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Mecânica
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Mecânica
Técnico em Mecânica – PRONATEC
Coordenadora pedagógica
Coordenador técnico
Sumário
Introdução .................................................................................................................................... 2
História da mecânica ................................................................................................................... 3
Os filósofos e as máquinas .......................................................................................................... 5
Noções gerais dos materiais ........................................................................................................ 8
Propriedades físicas e químicas ................................................................................................ 10
Propriedades mecânicas............................................................................................................ 13
Propriedades dos metais ........................................................................................................... 15
Propriedades dos materiais cerâmicos ...................................................................................... 15
Propriedades dos materiais Polímeros ...................................................................................... 16
Materiais avançados .................................................................................................................. 16
Necessidade de materiais avançados ....................................................................................... 16
Biomateriais ............................................................................................................................... 17
Propriedades mecânicas............................................................................................................ 18
Ensaios ...................................................................................................................................... 19
Traçagem ................................................................................................................................... 27
Lubrificação industrial ................................................................................................................ 36
Elementos de Máquinas............................................................................................................. 50
Segurança.................................................................................................................................. 96
Introdução
Gleito Kunde
Embora seu livro Mecânico contivesse algumas afirmações errôneas (em conseqüência,
principalmente, da fragilidade de suas formulações matemáticas), ele ali transmitia um
profundo conhecimento dos sistemas de roldanas e demais máquinas simples.
Poucos anos depois surgiu o primeiro grande nome da mecânica, Galileu Galilei, que descobriu
as leis do pêndulo e da queda livre e esboçou o princípio da inércia, um dos três pilares
fundamentais da mecânica. Galileu solucionou também problemas de estatística, a partir de
trabalhos de Stevin, e de descrição da trajetória de projéteis.
No século XVII, uma revolução científica iniciada por Nicolau Copérnico e continuada por
Galileu questionou o geocentrismo e afirmou o Sol como o centro do universo.
Em 1642, ano da morte de Galileu, nasceu, na Inglaterra, Isaac Newton, que viria a estabelecer
os princípios da mecânica clássica. Integrado a uma sociedade científica avançada, na qual
sobressaíram personalidades como Edmond Halley e Robert Hooke, Newton escreveu uma
obra capital para a evolução da física: Philosophiae naturalis principia mathematica (1687;
Princípios matemáticos da filosofia natural), na qual enunciou os três axiomas básicos da
mecânica e resolveu o problema do equilíbrio dinâmico do universo por meio da teoria da
gravitação universal.
Para a solução de problemas mecânicos simples, que não envolvam grandes velocidades nem
altas temperaturas, no entanto, as doutrinas de Newton mantiveram vigência e aplicabilidade.
Os filósofos e as máquinas
A desconfiança da presença das máquinas e suas funções não partiu, como muitos pensam,
de trabalhadores ignorantes ou de gente do campo.A fobia à maquina e ao que ela representa,
como a racionalização da produção e demais implicações, foi também muito comum entre
pensadores e outros consagrados homens de letras. - Platão contra a Calculadora.
"Não sentir entusiasmo pela ciência e pela tecnologia não é apenas tolice - é suicídio." - Carl
sagan, 1996.
Consta que Platão, certa vez, advertiu seriamente dois dos seus discípulos por terem se
socorrido de um aparelho que lhes permitira realizar, em pouco tempo, um cálculo geométrico.
Segundo Pierre-Maxime Schul, que historiou a relação dos filósofos com as máquinas, esse
bloqueio contra a tecnologia foi um poderoso inibidor psicológico, além, naturalmente, da
difusão da escravidão, que fez com que a economia daqueles tempos pouco conseguisse ir
mais além da estagnação permanente.
Arquimedes, morto em 212 a.C., foi uma honrosa exceção em todo o mundo antigo.
Mesmo os desenhos dos aparelhos de Leonardo da Vinci foram vistos por muitos como
projetos de um visionário, sem nenhuma aplicação ao mundo prático, nada mais do que
"sonhos tecnológicos".
