 'om eles# @ão se fez -usti.a# ireitos foram negados# A 'omunidade
*umana foi desumana 'om eles#
O resultado disto, naturalmente, & a raiva, O ressentimento ferve e pare'e -ustifi'ado# E 'om o ressentimento -ustifi'ado
vem a vingan.a -ustifi'ada# 6ense 'om que fa'ilidade nossos lábios despe-am 'omentários sar'ásti'os e '*i'oteamos as
pessoas 'om 'omentários 'ortantes# 8alvez infli-amos apenas pequenos ferimentos, 'omo 'ortes feitos por papel ) mas
eles doem# Essa, 'laro, & a inten.ão# erir aquele que não 'orrespondeu ao que dele era esperado#
Os *omens governados pela paião da 'ar5n'ia desforram+ se não 'om sar'asmo e 'ortes, então, 'om irritabilidade,
rabu-i'e ou indiferen.a# As esposas que fal*am 'om *omens movidos pela ne'essidade t5m de pagar# O mesmo se dá 'om
os amigos desses *omens#
0as os *omens 'arentes não v5em os danos que 'ausam aos que 'om ele 'onvivem# 6ela sua óti'a, foram os outros que
fal*aram 'om ele3 e não ele, para 'om a esposa, fil*os e amigos# O *omem 'arente 'onfrontado por sua 'rueldade, muitas
vezes, reage 'omo um mendigo morto de fome pego roubando um pão# <Ol*e, talvez o que eu fiz estivesse errado# 8en*o
'erteza que estava# 0as vo'5 tem de entender o que ten*o passado# E pela fome que estou sentindo, at& que não estou
pedindo demais#
Certo *omem desenvolveu o *ábito de passear por um bairro de meretrizes, pro'urando, o'asionalmente, uma delas ou
indo assistir a um s*o de nudez, persuadindo1se o tempo todo que seu pe'ado não era tão perverso quanto a maneira em
que sua família *avia pe'ado 'ontra ele quando pequeno e a maneira 'omo sua esposa fal*ava agora para 'om ele#
4inte e 'in'o anos de eperi5n'ia em a'onsel*amento me fazem 'rer que, nove, entre dez *omens, se sentem mais
preo'upados 'om a maneira 'omo os outros os de'ep'ionam, do que quando eles magoam os o utros# E os *omens 'asados
se preo'upam, espe'ialmente, 'om as maneiras em que suas esposas fal*am para 'om eles#
Os *omens governados pela 'ar5n'ia se benefi'iam 'om o fato de nossa 'ultura estar 'omprometida em não 'ulpar a
vítima# 6or eemplo, quando um dos pais negligen'ia um beb5 do seo mas'ulino, não responsabilizamos o beb5 pela fal*a
) desse pai ou mãe ), nem pelo dano que essa fal*a 'ausou# Apoiamos a 'rian.a em sua dor e fazemos tudo o que
podemos para proteg51lo de outros danos# 0as temos levado essa prote.ão da vítima longe demais# 8emos negado a
responsabilidade das vítimas adultas sofrerem gra'iosamente ou de 'ontinuarem a fazer o bem# 8emos permitido que a
severidade dos erros, que outras pessoas 'ometeram 'ontra nós, nos 'egue ao '*amado imutável de eus para sermos
santos# H medida que um garotin*o vitimado pela neglig5n'ia dos pais amadure'e, pre'isamos ter o 'uidado de en'ora-á1lo
a desenvolver uma identidade 'onstruída em torno das oportunidades da mas'ulinidade, não em torno de sua dor e
'ar5n'ia#
0as, desenvolver esse tipo de identidade requer a obra do Espírito Santo# @ingu&m pensa, espontaneamente, sobre si
mesmo, 'omo um portador da imagem 'u-o mais alto '*amado & refletir o 'aráter de um eus invisível# Fá questes mais
prementes eigindo a nossa aten.ão, 'omo, obter aquilo que pre'isamos para sobreviver e o que pre'isamos para
sobreviver mais 'onfortavelmente# Fomens 'onfrontados 'om a fal5n'ia, geralmente, investem mais esfor.os para
des'obrir 'omo pagar suas 'ontas do que para aprender a 'on*e'er a eus#
@en*um dano, por parte dos outros e nen*uma 'ir'unstLn'ia da vida, podem, -amais, destruir a imagem de eus dentro de
nós, ou anular o '*amado de refletir bem essa imagem3 temos, por&m, a tend5n'ia de pensar de outra forma# A dor fala tão
alto que temos difi'uldade em ouvir o '*amado de eus para vivermos 'omo *omens# 4iolar a imagem de eus, usando
práti'as a&ti'as nos negó'ios ou seduzir a esposa de outro *omem pode, de fato, pare'er uma 'oisa / toa# 8odos nós
lutamos 'om 'oisas que não pare'em ser muito más, espe'ialmente quando estamos nos sentindo parti'ularmente
de'ep'ionados#
Somente quando o Espírito de eus, por meio de Sua 6alavra, epe os pensamentos e atitudes do 'ora.ão & q ue qualquer
um de nós v5 'om 'lareza# Apenas a partir daí & que a paião dominadora da 'ar5n'ia será re'on*e'ida 'omo tal+ uma base
pe'aminosa para rela'ionar1se 'om os outros que não & digna dos *omens#

' &K&6P5' +& (AU5


O rei Saul &, talvez, o mais proeminente eemplo bíbli'o de um *omem impulsionado pela 'ar5n'ia que ) 'omo sempre

((
a'onte'e quando as ne'essidades governam a nossa vida ) perdeu sua dignidade# Km in'idente dentre muitos que
poderiam ser es'ol*idos demonstra isso# 7eia : Samuel, versí'ulo :R, para ver a *istória toda que resumirei aqui#
Certo dia, Saul 'ometeu um pe'ado parti'ularmente s&rio que levou eus a re-eitá1lo 'omo rei# Conversando 'om Samuel
logo depois de ter pe'ado, Saul negou ter feito qualquer 'oisa errada# Atente para o fato de que, a esta altura, quando ainda
pensava que seu pe'ado passara desper'ebido, Saul alegou que não fora desobediente#
) Ee'utei as instru.es do Sen*or ) anun'iou ele a Samuel# Essas instru.es in'luíam matar toda 'riatura vivente que
*avia perten'ido aos amalequitas, uma na.ão 'u-a destrui.ão 'ompleta eus *avia de'retado# @a realidade, Saul *avia
poupado o rei amalequita, um *omem '*amado Agague, e não *avia matado todos os animais, de'idindo, antes, guardar as
mel*ores va'as e ovel*as para sa'rifi'á1las ao Sen*or, segundo seu testemun*o posterior%#
@uma passagem quase 'Pmi'a, Samuel responde / de'lara.ão de obedi5n'ia 'ompleta de Saul perguntando+ ) =ue balido
de ovel*as & este em meus ouvidos? =ue mugido de gado & este que ou.o?
Saul foi pego, -á não podia negar a sua desobedi5n'ia# Ele não destruíra tudo# E assim ele mudou sua 'antilena de nega.ão
para o que ) / primeira vista ) pare'e uma 'onfissão+ ) 6equei# 4iolei a ordem do Sen*or# 0as o resto da *istória deia
'laro que o re'on*e'imento de pe'ado, por parte de Saul, não brotou do quebrantamento# Saul estava se debatendo,
pro'urando uma forma de evitar o -ulgamento de eus e de preservar as mordomias do seu 'argo de rei# Ele ilustra
'laramente a verdade de que, sem quebrantamento, pelo pe'ado, não pode *aver nem 'onfissão genuína, nem
arrependimento sin'ero#
Saul não demonstra um espírito quebrantado e 'ontrito# 7onge disso# Antes, ele pede a Samuel que retorne / 'apital e fique
ao seu lado, no 'ulto p(bli'o, esperando que a presen.a de Samuel l*e trouesse uma 'erta 'ontinuidade do respeito que
re'ebia 'omo rei# 0as Samuel permane'eu ineorável+ ) @ão voltarei 'om vo'5## # O Sen*or o re-eitou 'omo rei sobre
>srael2
Agora observe, 'uidadosamente, o que Saul faz a seguir, impelido inteiramente por seu senso de desesperada 'ar5n'ia+
“3e!uei disse 5aul. Liolei a ordem do 5enhor e as instru%#es !ue tu me deste. Jive medo dos soldados e os atendi. gora eu
te imloro, erdoa o meu ecado e volta comigo, ara !ue eu adore o 5enhor : “ (Sm :R#9;19R%### “5amuel. contudo, lhe
disse9 voltarei com você. Locê reeitou a alavra do 5enhor, e o 5enhor o reeitou como rei de Nsrael. uando 5amuel se virou
ara sair, 5aul agarrou*se 7 barra do manto dele, e o manto se rasgou. & 5amuel lhe disse9 I$ 5enhor rasgou de você, hoe, o
reino de Nsrael, e o entregou a alguém !ue é melhor !ue você“ : Sm :R#9$19\%
A paião da 'ar5n'ia se torna uma paião dominadora quando & vista 'omo sendo mais forte e mais urgente do que uma
paião pela santidade# <Se apenas eu pudesse ter torna1 se a ambi.ão dire'ionadora por trás de tudo que o *omem 'arente
faz#
D importante re'on*e'er o prin'ípio desta'ado pela vida de Saul+ um senso agu.ado de ne'essidade, se não vier
a'ompan*ado por um senso maior ainda de pe'ado, -ustifi'a e fortale'e o egoísmo# As pessoas mais 'ons'ientes de sua
'ar5n'ia do que de sua pe'aminosidade são pessoas que manipulam e eigem# As pessoas mais 'ons'ientes de sua
pe'aminosidade se arrependem e desenvolvem uma paião dominante pela santidade# Somente essas pessoas aprendem a
'onfiar no amor de eus e usufruir seu favor#
=uase trinta anos de 'asamento deiaram 'laro para mim que me in'lino mais para este estilo de rela'ionamento do que o
que dis'utirei no próimo 'apítulo# Em geral, sinto1me mais 'arente do que agressivo# =uando estou sofrendo, in'lino1me a
ver min*a ne'essidade de 'onforto 'omo uma oportunidade para que outra pessoa fa.a o bem# O '*amado para elevar1me
a'ima da min*a
profunda 'ar5n'ia,
a mágoa, menos 'onfiar totalmente
me in'lino a ouvi17o#em eus e fazer o bem aos outros, & por vezes difí'il de ouvir# =uanto mais
=uando a paião da 'ar5n'ia domina, nen*uma quantidade de 'onsolo 'onsegue satisfazer plenamente# 6ode ser at& que
alguns *omens 'arentes agrade.am /s esposas, por seus esfor.os# >sto, por&m, geralmente será 'om o mesmo entusiasmo
que um *omem que pre'isa de 'em reais agrade'e ao amigo que l*e dá vinte e 'in'o 'entavos#
=ualquer disposi.ão para gratidão eistente logo dá lugar / 'ríti'a eigente+ <@ão sei por que vo'5 tin*a de 'ontinuar
fazendo o -antar enquanto eu estava falando sobre os nossos problemas finan'eiros# D muito pedir um minuto de sua
aten.ão?
A pessoa que empreende a tarefa de satisfazer as ne'essidades de um *omem 'arente não tem esperan.a de su'esso#
@en*um esfor.o basta, nen*uma bondade & sufi'iente# 6essoas que se rela'ionam 'om o *omem do <6adrão : sentem1se
tipi'amente+
:# 6ressionadas, a estarem ali para ele#
9# 0al, por nun'a 'orresponderem adequadamente#
Eventualmente a pressão e a sensa.ão de 'ulpa podem se tomar irresistíveis# Esse pro'esso pode levar vinte ou trinta anos
e, então, um dia elas param de tentar# <6or que eu devo me in'omodar? @ada que eu fa.o -amais o satisfaz2 A frustra.ão
de se rela'ionar 'om um *omem do <6adrão : &, muitas vezes, a razão para o fim de uma amizade ou 'asamento de
muitos anos#
Aquelas que 'ontinuam tentando satisfazer as ne'essidades do *omem 'arente se sentem, mais e mais, desgastadas, at&
que a depressão se instala# A esposa do *omem 'arente per'ebe1se son*ando 'om um rela'ionamento mel*or, no qual ela
se-a notada e apre'iada# E ela 'ome.a a notar outros *omens ) 'omo eles tratam as esposas, 'omo a tratam e, aos pou'os,
vai se tornando vulnerável / mais leve sugestão de afeto+ <Ele pare'e gostar de mim#
(-
Hs vezes, os roman'es ou novelas ofere'em alívio# Hs vezes & manter1se o'upada+ mais trabal*o na igre-a, mais *oras no
trabal*o, mais 'lubes so'iais, mais trabal*o de 'asa, mais edu'a.ão#
As mul*eres 'asadas 'om *omens 'arentes se sentem solitárias e amedrontadas# 0uitas vezes, desgostosas 'onsigo
mesmas# 0uitas es'ondem sua dor sob a 'ompet5n'ia# Elas se tornam agressivas e duronas, in'apazes de adorar ou relaar
ou rir#
Ou.a o 'lamor do *omem 'arente+ <Este-a aí para mim2 4o'5 não sabe quanto estou vazio, quanto me sinto desesperado,
quanto min*a vida & dolorosa? 6or que vo'5 não pode+
W 8er mais 'onsidera.ão?
W Apoiar1me mais?
W alar 'om mais bondade?
W Emagre'er?
W 7er mais livros?
W 8omar a ini'iativa na 'ama?
W azer1me mais perguntas?
W !astar menos?
W 4estir1se de maneira mais atraente?
W Criti'ar1me menos?
W alar menos nas festas?
W Cozin*ar mais 'riativamente?
Km sen*or me enviou uma 'arta em resposta a um livro que es'revi+ <4o'5 não respondeu / (ni'a pergunta que eu
pre'isava que respondesse, a que presumi que vo'5 trataria no seu livro# =uero saber porque algumas mul*eres
simplesmente não 'uidam de si mesmas# Sou diversas vezes milionário, sou presbítero em nossa igre-a, deio que ela
'ompre o que quiser, não sou vi'iado em trabal*o e nun'a fui infiel / min*a esposa# O que eu quero saber &+ por que min*a
esposa não emagre'e? Eu me manten*o em boa forma, mas ela não quer saber de eer'í'io# Ela engordou vinte quilos nos
(ltimos dois anos# Eu a a'*o tão atraente quanto uma tigela de gelatina# C*eguei at& a l*e dizer que iria a um
a'onsel*amento 'om ela para ver no que eu talvez estivesse fal*ando# Simplesmente não entendo# O que *á de errado 'om
mul*eres 'omo a min*a esposa?
Como a maioria dos *omens dominados pela paião da 'ar5n'ia, este *omem+
:# @ão en'ontra nada de errado em si mesmo
9# 45 apenas o que a outra pessoa podia fazer de forma diferente
"# Sente1se -ustifi'ado em sua ira
;# @ão 'onsegue energar as ne'essidades dela al&m das suas
6or estar 'ego pela sua 'ar5n'ia, a qualidade de rela'ionamento que ele ofere'e / esposa & interior# 0as ele não v5 isso#
=uaisquer lutas que possa ter 'om a tenta.ão seual são 'onsideradas resultado da maneira 'omo ele tem sido tratado# Em
sua mente, seus esfor.os de permane'er seualmente puro são nobres e nada requerem dele al&m de mais tempo na
6alavra e de -oel*os# Mamais l*e o'orre que ele não está amando a esposa 'omo deveria, que realmente não & grande 'oisa
'omo *omem, que nun'a aprendeu a falar 'om amor para dentro da 'onfusão e dor do rela'ionamento#
=uando somos governados pela paião da 'ar5n'ia e 'remos que nosso mais profundo gozo depende de outros
'orresponderem /s nossas epe'tativas, destruímos a vida e empanamos a beleza# @esse ponto, não somos *omens viris#

(.
Capítulo 11

H'6&3( 7U& (E P$&C(A6 +&( 6&(6'(M A PAK;' P&5A A$&((V+A+&

Ele sempre pare'ia se en'aiar# =ualquer que fosse a reunião ) diretoria, -antar ou reunião so'ial da igre-a ) ele se sentia
'onfortável# Con*e'ia as pessoas 'ertas, sempre se vestia de a'ordo e 'om '*arme e simpatia, ele se rela'ionava fa'ilmente
em qualquer agrupamento de pessoas#
As vezes, ele podia ser b em dogmáti'o# E seus mel*ores amigos, aqueles que estavam 'om ele mais freqGentemente,
*aviam visto sua auto1'onfian.a passar dos limites e virar agressividade#
Embora seus 'on*e'idos pudessem não ter notado, ele era um *omem intensamente reservado# Qaramente falava de lutas
pessoais e in'linava1se a <resolver rapidamente quaisquer tenses rela'ionais que não pudesse evitar ou des'artar# Ele
nun'a analisava a si mesmo ou qualquer outra pessoa# Sua família sentia o impa'to de seu envolvimento superfi'ial#
A auto1per'ep.ão, & 'laro, não se en'ontrava entre as suas virtudes# Se l*e pedissem uma auto1des'ri.ão, ele poderia usar
de improviso palavras 'omo+ so'iável, 'ulto, bem su'edido, bom pai de família, 'ristão dedi'ado# 6oderia at& dizer viril# Ele
nun'a 'on-e'turaria sobre o porqu5 de algu&m l*e pedir que des'revesse a si mesmo, nem 'onvidaria o inquiridor a falar
sobre o que estava pensando#
e vez em quando ele, de fato, dava lugar /s emo.es+ quando foi ao quarto da esposa após a maste'tomia que ela fez3 no
enterro do pai3 quando propPs um brinde / fil*a e ao noivo na festa do 'asamento#
0as nun'a '*orava# @ingu&m -amais o vira desmoronar# Certa vez, o fil*o mais vel*o perguntou quando tin*a sido a (ltima
vez que ele '*orara abertamente# <=uando eu era 'rian.a, repli'ou ele desinteressadamente, 'omo se a pergunta tivesse
sido+ <=uando foi a (ltima vez que vo'5 usou rem&dio para a a'ne?#
Ele era uma boa pessoa para se ter 'omo par'eiro de golfe ou só'io nos negó'ios# E, sem d(vida, era o *omem 'erto para
ter do seu lado num debate# 0as não era algu&m 'om quem vo'5 se sentiria in'linado a 'ompartil*ar o que se passava no
'ora.ão#
A esposa dele era terrivelmente solitária# 0as ele - amais teria adivin*ado# Ela enterrava a dor bem funda, por baio dos
adornos da riqueza moderada e sob a ronda de <importantes atividades que a 'lasse so'ial eigia# Ela se o'upava 'om
'lubes de -ardinagem, reunies políti'as, o 'onsel*o de minist&rios femininos da igre-a e a de'ora.ão da 'asa# Seus tr5s
fil*os atraentes eram o grande la.o de fita vermel*a que arrematava lindamente o pa'ote bem enfeitado da vida dela#
Como a'onte'e 'om a maioria das vidas <perfeitas, *avia uma man'*a es'ura, uma dobra feia no rosto 'irurgi'amente
alisado da mul*er# Ataques de pLni'o# @ão s&rios, mas inquietantes# Eles tin*am a tend5n'ia de surgir quando ela sentia
que *avia perdido o 'ontrole das 'oisas# O primeiro, foi provo'ado pela ida da fil*a para a fa'uldade e pelo 'ome.o de um
namoro 'om algu&m que o marido 'onsiderava de 'lasse baia# Ela falou 'almamente 'om a fil*a sobre suas preo'upa.es,
'onven'ida de que a garota daria ouvidos / razão# E ela o fez# A'abou se 'asando 'om um m&di'o# O marido tratou a 'rise
do namoro 'om sar'asmo ) foi então que ele usou o termo <'lasse baia#
Os ataques *aviam sido regulares, mas, in'onstantes3 uns piores do que os outros# Os rem&dios a-udavam# Ela 'onseguia os
medi'amentos 'om um espe'ialista, 'ompan*eiro de golfe do marido# O marido mar'ou uma 'onsulta para ela# C*egou at&
a ir bus'ar a primeira fórmula ele mesmo#
Em sua mente, aquilo resolvia tudo, dor de dente? 4e-a um dentista# Ataques de pLni'o? 8ome um 'omprimido# Ele nun'a
'onversou 'om ela sobre os ataques, nun'a analisou os temores dela#
8r5s vezes ela *avia desabafado e admitido o quanto se sentia distante do marido, o quanto se sentia desne'essária, e'eto
'omo sua par'eira so'ial e seual# A primeira vez, a uma amiga íntima, que mudou de assunto# A segunda, para um primo
que os visitava, um *omem que ela mal 'on*e'ia# Ele era um pou'o mais vel*o e pare'ia tão bondoso# Eles fi'aram
'onversando at& tarde, 'erta noite# Anos de sentimentos re'al'ados foram despe-ados# Ele a ouviu# A sensa.ão fora tão boa#
0as ele nun'a mais men'ionou o assunto+ nem uma palavra na man*ã seguinte, nem um (ni'o telefonema de
a'ompan*amento, nem uma 'arta# Ela d ese-ou nun'a ter dito nada#
A ter'eira vez, foi dois anos depois, 'om uma terapeuta que 'on*e'era e 'om quem 'onversara numa festa# Ela, na
realidade, *avia dito muito pou'o# 0as a terapeuta pare'eu entender mais do que estava sendo dito# E pare'eu
preo'upada# 0ais uma vez foi uma sensa.ão boa# Ela pensou em fazer uma 'onsulta profissional, mas a'*ou mel*or desistir
depois de men'ionar a id&ia para o marido+ ) 6ara que & que vo'5 pre'isa de uma <m&di'a de lou'os? ) foi tudo o que
ele disse#
Fouve uma outra vez# Era a (ltima noite de uma semana de 'onfer5n'ia bíbli'a# A mensagem era sobre o amor de eus
pelas ovel*as perdidas, aquela que se sentia abandonada, sem esperan.a de ser en'ontrada# Aquilo a atingiu#
Ela desapare'eu depressa durante a ora.ão de en'erramento e 'amin*ou sozin*a ao redor do lago# Estava tudo tão quieto,
tão quente e tranqGilizadoramente es'uro, 'om apenas a luz de uma lua 'res'ente, se refletindo na água 'alma# Km senso
irresistível de paz 'onvidava / libera.ão de suas lágrimas na seguran.a que ofere'ia# Ela 'aiu sobre a relva ma'ia, enterrou a
'abe.a nas mãos e solu.ou in'ontrolavelmente# As palavras fluíam sem restri.es do seu 'ora.ão, epressando aquilo que
fora negado por tanto tempo+ ) @ão agGento mais2 ói muito# @ingu&m me quer# 0eu 'asamento & vazio# Estou mais
sozin*a do que posso suportar#

