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Contabilidade

Industrial

113
Contabilidade Industrial
6E
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respondendo solidariamente as empresas responsáveis pela
6ª Edição - Julho/2009 produção de cópias.
Índice
Apresentação........................................................................................................... 09

Lição 1 - A Empresa Industrial: Suas Funções e Classificações


Introdução............................................................................................................... 11
1. Empresa Industrial......................................................................................... 11
2. Funções da Empresa Industrial.................................................................... 11
2.1 Função Técnica ou Industrial ............................................................... 11
2.2 Função Mercantil ou Comercial ............................................................ 12
2.3 Função Financeira................................................................................... 12
2.4 Função Econômica................................................................................... 12
2.5 Função Social........................................................................................... 12
2.6 Função de Seguros . ................................................................................ 12
2.7 Função Administrativa........................................................................... 12
3. Classificação das Empresas Industriais........................................................ 12
Exercícios Propostos............................................................................................... 13

Lição 2 - Administração Organizacional Industrial


Introdução............................................................................................................... 15
1. Organização Administrativa Industrial....................................................... 15
2. Esquema Administrativo para Empresa Industrial de Porte Médio......... 15
2.1 Diretor-superintendente......................................................................... 15
2.2 Diretor-técnico......................................................................................... 16
2.3 Diretor-comercial.................................................................................... 16
2.4 Diretor-administrativo/financeiro......................................................... 17
Exercícios Propostos............................................................................................... 18
.
Lição 3 - Contabilidade Industrial
Introdução............................................................................................................... 19
1. Custo ou Contabilidade de Custo.................................................................. 19
2. Fatos Econômicos e Financeiros................................................................... 19
Exercícios Propostos............................................................................................... 20

Lição 4 - Patrimônio da Empresa Industrial


Introdução............................................................................................................... 21
1. Formação do Patrimônio na Empresa Industrial........................................ 21
2. Fontes de Recursos e Aplicação dos Capitais.............................................. 21

113/
3. Investimentos nas Empresas Industriais...................................................... 21
3.1 Bens Numerários...................................................................................... 21
3.2 Créditos de Funcionamento.................................................................... 22
3.3 Bens de Venda.......................................................................................... 22
3.4 Bens de Renda ou Investimentos............................................................ 22
3.5 Bens Imobilizados.................................................................................... 22
3.6 Bens Intangíveis....................................................................................... 22
Exercícios Propostos............................................................................................... 23

Lição 5 - Custos
Introdução........................................................................................................... 25
1. Conceito, Elementos, Componentes e Classificação.................................... 25
1.1 Custo Industrial....................................................................................... 25
1.1.1 Elementos do Custo Industrial........................................................ 25
2. Classificação dos Custos................................................................................ 27
2.1 Custo Direto............................................................................................. 27
2.2 Custo Indireto.......................................................................................... 27
3. Custos de Produção........................................................................................ 29
3.1 Custo por Ordem (Encomenda).............................................................. 29
3.1.1 Características do Custeio por Ordem de Produção..................... 29
3.1.2 Fatores Positivos do Custeio por Ordem de Produção.................. 30
3.1.3 Fatores Negativos do Custeio por Ordem de Produção................ 30
3.2 Custo por Processo e Produção Contínua.............................................. 33
4. Diferenças Básicas entre o Custo por Ordem e por Processo..................... 43
4.1 Custo por Processo................................................................................... 43
4.2 Avaliação do Estoque de Produtos em Processo................................... 43
4.3 Rateio do Custo........................................................................................ 48
Exercícios Propostos............................................................................................... 49

Lição 6 - Formação do Preço de Venda


Introdução........................................................................................................... 53
1. Conceito........................................................................................................... 53
2. Técnicas de Definição do Preço de Venda.................................................... 53
2.1 Fórmulas do Mark-up............................................................................. 53
3. Exemplo Real de Determinação do Preço de Venda................................... 55
4. Algumas Limitações da Formação do Preço de Venda............................... 56
4.1 Concorrência............................................................................................ 56
4.2 Condição da Empresa.............................................................................. 56
Exercícios Propostos............................................................................................... 57

Lição 7 - Funções das Contas


Introdução........................................................................................................... 59
1. Ativo................................................................................................................ 59
1.1 Ativo Circulante....................................................................................... 59
1.1.1 Disponibilidades.............................................................................. 59
1.1.2 Créditos............................................................................................. 59
1.1.3 Estoques............................................................................................ 59

113/
1.1.4 Despesas Antecipadas...................................................................... 60
1.1.5 Outros Valores e Bens...................................................................... 60
1.2 Ativo Não Circulante............................................................................... 60
1.2.1 Realizável a Longo Prazo................................................................ 60
1.2.2 Investimentos.................................................................................... 60
1.2.3 Imobilizado....................................................................................... 60
1.2.4 Ativo Intangível................................................................................ 61
2. Passivo............................................................................................................. 61
2.1 Passivo Circulante................................................................................... 61
2.1.1 Fornecedores..................................................................................... 61
2.1.2 Obrigações Sociais e Trabalhistas.................................................. 61
2.1.3 Obrigações Tributárias.................................................................... 62
2.1.4 Contas a Pagar.................................................................................. 62
2.1.5 Outras Obrigações a Pagar.............................................................. 62
2.1.6 Empréstimos e Financiamentos...................................................... 62
2.2 Passivo Não Circulante........................................................................... 62
2.2.1 Receitas e Despesas Diferidas......................................................... 62
3. Patrimônio Líquido........................................................................................ 63
3.1 Capital Social........................................................................................... 63
3.2 Reservas de Capital................................................................................. 63
3.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial.......................................................... 63
3.4 Reservas de Lucros.................................................................................. 63
3.5 Ações em Tesouraria ............................................................................... 64
3.6 Prejuízos Acumulados ............................................................................ 64
4. Despesas ou Custos........................................................................................ 64
4.1 Deduções de Vendas................................................................................ 64
4.2 Custo de Produtos Vendidos................................................................... 64
4.3 Despesas com Vendas.............................................................................. 66
4.4 Despesas Financeiras.............................................................................. 66
4.5 Despesas Gerais e Administrativas........................................................ 66
4.6 Outras Despesas Operacionais............................................................... 66
4.7 Despesas Não Operacionais.................................................................... 66
4.8 Provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social................... 66
5. Receitas ou Ingressos..................................................................................... 67
5.1 Receita Bruta de Vendas......................................................................... 67
5.2 Receitas Financeiras................................................................................ 67
5.3 Receitas Não Operacionais..................................................................... 67
6. Sistema Auxiliar de Contas........................................................................... 67
Exercícios Propostos............................................................................................... 69

113/
Lição 8 - Depreciação, Amortização e Exaustão
Introdução........................................................................................................... 71
1. Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado................................................. 71
1.1 Dedutibilidade Perante o Imposto de Renda........................................ 71
1.2 Bens que Podem Ser Depreciados.......................................................... 72
1.2.1 Edifícios e Construções.................................................................... 72
1.2.2 Bens Cedidos em Comodato............................................................ 72
1.2.3 Semoventes Classificados no Ativo Imobilizado........................... 72
1.3 Bens que Não Podem Ser Objeto de Depreciação................................. 72
1.4 Mês de Início da Depreciação................................................................ .72
1.5 Taxa Anual de Depreciação.................................................................... 75
1.6 Bens Adquiridos Usados......................................................................... 76
1.7 Conjunto de Instalações ou Equipamentos........................................... 76
1.8 Método de Depreciação das Quotas Constantes................................... 76
2. Amortização.................................................................................................... 76
2.1 Previsão Legal.......................................................................................... 76
2.2 Capital e Despesas Amortizáveis........................................................... 77
2.3 Apuração da Quota de Amortização...................................................... 77
2.4 Taxa de Amortização............................................................................... 77
3. Exaustão.......................................................................................................... 77
3.1 Elementos Sujeitos à Exaustão.............................................................. 77
3.2 Determinação da Quota de Exaustão.................................................... 78
3.2.1 Exaustão da Floresta Natural......................................................... 78
3.2.2 Exaustão da Floresta Plantada....................................................... 78
3.2.3 Não Extinção no Primeiro Corte.................................................... 80
3.3 Exaustão de Recursos Minerais.............................................................. 80
3.3.1 Determinação da Quota Anual....................................................... 80
3.3.2 Cálculo da Exaustão Real................................................................ 81
3.3.3 Recursos Minerais Inesgotáveis...................................................... 82
Exercícios Propostos............................................................................................... 83

Respostas dos Exercícios Propostos...................................................................... 84

Bibliografia.............................................................................................................. 90

113/
Apresentação
Neste fascículo, estudaremos o conceito e funcionamento de uma
empresa industrial por meio da Contabilidade Industrial.

Apresentaremos a classificação desse tipo de empresa no mercado,


bem como suas funções. Para isso, retomaremos alguns conceitos da
Contabilidade de Custos, que é matéria fundamental para que possamos
entender melhor como funciona uma empresa industrial.

Aqui serão apresentadas, de modo prático e por meio de exemplos e


exercícios de custos, a apropriação e sua forma de cálculo, demonstração
de folha de pagamento, apresentação das contas contábeis e suas finali-
dades, e teoria e tabela de depreciação para serem utilizados no ativo.

113/
lição

A Empresa Industrial:
1 Suas Funções e Classificações
Introdução
Nesta lição, estudaremos o conceito de indústria, a finalidade de
uma empresa industrial, suas funções e como pode ser dividida.

1. Empresa Industrial
É aquela que transforma matéria-prima em produtos acaba-
dos, a fim de satisfazer as necessidades humanas.

No sentido restrito, o termo indústria é compreendido como


sinônimo de empresa industrial, mas pode ter um uso mais amplo
e é, muitas vezes, utilizado para toda atividade econômica que tem
como finalidade o lucro.

2. Funções da Empresa industrial


A empresa industrial é uma entidade econômica com objetivo
de obter lucro, tendo determinadas funções como prática. Veremos,
aqui, algumas delas.

2.1 Função Técnica ou Industrial

É o conjunto das operações necessárias para a transformação


das matérias-primas em produtos acabados.

113/11
Instituto Monitor

2.2 Função Mercantil ou Comercial tal forma que seja possível produzir o má-
ximo com o menor esforço.
Por um lado, a empresa industrial deve
adquirir materiais e bens destinados à 3. Classificação das
produção ou ao consumo e, por outro lado, Empresas industriais
deverá vender sua produção. Esse conjunto
de atividades deverá ser solucionado pela As empresas industriais podem ser
função mercantil ou comercial que, na sua classificadas sob vários aspectos. Apre-
essência, nos dá a ideia de compra e venda. sentamos aqui a sua divisão de acordo com
a natureza dos produtos que fabricam.
2.3 Função Financeira Assim, podem ser:

A empresa industrial necessita de ca- • de mineração e extrativas;


pitais para desenvolver suas atividades, e • de ferro e seus derivados: siderurgia;
esse capital é obtido de duas formas: capital • de metais ou metalurgia;
próprio e/ou de terceiros. A função financeira
é resolver os problemas relativos à obtenção • mecânica e de construção de máquinas;
desses recursos. • de aparelhos e máquinas de precisão;
• de materiais elétricos;
2.4 Função Econômica
• de automóveis e veículos motorizados;
É uma outra função fundamental à • de fios ou fiação;
empresa industrial, pois está relacionada à
aplicação dos capitais obtidos ou gerados. • de tecidos ou têxtil;
• de cordas, barbantes, lanifício, etc;
2.5 Função Social • gráfica e editores de livros, revistas e jor-
nais;
De vital importância, tem por objetivo
criar e desenvolver utilidades para atender • derivados de leite: laticínios;
às necessidades do mercado consumidor, que • de móveis e objetos de madeira;
decorrem da evolução humana ou de incen-
• de papel e de seus derivados;
tivos criados pela própria indústria.
• de cerâmica;
2.6 Função de Seguros • de artefatos de couro;

É natural que, para poder desenvolver • de artefatos de borracha;


suas atividades, a empresa industrial zele • de construções;
pelo seu patrimônio, bem como pela integri- • de materiais plásticos;
dade física das pessoas. À função de seguros
cabe as providências necessárias para que • de vidros;
isso ocorra. • de cimento;
• de química e petroquímica;
2.7 Função Administrativa
• de produtos farmacêuticos;
Tem como objetivo a organização, o • de refinação de petróleo;
controle e a previsão de todas as demais
funções. Para isso, cria normas e princípios • de aparelhos elétricos e eletrônicos;
visando dispor das coisas e das pessoas de • de gêneros alimentícios.

113/12
Exercícios Propostos
1 - Qual a diferença entre uma empresa industrial e uma empresa comercial?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2 - Todas as empresas, independentemente do seu ramo de atividade (industrial, comer-


cial, prestação de serviços, etc.), têm um objetivo comum. Qual é esse objetivo?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

3 - A empresa industrial tem funções a serem desenvolvidas. Cite três delas e


explique.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

4 - A que funções correspondem, numa empresa industrial, as seguintes


atividades:

a) Organização das demais funções da empresa.


_________________________________________________________________________

b) Trabalho para fabricação dos produtos finais.


_________________________________________________________________________

c) Aplicação de capitais.
_________________________________________________________________________

113/13
d) Venda de produtos acabados.
_________________________________________________________________________

e) Desconto de duplicatas nos estabelecimentos bancários.


_________________________________________________________________________

5 - Como classificamos uma pequena empresa, constituída pelo proprietário e


por um empregado, que compra arroz em casca e o beneficia?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

6 - Classifique as indústrias de acordo com os produtos abaixo, que são


obtidos por elas:

a) Manteiga e queijo
_________________________________________________________________________

b) Apartamentos
_________________________________________________________________________

c) Gasolina
_________________________________________________________________________

d) Fio de algodão
_________________________________________________________________________

7 - Cite três classificações de empresas industriais.


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

113/14
lição

Administração
2 Organizacional Industrial
Introdução funções ou setores da empresa, passando
essas decisões ou deliberações ao poder
Veremos, nesta lição, como a indústria se executivo.
organiza, o esquema administrativo de uma
• Poder Executivo - como o próprio nome
indústria de porte médio e suas divisões.
diz, trata-se do poder que executará
todas as vontades e decisões dos
1. Organização poderes anteriores, sendo exercido
Administrativa Industrial pelos diretores dos diversos setores da
empresa (diretor de vendas, de produção,
Para obter lucro, a empresa industrial administrativo, entre outros).
deverá cumprir sua finalidade, ou seja,
transformar matéria-prima em produto 2. Esquema Administrativo para
acabado e colocá-lo à disposição do mer-
Empresa Industrial de Porte
cado consumidor. Para isso, deverá exercer
determinadas funções, organizando-se ad- Médio
ministrativamente.
Todo esquema administrativo apresenta
Organizar significa estabelecer normas variações quando comparado a outro, pois
para obtenção da máxima eficiência do deve ser adaptado às necessidades da empre-
trabalho com o menor esforço possível e o sa. Há empresas que têm suas necessidades
melhor rendimento econômico. Para poder atendidas apenas com um diretor, enquanto
organizar-se administrativamente, a em- outras necessitam de um número elevado de
presa industrial deverá fazer uso de três diretores. Para nosso estudo, consideraremos
poderes: uma empresa com três diretores, que serão su-
bordinados a um diretor-superintendente.
• Poder Volitivo - é o poder máximo
da empresa, o das vontades. É aquele 2.1 Diretor-superintendente
que determina os objetivos a serem
alcançados, e é exercido pelo diretor- É sua função gerir todos os fenômenos
presidente. administrativos, financeiros e técnicos da
• Poder Deliberativo - é aquele que vai empresa. A ele estão subordinados todos
decidir como devem ser executadas os diretores, cada um especializado em sua
as vontades do poder volitivo, sendo área, de tal forma que possibilite o forneci-
exercido pelo diretor-geral, que delega mento de todos os subsídios necessários. Em
autoridade e responsabilidade a cada um nossa empresa, são necessários três diretores:
dos diretores encarregados das diversas o técnico, o comercial e o administrativo.

113/15
Instituto Monitor

2.2 Diretor-técnico 2.3 Diretor-comercial

A escolha desse diretor merece um cuida- Cabe ao diretor-comercial dirigir os


do especial, pois sua função é supervisionar departamentos comercial, de expedição e
toda a produção. Se possível, deve ser enge- expediente; tais departamentos executam
nheiro especializado e conhecedor da linha de tarefas de grande responsabilidade, dentre
produção. A ele deverão estar subor­dinados os as quais estão aquelas relacionadas aos
departamentos de serviços e de produção. problemas de vendas e cobranças. Assim,
esse cargo também deverá ser preenchido
O diretor técnico deverá supervisionar por um conhecedor da função.
as seguintes seções:
O diretor comercial deverá supervisionar
• Compras - essa seção é responsável por todo
as seguintes seções:
serviço relativo às matérias-primas e aos
materiais secundários e complementares • Vendas - essa seção seleciona a clientela
necessários à produção. Cabe a ela selecio- para a empresa, planeja a venda dos pro-
nar as fontes de fornecimento, pesquisar dutos fabricados (que pode ser feita por
preços e condições de pagamento. Por isso, intermédio de vendedores ou represen-
deverá ter um relacionamento estreito com tantes), e admite e treina o pessoal que
o almoxarifado e com o setor financeiro. participa de todo esse processo.
• Almoxarifado - encarrega-se do recebimen- • Publicidade - faz contato com agências es-
to e da guarda das matérias-primas, dos pecializadas ou é responsável pela redação
materiais secundários e complementares da da publicidade veiculada em jornais, revis-
produção, das máquinas e outros materiais tas, mala direta, televisão, rádio, painéis,
ligados diretamente ao setor da produção. folhetos, etc. Também programa a distri-
buição de brindes ou amostras grátis, etc.
• Manutenção e mecânica - executa todos os
serviços de mecânica e reparação de máqui- • Estoque e expedição - controla o estoque
nas e equipamentos, a fim de não permitir de produtos prontos, seu preparo final,
a paralisação do sistema de produção. embalagem; isso tudo para atender aos
pedidos recebidos pela empresa por meio
• Coordenadoria de produção - é respon-
de seu setor de vendas.
sável pelo comando direto da produção,
ordenando ao setor fabril a produção • Transporte - controla os veículos da em-
prevista no tempo programado, com exa- presa utilizados no transporte de materiais
me da qualidade, do aproveitamento da e produtos vendidos; isso inclui, quando
capacidade produtiva, etc. necessário, o transporte de vendedores ou
promotores de venda para seu campo de
• Projetos e desenhos - cabe ao setor a ela-
trabalho.
boração de desenhos e projetos segundo
orientações técnicas recebidas. • Faturamento - encarrega-se da emissão
das notas fiscais de vendas dos pedidos
• Planejamento e Controle de Produção
aprovados, emissão de faturas, duplica-
- responsável pelo planejamento, pro-
tas, recibos. Tem, portanto, controle das
gramação de produção, elaboração de
entregas dos produtos.
controles relativos a estoques de ma-
térias-primas (inclusive os de estoque • Crédito e cobrança - examina os pedidos
máximo, de tal forma que não venha a recebidos do setor de vendas, com libe­ração
ocorrer nenhuma falta de material, ao de crédito e determinação de seu atendi-
mesmo tempo em que não deverá per-
mitir estoques exagerados).
113/16
Instituto Monitor

mento de acordo com limites ou condições 3 Seção de Finanças - estão subordi-


em que as vendas foram realizadas, e con- nadas a ela a tesouraria, o caixa e as
trola a cobrança das duplicatas e recibos operações bancárias; também compete
emitidos pelo setor de faturamento. a ela a previsão financeira mensal,
para que a empresa tenha uma posição
2.4 Diretor-administrativo/financeiro exata de sua liquidez.