A aceitação delas, das máquinas, iniciou-se a partir do século XVII, quando sir Francis Bacon,
o homem que disse ter tornado todo o conhecimento uma província sua, vislumbrou-lhe as
desmedidas potencialidades para obter a soberania humana sobre a natureza em geral.
Ambição resultante da dilatação dos horizontes do homem europeu, provocado pelos
descobrimentos e pelo intenso contato com outras culturas espalhadas pelos mundo.
O que o levou a concluir que "saber é poder", porque eram as máquinas, especialmente as
militares, que permitiam aos escassos homens brancos que navegavam pelos oceanos
naqueles tempos dominar rapidamente continentes inteiros.
Logo, seguiu-o Descartes. Impressionado pela multiplicação dos aparelhos, das fontes e grotas
artificiais, relógios, e artefatos mecânicos, deduziu que, em breve, utilizando-se deles em larga
escala, o Homem tornar-se-ia "senhor e possuidor da Natureza".
Mas tal entusiasmo arrefeceu, pelo menos entre os pensadores do século XIX.
Com a proliferação do sistema fabril que tornou o mundo urbano mais feio, com sua estética
cinzenta, da fumaça e da chaminé, juntou-se no mesmo espaço citadino uma enorme
capacidade produtiva e uma miséria assombrosa, ativando um intensa luta de classes e uma
continua tensão social daí decorrente.
Posição que foi largamente assumida por Karl Marx e Frederico Engels, os pais fundadores do
socialismo moderno.
A derradeira oposição furiosa, já no nosso século, contra a máquina e sua aplicação maciça, foi
desencadeada pelos pensadores alemães, especialmente Oswald Spengler e Martin
Heidegger. Legítimos sobreviventes do romantismo alemão encararam-na como um demônio
moderno corroendo as entranhas da Gemeinschaft, a sociedade comunitária, aviltando-nos
com sua materialidade, sua racionalidade e regulamentação produtiva, tornando o Homem "de
seu criador em seu escravo".
A máquina era o grilhão do escravo moderno e o trabalho fabril sua condenação às galés.
Imaginaram-no, o mundo da técnica, convertido num novo Leviatã, impondo ao Homem a dura
tarefa de transformar-se ou morrer. Heidegger viu em Hitler, em certo momento, como o único
capaz de fazer a Alemanha reverter ao mundo idílico da sociedade pastoril, ao bucolismo da
vida rural, ao sangue e ao solo.
Kafka, por sua vez, outro assombrado por ela, descreveu-a como um instrumento de tortura,
apresentando-a, no conto A Colônia Penal, como uma espécie de robô-canibal.
Somente após a II Guerra Mundial que esses acessos fóbicos contra a tecnologia e a máquina
começaram enfim a ceder.
As maravilhas que foram propiciadas pelas técnicas, em quase todos os campos, foram
calando as temerosas e agourentas vozes de protesto.
É certo que ainda existem rumores rancorosos e assombrados, especialmente entre a atual
intelectualidade francesa (que vê o universo da tecnologia e da máquina como sendo
essencialmente uma expressão norte-americana), mas ninguém ousa defender uma política
ludita, pretendendo destruí-las.
O átomo é eletricamente neutro, enquanto a carga positiva concentrada no seu núcleo é igual à
carga negativa dos elétrons.
Uma molécula de água (H2O) é constituída por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio.
As substâncias sólidas podem se apresentar no estado amorfo e no cristalino.
No caso dos materiais metálicos, a disposição dos átomos no cristal elementar pode ser:
São propriedades que o material possui por natureza, independentes de fatores externos.
Na aplicação de cada material deve se levar em conta as propriedades dos materiais, tais
como:
De acordo com as condições de serviço é o fator que dita as propriedades dos materiais a
serem utilizados. Lembrando que é raro o material ideal que assume todas as necessidades
para aquele tipo de trabalho.