(
Ela voltou ao quarto deles depois da meia1noite, 'om os ol*os in'*ados# Ele estava sentado na 'ama, lendo+ ) Onde vo'5
esteve? ) perguntou# ) iquei preo'upado 'om vo'5#
) Estive por aí, 'amin*ando, pensando### orando# At& '*orei um pou'o###
) 4o'5 não se esque'eu de tomar o rem&dio, esque'eu?
) @ão ) ela respondeu, sem nada sentir# Em seguida se aprontou para ir se deitar# @ada mais foi dito# Ele se in'linou para
bei-á1la na testa, sorriu tranqGilizadoramente, então, virou1 se para o lado e pegou no sono# Ela estava bem, na man*ã
seguinte#
@estes 'apítulos, estou falando de dois tipos de *omens+ dos dominados pela 'ar5n'ia e do s dominados pela determina.ão
de serem agressivos# Esses dois estilos de rela'ionamento são, na realidade, posi.es etremas, em posi.es etremas, de
um longo espe'tro# @este 'apítulo, dis'utiremos os *omens agressivos#
Entretanto, talvez se-a bom introduzir esta dis'ussão falando um pou'o sobre o espe'tro# @ão estou querendo sugerir outra
teoria de <tipos para 'ategorizar os *omens# @ão quero que os *omens leiam este livro e digam+ D, esse sou eu# A'*o que &
assim que sou# Espero que muitos *omens re'on*e.am seus padres rela'ionais e respondam+ <D assim que trato a min*a
esposa ou amigos%# =ue *orror2 Sou mais *omem do que isso# Eu quero que 'res.amos em mas'ulinidade ao
'ompreender, não apenas o desígnio de eus para os *omens, mas tamb&m, nossas maneiras de 'orromper esse plano#
Fomens 'arentes são *omens 'orruptos# Eles estão mais in'linados a ter 'ons'i5n'ia de sua sede de afirma.ão, ao se
rela'ionarem 'om os outros e mais predispostos a entrar em rela'ionamentos, pela razão nada nobre de, basi'amente,
satisfazerem suas próprias ne'essidades# Os *omens agressivos são iguais, mas, diferentemente 'orruptos# Eles negam
qualquer anelo profundo por rela'ionamento e perseguem alvos que não requerem intimidade signifi'ativa 'om as pessoas#

Estes padres representam dois etremos opostos em 'omo os *omens se, rela'ionam# Essas são as duas pontas de um
longo espe'tro que pode ser assim representado+

&(#5' +& $&5AC'3A6&3#'


Apenas um *omem na *istória 'onseguiu a'ertar# Ele estava profundamente 'ons'iente de tudo o que pretendia# E essa
'ons'i5n'ia troue 'onsigo+ tanto dor, quanto esperan.a3 tanto, tristeza ) pelo que era ) quanto, gozo, pelo que Ele sabia
que um dia viria a a'onte'er# Ele sentiu Sua de'ep.ão, mas não mais aguda1 mente do que sentiu sua ante'ipa.ão# Ele
'*orou 'opiosamente e sem 'onstrangimento por rela'ionamentos perdidos e pelo 'usto de re'uperá1los# Ele esteve
profundamente 'ons'iente de tudo o que o'orria ao Seu redor e em Seu interior#
0as, Sua sensibilidade, nun'a o levou / preo'upa.es 'onsigo mesmo ou a queias# Antes de apenas sentir mágoa por
rela'ionamentos desfeitos, de maneiras mais profundas do que qualquer um de nós 'onseguiria imaginar, Ele usou essa
mágoa para mais 'laramente definir e energizar Seu '*amado# Ele Se deleitou em sa'rifi'ar todo prazer ) tanto alegrias
legítimas que Ele 'on*e'era por toda a eternidade passada quanto satisfa.es ilegítimas que estavam / Sua disposi.ão )
pelo propósito singular de deiar as pessoas verem 'omo Seu 6ai realmente era# 6ara Ele, nada importava mais do que
revelar a eus 'omo Ele era e & ) Algu&m que odeia infleivelmente o pe'ado e ama, ineoravelmente, as pessoas#
Ao definir1se em termos de Seu '*amado, em vez de por Seus anseios ou poder, Ele en'ontrou 'oragem para fazer qualquer
'oisa que Seu '*amado eigisse# Ele eemplifi'ou a mas'ulinidade pura ao adentrar regies em que nun'a entrara antes
) 'ompare Sua pr&1eist5n'ia 'om eus, antes de Bel&m, / es'uridão do Calvário ), e manteve1Se perfeitamente no rumo,
sem -amais es'orregar um 'entímetro a despeito de prova.es de severidade sem paralelo#
Ele foi o (ni'o *omem que viveu a vida eatamente na 6osi.ão C+ perfeitamente sensível, mas, in'onquistavelmente, forte3
*umildemente dependente, mas, resolutamente, determinado3 'ons'iente de 'ada detal*e, em 'ada rela'ionamento, mas,
inabalavelmente 'entralizado em Seu rela'ionamento prioritário# Mesus 'ombinou em Si virtudes que são infalivelmente
'ompetitivas em nós# A sensibilidade e a for.a não 'oeistem 'om fa'ilidade# Os *omens 'om sensibilidade bem
desenvolvida, em geral, lutam 'om sentimentos de inadequa.ão, uma tend5n'ia / auto1piedade e / queia e uma aflitiva
sensa.ão de des'ontentamento# Os *omens mais 'ons'ientes de sua 'apa'idade de se mover pare'em dedi'ar mais energia
/s tarefas do que /s pessoas# Eles se tornam duros, distantes e emo'ionalmente embotados, protegidos por um verniz de
'onvin'ente afabilidade#
Os *omens que se rela'ionam mais a partir de sua 'ar5n'ia 6osi.ão A%, são os que as mul*eres '*amam de fra'os# Os
*omens 'u-a per'ep.ão de suas ne'essidades os tornou sensíveis /s 'oisas que se passam dentro das pessoas 6osi.ão B%,
freqGentemente se en'aiam no 'rit&rio de mas'ulinidade estabele'ido por muitas no movimento feminista+ são mansos,
não t5m medo de '*orar e 'apazes de dis'usses intensamente pessoais# Hs vezes, passam1se anos, antes que sua falta de
for.a se-a eviden'iada e o dano que eles 'ausam se-a re'on*e'ido#
@as 6osi.es A e B, a 'ar5n'ia 'ompromete o rela'ionamento# Fomens impelidos pela 'ar5n'ia deiam de sus'itar vida nos
outros e de gozar a beleza da individualidade e independ5n'ia dos outros# Seus rela'ionamentos, em geral, são intensos
mas, 'ontinuamente inquietos, ou estão eperimentando uma morte lenta e angustiante, 'repitando por aí, 'omo um 'arro
vel*o que passa mais tempo na ofi'ina do que na estrada#

(
Os rela'ionamentos de um *omem agressivo, por outro lado, são mais freqGentemente superfi'iais, por&m, estáveis# A
estabilidade, 'ontudo, & frágil# Como 'asas 'onstruídas sobre a areia, os rela'ionamentos do *omem agressivo, dependem
de uma 'onspira.ão para fingir que a superfi'ialidade & satisfatória, e que os prazeres do 'onforto e emo.ão são substitutos
a'eitáveis para as alegrias perdidas da 'omun*ão# =uando um 'Pn-uge ou amigo penetra a 'onspira.ão e pede mais ao
<*omem agressivo, o rela'ionamento eplode 'omo um vul'ão adorme'ido por longo tempo#
D então que 'oisas boas podem a'onte'er, mas raramente a'onte'em# Ou o par'eiro que eplodiu <se arrepende e retorna
aos 'onfortos da estabilidade superfi'ial, ou o rela'ionamento termina, após desintegrar1se em 'onflito violento#
Os *omens que são mais fortes do que sensíveis 6osi.ão % 'onstituem a maioria da lideran.a 'ristã e se'ular# =ualquer um
que ten*a estado numa posi.ão de lideran.a está familiarizado 'om os assaltos que pre'isam ser suportados# 0uitas vezes,
pare'e que as sensibilidades pessoais pre'isam ser embotadas a fim de se sobreviver e que uma atitude de <Apenas
'ontinue fazendo o seu trabal*o pre'isa ser 'ultivada# Su-eitos simpáti'os, *omens sensíveis que se preo'upam em não
magoar os outros e serem magoados, terminam por (ltimo# Fomens rudes, 'u-os <m(s'ulos ternos se atrofiaram por falta
de uso voluntário, '*egam ao topo e fi'am por lá#
=ualquer pessoa em evid5n'ia deve esperar por 'ríti'as# Se eu espal*o min*as id&ias, publi'amente, sobre uma mesa, 'om
a inten.ão de influen'iar outros, min*as id&ias devem ser estudadas e 'riti'adas#
Entretanto, 'ríti'as demais dirigidas aos líderes refletem um espírito ran'oroso de arrogLn'ia# Críti'os que se desta'am pela
for.a de seu trabal*o são, em geral, *omens <mais agressivos do que os líderes que 'riti'am# Eles são insensíveis ao
impa'to que t5m sobre as pessoas+ passam por 'ima de qualquer pessoa que dis'orde deles, 'om uma 'onfian.a que atrai
os *omens 'arentes que dese-ariam ser agressivos# Eles tornam a difí'il vida do líder mais difí'il ainda#
A maioria dos líderes, espe'ialmente, pastores e diretores de minist&rios 'ristãos, se sentem sub1valorizados e não
apre'iados# A luta, em geral, l*es pare'e mesquin*a e imatura, mas não pára# Km pastor quase '*orou quando me 'ontou
sobre uma &po'a em que seu 'onsel*o de presbíteros questionou se ele realmente pre'isava de tr5s semanas de f&rias#
Hs vezes, pare'e não *aver outra solu.ão al&m de 'onstruir uma mural*a em volta 'io seu 'ora.ão# O efeito naqueles que
'onseguem 'onstruir uma mural*a & a perda de ri'a paião, unida ao 'res'imento de uma determina.ão de administrar
efi'azmente o que for administrável#
=uando determina.ão substitui a sensibilidade, o *omem se torna agressivo# Ele sa'rifi'a o poder de adentrar
profundamente na vida dos outros# Hs vezes seu (ni'o 'ontato 'om o mundo da paião & o seo# D só nisso que ele
'onsegue pensar# Ele vive / beira do fra'asso moral# A solu.ão para seu ví'io seual requer mais do que auto'ontrole# Ela
envolve uma renovada disposi.ão de abrir seu 'ora.ão / ferroada da 'ríti'a, uma disposi.ão que pode dar a impressão de
estar dando a 'ara para bater#
Se ele permane'er duro de 'ora.ão e bem protegido 'ontra sua mágoa será, eventualmente, dominado, mais pela
ne'essidade de ser agressivo do que por seu '*amado de refletir o 'aráter de eus# E, se as pessoas mais próimas não l*e
derem um retorno *onesto sobre o sofrimento que seu 'res'ente distan'iamento l*es 'ausa, então, *averá boa
probabilidade de que ele se distan'ie, ainda mais, do 'entro do espe'tro para o etremo de um *omem poderosamente
dominado por sua ne'essidade de ser agressivo 6osi.ão E#%#
E, isso pare'erá tão ne'essário, tão -ustifi'ado# 8en*o visto pastores se 'ontor'endo em agonia tão grande que quase
dese-ei que eles se anestesiassem 'om agressividade a fim de sobreviverem# 0as, embora isso forne'esse alívio a 'urto
prazo, seria um erro a longo prazo# Fomens agressivos destroem rela'ionamentos3 eles danifi'am as pessoas ao eigir que
elas desempen*em
As mul*eres semem
que estão prover nutri.ão real'om
rela'ionamento para suas almas#
*omens agressivos geralmente se sentem+
:# >ndese-adas, devido a uma fei8ra não esecificada mas resumida !ue “eClica “or!ue o homem agressivo nunca arece
dese-*las.
9# esesperadas, or alguém ou algo !ue as to!ue com rofundidade suficiente ara aliviar a dor da solidão
As vítimas dos *omens agressivos são responsáveis pela forma 'omo es'ol*em agir mas não pelo quanto sofrem# Essas
vítimas são propensas a+
:# epressão+ “;ão tenho nada !ue alguém udesse ossivelmente !uerer. 3or !ue devo me dar ao trabalho de tentar me
relacionar ou de rosseguir<”
9# Ansiedade+ “5e eu aenas uder manter o controle sobre mim mesma, estarei bem. $h, não: $ !ue ode acontecer se eu
erder o controle<”
"# 4í'ios+ “;ão osso ficar longe de !ual!uer coisa !ue sea agrad-vel o suficiente ara aliviar minha solidão, mesmo !ue a
alivie aenas or um momento”.
Qaramente os *omens agressivos mudam sem, antes, enfrentarem o impa'to destrutivo que 'ausam nos outros# 6or isso &
'ru'ial que, os envolvidos 'om *omens agressivos, arrisquem1se a um retorno 'laro sobre 'omo essa domina.ão pela
agressividade, afeta /s pessoas#
Os *omens verdadeiramente fortes são tão diferentes dos *omens agressivos, quanto os *omens sensíveis e maduros
diferem dos *omens fra'os# Os *omens agressivos t5m em 'omum tr5s 'ara'terísti'as que es'ondem sua agressividade+

6rimeira, inseguran%a. Os *omens agressivos são 'ompelidos, pela in'erteza sobre sua mas'ulinidade, a provarem a si
mesmos# Eles eibem seu poder a fim de demonstrar o que não t5m 'erteza de possuir# Os *omens fortes, por outro lado,
-
não sentem a menor ne'essidade de eibir sua for.a# Eles t5m 'ontrole sobre seu poder e o liberam apenas para promover
um bom propósito#

Segunda, suerficialidade# Kma vez que vo'5 ultrapasse sua 'ompet5n'ia e en'anto, per'eberá que os *omens que se
posi'ionam no lado agressivo do espe'tro não são pessoas assim tão interessantes# Eles não estão parti'ularmente
'ons'ientes do que está se passando dentro de si, ou dos outros, e não sentem nada mais profundamente do que seu
dese-o de poder# Os *omens fortes, 'ontudo, não temem enfrentar toda a realidade, in'lusive, as 'oisas feias sobre si
mesmos ou sobre os outros que poderiam provo'ar um desespero avassalador# Os *omens fortes se lembram de eus e
falam 'om o poder da esperan.a para dentro da noite mais es'ura#

8er'eira, incomreensão# Os *omens agressivos não apreenderam a ess5n'ia da verdadeira mas'ulinidade# Eles 'onfundem
sensibilidade 'om f raqueza+ em suas mentes, poder e for.a são a mesma 'oisa# Os *omens fortes sabem que sensibilidade e
per'ep.ão abrem a porta de 'ompartimentos misteriosos onde & pre'iso ter 'oragem para adentrar# E seu dese-o de viver
'ora-osamente pesa muito mais do que seu medo da es'uridão# Eles definem for.a 'omo poder sob 'ontrole e não 'omo
poder demonstrado# Os *omens agressivos temem os 'ompartimentos3 eles sabem que seu poder não se 'ompara 'om o
poder invisível que *abita na es'uridão# Eles fi'am fora da es'uridão, por nun'a se tornarem sensíveis, e sua determina.ão
de evitar o mist&rio os deia mais 'on'entrados em administrar efi'azmente qualquer 'oisa que enfrentarem# Seu poder
degenera em formas mais egoístas, mais destrutivas, mais mal&volas de agressividade#
8odos nós nos en'aiamos em algum lugar da lin*a, ou para a esquerda ou para a direita do 'entro# Estupradores sem
'ons'i5n'ia, eemplos de poder menos sensibilidade, estão num dos etremos dessa lin*a# 4i'iados em pornografia, que
sa'rifi'am família e respeito por mais um s*o de nudez, fi'ariam na outra ponta, vivendo em fun.ão do alívio imediato
dessa dor que a sensibilidade sem for.a produz# A maioria dos leitores deste livro se en'aia em algum ponto entre esses
dois etremos, entretanto, nen*um, vive eatamente no 'entro#
6or qu5? 6or que nen*um *omem pode ser apontado 'omo uma ilustra.ão perfeita da 6osi.ão C, e'eto um? 6or que tão
pou'os *omens '*egam perto disso? 6or que a 'ultura moderna está 'riando padres atingíveis de mas'ulinidade, que nos
asseguram que não estamos nos saindo tão mal e, depois, en'ora-am outros a se -untarem a nós no rebaiamento do alvo?
Os *omens 'om sensibilidade bem d esenvolvida tendem a pedir que os outros este-am ali para eles, isto &, / sua disposi.ão#
E quando ningu&m o faz, pelo menos não do modo que esperam, esses *omens se tornam vulneráveis a perverses
<passivas+ pornografia, masturba.ão 'ompulsiva, fantasias de mul*eres que 'orrespondem a 'ada dese-o seu, son*os de
gan*ar na loteria# Os *omens que se movem 'ora-osamente, mas sem uma per'ep.ão de si mesmos ou dos outros, sentem
um vazio diferente que os atrai para perverses <agressivas+ sedu.ão, sadismo, abuso, riqueza e posi.ão#
Somos realmente uma miórdia# @ingu&m 'onsegue a'ertar# 0as, por qu5? A resposta, naturalmente, nos leva de volta a
!5nesis ", quando Adão se re'usou a falar# Kma 'orrup.ão 'ong5nita no pro-eto do *omem tem sido passada a todo
*omem 'on'ebido naturalmente, desde então# 0as, o fato de nosso problema ter sido *erdado não deve ser usado para
nos permitir es'apar da responsabilidade#
6re'isamos enfrentar a terrível verdade de que somos responsáveis por não falar 'om sensibilidade e for.a, e pre'isamos
ser impelidos ao desespero, pela verdade mais terrível ainda de que, o impulso de não falar, & forte demais em nosso
interior para que l*e resistamos sozin*os# Enfrentar essas verdades g5meas nos impelirá ao quebrantamento, 'onfissão,
arrependime nto
tão ruins, para e 'onfian.a#
que eus se-a @ão enfrentá1los,
realment nos deiará 'om a 'ara ilusão de que as 'oisas podem ser ruins, mas, não
e ne'essário#
Algo vital está faltando nos *omens# altam1nos a 'oragem e a f& para falarmos para dentro das trevas 'om poder vital# E
essa falta de 'oragem e f& pre'isa ser 'ompreendida 'omo pe'ado#
O pe'ado está no 'erne de todos os nossos problemas# Essa & a verdade simples, terrível# @ada <epli'a porqu5 pe'amos#
O fato de pe'armos & o fundamento de todo pensamento 'laro sobre nossos problemas# 0as, eiste um segundo nível de
'ompreensão3 um nível que edifi'a sobre o fundamento de nos fazer remontar todas as difi'uldades / =ueda# Esse segundo
nível envolve os rela'ionamentos do *omem 'om os outros *omens#
Após o pe'ado srcinal, não *á influ5n'ia mais poderosa na vida do *omem do que a influ5n'ia dos *omens mais vel*os e
dos seus pares+ *omens mais vel*os, 'u-as vidas temos observado e que se envolveram 'onos'o, parti'ularmente nos anos
de nossa forma.ão3 e pares, 'ompan*eiros e amigos 'om quem passamos tempo, tro'amos *istórias e 'ontamos 'oisas que
não 'ontamos a mais ningu&m#
Fá algo verdadeiramente poderoso / nossa disposi.ão# @a 8er'eira 6arte sugiro que nossos rela'ionamento, 'omo pais e
irmãos, podem nos a-udar a re'apturar o son*o perdido da mas'ulinidade#

-1
C'3C5U(;' +A (&U3+A PA$#&

@ão *á muitos *omens que desfrutem a riqueza da maturidade mas'ulina# Apenas dois dos *omens que foram livrados do
Egito atravessaram o Qio Mordão e entraram em Canaã# Os demais vagaram, sem destino, pelo deserto at& morrer#
O 'amin*o para a maturidade 'ome.a 'om um eame *onesto de 'omo nos rela'ionamos# =ue efeito temos sobre as
pessoas? Se tivessem 'oragem, o que as nossas esposas, fil*os e amigos nos 'ontariam sobre 'omo & estar em
rela'ionamento 'onos'o? emonstramos ser 'arentes, requerendo que outros 'uidem de nós? As pessoas se sentem
pressionadas a n os tratar bem? Ou os outros nos v5em 'omo+ agressivos, fortes a ponto de, realmente, não pre'isarmos
muito das pessoas e, distantes, o sufi'iente para não ofere'er e n em requerer intimidade?
6orque não temos 'oragem para adentrar o mist&rio, Somos dominados por paies 'arentes ou por paies agressivas#
@em os *omens 'arentes, nem os agressivos são *omens aut5nti'os#

-2
#erceira parte

A5' P'+&$'(' &(#? +(P'38V&5


NUma gera0ão de mentoresO

+ontinuamos a trilhar o caminho !ue leva 7 maturidade !uando admitimos !uão rof
undamente ansiamos or um ai,
alguém !ue caminhe adiante de n"s, mostrando*nos o !ue é oss'vel e nos chamando, a
seguir e or um irmão, umigual,
cuas lutas e comaiCão nos encoraem a dar*nos a conhecer a ele en!uanto caminhamos untos. uando sobre n"s se abale
a realidade, como acontecer- com a maioria dos homens, de !ue não lemos nem ai nem irmão, a dece%ão ani!uiladora
ode virar amargura ou ode nos imelir a buscar a Deus de todo o cora%ão e nos tornarmos ais e irmãos ara outros
homens. 3ara a!ueles oucos !ue conhecem o gozo de serem alvo de boa aternidade e rica fraternidade, o chamado não é
aenas ara usufruir essas bên%ãos, mas, ara rover a mesma bên%ão ara outros.
5e os homens, hoe, se disuserem a olhar ara dentro da escuridão, a lembrarem*se de Deus e, deois, falarem aos outros
alavras !ue trazem vida se eles estiverem disostos a caminhar elo 'ngreme, estreito e longo caminho !ue leva 7
verdadeira masculinidade, então, talvez, nossos filhos entrem na idade adulta com a bên%ão de uma gera%ão mais velha de
mentores, homens !ue sabem ser bons ais en!uanto caminham com seus irmãos rumo ao lar.