É de sua competência fazer cumprir • Departamento de expediente - a ele


todas as normas de organização, bem como cabem os serviços de correspondência,
supervisionar todos os controles de caráter de recebimento, elaboração e expedição.
econômico e financeiro. Para isso, deve uti- Também é responsável pelo arquivo, pelas
lizar cinco departamentos e seções, relacio- informações sobre serviços diversos, pela
nados a seguir. elaboração de relatórios e execução de
serviços externos da empresa.
• Departamento pessoal - responsável pela
admissão de funcionários e empregados em • Departamento administrativo - a ele deve-
geral, com serviços de registro, regularização, rão estar subordinadas as seguintes seções:
admissão e demissão, concessão de férias,
3 Organização e métodos - é responsável
elaboração de folhas de pagamento, serviços
pela organização da empresa, do controle
de assistência médica e social, etc.
e dos métodos de trabalho de todo pessoal
3 Seção de Pessoal - encarrega-se de tudo administrativo, técnico e produtivo.
o que diz respeito ao pessoal empregado
na empresa, pois procede ao registro dos 3 Estatística - responsável pelas estatísti-
empregados, controla horas trabalhadas cas relativas a todas as operações da em-
e elabora folhas de pagamento. presa, especialmente no que se refere às
vendas. Sua importância é enorme para
• Departamento de contabilidade - respon- os outros departamentos, pois influen-
sável pelo registro, pela escrituração e ciará nos setores de produção, publici-
pelo controle de todas as operações da em- dade, fabricação (nesse caso, indicando
presa; cria peças econômicas e financeiras a quantidade a ser produzida).
e elabora informações para a direção geral
e departamental; faz a apuração dos custos 3 Jurídica - lida com os assuntos legais e
industriais e setoriais e também se encar- fiscais da empresa, trata das questões
rega do cumprimento das exigências fiscais litigiosas e é responsável pela elabora-
e legais. Para cumprir suas muitas funções, ção de contratos e por todas as relações
o departamento deverá utilizar os serviços jurídicas da empresa com terceiros.
das seções de escrituração, custo industrial, 3 Almoxarifado de materiais de escritório
auditoria interna e análises contábeis. - enquanto o almoxarifado geral é res-
• Departamento financeiro - administra ponsável pelos materiais empregados na
as finanças da empresa, com controle do produção, esse é responsável pela compra
caixa e das operações bancárias; faz a e distribuição de todos os outros materiais
previsão financeira mensal, busca recursos de consumo. Solicita a compra de impres-
próprios e de terceiros; estabelece as con- sos, materiais diversos utilizados no escri-
dições de venda de acordo com o mercado tório, móveis e máquinas para escritório,
e as necessidades de numerário da empresa materiais de limpeza e todos os pequenos
para atender as suas obrigações. objetos de uso da administração.

113/17
Exercícios Propostos
1 - Como podemos definir a organização de uma empresa?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2 - Quais são os diretores que estão subordinados ao diretor superintendente?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

113/18
lição

3 Contabilidade Industrial
Introdução Para a contabilização do custo dos
produtos vendidos para fins de apuração
A Contabilidade Industrial é a aplica- do resultado, o custo industrial deve estar
ção dos princípios da Contabilidade Geral integrado com a Contabilidade da empresa
para o registro e o controle patrimonial das e deve ser realizado dentro dos princípios
empresas industriais. fiscais vigentes.

Sua particularidade é a contabilização 2. Fatos Econômicos e Financeiros


dos custos, sendo a única diferença em rela-
ção à Contabilidade Comercial. Na verdade, Numa empresa industrial, ocorrem fatos
a empresa industrial utiliza-se tanto da de duas naturezas distintas. São eles:
Contabilidade Comercial como da de Custos,
resultando, na Contabilidade Industrial, • Econômicos - envolvendo a produção e o
que abrange os três ciclos de uma empresa resultado da empresa, ou seja, a obtenção
industrial. São eles: de lucro ou a ocorrência de prejuízos.

• Ciclo industrial ou de produção - • Financeiros - referentes à obtenção de


abrangendo todas as operações de recursos de capitais, de créditos, sua
transformação de matérias-primas em aplicação para aquisição de outros bens
produtos acabados. e direitos e para solver as obrigações
assumidas pela empresa.
• Ciclo mercantil ou comercial -
envolvendo todas as operações Se houver distinção entre os fatos
de compras de matérias-primas e econômicos e os financeiros dentro da
operações de vendas. empresa, deverão ser contabilizados se-
• Ciclo financeiro - compreendendo todas paradamente, utilizando razão especial
as operações de obtenção de capitais e para cada um dos dois aspectos.
créditos e suas aplicações.
Dentro da Contabilidade, denomina-
1. Custo ou Contabilidade de Custo mos os fatos econômicos de Contabilida-
de Econômica, e os fatos financeiros, de
A apuração do custo industrial nas Contabilidade Financeira.
grandes empresas pode ser realizada com
registros específicos e analíticos, à margem Na Contabilidade serão globalizados os
da Contabilidade, com a finalidade de de- dois fatos na Razão Geral, para cumprimento
terminar o preço de venda dos produtos e o da legislação fiscal.
custo das unidades produzidas.

113/19
Exercícios Propostos
1 - Em que se diferenciam a Contabilidade Industrial e a Contabilidade Comercial?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2 - Levantando custos através de registros extracontábeis, onde serão incor-


porados tais custos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

113/20
lição

Patrimônio da
4 Empresa Industrial
Introdução tal). Exemplos: capital social, reservas
de lucro, reservas, etc.
Nesta lição, estudaremos o conceito de
patrimônio - conjunto de bens, direitos e 2. Fontes de Recursos e Aplicação
obrigações - em uma empresa industrial. dos Capitais
Também saberemos como é sua formação,
quais são suas fontes de recursos e aplica- A empresa industrial, para montar e
ções de capitais. desenvolver o seu patrimônio, pode obter os
recursos financeiros de duas formas:
Veja, no quadro a seguir, como o patri-
• Recursos próprios – são aqueles que se
mônio pode ser formado.
originam dos proprietários e aparecem
representados pela conta de capital social,
ATIVO PASSIVO reservas de lucro, reservas, etc.

BENS OBRIGAÇÕES • Recursos financeiros de terceiros – são


Direitos Patrimônio líquido aqueles que se originam de pessoas alheias
(capitais aplicados) (origem dos capitais ao patrimônio e aparecem representados
aplicados) por financiamentos bancários, fornecedo-
res, contas a pagar, etc.

1. Formação do Patrimônio 3. Aplicações de Recursos nas


na Empresa Industrial Empresas Industriais
Como qualquer outro patrimônio, o da As Aplicações de Recursos estão dividi-
empresa industrial é formado por elementos das em dois grupos:
ou valores positivos e negativos.
• ativo circulante
Como positivos, temos os bens e direitos;
como negativos, temos as obrigações. As • ativo não circulante
obrigações estão divididas em dois grupos:
Os subgrupos, onde se encontram todas
• aquelas assumidas pelo patrimônio com as aplicações de recursos realizadas e a se
pessoas desconhecidas (pessoas que não realizarem, estão descritos a seguir.
pertencem à empresa). Exemplos: dupli-
catas a receber, impostos a pagar, salários 3.1 Bens Numerários
a pagar, títulos descontados, etc.
• aquelas assumidas pelo patrimônio com São valores em dinheiro ou em papéis ou
seus proprietários (obrigações - capi- documentos que o representem, como che-

113/21
Instituto Monitor

ques, vales de adiantamento, ordens de pagamento e outros valores


conversíveis em dinheiro imediatamente. São representados pela
conta caixa ou banco conta movimento.

3.2 Créditos de Funcionamento

Representam direitos decorrentes de vendas realizadas a prazo,


saldos devedores de representantes, sócios-diretores, empregados
e outros, que mantenham relações com a empresa. São represen-
tados pela conta direitos a receber.

3.3 Bens de Venda

São os produtos acabados em estoque na empresa industrial


e destinados à comercialização. São representados pela conta
produtos acabados.

3.4 Bens de Renda ou Investimentos

São todos os investimentos de caráter permanente que produ-


zirão receitas não operacionais nas empresas industriais, por serem
aplicações em bens e direitos não necessários para as atividades
operacionais. Imóvel alugado é um exemplo. São representados
pela conta investimentos.

3.5 Bens Imobilizados

São aqueles que têm caráter de materialidade e são necessá-


rios para que a empresa industrial alcance seus objetivos; como
exemplo, destacam-se imóveis para uso, máquinas industriais e
veículos. São representados pela conta imobilizado.

3.6 Bens Intangíveis

Os bens intangíveis, como a aquisição de uma marca ou patente,


segundo alterações da Lei nº 11.638/07, deverão ser classificados no
Ativo Intangível, no qual estão os direitos que tenham por objeto
bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exerci-
dos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

113/22
Exercícios Propostos
1 - Quais são, nas empresas industriais, as duas origens dos capitais aplicados
em bens e direitos do ativo?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2 - No caso de extinção ou liquidação da empresa industrial, a quem deverá ser


pago o valor constante do patrimônio líquido? Por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

113/23
lição

5 Custos
Introdução • Mão-de-obra (salários e ordenados,
Previdência Social, FGTS, 13º salário,
Estudaremos, nesta lição, o conceito férias, seguro de acidentes, etc.).
de custos, os elementos componentes e sua
• Despesas gerais de fabricação
classificação.
(depreciação de máquinas, combustíveis
e lubrificantes, aluguéis, água, luz,
1. Conceito, Elementos, telefone, materiais de escritório, seguro
Componentes e Classificação contra fogo, etc.).

Custo é o esforço que consome energia


física ou mental, ou dispêndio de bens mate- A matéria-prima é o primeiro elemen-
riais, para se obter alguma coisa. O produto to concorrente para a formação do custo;
desse esforço ou dispêndio pode ser uma obra depois, temos a mão-de-obra, representada
intelectual (política, literária ou técnica), ou pelo trabalho aplicado à matéria-prima na
um bem material (que, além do esforço físico transformação em produto; e temos, ainda,
ou mental, consome outros bens), ou uma gastos diversos para manutenção e funciona-
satisfação física ou espiritual. mento da indústria, os quais podem influen-
ciar os custos diretos ou indiretos.
1.1 Custo Industrial • Gastos – são “sacrifícios” financeiros com
que a entidade arca para obtenção de um
É o consumo de bens e serviços para a produto ou serviço. Como exemplo, temos
fabricação de produtos, representados por a compra de matéria-prima, a mão-de-
matérias-primas, mão-de-obra e despesas obra, a compra de imobilizado, etc.
gerais de produção. Podemos defini-lo
como o conjunto de dispêndios que a em- • Despesas – são os gastos necessários para
presa tem com material, mão-de-obra e vender e enviar os produtos.
gastos gerais incorridos na produção. • Investimentos – são os gastos efetuados em
ativo ou despesas e custos que serão imo-
1.1.1 Elementos do Custo Industrial bilizados ou diferidos. São gastos ativados
em função de sua vida útil ou benefícios.
Todo custo industrial é constituído dos
seguintes elementos: • Prejuízo – é o resultado negativo da ope-
ração e/ou do período.
• Material (matérias-primas, matérias
secundárias, materiais de embalagem, • Custo de produção do período – é a soma
materiais de acabamento, etc.). dos custos incorridos na fábrica em um
determinado período.

113/25
Instituto Monitor

• Custo da produção acabada – é a soma dos custos contidos na


produção acabada em determinado período.
• Custo dos produtos vendidos – é a soma dos custos na fabricação
de bens que foram vendidos.

Para calcular o preço de venda, vamos tomar como exemplo,


para um total de 5.000 horas, os seguintes valores:

Matéria-prima.......................... R$ 20,00 por unidade


Mão-de-obra............................ R$ 20.000,00
Custo indireto de fabricação... R$ 10.000,00 para um total de
5.000 horas
Margem de lucro desejada...... 15%
Despesas administrativas....... R$ 3.500,00
Receita operacional líquida.... R$ 10.000,00

Porcentagem
Matéria-prima R$ 20,00 77%
MOD (R$ 20.000,00/5.000) R$ 4,00 15%
CIF (R$ 10.000,00/5.000) R$ 2,00 8%
Total R$ 26,00 100%

Participação da despesa em relação à receita operacional:

3.500 = 35%
10.000

Em que:
MOD: mão-de-obra
CIF: custo indireto fabricação
MP: matéria-prima

Preço de venda = Despesa + Margem de lucro desejada + MP + MOD + CIF

100% = 35% + 15% + MP + MOD + CIF

MP + MOD + CIF = 50%

Preço de venda = 100% × R$ 26,00 = R$ 52,00


50%

113/26
Instituto Monitor

Mapa de custo Porcentagem


Matéria-prima R$ 20,00 38%
Mão-de-obra direta (MOD) R$ 4,00 8%
Custo indireto de fabricação (CIF) R$ 2,00 4%
Despesa R$ 18,20 35%
Lucro R$ 7,80 15%
Preço de venda (PV) R$ 52,00 100%

ICMS Alíquota 18% = 100% - 18% = 82%

R$ 52,00 = R$ 63,41 = PV + ICMS


0,82

2. Classificação dos Custos


Os custos industriais dividem-se em diretos e indiretos.

2.1 Custo Direto

Entende-se por custo direto aquele que pode ser identificado


diretamente na fabricação de cada produto, podendo ser medido em
cada um deles, como é o caso da matéria-prima e da mão-de-obra.

2.2 Custo Indireto

É um gasto geral diretamente aplicado nos produtos, e não


pode ser medido em cada um deles; por isso, é usada a apropriação
por rateio, como aluguel de imóvel, água, luz, etc.

Vejamos um exemplo de cálculo para apuração do custo direto


e indireto em um produto.

A indústria Alfa Ltda. tem, sobre seus custos, as seguintes


informações:

Custo de produção Valor Porcentagem aplicada


Matéria-prima consumida R$ 105.000,00 60% matéria-prima para produto x
Materiais diversos fabricados R$ 4.500,00 40% matéria- prima para produto y
Seguro da fábrica R$ 13.000,00 40% mão-de-obra para produto x
Mão-de-obra da fábrica R$ 36.000,00 35% mão-de-obra para produto y
Depreciação da fábrica R$ 18.000,00 25% mão-de-obra indireta
Consumo de energia
R$ 25.500,00 35% energia elétrica s/ produto x
elétrica da fábrica
Manutenção da fábrica R$ 21.000,00 40% energia elétrica s/ produto y
25% energia elétrica indireta
Total R$ 223.000,00

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Instituto Monitor

Matéria-prima
Produto X . .................R$ 105.000,00 x 60% = R$ 63.000,00
Produto Y ...................R$ 105.000,00 x 40% = R$ 42.000,00

Mão-de-Obra Mão-de-Obra Direta Mão-de-Obra Indireta


Produto R$ 36.000,00 x 25% = R$ 9.000,00
Produto X R$ 36.000,00 x 40% = R$ 14.400,00
Produto Y R$ 36.000,00 x 35% = R$ 12.600,00

Energia Elétrica Direto Indireto


Produto R$ 25.500,00 x 25% = R$ 6.375,00
Produto X R$ 25.500,00 x 35% = R$ 8.925,00
Produto Y R$ 25.500,00 x 40% = R$ 10.200,00

Histórico Custo do produto x Custo direto do produto y Custo indireto Total

Matéria-prima 63.000,00 42.000,00 - 105.000,00


consumida
Mão-de-obra 14.400,00 12.600,00 9.000,00 36.000,00
da fabricação
Energia elétrica 8.925,00 10.200,00 6.375,00 25.500,00
para fabricação
Seguro da fábrica - - 13.000,00 13.000,00
Depreciação 18.000,00 18.000,00
Materiais diversos 4.500,00 4.500,00
fabricados
Manutenção da fábrica 21.000,00 21.000,00
Total 86.325,00 64.800,00 71.875,00 223.000,00

Rateio com base nos custos diretos: (86.325,00 + 64.800,00 = 151.125,00)


Cálculo do índice para custo direto: R$ 71.875,00 ÷ R$ 151.125,00 = 0,4755996
R$ 86.325,00 × 0,4755996 = R$ 41.056,00
R$ 64.800,00 × 0,4755996 = R$ 30.819,00
Produtos Custo direto Custo indireto Total
Produto X R$ 86.325,00 R$ 41.056,00 R$ 127.381,00
Produto Y R$ 64.800,00 R$ 30.819,00 R$ 95.619,00
Total R$ 151.125,00 R$ 71.875,00 R$ 223.000,00
Rateio com base na mão-de-obra direta: (14.400,00 + 12.600,00 = 27.000,00)
Cálculo do índice para custeio custo indireto: R$ 71.875,00 ÷ R$ 27.000,00 = 2,662037
Produto X: R$ 14.400,00 × 2,662037 = R$ 38.333,00
Produto Y: R$ 12.600,00 × 2,662037 = R$ 33.542,00

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Instituto Monitor

Produtos Mão-de-obra Custos indiretos


Produto X............................ R$ 14.400,00..........................R$ 38.333,00
Produto Y............................ R$ 12.600,00..........................R$ 33.542,00
Total..................................... R$ 27.000,00..........................R$ 71.875,00

Produtos Custo direto Custo indireto Total


Produto X R$ 86.325,00 R$ 38.333,00 R$ 124.658,00
Produto Y R$ 64.800,00 R$ 33.542,00 R$ 98.342,00
Total R$ 151.125,00 R$ 71.825,00 R$ 223.000,00

3. Custos de Produção

3.1 Custo por Ordem (Encomenda)

É o processo de computar o custo da matéria-prima, da mão-


de-obra e das despesas gerais de fabricação de cada produto
quando se vai fabricar uma máquina ou um produto especial. Ge-
ralmente, esse sistema de custo por encomenda é adotado mediante
pedido de clientes ou por necessidade da própria empresa.

Normalmente, esse custo é aplicado em bens sob encomenda,


produção não padronizada ou não repetitiva. E a apuração do
custo total da ordem, a acumulação de custos, vai desde o início
até o fim da produção.

3.1.1 Características do Custeio por Ordem de Produção

• Os custos são acumulados em cada ordem de produção.


• A ordem de produção é codificada para efeito de identificação.
• O processo de produção inicia-se após a emissão da ordem
de produção.
• A ordem de produção acumula material direto, mão-de-obra
direta e custos indiretos de fabricação.
• Durante o processamento da ordem de produção, os custos nela
acumulados fazem parte da conta produtos em elaboração.
• É um sistema caro, pois exige um controle minucioso.
• O custo é determinado somente no encerramento da ordem
de produção.
• Existem vários tipos de ordem de produção, tais como produção,
serviços, reparos, manutenção, etc.

113/29
Instituto Monitor

3.1.2 Fatores Positivos do Custeio por Ordem de Produção

• A ordem de produção terminada serve como base para as


futuras produções.
• Permite identificação do produto de maior ou menor lucro.
• O acompanhamento do lançamento proporcionará um
controle independente do levantamento físico (inventário).
• Fornece meios que possibilitam ao departamento
financeiro estabelecer épocas para receber parcelas de
receitas dos clientes.

3.1.3 Fatores Negativos do Custeio por Ordem de Produção

• Custo elevado de controle e acompanhamento.


• O conhecimento do custo do produto só é possível após o
encerramento da ordem.