↑ resistência ⇒ ↓ ductilidade
A inter-relação
relação entre processamento, estrutura, propriedades e desempenho é linear:
Exercícios de Fixação
Principais propriedades:
Materiais cerâmicos são compostos entre elementos metálicos e não-metálicos: eles são muito
freqüentemente óxidos, nitretos e carbetos. A larga faixa de materiais que caem dentro desta
classificação inclui cerâmicas que são compostas de minerais de argilas, cimento e vidro. Estes
materiais são tipicamente isolantes à passagem de eletricidade e de calor, e são mais
resistentes a altas temperaturas e ambientes rudes do que metais e polímeros. Com relação ao
comportamento mecânico, cerâmicas são duras, mas muito frágeis.
Principais propriedades:
Polímeros incluem os materiais familiares, plástico e borracha. Muitos deles são compostos
orgânicos que são quimicamente baseados em carbono, hidrogênio, e outros elementos não
metálicos; além disto, eles têm muito grandes estruturas moleculares. Estes materiais têm
tipicamente baixas densidades e podem ser extremamente flexíveis.
Materiais comuns de plástico e borracha. Muitos são compostos orgânicos que tem sua
química baseada no carbono, hidrogênio e outros elementos não metálicos.
Materiais avançados
Estes materiais são geralmente materiais tradicionais cujas propriedades são otimizadas ou
materiais novos de alto desempenho.
Devido ao aumento da tecnologia, de superação cada vez mais de limites, existe uma real
necessidade de se encontrar materiais com características ideais para cada aplicação.
Pesquisadores estão trabalhando cada vez mais para otimizar características destes materiais.
Principais necessidades:
• Alto desempenho;
• Baixo peso (aeronaves, trens, etc) e alta resistência;
• Resistência à altas temperaturas (motores);
• Desenvolvimento de materiais que sejam menos danosos ao meio ambiente e mais
fáceis de serem reciclados ou regenerados (petróleo).
Biomateriais
Exercícios de Fixação
Para cada tipo de material citado abaixo, dê três exemplos.
a) materiais metálicos
b) materiais cerâmicos
c) materiais avançados
d) materiais poliméricos.
Propriedades mecânicas
Resistencia à tração
Elasticidade
Ductilidade
Fluência
Fadiga
Dureza
Tenacidade...
Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material de resistir às forças
mecânicas e/ou de transmiti-las.
Tração
Compressão
Cisalhamento
Torção
Utilizam-se normalmente corpos de prova para o ensaio mecânico, não é praticável realizar o
ensaio na própria peça, que seria o ideal.
Geralmente, usam-se normas técnicas para o procedimento das medidas e confecção do corpo
de prova para garantir que os resultados sejam comparáveis.
Resistência à tração
Resistência à compressão
Resistência à torção
Resistência ao choque
Resistência ao desgaste
Resistência à fadiga
Dureza
Resistência à tração
É medida submetendo-se se o material à uma carga ou força de tração, paulatinamente
crescente, que promove uma deformação progressiva de aumento de comprimento
1N = 0,10 2kgf
Exercícios de Fixação
a) 55 Kgf. e 32 x 21 mm
b) 124N e 14 x14 mm
c) 41kgf e 30 mm diâmetro
d) 233N e 12x15mm
2. Calcule as deformações para os casos e indique em qual situação ocorreu uma maior
deformação do material.
Resistência
máxima à tração
Deformação
ormação elástica e plástica
Precede à deformação plástica
É reversível
Desaparece quando a tensão é removida
É proporcional à tensão aplicada (obedece
a lei de Hooke)
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
Escoamento
Esse fenômeno é nitidamente observado em alguns metais de natureza dúctil, como aços
baixo teor de carbono.
Tensão de Ruptura
%alongamento= (lf-lo/lo)x100
Tenacidade
Corresponde à capacidade do material
de absorver
bsorver energia até sua ruptura.
As falhas ou rupturas nos metais ocorrem principalmente por: Fratura, Fluência e Fadiga.
Fadiga
Fratura
Tipos de fratura
b- formação de cavidades
Fluência
Quando um metal é solicitado por uma carga, imediatamente sofre uma deformação elástica.