-3
Capítulo 12

PA(M H'6&3( 7U& AC$&+#A6 &6 3E(

As *oras mais difí'eis vin*am de madrugada, após uma luta in(til para adorme'er# Ele fi'ava ali deitado, enquanto sua
mente o fazia passear numa montan*a russa# Faveria alguns momentos de 'alma, seguidos por uma longa e torturante
subida por uma en'osta 'on*e'ida e íngreme, rumo a uma altura temida, depois, um s(bito despen'ar, um ataque de
lou'ura des'ontrolada e pensamentos desvairados, que o mergul*avam num terror sufo'ante#
Os pensamentos tin*am uma 'oisa em 'omum ) todos o preo'upavam# O telefonema, de um professor interessado, aflito
'om as notas baias de seu fil*o# 6or que o problema? Será que o fil*o era pregui.oso? >ndis'iplinado? Qebelde? Será que
apenas tin*a difi'uldade para aprender? =ue tipo de futuro teria?
E aí pensava na fil*a# E la não era bonita e tin*a engordado# Aos treze anos, a apar5n'ia importava mais do que nun'a# Os
abra.os e apelidos 'arin*oso do papai -á não evo'avam o mesmo sorriso de quando ela tin*a dez anos#
Em seguida, *avia a esposa# Ela estava ali, a alguns 'entímetros de distLn'ia, dormindo profundamente, mas seus 'ora.es
estavam separados por quilPmetros# Ele 'on-e'turava porque a paião se fora# ezenove anos de roman'e se esvaindo
deiaram apenas uma fa'*ada de 'ompromisso# Hs vezes uma fagul*a voltava# 0as, nun'a por muito tempo# Como seria
seu 'asamento em dez anos, quando os fil*os tivessem saído de 'asa? Será que algum dia Se sentiriam realmente próimos
de novo? Ele 'onseguiria desistir das fantasias e vídeos o'asionais que eram sua (ni'a fonte de e'ita.ão seual?
Ele ol*ou para o relógio ) meia1noite e vinte e tr5s# Sua mente 'ontinuou avan.ando por outras preo'upa.es, sem
resolver as que -á o *aviam deiado ob'e'ado# in*eiro# a'uldade para os fil*os# Seu fil*o, talvez nun'a 'onseguisse entrar#
A fil*a pre'isava entrar ) *em, suas '*an'es de 'asamento pare'iam es'assas# Ele estava at& as tampas de viver
'uidadosamente dentro do or.amento, de guardar vinte reais, por semana, para um fundo de f&rias e, depois, sa'ar dele
para despesas inesperadas# A (ltima vez foi a 'onta do en'anador# Ele mesmo deveria ter sido 'apaz de 'onsertar o
vazamento#
Sua mente pulou de novo# O trabal*o era tedioso# Km diploma em Administra.ão o qualifi'ava para o nível m&dio de
ger5n'ia e pou'o mais# Ser que ele agGentaria sentar1se atrás da mesma es'rivanin*a por mais vinte anos?
A essa altura, ele sabia o que iria fazer# Era uma rotina familiar# Agarrou o roupão e sua B`B7>A# Então, 'orreu para baio,
antes que as lagrimas eplodissem e a'ordassem a esposa# As vezes ele dese-ava que isso a'onte'esse# Seria gostoso ser
'uidado, ver a preo'upa.ão da esposa, sentir a mão dela em seu ombro# Ele *avia sentido isso antes# E era bom, mas nun'a
sufi'iente#
@ão# @ão desta vez2 Ele daria um -eito# Apresentaria suas preo'upa.es ao Sen*or3 relembraria as promessas de eus e
pediria para 'on*e'er a Sua presen.a# En'ontraria 'oragem para mover1se 'om 'onfian.a na 'onfusão de seu mundo
in'erto e assustador#
Ele a'endeu a luz e se sentou na mesma 'adeira de sempre# Como tantas vezes antes, seu pLni'o deu lugar as lágrimas# Ele
solu.ou# Caiu de -oel*os e '*orou at& não poder mais, perguntando1se se a esposa o teria ouvido# Se ela ouviu algo não o
demonstrou, pois não des'eu ao andar inferior#
Então ele voltou a 'adeira e abriu a Bíblia# epois de ler por alguns minutos, per'ebeu seus pensamentos divagando at& o
pai# Ele ergueu os ol*os da página e 'edeu ao impulso suave que o impelia aqueles pensamentos#
As palavras l*e relampe-aram pela mente, 'omo a propaganda numa marquise quando as luzes são ligadas# As palavras
eram estas+ <6apai esteve aqui2
Ele se lembrava das *istórias e imagens+ uma enfermidade que *avia 'ustado ao pai o emprego, por dois anos, 'om tr5s
fil*os abaio dos dez anos3 a mãe muito trabal*adora, que nun'a se queiava, mas sempre pare'ia 'ansada3 o pai fazendo
for.a para sorrir e, as vezes, dando longas 'amin*adas3 a família reunida no quarto, de -oel*os#
Ele podia ouvir a voz do pai+ <Estarei trabal*ando logo, meu bem# eus proverá# Então vo'5 vai poder fi'ar em 'asa# E
então o emprego veio# E o pai gan*ava bem# As 'oisas fi'aram mel*ores, mais fá'eis, mais felizes# @o entanto, o pai ainda
l*e pare'ia inquieto# Ele podia sentir a tensão o'asional entre os pais# @un'a soube o que era# As vezes, o afeto entre eles
pare'ia for.ado#
Favia mais lembran.as do pai agGentando firme+ atrav&s de algumas 'rises de *ospitaliza.ão3 atrav&s dos altos e baios
normais e dos *orários malu'os dos fil*os3 ao longo de um período de 'in'o anos de telefonemas da es'ola, de batidas na
porta da polí'ia e de diversas audi5n'ias no -uizado3 e, depois, atrav&s da dor e da vergon*a, por seu pedido de demissão do
Consel*o da igre-a# O irmão mais vel*o *avia partido o 'ora.ão dos pais mais vezes do que ele podia 'ontar# Ele se lembrava
das lágrimas e das ora.es do pai#
A imagem do pai orando antes das refei.es estava fiada em sua mente+ a 'abe.a in'linada, a voz suave 'om um tremor
o'asional+ <6ai, 'uide que 'ontinuemos a 'onfiar na 8ua bondade# Obrigado por 8ua fidelidade atrav&s de Cristo# 6or favor,
fa'a 'om que todos nós se-amos seguidores dUEle#
As palavras relampe-aram de novo+ <6apai esteve aqui2# E 6apai ven'eu# @em sempre ele estava feliz ) as vezes era
simplesmente *orrível estar perto d ele ) mas ele 'ontinuou trabal*ando3 -amais desistiu de suas responsabilidades# E
-amais deiou de se preo'upar 'om seu fil*o pródigo#

-%
Agora, aos setenta e quatro anos de idade, sofrendo indizivelmente 'om a re'ente morte da esposa, após meses de
sofrimento, ele ainda não estava disposto e animado# 0as deiava transpare'er uma 'alma que era mais do que resigna.ão#
Ele pare'ia esperan.oso+ não o tempo todo, mas, quando esta assim, era algo poderoso# Ele gostava de dizer+ <O mel*or
ainda está por vir# 6apai era real# Sua paião por Cristo pare'ia mais forte do que nun'a#
=uando ele orava, as palavras eram as mesmas, mas imensuravelmente mais ri'as# A 'abe.a in'linada, a voz suave 'om o
tremor o'asional+ <6ai, 'uide que 'ontinuemos a 'onfiar na 8ua bondade# Obrigado por 8ua fidelidade atrav&s de Cristo#
a.a 'om que todos nos se-amos seguidores dUEle#
Ele vira o fil*o mais vel*o voltar para o Sen*or, após dois divór'ios, ambos, o'asionados pelo adult&rio do fil*o# E sua (ni'a
neta, a fil*in*a mais nova da f il*a, *avia passado por quatro 'irurgias em seus tr5s anos de vida# Sem nen*uma garantia
para o futuro# Entretanto# o pai tril*ara o 'amin*o, e ainda o estava tril*ando, após sete d&'adas# 6apai ven'era #
As duas *oras da man*ã, por fim, ele fe'*ou a Bíblia# Fesitou, meio sem gra.a, então, in'linou a 'abe.a e numa voz suave,
que tremia levemente, ele orou+ <6ai, 'uide 'om que 'ontinuemos a 'onfiar na 8ua bondade# Obrigado por 8ua fidelidade
atrav&s de Cristo# 6or favor, fa.a 'om que todos nós se-amos seguidores dUE>e#U Em seguida, voltou para a 'ama e dormiu#
Sem ter a'ordado a esposa#
Km pai piedoso transmite tr5s mensagens ao fil*o+
:# >sso pode ser feito2
9# <4o'5 não está sozin*o2
"# <A'redito em vo'52
A maioria dos *omens em nossa gera.ão -amais re'ebeu nen*uma dessas mensagens de seus pais# Fa algo faltando nas
almas dos *omens sem pais#
=uando os tempos fi'am difí'eis, a 'oragem & es'assa# A es'uridão pare'e es'ura demais para ser adentrada# O futuro
pare'e negro# Os eemplos dos pais não dão, a muitos *omens, nen*uma razão para son*ar em se tornar *omens bons,
fortes, virtuosos, amorosos# 8alvez isso não possa ser feito, pensam eles# @ingu&m me 'onduziu# @ingu&m demonstrou que
isso pode ser feito#
8alvez desistir, transigir, permitir1se alguns momentos de prazer barato, só para aliviar a dor, não se-a má id&ia# 8alvez fa.a
sentido en'ontrar um 'amin*o mais largo, mais 'onfortável do que o 'amin*o estreito que tentamos tril*ar# =uem
realmente se importa, afinal? O que temos a perder? Supon*a que realmente 'aiamos em pe'ado óbvio# 0uita gente vai
menear a 'abe.a e d izer+ 4o'5 ouviu o que a'onte'eu 'om 6edro? Eu *em que des'onfiava dele# Será que ele realmente
'on*e'ia o Sen*or? Ele bagun.ou mesmo as 'oisas# Ouvi dizer que a esposa dele está sofrendo muito# Eles provavelmente
se divor'iarão#
@ingu&m se importará# @ingu&m nos pro'urará e nos fitará 'om ol*os de esperan.a# E isso dói# az 'om que as nossas
amizades atuais signifiquem menos#
=uando um pai fal*a 'om seu fil*o, ele introduz batal*as adi'ionais na vida do fil*o, batal*as que o fil*o nun'a devia ter de
travar# =uando um *omem nun'a ouve outro *omem de'larar, ao longo de sua vida, que mover1se 'om firmeza rumo a
maturidade & possível, independente do que a vida traga3 que algu&m sempre se importou e sempre se importará 'om ele,
e que algu&m respeita o seu 'ora.ão e sabe que ele pode ven'er ) o *omem que nun'a ou ve essas afirma.es
eperimentará, no 'entro de seu ser, um profundo bura'o que late-a 'om dor desesperadora# alta1l*e algo que deveria
estar ali ) e estaria ali, se o pai tivesse desempen*ado bem a sua fun.ão#
Este 'apitulo & um
rela'ionamento 'om'*amado
seu pai#para queouos&*omens
Se foi fa.am duas
uma de'ep.ão 'oisas#
severa, 6rimeiro
admita , enfrentem a realidade do seu
a perda#
Abra'e a tristeza# C*ore por dia# <@ão l*e passe uma demão de 'al 'om frases que pare'em 'ristãs+ Bem, ele fez o mel*or
que podia, <i'o agrade'ido por não ter sido pior, <eus deve ter tido algum propósito em tudo que permitiu# Enfrente os
fatos in'ontestáveis# Como todas as suas for.as, vo'5 dese-a que as 'oisas tivessem sido diferentes# 4o'5 gostaria que
fossem diferentes, agora, mas não 'onsegue pensar numa forma de faz51las mel*orar# E isso dói#
Enfrentar as 'oisas 'omo elas são, pode liberar a fome por 'on*e'er seu 6ai 'elestial, que está em seu 'ora.ão, mas só se a
dor não degenerar em uma amargura que apenas fi'a ali, ignorada e in'onteste# Kma per'ep.ão mais aprofundada do seu
anseio por um pai, pode despertar sua memória sobre os *omens que, em sua vida, tem sido 'omo pais para vo'5# >sto,
talvez, se d5 de forma imperfeita e in'ompleta mas, ainda assim, será bastante signifi'ativo#
Seu 'ora.ão pode se aque'er ao se lembrar de um avP, um tio, um pastor de -ovens, um professor do 'olegial, um treinador
esportivo# 8alvez, vo'5 re'on*e.a um pai espiritual em Meremias, ou Elias, ou Mó, ou 6edro, *omens que lutaram, que
fra'assaram, que se sentiram abandonados e sós, que 'on*e'eram a fidelidade de eus atrav&s da prova.ão e da dis'iplina
) *omens, 'u-as vidas, l*e dizem que isso pode ser feito# 0as# enfrente a realidade de seu rela'ionamento 'om seu pai#
Essa e a primeira 'oisa#
Segundo, desenvolva uma visão do que vo'5 pode signifi'ar para os outros *omens, parti'ularmente aos * omens mais
-ovens, que o seguem no 'amin*o# O vazio de não ter um pai piedoso não será preen'*ido quando vo'5 se tornar um pai
piedoso para outra pessoa3 talvez tome a dor mais aguda# 0as, o vazio, será rodeado por um senso de propósito# E isto l*e
trará alegria ) aquele tipo diferente de alegria, que apóia a pessoa em seu sofrimento, em vez de por um fim a esse
sofrimento3 uma alegria estran*a, que mais pare'e uma razão para prosseguir, 'omo as sensa.es boas de uma 'rian.a no
@atal#
-(
Os rapazes da fa'uldade podem ser mentores dos que estão no 'olegial# 6odem sair -untos, 'omer uma pizza, 'onversar
sobre garotas, notas e regras, ensiná1los a -ogar t5nis ou 'onsertar 'arros, ou usar o 'omputador# Fomens 'om seus
próprios fil*os tem uma oportunidade e uma responsabilidade óbvia de transmitir a mensagem trípli'e da paternidade aos
rebentos# Fomens sem fil*os tanto os 'asados quanto os solteiros% e pais mais vel*os, que v5em os fil*os adultos apenas
uma vez por ano, podem, todos, ser pais espirituais de outros *omens, em suas 'omunidades# Este 'apítulo & um '*amado
aos *omens, para que vislumbrem o que podem signifi'ar aqueles que os estão observando#

#$G( 6A$CA( +& U6 PA P&+'('

6ai piedoso & o *omem que 'ompreende o que signifi'a para seus fil*os3 que se sente *umilde, pelo gozo irresistível do
impa'to do que pode fazer para eus e, aterrorizado, pelo dano que pode 'ausar# Ele se sente, ao mesmo tempo,
empolgado e temeroso# 6or 'ausa de sua 'onfian.a em eus, a emo.ão & maior#
Ele anseia per 'onduzir o fil*o, pelo eemplo manso e pou'as palavras, rumo a mas'ulinidade piedosa# Como a mul*er se
esfor.a para dar a luz um beb5, assim esse *omem luta para apresentar um fil*o piedoso# @a agonia do seu dese-o, ele &
'omo eus, que de'lara+ “como mulher em trabalho de arto, eu grito, gemo e resiro ofegante” >s ;9#:;%, quando
ante'ipa 'orrigir todos os erros e 'onquistar para si o Seu povo#
Km pai piedoso & impelido adiante por seu elevado '*amado de agradar a Seu 6ai 'elestial, de tornar1se 'omo o il*o e de
entregar1se ao Espírito# 0as, o '*amado de passar a gera.ão seguinte o seu 'on*e'imento de eus, tamb&m, & forte# Ao se
esfor.ar por *onrar seu '*amado de pai, lembrar1se de eus e falar para dentro da es'uridão de uma forma que perpetue a
lembran.a, esse *omem faz tr5s 'oisas que o mar'am 'omo pai piedoso#

Barca 19 &le trilha um bom caminho a vista do filho,ara fazer com !ue este saiba9 “Nsso ode ser feito:”.

@ão *a nen*um senso de eibi.ão, nen*uma pose assumida, para impressionar o fil*o# Ele simplesmente tril*a o 'amin*o
que eus estabele'e para ele, porque 'onfia em eus# 0esmo quando não *a nen*uma evid5n'ia para respaldar essa
'ren.a, ele se agarra ao que sabe ser verdade sobre eus# Ele ouviu eus falar, atrav&s de Sua 6alavra, e a'redita no que
eus disse#
O pai piedoso & um *omem de f& 'u-as tristezas, embora profundas e permanentes, não eliminam a alegria pelo menos
não por muito tempo%3 'u-os fra'assos, nun'a são usados para -ustifi'ar a agressividade3 'u-as lutas, que o tentam a desistir,
nun'a o dominam# Sem ele saber, o semblante do pai piedoso bril*a de vez em quando# @ão são muitos os que v5em isso,
mas, alguns, fi'am fas'inados pelo bril*o de sua paião por Cristo, uma paião que reduz os que observam a respeitoso
temor#
=uando ele des'obre que sua vida tem en'ora-ado profundamente seu fil*o a tril*ar o mesmo 'amin*o, fi'a surpreso ) e
grato# Ele & pego desprevenido quando as pessoas falam 'alidamente de sua influ5n'ia# Está tão 'onsumido pela glória de
Cristo que não per'ebeu que um pou'o dela se transferiu para si#
O pai piedoso não finge# A vida & difí'il e ele o sabe# Os espin*os e 'ardos o perfuram, as vezes arran'ando1>*e sangue e, as
ervas danin*as, o frustram# 4iver fora do -ardim e freqGentemente difí'il e o'asionalmente terrível# Aqueles que o
observam sabem que ele luta#
As vezes, ele está mais 'ons'iente do fra'asso do que do 'res'imento# 6ergunte a um *omem amadure'ido se ele &
amadure'ido e este mudará desa-eitadamente de assunto# =uando reflete sobre si, 'om 'erteza, ele fi'a espantado por
eus deleitar1se nele e, entriste'ido, por ter 'ustado a eus, Seu il*o, para tornar isso possível#
O pai piedoso & um 'ontador de *istórias# Ele ensina, porem, mais atrav&s de *istórias, do que de sermes# Ele sabe que
li.es envoltas em *istórias penetram mais profundamente e permane'em por mais tempo# Ele 'onta *istórias dos seus
son*os de infLn'ia que deram lugar / dura realidade da vida adulta# Ou.a uma *istória que meu pai me 'ontou num 'arta
re'ente+
<Kma lembran.a & etremamente vivida# Era meu d&'imo segundo aniversário# Eu estava impressionado 'om o advento da
adoles'5n'ia# 8reze anos me pare'ia tão vel*o3 afinal, mais um pou'o e eu '*egaria aos vinte# E eu -á tin*a 'on*e'ido
alguns su-eitos que tin*am se 'asado 'om vinte anos#
Sentei1me 'om 0amãe na varanda dos fundos de uma espl5ndida mansão em C*estnut Fill# 8ia 7ilI era governanta ali e
tin*a permissão de deiar mamãe passar o 4erão lá enquanto a <realeza via-ava pela Europa# Eu estava tentando 'ontar a
mamãe 'omo tomaria 'onta dela quando 'res'esse# 0orávamos na 'asa da rua BaInton, naquela &po'a, e eu estava vendo
mamãe na mansão na qual estávamos no momento, sendo eu o provedor# Como disse o poeta+ <Era ignorLn'ia infantil, ao
menos pare'ia ser# A vida & bem assim+ Os son*os se desvane'em quando a dura realidade sobrev5m#
Essa *istória de meu pai me fez saber que ele 'erta vez teve son*os, eatamente 'omo eu os tive# Alguns dos seus son*os
mais 'aros foram destruídos, apesar disso ele ainda bus'a a eus e vive fielmente#
6ais piedosos 'ontam outras *istórias sobre nobres son*os que se realizaram, de vitórias e derrotas, da mão de eus em
suas vidas, daquelas, pou'as vezes, em que um vislumbre e eus os 'egou para tudo o mais, daquelas, muitas vezes, em

--
que a vida simplesmente pare'ia difí'il demais#
Como um *omem mais mo.o pode ver ) ao ouvir *istórias assim ) um *omem mais vel*o -á abriu a tril*a, -á passou por
aquele 'amin*o antes dele3 então, o mais -ovem 'ome.a a per'eber que 'ada uma de suas próprias lutas -á foi enfrentada
antes# Assim, ele sente uma esperan.a 'álida ban*ando sua alma abatida, animando1o, 'om for.a e 'oragem renovadas#
<>sso pode ser feito2 diz o -ovem# <Ele o fez# Ol*e para ele# Ele enfrentou tudo o que enfrento, suportou o mesmo medo e
sofrimento e fra'asso, fez as mesmas perguntas e ouviu o mesmo sil5n'io que me enfure'e# E ainda 'onfia em eus# Ele
'onseguiu# >sso pode ser feito2

Barca >9 De vez em !uando ele se volta e olha ara o filho, ara fazer*lhe saber9” Locê não est- sozinho:”.