1º) Vejamos um exemplo de uma ordem de produção.

Ordem de produção: nº 100


Produto: macacão para bebês

Data Mat.dir. Unid. Quant. Valor MOD Valor Tx. CIF Valor Total
02/10 Algodão kg 1 100,00 2h x 5.000 100,00 10%MP 10,00 210,00
25/10 Linha m 2 50,00 2h x 5.000 50,00 10%MP 5,00 105,00
31/10 Botão un 10 100,00 2h x 5.000 100,00 10%MP 10,00 210,00
Total 250,00 250,00 525,00

2º) Vejamos um exemplo de cálculo de uma ordem de produção.

Uma indústria fabrica o seu produto através de uma ordem


de produção aberta no 1º dia útil do mês. Os lançamentos são
os seguintes:

• 02/10 – Foram utilizados 10 kg de massa cinzenta ao custo


de R$ 100,00.
• Foram necessárias 4 horas para processar essa matéria-prima e
o custo unitário foi de R$ 200,00.
• Os custos indiretos foram alocados tendo como base a mão-de-
obra direta, à qual foi aplicada a taxa de absorção de 1,50.

113/30
Instituto Monitor

• Dia 05/10 – foram consumidos 3 kg de cola ao custo de.


R$ 200,00.
• Nessa operação foram utilizadas 8 horas ao custo unitário
de R$ 200,00. Os custos CIFs foram alocados com base na
ante­rior (MO de R$ 1,50).
• Dia 31/10 – foram gastos 5 kg de massa para polir ao custo
de R$ 150,00.
• Nessa operação foram consumidas 6 horas de mão-de-obra
direta, ao custo unitário de R$ 200,00.
• O custo CIF foi alocado na forma anterior (MO de R$ 1,50).
• Ao encerrar a ordem de produção, os custos indiretos
estimados totalizavam R$ 6.000,00. A quantidade
estimada dos produtos acabados foi de 25 unidades,
porem só foram obtidas 20 unidades.

Agora, façamos os cálculos necessários:


a) Cálculo do total da ordem de produção.
b) Cálculo do custo unitário da ordem de produção.
c) Cálculo do custo indireto.
d) Fazer a contabilização.

Matéria-prima
02/10 - 10 kg × R$ 100,00 = R$ 1.000,00
05/10 - 3 kg × R$ 200,00 = R$ 600,00
31/10 - 5 kg × R$ 150,00 = R$ 750,00
R$ 2.350,00

Mão-de-obra
02/10 - 4 h × R$ 200,00 = R$ 800,00
05/10 - 8 h × R$ 200,00 = R$ 1.600,00
31/10 - 6 h × R$ 200,00 = R$ 1.200,00
R$ 3.600,00

Custo indireto de produção


02/10 - R$ 800,00 × 1,50 = R$ 1.200,00
05/10 - R$ 1600,00 × 1,50 = R$ 2.400,00
31/10 - R$ 1200,00 × 1,50 = R$ 1.800,00
R$ 5.400,00

Custo da produção

R$ 2.350,00(MP) + R$ 3.600,00(MO) + R$ 5.400,00(CIF) =
R$ 11.350,00

113/31
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Custo unitário

R$ 11.350,00
= R$ 567,50
20

Custo CIF = R$ 5.400,00
Custo CIF estimado = R$ 6.000,00

CIF não absorvido = R$ 6.000,00 - R$ 5.400,00 = R$ 600,00

Lançamentos contábeis:

Débito: Produtos em elaboração


Crédito: Matéria-prima R$ 1.000,00

Débito: Produtos em elaboração


Crédito: Matéria-prima R$ 600,00

Débito: Produtos em elaboração


Crédito: Matéria-prima R$ 750,00

Débito: Produtos em elaboração


Crédito: Salário a pagar R$ 800,00

Débito: Produtos em elaboração


Crédito: Salário a pagar R$ 1.600,00

Débito: Produtos em elaboração


Crédito: Salário a pagar R$ 1.200,00

Débito: Produtos em elaboração


Crédito: Custo indireto de produção R$ 1.200,00

Débito: Produtos em elaboração


Crédito: Custo indireto de produção R$ 2.400,00

Débito: Produtos em elaboração


Crédito: Custo indireto de produção R$ 1.800,00

Débito: Produtos acabados


Crédito: Produtos em elaboração R$ 11.350,00

A contabilização dos custos deverá ser lançada conforme os


valores de mão-de-obra direta às ordens de serviços através das
horas trabalhadas. A este custo serão acrescentados os custos in-
diretos (depreciação, gastos gerais de produção, etc.).

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Instituto Monitor

O método adotado geralmente é baseado em um rateio desses,


proporcional à mão-de-obra aplicada no processo.

3.2 Custo por Processo e Produção Contínua

Os custos de um determinado período de tempo são levantados


e correlacionados com o total de produtos realizados. Dividem-se
os custos totais pela quantidade de produtos produzidos, obtendo-
se o custo unitário em cada fase do processo.

Depois dessa fase, os produtos são encaminhados para outro


departamento, e assim por diante, até que se obtenha o produto
acabado.

Exemplo do processo

Entrada de material básico

Processamento
Custos de conversão Departamento A

Unidades parcialmente
completadas

Processamento
Custos de conversão Departamento B

Unidades parcialmente
completadas

Processamento
Custos de conversão
Departamento C

Produtos Acabados

113/33
Instituto Monitor

O custeamento por processo utiliza o conceito de unidades


equivalentes para apurar a quantidade de estoque periódico de
produtos em processo, quando o processo em questão ainda não
foi totalmente concluído.

O cálculo do custo médio unitário das unidades em proces-


samento não deve ter o mesmo peso das unidades terminadas,
porque ainda falta parte do processo de industrialização para que
se torne produto acabado. Levando em consideração esse fato,
utiliza-se um percentual para produtos em processo e outro para
os acabados.

Exemplo: unidades equivalentes

Percentual de acabamento
Unidades Materiais Custos de conversão
Estoque inicial - produtos em processo 10.000 100% 70%
Unidades iniciadas dentro do período 150.000
Unidades completadas durante o período 140.000
e transferidas para o próximo processo
Estoque final - produtos em processo 20.000 60% 25%
Unidades equivalentes de produção Unidades
Unidades completadas transferidas 140.000 140.000
Estoque final - produtos em processo
20.000 unidades x 60% 12.000
20.000 unidades x 25% 5.000
Unidades equivalentes de produção 152.000 145.000

Obs.: as porcentagens aplicadas no material e no custo de con­


versão são apenas supostas e servem para o entendimento do
exercício (100%, 70%, 60%, 25%).

Anotações/Dicas

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Instituto Monitor

Como ficaria a folha de custos por processo?


COMPANHIA QUÍMICA CARSON
RELATÓRIO DE CUSTO DA PRODUÇÃO
MÊS DE JANEIRO DE 2007
DEPARTAMENTO DE DEPARTAMENTO DE DEPARTAMENTO DE
QUADRO QUANTITATIVO
MISTURA REFINAÇÃO ACABAMENTO
Unidades iniciais em processo 50.000
Unidades recebidas do departamento
45.000 40.000
precedente
Unidades transferidas para o
45.000 40.000
departamento seguinte
Unidades transferidas para o
35.000
almoxarifado de produtos acabados
Unidades ainda em processo 4.000 3.000 4.000
Unidades perdidas no processo 1.000 2.000 1.000
CUSTO DEBITADO AO Custo Custo Custo Custo Custo Custo
DEPARTAMENTO Total Unitário Total Unitário Total Unitário
Custo que vem do dep. anterior:
Custo de entrada durante o mês R$ 77.400 R$ 1,72 R$ 140.400 R$ 3,51
Custo adicionado pelo departamento:
Matéria-prima R$ 24.500 R$ 0,50
Mão-de-obra R$ 29.140 R$ 0,62 R$ 37.310 R$ 0,91 R$ 32.400 R$ 0,90
Despesa indireta de produção R$ 28.200 R$ 0,60 R$ 32.800 R$ 0,80 R$ 19.800 R$ 0,55
Custo total adicionado R$ 81.840 R$ 1,72 R$ 70.110 R$ 1,71 R$ 52.200 R$ 1,45
Ajustamento pelas unidades perdidas R$ 0,08 R$ 0,09
Custo total a prestar contas R$ 81.400 R$ 1,72 R$ 147.510 R$ 3,51 R$ 192.600 R$ 5,05

PRESTAÇÃO DE CONTAS DEPARTAMENTO DE DEPARTAMENTO DE DEPARTAMENTO DE


DO CUSTO COMO SEGUE MISTURA REFINAÇÃO ACABAMENTO
Transferido para o próximo
R$ 77.400 R$ 140.400
departamento
Transferido para o almoxarifado de
176.750
produtos acabados
Produção em processo
Custo do departamento anterior
Matéria-prima R$ 5.400 R$ 14.400
Mão-de-obra R$ 2.000
Despesa indireta de produção R$ 1.240 R$ 910 R$ 900
Prestação de contas do custo total R$ 1.200 R$ 4.440 R$ 800 R$ 7.110 R$ 550 R$ 15.850
R$ 81.840 R$ 147.510 R$ 192.600

Com o objetivo de entender melhor a matéria, vamos exempli-


ficar. A indústria química Cia Química Carson fabrica o produto
W, que passa por três processos de industrialização até se tornar
um produto acabado: Departamento de Mistura, Departamento
de Refinação e Departamento de Acabamento.
113/35
Instituto Monitor

No Departamento de Mistura foram colocadas, inicial-


mente, 50.000 unidades em processo, sendo que 45.000 foram
processadas e transferidas para o Departamento de Refinação;
4.000 continuam em processo no Departamento de Mistura e
1.000 foram perdidas.

As 4.000 unidades ainda em processo têm todos os materiais


necessários ao seu acabamento. Todavia, isso não se verifica na
mão-de-obra e na despesa indireta de produção. A análise da
produção em processo mostra que foi empregada apenas metade
(50%) da mão-de-obra e da despesa indireta de produção neces-
sárias para completar as unidades. Em termos de produção equi-
valente, a mão-de-obra e a despesa indireta de produção bastam
para completar 2.000 unidades.

No Departamento de Mistura o custo unitário departamental


é de R$ 1,72. Esse valor está assim composto:

R$ 0,50 + R$ 0,62 + R$ 0,60

Matéria-prima Mão-de-obra Despesas indiretas de produção

O valor total da matéria-prima é de R$ 24.500,00 dividido por


49.000 unidades (45.000 foram transferidas para outro departa-
mento e 4.000 continuam em processo).

Custo unitário = R$ 24.500 = R$ 0,50


49.000

O valor total da mão-de-obra é de R$ 29.140,00 dividido por


47.000 unidades (45.000 foram transferidas para outro departa-
mento e 2.000 estão em processo, conforme já explicado).

Custo unitário = R$ 29.140 = R$ 0,62


47.000

O valor total das despesas indiretas de produção é de R$ 28.200,00


e também foi divido por 47.000 unidades.

Custo unitário = R$ 28.200 = R$ 0,60


47.000

113/36
Instituto Monitor

Custo debitado ao departamento = R$ 81.840,00:

R$ 24.500 + R$ 29.140 + R$ 28.200

Matéria-prima Mão-de-obra Despesas indiretas de produção

Cálculo de prestação de contas do custo: R$ 77.400,00 (45.000


unidades transferidas para o departamento seguinte × R$ 1,72 do
custo unitário departamental completo).
R$ 2.000,00 (4.000 unidades × R$ 0,50 do custo unitário
da matéria-prima).
R$ 1.240,00 (4.000 unidades × ½ unidade em processo
× R$ 0,62 de custo unitário da mão-de-obra).
R$ 1.200,00 (4.000 unidades × ½ unidade em processo
× R$ 0,60 de despesas indiretas de produção).
COMPANHIA QUÍMICA CARSON
DEPARTAMENTO DE MISTURA
RELATÓRIO DE CUSTO DA PRODUÇÃO
MÊS DE JANEIRO DE 2007

QUADRO QUANTITATIVO
Unidades iniciais em processo 50.000
Unidades transferidas para o departamento seguinte 45.000
Unidades ainda em processo (todos os materias
4.000
½ mão-de-obra e despesas indiretas)
Unidades perdidas no processo 1.000 50.000
CUSTO DEBITADO AO DEPARTAMENTO
Custo adicionado pelo departamento Custo Total Custo Unitário
Matéria-prima R$ 24.500 R$ 0,50
Mão-de-obra R$ 29.140 R$ 0,62
Despesa indireta de produção R$ 28.200 R$ 0,60
Custo total a prestar contas R$ 81.840 R$ 1,72
Prestação de contas do custo como segue
Transferido para o departamento seguinte (45.000 x R$ 1,72) R$ 77.400
Produção em precesso - Inventário fiscal
Matéria-prima (4.000 x R$ 0,50) R$ 2.000
Mão-de-obra (4.000 x ½ x R$ 0,62) R$ 1.240
Despesa indireta de produção (4.000 x ½ x R$ 0,60) R$ 1.200 R$ 4.440
Prestaçao de contas do custo total R$ 81.840

113/37
Instituto Monitor

CÔMPUTOS (CÁLCULOS) ADICIONAIS


Produção equivalente – matéria-prima = 45.000 + 4.000 = 49.000 unidades
Mão-de-obra e despesas indiretas = 45.000 + 4.000 = 47.000 unidades
2

Custos unitários - matéria-prima = R$ 24.500 = R$ 0,50


49.000

Mão-de-obra = R$ 29.140 = R$ 0,62


47.000

O Departamento de Refinação mostra que foram recebidas


45.000 unidades do Departamento de Mistura, sendo que 40.000
foram processadas e posteriormente trans­feridas para o Depar-
tamento de Acabamento; 3.000 continuam em processo no De-
partamento de Refinação e 2.000 foram perdidas. Uma análise da
produção em processo indica que as unidades em processo estão
apenas 1/3 completas quanto à mão-de-obra e despesas indiretas
de produção. Completaram 40.000 unidades transferidas e fal-
tam completar 2.000 das 3.000 unidades em processo. Portanto, a
produção equivalente do Departamento de Refinação é de 41.000
unidades (40.000 + 1.000).

No Departamento de Refinação, o custo unitário departamen-


tal é de R$ 1,71. Esse valor tem a seguinte composição:

R$ 0,91 + R$ 0,80

Mão-de-obra Despesas indiretas de


produção

O valor total da mão-de-obra é de R$ 37.310 dividido


por 41.000 unidades (40.000 foram transferidas para outro de-
partamento e 1.000 estão em processo, conforme já explicado).

Custo unitário = R$ 37.310 = R$ 0,91


41.000

O valor total das despesas indiretas de produção é de R$ 32.800,


também divido por 41.000 unidades.

Custo unitário = R$ 32.800 = R$ 0,80


41.000

Foram perdidas 2.000 unidades recebidas do departa-


mento de mistura ao preço unitário departamental de R$

113/38
Instituto Monitor

1,72. Assim, deve ser ajustado o custo total, que permanece


em R$ 77.400, mas agora 43.000 unidades (45.000 – 2.000)
devem absorver esse valor, causando um aumento no custo da
unidade. O aumento do custo unitário, devido à perda de 2.000
no departamento de refinação é de R$ 0,08 (o ajustamento é
necessário devido às unidades perdidas).

Cálculo de ajuste devido às unidades perdidas:

R$ 77.400 = R$ 1,80 - R$ 1,72


43000

= R$ 0,08

Preço do custo unitário dos dois processos (mistura e refinação):

• R$ 1,72 (custo unitário do depto. de mistura) + R$ 1,71 (custo


unitário do depto. de refinação) + R$ 0,08 (ajustamento das 2.000
unidades perdidas) = R$ 3,51

Custo debitado ao departamento:

• R$ 37.310 (mão-de-obra) + R$ 32.800 (despesas indiretas de


produção) = R$ 70.110

Cálculo de prestação de contas do custo:

• R$ 140.400 (40.000 unidades transferidas para o departamento se-


guinte × R$ 3,51 do custo unitário departamental acumulado).

• R$ 5.400 (3.000 unidades em processo × R$ 1,80 de custo ajus-


tado do depto. anterior)

• R$ 910 (3.000 unidades × 1/3 de unidades em processo × R$ 0,91


de custo unitário de mão-de-obra)

• R$ 800 (3.000 unidades × 1/3 de unidades em processo × R$ 0,80


de despesas indiretas de produção)

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Instituto Monitor

COMPANHIA QUÍMICA CARSON


DEPARTAMENTO DE REFINAÇÃO
RELATÓRIO DE CUSTO DA PRODUÇÃO
MÊS DE JANEIRO DE 2007

QUADRO QUANTITATIVO
Unidades recebidas do departamento anterior 45.000
Unidades transferidas para o departamento seguinte 40.000
Unidades ainda em processo
(1/3 da mão-de-obra e despesa indireta) 3.000
Unidades perdidas no processo 2.000 45.000

CUSTO DEBITADO AO DEPARTAMENTO

Custo do departamento anterior: Custo Total Custo Unitário


Entrado durante o mês (45.000) R$ 77.400 R$ 1,72

Custo adicionado pelo departamento:


Mão-de-obra R$ 37.310 R$ 0,91
Despesa indireta de produção R$ 32.800 R$ 0,80
Custo total adicionado R$ 70.110 R$ 1,71
Ajustamento pelas unidades perdidas R$ 0,08
Custo total a prestar contas R$ 147.510 R$ 3,51

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CUSTO COMO SEGUE


Transferido para o departamento seguinte (40.000 x R$ 3,51) R$ 140.400
Produção em processo – Inventário fiscal
Custo ajustado do departamento anterior (3.000 x R$ 1,80) R$ 5.400
Mão-de-obra (3.000 x 1/3 x R$ 0,91) R$ 910
Despesas indiretas de produção (3.000 x 1/3 x R$ 0,80) R$ 800 R$ 7.110
R$ 147.510

CÔMPUTOS (CÁLCULOS) ADICIONAIS


Produção equivalente – matéria-prima e despesa indireta = 40.000 + 3.000 = 41.000 unidades
3
Custo Unitário:

Mão-de-obra = R$ 37.310 = R$ 0,91


41.000
Despesas indiretas de produção = R$ 32.800 = R$ 0,80
41.000
Ajustamento pelas unidades perdidas:

Método No 1 - R$ 77.400 = R$ 1,80 ..........................................R$ 1,80 – R$ 1,72 =


43.000 R$ 0,08 por unidade

Método No 2 - 2 .000 unidades × R$ 1,72 = R$ 3.440 ............. R$ 3.440 = R$ 0,08 por unidade
43.000

113/40
Instituto Monitor

O Departamento de Acabamento mos- Foram perdidas 1.000 unidades recebi-


tra que foram recebidas 40.000 unidades das do Departamento de Refinação ao preço
do Departamento de Refinação, sendo que unitário dos dois departamentos de R$ 3,51
35.000 foram processadas e transferidas devendo ser ajustado o custo total, que per-
para o almoxarifado de produtos acabados; manece em R$ 140.400,00. Porém, 39.000
4.000 unidades continuam em processo no unidades (40.000 – 1.000) devem absorver
Departamento de Mistura e 1.000 unidades esse custo, causando um aumento no custo da
foram perdidas. Uma análise da produção unidade. O aumento, devido à perda de 1.000
em processo indica que as unidades em pro- do Departamento de Refinação é de R$ 0,09
cesso estão apenas 1/4 completas quanto (ajustamento pelas unidades perdidas).
à mão-de-obra e às despesas indiretas de
produção. Completaram 35.000 transferidas Cálculo efetuado de ajuste das
e faltam completar 3.000 das 4.000 unidades unidades perdidas:
em processo. Portanto, a produção equiva-
lente do Departamento de Refinação é 36.000 R$ 140.400 = R$ 3,60 - R$ 3,51 = R$ 0,09
unidades (35.000 + 1.000). 39.000 (custo unitário antigo do
processo do depto. de mistura +
No Departamento de Refinação, um cus- depto. de refinação).
to unitário departamental é de R$ 1,45. Esse
valor tem a seguinte composição: Preço do custo unitário dos dois processos
(mistura e refinação):
R$ 0,90 + R$ 0,55
• R$ 3,51 (custo unitário do depto. de mistu-
ra + custo unitário do depto. de refinação +
ajuste das unidades perdidas no depto. de
Mão-de-obra Despesas indiretas de mistura) + R$ 1,45 (custo unitário do depto.
produção de acabamento) + R$ 0,09 (ajustamento
das 1.000 unidades perdidas no depto. de
O valor total da mão-de-obra é de
refinação) = R$ 5,05
R$ 32.400,00 dividido por 36.000 unida-
des (35.000 foram transferidas para o al­ Custo debitado ao departamento:
moxarifado de produtos acabados e 1.000 • R$ 32.400 (mão-de-obra) + R$ 19.800 (des-
equivalentes em processo adicionadas con- pesas indiretas de produção) = R$ 52.200
forme já explicado).
Cálculo de prestação de contas do custo:
Custo unitário = R$ 32.400 = R$ 0,90 • R$ 176.750 (35.000 unidades transferidas
36.000 para o departamento seguinte × R$ 5,05 do
custo unitário departamental acumulado).
O valor total da despesa indireta de pro-
dução é de R$ 19.800,00 divido por 36.000 • R$ 14.400 (4.000 unidades em processo ×
unidades (35.000 foram transferidas para R$ 3,60 do custo anterior ajustado).
outro departamento e 1.000 equivalentes
• R$ 900 (4.000 unidades × 1/4 de unida-
em processo adicionadas conforme já ex-
des em processo × R$ 0,90 custo unitário
plicado).
mão-de-obra).
Custo unitário = R$ 19.800 = R$ 0,55 • R$ 550 (3.000 unidades × 1/4 de unidades
36.000 em processo × R$ 0,55 de despesas indire-
tas de produção).