Com a aplicação de uma carga constante, a deformação plástica progride lentamente com o
tempo (fluência) até haver um estrangulamento e ruptura do material.
material
Então, a fluência é definida como a deformação permanente, dependente do tempo e da
temperatura, quando o material é submetido à uma carga constante.
Este fator muitas vezes limita o tempo de vida de um determinado componente ou estrutura.
Em geral:
Fadiga
É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas
Tração
Tração e compressão
Flexão
Torção,...
Traçagem
Desenhando no material
Traçagem no espaço,, que se realiza em peças forjadas e fundidas e que não são planas.
Nesse caso, a traçagem se caracteriza por delimitar volumes e marcar centros.
• o plano de referência, ou seja, a linha a partir da qual toda a traçagem da peça é orientada.
Dependendo do formato da peça, a linha que indica o plano de referência pode corresponder à
linha de centro.
Exercícios
a) Plano de referência.
b) Superfície de referência.
Instrumentos e materiais para traçagem
Para realizar a traçagem é necessário ter alguns instrumentos e materiais. Os instrumentos são
muitos e variados: mesa de traçagem ou desempeno, escala, graminho, riscador, régua de
traçar, suta, compasso, esquadro de
de centrar, cruz de centrar, punção e martelo, calços em V,
macacos de altura variável, cantoneiras, cubo de traçagem.
Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças devem ser pintadas com
soluções corantes. O tipo de solução depende da superfície do material e do controle do
traçado. O quadro a seguir resume as informações sobre essas soluções.
Verniz Goma-laca,
laca, álcool, Lisas ou Rigoroso
anilina polidas
Agora que você já conheceu quais os materiais e instrumentos necessários à traçagem, vamos
estudar um pouco antes de aprender como essas operações são executadas.
Coluna A Coluna B
d) ( ) 3. escala, graminho.
Para marcar
4. soluções corantes.
5. punção e martelo.
6. mesa de traçagem.
Uma empresa de bebidas utiliza em sua linha de produção uma esteira com mancais de
rolamento. A esteira transporta garrafas que são enchidas com um delicioso refrigerante diet.
A lubrificação é uma operação que consiste em introduzir uma substância apropriada entre
superfícies sólidas que estejam em contato entre si e que executam movimentos relativos.
Essa substância apropriada normalmente
ormalmente é um óleo ou uma graxa que impede o contato direto
entre as superfícies sólidas.
Quando recobertos por um lubrificante, os pontos de atrito das superfícies sólidas fazem com
que o atrito sólido seja substituído pelo atrito fluido, ou seja, em atrito
atrito entre uma superfície
sólida e um fluido. Nessas condições, o desgaste entre as superfícies será bastante reduzido.
Além dessa redução do atrito, outros objetivos são alcançados com a lubrificação, se a
substância lubrificante for selecionada corretamente:
Lubrificantes
Os lubrificantes podem ser gasosos como o ar; líquidos como os óleos em geral; semi-sólidos
semi
como as graxas e sólidos como a grafita, o talco, a mica etc.
Classificação dos
s óleos quanto à origem
Quanto à origem, os óleos podem ser classificados em quatro categorias: óleos minerais, óleos
vegetais, óleos animais e óleos sintéticos.
Óleos minerais - São substâncias obtidas a partir do petróleo e, de acordo com sua estrutura
molecular, são classificadas em óleos parafínicos ou óleos naftênicos.
Óleos vegetais - São extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz, mamona,
oiticica, babaçu etc.
Óleos animais - São extraídos de animais como a baleia, o cachalote, o bacalhau, a capivara
etc.
Óleos sintéticos - São produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias orgânicas
e inorgânicas para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones, ésteres, resinas,
glicerinas etc.
Os óleos animais e vegetais raramente são usados isoladamente como lubrificantes, por causa
da sua baixa resistência à oxidação, quando comparados a outros tipos de lubrificantes. Em
vista disso, eles geralmente são adicionados aos óleos minerais com a função de atuar como
agentes de oleosidade. A mistura obtida apresenta características eficientes para lubrificação,
especialmente em regiões de difícil lubrificação.