O pai piedoso tril*a o bom 'amin*o, sabendo que seu fil*o está 'amin*ando trinta anos atrás de si# O fil*o observa por trás
e, sem dialogar 'om o pai, ouve a mensagem+ isto pode ser feito#
e quando em quando, num 'ronograma que pare'e frustrantemente aleatório e totalmente imprevisível, o bom pai pára,
volta1se, e fita seu fil*o# At& que se volte, o fil*o sente a distLn'ia entre ele e o pai, não uma distLn'ia fria, árida, mas,
mesmo assim, uma distLn'ia# Ele anela por ouvir mais do pai do que a mensagem dada por seu eemplo, a mensagem de
que realmente & possível permane'er fiel ao '*amado que re'ebeu 'omo *omem# Ele quer se sentir ligado, ouvido, levado
em 'onta# Ele anseia por saber que o *omem que o aplaudiu na 'ompeti.ão de -udP na adoles'5n'ia e que se levantou
orgul*osamente para aplaudir, na sua formatura de fa'uldade, ainda está envolvido, ainda está interessado, ainda traz o
fil*o no 'ora.ão# Signifi'a muito para o fil*o adulto per'eber que o pai está de -oel*os diante do trono, men'ionando o
nome do fil*o e saber que o pai sente a dor de toda luta ) e o gozo de toda vitória ) na vida do fil*o#
=uando o pai se volta, o fil*o re'ebe um ol*ar que apaga toda d(vida+ <6apai ainda se importa# @ão estou sozin*o2 O pai
piedoso se volta para o fil*o ) talvez numa 'arta, num telefonema, numa visita ) não para instruir ou admoestar# Fa uma
*ora e um lugar para esse tipo de 'omuni'a.ão, mas o propósito 'entral do pai & ouvir# =uando se volta, ele não fala,
'onvida# 0esmo aquelas 'artas nas quais o pai não 'onsegue resistir a uma palavra de 'onsel*o ofere'em mais do que
impem re'omenda.ão# Ele respeita o enorme direito e responsabilidade do fil*o de fazer suas próprias es'ol*as#
=uando seus ol*os se en'ontram, mesmo antes de falar, o fil*o Se sente ouvido# 8alvez seu pai tivesse se voltado naquele
momento ) e não antes ), porque ele per'ebeu que o fil*o pre'isava falar# O Espírito de eus muitas vezes traz o fil*o a
mente de um pai amoroso que, então, apan*a o telefone# 7embro1me, e sinto as lágrimas aflorando quando o fa.o, da noite
em que meu pai telefonou e disse+ <Eu não 'onseguia tirar vo'5 da 'abe.a ontem a noite# A'*ei que era eus tentando me
dizer algo a teu respeito# il*o, está a'onte'endo alguma 'oisa 'om vo'5, algo pelo que eu possa orar?
Km pai piedoso pensa freqGentemente no fil*o# e vez em quando o pensamento vem 'om uma for.a que o faz parar e
ol*ar para trás# E quando se volta, ele se in'lina para o fil*o, 'olo'ando o ouvido perto da bo'a do fil*o 'omo que a dizer+
<@ão quero perder nen*uma palavra do que vo'5 diz#
E eatamente o que eus faz 'om seus fil*os que Se lembram dUEle+ <###o Sen*or os ouviu 'om aten.ão### <0l "#:$%# Ele
ouviu uma voz que l*e '*amou a aten.ão, então, in'linou1se para ouvir# Esse & o signifi'ado de <atentava e ouvia#
Sua mensagem ao voltar1se & 'lara+ <4o'5 nun'a está longe do meu pensamento e está sempre no meu 'ora.ão# Estou 'om
vo'5# 4o'5 não está sozin*o# O pai piedoso dá uma amostra do 6ai 'elestial que sempre ouve, o eus que re(ne todas as
lágrimas num fras'o, guardando1as at& o dia em que revelará seu bom propósito 'ontido em 'ada prova.ão que Ele poderia
ter impedido#do pai piedoso & ouvida pelo fil*o+ <4o'5 não está sozin*o# Estou ouvindo# Ou.o a sua dor# Eu nun'a l*e 'ontei
A mensagem
os detal*es das min*as batias 'om a las'ívia, 'obi.a e orgul*o e, vo'5, nun'a me 'ontou as suas# 0as sei que elas estão ai#
@ada me '*o'aria# Eu tamb&m sou *omem# E nada 'olo'a vo'5 al&m do al'an'e do amor de eus# Sua gra.a & tão maior do
que o nosso pe'ado, quanto a 8erra & maior do que um grão de areia# Somos ambos *omens de'aídos, que ainda não foram
libertos da presen.a do pe'ado# Sei que a vida & dura, as vezes, apavorante, muitas vezes indizivelmente dolorosa# Eu sofro
'om vo'5 quando vo'5 se preo'upa 'om problemas de din*eiro, de'ep.es na 'arreira, problemas na família# Sinto o peso
de suas perguntas e ora.es não respondidas3 'on*e.o a es'uridão que vo'5 sempre enfrenta# 0as sei o que eus
prometeu fazer# 6ortanto, posso ouvir sobre os seus problemas sem 'air aos peda.os ou pre'isar salvá1lo# Em suas alegrias e
tristezas, eu l*e dou a min*a presen.a# Eu estou 'om vo'52#
Essa & a mensagem do ol*ar desse pai# Em resposta, o fil*o se sente in'linado a falar# Ele não 'onta tudo ) & mel*or
'ompartil*ar alguns segredos 'om irmãos ) mas aquilo que ele 'onta & ouvido# @ada signifi'a tanto para um *omem que
está lutando, quanto saber que algu&m que Se importa está 'onsigo, não, eigindo re'on*e'imento e apre'ia.ão, mas,
simplesmente, querendo estar ali para se importar e ser disponível, aten'ioso e a'ol*edor# Ao falar ao pai que o ouve, ele
en'ontra 'oragem para se adiantar mais, ao longo do 'amin*o es'uro, / frente, sabendo que o pai -á esteve ali e agora está
'om ele#

Barca P9 &le retoma sua caminhada rumo a Deus. cofiando em Deus ara orientar seu filho a segui*lo, dizendo com isso9
“credito em você:

O pai piedoso não passa todo o seu tempo ouvindo o fil*o# @osso !rande Sumo Sa'erdote pode fazer isso, mas o pai
-.
*umano não ) e nem deve# Se ele ouvir demais ou se envolver demais nas preo'upa.es do f il*o, ofere'erá a-uda demais
ou se tornará desanimado, 'íni'o ou zangado# Ele pode mandar o din*eiro que livraria o fil*o de uma oportunidade difí'il de
'res'imento, ou, frustrado, daria 'onsel*os que levariam a uma luta pelo poder+ <D mel*or vo'5 fazer o que estou dizendo,
ou realmente vai bagun.ar as 'oisas2
6ais piedosos t5m 'oisa mais importante para fazer do que ouvir seus fil*os# 6or breves temporadas, ouvir pode tornar1se
uma prioridade prin'ipal# 0as, o padrão da vida do pai pre'isa refletir seu 'ompromisso de permane'er no 'amin*o
estreito, quer o fil*o o este-a seguindo ou não#
7embro1me de ter dito a um de meus fil*os, durante um período difí'il+ <4o'5 pode partir o meu 'ora.ão, mas não pode
destruir a min*a vida# Seguirei a Cristo independente do que vo'5 fizer# 0in*a vida está es'ondida em Cristo# 4o'5 &
importante mas não & poderoso#
=uando o pai piedoso retoma a sua 'amin*ada e faz dessa 'amin*ada um padrão 'ara'terísti'o, ele 'olo'a o fil*o no devido
lugar# Ele tira o fil*o da posi.ão insuportável de ser o 'entro de sua pai% vida# Então, liberto de um fardo que não pode
administrar e do qual# eventualmente, se ressente, o fil*o, estará mel*or 'apa'itado a dar alegremente ao pai, aquilo que
possui e & 'apaz de dar#
=uando o pai dá as 'ostas ao fil*o, quebrando o 'ontato ol*o a ol*o para, novamente, fiar os ol*os em Mesus, o fil*o sabe
que ele não estará l*e dando as 'ostas por re-ei.ão ou indiferen.a# Somente a perspe'tiva de 'on*e'er mel*or a eus
poderia levar o pai a se voltar para outra dire.ão# O pai piedoso sabe que o fil*o está em boas mãos, mais poderosas do que
as suas e aprende a des'ansar#
O pai que des'ansa signifi'a muito para o fil*o# 6ais preo'upados transmitem a epe'tativa de que os fil*os en'ontrarão
alguma forma de bagun.ar a vida# 6ais tranqGilos 'omuni'am que os fil*os são responsáveis pelas es'ol*as que fizerem
diante de eus, um eus que moverá C&us e 8erra para gan*á1los / obedi5n'ia#
A vida do pai piedoso demonstra a primeira mensagem+ que & possível ) não importa o que a vida traga ) seguir a Cristo#
Sua presen.a assegura ao fil*o que ele não está sozin*o# Algu&m se importa 'om ele# Essa & a segunda mensagem# E sua
re'usa em pairar sobre ) fi'ar de ol*o nas 'oisas e 'arregar o fil*o quando este deveria en'ontrar for.as para 'amin*ar
pelos próprios p&s ) 'omuni'a a ter'eira mensagem+ a de que ele a'redita no fil*o# Ele a'eita o fil*o 'omo um indivíduo
responsável por suas es'ol*as e, pela gra.a de eus, 'apaz de fazer boas es'ol*as, 'apaz d e se levantar após uma queda#
<>sso pode ser feito2
<4o'5 não está sozin*o2
<A'redito em vo'52
@en*um *omem ouviu essas mensagens tão 'lara ou 'ontinuamente quanto dese-a# 6ais piedosos, /s vezes, fal*am3 eles
o'asionalmente se intrometem, dependem demais dos fil*os ou se tornam tão preo'upados 'om suas próprias lutas que -á
não ouvem bem# reqGentemente, eles se preo'upam# Suas perguntas transmitem falta de 'onfian.a na 'apa'idade dos
fil*os ven'erem#
6re'isamos não eigir perfei.ão de nossos pais# Antes, pre'isamos pro'urar padres# 6re'isamos aprender a apre'iar pais
imperfeitos mas, piedosos, que 'onseguem voltar ao bom 'amin*o, que demonstram seu 'uidado genuinamente mesmo
que 'om menor freqG5n'ia do que dese-amos%, e que sabem algo sobre des'ansar na soberania de um eus bondoso#
A triste verdade, 'laro, & que a maioria dos *omens não tem pais piedosos# 6ouquíssimos *omens 'onseguem apontar um
*omem mais vel*o em suas vidas que ten*a 'omuni'ado poderosamente essas tr5s mensagens# A maioria ouviu tr5s
mensagens muito diferentes
:# <D difí'il demais viver 'omoberradas emKm
eus eige# seus ouvidos+
pou'o de transig5n'ia, um pou'o de alívio 'om o qual eu possa 'ontar,
alguma possibilidade de fazer o que me faz sentir bem a meu respeito agora, são ne'essários# Kma vida verdadeiramente
piedosa? >sso não pode ser feito#
9# <Claro que me importo 'om vo'5# 8udo bem, e daí se eu não ou.o tão bom ouvinte? Ora, ten*o meus próprios
problemas# 4o'5 deveria ser grato, isto sim, por tudo o que eu l*e fiz quando vo'5 era 'rian.a# =uem sabe, agora, talvez
ten*a '*egado a min*a vez de re'eber um pou'o de aten.ão? Eu realmente não me importo 'om vo'5#
"# <Ol*e, a vida não está nada fá'il, sabia? 4o'5 tem alguma id&ia do que & fi'ar vel*o? Bem, algum dia vo'5 vai des'obrir#
Estou fazendo o mel*or que posso# Sei que não & tão bom# 0as, duvido que vo'5 vá se sair muito mel*or#
O fil*o de trinta e quatro anos de um próspero empresário aproimou1se do leito de morte do pai# As (ltimas palavras que
ouviu de seus lábios foram+ eiei a min*a firma para vo'5 no testamento# Se eu tivesse tido outro fil*o, deiaria para ele#
4o'5 & quem manda agora# <0in*a previsão & que vo'5 levará 'er'a de um ano para destruir tudo que levei a vida toda
para 'onstruir#
Aquele fil*o teve muita difi'uldade para en'ontrar 'oragem de 'ontinuar# Ele lutou 'ontra depressão, gastou o din*eiro
tolamente e bebeu demais# Algo vital estava faltando em seu 'ora.ão, algo que o pai poderia ter 'olo'ado ali#
O pai foi o 'ulpado dos fra'assos do fil*o? @ão# Seu 6ai Celestial *avia providen'iado tudo de que ele pre'isava para viver
uma vida fiel, responsável# 0as, aquele rapaz travou batal*as que não teria sido ne'essário travar# @o -ulgamento final
talvez ele re'eba um galardão maior por sua luta de toda a vida 'ontra a bebida do que eu re'eberei por tudo o que ensinei,
a'onsel*ei e es'revi#
Confronte a realidade de seu rela'ionamento 'om seu pai# Confronte1o *onestamente# Sofra 'om o que está faltando# Sinta
a ira provo'ada pela dor da neglig5n'ia# Qegozi-e1se 'om tudo que for bom# Ou.a as mensagens que a vida de seu pai
-
transmitiu#
Então agarre1se 'om seu 6ai 'elestial# Observe o il*o andar, perfeitamente, no 'amin*o estreito e saiba que a vida dUEle
está em vo'5, 'apa'itando1o a 'res'er em obedi5n'ia e a nun'a desistir# >magine nosso !rande Sumo Sa'erdote ouvindo,
'ada vez que invo'amos Seu nome, depois, in'linando1Se para ouvir toda palavra, todo suspiro, todo grito# 4e-a Ele
as'ender ao C&us, 'om a 'onfian.a de que seus seguidores O seguirão, sabendo que Ele fará tudo o que for ne'essário para
'ontinuar nos atraindo at& estarmos 'om Ele# E pro'ure algu&m ) talvez um *omem mais vel*o, dis'reto, de sua igre-a, a
quem vo'5 mal notou anteriormente ) 'u-a vida l*e diga que isso pode ser feito, que vo'5 não está sozin*o, que ele
a'redita em vo'5#
epois, torne1se um desses *omens que transmitem serenamente boas mensagens aos mais -ovens, q ue os seguem pelo
'amin*o# Conte o pre.o de se tornar um *omem desses ) & enorme# 0as, valorize o privil&gio e antegoze a alegria# @ão *á
nen*um '*amado mais elevado do que representar eus a algu&m, vivendo a vida de um pai espiritual diante dele# 8orne1
se um presbítero#

-
Capítulo 1"

$6;'(M H'6&3( 7U& C'6PA$#5HA6 (&$&+'(

Aquilo tin*a a'onte'ido *á muito tempo# Então, por que sua lembran.a ainda disparava, pelos 'antos da mente, 'omo um
rato infestado de germes, ro.ando rodap&s de uma 'asa que, no mais, estava limpa?
A tenta.ão ainda estava ali# @ão o tempo todo, naturalmente3 /s vezes totalmente ausente# 0as, ele tin*a aquela
impressão, 'ada vez maior, que a qualquer momento o dese-o podia surgir 'omo um monstro saindo do mar, agarrá1lo pela
garganta e sub-ugá1lo#
>sso 'ome.ou quando ele tin*a onze anos, na primeira vez que foi a um a'ampamento# 8alvez, fosse o vazio 'riado pelas
saudades de 'asa que o deiaram tão pronto#
Seu amiguin*o ) de treze anos, -á mus'uloso, Vtimo atleta, do tipo <a'ampante1da1semana ) foi quem o en'ontrou
primeiro+ um bura'o na parede de uma das 'abanas das meninas# Kma 'urta 'amin*ada pelo mato e uma 'er'a, fa'ilmente
transposta, eram as (ni'as 'oisas que separavam o a'ampamento dos meninos do das meninas#
Ele nun'a sentira nada 'omo aquilo# 6ulando a -anela depois de apagadas as luzes, esgueirando1se 'omo uma unidade
espe'ial de 'omando atrav&s do mato, subindo silen'iosamente at& o bura'o# E depois, ol*ando3 um ol*o fe'*ado, outro
aberto ) bem aberto# A 'onsel*eira do a'ampamento das meninas deiava que elas fi'assem 'om as luzes a'esas depois
do toque de re'ol*er#
Será que aquelas pou'as noites deram iní'io a uma obsessão? 6or que o dese-o era tão forte, o prazer tão 'ompulsivo e tão
satisfatório que pare'ia uma parte irresistível da sua 'onstitui.ão mesmo agora, anos mais tarde?
@aquela mesma semana, no a'ampamento, ele dera a vida a Cristo# E foi real# Seus pais, que oravam por ele, vibraram#
@ingu&m soube o que mais *avia 'ome.ado durante aqueles dias#
esde então, a batal*a tin*a sido feroz# urante a adoles'5n'ia, *ouve alguns filmes que ele nun'a deveria ter visto, filmes
dos quais ainda não 'onseguia se esque'er# E *ouve, outros, quando ele estava 'om vinte e pou'os anos# epois teve
aquela visita tarde da noite ao 'lube <adulto#
Os filmes, ele admitia ) e at& espiar pelo bura'o ), estavam mais para travessuras do que para algo propriamente s&rio#
0as, duas *oras num 'lube 'omo aquele2 O pessoal alin*ado, amistoso3 um ambiente de normalidade que l*e a'almou a
'ons'i5n'ia at& ele sair pela porta pou'o antes da meia1noite#
>sso fora *á oito anos, quando ele estava 'om vinte e nove e 'asado, 'om dois fil*os e era, -untamente 'om a esposa, 'o1
patro'inador do grupo de -ovens da igre-a# Fo-e, ele estava 'om trinta e sete anos e os dois fil*os faziam parte do grupo de
-ovens que ele ainda dirigia# A maravil*osa surpresa da família ) uma garotin*a ) tin*a 'ompletado seis anos#
Como presidente do 'omit5 de misses, ele *avia dirigido duas re'entes viagens missionárias / Europa oriental3 a (ltima
viagem in'luiu toda a família# Sua vida pare'ia uma 'amisa bran'a, 'om uma man'*a de alimento 'oberta por uma gravata
'uidadosamente posi'ionada#
Favia o'asies em que, a id&ia de se entregar /queles antigos prazeres proibidos, pare'ia prometer1l*e algo que nada mais
poderia substituir in'lusive sua f& ) espe'ialmente não a sua f&# A simples id&ia de viver suas fantasias podia aliviar um
terror dentro de si# Ela 'olo'ava uma tampa no bura'o sem fundo que estava sempre ali, esperando 'om poder sinistro para
um dia sugá1lo em suas profundezas# Hs vezes, os prazeres do pe'ado, pare'iam seu (ni'o meio de sobreviv5n'ia, sua (ni'a
esperan.a de alegria#
@o 'amin*o de sua 'asa para o trabal*o passava a tr5s quarteires daquele 'lube# Apenas algumas pou'as vezes, em todos
aqueles anos, ele *avia saído fora da rota para passar por ele# Kma vez, diminuíra a velo'idade# 0as, nun'a '*egara a
esta'ionar o 'arro, quanto mais, des'er e entrar lá#
Em seus pensamentos, ele *avia gozado os prazeres a'essíveis dentro daquele pr&dio mil vezes# E se odiava por isso# 8oda
vez que a lembran.a se tornava uma imagem fo'alizada, ele se sentia vulgar, su-o, fra'o 1 mas, estran*amente vivo# 0esmo
quando a lembran.a estava apagada, ainda estava ali, querendo 'apturar sua mente#
@ingu&m sabia# Alguns anos antes, em seu grupo de *omens, ele admitira ter um problema 'om a las'ívia# Cada su-eito ali
ouviu 'om simpatia, mas, 'om o mesmo nível de interesse que a 'onfissão d e uma masturba.ão o'asional poderia ter
sus'itado#
Ele queria 'ontar a algu&m a *orrível verdade 'om detal*es sufi'ientes para deiar 'laro que seu pe'ado era grande, que
entregar1se a ele pare'ia o portal do 6araíso# 0as a quem ele poderia 'ontar? H esposa? @ão2 Ele não tin*a 'erteza do
motivo, mas não# Seu pai? Outro 'laro <não# 6are'ia1l*e impróprio#
ois presbíteros nomeados na igre-a desta'avam1se bem mais do que apenas administradores do minist&rio# Ambos eram
bons *omens e piedosos, tamb&m, mas, de uma maneira 'onven'ional# Eles pare'iam mais estátuas do que vivos# Ele podia
imaginar sua rea.ão+ sin'era preo'upa.ão, promessas de orar, mas, nen*um a'ompan*amento, e'eto, talvez, por um
o'asional+ <Como está indo a luta? Ainda estou orando por vo'52#
Seus tr5s amigos mais íntimos faziam piadas demais sobre assuntos pi'antes# Ele se ressentia disso# Qe'usava1se a 'orrer o
ris'o de tornar1se o ob-eto de seu *umor irreverente# Stan##
O nome nun'a l*e o'orrera antes 'omo um poten'ial 'onfidente# Ele o 'on*e'ia razoavelmente bem# Os dois tin*am