113/41
Instituto Monitor

COMPANHIA QUÍMICA CARSON


DEPARTAMENTO DE ACABAMENTO
RELATÓRIO DE CUSTO DA PRODUÇÃO
MÊS DE JANEIRO DE 2006

QUADRO QUANTITATIVO
Unidades recebidas do departamento anterior 40.000
Unidades transferidas para o 35.000
almoxarifado de produtos acabados
Unidades ainda em processo
(¼ da mão-de-obra e despesas indiretas) 4.000
Unidades perdidas no processo 1.000 40.000

CUSTO DEBITADO AO DEPARTAMENTO

Custo do departamento anterior: Custo Total Custo Unitário


Entrada durante o mês (40.000) R$ 140.400 R$ 3,51

Custo adicionado pelo departamento:


Mão-de-obra R$ 32.400 R$ 0,90
Despesas indiretas de produção R$ 19.800 R$ 0,55
Custo total adicionado R$ 52.200 R$ 1,45
Ajustamento pelas unidades perdidas R$ 0,09
Prestação de contas do custo total R$ 192.600 R$ 5,05

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CUSTO COMO SEGUE

Transferido para o almoxarifado de produtos acabados R$ 176.750


(35.000 x R$ 5,05)
Produção em processo – Inventário fiscal
Custo ajustado do departamento anterior (4.000 x R$ 3,60) R$ 14.400
Mão-de-obra (4.000 x 1/4 x R$ 0,90) R$ 900
Despesa indireta de produção (4.000 x 1/4 x R$ 0,55) R$ 550 R$ 15.850
Prestação de contas do custo total R$ 192.600

CÔMPUTOS (CÁLCULOS) ADICIONAIS


Produção equivalente – matéria-prima e despesa indireta = 35.000 + 4.000 = 36.000 unidades
4
Custo Unitário:
Mão-de-obra = R$ 32.400 = R$ 0,90 Despesa indireta = R$ 19.800 = R$ 0,55
36.000 de produção 36.000

Ajustamento pelas unidades perdidas:

Método No 1 - R$ 140.400 = R$ 3,60 ......................................R$ 3,60 – R$ 3,51 = R$ 0,09


39.000

Método No 2 - 1.000 unidades × R$ 3,51 = R$ 3.510 ...............R$ 3.510 = R$ 0,09 por unidade
39.000

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Instituto Monitor

4. Diferenças Básicas entre o


Custo por Ordem e por Processo
4.1 Custo por Processo

O custo por processo de produtos homogêneos calcula o custo


de matéria-prima, mão-de-obra e despesas gerais de fabricação
de produtos com características idênticas, fabricados em linha
ou em série. O custo por processo de produtos heterogêneos cal-
cula o custo de matéria-prima, mão-de-obra e despesas gerais
de fabricação de produtos com características diferenciadas,
fabricados em linha ou em série.

Algumas empresas utilizam ambos em função do processo


produtivo por fabricarem diversos artigos com a mesma operação
ou em diferentes operações, durante períodos relativamente lon-
gos, ou quando existem produtos que se apresentam com vários
estilos ou modelos, todos construídos de partes fundamentais, mas
com características diferentes de acabamento. Isso pode ocorrer
em indústrias como as de calçados, de equipamentos eletrônicos,
têxtil, de confecção, etc.

4.2 Avaliação do Estoque de Produtos em Processo

A melhor alternativa para essa avaliação pode ser encontrada por


meio do cálculo das unidades equivalentes. Vejamos um exemplo.

A empresa “Essência S.A.”, possui os seguintes dados sobre


a área de produção:

Estoque inicial de produtos em processo .................................... 0


Unidades colocadas no processo ......................................... 80.000
Unidades terminadas ........................................................... 65.000
Unidades em processo, no fim do período,
50% acabadas ...................................................................... 15.000
Custo total do período .............................................. R$ 72.500,00

Não apresentamos o estoque inicial de produtos em processo


porque presumimos que os custos se acumulem de maneira con-
tínua e uniforme durante o período de avaliação.

Unidades equivalentes:
Terminadas = 65.000 × R$ 1,00 = 65.000 unidades equivalentes
Em processo = 15.000 × R$ 0,50 = 77.500 unidades equivalentes
Total 72.500 unidades equivalentes

113/43
Instituto Monitor

Custo da unidade equivalente = 72.500,00 = R$ 1,00/u


72.500

Custo a ser aplicado:


a) para as unidades terminadas: 65.000 × R$ 1,00 = R$ 65.000,00
b) para o estoque de produtos 7.500 × R$ 1,00 = R$ 77.500,00
em processo:
Total dos custos do período R$ 72.500,00

Vejamos um exemplo:

Estoque inicial de produtos em processo ............15.000 unidades


(1/3 acabadas quanto à matéria-prima; 1/4 quanto à mão-de-
obra direta; 1/2 quanto aos custos indiretos de fabricação)

Custo: Matéria-prima .......................... R$ 60.000,00


Mão-de-obra ............................. R$ 20.000,00
CIF ............................................. R$ 10.000,00

Unidades completadas durante o mês.................. 25.000

Unidades iniciadas durante o mês......................... 15.000

Unidades em processo no fim do mês..................... 5.000


3/8 completadas (no que se refere aos custos de conversão)
e 100% quanto à matéria-prima.

Custo de matéria-prima adicionado ................ R$ 240.000,00


durante o mês

Custo de conversão adicionado (MOD e CIF)... R$ 131.250,00


R$ 371.250,00

Modelo de cálculo

Custos MP MOD + CIF (Conversão)


Estoque inicial 60.000,00 30.000,00
Custo adicionado 240.000,00 131.250,00
Custo total 300.000,00 161.250,00 461.250,00

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Instituto Monitor

Unidades equivalentes Fluxo físico MP MOD + CIF



Estoque inicial 15.000
Unidades iniciadas 15.000
Unidades a 30.000
serem controladas
(-) Unidades completadas 25.000 25.000 25.000

= Unidades em 5.000 5.000 1.875


processo (3/8)
30.000 30.000 26.875

Custo por unidade MP MOD + CIF Total


equivalente 10,00 6,00 16,00

Os R$ 10,00 foram obtidos dividindo-se R$ 300.000,00 de


matéria-prima pelas unidades equivalentes de 30.000. Os R$ 6,00
foram obtidos dividindo-se os R$ 161.250,00 de custos de conversão
pelas 26.875,00 equivalentes.

Resumo de custos

Estoque inicial de produtos em processo R$ 90.000,00


+ custos adicionados R$ 371.250,00
Custos máximos transferíveis R$ 461.250,00
(-) Estoque final de produtos em processo
5.000 × R$ 10,00 = R$ 50.000,00
1.875 × R$ 6,00 = R$ 11.250,00 R$ (61.250,00)
= Custo da produção completada R$ 400.000,00

De fato, 25.0000 unidades × R$ 16,00 = R$ 400.000,00

Obs.: no processo utilizado, adicionamos o valor do estoque ini­


cial de produtos em processo com o do custo adicional. Nesse
caso, o estoque inicial é a produção ou faz parte dela. Presume-se
que o trabalho realizado em períodos passados está sendo feito
no período corrente.

Se existir mais de um departamento, o que é muito comum,


pode surgir o problema de um departamento receber cargas de
produção de outro departamento. Essa carga recebida pode ser
considerada matéria-prima adicionada e a ser trabalhada no
departamento. De vez em quando, o departamento que recebe a
carga de produção pode, sem causar nenhum problema, adicio-
nar matéria-prima, bastando para isso identificar com colunas
separadas os seguintes custos: transferidos, da matéria-prima e
de conversão (mão-de-obra direta mais custos indiretos).

113/45
Instituto Monitor

Depois de calculados as unidades equivalentes e os custos a


serem absorvidos, o processo de cálculo será igual ao visto anterior­
mente.

Exemplo: dadas as seguintes informações


Departamento A MP (R$) MOD + CIF (R$)

Estoque inicial 3.000 unidades 30.000,00 71.000,00
Unidades iniciadas no período 37.000 unidades
Custos adicionados 200.000,00 360.000,00
Unidades terminadas e transferidas
para o departamento B 30.000 unidades
Estoque final 10.000 unidades 100% 70%
Departamento B MP (R$) MOD + CIF (R$)

Estoque inicial 500 unidades 21.000,00 35.000,00
Custos transferidos de A 30.000 unidades ? ?
Custos adicionais 60.000 90.000
Unidades terminadas e transferidas
para o estoque de produtos acabados 25.000 unidades

Estoque final de produtos em processo 5.000 unidades 100% 70%

Os custos departamentais ficariam assim:

Departamento A

Custos totais do período........................... R$ 661.000,00
Matéria-prima........................................... R$ 230.000,00 -
Custos de conversão.................................. R$ 431.000,00

Estoque inicial......................................... 3.000 unidades


Unidades iniciadas............................... 37.000 unidades

Número máximo de unidades transferíveis................................ 40.000


(-) Unidades transferidas para departamento B ....................... 30.000 -
Estoque final ................................................................................. 10.000

Avaliação do estoque final

MP = R$ 230.000,00 × 10.000 = R$ 57.500,00
40.000

Mais

MOD + CIF = R$ 431.000,00 × 7.000 = R$ 81.540,54


37.000

TOTAL = R$ 139.040,54

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Instituto Monitor

Portanto, se o estoque final é R$ 139.040,54, as unidades ter-


minadas e transferidas para B custarão:

R$ 661.000,00 – R$ 139.040,54 = R$ 521.959,46

As 30.000 unidades transferidas são completamente acabadas.


Portanto, o custo será igual a:

R$ 230.000,00 × 30.000 mais R$ 431.000,00 × 30.000 =


40000 37000

= R$ 5,75 × 30.000 mais R$ 11,648648 × 30.000 =

= R$ 172.500,00 mais R$ 349.459,44 = R$ 521.959,46

O Departamento B recebe a produção transferida com se fosse


matéria-prima do próprio Departamento B.

O custeamento pode ser assim realizado:

Custos a serem Matéria-prima Custos de conversão


apropriados
Estoque inicial................... R$ 21.000,00..........R$ 35.000,00
Custos transferidos de A.. R$ 521.959,46
Custos adicionais.............. R$ 60.000,00...........R$ 90.000,00
Custos totais......................... R$ 602.959,46...........R$ 125.000,00

Unidades equivalentes.....................30.500...................... 28.8501

Custo unitário.............................19,769162................. 4,3327556

O custo da produção transferida para o estoque de produtos


acabados:

(19,769162 + 4,3327556) × 25.000 = 602.547,92

O custo do estoque final:

(5.500 × 19,769162 + 3.850 × 4,3327556) = 125.411,50

1. (30.500 - 0,30 × 5.500) = 28.850 ou (25.000 + 0,70 × 5.500) = 28.850

113/47
Instituto Monitor

Se somarmos o valor dos saldos das contas, teremos:

Produtos acabados R$ 602.547,92


Departamento A R$ 139.040,54
Departamento B R$ 125.411,50
Total R$ 866.999,96

Esse valor é igual à soma dos custos totais incorridos (em R$):

30.000 + 71.000 + 200.000 + 360.000 + 21.000 + 35.000 + 60.000 +


90.000 = 867.000,00

4.3 Rateio do Custo

Numa indústria existem diferentes tipos de custos e nem sem-


pre podemos alocá-los em determinado setor. Para isso, usamos um
método para procurar a melhor maneira de ratear tais custos, para
que fiquem adequadamente coerentes com cada produto no que
se refere à sua proporcionalidade. Esse método pode ser adotado
de vários modos, dentre eles:
• Custos do almoxarifado – pode ser por volume ou por matéria-
prima utilizados nos departamentos.
• Custos de manutenção de edifícios – pela área instalada de cada
departamento, metros cúbicos, etc.
• Despesas com aluguel – cada metro quadrado ocupado por cada
centro de custos.
• Departamento médico – o número de funcionários de cada de-
partamento, número de consultas, etc.
• Despesas de manutenção de máquinas – apropriação direta em
cada departamento, geralmente quotas normais de manutenção
preventiva, etc.
• Energia elétrica – apropriação direta em cada departamento,
através de medidores. Se não for possível, através de algum
critério que leve em conta o potencial de consumo do depar-
tamento.
• Impostos sobre imóveis e a propriedade – área de cada depar-
tamento, etc.

113/48
Exercícios Propostos
1 - Faça a apuração dos custos dos produtos A, B e C sabendo que:

a) Para se produzir cada unidade dos produtos A e B, consumiu-se:

Produto A Produto B
0,505 kg da matéria-prima Alfa 0,545 kg matéria-prima Alfa
0,305 kg da matéria-prima Beta 0,455 kg da matéria-prima Beta
0,190 kg da matéria-prima Gama

b) Para se produzir o produto C, são consumidas 0,500 kg da matéria-prima


Gama. As quantidades produzidas são:

Produto A 1.500
Produto B 3.500
Produto C 5.000

c) Os custos unitários das matérias primas são:

Alfa R$ 20,00
Beta R$ 30,00
Gama R$ 50,00

d) As horas de mão-de-obra direta e o custo unitário por hora são (totais de horas):

Produto Quantidade Valor unitário


Produto A 200 R$ 25,00
Produto B 150 R$ 30,00
Produto C 150 R$ 45,00

e) As horas indiretas de mão-de-obra equivalem a 25% do valor total da mão-


de-obra direta.
O consumo de energia elétrica totaliza R$ 25.000,00, assim distribuídos:

Produto A 10%
Produto B 15%
Produto C 25%

113/49
Instituto Monitor

f) Ajudantes da fábrica 30%, administração da fábrica 20%.


Os demais custos indiretos são:

Manutenção da fábrica R$ 7.000,00


Comunicação da fábrica R$ 5.000,00
Depreciação da fábrica R$ 6.000,00
Materiais diversos da fábrica R$ 5.000,00

A distribuição dos custos indiretos deverá ser feita com base nos custos diretos.

113/50
Instituto Monitor

2 - Dadas as seguintes informações:

Matéria-prima processada ...................................................... R$ 3.000,00


Mão-de-obra e custos industriais ........................................... R$ 1.500,00
Custos conjuntos totais............................................................. R$ 6.500,00

Co-produtos Valor do mercado Quantidade produzida Valor de venda total


A R$ 50,00/kg 5.500 kg R$ 4.200,00

B R$ 30,00/kg 10.000 kg R$ 4.000,00

C R$ 40,00/kg 6.000 kg R$ 3.600,00

R$ 11.800,00

a) Faça a distribuição dos custos conjuntos proporcionalmente à participação


de cada co-produto.

b) Qual o custo conjunto de cada co-produto (por quilo)?

113/51
Instituto Monitor

3 - A indústria Essência S.A. elabora um único produto e os seguintes dados


são apresentados:

Custos de produção no período (diretos e indiretos) R$ 3.000,00


Unidades produzidas (iniciadas e acabadas no período) 1.500

O custo unitário será, então: R$ 3.000,00 = R$ 2,00/unidade


1500

Supondo que no período seguinte existam estes outros dados:

Custos de produção no período.................................................. R$ 3.630,00


Unidades iniciadas no período..............................................................1.800
Unidades acabadas.................................................................................1.500
Em elaboração no fim do 2o período........................................................300

Essas 300 unidades em elaboração estão “50% acabadas”, isto é, receberam me-
tade de todo o processamento necessário.
a) Qual o equivalente total de produção?
b) Qual o valor do custo médio de cada unidade totalmente acabada?
c) Qual o valor da produção acabada?
d) Qual o valor da produção em andamento?

4 - Qual é a definição de custo industrial?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

113/52
lição

Formação do
6 Preço de Venda
Introdução
Nesta lição veremos alguns aspectos práticos da formação de
preços nas indústrias.

1. Conceito
A formação de preços consiste em proporcionar, a longo
prazo, o maior lucro possível e permitir a maximização da
participação no mercado.
Muitos autores definem que a determinação do preço de venda
é a verdadeira “arte do negócio”, e que o sucesso da empresa está
no acerto do preço de venda.

2. Técnicas de Definição do Preço de Venda


Talvez a técnica mais conhecida para a definição do preço de
venda é o uso do mark-up2, que consiste em determinar todos os
gastos de produção, despesas administrativas e de vendas, impos-
tos sobre as atividades e o lucro desejável.
Assim, com o conceito do mark-up, podemos dizer que o pre-
ço de venda é uma composição de diversos gastos que a empresa
possui, de acordo com a seguinte figura:
Despesas:
Custos: Imposto:
Administração e Lucro Desejado
Fixos e Variáveis Sobre a atividade
de Vendas

Preço de Venda

2.1 Fórmulas do Mark-up

A maneira mais fácil de definirmos o preço de venda de um


produto está na aplicação de taxas de mark-up, que consiste em
definir a participação percentual de cada item da composição do

2. Mark-up, em inglês, significa marca acima ou Índice acima

113/53
Instituto Monitor

preço de venda e assim determinar a taxa de mark-up. Para ilus-


trar esta composição vejamos a tabela:

Descrição %
Preço de Venda 100,00%
(-) PIS/COFINS -3,65%
(-) ICMS -18%
(-) Comissões -3,35%
(-) Despesas Administrativas e -7%
de Vendas
(-) Custos Fixos -18%
(-) Lucro -10%
(=) Custo Variável 40,00%

A fórmula do mark-up será dada pela divisão do percentual


do preço de venda pelo percentual dos custos variáveis:

% Preço de Venda
Mark-up =
% Custos Variáveis

Vejamos um exemplo prático. A indústria de massas Fortaleza


possui os seguintes dados de custos e despesas:

Custos Fixos 10%


Custos Variáveis 60%
ICMS 9%
PIS e COFINS 3,5%
Despesas Administrativas e 7,5%
de Vendas
Lucro Desejado 10%

A empresa espera vender 20.000 unidades do seu produto. Para


isso devemos determinar o mark-up.

