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Marilena Chauí, ressalta em seu texto “Raízes Teológicas do populismo” o que ela
chama de um segundo elemento do mito fundador- este mito fundador Marilena Chauí
explica que existe porque impõe-se um vínculo interno com o passado como origem,
um passado que acaba não permitindo uma diferença temporal e que se mantém no
presente-, que vai lançar-nos a história. Ela diz tratar-se de uma história que é teológica
ou providencialista, que significa a história como a realização da vontade divina ou do
plano de Deus. Segundo Chauí, quem melhor instituiu-a foi Santo Agostinho, pensando
o tempo como ocasião para o cumprimento do plano divino. Santo Agostinho pensou a
história como teofania, epifania, profecia e soteriologia.Asssim a autora ressalta:
Décio de Azevedo Saes ressalta que fatos como a vitória de Carlos Menem na
Argentina, o personalismo do presidente Collor e o personalismo e a super- exposição
de Salinas, presidente do México, a sobrevivência política de Leonel Brizola nos anos
50-60 e o discurso paternalista do presidente Itamar Franco, levaram a grande imprensa
a falar de um neopopulismo latino- americano.
Segundo Saes, os anos 90 vão reservar uma surpresa aos analistas políticos da
América Latina, é neste período que surgirá um novo discurso político. Segundo ele este
discurso proprõe que: “(...) o governo substitua, como no populismo clássico, a
organização política independente das massas trabalhadoras na posição de uma política
que resulte, em última instância, em redistribuição de renda nacional.” (SAES, Décio.
1994,p. 47). Assim, segundo ele, vai se desenvolver nos anos 90 uma retórica utilizada
por Menes, Collor, Salinas, etc; uma retórica populista neoliberal.
A sua hipótese para que a população aceite este nova variantes do populismo latino-
americano, é que o crescimento da intervenção estatal em concentração de renda
nacional e não acompanhou a implantação de um Welfare State na América Latina.