.
almo.ado -untos, algumas vezes, passado mais de um ano no mesmo grupo de estudo bíbli'o e 'ompartil*ado uma noite de
longa 'onversa# Stan era um su-eito preo'upado, apaionado, determinado, lutador, nun'a irreverente ) ele era engra.ado,
mas, nun'a irreverente2 8in*a a mesma idade que ele, talvez fosse um ano mais mo.o#
Ele levou oito meses, mas, finalmente 'onseguiu ) 'ontou seu segredo a Stan# @ão *avia nele nen*um detal*e es'abroso,
mas fora uma 'onfissão 'lara de pe'ado e terror reais#
Stan o ouviu 'om aten.ão# ez algumas perguntas, mas nen*uma que en'ora-asse detal*es espe'ífi'os, desne'essários# E
nem emitiu palavra ou epressão fa'ial que transmitisse respeito diminuído ou menosprezo# Sua 'onversa pare'eu limpa,
dignifi'ada, importante# Stan não ofere'eu qualquer 'onsel*o, não fez nen*uma tentativa de interpretar ou epli'ar a luta,
não trivializou nen*uma verdade# Ele falou mais sobre uma visão+
de 'omo a vida de ambos poderia ser em um ano ) em dez anos ) / medida que o Espírito de eus fosse ven'endo# A
visão não foi transmitida 'om um espírito de+ <Ol*e relae2 4o'5 vai estar bem2 <, mas, mais 'om um sentimento de <6ense
no que poderia ser2 @ão desanime2 >sso vale qualquer pre.o2 E ele se ofere'eu para 'onversar mais#
>sso fora *á mais ou menos um ano# A luta 'ontinuou# O monstro 'ontinuava ato'aiado nas profundezas, mas ele se sentia
mais limpo, mais esperan.oso, 'apturado por um poder maior que o atraía para algo mais elevado#
esde então, ele *avia passado pelo 'lube uma vez# 8eve um impulso de entrar# 6or um momento, entrar ali pare'ia sua
(ni'a esperan.a de se sentir vivo# Entretanto, o pensamento de resistir ao impulso, de não entrar, de prender a fantasia do
que estava lá dentro, l*e pare'ia algo importante, por vezes at& 'ompulsivo3 voltar as 'ostas a esses prazeres fazia 'om que
se sentisse parte de algo maior# Antes, dizer <não ao pe'ado, pare'ia apenas obede'er a uma ordem, algo que fazia para
evitar a 'ensura, 'omo dirigir dentro do limite de velo'idade quando um 'arro1patrul*a apare'e no seu espel*o retrovisor#
Stan l*e telefonara tr5s vezes naquele ano, desde que 'onversaram# uas vezes ele telefonara a Stan# Eles se en'ontraram
em parti'ular apenas uma vez, para um longo 'af& da man*ã num sábado# alaram sobre Cristo, visão, poder3 apenas um
pou'o sobre lutar 'ontra o pe'ado# Eles ainda estavam no mesmo grupo de estudo bíbli'o# urante as noites em que o
grupo se reunia, eles riam -untos, tro'avam *istórias de trabal*o durante o lan'*e, tro'avam brin'adeiras 'onfortavelmente
e, /s vezes, dis'utiam a passagem que o grupo a'abara de estudar# Eles se misturavam naturalmente 'om os outros#
@en*um dos dois sentia pressão para se isolar num 'anto#
Ele 'ome.ou a sentir1se um pou'o mais 'onfortável 'om a palavra vitória# Ela agora não 'ontin*a nen*um tra.o de
'ompla'5n'ia, nen*um pensamento de ter amadure'ido al&m da apavorante realidade da depend5n'ia# 4itória, agora
signifi'ava esperan.a, propósito e movimento rumo a uma visão irresistível#
Ele se sentia mais presente 'om a esposa durante suas temporadas de 'onflito# Estava mais 'ons'iente de ter algo para
passar aos fil*os, e mais ansioso por faz51lo# Estava mais faminto por eus e sentia mais paião pela vida, As tenta.es
seuais, embora ainda fortes, pare'iam menos amea.adoras do que o bura'o negro que ainda podia puá1lo a suas
profundezas sem sentido# E o terror do bura'o negro pare'ia, /s vezes, menos poderoso do que sua fome de 'on*e'er a
Cristo#
8odas as vezes que ele ouvia algu&m dizer a palavra <irmão, a imagem de Stan l*e vin*a / mente#
Os pais nos en'ora-am ao mostrarem o 'amin*o, ao 'amin*arem / nossa frente, nos liderando pelas tril*as# Os irmãos nos
en'ora-am ao 'ompartil*arem 'onos'o nossas lutas, ao 'amin*arem ao nosso lado#
@um estudo informal 'om quatro mil *omens, um, em 'ada dez, de'larou que *avia, em sua vida, algu&m a quem ele
ol*ava 'omo pai# Apenas um grupo muito reduzido de *omens eperimenta o en'ora-amento de outro *omem, 'u-a vida
pro'lama+ <>sso pode
A mesma pesquisa ser feito2
indi'ou que 4o'5 não estáem
um *omem, sozin*o2 A'redito
'ada quatro, emum
tin*a vo'52
irmão+ não apenas outro rebento mas'ulino dos
mesmos pais, mas, algu&m '*egado, diante de quem não sentia vergon*a alguma#
Se essa pesquisa for 'orreta, noventa *omens, em 'ada 'em, não t5m pais ) são *omens sem um mentor# Setenta e 'in'o,
desses mesmos 'em, não t5m nen*um irmão ) são *omens que vivem 'om segredos#
Fá segredos de diversas esp&'ies# Segredos envolvendo eventos espe'ífi'os, lembran.as de 'oisas que os outros nos
fizeram, ou 'oisas que nós mesmos fizemos# Fá realidades internas se'retas+ impulsos, interesses, lutas, motivos,
pensamentos, 'ren.as ou sentimentos que 'onsideramos ina'eitáveis, que a'*amos que estragariam qualquer
rela'ionamento, no qual fossem 'on*e'idos# Hs vezes as 'oisas que es'ondemos são impresses vagas, mas poderosas,
geralmente envolvendo uma sensa.ão anPnima, mas apavorante, de nossa própria indignidade3 uma sensa.ão que,
tememos, os outros 'onfirmariam, se l*es fosse dada a oportunidade#
Os segredos t5m tr5s efeitos prin'ipais+

:# Eles enfraque'em a 'oragem


9# Eles isolam aqueles que os guardam, da 'omunidade
"# Eles 'orroem uma sensa.ão legítima de 'onfian.a pessoal

6ara entender o dano letal 'riado por esses efeitos, lembre1 se da defini.ão trípli'e de mas'ulinidade+

.1
Os *omens são '*amados para+
:# Ol*ar profundamente para dentro do mist&rio, para enfrentar *onestamente a 'onfusão não solu'ionada da vida#
9# Se lembrarem do 'aráter e dos atos de eus, para ver a *istória invisível de eus revelada nas Es'rituras e nos eventos de
nossas vidas#
"# Adentrarem o 'aos da vida, 'om o poder de restaurar a ordem e liberar a beleza#
Os tr5s efeitos de guardar segredos apresentarão obstá'ulos substan'iais aos *omens que anseiam por *onrar seu '*amado
trípli'e# 6ermita1me epli'ar#

&feito 19 $s segredos enfra!uecem a coragem, diminuindo as robabilidades de os homens olharem rofundamente ara
dentro do mistério.

8odo *omem se questiona se tem o indispensável para sobreviver ao desafio de ol*ar *onestamente a vida# Os *omens
'om segredos estão 'onven'idos de não o ter#
Em 'onversas 'onsigo mesmos, que /s vezes não ouvem 'ons'ientemente, os *omens 'om segredos se perguntam+ <Como
um *omem 'omo eu poderia enfrentar os verdadeiros desafios da vida? Como eu poderia entrar na 'onfusão dos
rela'ionamentos e me agGentar ali 'om o poder de fazer o bem, quando sei 'omo realmente sou? 0in*a (ni'a esperan.a &
fi'ar tão longe daquilo 'om que não posso lidar, que nun'a se-a eposto o *omem inadequado que sou# O mel*or que
posso fazer & en'ontrar algo que eu possa fazer bem e dedi'ar1l*e todas as min*as energias#
Os *omens que guardam segredos vivem apavorados 'om a possibilidade de serem des'obertos# 0as, *á outra 'oisa que os
aterroriza mais+ o medo menor ) revela.ão de algo que eles sabem e que ningu&m mais sabe ) /s vezes os protege de
terem de enfrentar o medo maior# Como o *omem tão preo'upado 'om o tornozelo tor'ido que não nota a dor no peito, os
*omens podem fo'alizar a aten.ão no que estão es'ondendo a fim de não terem de enfrentar algo muito pior#
=uando o *omem 'onta seus segredos, sua primeira rea.ão, freqGentemente, & de alívio# 0as logo ele se 'ons'ientiza de
um medo mais profundo# Os *omens sem segredos energam muito mais 'laramente a natureza apavorante da eist5n'ia,
sua profunda in'ontrabilidade, e seu poder de destruir qualquer son*o# =uando ultrapassamos os nossos segredos, aos
quais estamos apegados, eles pare'em triviais / luz do que então 'ome.amos a enfrentar#
7entamente /s vezes demora anos%, nos 'ons'ientizamos de um bura'o negro es'an'arado / frente que amea.a nos tragar
em suas profundezas# As presses 'otidianas da vida ) 'ontas por pagar, fil*os rebeldes, 'onflitos rela'ionais ) pare'em
apenas a ponta de um i'eberg# Algo mais está de to'aia por baio, uma for.a sinistra, que está providen'iando para que
nossas vidas desabem ao nosso redor e nos deiem na mis&ria, sozin*os, sem nen*uma esperan.a de es'ape#
!uardar segredos & 'ovardia# >sso a-uda a nos manter afastados do desafio, muito mais signifi'ativo, e que 'onfronta todo
*omem, de ol*ar para dentro da es'uridão de uma vida que não faz sentido e, nessa es'uridão, mover1se 'om alegria# Os
*omens que guardam segredos -amais en'ontram a 'oragem de ol*ar para o mist&rio da vida# Eles não estão / altura do
primeiro elemento do '*amado / mas'ulinidade#

&feito >. $s segredos encoraam o isolamento, dificultando ver a mão de Deus na comunidade e, ortanto, dando aos
homens, menos do !ue se lembrar.

O isolamento & talvez o efeito mais óbvio de quem guarda segredos# Sentimo1nos sozin*os, desligados, deslo'ados,
estran*os, numa turma / qual queremos perten'er# Os segredos 'riam distLn'ia entre as pessoas#
=uando eu era adoles'ente, sofri 'om um 'aso grave de a'ne no peito# 6or mais de um ano, 'oloquei gaze 'om rem&dio
sobre uma ferida aberta em formato de retLngulo, de uns dez por quinze 'entímetros# @ingu&m, fora da min*a família
e'eto o m&di'o que me tratava%, 'on*e'ia o segredo que eu mantin*a es'ondido sob a 'amisa# Antes e depois da aula de
ginásti'a, eu me tro'ava rapidamente, de frente para a parede enquanto abotoava a 'amisa# @un'a tomei ban*o na es'ola#
iz o que foi pre'iso para manter o meu segredo# E essa tarefa era muito mais signifi'ativa para mim do que envolver1me
em oportunidades so'iais# Em todo grupo, eu tin*a 'ons'i5n'ia de estar es'ondendo algo que, se des'oberto, me 'olo'aria
/ parte 'omo algu&m+ diferente, desfigurado, um '*ato 'om quem era difí'il de se 'onviver# Eu -amais relaava o sufi'iente
para estar despreo'upado num grupo, agindo 'om uma naturalidade que eu ansiava sentir#
O mesmo a'onte'e 'om todo *omem que guarda segredos, que vive para evitar a revela.ão daquilo que teme o rotule
'omo um intruso# Então, o que ele teme l*e sobrev5m# E ele se en'ontra sozin*o, isolado da 'omunidade na qual deveria se
inserir# E isso a'onte'e não apenas na 'omunidade 'om as pessoas, mas, tamb&m, na rela.ão desses *omens 'om eus#
A gra.a possibilita 'olo'ar1nos desembara.adamente na presen.a de eus# Ela restaura o son*o de perten'er ao lugar a que
mais se dese-a perten'er# 0as, os *omens que guardam segredos nun'a 'on'retizam essa oportunidade# =ualquer que
possa vir a ser a sua postura eterna, seu *omem interior está sempre ol*ando para baio, longe da possibilidade de
'ontato 'om os ol*os de qualquer pessoa, espe'ialmente 'om os ol*os de eus#
O efeito & s&rio# Os guardadores de segredos sentem que alguma parte de si permane'e desligada, não apenas durante as
'onversas rotineiras, mas tamb&m, quando o tópi'o se volta para 'oisas espirituais# Esses *omens se sentem mais 'omo
bisbil*oteiros do que 'omo parti'ipantes3 'omo um garoto pressionando o rosto 'ontra a vitrina de uma 'onfeitaria
.2
fe'*ada# Eles re'ebem pou'o 'onforto de pensamentos sobre eus e nem ora.es ou estudos bíbli'os fazem 'oneão 'om a
fome em seu íntimo#
Esque'er1se de eus torna1se um modo de vida tão natural e tão ne'essário quanto respirar# 7embrar1se de eus, pensar
sobre Ele, falar 'om os outros sobre Ele, pare'e difí'il e for.ado# 6ensamentos seuais ou dis'usses sobre o ótimo -ogo de
futebol se ligam muito mais poderosamente 'om algo lá dentro# E manter eus fora de nossas mentes fa'ilita bastante
gozar nossos pe'ados se'retos#
Fomens 'om segredos não se lembram de eus da maneira 'omo Ele dese-a ser lembrado# Assim, deiam de manter viva a
lembran.a de eus em si ou de passá1la adiante aos o utros# Eles não estão / altura da segunda parte de seu '*amado para
serem *omens,

&feito P9 $s segredos corroem a confian%a, roubando aos homens a alegre articia%ão de se moverem com oder ara
restaurar a ordem e liberar a beleza na comunidade !ue os cerca.

Este ter'eiro efeito, resultante do ato de se guardar segredos, difi'ulta, aos *omens, at& mesmo se imaginarem adentrando
poderosamente na vida de outra pessoa#
Entre suas virtudes inigualáveis, o Evangel*o“...urificar- a nossa consciência de atos !ue levam 7 morte”
Fb X#:;%# Ele
tem o poder de silen'iar nossos a'usadores, de fe'*ar a bo'a daquele que se deleita em nos relembrar os fra'assos que
mais gostaríamos de esque'er# Kma 'ons'i5n'ia pesada emite uma mensagem destrutiva que difi'ulta ouvir o Espírito
sussurrar Sua mensagem vitalizadora+ <4o'5 perten'e a Cristo# 8ão 'ompletamente estão perdoados os seus pe'ados que o
6ai não 'onsegue Se lembrar deles# Eu vim residir dentro de vo'5 a fim de l*e dar poder para tornar1se semel*ante ao il*o
e promover os propósitos do 6ai# Qegozi-e1se# 4o'5 tem razes de sobra para 'antar2
!uardadores de segredos ouvem uma mensagem muito diferente, que /s vezes pensam estar vindo do Espírito+ <4o'5 ainda
& uma bagun.a# everia estar muito mais adiantado a esta altura# Estou desgostoso quase a ponto de desistir de vo'5# A
(ni'a evid5n'ia de 'riatividade em sua vida & sua 'apa'idade de des'obrir novas maneiras de fra'assar2
Com essa mensagem retinindo em seus ouvidos, esses *omens se re'usam em mover1se para qualquer lugar sem um
'ódigo, sem algum plano fá'il de seguir que l*es prometa su'esso# Eles se refugiam teimosamente na esfera de
administra.ão, determinados a fi'ar longe do mist&rio, 'onfiantes apenas em sua per'ep.ão de que não t5m sabedoria para
enfrentar os desafios profundos d a vida#
Fomens 'om segredos não adentram o mist&rio dos rela'ionamentos# Eles não v5em razão para isso# Entendem que isso
apenas os levaria ao fra'asso# Eles, portanto, não estão / altura do ter'eiro elemento do '*amado dos *omens#

C'6PA$#5HA3+' (&$&+'( C'6 U6 $6;'

Fomens 'om segredos não podem viven'iar seu '*amado# @en*um *omem deveria viver no isolamento da vergon*a# A
Bíblia & 'lara+ devemos 'onfessar nossos pe'ados uns aos outros# Essa instru.ão & a'ompan*ada do lembrete de que <A
ora.ão de um -usto & poderosa e efi'az 8g R#:$%#
@ote que 8iago refere1se a um -usto e não a diversos -ustos# 8alvez ele este-a nos en'ora-ando a 'onfessarmos nossas faltas
a indivíduos, não, ne'essariamente, a grupos# Se-a isso, ou não, o que a passagem sugere, a maioria das pessoas
'on'ordaria que u ma abertura indis'riminada não seria bom# 0as, uma boa 'oisa & en'ontrar um *omem 'om quem vo'5
possa se abrir totalmente, algu&m 'om quem vo'5 possa andar, lado a lado, na sua -ornada rumo ao lar, sem nen*um
segredo entre os dois#
@aturalmente, ningu&m pode ter qualquer segredo diante de eus# “;ada, em toda a cria%ão, est- oculto aos olhos de
Deus. Judo est- descoberto e eCosto diante dos olhos da!uele a !uem havemos de restar contas” Fb ;#:"%# E somos
'onvidados, mesmo 'om 'ada segredo eposto a eus, a nos aproimarmos dele “...com toda a confian%a. a fim de
recebermos miseric"rdia e encontrarmos gra%a !ue nos aude no momento da necessidade” Fb ;#:$%#
O fato de que a gra.a de eus O libera para nos a'eitar, ainda que em nós mesmos se-amos ina'eitáveis, deveria afetar a
maneira 'omo nos rela'ionamos na 'omunidade 'ristã# O 'orpo de Cristo deve refletir fielmente o Seu 'aráter#
Algo a'onte'e no interior de um *omem, quando este revela, a outro *omem, 'oisas não muito agradáveis sobre si# =uando
'ontamos nossos segredos a um irmão, algo a'onte'e em nós, que não nos a'onte'erá de nen*uma outra forma# erramar
nossos 'ora.es diante de eus & fundamental# 0as, apresentar1nos 'omo realmente somos, 'om 'ada segredo revelado a
outro ser *umano, nos 'olo'a em 'ontato 'om o poder libertador da gra.a de eus, de uma maneira que nen*um
guardador de segredos -amais 'on*e'erá#
=uando o *omem toma outro *omem 'omo 'onfidente, quando dois *omens 'amin*am -untos e 'on'ordam que somente
pe'ado não 'onfessado e segredos bem es'ondidos, podem nos 'olo'ar fora do al'an'e da gra.a santifi'adora, tr5s
mensagens revitalizadoras são ouvidas+

.3
:# <@ada que vo'5 se-a ou -á ten*a feito o 'ondena / derrota# O bra.o de eus & longo o sufi'iente para al'an.ar dentro do
mais profundo bura'o negro e forte o bastante para soergu5lo dali# @ós 'amin*aremos -untos, 'om 'oragem de enfrentar a
vida *onestamente e nada nos poderá ser tirado# Muntos, ol*aremos para dentro da es'ura e apavorante 'onfusão da vida#

9# <4o'5 tem algo poderoso a dar# Seus segredos não definem vo'5# 6or baio de seu pior fra'asso e mais profundo
ferimento está um *omem, um portador da imagem de eus, que pode 'on*e'er a eus e revelá17o somente em
Comunidade# Com esperan.a e alegria, vo'5 pode erguer o ol*ar para o rosto de eus# 6ode se lembrar dUEle e passar a
lembran.a adiante, at& essa lembran.a dar lugar / realidade deslumbrante da Sua presen.a# 4o'5 tem algo a dizer# Eu
tamb&m# Muntos bus'aremos 'on*e'er a eus e 'on'retizar a visão que Ele tem para as nossas vidas#

"# <Fá um '*amado para a sua vida que nen*um segredo pode remover# eus fez a es'ol*a mistifi'ante de operar atrav&s
de fra'assos redimidos# E 'ontinuamos a fra'assar3 mas somos *omens 'om um apetite por eus, um apetite que nos faz
'ontinuar adentrando a es'uridão, onde Ele pode ser mais plenamente 'on*e'ido e mais plenamente revelado Somos
*omens '*amados por eus para restaurar a ordem de Seu desígnio e liberar a beleza de Seu 'aráter at& o dia em que Ele
nos deiará estupefatos 'om toda a ordem de um novo mundo e 'om a beleza de Cristo revelada em Seus fil*os# At& então,
-untos falaremos para dentro da realidade es'ura deste mundo, em favor dUEle#

6re'isamos bus'ar, em ora.ão, um *omem para ser nosso irmão# 0as, ainda mais, pre'isamos bus'ar em ora.ão, sermos
um irmão para outro *omem#
Fá um reservatório de poder inta'to na 'omunidade 'ristã# 6arte desse poder só será liberada quando os *omens se
tornarem irmãos#