% 100
Mark-up = = 1,666666667
% 60

Supondo que os custos variáveis sejam de R$ 12,00 por uni-


dade, o preço de venda deverá ser de:

Preço de Venda = Custo Variável x Mark-Up


Preço de Venda = R$ 12,00 x 1,6667
Preço de Venda = R$20,00

113/54
Instituto Monitor

3. Exemplo Real de Determinação do Preço de Venda


Por conta da existência dos impostos sobre a atividade, que
são apresentados em dados percentuais e da apresentação dos
custos e despesas em valores monetários fica difícil determinar o
preço de venda com base no exemplo anterior. Para tanto, preci-
saremos adaptar a fórmula de maneira que possamos usá-la em
um caso real. Vejamos:

Uma empresa possui custos fixos de R$ 10.000,00 por mês,


custos variáveis de R$ 12,00 por unidade, despesas de R$ 8.000,00 e
lucro desejado de R$ 12.000,00 por mês. Os impostos sobre a venda
são de 16,5%. Precisaremos determinar o mark-up, sabendo que
a empresa espera vender 20.000 unidades em um mês.

Para resolver esse problema, vamos determinar o valor unitário


de cada item fixo (Custo Fixo, Despesa e Lucro Desejado):

Custo Fixo R$ 10.000


Custo Fixo = = = R$ 0,50
Quantidade de Vendas 20.000

Despesas R$ 8.000
Despesas = = = R$ 0,40
Quantidade de Vendas 20.000

Lucro Desejado R$ 12.000


Lucrodesejado = = = R$ 0,60
Quantidade de Vendas 20.000

Com esses dados, podemos formar a seguinte tabela:

Custos Fixo R$ 0,50 por unidade


Despesas R$ 0,40 por unidade
Lucro RS 0,60 por unidade
Custos Variáveis R$ 12,00 por unidade
Total R$ 13,50 por unidade

Sabemos que o preço de venda, sem os impostos, deverá ser de


R$ 16,50, mas como podemos incluir os impostos nesta conta?

113/55
Instituto Monitor

Conseguiremos alcançar este valor por 4.1 Concorrência


meio da seguinte proporção:
Principalmente no segmento de mer-
Preço de Venda 100%
cado com maior concentração de empresas
(-)lmpostos 16.50% concorrentes, o empresário deverá analisar
(=)Preço de Venda Líquido dos 83.50% o valor de mercado de um bem, no qual seu
Impostos preço de venda deverá estacionar. Atual-
mente essa é uma tática comum adotada
Ou seja, R$ 13,50 é 83,5% do preço de pelas empresas, pois o mercado por si só
venda. Para sabermos o preço real de venda é dará um preço ao produto e a empresa que
necessário fazer uma simples regra de três: vender seu produto acima do valor de mer-
Se: cado perderá clientes ou, vendendo abaixo
83,5% = R$ 13,50 do valor de mercado, levará prejuízo.
100% = x
4.2 Condição da Empresa
83,5x = 13,5 x 100
83,5x = 1.350 Muitas empresas possuem a qualida-
1350 de por excelência, ou seja, seu produto
x=
83,5 é infinitamente superior aos produtos
x = R$ 16,17 concorrentes. Assim, por natureza, o pre-
ço de venda deverá ser maior que seus
Assim, o preço de venda deverá ser de concorrentes. Ainda temos a condição de
R$ 16,17. Neste valor, já estamos incluindo monopólio de mercado, que ocorre quando
os impostos sobre o faturamento. a empresa é a única a vender determinado
bem. Assim o preço de venda do produto
4. Algumas Limitações da Formação será determinado de forma arbitrária. E
do Preço de Venda ainda existem os produtos que possuem
preços controlados pelo governo, assim
Em muitos momentos, toda a técnica de- todo o trabalho da empresa consiste em
senvolvida nesta lição não terá muito valor se apenas reduzir os custos e despesas, pois
considerarmos dois aspectos: a concorrência o preço de venda somente será atualizado
e a condição da empresa. a partir da autorização do governo.

Anotações e Dicas

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Exercícios Propostos
1 - No que consiste a determinação do preço de venda?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2 - Supondo os seguintes dados, determine o mark-up.


Custos Fixos 55%
Custos Variáveis 12%
Lucro Desejado 10%
Despesas 8%
Impostos sobre Vendas 15%

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Instituto Monitor

3 - A empresa de calçados Roberta apresentou os seguintes dados:


Custos Variáveis R$ 25,00 por unidade
Custos Fixos R$ 20.000 por mês
Lucro Desejado R$ 30.000 por mês
Despesas R$ 15.000 por mês
Impostos sobre a Venda 21,5%

Calcule o preço de venda do produto, sabendo que serão produzidas 40.000


unidades.

113/58
lição

7 Funções das Contas


Introdução 1.1.2.1 Provissão para
Devedores Duvidosos
Nesta lição aprenderemos o que são
contas do ativo e do passivo, estudaremos Em todos os direitos a receber da em-
despesas e receitas de acordo com um plano presa industrial, existe um risco de perda
de conta industrial, e saberemos definir em por não conversão dos direitos em numerá-
que situação uma conta deverá ser usada. rio, por falta de pagamento dos devedores.
A própria legislação tributária admite,
1. Ativo portanto, que a empresa calcule esse ris-
co de perda sobre todos os seus direitos
Classificaremos neste grande grupo bens a receber, formando uma provisão para
e direitos da empresa industrial, mantendo cobertura dessas ocorrências.
nele a subdivisão padronizada pela Lei nº
6.404/76 (com as alterações promovidas pela Como lançamentos típicos dessa pro-
Lei nº 11.638/07 e pela Lei 11.941/09). visão, temos:

1.1 Ativo Circulante a) Pela formação da provisão no final do


exercício:
O grupo do ativo circulante compre- Debitar: provisão para devedores
ende as disponibilidades e os direitos Duvidosos (Resultados)
realizáveis a curto prazo. Creditar: provisão para devedores
Duvidosos (Ativo)
1.1.1 Disponibilidades b) Pela baixa de duplicatas não pagas:
Debitar: provisão para devedores
São recursos monetários de livre movi- Duvidosos (Ativo)
mentação, não havendo qualquer restrição Creditar: clientes
para seu uso imediato.
1.1.3 Estoques
1.1.2 Créditos
Temos, nas contas e subcontas, a re-
Aqui temos o registro, nas contas e presentação do valor de todas as maté-
subcontas, dos direitos a receber (por parte rias-primas (matérias-primas, materiais
da empresa industrial) representados por secundários, materiais de embalagem,
títulos emitidos pelos devedores ou contra etc.) e produtos manufaturados e em fa-
eles. O prazo para conversão dos direitos bricação, no final do exercício.
em numerário será de até 12 meses.
Debitar: Produtos manufaturados
Creditar: a custo em formação
113/59
Instituto Monitor

No final de cada mês, cada venda do produ- Pela Lei nº 6.404/76 (com as alterações
to manufaturado e o valor de fabricação do que promovidas pela Lei nº 11.638/07), inserem-
foi vendido serão transferidos para custos. se nessas contas do realizável a longo prazo
os direitos da empresa contra diretores, ad-
Debitar: Custo dos produtos vendidos ministradores, sócios e demais participantes
Creditar: Produtos manufaturados do lucro, que sejam originários de vendas,
adiantamentos ou empréstimos, independen-
1.1.4 Despesas Antecipadas temente de seu prazo de vencimento.

Os saldos devedores das contas e sub- 1.2.1.2 Títulos e Valores Mobiliários


contas desse subgrupo deverão represen-
tar os gastos (pagos ou a pagar) de bens Há títulos e valores mobiliários que, por
e serviços ainda não consumidos pela sua natureza, são de conversão a longo prazo:
empresa industrial, tais como juros de debêntures3, bônus, letras de câmbio, depósitos
descontos bancários, seguros, materiais a prazo fixo, etc. Enquanto seu prazo de con-
de limpeza e de escritório, etc. versão ultrapassar o final do exercício seguinte,
são classificados nas contas desse subgrupo.
1.1.5 Outros Valores e Bens
1.2.1.3 Outros Bens
Os direitos a receber, cujos vencimentos
ocorrerão até o final do exercício seguinte Bens desativados, desmobilizados ou
e, portanto, não são classificados entre as colocados à venda são transferidos para
contas de créditos, são registrados nas desse esse grupo.
subgrupo. Investimentos sem intenção de
mantê-lo no ativo permanente e os incentivos 1.2.2 Investimentos
fiscais derivados da opção na declaração do
Imposto de Renda também serão aqui clas- Classificam-se, nas contas e subcontas
sificados, até que se transfiram para seus desse subgrupo, as participações perma-
grupos definitivos. nentes em outras sociedades, tais como
ações ou cotas de capital e todos os demais
1.2 Ativo Não Circulante direitos e bens sobre os quais a empresa
obtenha receita não operacional, ou seja,
1.2.1 Realizável a Longo Prazo fora de seu objeto social.

Esse grupo compreende os bens e direitos 1.2.3 Imobilizado


que serão convertidos em dinheiro após o
final do exercício seguinte. Nesse subgrupo temos as contas para
registro dos direitos que tenham por objeto
1.2.1.1 Créditos bens corpóreos destinados à manutenção
das atividades da companhia ou da em-
Esse grupo compreende os direitos reali- presa ou exercidos com essa finalidade
záveis após o término do exercício seguinte, inclusive as decorrentes de operações que
ou seja, um período superior a 12 meses.

3. Debênture: título de dívida amortizável, garantido nor­


malmente pelos bens do ativo das empresas, e que vence
juros e correção monetária.

113/60
Instituto Monitor

transfiram à companhia os benefícios, de contas: marcas, patentes, direitos de con-


riscos e controles desses bens. Para evitar cessão, direitos autorais, entre outros.
equívocos de classificação, é importante
observar que pode haver aquisição de bens, 1.2.4.1 Amortização Acumulada
como terrenos e edificações, cuja utilização
não é necessária para o desenvolvimento Os bens e direitos imateriais da empre-
das atividades da empresa. sa industrial, tais como marcas e patentes,
softwares, direitos de uso, etc., deverão ser
Exemplos: amortizados, ou seja, transformados em despe-
sas do exercício, também por uma taxa anual
Uma edificação adquirida para a ma- conforme regulamento do Imposto de Renda.
nutenção da atividade da empresa (prédio
industrial, para escritório, etc.) 2. Passivo
Debitar: edificações
Nesse grande grupo temos a classificação
Creditar: caixa ou títulos a pagar
de todas as obrigações a pagar pela empresa.
Uma edificação adquirida para ser alu-
gada para terceiros ou para simples ganho Adicionalmente, haverá contas de saldos
em especulação imobiliária. credores no grupo passivo transitório (ba-
lancete de verificação) que, por ocasião da
Debitar: Imóveis para Locação elaboração do balanço patrimonial, deverão
(Realizável a Longo Prazo) ser representadas como valores dedutivos
Creditar: caixa ou títulos a pagar de contas do ativo, como as provisões para
devedores duvidosos, para depreciação,
1.2.3.1 Depreciação Acumulada amortização e exaustão.

A depreciação representa o desgaste físico 2.1 Passivo Circulante


dos bens utilizados pela empresa industrial
na fabricação de seus produtos, como ocorre Situam-se nesse grupo as obrigações da
com as máquinas, veículos, instalações e os companhia de exigibilidade a curto prazo,
próprios edifícios, móveis e utensílios. vencidas ou a vencer em 12 meses.

Existem taxas oficiais, estabelecidas 2.1.1 Fornecedores


pela legislação tributária (regulamento do
Todas as obrigações decorrentes de com-
imposto de renda), que deverão ser aplicadas
pras representadas por duplicatas contra a
sobre os bens físicos utilizados pela empresa
empresa industrial, e com vencimento até o
no desenvolvimento de suas atividades e que
final do exercício seguinte, serão classifica-
representarão esse desgaste.
das nesse subgrupo.
1.2.4 Ativo Intangível 2.1.2 Obrigações Sociais e Trabalhistas

São os direitos que tenham por objeto Quando a empresa contrata mão-de-
bens incorpóreos destinados à manuten- obra, seja de operários, seja para funções
ção da companhia ou exercidos com essa burocráticas, a prestação de serviços com
finalidade, inclusive o fundo de comércio vínculo empregatício será obrigação a pagar
adquirido (incluído pela Lei nº 11.638/07). todo final de mês.
Podem-se citar como exemplos desse grupo

113/61
Instituto Monitor

Além dos salários e ordenados pro- 2.2 Passivo Não Circulante


priamente ditos, haverá encargos decor-
rentes da própria folha de pagamento, As obrigações a pagar, registradas nesse
tais como: Previdência Social, férias, 13º grupo, têm como característica diferenciado-
Salário, FGTS, etc. ra das do passivo circulante apenas seu prazo
de vencimento, superior a 12 meses.
2.1.3 Obrigações Tributárias
2.2.1 Receitas e Despesas Diferidas
Todas as empresas industriais são obri-
gadas a recolher tributos e taxas diversas, A empresa industrial pode fabricar um
sejam eles decorrentes da comercialização produto por encomenda. Recebe o pedido e,
de seus produtos e subprodutos, sejam con- normalmente, um valor em dinheiro como ga-
seqüentes de seu próprio funcionamento e rantia ou financiamento de sua fabricação.
instalação. Tão logo os tributos e taxas se
transformem em obrigações definidas (em- A entrada desse dinheiro, no ato da enco-
bora com data posterior de pagamento) serão menda ou no curso de sua fabricação, será uma
classificados nessa conta. receita antecipada (entrada de bens no ativo)
sem a imediata entrega do produto vendido.
2.1.4 Contas a Pagar Sempre que houver recebimento ou fatura-
mento sem a contra-entrega do produto, temos
Existem contas que não serão, em tempo uma receita que se transformará em receita
algum, representadas por duplicatas ou ou- do exercício apenas quando o produto vendi-
tros títulos emitidos pelo credor da empresa, do for entregue. O mesmo pode ocorrer com
tais como as conseqüentes do consumo de luz, juros, comissões, aluguéis. Essa receita sem a
água, telefone, aluguéis, fretes e carretos, entrega do produto (mas que entrou no ativo
etc. Deverão ser computadas nessa conta, da empresa) será contabilizada na subconta.
embora com data de pagamento posterior ao Receitas/Despesas Diferidas se a mesma tiver
final do exercício ou ao final de cada mês, ou prazo superior a 12 meses
já vencidas e não pagas.
São lançamentos típicos desta subconta:
2.1.5 Outras Obrigações a Pagar
a) Pelo valor recebido antes da entrega do
Existem outras obrigações que não se- produto:
rão classificadas nos grupos e subgrupos Debitar: caixa
anterio­res do passivo circulante, tais como Creditar: Receita Diferida (Passivo)
honorários a pagar, títulos a pagar, seguro
contra fogo a pagar, etc. b) Pelo faturamento antes da entrega do
produto:
2.1.6 Empréstimos e Finaciamentos Debitar: clientes
Creditar: Receita Diferida (Passivo)
Essas contas registram as obrigações
da empresa com instituições financeiras c) Na entrega do produto recebido ou
do país e do exterior, cujos recursos po- faturado:
dem estar destinados tanto para financiar Debitar: Receita Diferida (Passivo)
imobilizações (inclusive leasing financeiro) Creditar: Receita (Resultado)
como para capital de giro.

113/62
Instituto Monitor

3. Patrimônio Líquido Se houver saldo devedor nessa conta no


encerramento do balanço, ele deverá ser re-
Os subgrupos do patrimônio líquido, presentado no balanço patrimonial deduzido
como sabemos, representam as obrigações do capital subscrito, para se obter o valor do
da empresa industrial em relação a seus capital realizado.
sócios ou acionistas. A estrutura do Patri-
mônio Líquido, de acordo com as alterações Exemplo:
promovidas pela Lei nº 11.638/07 e da Lei nº
11.941/09, é a seguinte: Capital subscrito 1.000.000,00
(-) Capital a integralizar 200.000,00
Capital Social 800.000,00
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial A diferença entre o capital subscrito e
Reservas de Lucros o capital a integralizar é o valor do capital
a. Reserva Legal rea­lizado.
b. Reserva Estatutária
3.2 Reservas de Capital
c. Reservas para Contingências
d. Reserva de Incentivos Fiscais As contas e subcontas de reservas de
e. Reservas de Lucros a Realizar capital são destinadas a conter os valores
Ações em Tesouraria pagos a maior pelas cotas ou ações em que
Prejuízos Acumulados se divide o capital subscrito da empresa
industrial. Conterão, também, as recei-
A seguir, explicaremos cada item que tas que se originam do próprio capital,
compõe o Patrimônio Líquido. como são as decorrentes dos bônus de
subscrição, as doações e subvenções para
investimentos, etc.
3.1 Capital Social
3.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial
A parte da riqueza dos sócios ou acio-
nistas compromissada pela subscrição de Serão classificadas como ajustes de
cotas ou ações para a formação do capi- avaliação patrimonial, enquanto não
tal próprio da empresa será registrada computadas no resultado do exercício em
nessa conta. A subscrição é compromisso obediência ao regime de competência, as
assumido pelos sócios ou acionistas, mas contrapartidas de aumentos ou diminui-
somente será realizada quando houver a ções de valor atribuído a elementos do
transferência dos valores, os quais eles se ativo e do passivo em decorrência de sua
comprometeram com a empresa. avaliação a preço de mercado.

3.4 Reservas de Lucros


A contrapartida da conta capital é a conta
do ativo circulante, intitulada capital a inte-
O objetivo da empresa é o lucro, o qual,
gralizar, cujo saldo devedor representará o va-
verificado no final de um exercício ou num
lor ainda não transferido da riqueza particular
balanço semestral, poderá ter uma das se-
dos sócios ou acionistas para a empresa.
guintes destinações:

113/63
Instituto Monitor

• ser partilhado entre os sócios ou acionistas, despesas ou custos são contabilizados pelo
na proporção de suas cotas ou ações; efetivo consumo de bens e serviços, indepen-
dentemente de seu pagamento ou não dentro
• ser mantido dentro da própria empresa,
do exercício. Há uma padronização para a
na forma de reservas;
formação dos grupos de despesas ou custos
• ficar aguardando um destino a ser de- de todas as empresas industriais, seja qual
finido durante o exercício, seja para for sua forma jurídica.
ser distribuído aos sócios, seja para ser
transformado em reserva. 4.1 Deduções de Vendas

O lucro acumulado pela empresa indus- Nesse grupo temos as contas que re-
trial, na forma de reservas, é contabilizado presentam uma dedução ou diminuição de
nas contas e subcontas de reservas de lucros, valores em relação à receita bruta de vendas,
por meio de um lançamento: compreendendo os descontos e abatimentos
concedidos diretamente nas notas fiscais, as
Debitar: lucros acumulados vendas canceladas com retorno do produto
Creditar: (uma das reservas de lucros) anteriormente vendido, o valor do ICMS
incluso no preço dos produtos vendidos, o
3.5 Ações em Tesouraria valor do PIS/cofins sobre o faturamento da
empresa industrial.
As ações em tesouraria deverão ser des-
tacadas no balanço como dedução da conta 4.2 Custo de Produtos Vendidos
do patrimônio líquido que registrar a origem
dos recursos aplicados na sua aquisição. Na apuração do custo dos produtos ven-
didos podemos utilizar dois sistemas: custo
3.6 Prejuízos Acumulados integrado ou custo simplificado. O registro
do custo dos produtos vendidos respeitará
Os prejuízos que a sociedade incorreu em o sistema que for adotado em cada uma das
seus exercícios sociais devem ser acumulados empresas industriais, e utilizamos essa conta
nesta conta e mantidos no Patrimônio Líqui- segundo normas, que veremos a seguir.
do, até que se revertam em forma de lucro.
Caso, ao final do exercício, essa conta tenha No custo integrado acompanhamos a for-
saldo credor (ou seja, Lucro Acumulado), mação do custo unitário dos produtos, fazendo
esse saldo deve ser destinado para Dividen- seu registro nas contas e subcontas do grupo
dos ou para Reservas de Lucros, não podendo custo em formação. Damos, a seguir, alguns
haver Lucros Acumulados. aspectos importantes a serem observados.