.%
Capítulo 1%

' ('3H' $&(#AU$A+'M U6A &$A:;' +& 6&3#'$&(

Ser otimista em um mundo de'aído quase sempre & perda de tempo# Embora o desLnimo não se-a o antídoto 'erto, ainda
pre'isa ser dito que pessoas 'om uma postura 'onfiadamente animada são, muitas vezes, ing5nuas# E sua ingenuidade pode
ter uma 'ara'terísti'a de teimosia que dá a impressão de ser mais uma es'ol*a do que um a'idente de temperamento#
@os 'ír'ulos 'ristãos, o otimismo & tipi'amente edifi'ado sobre a id&ia de que o propósito 'entral de eus & o de nos
aben.oar 'om o tipo de vida que dese-amos ou transformar a 'ultura num ambiente mais a'ol*edor para os 'ristãos# Os
'onsel*eiros se espe'ializam em solu'ionar nossos problemas e aliviar a nossa dor# Os líderes 'ristãos nos dizem que nossas
ora.es, ativismo e influ5n'ia, 'ombinados, farão nossa na.ão mudar de rumo e introduzirão uma so'iedade piedosa#
Ambos os grupos podem ser 'ulpados de nos distrair do verdadeiro '*amado de eus#
@ossas vidas individuais e as nossas 'omunidades 'ristãs & que pre'isam mudar de rumo# 6re'isamos aprender a 'ontinuar
servindo a Cristo, quando os problemas v5m e a nos a'*egarmos mais a Ele, em meio a um sofrimento sem tr&guas#
=ualquer influ5n'ia que ten*amos sobre a 'ultura deve ser produto de uma profunda paião por eus, uma paião que nos
transforme em pessoas atraentemente diferentes e nos manten*a lutando, -untos, em uma 'omunidade que & imperfeita,
mas, genuinamente, amorosa#
6romover 'ausas so'iais & muito mais fá'il do que en'ontrar a eus# 7utar por padres 'ristãos, /s vezes, pare'e envolver
uma beligerLn'ia que 'ompromete a *umildade, ou, uma agressão, que se disfar.a em 'oragem# E trabal*ar para ven'er
nossos problemas pessoais requer menos de nós do que bus'ar a eus de todo o 'ora.ão# @em promover 'ausas so'iais,
nem solu'ionar nossos problemas desperta o tipo de auto'ons'i5n'ia que nos faz saber que o verdadeiro problema está
dentro de nós#
8ornar1nos pessoas piedosas não & uma questão simples, a menos que se defina piedade 'omo simplesmente evitar o
pe'ado óbvio e 'onseguir que os outros fa.am o mesmo% ou 'omo solu'ionar nossos problemas de modo que os
sentimentos agradáveis retornem ) sentimentos estes que, então, poderemos '*amar de vitória#
0as, quando a piedade & 'ompreendida 'omo algo para se desenvolver uma paião por eus ) que transforma
'ontinuamente a maneira de nos rela'ionamos 'om os outros ) ela nos torna dispostos a adiarmos o 'onforto pessoal para
uma data posterior# Essa piedade desperta, em nós, o dese-o de 'on*e'ermos a Cristo, que & mais forte do que qualquer
outro dese-o e nos mostra que, nós mesmos, somos os nossos maiores inimigos# Assemel*ar1nos a Cristo torna1se uma
ambi.ão que nos 'onsome#
A grande ne'essidade de nosso dia não será obtida pelo treinamento de mais 'onsel*eiros# @ão será suprida por líderes nos
'*amando para nos -untarmos / luta 'ontra a polui.ão moral da no ssa so'iedade#
A maior ne'essidade em nosso mundo, *o-e, & simplesmente esta+ *omens e mul*eres piedosos que possuam e
demonstrem uma qualidade de vida que reflita o 'aráter de eus e que desperte 'uriosidade nos outros, sobre 'omo eles
tamb&m podem 'on*e'er bem a eus#
Se pudermos re'on*e'er o 'amin*o que leva / maturidade espiritual, se pudermos identifi'ar e responder ao apetite por
Cristo, 'olo'ado em nós pelo Espírito de eus, então, talvez daqui a trinta anos, meu son*o de uma gera.ão de mentores
possa se 'on'retizar# 6ense nisso 6ais e mães espirituais, irmãos e irmãs piedosos, 'riando 'omunidades de pessoas que se
importam 'om os de fora e atraem os que estão fora do 'ír'ulo para algo que eles -amais 'on*e'eram, mas sempre
quiseram# Comunidades de pessoas, 'u-a paião por Cristo & mais forte do que os seus ran'ores, sua 'ompeti.ão por
re'on*e'imento e seus sentimentos de 'i(mes# Cristãos, que por longas temporadas tiveram Como mentores pais e mães
espirituais e que, 'omo resultado, estão tão 'onsumidos pelo dese-o de 'on*e'erem mel*or a Cristo que agGentam firmes,
atrav&s da Confusão da vida em 'omunidade e n un'a desistem de si mesmos ou dos outros, porque sabem que Cristo não
desistiu ) e nun'a o fará# Eles O viram em seus mentores#
Como seria a >gre-a se os *omens 'ome.assem a falar? Se fPssemos quebrantados pela pe'aminosidade de no ssos padres
pou'o viris de rela'ionamento e estiv&ssemos dispostos a desistir de nosso status de peritos e pagar o pre.o de nos
tornarmos presbíteros? O que a'onte'eria, em nossas 'omunidades e'lesiásti'as, se os *omens da lideran.a
ultrapassassem sua for.a natural ) sua 'apa'idade de administrar minist&rios ) e em depend5n'ia de eus, liderassem
suas 'ongrega.es na dire.ão de uma visão inspiradora? =ue movimento do Espírito poderia o'orrer se, em 'ada igre-a, uns
pou'os *omens apaionados por eus atraíssem outros a bus'arem infleivelmente a eus? O que a'onte'eria se muitos
desses *omens, então, se rela'ionassem, uns 'om os outros, 'om uma abertura que levasse a prosseguirem lutando -untos?

=ual seria o impa'to sobre as famílias se os *omens enfrentassem, 'ora-osamente, a apavorante 'onfusão no mundo e,
então, se lembrassem de eus o sufi'iente para sábia e poderosamente adentrarem os seus rela'ionamentos?
O que o'orreria nos 'ora.es das mul*eres se os *omens tivessem uma visão para suas esposas, fil*as, irmãs, mães e
amigas, uma visão que eles bus'assem 'om uma for.a mansa e uma paião po&ti'a, que nen*uma mul*er tivesse o poder
de deter?

.(
@ossa 'ultura está bus'ando tudo, menos en'ontrar a eus, mais ben&fi'o usar Cristo do que 'on*e'517o# @ós O usamos
para nos sentirmos mel*or, para desenvolvermos um plano que fa.a a vida fun'ionar, para 'ontinuarmos 'om a esperan.a
de 'onseguirmos tudo o que a'*amos que pre'isamos para sermos felizes# Qaramente O adoramos#
Km sen*or de oitenta e quatro anos quis 'onversar 'omigo depois que preguei em uma 'onfer5n'ia bíbli'a# Eu o vi
esperando, enquanto eu 'onversava 'om um grupo que se *avia reunido# =uando OS outros saíram, en'amin*ei1me
rapidamente at& aquele sen*or baio e idoso# Ele 'olo'ou ambas as mãos nos meus ombros e me 'ontou uma *istória+ <r#
Crabb, ten*o oitenta e quatro anos de idade# Cin'o anos atrás min*a esposa morreu, após 'inqGenta e um anos de um bom
'asamento# @ão posso epressar a dor que sinto toda man*ã enquanto tomo 'af& sozin*o / mesa da 'ozin*a# Má implorei a
eus que alivie a terrível solidão que sinto# Ele não atendeu / min*a ora.ão# A dor em meu 'ora.ão não sumiu# 0as### <e
aqui o sen*or parou e ol*ou al&m de mim enquanto 'ontinuava <## #eus me deu algo muito mel*or do que o alívio da
min*a dor# r# Crabb, Ele me deu um vislumbre de Cristo# E isto vale tudo# Sempre que pregar, enfatize Cristo2# Ele se voltou
e saiu#
Como & triste gastarmos nossa energia 'onsertando problemas, aumentando a auto1estima, re'uperando1nos da vergon*a,
dominando a ira e en'ontrando maneiras de sermos livrados da es'ravidão espiritual# @en*uma dessas 'oisas & errada, em
si, mas elas pre'isam ser a etensão de uma fas'ina.ão por Cristo# Kma fas'ina.ão por Cristo muda a maneira 'omo
fazemos tudo o mais#
Má não pre'isamos pro'urar fórmulas quando estivermos 'onfusos, ou <distra.es sobrenaturais, quando entediados# Má
não pre'isamos eigir garantias para aliviar o *orror da in'erteza, ou nos manter o'upados de modo que nun'a pre'isemos
fi'ar sozin*os 'om a nossa própria pessoa# Má não pre'isamos pedir da vida algo que ela não pode nos dar#
esiluses 'om a igre-a, desLnimo 'om nossas vidas e de'ep.es 'om os outros são, todos, produtos da enfermidade
'entral da 'ultura o'idental+ eigimos a satisfa.ão de uma vida que este-a fun'ionando bem# O sofrimento & algo a ser
aliviado# 6roblemas são 'oisas a serem 'onsertados# Emo.es desagradáveis devem ser substituídas pelas agradáveis#
As pessoas que n os persuadem, que sabem 'omo aliviar o sofrimento, 'onsertar problemas e mudar emo.es indese-áveis
se tornam nossos líderes, peritos que 'onseguem nossa aten.ão porque eles nos dizem que nossos son*os de uma vida
mel*or podem ser realizados Mr 9X#\%# @estes (ltimos dias '*eios de amantes do ego, que tratam o ódio ao ego 'omo o
maior dos pe'ados, temos reunido um grande n(mero de mestres ao nosso redor, mestres que nos dizem o que os nossos
ouvidos, que 'o.am, querem ouvir 98m ;#"%#
@ossa 'ultura está se movendo na dire.ão errada# Estamos numa fuga determinada, fren&ti'a, de eus# 6as'al, 'erta vez,
es'reveu+
<=uando tudo está se movendo ao mesmo tempo, nada pare'e estar se movendo, 'omo / bordo de um navio# =uando
todos estão se movendo rumo / deprava.ão, ningu&m pare'e estar se movendo mas, se algu&m parar, desmas'ara os
outros que estão disparados, por agirem 'omo um ponto de refer5n'ia#
6ermane'er parado, 'omo resist5n'ia a um momento 'ultural errado & o iní'io de um bom movimento# Epor o movimento
de <fuga de eus, permane'endo imóvel o sufi'iente para ouvi17o 'ontar a Sua *istória, & o '*amado de um presbítero, um
mentor, um pai espiritual, um *omem que se move rumo a eus e aos outros#
8alvez, uma segunda Qeforma 'onstrua sobre o fundamento da primeira, levando1nos a 'on*e'er a 6essoa que & a nossa
-ustifi'a.ão# =uem sabe, ela ven*a atrav&s de uma mudan.a ) da depend5n'ia de peritos que 'on*e'em prin'ípios para
uma vida efi'az, / sábia pondera.ão de presbíteros que 'on*e'em a Cristo# 8en*o esperan.a de que eus fa.a uma obra
nova em nossas
para serem pais igre-as#
dos queKma obraossilen'iosa
seguem mase,profunda,
seus passos queque
irmãos, dos leve'amin*am
os *omens
aoaseu
'on*e'erem
lado# pelaaestrada
eus, bem
que oleva
sufi'iente,
/
verdadeira maturidade#
O '*amado / aut5nti'a mas'ulinidade -amais será popular# D um '*amado / solidão, / doa.ão sem apre'ia.ão, ao
sofrimento 'omo meio ne'essário para se obter sabedoria# D um '*amado a a'eitar ) sem queia ou temor ) que as
partes mais importantes da vida são 'onfusas, um '*amado a desligar a luz artifi'ial suprida pelos peritos e adentrar /
es'uridão da luz de eus# D um '*amado a um 'ansa.o tão profundo que a eorta.ão a que se Continue no bem1fazer
pare'e 'ruel#
Os *omens que respondem a esse '*amado, que alme-am se transformar em pais e irmãos, devem estar dispostos a pagar
um pre.o tão tremendo que somente um vislumbre 'laro de Cristo os fará 'ontinuar# 6rimeiro, o pre.o in'lui uma
disposi.ão de enfrentar batal*as a vida toda+ batal*as 'ontra a las'ívia, onde a vitória deve ser definida 'omo uma
resist5n'ia ) nem sempre redu.ão ) de impulsos poderosos3 batal*as 'ontra fri'.ão nos rela'ionamentos que /s vezes
não podem ser 'ompreendidos e, o'asionalmente, terminarão na tristeza da ruptura+ batal*as 'ontra um desLnimo tão
pesado que amea.ará deter todo bom movimento#
Segundo, o '*amado / mas'ulinidade requer uma disposi.ão de agarrar1se ao que eus diz, durante os longos períodos em
que não *á qualquer evid5n'ia que demonstrem visivelmente a sua verdade#
E ter'eiro, o pre.o de seguir o '*amado envolve uma disposi.ão de ser reduzido a um nível de *umildade no qual não
somos 'apazes de nen*um movimento para 'om os outros, um nível no qual a (ni'a 'oisa que podemos fazer & permitir
que os outros orem por nós#
O 'amin*o que leva / mas'ulinidade & difí'il ) mas vale 'ada passo# Ele ofere'e signifi'ado que não & en'ontrado em
nen*um outro lugar# Fá temporadas de 'ontentamento e momentos de -(bilo que nos levam a'ima do que o *omem
.-
de'aído -amais imaginou '*egar# 6or vezes, que não podemos predizer nem 'ontrolar, o Espírito de eus afasta a 'ortina e
en'*e nossos ol*os 'om uma visão de Cristo que nos permite dizer 'om 6aulo+ “... ois os nossos sofrimentos leves e
momentQneos estão roduzindo ara n"s uma gl"ria eterna !ue esa mais do !ue todos eles” 9Co ;#:Z%#
Os 'on'eitos apresentados neste livro podem pare'er abstratos# 6ara os *omens que eigem um 'ódigo, eles
ne'essariamente produzirão frustra.ão# 0as, para os muitos *omens que anseiam por uma eperi5n'ia mais ri'a da sua
mas'ulinidade, esperamos que estes 'on'eitos guiem esse anelo rumo / sua realiza.ão#
@um esfor.o de 'olo'ar um pou'o mais de 'arne sobre o esqueleto, en'erramos nosso livro 'ontinuando as *istórias
pessoais que 'ada autor ini'iou na abertura do mesmo# Compartil*amos brevemente algo da 'ontinua.ão das nossas
-ornadas rumo ao tipo de mas'ulinidade que des'revemos nestas páginas# =ue, ao ler estes 'apítulos finais, o seu dese-o de
'on*e'er a Cristo se aprofunde at& ultrapassar todas as outras paies# E que vo'5s possam mover1se ao longo do 'amin*o
de se tornarem pais e irmãos, *omens espirituais, que se desenvolvam em uma gera.ão de mentores#

..
A ist,ria continua

A5 A3+$&Q(
Estudei piano por sete anos antes de 'ome.ar a ter aulas 'om o Sr# Buelo# 0eus outros professores *aviam sido
'ompetentes ao me ensinarem o bási'o e, 'onquanto ele tamb&m enfatizasse isso, estava interessado em algo mais# Certo
dia, ao t&rmino de uma li.ão, ele me pediu que eu de'orasse sete ou oito pe.as 'urtas de um pequeno álbum de m(si'a#
=uando voltei, algumas semanas depois, tendo de'orado as pe.as, toquei1as para ele#
epois que terminei, ele 'omentou que te'ni'amente eu estava 'orreto no que toquei# Eu *avia to'ado as pe.as 'onforme
elas tin*am sido es'ritas# Entretanto, segundo ele, alguma 'oisa estava faltando+ ) 4o'5 não to'ou a m(si'a 'om
sentimento ) disse ) 8oque as pe.as da maneira 'omo vo'5 a'*a que o 'ompositor queria que elas fossem to'adas#
6ara um garoto de treze anos, tais afirmativas poderiam ser fa'ilmente des'artadas 'omo <esquisiti'e de adulto, ou
e'entri'idade de um professor de m(si'a, mas a firmeza em sua voz me 'onven'eu a fazer mais uma tentativa#
@ão muito depois que 'ome'ei a segunda tentativa, ele me deteve+ ) @ão & assim# 8ente de novo2 ) @ova tentativa# Outra
ordem de parar, desta vez, 'om mais 5nfase+ ) 8oque a pe.a 'om o 'ora.ão# 8oque 'om paião2
8o'ar a m(si'a que não estava na partitura poderia me levar a uma esfera ineplorada, a um lugar mais perigoso e
arris'ado# Eu queria viver a min*a vida 'omo se ela fosse uma partitura do álbum de m(si'as+ as notas estão ali, as
instru.es estão ali, o 'ome.o e o fim São 'on*e'idos# =uando eu me movi do previsível e entrei em algo mais 'aóti'o,
*avia maior probabilidade de min*a in'ompet5n'ia ser eposta# Era mais provável que eu fizesse papel feio3 *averia uma
possibilidade maior de fra'asso, Como a maioria dos *omens, não gosto dessa revela.ão# D mel*or seguir as notas, to'ar
segundo as regras, e passar in'ólume# Evitar o ris'o# i'ar longe do 'aos#
A segunda razão pela qual desisti & um pou'o mais sutil# Se eu me saísse bem, mais seria eigido de mim# Eu tin*a vises de
pe.as mais difí'eis, mais re'itais, mais trabal*o3 mais epe'tativas# Era um peso e uma pressão que eu não dese-ava e de
que 'ertamente não pre'isava# Se eu permane'esse medío're, não teria de me preo'upar 'om aquilo# Eu n ão me
desta'aria#
A ter'eira razão pela qual desisti não & óbvia, mas & muito real# Eu odiava a min*a paião# Eu sabia que ela introduziria
'oisas desagradáveis em min*a vida, O que & verdadeiro sobre o pianista tamb&m & verdadeiro sobre o dis'ípulo, o amante,
o atleta, o artista, o es'ritor# Se ele se sair bem, vai sofrer# Esse sofrimento será eperimentado tanto em persegui.ão
quanto em solidão# Se o *omem se desta'ar por sua paião, embora alguns gostem dele, muitos o odiarão# Ci(mes e inve-a
são liberados na presen.a da e'el5n'ia# 0as o mais importante, as paies profundas do *omem to'am algo do C&u, uma
amostra de 'omo será um dia# Com essa amostra vem a solidão de ser um peregrino que ainda não '*egou em 'asa mas
que anseia por ela# Ao ansiar, ele sente uma fome insa'iável que não será satisfeita nesta vida#
ói viver 'om fome# D doloroso ter saudades de 'asa# Se eu viver sem paião, fazendo um trabal*o que dá apenas para o
gasto, então não me magoarei e não sofrerei#
Eu sabia tudo isso quando parei de estudar piano? Claro que não# @a &po'a, min*a des'ulpa foi a de que eu queria to'ar
'ometa na banda do 'ol&gio# oi apenas em retrospe'to que vi min*a d esist5n'ia, não 'omo um movimento na dire.ão de
outro instrumento mas, antes, uma fuga de outra 'oisa# Se-a o que for que eu ten*a sentido naquela tarde, aquilo era
perigoso demais# O des'onforto que ele troue obs'ure'eu o regozi-o# Era demais e, meu temor, fez 'om que eu me sentisse
o'o#
6or grande parte da min*a vida, ten*o sentido aquele lugar vazio dentro de mim# Algo estava faltando em mim# Era 'omo se
eu tivesse sido feito em alguma lin*a de montagem 'ósmi'a e algu&m tivesse se esque'ido de 'olo'ar uma pe.a 'ríti'a#
8en*o pro'urado diligentemente a'*á1la# Eu a pro'urei em seminários e ouvindo 'uidadosamente, / pro'ura da palavra ou
frase que me deiaria 'ompleto#
Estudei livro após livro, esperando que alguma gema de sabedoria saltasse da página# 8en*o usado amigos apaionados,
talentosos, na tentativa de 'onseguir deles algo que eu a'*ava que não tin*a, esperando absorver, dentro de mim mesmo,
o que quer que fosse que eles pudessem me dar# 0as, min*a bus'a tem sido em vão# A pe.a que falta ainda permane'e um
mist&rio#
=uando falo 'om outros *omens sobre a min*a bus'a, a maioria re'on*e'e a min*a pro'ura 'omo sendo tamb&m a sua#
<Eu sei do que vo'5 está falando, dizem eles, 'om um toque de alívio na voz# <Eu a'*ava que era o (ni'o2 Embora suas
*istórias se-am diferentes, 'ada uma delas fala 'om eloqG5n'ia sobre algo que está faltando dentro de si# A bus'a da pe.a
que falta & variada, mas, o que eles en'ontram para preen'*er o seu próprio vazio, fun'iona apenas por pou'o tempo# E
eventualmente fal*a#
0in*a *istória reflete uma realidade que está presente em 'ada *omem# Fá algo dentro de todos nós que anseia vir / tona#
D uma 'oisa tão apaionada quanto 'riativa# @ão pre'isa ser aprendida# @ão pre'isa ser 'riada3 -á o foi# Está inserida nos
*omens, desde o nas'imento, esperando o momento de ser liberada e quando isso a'onte'e & apavorante# Eu sei disso
agora, mas, por muitos anos, não o soube#
e vez em quando, eu sabia que *avia algo dentro de mim que raramente era visto, algo que tirava a 'abe.a para fora

.
quando eu tin*a fortes sentimentos sobre alguma 'oisa, quando eu defendia algo em que a'reditava, quando realizava uma
tarefa difí'il, quando eu enfrentava uma situa.ão difí'il e ven'ia# 0as por ser tão rara, essa eplosão o'asional era mais
frustrante do que animadora# Ela apenas 'omprovava meu senso de futilidade# Somentee quando eu tin*a 'er'a de trinta e
'in'o anos foi que eperimentei algo mais#
@o 4erão de :X\X, des'i de um avião em @as*ville, 8ennessee, para me en'ontrar 'om @ita Baug*# Essa era a segunda vez
em que eu 'on'ordara em sair 'om algu&m que não 'on*e'ia# A primeira vez, na fa'uldade, fora um desastre# Embora eu
tivesse -urado que <@un'a mais2, a insist5n'ia de um amigo 'asamenteiro, em quem eu 'onfiava me 'onven'eu a fazer
outra tentativa#
esde o momento em que nos en'ontramos no aeroporto, ambos sabíamos que *avia algo diferente# @ão era amor /
primeira vista, mas ambos re'on*e'emos uma 'oneão instantLnea#
urante o fim1de1semana que se seguiu, vele-amos num lago varrido pelo vento, desfrutamos longas 'onversas enquanto
tomávamos 'af&, -antamos num romLnti'o restaurante italiano e nos absorvemos na 'ompan*ia um do outro#
Senti1me 'ativado por aquela mul*er# 6or mais que tentasse, não 'onseguia a'*ar nada errado 'om ela, algo que me desse
uma des'ulpa para sair 'orrendo# Certa noite, durante aquela primeira visita que durou diversos dias%, a'ordei subitamente
no meio da noite# 0eu 'ora.ão estava disparado e eu suava em bi'as#
Com o pLni'o veio um 'on*e'ido sentimento de terror# <Estou 'ometendo um erro, pensei# <E se ela não for a pessoa
'erta? 6re'iso 'air fora daqui2 Eu tivera esse tipo de pensamento antes e,eventualmente, sentira esse pLni'o em todos os
outros rela'ionamentos que tivera 'om uma mul*er#
Em 'ada uma das vezes tais sentimentos fizeram eu me afastar# Eu tin*a presumido que eles eram uma indi'a.ão de que
*avia algo errado 'om os rela'ionamentos# Eram sinais de alerta que pre'isavam ser obede'idos# 0as, os sentimentos
nun'a *aviam surgido apenas dois dias depois do iní'io do rela'ionamento# Era 'edo demais2 Se eu tivesse tido a'esso a um
'arro naquela noite, poderia ter tentado fugir para o aeroporto# Sem ter nen*um, resolvi orar#
6edi a eus que removesse a min*a ansiedade# Ele não o fez# 6edi que me desse um sinal# Ele permane'eu 'alado# O
pLni'o 'ontinuou noite adentro# oi um tempo angustiante e assustador#
Após algum tempo e lutas e de espera, algo muito novo saiu de dentro de mim# <Estes sentimentos não fazem sentido2,
berrei# <Estou 'om trinta e quatro anos e en-oado de fugir das mul*eres# Estou sozin*o porque meu pLni'o sempre gan*a
Eu gosto dela e, desta vez, não vou fugir2# Eu travava uma batal*a e sabia disso# Sabia, tamb&m, que a luta que eu estava
tendo era maior do que esse rela'ionamento# Envolvia algo mais# Envolvia min*a obstina.ão, meu medo de me mover,
min*a falta de disposi.ão de 'orrer ris'os, min*a tend5n'ia de fugir da paião#
0eu pLni'o, embora signifi'ativo e forte, não tin*a um fundamento real# Os temores eram uma des'ulpa 'onveniente que
eu usava a fim de permane'er imóvel# Eu me sentia atraído por @ita, e *avia gostado do fim1de1semana# Eu estava
fas'inado 'om ela e queria estar em 'ontato 'om ela# @ão queria bater em retirada impelido por um temor inepli'ável, que
era mais (til do que verdadeiro#
Aquela noite, fiz uma ora.ão diferente# Eu 'onfessei min*a própria 'ovardia e o dano que eu tin*a 'ausado aos outros por
ser assim# Orei para saber 'omo lutar 'ontra meu dese-o de fugir e para aprender a amar# A'abei adorme'endo, após estas
ora.es e quando a'ordei, na man*ã seguinte, estava de'idido a ini'iar um novo 'ompromisso# Seis meses depois @ita e eu
estávamos noivos e em um ano nos 'asamos# O pLni'o nun'a voltou# >sso me surpreendeu#
@esta *istória, não estou ofere'endo uma diretriz para os *omens temerosos seguirem# @ão estou dizendo que *á uma
'erta ora.ão
para se que liquidará
des'obrirem todo medo#
mais ansiosos 0uitos
do que t5m orado ora.es semel*antes e falado palavras fortes de inten.ão, apenas
nun'a#
@ão sei 'om 'erteza por que min*a ansiedade me deiou# 0as sei que fiz uma es'ol*a diferente, uma mudan.a mar'ante
das dire.es anteriores# A es'ol*a foi a de mover1me, a despeito do medo, adentrando a es'uridão 'aóti'a, emo'ionante e
arris'ada dos rela'ionamentos# >sso envolveu a 'ren.a de que realmente *avia algo mais em mim a ser liberado#
Os resultados nem sempre t5m sido gloriosos# Fá *oras em que ainda me refugio no vel*o modo de vida, quando deio de
me mover e em vez disso retorno a padres fra'os e previsíveis# 0as *ouve uma mudan.a#
uas imagens t5m guiado a min*a vida+ a do -ogador1mirim que tin*a medo de rebater a bola e a do pianista que desistiu
quando sentiu paião# São imagens que refletem tanto a utilidade do medo quanto a tranqGilidade da es'ol*a de nada
arris'ar#
8en*o vivido 'om os resultados que essa es'ol*a produz+ sentimentos de in'ompet5n'ia, solidão e inseguran.a# Se não
tivesse *avido nen*uma mudan.a eu teria vivido min*a vida 'omo um derrotado# 0as *ouve uma mudan.a e um dese-o
por algo mais#
Afinal, o que fez a diferen.a? O que me levou a 'ome.ar a me mover? @ão foi uma resposta a um desafio inspira'ional,
tampou'o rea.ão a uma astuta per'ep.ão sobre a mas'ulinidade# @a verdade, foi a 'ons'ientiza.ão de que eu era um
*omem que estivera em um lugar distante#
Sou um fil*o pródigo# Entretanto, min*a -ornada não me levou a um país estrangeiro para gastar toda min*a *eran.a numa
vida treslou'ada 'om bebidas fortes e mul*eres sedutoras# 4ivi muito mais a'eitavelmente# 0in*as viagens me levaram a
uma terra de seguran.a, onde servi aos deuses da previsibilidade e da falta de paião# 6or algum tempo, usufrui aquela
vida, mas, então, as dores da fome 'ome.aram a irromper atrav&s da aparente se'ularidade da vida que eu es'ol*era#
Como o fil*o pródigo da Bíblia, a 'oisa que me troue para o lar foi a fome+ a fome de ser um *omem pleno# Eu queria
.
refletir a imagem do 6ai, ser profundamente investido, profundamente apaionado e ardentemente imprevisível# 0in*a
volta envolveu a 'onfissão de que eu *avia es'ol*ido outro 'amin*o, que eu sentia muito o dano q ue 'ausara e que eu
ansiava por estar em 'asa 'om meu 6ai# 8ornar1me *omem requer que eu volte ao lar vez após vez#
Alguns meses atrás, quando 'ompletei quarenta anos, min*a esposa me surpreendeu presenteando1me 'om um piano# E
ela me deu uma partitura da m(si'a que eu estava to'ando anos atrás, quando parei# =uando o piano '*egou, sentei1me no
ban'o e fitei as te'las novas, bran'as, bril*antes# @ita e Funter, nosso fil*o de sete meses, sentaram1se ao meu lado quando
'ome'ei a to'ar# esta vez, eu senti a m(si'a, gozei1a e soube que não fugiria mais# Em lágrimas, @ita tamb&m gozou a
m(si'a, sabendo tudo o que ela representava# Funter, perpleo 'om aqueles sons novos e estran*os, sorriu para nós o seu
sorriso alegre e banguela#
Amo a min*a família# Amo as pessoas e amo a Cristo# 6ortanto, não dese-o 'orrer# 6refiro mover1me 'om 'oragem a fim de
'ontar ) atrav&s da min*a vida ) a *istória da reden.ão# Sei que ainda trope.o e sei que irei, novamente, por algum
tempo# para terras longínquas# 0as, agora sei que a m(si'a apaionada e o banquete suntuoso da 'asa de meu 6ai, me
'*amarão de volta para 'asa todas as vezes, at& que eu este-a lá para fi'ar#


+'3 HU+('3

“5e as essoas trouCerem tanta coragem a este mundo !ue o mundo tenha de mat-*las ara !uebr-*las, então é claro !ue
ele as matar-. $ mundo !uebra a todos e, deois disso, muitos ficam fortes nos lugares !uebrados.”
&rnest 6emingRa2, deus 7s rmas

Ele era o garotin*o que eu nun'a quis# 8alvez eu deva epli'ar# @ão que eu deteste 'rian.as# @em as 'onsidero uma
intromissão# 6elo 'ontrário, a maior parte da min*a vida, son*ei 'om fil*os# O problema era que por mais que eu quisesse
me 'asar e ter
Ao 'res'er, fil*os,me
sempre nun'a a'*eiinadequado
vi 'omo que fosse possível para mim#
e defeituoso Comoum
) 'omo euob-eto
poderiaquebrado#
ser pai seEnão 'res'i
agora, ter'om
um meu
fil*o,pai?
seria um
lembrete minuto1a1minuto de min*as defi'i5n'ias# Como seria possível eu dar algo a uma 'rian.a, se em primeiro lugar, eu
nada tin*a para dar?
@osso fil*o nos foi dado, a despeito das d(vidas que eu tin*a a meu próprio respeito# Ele nas'eu depois de quatro anos e
meio de 'asados e re'ebeu o nome de onald 0i'*ael 0artin Fudson# @ós o '*amamos assim para que ele tivesse os
nomes do pai e dos dois avós# Se vo'5 re'ordar a min*a *istória, lembrará que troquei de nome 'om seis anos de idade#
@omes são importantes para mim# Eu troquei de nome porque queria uma identidade durante uma &po'a vazia e
in'oerente da min*a vida# E agora dei ao meu fil*o o nome de seus pais para que ele saiba que está ligado a *omens bons
) para que saiba que não está sozin*o# =uero que ele se lembre dos *omens que o amam#
Fá momentos sagrados que nos transformam para sempre3 momentos que nos levam a uma -ornada que -amais
imaginamos# O nas'imento de meu fil*o foi um desses momentos para mim# iquei 'aidin*o por ele# iquei deslumbrado
'om aquela 'riaturazin*a enrugada, que mais pare'ia uma lagartia# A represa no meu 'ora.ão eplodiu no dia do seu
nas'imento, e fui inundado d e amor por meu fil*o#
Contudo, a mesma inunda.ão troue mais do que amor# Ela tamb&m troue uma nova preo'upa.ão3 uma que eu -amais
tivera+ <E se eu perder este garotin*o?# S(bito, duas fortes emo.es me sa'udiam+ amor avassalador e medo paralisador#
Eu queria 'orrer para meu fil*o e, 'ontudo, queria fugir dele#
@aquele eato momento 'ompreendi que 'ometera um s&rio erro# 0eu amor por aquele garotin*o *avia me 'apturado# Eu
sempre mantivera uma distLn'ia segura de todos# Assim, se algu&m me re-eitasse, eu não sofreria, porque não era
a'*egado a ningu&m# Contudo, aquele dia, na sala de parto, permane'i indefeso enquanto um min(s'ulo beb5 roubava
meu 'ora.ão# Ele adentrou meu mundo 'omo os ventos de uma f uriosa borras'a e arran'ou os frágeis fios do meu 'asulo
emo'ional#
Km m5s mais tarde, um de nossos piores pesadelos se 'on'retizou# @o f im1de1semana de =uatro de -ul*o, min*a esposa e
eu queríamos sair por algumas *oras# Favíamos plane-ado ir a um 'on'erto 'om alguns amigos# 0as, quando '*egou a
tarde de seta1feira, Suzanne se sentiu indisposta a ir ao 'on'erto+ <@ão me sinto bem em sair, era tudo o que ela
'onseguia epli'ar# Eu tin*a, a essa altura, aprendido a 'onfiar na intui.ão dela# Qesolvemos que eu iria ao 'on'erto, visto
ser quem mais gostava de bandas#
8arde naquela noite, quando voltei para 'asa, eu sabia instintivamente que alguma 'oisa estava muito errada# Entrei em
'asa e quando me aproimei do nosso quarto, pude ouvir 0i'*ael berrando de dor# 0in*a esposa tin*a uma epressão de
terra no rosto#
) O que está ele tem? ) perguntei# 8omei 0i'*ael nos bra.os e tentei 'onfortá1lo# ) Ele pare'e quente# 4o'5 mediu sua
temperatura? ) Em seu pLni'o e frustra.ão, ela se esque'era de medir a temperatura de 0i'*ael#
Sua temperatura estava alta, muito alta# Con*e'íamos o sufi'iente sobre beb5s para saber que tín*amos de levar 0i'*ael
ao *ospital imediatamente# =uando '*egamos, a enfermeira uma vez mais mediu sua temperatura# >mediatamente o
6ronto So'orro eplodiu em a.ão# Kma enfermeira saiu 'orrendo para '*amar um pediatra# O m&di'o '*egou dentro de
minutos e epli'ou que nosso fil*o 'orria s&rio perigo# 0i'*ael podia estar 'om meningite raquidiana# O m&di'o pediu um
monte de eames#
Eu fiquei desnorteado 'om todo o terror e a 'onfusão# Eu não tin*a a menor id&ia do que signifi'ava <meningite raquidianaU#
mas min*a mente disparou 'om pensamentos de dano 'erebral ou morte# O m&di'o nos pediu que fi'ássemos na sala de
espera enquanto ele e sua equipe faziam os testes, mas eu re'usei# Eu não podia suportar deiar 0i'*ael sozin*o#
Eu estava ruindo lentamente por dentro# Má *avia passado por muitas emerg5n'ias m&di'as rela'ionadas a mim mesmo,
mas nun'a estivera tão apavorado assim# 8amb&m, desta vez, era diferente2 Esta 'rise não dizia respeito a mim3 dizia
respeito a meu fil*o# @ão *avia muito tempo para pensar#
Km t&'ni'o de radiologia irrompeu pela porta e nos levou ) eu e 0i'*ael ) a uma sala para tirar um raio  dos seus
pulmes# Os momentos seguintes estão mar'ados para sempre em min*a memória# O t&'ni'o desapare'eu e eu elevei
meus pensamentos para eus# Eu estava 'om muito medo ) mas, ao mesmo tempo, furioso2 Como eus Se atrevia a
brin'ar 'om meu fil*o?
Segurando 0i'*ael -unto ao peito, eu 'amin*ava pela sala e lutava 'om eus# Contudo, pou'os minutos depois, min*a ira
se apla'ou e 'ome'ei a fazer uma ora.ão estran*a+ <6ai, por favor, não o leve ) leve a mim# Se isto & s&rio e vai levá1lo, por

1
favor, leve1me no lugar dele# 6ermita que ele viva2
6or mais absurda que fosse a min*a ora.ão, eu falava a s&rio# @ão sugiro esta ora.ão 'omo modelo para enfrentar a
adversidade, mas naquela *ora, era algo que eu não podia for.ar a desapare'er# Era uma ora.ão que eu tin*a de orar#
elizmente, em vez de meningite raquidiana, nosso fil*o tin*a uma infe'.ão viral s&ria, que passou em tr5s dias# urante
aquelas *oras de 'rise, entretanto, um momento sagrado se abatera sobre mim+ aprendi que eu estava disposto a dar a
min*a vida por meu fil*o# C*eguei perto de um vislumbre fugaz do que signifi'a viver por outra pessoa# 0ais tarde naquela
semana, me surpreendi refletindo o seguinte+ <A'*o que estou 'ome.ando a entender# 0in*a vida não & min*a# Sou
'*amado a viver para os outros# E quero fazer isso# 8alvez se-a isso que ser *omemU signifi'a#
@aquela noite, eu não teria *esitado nem um segundo em dar a min*a vida a fim de poupar a do meu fil*o# Ondas de
paternidade *aviam1se erguido dentro de mim e eigiam que eu agisse em favor de 0i'*ael# Eu não podia 'ontrolar aquilo,
tampou'o podia refutar#
A possibilidade de perder meu fil*o me ensinou verdades surpreendentes sobre o signifi'ado de ser *omemU# Aprendi que
eu -á ten*o o que & pre'iso para ser um *omem ) que *á paies bem no fundo do meu ser# Fá emo.es e 'ren.as fortes
fervil*ando lá dentro# @ingu&m me levou a fazer aquela ora.ão por meu fil*o# e fato, a intensidade dos meus sentimentos
me desnortearam naquela noite# 6or mais apavorado que eu estivesse, algo dentro de mim pare'ia forte# Eu nun'a me
sentira tão atemorizado e sem 'ontrole ) mas isso não importava# Algo muito maior do que o meu terror brotou dentro de
mim#
Aprendi que ser *omem não & uma fórmula a ser des'oberta ou um segredo a ser revelado# @ão *á nen*uma pe.a faltando
em min*a alma que pre'ise ser re'olo'ada, da mesma forma que um membro arran'ado & re1implantado no 'orpo# O
verdadeiro problema não & o que nos falta# Antes, a verdadeira trag&dia, tem sido a min*a re'usa de pPr em práti'a aquilo
que & mais verdadeiro a meu respeito#
Aprendi que o *omem foi pro-etado para viver para outra pessoa# 0as em toda a min*a vida, meus sentimentos de
inadequa.ão me *aviam 'onven'ido a viver para mim mesmo# A'*o que eu teria enfrentado a emerg5n'ia do meu fil*o de
maneira diferente se ela tivesse o'orrido *á alguns anos atrás#
Eu provavelmente o teria entregue ao m&di'o e depois ido me es'onder em algum 'anto es'uro do *ospital at& a
emerg5n'ia passar# 6or um breve momento ) e sem tempo para prati'ar ) tornei1me o *omem que sempre quis ser#
0eus sentimentos de inadequa.ão -á não eram mais des'ulpa para eu fugir assustado, ou me omitir de estar presente para
proteger meu fil*o e min*a esposa#
@os 'in'o (ltimos anos, ten*o sido 'apaz de falar esperan.osamente# @ão falo nem vivo perfeitamente3 de fato, ao es'rever
este 'apítulo estou dolorosamente 'ons'iente de min*as inseguran.as e fra'assos# 0as, algo mudou para mim# En'ontrei a
esperan.a que gostaria de partil*ar 'om vo'5s# Esta esperan.a não & uma fórmula a ser seguida 'uidadosamente, mas uma
*istória misteriosa a ser adentrada#
0in*a esperan.a brota de duas verdades+

5ou Nnade!uado

6or anos, fingi ser adequado# 0as só estava <fazendo de 'onta# Favia, em meu passado, 'ir'unstLn'ias devastadoras que
me diziam que eu era defi'iente# Admitir essa defi'i5n'ia, 'ontudo, signifi'ava morte para mim# Embora em me sentisse
inadequado em tudo, mantin*a uma fa'*ada 'ompetente# Era um garotin*o em terno de *omem#
Fesitei em me 'asar, em ter fil*os, em desenvolver amizades signifi'ativas, porque não tin*a a menor id&ia do que era ser
*omem# 8odas as min*as inadequa.es me 'onven'eram de que eu não estava / altura do en'argo# 0in*a defini.ão de
*omem era algu&m que nun'a sente medo, algu&m que se sente adequado sempre# Assim, eu trabal*ava 'om afin'o para
'ompensar a min*a fraqueza#
Cole'ionei diplomas de pós1gradua.ão, formando1me 'om a maior nota da 'lasse# Esfor'ei1me por ser um dos mel*ores
professores no 'ampus# 0as todas essas 'onquistas não resolveram# Eu ainda me sentia defi'iente# A'reditava que o dia em
que eu fosse *omem seria o dia em que eu me sentiria adequado ) o dia em que todas as min*as defi'i5n'ias sumiriam#
e fato, a obsessão que me 'onsumia na vida era a de 'onquistar min*a inadequa.ão# Então eu poderia ser o *omem que
sempre son*ei ser#
0as essa & a defini.ão de eus do que signifi'a ser *omem? 7embre1se de Adão durante a tenta.ão# Ele vivia num mundo
perfeito# A serpente era algo inteiramente novo para ele# E não temos indi'a.ão de que eus tivesse prevenido Adão sobre
a serpente# Adão, provavelmente, não tin*a a menor id&ia de 'omo deveria ter reagido# Em resumo, ele não era adequado
para a tarefa# Contudo, Adão poderia ter estado presente, poderia ter sido poderoso, poderia ter1se lembrado do que eus

ordenara#
=uando o 'aos se intromete em meu mundo, quero saber a resposta 'erta# 8en*o de saber a maneira 'erta de agir antes de
faz51lo# =uero ser adequado#
8alvez vo'5 'on-e'ture+ 6or que eus não falou na *ora da tenta.ão? e fato, *á dois personagens silen'iosos em !5nesis
"+ Adão e eus# eus não faia em !5nesis "# Ele não removeu a 'onfusão da vida de Adão ou o 'aos do seu mundo# O
simples fato & que eus demonstrou um profundo respeito por Adão# eus eigiu que ele fosse *omem#
eus, tamb&m, não remove a min*a 'onfusão# A min*a vida toda, dese-ei ) implorei ) a eus que removesse o 'aos do
2
meu mundo para que eu pudesse me tornar *omem# Eu queria que Ele apertasse um interruptor na min*a alma para que
eu pudesse mudar# Eu não me moveria adiante no meu mundo at& que me sentisse adequado#
Contudo, min*a *esita.ão não era 'oisa pou'a aos ol*os de eus# @a verdade, ela era uma viola.ão da inten.ão de eus
para mim# O 'aos da vida & a dádiva de eus para os *omens# Sem 'onfusão e trag&dia, -amais seríamos os *omens que
eus nos pro-etou para ser# Atrav&s de tudo isso Ele requer que 'onfiemos, não em nós mesmos, mas, nUEle# E min*a furiosa
eig5n'ia de ser adequado era uma forma de 'onfiar em mim mesmo, em vez de 'onfiar em eus# 6or anos, meus
sentimentos de inadequa.ão me impediram de ser poderoso na vida dos outros, porque eu não podia 'onfiar em eus para
me a-udar a mover1me atrav&s do 'aos do meu mundo#
Mo*n Steinbe'J 'onta uma *istória reveladora em seu livro CannerI Qo# ois *omens, no roman'e, estão dis'utindo sobre
outro personagem '*amado Fenri, um pintor# Fenri & um *omem estran*o e, boa parte do tempo, um son*ador# 0as *á
uma 'oisa que ele faz bem+ 'onstruir bar'os# Fenri & um mestre artesão que passa a maior parte da vida 'onstruindo um
bar'o num lote vazio# 6or anos, ele a-unta materiais ) madeira, tinta, latão, parafusos, pregos ) para 'onstruir um bar'o
magnífi'o# E Steinbe'J diz sobre Fenri+ <Como 'onstrutor de bar'os, ele era espl5ndido# Fenri era um artesão maravil*oso#
O bar'o era es'ulpido, em vez de 'onstruído#
0as, *á um p roblema# Fenri nun'a termina seus bar'os# Ele os 'onstrói linda e perfeitamente, mas se re'usa a terminá1los#
8oda vez que está perto de 'ompletar seu bar'o, ele muda de dire.ão e 'ome.a a 'onstruir um bar'o novo e diferente#
Eis aqui a 'onversa que os dois personagens t5m a respeito de Fenri+
<o' deu uma risadin*a#
) Ele ainda está 'onstruindo o bar'o?
) Claro ) disse Fazel# ) Ele mudou tudo# @ovo tipo de bar'o# A'*o que ele vai desmontá1lo e mudá1lo# o' ) ele &
doido? o' derrubou ao '*ão o pesado sa'o de estrelas1do1mar e fi'ou ali, ofegando um pou'o#
) oido? ) perguntou# ) O*, sim, a'*o que sim# oido mais ou menos tanto quanto nós, apenas de uma forma diferente#