Debitar: lucros ou prejuízos a) Completada a produção, o valor de seu


acumulados (conta de custo será transferido para a conta de
encerramento do exercício) estoques com o seguinte lançamento:
Creditar: lucros acumulados
Debitar: produtos manufaturados
4. Despesas ou Custos Creditar: custo em formação

O registro dos fatos contábeis deve obe- b) Quando houver a venda dos produtos, seja
decer ao regime de competência, ou seja, as por venda unitária ou pelo total da venda

113/64
Instituto Monitor

da semana ou mês, é necessário transferir c) No final de cada exercício faz-se o levan-


o custo dos produtos vendidos pelo seguin- tamento dos estoques existentes na em-
te lançamento: presa, compreendendo matérias-primas,
produtos manufaturados e produtos em
Debitar: custo de produtos vendidos fabricação, e faz-se o registro contábil de
Creditar: produtos manufaturados tais estoques:

c) No final de cada exercício, quando ocorre o Debitar: estoques


levantamento do balanço, a produção não Creditar: estoques finais
completada será transferida para estoques
com o lançamento: d) As matérias-primas adquiridas, e eventual­
mente devolvidas a seus fornecedores du-
Debitar: produtos em fabricação rante o exercício, serão registradas assim:
Creditar: custo em formação
Das aquisições à vista:
No custo simplificado acompanhamos a Debitar: caixa ou bancos conta
formação do custo de todos os produtos, sem movimento
nos preocuparmos com seu custo unitário, e Creditar: devolução de compras
fazemos seu registro nas contas e subcontas do
grupo conta auxiliar, observando o seguinte:
Das aquisições a prazo:
Debitar: fornecedores
a) No início de cada novo exercício da empre-
Creditar: devolução de compras
sa industrial é preciso transferir os saldos
devedores das contas de estoques para as
e) No final do exercício, para apuração do
contas de estoques iniciais do grupo.
custo dos produtos vendidos, transferimos
Debitar: estoques iniciais os saldos de cada conta para seu respec-
(conta auxiliar) tivo grupo, como, por exemplo:
Creditar: estoques
Debitar: gastos gerais de fabricação
b) Durante o exercício é preciso contabi- Creditar: energia elétrica
lizar diretamente nos grupos das contas
auxiliares todos os gastos com compras, Após essas transferências, agrupando nas
mão-de-obra e gastos gerais de fabricação, contas gerais os saldos de cada conta, encer-
dentro de um dos esquemas a seguir: raremos cada grupo, fazendo contrapartida
no grupo custo de produtos vendidos:
Nos custos pagos à vista:
Debitar: compras do exercício Transferência de estoques iniciais:
mão-de-obra Debitar: custo de produtos vendidos
gastos gerais de fabricação Creditar: estoques iniciais
Creditar: caixa ou bancos conta
movimento Transferência de compras no exercício:
Debitar: custo de produtos vendidos
Nos custos a pagar: Creditar: compras no exercício
Debitar: compras do exercício,
mão-de-obra, gastos gerais de Transferência de mão-de-obra:
fabricação Debitar: custo de produtos vendidos
Creditar: contas do passivo Creditar: mão-de-obra
Transferência de gastos gerais de fabricação:
113/65
Instituto Monitor

Debitar: custo de produtos vendidos da existência da própria empresa, como aque-


Creditar: gastos gerais de fabricação las com materiais de expediente, assistência
contábil ou jurídica, publicações diversas.
Transferência de estoques finais:
Debitar: estoques finais Todas as despesas geradas direta ou in-
Creditar: custo de produtos vendidos diretamente, com a administração geral, são
classificadas a débito das diversas contas e
Transferência de devoluções e transferências: subcontas desse grupo.
Debitar: devoluções e transferências
Creditar: custo de produtos vendidos 4.6 Outras Despesas Operacionais

4.3 Despesas com Vendas Diversas despesas necessárias para a


manutenção da atividade operacional da em-
A comercialização dos produtos fabri- presa, como as tributárias, e que não pude-
cados pela empresa industrial determina rem ser classificadas nos grupos anteriores,
uma variedade de despesas ligadas ao setor deverão ser contabilizadas nesse grupo em
de vendas. Todos os dispêndios ligados di- contas próprias.
retamente com tais atividades de mercan-
tilização deverão ser registrados em contas 4.7 Despesas Não Operacionais
específicas desse grupo, tais como as de
pessoal, as de tributação, as de encargos e Numa empresa industrial, além das
provisões e outras. despesas necessárias para a manutenção de
sua atividade, outras poderão ocorrer por
4.4 Despesas Financeiras determinação e disposição de seus admi-
nistradores. Dentre elas, temos as despesas
Para a obtenção de recursos financeiros, feitas por liberdade da empresa e cujos
a empresa industrial terá de arcar com diver- direitos não são extensivos a todos os seus
sos gastos, dentre os quais podemos destacar funcionários e operários, tais como bolsa de
juros, juros de mora, contratos de crédito ou estudo, assistência hospitalar, pagamentos
paridade, taxa cambial para determinadas de extras, doações a entidades assistenciais
operações de crédito. não consideradas de utilidade pública.

Vamos debitar cada conta de despesa As despesas ou perdas não necessárias


financeira apropriada para a natureza do para a atividade operacional da empresa
dispêndio e creditar ao caixa, se o pagamento serão, por isso, classificadas nesse grupo de
for feito com dinheiro, ou à conta banco con- despesas não operacionais.
ta movimento, se a despesa for cobrada em
conta corrente bancária; ou ainda, nas contas 4.8 Provisão para o Imposto de Renda
do próprio passivo, se houve incorrência da e Contribuição Social
despesa sem seu pronto pagamento.
Existe, para fins fiscais e mercantis, duas
4.5 Despesas Gerais e Administrativas espécies de lucro:

Existem despesas realizadas diretamente • lucro mercantil, que será a diferença entre
em função das atividades administrativas da todas as receitas da empresa e todas as
empresa, como os honorários de administra- suas despesas.
dores e salários do pessoal burocrático. • lucro fiscal ou real, que será o lucro mer-
Há, ainda, outras despesas conseqüentes cantil acrescido de todas as despesas

113/66
Instituto Monitor

não dedutíveis, conforme as regras do Pelo valor do IPI acrescido na nota fiscal:
imposto de renda, e deduzido de todas Debitar: IPI sobre faturamento
as receitas não tributáveis. Creditar: IPI a recolher 50

Sobre o lucro real ou fiscal, aplicamos 5.2 Receitas Financeiras


a alíquota do imposto de renda e, pelo seu
valor, formamos a conta provisões para o im- Mesmo que seu objeto não seja o de uma
posto de renda que, aqui, aparece como saldo instituição financeira, a empresa indus­trial
devedor em função do seguinte lançamento: pode auferir receitas financeiras no exercício,
decorrentes de suas diversas operações.
Debitar: provisão para IR/CS (Resultado)
Creditar: provisão para IR/CS (Passivo)
Nessas receitas teremos os juros de mora
recebidos, os descontos obtidos no pagamento
5. Receitas ou Ingressos de suas obrigações, as variações cambiais de
direitos do ativo em moeda estrangeira, etc.
As receitas da empresa industrial signi-
ficam a recuperação de custos ou despesas,
5.3 Receitas Não Operacionais
sendo que seu excesso sobre o valor de custos
ou despesas resulta no lucro. Na atualidade
Numa empresa industrial, além das re-
contábil, as receitas estão classificadas em
ceitas brutas de venda, decorrentes de sua
três grupos distintos, assim divididos: receita
atividade principal e das eventuais receitas
bruta de vendas, receitas financeiras, receitas
financeiras, poderão existir algumas que não
não-operacionais. A seguir, vamos analisar
são originárias de seu principal objetivo.
a funcionalidade de cada uma delas.
Portanto, todas as receitas que não se en-
5.1 Receita Bruta de Vendas quadram nos dois grupos anteriores deverão
ser classificadas e registradas nesse terceiro
As vendas, à vista ou a prazo, dos pro- grupo, em contas apropriadas.
dutos fabricados pela empresa e de seus
subprodutos e resíduos, serão contabilizadas Temos aqui as receitas de eventuais ser-
nesse grupo como crédito. viços prestados, de comissões, de lucro na
alienação de imobilizado ou investimentos,
Se houver incidência de IPI (Imposto de as receitas decorrentes de investimentos,
Produtos Industrializados) sobre os produtos as recuperações de despesas ou custos e as
vendidos, deverão ser excluídos das contas reversões de provisões.
de receitas (Dedução de Vendas), observando
rigorosamente seu sistema de registro inicial, 6. Sistema Auxiliar de Contas
o qual será o lançamento com o valor do IPI
adicionado à nota fiscal. Na Contabilidade das modernas empre-
sas, há um quinto grupo no plano de contas
Supondo que um produto foi vendido por para acolher todas as contas transitórias ou
R$ 500,00 e na nota fiscal foi feito o acrés- de interferência, que serão utilizadas apenas
cimo de R$ 50,00 de IPI, temos como valor como auxiliares de determinados registros.
total da nota: R$ 550,00.
Essas contas, após cumprir seu papel de
Pelo valor total da nota fiscal: auxiliares, terão seu saldo devedor ou credor
Debitar: caixa ou clientes transferido para as contas patrimoniais, com o
Creditar: venda 550 aumento ou diminuição dos valores patrimo-
niais em decorrência das operações realizadas.

113/67
Instituto Monitor

Queremos destacar que, entre elas, está criado o grupo – Custo


em Formação – a ser utilizado exclusivamente nas empresas em que
se faz a apuração do custo dos produtos por unidade produzida.

Com relação aos saldos dessas contas, eles poderão ser de-
vedores ou credores, mas sempre estarão encerrados a zero no
levantamento do balanço do exercício.

Isto quer dizer que nos grupos anteriores, os saldos são pré-defi-
nidos? Sim, as do ativo e de despesas são contas de saldos devedores;
as do passivo e receitas são contas de saldos credores; as do sistema
auxiliar (com exceção das contas do custo em formação que são de
saldo devedor) podem ser contas de saldos devedores ou credores.

Anotações/Dicas

113/68
Exercícios Propostos
1 - Qual é o prazo para conversão dos direitos em numerários no Ativo Circulante?
_________________________________________________________________________

2 - Assinale a alternativa correta:


O ativo compreende:
( ) a) receitas
( ) b) bens e direitos
( ) c) despesas
( ) d) prejuízos e lucros
( ) e) nenhuma das alternativas anteriores

3 - O que é registrado na conta Outros valores e bens?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

4 - Quais tipos de obrigações são classificados no grupo de fornecedores?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

5 - As obrigações a pagar todo final de mês, como férias, 13º salário, FGTS, INSS,
entre outros decorrentes da folha de pagamento, encaixam-se em qual grupo?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

6 - Qual é a diferença entre o valor do capital subscrito e o valor do capital a


integralizar?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

7 - O que é apurado no custo integrado?


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

113/69
lição

Depreciação, Amortização
8 e Exaustão
Introdução desgastes ou perda de utilidade por uso, ação
da natureza ou obsolescência.
Em qualquer empresa é imprescindível
calcular gastos e fazer provisões, porque para 1.1 Dedutibilidade Perante
fazer uma empresa funcionar são necessários o Imposto de Renda
bens. Com o tempo, esses bens se deterioram Poderá ser computada como custo ou
e tendem a perder o valor. Quanto aos gastos, despesa operacional, em cada período, a
deverão ser amortizados com o passar do importância correspondente à diminuição do
tempo de vida da empresa. valor dos bens do ativo resultante do desgas-
te pelo uso, ação da natureza e obsolescência
Primeira Avaliação Periódica da Vida Útil dos normal, observado o seguinte artigo.
Bens Imobilizado
Artigo 305 do RIR/99
Segundo o inciso II do § 3º do art. 183
da Lei nº. 6.404/76, acrescentado pela I – A depreciação será deduzida pela empre­
Lei nº. 11.638/07, e Lei nº. 11.941/09, “A sa que suporta o encargo econômico do
companhia deverá efetuar, periodica­ desgaste ou da obsolescência, de acordo
mente, análise sobre a recuperação dos com as condições de propriedade e posse
valores registrados no imobilizado e no ou uso do bem.
intangível, a fim de que sejam: .... II - re­ Notas:
visados e ajustados os critérios utilizados 1. A empresa locatária pode deduzir quotas
para determinação da vida útil-econômica de depreciação de construção ou benfeitorias
estimada e para cálculo da depreciação, realizadas em imóvel alugado com prazo in­
exaustão e amortização”. determinado, sem direito a indenização.
II – A quota de depreciação será dedutível
A presente Norma excepciona que a a partir da época em que o bem é insta­
primeira das análises periódicas referidas lado, posto em serviço ou em condições
no item anterior produza efeitos contábeis de produzir.
até o término do exercício que se iniciar a
III – Em qualquer hipótese, o montante acu­
partir de 1º de janeiro de 2009.
mulado das quotas de depreciação não
poderá ultrapassar o custo de aquisição
1. Depreciação de Bens do bem (corrigido monetariamente até
do Ativo Imobilizado 31.12.95, quando o bem foi adquirido
até essa data).
Depreciação é a perda do valor dos direi-
tos que têm por objeto bens físicos sujeitos a

113/71
Instituto Monitor

É importante observar que, com o adven- 1.2.3 Semoventes Classificados


to da Lei nº 9.249/95, o encargo de deprecia- no Ativo Imobilizado
ção relativo a bens móveis ou imóveis que
não estejam relacionados intrinsecamente Os animais, classificados no ativo imobi-
com a produção ou a comercialização de bens lizado das empresas agrícolas ou pastoris, tais
e serviços não é dedutível na determinação como animais de trabalho, matrizes e reprodu-
do lucro real e da base de cálculo da contri- tores, podem ser depreciados, uma vez que com
buição social sobre o lucro. o decorrer do tempo vão perdendo sua capaci-
dade de trabalho ou reprodução, conforme o
1.2 Bens que Podem Ser Depreciados caso (Parecer Normativo CST nº 57/76).

1.3 Bens que Não Podem Ser


Podem ser objeto de depreciação todos
Objeto de Depreciação
os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por
causas naturais ou obsolescência normal,
Não podem ser objeto de depreciação, de
tais como móveis, máquinas, equipamentos,
acordo com o artigo 306 e parágrafo único
instalações, veículos, benfeitorias, proje-
do artigo 307 do RIR/99:
tos florestais destinados à exploração dos
respectivos frutos, edifícios e construções • terrenos, salvo em relação aos melhora­
(artigo 307 do RIR/99). mentos ou construções;
• prédios ou construções não alugados nem
1.2.1 Edifícios e Construções utilizados pelo proprietário na produção dos
seus rendimentos ou destinados a revenda;
No tocante à depreciação de edifícios e
construções, deve-se observar o inciso I do • bens que aumentam de valor com o tempo,
artigo 307 do RIR/99: como obras de arte e antigüidades;

• a quota de depreciação é dedutível a partir da • bens para os quais seja registrada quota de
época da conclusão e início da utilização; exaustão ou amortização;

• valor das edificações deve estar desta­ • bens adquiridos no mercado externo pelas
cado do valor do custo de aquisição do empresas instaladas em zona de processa­
terreno, admitindo-se o destaque baseado mento de exportação - ZPE.
em laudo pericial.
1.4 Mês de Início da Depreciação
1.2.2 Bens Cedidos em Comodato
Os bens podem ser depreciados a partir
O Parecer Normativo CST nº 19/84 es- do mês em que forem instalados, postos em
clareceu que são dedutíveis os encargos da serviço ou em condições de produzir.
depreciação de bens do ativo imobilizado, ce-
didos em comodato, desde que o empréstimo Ressalte-se que os bens do ativo imobili-
de tais bens seja usual no tipo de operações, zado existentes em estoque, no almoxarifado,
transações ou atividades da comodante e não não podem ser depreciados, uma vez que não
mera liberalidade desta. foram postos em serviço ou em condições de
produzir.

113/72
Instituto Monitor

Taxas anuais para depreciação de bens do ativo imobilizado Taxa anual


Espécie de bens %
Automóveis
- para transporte de mercadorias;
- para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista;
- para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a in-
cêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veícu-
los radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou mercadorias;
- motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com 25
carro lateral; carros laterais;
- tratores (exceto os veículos automóveis sem dispositivo de elevação, dos tipos utilizados em fábri-
cas, armazéns, portos ou aeroportos, para transporte de mercadorias a curtas distâncias; carros-
tratores dos tipos utilizados nas estações ferroviárias).
- automóveis de passageiros e outros veículos automóveis, principalmente concebidos para transpor-
te de pessoas (exceto os veículos para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista),
incluídos os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida; 20

- reboques e semi-reboques, para quaisquer veículos; outros veículos não autopropulsores.