Kma 'oisa dessas nun'a o'orrera a Fazel# Ele se via 'omo uma lagoa 'ristalina de 'lareza e sua vida 'omo um vidro inquieto
de virtude mal 'ompreendida# A (ltima afirmativa de o' o deiara um tanto ofendido#
)0as aquele bar'o### ) bradou# ) ###ele está 'onstruindo aquele bar'o *á sete anos, que eu saiba# Os blo'os apodre'eram
e ele fez blo'os de 'on'reto# 8oda vez que ele '*ega perto de terminar, muda tudo e 'ome.a de novo# A'*o que ele & doido#
Sete anos num bar'o2 o' estava sentado na areia, tirando as botas de borra'*a#
) 4o'5 não entende ) disse ele suavemente ) Fenri ama os bar'os,mas tem medo do o'eano#
Má 'onstruí muitos bar'os na vida# Construí alguns deles 'om maestria# Como de'larei antes, em min*a *istória ini'ial, eu
realizara alguns dos meus son*os mais 'aros at& os vinte e oito anos de idade# 0as, 'onstruí essas realiza.es em áreas que
não eram primárias# Antes, estava 'onstruindo nas áreas que eram seguras para mim ) ensinar, pregar, estudar# =uando se
tratava das áreas mais importantes ) 'asamento, fil*os, amigos ) eu vivia aterrorizado# O*, eu dava a impressão de estar
'onstruindo+ serrava desesperadamente as tábuas, aplainava o remate e montava as ferragens# E, provavelmente, eu
pare'ia um *omem ao fazer tudo isso# 0as eu me sentia 'omo um menino# 8in*a medo do o'eano, por isso trabal*ava para
'onven'er a mim mesmo de que não tin*a# Eu trabal*ava duro para ven'er min*a inadequa.ão 'omo *omem porque eu
não navegaria no o'eano enquanto não a'reditasse que era adequado# Como todo *omem, luto 'om a inadequa.ão# O que
devemos fazer 'om isso?

Binha Nnade!ua%ão é a Binha /or%a

Fomens piedosos são *omens quebrados# Eles não t5m nada a provar e nada a perder# Eles se arris'am# Eer'em grande f&#
São amantes apaionados#
O 'amin*o do mundo & o de ser forte em lugares fortes# 0as essa & uma lideran.a gentia# A lideran.a gemia envolve
*omens fortes dominando pessoas fra'as# São *omens poderosos usando outros para seu próprio benefí'io#
0as eus nos '*ama para sermos fortes em lugares quebrados# =uando nos definimos em termos de nosso
quebrantamento e não de nossa for.a, seguimos o eemplo do (ni'o *omem perfeito# Ele des'reveu Seu '*amado nesta
vida desta forma+“&is !ue vamos a Merusalém, e o /ilho do 6omem ser- entregue aos rinciais dos sacerdotes e aos
escribas, e eles o condenarão 7 morte. &les o entregarão aos gentios. &les zombarão dele, e cusirão nele, e o a%oitarão, e o
matarão”0t 9[#:\1 :X ) tradu.ão do autor%#
O il*o do Fomem ) o *omem perfeito ) veio para ser entregue nas mãos dos Seus inimigos, para ser traído por aqueles
que amava# Ele veio para estabele'er Seu Qeino atrav&s da Sua morte, não atrav&s de for.a aparente# Ele deliberadamente

Se entregou vivo
Entretanto, /queles que, sabia,
de forma iriam matá17o#
a assegurar que -amais serei traído# =uando min*a esposa diz que estou errado, eu dis'uto 'om
ela at& ela não ter saída# Sou 'omo um advogado, preparado para retaliar 'ontra qualquer ataque# @ão darei meu 'ora.ão
livremente para não ser traído# Compreendo a seriedade de viver num mundo brutal e que o *omem que dá de si mesmo,
no fim, sa'rifi'ará apenas a si mesmo# @este lado do C&u, o 'aos sempre ven'erá#
0as, nosso '*amado 'omo *omens não & diferente do de fosso 0estre# Cres'er no meu mundo me ensinou que somente
os *omens fortes, insensíveis, duros, sobrevivem e se tornam bem1su'edidos# Cristo, pelo Seu ensino e por Sua própria vida,
3
nos ensinou que somos mais fortes nos nossos lugares mais quebrados#
Eu via meus lugares quebrados ) a perda pre'o'e de meu pai, min*as inseguran.as profundamente arraigadas e disposi.ão
sombria, min*a propensão ao sil5n'io, meu medo de intimidade ) 'omo des'ulpas para viver uma vida sem amor#
8odavia, enquanto me re'uso a ser quebrado, a ser traído, 'ontinuo a ser aquele garotin*o de terno# E & somente o meu
quebrantamento que me traz vida# =uebrantar1me 'om as min*as trag&dias e 'om o meu pe'ado me permite ser o *omem
que *á muito tempo eu fui '*amado a ser, na mente de eus#
Fomens piedosos são *omens quebrantados# Se 'ompreend5ssemos esta verdade, não *averia adult&rio, não *averia
divór'ios# @ão abusaríamos de nossos fil*os ou dos fil*os dos outros# @ão estaríamos nas prises# Em vez disso,
relembraríamos a nossos fil*os a *istória de eus# Se estiv&ssemos dispostos a morrer pelos outros, então, talvez, não
*ouvesse mais 'rian.as morrendo de fome na So mália ou órfãos em Quanda# @ão *averia mais viol5n'ia# Este seria um
mundo bem mel*or#

8,/ HIS9"IA ;*< ;AI *+9A"=


Contaremos *istórias no C&u# =ue *istória vo'5 vai 'ontar? 4o'5 dará, tristemente, os detal*es da vida de um *omem
obstinado que nun'a se permitiu ser in'apa'itado pelas 'oisas trági'as ou pe'aminosas em sua vida? 4ai des'rever um
*omem que tin*a medo demais para 'onfiar em eus?
Eu espero 'ontar um tipo de *istória diferente# 0in*a *istória não será sobre um eus que removeu o 'aos da min*a vida#
0in*a *istória será, essen'ialmente que, a despeito disso ) e a despeito de todos os o bstá'ulos, 'onfusão e temores ),
'onfiei em eus# irei que Ele nun'a tirou min*as inseguran.as, mas, por Sua gra.a, en'ontrei a 'oragem para Confiar nUEle
mesmo assim# E ol*e o que Ele por meu interm&dio2 á para a'reditar? Ele usou as min*as fraquezas, todas elas, para
trazer glória a Si mesmo2
O que 'apa'itará 'ada um de nós a 'ontar *istórias 'omo essa? O que nos 'apa'itará a sermos *omens piedosos? A
pergunta realmente devia ser+ =uem torna isso possível para nós?
O Segundo Adão intrometeu1se em nosso mundo, s&'ulos atrás, e fez o que o primeiro Adão deiou de fazer+ Ele adentrou o
'aos e feriu de morte a serpente de antigamente# O Segundo Adão, o 4erbo en'arnado, reverteu a obra do primeiro Adão#
E, agora, ten*o a oportunidade de viver / imagem do Segundo Adão# 6osso falar# 6osso amar# 6osso estar presente e min*a
presen.a pode tirar os outros de seu sil5n'io sufo'ante#

%
5A$$R C$A--

“5e nos !uisessem devorar demGnios não contados,


;ão oderiam derrotar nem ver*nos assustados.
$ r'ncie do mal, com seu lano infernal,
M- condenado est- vencido cair- or uma s" alavra.”
Bartinho =utero, +astelo /orte

Agora,
eu tin*a'om 'inqGenta
vinte, anos
trinta, ou de idade,
quarenta ve-o@o
anos# queque
a vida & muito
será mais
que vou 'onfusaquando
a'reditar e imensura velment
estiver 'omesessenta
mais difí'il
oudo que quando
oitenta anos?
Estou 'ontando 'om mais f& at& lá%#
eie1me dar uma id&ia da impressão que ten*o da min*a vida agora ) 'om sua es'uridão, 'om meus medos, 'om
movimentos muito mais difí'eis e muito mais signifi'ativos do que nun'a, em meu rela'ionamento 'om Cristo, 'om a
tentativa de segui17o rumo / mas'ulinidade#
As noites es'uras são tão negras quanto uma 'averna3 são menos freqGentes e menos longas do que antes, mas, mais
es'uras do que nun'a# Antes *avia sempre uma luzin*a a'esa durante a noite# Agora, me en'ontro em uma es'uridão tão
espessa que posso senti1la ) sem poder energar nada, 'om medo de me mover, tateando / pro'ura do interruptor na
parede, ou da lanterna na es'rivanin*a# =uando estou nessa es'uridão, pro'urar uma luz que eu possa a'ender & o (ni'o
movimento que arris'o#
Então eu o en'ontro+ o interruptor el&tri'o que 'on*e.o a meia altura da parede, a 'in'o 'entímetros da porta# Eu o ligo
e###@ada2 Estamos sem eletri'idade# Apalpo a es'rivanin*a e 'orro a mão sobre ela at& to'ar a lanterna# As p il*as estão
des'arregadas#
E fi'o ali na 'onfusão de um mundo que não faz nen*um sentido visível3 perpleo, sobre o que devo fazer em seguida# 6erdi
o interesse em eplorar a es'uridão# 8oda vez que tento apalpar, raspo o -oel*o em alguma 'oisa 'ortante ou bato 'om a
'abe.a em algo duro# Sinto dor e tontura# A es'uridão perdeu o seu fas'ínio# Má não dá a impressão da aventura que & fi'ar
bisbil*otando no quartin*o de despe-o de uma 'asa antiga# Aquilo era divertido# Este aposento pare'e assombrado# 8en*o a
impressão de que os movimentos são perigosos# Aprendi a permane'er imóvel#
0as só se pode fi'ar imóvel por 'erto tempo# Algum movimento pare'e indispensável# 0in*a mente 'ome.a a trabal*ar+
<Eu queria saber 'omo '*eguei aqui# As 'oisas 'ostumavam ser mais simples e mais 'laras e muito, mas, muito mais, felizes#
8alvez, se eu 'onseguir des'obrir o 'amin*o que me troue a esta sala *orrível, eu possa seguir min*as próprias pegadas e
'air fora daqui#
0in*a mente de 'onsel*eiro engrena 'om um tran'o+ 4amos ver, quando eu tin*a seis anos, min*a mãe### @o 'arro aquele
dia, 6apai### A imagem ainda & 'lara para mim da &po'a em que###
7ogo me 'anso# A'ompan*ar esse tipo de pensamento pare'e menos um retrospe'to e mais o adentrar sem querer num
labirinto#
Então, ou.o um amigo '*amando meu nome+ <Estou na sala vizin*a# Fá um pou'o de luz aqui# 8alvez vo'5 possa seguir a
min*a voz para sair da sua sala para a min*a2 ) respondo#
Sinto esperan.a# Con*e.o meu amigo# Ele & bondoso e inteligente# 6elo menos, ele pode ver aonde está indo e o que está
fazendo# 8alvez ele me possa levar / luz#
Ele fala de novo+ <e onde estou, posso ver que a es'uridão que o 'er'a tem duas fontes+ o aposento em si Como foi que
vo'5 '*egou aí?%, e seu próprio 'ora.ão que temo se-a muito mais es'uro do que vo'5 pensa%# Se pudermos entender a
natureza da sua es'uridão, a 'ompreensão, em si, pode es'lare'er as 'oisas, ol*emos primeiro o aposento# O lugar onde
vo'5 se en'ontra & desesperadamente 'onfuso# 4o'5 pre'isa a'eitar esse fato# @a verdade, não *á diretrizes definidas para
orientá1lo a se mover a fim de que vo'5 obten*a o que quer# Enfrentar isso talvez a-ude#
<E seu 'ora.ão? Con-e'turo se *á for.as dentro de vo'5, as quais vo'5 nun'a, antes, admitiu# 8alvez se-a pre'iso dar uma
boa ol*ada em 'omo vo'5 realmente &# 4o'5 pode ser muito eigente e mesquin*o# 6or vezes, muito arrogante# Ora, não
desanime# Fá tamb&m muita 'oisa boa em vo'5# Sua vida tem aben.oado a muitos e eu sou uma dessas pessoas# 8alvez, se
vo'5 vir tanto o bem quanto o mal dentro de si, vo'5 terá razão de se sentir entusiasmado e saberá o que &, em vo'5, que
deveria 'ausar quebrantamento#
<8alvez isso ilumine o 'amin*o que vo'5 deve tomar#
=uanto mais ele fala, menos interessado vou fi'ando# Se eu l*e 'ontasse isso, temo que ele '*amasse essa atitude de
resist5n'ia# Eu '*amo de t&dio# Fá algo 'om que fi'ar fas'inado, mas não & isto aqui# Estou 'ansado de ouvir as 'oisas que
fas'inam a maioria dos 'onsel*eiros#
Então, 'om a resigna.ão de um empregado voltando ao trabal*o depois de um 'afezin*o, relembro a mim mesmo as
min*as responsabilidades # 0esmo no es'uro, 'onsigo en'ontrar um -eito de pe'ar# 8alvez, meu 'orpo não possa se mover,
mas, min*a mente, pode 'om 'erteza# As fantasias seuais t5m o seu apelo3 imagens iradas se 'onvidam a entrar no meu
'ons'iente#

(
igo a mim mesmo+ <@ão, isto não & 'erto2 6re'iso 'ontrolar estes pensamentos# Eu os substituirei por ora.es pelos outros
que estão na es'uridão e por aqueles que vivem na luz artifi'ial#
0in*a boa determina.ão pare'e pesada, 'omo um fardo do qual eu -á me tivesse livrado mas agora apan*asse de novo#
Essa não pode ser a rota da alegria#
Cá estou eu, 'om 'inqGenta anos, um 'ristão por mais de quatro d&'adas, psi'ólogo, professor e autor ) e estou parado
num aposento es'uro, paralisado# Está na *ora de fazer uma avalia.ão, de uma forma que eu não poderia fazer fora deste
aposento *orrível# 8alvez eu este-a num lugar bom para aprender aquilo que só pode ser aprendido no es'uro#
ontes de luz que 'ostumavam ser 'onfiáveis não ofere'em nen*uma a-uda# O movimento & impossível# Avaliar a es'uridão
) tanto na alma quando no mundo ) promete revelar apenas mais 'onfusão# etermina.ão moral & uma boa 'oisa, &
'laro, mas a bondade por es'ol*a pare'e impossível de ser atingida#
Então, o que devo fazer? Estou 'om 'inqGenta anos, parado ) 'omo um manequim ), num aposento es'uro, in'erto do
que o tempo trará, dese-ando de todo o 'ora.ão fazer algo, dese-ando qualquer 'oisa que não se-a esta esmagadora
passividade#
4olto meus pensamentos para o traquinas sorridente que l*es mostrei nas páginas ini'iais deste livro# E eamino quem sou
agora, / luz do que alego 'rer#
=uando 'rian.a, eu tin*a dois grandes problemas+ primeiro, morria de medo de meu '*amado para viver 'omo *omem
neste mundo in'erto3 segundo, eu não podia es'apar disso# 0eu sorriso es'ondia o meu medo# 0in*a <traquinagem era
uma epressão imatura do '*amado a que eu não 'onseguia es'apar ) o '*amado para mover1me da maneira que apenas
eu podia mover# 8anto o sorriso, quanto a traquinagem mantin*am as luzes a'esas# Agora as luzes se apagaram# Será que
isto & bom? Será que o sorriso se foi, o traquinas agora & algu&m que se move? Estou1me transformando num poeta rison*o
que viven'ia o 'aráter de eus atrav&s de min*a singularidade?
0in*a esposa, por 'er'a de trinta anos, me diz que não sorrio tão bem agora, ou 'om tanta freqG5n'ia, quanto 'ostumava
sorrir# ou1l*e a impressão de estar mais s&rio# E isso não & bom# Hs vezes, abordo a vida 'omo se fosse uma tarefa
opressiva, um dever 'ompulsivo que não permite o riso# Ela gostaria que eu a abordasse 'omo se fosse uma lou'a aventura+
'*eia de altos e baios que, 'omo um filme antigo, se move rumo a um ato final de *eroísmo que 'olo'a tudo no lugar# A'*o
que a parte do riso não está indo muito bem# 8ampou'o, 'onsigo en'ontrar o 'amin*o que levaria de volta a um sorriso
travesso de 'rian.a#
A parte da poesia tem, tamb&m, os seus problemas# Alguns vislumbres da for.a vitalizadora de eus es'apam sorrateiros
atrav&s da 'onfusão da min*a eist5n'ia# @ão são muitos, mas, agora, talvez mais do que antes#
E, 'ontudo, no meio disto tudo, sinto1me en'ora-ado ) não por qualquer ol*adela no espel*o, mas por uma ol*adela para
'ima que v5 um lindo quadro, 'omo uma 'rian.a vendo um gra'ioso 'avalo nas nuvens bran'as# Só que esse 'avalo
realmente está lá#
Ainda não vi Cristo, mas o estou pro'urando mais do que nun'a# Hs vezes, re'on*e.o o Seu 'ontorno# O que & mais
importante+ 'reio que agora Ele está ali para ser visto, que Ele dese-a ser visto, e que eu O verei ) talvez não O ve-a
plenamente nesta vida, mas & possível que eu '*egue bem perto disso#
6ressinto Sua paião, sinto Seu movimento# A'*o que sei um pou'o do que Ele quer ver se desenvolver em min*a esposa e
fil*os e em alguns amigos# E, realmente, a'*o que Ele pode me usar para a-udar a fazer isso a'onte'er, não da maneira que
um treinador de basquete usaria sua estrela numa -ogada 'ru'ial, mas, mais da maneira 'omo Cristo alimentou uma grande
multidão 'om num
D difí'il sorrir um lan'*ezin*o#
aposento es'uro# @ão *á ningu&m nos vendo sorrir# O sorriso, per'ebo agora, era para uma audi5n'ia#
6are'e muito menos importante, agora, impressionar ou entreter algu&m# O riso ainda não está ali, mas ) 'omo algu&m
que entende uma piada muito depois do desfe'*o ) vou rir# Sei que isso está vindo3 só que eu demoro um pou'o#
E essa determina.ão malandra de não me 'onformar está, penso eu, amadure'endo numa liberdade de seguir o meu
'*amado ) esse '*amado (ni'o sobre a min*a vida que signifi'a+ menos seminários, mais tempo para pensar, ler livros que
me obriguem a pensar em vez de meramente me informar%, a me deter em 'onversas reservadas mais longas 'om algumas
pessoas#
urante essas noites es'uras, ainda não posso vislumbrar 'oisa alguma, quando ol*o ao redor# A es'uridão & intensa
demais# 0as posso ouvir# E /s vezes ou.o a voz in'onfundível de eus# Ela não está no vento, nem no fogo, nem no
terremoto# A es'uridão me fez permane'er imóvel o sufi'iente para ouvir um sussurro suave#
E & uma voz do'e e forte e boa# =uero fazer o que ela diz, embora signifique que pre'iso mover1me nesta es'uridão
apavorante# 4e-o min*a esposa, que -á n ão & -ovem, 'omo mais bela do que nun'a# 0eus fil*os pare'em menos duas razes
para eu me preo'upar e mais duas oportunidades bem1vindas para investimento e regozi-o 'ontínuos#
O din*eiro ainda & muito importante, mas a perspe'tiva de verdadeiramente ministrar /s pessoas está '*egando perto# Este
mundo está se tornando menos e menos 'onfortável# E / medida que isso o'orre, uma luz dos C&us 'ome.a a penetrar a
es'uridão# Eu a ve-o# =uero segui1la# =uero 'amin*ar fielmente no 'amin*o que ela ilumina# =uero ir para 'asa ) Como um
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