Aeronaves e aparelhos espaciais
- balões e dirigíveis; planadores, asas voadoras e outros veículos aéreos não concebidos para propul-
são com motor;
- outros veículos aéreos (por exemplo: helicópteros, aviões); veículos espaciais (incluídos os satélites)
e seus veículos de lançamento; veículos suborbitais; 10
- pára-quedas (incluídos os pára-quedas dirigíveis e os parapentes) e os pára-quedas giratórios;
- aparelhos e dispositivos para lançamento de veículos aéreos; aparelhos e dispositivos para aterris-
sagem de veículos aéreos em porta-aviões e aparelhos e dispositivos semelhantes; aparelhos simu-
ladores de vôo em terra.
Animais vivos
- espécies bovina, suína, cavalar, asinina, muar, ovina e caprina; 50
- aves vivas, galos, galinhas, patos, gansos, perus, peruas e galinhas d’angola (pintadas), das espé-
cies domésticas.
Aparelhos
- de radiodetecção e de radiossondagem (radar), aparelhos de radionavegação e aparelhos de radio-
telecomando;
- artefatos para usos químicos ou para outros usos técnicos, de cerâmica, alguidares, gamelas e ou-
tros recipientes semelhantes para usos rurais, de cerâmica; bilhas e outras vasilhas próprias para
transporte ou embalagem, de cerâmica;
- elétricos para telefonia ou telegrafia, por fio, incluídos os aparelhos telefônicos por fio conjugado 20
com um aparelho telefônico portátil sem fio e os aparelhos de telecomunicação por corrente porta-
dora ou de telecomunicação digital; videofones;
- máquinas de tosquiar de motor elétrico incorporado;
- receptores para radiotelefonia, radiotelegrafia ou radiodifusão, exceto de uso doméstico;
- transmissores (emissores) para radiotelefonia, radiotelegrafia, radiodifusão ou televisão, mesmo
incorporando um aparelho de recepção ou um aparelho de gravação ou de reprodução de som; câ-
maras de televisão; câmaras de vídeo de imagens fixas e outras câmaras (camcorders);
- de laboratório ou de farmácia (obras de plástico);

113/73
Instituto Monitor

- artigos e equipamentos para cultura física e ginástica, piscinas, carrosséis, balanços, instalações
de tiro ao alvo e outras diversões de parques e feiras; circos, coleções de animais e teatros ambu- 10
lantes.
Barcos
- de pesca; navios-fábricas e outras embarcações para o tratamento ou conservação de produtos de
pesca; 5
- barcos-faróis, barcos-bombas, dragas, guindastes flutuantes e outras embarcações em que a nave-
gação é acessória da função principal; docas ou diques flutuantes; plataformas de perfuração ou de
exploração, flutuantes ou submersíveis;
- outras embarcações, incluídos os navios de guerra e barcos salva-vidas, exceto os barcos a remo;
- rebocadores e barcos concebidos para empurrar outras embarcações;
5
- transatlânticos, barcos de cruzeiro, ferry-boats, cargueiros, chatas e embarcações semelhantes,
para o transporte de pessoas ou de mercadorias;
- barcos infláveis;
20
- balsas infláveis.
Cartões magnéticos; discos para sistemas de leitura por raio laser; fitas magnéticas para reprodução
33,33
de fenômenos diferentes do som e da imagem; outras fitas magnéticas.
Computadores e periféricos – Hardware. 20
Correias de transmissão e correias transportadoras, de plástico; couro ou borracha vulcanizada. 20
Cortinados, cortinas e estores; sanefas e artigos semelhantes para camas para uso em hotéis e hos-
20
pitais.
Edifícios e benfeitorias (inclusive pontes e elementos de pontes, torres e pórticos; construções de alu-
4
mínio e construções pré-fabricadas).
Embalagens
- barris, cubas, balsas, dornas, selhas e outras obras de tanoeiro;
- caixas, caixotes, engradados e artigos semelhantes;
- caixotes, caixas, engradados, barricas e embalagens semelhantes, de madeira, carretéis para ca-
bos, de madeira, paletes simples, paletes-caixas e outros estrados para carga, de madeira; taipais
de paletes, de madeira;
- garrafões, garrafas, frascos e artigos semelhantes;
20
- garrafões, garrafas, frascos, boiões, vasos, embalagens tubulares, ampolas e outros recipientes de
vidro próprios para transporte ou embalagem; boiões de vidro para conserva;
- recipientes para gases comprimidos ou liquefeitos, de alumínio;
- recipientes para gases comprimidos ou liquefeitos, de ferro fundido, ferro ou aço;
- sacos de quaisquer dimensões, para embalagem;
- outros vasilhames.
Encerados e toldos; tendas; velas para embarcações, para pranchas a vela ou para carros a vela; ar-
25
tigos para acampamento.
Ferramentas
- alicates (mesmo cortantes), tenazes, pinças e ferramentas semelhantes;
20
- chaves de porcas, manuais (incluídas as chaves dinamométricas); chaves de caixa intercambiáveis,
mesmo com cabos;

113/74
Instituto Monitor

- cisalhas para metais e ferramentas semelhantes;


- corta-tubos, corta-pinos, saca-bocados e ferramentas semelhantes;
- eletromecânicas de motor incorporado, de uso manual;
- ferramentas manuais (incluídos os corta-vidros), não especificadas nem compreendidas em outras
posições; lamparinas ou lâmpadas de soldar (maçaricos) e semelhantes; tornos de apertar, sargentos
e semelhantes; exceto os acessórios ou partes de máquinas-ferramentas; bigornas, forjas-portáteis;
mós com armação, manuais ou de pedal;
- pás, alviões, picaretas, enxadas, sachos, forcados e forquilhas, ancinhos e raspadeiras; machados, 20
podões e ferramentas semelhantes com gume; tesouras de podar de todos os tipos; foices e foici-
nhas; facas para feno ou para palha, tesouras para sebes, cunhas e outras ferramentas manuais para
agricultura, horticultura ou silvicultura; serras manuais: folhas de serras de todos os tipos (incluídas as
fresasseras e as folhas não dentadas para serra).
Gravadores
- de dados de vôo;
- reprodutor de fita magnética, sem sintonizador;
- reprodutor e editor de imagem e som, em discos, por meio magnético óptico ou opto magnético.
Instalações
10
Maquinários
Maquinários do tipo:
- bulldozers, angledozers, niveladores, raspo-transportadores (scrapers), pás mecânicas, escavado-
res, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropul- 25
sores.
Máquinas e aparelhos para obras públicas, construção civil ou trabalhos semelhantes.
Máquinas
- de tosquiar:
- aparelhos para selecionar, peneirar, separar, lavar, esmagar, moer, misturar ou amassar terras, mi- 20
nérios ou outras substâncias minerais sólidas (incluídos os pós e pastas); máquinas para aglomerar
ou moldar combustíveis minerais sólidos, pastas cerâmicas, cimento, gesso ou outras matérias mine-
rais em pó ou em pasta: máquinas para fazer moldes de areia para fundição.
Modelos para fundição:
- caixas de fundição; placas de fundo para moldes; modelos para moldes; moldes para metais (exceto 33,33
lingoteiras), carbonetos metálicos, vidro, matérias minerais, borracha ou plásticos.
Móveis e utensílios. 10

1.5 Taxa Anual de Depreciação

A taxa anual de depreciação será fixada em função do prazo du-


rante o qual se possa esperar utilização econômica do bem pelo con-
tribuinte, na produção dos seus rendimentos (artigo 310 do RIR/99).

113/75
Instituto Monitor

As taxas usuais admitidas para deprecia- acordo com a natureza do bem, e a pessoa
ção de bens do ativo imobilizado, adquiridos jurídica não tiver elementos para justificar
novos, foram fixadas pela Instrução Norma- as taxas médias adotadas para o conjunto,
tiva nº 162, de 31.12.98. devem ser utilizadas as taxas aplicáveis aos
bens de maior vida útil que integrem o con-
Nota: Os custos e despesas de aquisição e junto (§3º do art. 310 do RIR/99).
desenvolvimento de logiciais (softwares)
utilizados em processamento de dados, 1.8 Método de Depreciação
devem ser amortizados no prazo mínimo das Quotas Constantes
de 5 (cinco) anos (IN SRF nº 04/85).
custo do bem - valor
Depreciação = residual estimado
1.6 Bens Adquiridos Usados Período de vida útil

A taxa anual de depreciação de bens adqui­ Exemplo:


ridos usados será fixada tendo em vista o maior Custo do bem: R$ 10.000,00
dos seguintes prazos (IN SRF nº 103/84): Vida útil estimada: 5 anos
I - metade da vida útil admissível para o bem Não há valor residual: 0
adquirido novo;
Contabilização
II - restante da vida útil, considerada esta
em relação à primeira instalação para Débito: Despesas de depreciação
utilização do bem. Crédito: Depreciação acumulada
Exemplos: 2. Amortização
Uma máquina cuja vida útil é de 10 É a perda do valor do capital aplicado
anos e que foi adquirida após 7 anos de uso, na aquisição de direitos da propriedade in-
poderá ser depreciada em 5 anos, aplicando- dustrial ou comercial e quaisquer outros com
se a taxa de 20% ao ano. Nesse caso, preva- existência ou exercício de duração limitada,
lece o critério do item I, porque o prazo da ou cujo objeto sejam bens de utilização por
vida útil é maior que o previsto no item II. prazo legal ou contratualmente limitado.

Um veículo cuja vida útil é de 5 anos e 2.1 Previsão Legal


que foi adquirido após 1 ano de uso, poderá
ser depreciado pelo restante da vida útil do De acordo com o artigo 324 do RIR/99,
bem (4 anos). Nessa hipótese, a depreciação poderá ser computada, como custo ou en­
será feita de acordo com o item II, porque cargo, em cada período de apuração, a im­
pelo critério do item I o prazo de depreciação portância correspondente à recuperação do
seria de 2,5 anos. capital aplicado, ou dos recursos aplicados
em despesas que contribuam para a forma­
1.7 Conjunto de Instalações ção do resultado de mais de um período de
ou Equipamentos apuração, observado o seguinte:
I - em qualquer hipótese, o montante acu­
Quando o registro do imobilizado for fei-
mulado das quotas de amortização não
to por conjunto de instalações ou equipamen-
poderá ultrapassar o custo de aquisição do
tos, sem especificação suficiente para permitir
bem ou direito, ou o valor das despesas;
aplicar as diferentes taxas de depreciação de

113/76
Instituto Monitor

II - somente serão admitidas as amortiza­ (...) Não serão admitidas amortizações


ções de custos ou despesas relacionadas de bens, custos ou despesas, para os quais
com a produção ou comercialização dos seja registrada quota de exaustão.
bens e serviços;
2.3 Apuração da Quota de Amortização
III - se a existência ou o exercício do di­
reito, ou a utilização do bem, terminar
A quota de amortização dedutível em
antes da amortização integral de seu
cada período de apuração será determinada
custo, o saldo não amortizado consti­
pela aplicação da taxa anual de amortização
tuirá encargo no período de apuração
sobre o valor original do capital aplicado ou
em que extinguir o direito ou terminar
das despesas registradas no ativo diferido (ar-
a utilização do bem;
tigo 326 do RIR/99), observado o seguinte:
IV - somente será permitida a amortização
I - Se a amortização tiver início ou terminar
de bens e direitos intrinsecamente rela­
no curso do período de apuração anual,
cionados com a produção ou comercia­
ou se este tiver duração inferior a doze
lização dos bens e serviços.
meses, a taxa anual será ajustada propor­
cionalmente ao período de amortização,
2.2 Capital e Despesas Amortizáveis
quando for o caso.
Poderão ser amortizados (artigo 325 II - A amortização poderá ser apropriada em
do RIR/99): quotas mensais, dispensado o ajuste da
taxa para o capital aplicado ou baixado
I - O capital aplicado na aquisição de direitos
no curso do mês.
cuja existência ou exercício tenha duração
limitada, ou de bens cuja utilização pelo
contribuinte tenha o prazo legal contra­ 2.4 Taxa de Amortização
tualmente limitado, tais como:
Art. 327.  A taxa anual de amortização será
• patentes de invenção, fórmulas e processos
fixada tendo em vista:
de fabricação, direitos autorais, licenças,
autorizações ou concessões; I - o número de anos restantes de existência do
direito (Lei nº 4.506, de 1964, art. 58, § 1º).
• investimento em bens que, nos termos da
lei ou contrato que regule a concessão de
serviço público, devem reverter ao poder 3. Exaustão
concedente, ao fim do prazo da conces­
são, sem indenização; Exaustão é o esgotamento face à explora-
ção da perda do valor dos bens ou direitos do
• custos de aquisição, prorrogação ou modi­ ativo ao longo do tempo, decorrentes de sua
ficação de contratos e direitos de qualquer exploração (extração ou aproveitamento).
natureza, inclusive de exploração de fun­
dos de comércio; 3.1 Elementos Sujeitos à Exaustão
• custos das construções ou benfeitorias em
bens locados ou arrendados, ou em bens Registra-se a quota de exaustão somen-
de terceiros, quando não houver direito ao te sobre o custo dos direitos à exploração
recebimento do valor. mineral ou florestal, classificadas no ativo
permanente.

113/77
Instituto Monitor

O artigo 275 do Regulamento do Imposto de Renda, aprovado


pelo Decreto nº 1.041, de 11.01.94, dispõe que poderá ser com-
putada, como custo ou encargo, em cada período, a importância
correspondente à diminuição do valor de recursos florestais, re-
sultante de sua exploração.

Em se tratando de florestas ou mesmo de vegetais de menor


porte, a empresa pode utilizar quotas de depreciação, amortização
ou quota de exaustão.

A quota de depreciação é utilizada quando a floresta é desti-


nada à exploração dos respectivos frutos. Nesse caso, o custo de
aquisição ou formação da floresta é depreciado em tantos anos
quantos forem os de produção de frutos. A amortização, por sua
vez, é utilizada para os casos de aquisição de floresta de proprie-
dade de terceiros, apropriando-se o custo ou encargo ao longo do
período determinado, contratado para a exploração.

Por fim, na hipótese de floresta própria, o custo de sua aqui-


sição ou formação será objeto de quotas de exaustão, na medida
e na proporção em que seus recursos forem sendo exauridos. Da
mesma forma, serão lançadas quotas de exaustão quando a floresta
pertencer a terceiro e for explorada em função de contrato por
prazo indeterminado.

3.2 Determinação da Quota de Exaustão

Para o cálculo da quota de exaustão de recursos florestais,


deverão ser observados os seguintes critérios:
• Apurar-se-á, inicialmente, o percentual que o volume dos recursos
florestais utilizados ou a quantidade de árvores extraídas durante
o período representa em relação ao volume ou à quantidade de
árvores que no início do período compunham a floresta.
• O percentual encontrado será aplicado sobre o valor da floresta,
registrado no ativo e o resultado será considerado como custo
dos recursos florestais extraídos.

3.2.1 Exaustão da Floresta Natural

Tratando-se de floresta natural, a quota de exaustão será de-


terminada mediante relação percentual entre os recursos florestais
extraídos no período e o volume dos recursos florestais existentes
no início do mesmo período.

Floresta natural = Área explorada no período = %


Área total dos recursos

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Instituto Monitor

Exemplo:

Suponhamos que, no início do ano-calendário de 2000, uma


empresa possuía 80 hectares de florestas naturais e a quantidade
extraída no mês de janeiro de 2000 correspondeu a uma área de
5 hectares. O percentual de exaustão será calculado do seguinte
modo:

5 ha
= 6,25%
80

Dando seqüência ao exemplo, imaginemos que a empresa


apresente os seguintes dados:

Valor contábil da floresta em 31.12.06..........R$ 400.000,00


Exaustão acumulada até 31.12.06..................R$ 100.000,00

Cálculo da quota de exaustão:

400.000,00 × 6,25% = 25.000,00


O registro contábil da quota de exaustão no mês de janeiro de
2000 será feito do seguinte modo:
D - Exaustão de recursos florestais (resultado)
C - Exaustão acumulada (ativo permanente) R$ 25.000,00

3.2.2 Exaustão da Floresta Plantada

Sua quota de exaustão será determinada mediante a relação


percentual existente entre a quantidade de árvores extraídas du-
rante o período de apuração, e a quantidade existente no início
desse mesmo período.
Exemplo:

Nº de árvores extraídas no período de apuração


Floresta plantada = =%
Nº de árvores existentes no início do período de apuração

Suponhamos que o número de árvores cortadas no mês de ja-


neiro de 2000 tenha atingido 10.000 unidades, e que a quantidade
existente no início desse mesmo período era de 80.000 árvores. O
percentual de exaustão será calculado do seguinte modo:

10.000
= 12,5%
80.000

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Instituto Monitor

Considerando-se que o valor contábil da floresta em 31/12/99 era


de R$ 250.000,00, o valor do encargo de exaustão corresponderá a:

250.000,00 × 12,5% = R$ 31.250,00

O lançamento contábil no mês de janeiro de 2000 poderá ser


feito do seguinte modo:
D - Exaustão de recursos florestais (Resultado)
C - Exaustão acumulada (Ativo permanente) R$ 31.250,00

3.2.3 Não Extinção no Primeiro Corte

O Parecer Normativo nº 18/79 definiu que o custo de formação


de florestas ou de plantações de certas espécies vegetais que não
se extinguem no primeiro corte, voltando depois deste a produzir
novos troncos ou ramos, permitindo um segundo, ou até terceiro
cortes, deve ser objeto de quotas de exaustão, ao longo do perío-
do de vida útil do empreendimento, efetuando-se os cálculos em
função do volume extraído em cada período, em confronto com a
produção total esperada, englobando os diversos cortes.

3.3 Exaustão de Recursos Minerais

A diminuição de recursos minerais resultante da sua explo-


ração será computada como custo ou encargo em cada período de
apuração do imposto de renda. A determinação da quota anual
de exaustão é semelhante àquela aplicada no cálculo do encargo
anual de depreciação e a sua base de cálculo é o custo de aquisição
dos recursos minerais explorados.

3.3.1 Determinação da Quota Anual

O montante anual da quota de exaustão será determinado com


base no volume da produção do ano e sua relação com o potencial
conhecido da mina, ou em função do prazo de concessão para sua
exploração. Portanto, são dois os critérios para o cálculo da quota
de exaustão de recursos minerais:
• com base na relação existente entre a extração efetuada no
respectivo período de apuração com o potencial conhecido da
mina (quantidade estimada de minérios da jazida);
• com base no prazo de concessão para exploração da jazida.

O critério a ser observado pela pessoa jurídica será aquele que


proporcionar maior percentual de exaustão no período.

Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação:

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Instituto Monitor

Potencial conhecido da mina .......................... 10.000 toneladas


Extração efetuada no ano.................................. 2.000 toneladas
Prazo para término da concessão ................... 8 anos

Neste exemplo, a produção corresponde a 20% do potencial
conhecido, e isso significa que a jazida estará exaurida no prazo de
5 anos, inferior, portanto, ao prazo para o término da concessão,
que corresponde a 8 anos. Nesse caso, a quota de exaustão será
calculada em função do potencial conhecido da jazida.

3.3.2 Cálculo da Exaustão Real

O critério adotado na determinação da quota anual de exaus-


tão, conforme comentamos anteriormente, é o mesmo aplicado no
cálculo da quota de depreciação. Assim, à medida que os recursos
minerais vão se exaurindo, registra-se, na Contabilidade, simetri-
camente ao potencial conhecido da jazida, a quota de exaustão.

Vejamos como se calcula a quota anual de exaustão conside-


rando-se os seguintes dados:
Valor contábil da jazida .....................................R$ 30.000,00
Exaustão acumulada............................................R$ 6.000,00
Potencial conhecido da jazida.............................5.000 toneladas
Produção do período............................................750 toneladas
Prazo para término da concessão ......................8 anos

O encargo de exaustão a ser apropriado como custo do período


será calculado do seguinte modo:

a) Relação entre a produção no período e o potencial conhecido


da mina:
750 ton
= 15%
5.000
R$ 30.000,00 × 15% = R$ 4.500,00
b) Prazo para o término da concessão:
100
= 12,5%
8
R$ 30.000,00 × 12,5% = R$ 3.750,00

No exemplo, o prazo para o término da concessão é de 8 anos e, assim


sendo, o encargo a ser contabilizado será no valor de R$ 4.500,00, uma vez
que a jazida estará exaurida antes do término do prazo de concessão.

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Instituto Monitor

Se, por outro lado, o volume de produção do período fosse de


500 toneladas, o cálculo da quota de exaustão seria efetuado em
função do prazo de concessão para exploração da jazida.
3.3.3 Recursos Minerais Inesgotáveis
De acordo com o parágrafo 3º do artigo 271 do RIR/94, fica invia-
bilizado o cálculo e apropriação de quotas de exaustão real em relação
aos recursos minerais inesgotáveis ou de exaurimento interminável,
como as de água mineral. Não se admite, assim, que as empresas
mineradoras que exploram tais recursos possam contabilizar, em
relação a essa atividade, parcelas de exaustão a qualquer título.

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Exercícios Propostos
1 - Defina depreciação:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2 - Cite os bens que podem sofrer depreciação.


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

3 - Os animais pertencentes a empresas agrícolas ou pastoris, como animais de


trabalho, matrizes ou reprodutores, podem ser depreciados. Esta afirmativa
é verdadeira ou falsa? Justifique sua resposta
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

4 - Existe algum mês específico do ano para início da amortização? Explique.


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

5 - Defina amortização.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

6 - Defina exaustão.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

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Respostas dos Exercícios Propostos
Lição 1 6-
a) Derivados de leite: laticínios
1 - A empresa industrial transforma ma- b) Construções
térias-primas em produtos acabados, c) Refinação de petróleo
enquanto a empresa comercial apenas d) De fio ou fiação
comercializa esses produtos.
7 - De cerâmica, de construções, de vidros.
2 - O objetivo é a obtenção de lucro.
Lição 2
3 - Função mercantil: comprar produtos
destinados à produção ou ao consumo; 1 - É o conjunto de relações entre as funções da
vender os produtos acabados. empresa, visando a obter a máxima eficiên-
cia do trabalho com o menor esforço possi-
Função econômica: relaciona-se com a
vel e o melhor rendimento econômico.
aplicação dos capitais obtidos ou gera-
dos pela empresa.
2 - São três: o diretor técnico, o diretor co-
Função administrativa: organizar, con- mercial e o diretor administrativo.
trolar e prever todas as demais funções,
objetivando dispor de coisas e pessoas Lição 3
para que possam produzir o máximo
com o menor esforço possível, utilizando 1 - A Contabilidade Industrial se diferencia
normas e princípios. da Contabilidade Comercial apenas pelo
custo industrial.
4-
a) Função administrativa 2 - Serão incorporados à Contabilidade
b) Função técnica industrial Industrial.
c) Função econômica
d) Função mercantil ou comercial Lição 4
e) Função financeira
1 - São as seguintes: capitais de terceiros e
5 - Empresa industrial de gêneros alimen- capitais próprios.
tícios.
2 - Deverá ser pago aos sócios, porque esses
capitais lhes pertencem.

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Lição 5

1-

Produto A
Matéria-prima Alfa 0,505 × 1.500 = 757,50 × R$ 20,00 R$ 15.150,00
Matéria-prima Beta 0,305 × 1.500 = 457,50 × R$ 30,00 R$ 13.725,00
Matéria-prima Gama 0,190 × 1.500 = 285,00 × R$ 50,00 R$ 14.250,00

Produto B
Matéria-prima Alfa 0,545 × 3.500 = 1.907,50 × R$ 20,00 R$ 38.150,00
Matéria-prima Beta 0,455 × 3.500 = 1.592,50 × R$ 30,00 R$ 47.775,00

Produto C
Matéria-prima Gama 0,500 × 5.000= 2.500,00 × R$ 50,00 R$ 125.000,00

Mão-de-obra direta
Produto A 200 × R$ 25,00 R$ 5.000,00
Produto B 150 × R$ 30,00 R$ 4.500,00
Produto C 150 × R$ 45,00 R$ 6.750,00
Total R$ 16.250,00

Cálculo da mão-de-obra indireta


Total dos produtos A, B, C = R$ 16.250,00 × 25% = R$ 4.062,50

Cálculo da energia elétrica


Produto A R$ 25.000,00 × 10% R$ 2.500,00
Produto B R$ 25.000,00 × 15% R$ 3.750,00
Produto C R$ 25.000,00 × 25% R$ 6.250,00
Total R$ 12.500,00

Ajudantes da fábrica R$ 25.000,00 × 30% R$ 7.500,00


Administração da fábrica R$ 25.000,00 × 20% R$ 5.000,00
Total R$ 12.500,00

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Histórico Custo do Custo do Custo do Custo Total


Produto A Produto B Produto C Indireto
Matéria-prima R$ 43.125,00 R$ 85.925,00 R$ 125.000,00 - R$ 254.050,00
Mão-de-obra R$ 5.000,00 R$ 4.500,00 R$ 6.750,00 4.062,50 R$ 20.312,50
Energia elétrica R$ 2.500,00 R$ 3.750,00 R$ 6.250,00 12.500,00 R$ 25.000,00
Manutenção da fábrica 7.000,00 R$ 7.000,00
Comunicação da fábrica 5.000,00 R$ 5.000,00
Depreciação da fábrica 6.000,00 R$ 6.000,00
Materiais diversos da 5.000,00 R$ 5.000,00
fábrica
Total R$ 50.625,00 R$ 94.175,00 R$ 138.000,00 39.562,50 R$ 322.362,50

Rateio com base dos custos diretos


Produto Custo direto Custo indireto Total
Produto A R$ 50.625,00 R$ 7.082,20 R$ 57.707,20
Produto B R$ 94.175,00 R$ 13.174,70 R$ 107.349,70
Produto C R$ 138.000,00 R$ 19.305,60 R$ 157.305,60
Total R$ 282.800,00 R$ 39.562,50 R$ 322.362,50

Cálculo do índice para custo indireto sobre cada produto:


R$ 39.562,50 ÷ R$ 282.800,00 = R$ 0,1398956

0,1398956 × R$ 50.625,00 = R$ 7.082,20


0,1398956 × R$ 94.175,00 = R$ 13.174,70
0,1398956 × R$ 138.000,00 = R$ 19.305,60

2-
a) Distribuição dos custos conjuntos proporcionalmente à parti-
cipação de cada co-produto.

A distribuição dos R$ 6.500,00 de custo conjunto feita pro-


porcionalmente:

A: R$ 4.200,00 × R$ 6.500,00 = R$ 2.313,56


R$ 11.800,00

B: R$ 4.000,00 × R$ 6.500,00 = R$ 2.203,39


R$ 11.800,00

C: R$ 3.600,00 × R$ 6.500,00 = R$ 1.983,05


R$ 11.800,00

R$ 6.500,00

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b) Custo conjunto de cada co-produto (por quilo):

Esses resultados nos dariam os seguintes custos conjunto por quilo:

A: R$ 2.313,56 = R$ 0,42/kg
5.500

B: R$ 2.203,39 = R$ 0,22/kg
10.000

C: R$ 1.983,05 = R$ 0,33/kg
6.000

3-
a) Para se calcular o custo médio por unidade, não podemos di-
vidir os R$ 3.630,00 nem por 1.500 nem por 1.800 unidades; é
necessário o seguinte raciocínio:

1.500 unidades acabadas vão entrar


no cálculo pelo valor integral . ............................................... 1.500

300 semi-acabadas receberam metade do processamento;


isso significa que se todo o custo aplicado nessas
300 unidades fosse utilizado para início e término
de outro lote, teríamos conseguido iniciar e acabar
150 unidades; logo, o equivalente em acabadas de
300 unidades “meio acabadas” é .............................................. 150

Equivalente Total de Produção . ............................................ 1.650

b) Custo médio de cada unidade totalmente acabada:

R$ 3.630,00 = 2,20 / unid


1.650 unid

Os R$ 3.630,00 estão assim distribuídos:

c) Produção acabada: 1.500 × R$ 2,20 = R$ 3.300,00

d) Produção em andamento: 150 unid × R$ 2,20 = R$ 330,00


4 - É o consumo de bens e serviços para a fabricação de produtos
representados por matérias-primas, mão-de-obra e despesas
gerais de produção.

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Lição 6
1 - Consiste em proporcionar a longo prazo o maior lucro possível
e permitir a maximização da participação no mercado.
2-
% Preço de Venda
Mark Up = = 100% = 8,33
% Custos Variáveis

3-
Custo Fixo Unitário = R$ 20.000 / 40.000 = E$ 0,50 por unidade
Despesa por Unidade = R$ 15.000 / 40.000 = R$ 0,38 por unidade
Lucro por Unidade = R$ 30.000 / 40.000 = R$ 0,75 por unidade
Preço de Venda sem Impostos = 0,50 + 0,38 + 0,75 + 25,00 = R$ 26,63
Assim, o preço de venda será:

% Preço de Venda 100%


% Impostos 21,5%
= % Preço de Venda sem impostos 78,5%

78,5 R$ 26,63
100 x

78,5x = 26,63 x 100


78,5x = 2.663
2.663
x=
78,5
x = R$ 33,92

Lição 7
1 - Até 12 meses.

2 - “b” (Bens e Direitos)

3 - Direitos a receber, cujos vencimentos ocorrerão até o final do


exercício seguinte e que ainda não foram classificados.

4 - As obrigações decorrentes de compras representadas por


duplicatas contra a empresa industrial, com vencimento até o
exercício seguinte.

5 - Obrigações sociais e trabalhistas.

6 - O valor do Capital Realizado no balanço.

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7 - O custo de cada unidade vendida

Lição 8
1 - Depreciação corresponde à perda do valor dos direitos que
têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de
utilidade por uso.

2 - Bens do ativo imobilizado (carros, máquinas, móveis, etc.).

3 - Verdadeira. Com o passar do tempo, esses animais vão perdendo


a capacidade de trabalho ou de reprodução.

4 - Não, os bens podem ser amortizados a partir do mês em que


forem instalados e postos em funcionamento.

5 - Perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da


propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com
existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitado.

6 - Esgotamento face à exploração da perda do valor dos bens ou


direitos do ativo ao longo do tempo, decorrentes de sua explo-
ração (extração ou aproveitamento).

113/89
Bibliografia
JACINTO, Roque
Contabilidade Industrial
São Paulo: Ática, s/d
INFORMARE
Editora de Publicações Periódicas Ltda.
VALLE, Armando Aloe Francisco
Contabilidade Industrial
Editora Atlas
FRANCO, Hilário
Contabilidade Industrial
Editora Atlas
CALDERELLI , Antônio
Enciclopédia contábil e comercial brasileira
CETEC Consultores e editores técnicos Ltda.
IUDÍCIBUS, Sérgio de ; MARION, José Carlos -
Contabilidade Comercial, 3ª ed.
Editora Atlas, 1991
MARTINS, Eliseu
Contabilidade de custos
Editora Atlas
MATZ, Curry Frank
Contabilidade de Custos, 2ª ed.
Editora Atlas,1987
BRUNI, Adriano Leal, FAMA, Rubens. Gestão de Custos e For-
mação do Preço de Venda. 3o ed. São Paulo: Atlas, 2004.
NEVES, Silvério das Neves, VICECONTI, Paulo E. V. Contabili-
dade Avançada e Análise das Demonstrações Financeiras. 13aEd.
São Paulo: Frase, 2004.
PEREZ JÚNIOR, José Hernandez, OLIVEIRA, Luís Martins. Con-
tabilidade Avançada. 6ã Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

113/90
Instruções:

• Para os alunos matriculados nos cursos oficiais, estes exercícios simulados são opcionais. Caso
deseje, eles podem ser enviados aos nossos professores de plantão, que farão a correção e
os devolverão com as devidas observações.
• Para os alunos matriculados nos cursos livres, estes exercícios simulados terão o valor de
provas, realizadas a distância, e devem ser obrigatoriamente enviados para correção. Sua
aprovação lhe conferirá seu Certificado de Conclusão.
• O endereço para envio dos exercícios simulados em ambos os casos é:
Caixa Postal 2722
01009-972 - São Paulo - SP
Atenção
• Para questões de múltipla escolha, existe apenas UMA alternativa correta em cada uma.
• Este Simulado contém questões também em seu verso.

113 – Contabilidade Industrial

Nome:.........................................................................................................................................................................................

Nº de Matrícula: . ............................................................... Nota:............................................

1 - A empresa industrial:
a) Transforma energia em produtos acabados.
b) Transforma estoques em produtos acabados.
c) Transforma insumos em produtos acabados ou em outros bens.
d) Transforma bens de consumo em produtos acabados.

2 - As funções da empresa industrial podem ser resumidas em:


a) Técnica, comercial e financeira.
b) Industrial, social, computacional.
c) Econômica, social, de seguros e administrativa.
d) As alternativas A e C estão corretas.

3 - Qual é a diferença fundamental entre uma empresa industrial e comercial?


_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

4 - A aquisição de materiais e bens destinados à produção e ao consumo é função:


a) Técnica.
b) Mercantil ou Comercial.
c) Social.
d) Econômica.

/4
5 - Vendas, publicidade, transporte, estoque e expedição, faturamento, crédito e cobrança são tarefas executáveis pelo
departamento:
a) Industrial.
b) Comercial.
c) Serviços.
d) Administrativo.

6 - É responsável pelas informações relativas a todas as operações da empresa, especialmente no que se refere às vendas:
a) Finanças.
b) Jurídico.
c) Organização e métodos.
d) Estatística.

7 - Considerando que a soma dos custos diretos e indiretos é de R$ 33,50, despesas somam 30% e a margem de lucro é
de 20%, então o preço de venda é de:
a) R$ 33,50 + 30% + 20%
b) R$ 33,50 + 50%
c) R$ 67,00
d) R$ 82,00

8 - Sabendo que o ICMS é de 19% sobre o custo de R$ 85, então o industrial deve vender o produto por:
a) R$ 104,93
b) R$ 101,93
c) R$ 100,93
d) R$ 108,93

9 - Caracterize e exemplifique os três ciclos necessários para o desenvolvimento de uma empresa industrial.
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

10 - Onde são classificados os grupos de Investimentos nas empresas?


a) Ativo Circulante.
b) Ativo Realizável a Longo Prazo.
c) Ativo Não Circulante
d) Todas as alternativas estão corretas.

11 - Explique o significado das unidades equivalentes.


_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

12 - Custo Industrial representa:


a) Dispêndio de bens materiais para se obter alguma coisa.
b) Consumo de bens e serviços para a fabricação de produtos.
c) Dispêndio incorridos na fábrica para determinada produção.
d) A somatória de matéria-prima e mão-de-obra direta para fabricação de produtos.

/4
Através das informações a seguir responda às questões de 13 a 15:
Matéria-Prima R$ 7.500,00
Material de Embalagem Direto R$ 1.250,00
Material Secundário R$ 520,00
Mão-de-Obra Direta R$ 9.300,00
Mão-de-Obra Indireta R$ 6.800,00
Gastos Gerais de Fabricação R$ 1.550,00
Gastos Gerais de Administração R$ 4.750,00

13 - Qual é o total do Custo Direto?


a) R$ 18.050,00
b) R$ 18.570,00
c) R$ 20.120,00
d) R$ 26.400,00

14 - Qual é o Custo de Produção?


a) R$ 25.370,00
b) R$ 16.800,00
c) R$ 26.920,00
d) R$ 21.550,00

15 - Qual deve ser o preço de venda total da produção, considerando a margem de lucro de 32% e ICMS 18%?
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

16 - Os componentes negativos do Débito são formados pelas contas:


a) Receitas.
b) Despesas.
c) Ativo.
d) Passivo.

17 - Relacione:
( 1 ) Ativo ( ) Gastos com comissões
( 2 ) Passivo ( ) Obrigações
( 3 ) Patrimônio ( ) Bens
( 4 ) Despesas ( ) Lucros Acumulados
( 5 ) Receitas ( ) Serviços prestados

18 - Orçamento de Produção:
a) É o orçamento da matéria-prima necessária para manter a produção.
b) É o orçamento das despesas efetuadas e agregadas ao produto final.
c) É o orçamento da produção fixando as quantidades a serem produzidas.
d) Todas as alternativas estão corretas.

/4
19 - Adiantamento sobre salários normalmente é 40% do salário bruto. De que forma é contabilizado?
a) Débito de Ativo Passivo Circulante de Bancos conta movimento.
b) Débito de Ativo Circulante e crédito de Bancos conta movimento.
c) Débito de Bancos conta movimento e crédito de Passivo Circulante.
d) Débito de Bancos conta movimento e crédito de Ativo Circulante.

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Pesquisa de Avaliação

113 - Contabilidade Industrial

Caro Aluno:

Queremos saber a sua opinião a respeito deste fascículo que você acaba de estudar.

Para que possamos aprimorar cada vez mais os nossos serviços, oferecendo um
material didático de qualidade e eficiente, é muito importante a sua avaliação.

Sua identificação não é obrigatória. Responda as perguntas a seguir assinalando


a alternativa que melhor corresponda à sua opinião (assinale apenas UMA
alternativa). Você também pode fazer sugestões e comentários por escrito no
verso desta folha.

Na próxima correspondência que enviar à Escola, lembre-se de juntar sua(s)


pesquisa(s) respondida(s).

O Instituto Monitor agradece a sua colaboração.

A Editora.

Nome (campo não obrigatório): _______________________________________________________________


No de matrícula (campo não obrigatório): _____________________
Curso Técnico em:
Eletrônica Secretariado Gestão de Negócios
Transações Imobiliárias Informática Telecomunicações
Contabilidade

QUANTO AO CONTEÚDO

1) A linguagem dos textos é:


a) sempre clara e precisa, facilitando muito a compreensão da matéria estudada.
b) na maioria das vezes clara e precisa, ajudando na compreensão da matéria estudada.
c) um pouco difícil, dificultando a compreensão da matéria estudada.
d) muito difícil, dificultando muito a compreensão da matéria estudada.
e) outros: ______________________________________________________

2) Os temas abordados nas lições são:


a) atuais e importantes para a formação do profissional.
b) atuais, mas sua importância nem sempre fica clara para o profissional.
c) atuais, mas sem importância para o profissional.
d) ultrapassados e sem nenhuma importância para o profissional.
e) outros: ______________________________________________________

3) As lições são:
a) muito extensas, dificultando a compreensão do conteúdo.
b) bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco.
c) a divisão das lições não influencia Na compreensão do conteúdo.
d) muito curtas e pouco aprofundadas.
e) outros: ______________________________________________________
QUANTO AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

4) Os exercícios propostos são:


a) muito simples, exigindo apenas que se decore o conteúdo.
b) bem elaborados, misturando assuntos simples e complexos.
c) um pouco difíceis, mas abordando o que se viu na lição.
d) muito difíceis, uma vez que não abordam o que foi visto na lição.
e) outros: ______________________________________________________

5) A linguagem dos exercícios propostos é:


a) bastante clara e precisa.
b) algumas vezes um pouco complexa, dificultando a resolução do problema proposto.
c) difícil, tornando mais difícil compreender a pergunta do que respondê-la.
d) muito complexa, nunca consigo resolver os exercícios.
e) outros: ______________________________________________________

QUANTO À APRESENTAÇÃO GRÁFICA

6) O material é:
a) bem cuidado, o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização, tornando o estudo bastante agradável.
b) a letra é muito pequena, dificultando a visualização.
c) bem cuidado, mas a disposição das imagens e do texto dificulta a compreensão do mesmo.
d) confuso e mal distribuído, as informações não seguem uma seqüência lógica.
e) outros: ______________________________________________________

7) As ilustrações são:
a) bonitas e bem feitas, auxiliando na compreensão e fixação do texto.
b) bonitas, mas sem nenhuma utilidade para a compreensão do texto.
c) malfeitas, mas necessárias para a compreensão e fixação do texto.
d) malfeitas e totalmente inúteis.
e) outros: ______________________________________________________

Lembre-se: você pode fazer seus comentários e sugestões, bem como apontar
algum problema específico encontrado no fascículo. Sinta-se à vontade!

PAMD1

Sugestões e comentários

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