Alguns óleos vegetais são usados na alimentação humana. Você é capaz de citar alguns?
Os óleos sintéticos são de aplicação muito rara, em razão de seu elevado custo, e são
utilizados nos casos em que outros tipos de substâncias não têm atuação eficiente.
Os óleos minerais são os mais utilizados nos mecanismos industriais, sendo obtidos em larga
escala a partir do petróleo.
Ponto de fulgor (flash point) Temperatura mínima à qual pode inflamar-se o vapor
de óleo, no mínimo, durante 5 segundos. O ponto de
fulgor é um dado importante quando se lida com
óleos que trabalham em altas temperaturas.
Graxas
As graxas são compostos lubrificantes semi-sólidos constituídos por uma mistura de óleo,
aditivos e agentes engrossadores chamados sabões metálicos, à base de alumínio, cálcio,
sódio, lítio e bário. Elas são utilizadas onde o uso de óleos não é recomendado.
Tipos de graxa
Os tipos de graxa são classificados com base no sabão utilizado em sua fabricação.
Graxa à base de alumínio: macia; quase sempre filamentosa; resistente à água; boa
estabilidade estrutural quando em uso; pode trabalhar em temperaturas de até 71°C. É
utilizada em mancais de rolamento de baixa velocidade e em chassis.
Graxa à base de cálcio: vaselinada; resistente à água; boa estabilidade estrutural quando em
uso; deixa-se aplicar facilmente com pistola; pode trabalhar em temperaturas de até 77°C. É
aplicada em chassis e em bombas d’água.
Graxa à base de sódio: geralmente fibrosa; em geral não resiste à água; boa estabilidade
estrutural quando em uso. Pode trabalhar em ambientes com temperatura de até 150°C. É
aplicada em mancais de rolamento, mancais de rodas, juntas universais etc.
Graxa à base de lítio: vaselinada; boa estabilidade estrutural quando em uso; resistente à
água; pode trabalhar em temperaturas de até 150°C. É utilizada em veículos automotivos e na
aviação.
Graxa mista: é constituída por uma mistura de sabões. Assim, temos graxas mistas à base de
sódio-cálcio, sódio-alumínio etc.
Além dessas graxas, há graxas de múltiplas aplicações, graxas especiais e graxas sintéticas.
Lubrificantes sólidos
A grafita, após tratamentos especiais, dá origem à grafita coloidal, que pode ser utilizada na
forma de pó finamente dividido ou em dispersões com água, óleos minerais e animais e alguns
tipos de solventes.
Aditivos
Aditivos são substâncias que entram na formulação de óleos e graxas para conferir-lhes certas
propriedades. A presença de aditivos em lubrificantes tem os seguintes objetivos:
• aumentar a adesividade;
• aumentar o índice de viscosidade.
O traçado
o correto dos chanfros e ranhuras de distribuição do lubrificante nos mancais de
deslizamento é o fator primordial para se assegurar a lubrificação adequada.
Os mancais de deslizamento podem ser lubrificados com óleo ou com graxa. No caso de óleo,
a viscosidade
sidade é o principal fator a ser levado em consideração; no caso de graxa, a sua
consistência é o fator relevante.
• rotação do eixo;
• carga no mancal;
• método de aplicação.
Lubrificação de mancais de rolamento
Em mancais de fácil acesso, a caixa pode ser aberta para se renovar ou completar a graxa.
Quando a caixa é bipartida, retira-se a parte superior; caixas inteiriças dispõem de tampas
laterais facilmente removíveis. Como regra geral, a caixa deve ser cheia apenas até um terço
ou metade de seu espaço livre com uma graxa de boa qualidade, possivelmente à base de lítio.
O nível de óleo dentro da caixa de rolamentos deve ser mantido baixo, não excedendo o centro
do corpo rolante inferior. É muito conveniente o emprego de um sistema circulatório para o óleo
e, em alguns casos, recomenda-se o uso de lubrificação por neblina.
Intervalos de lubrificação
No caso de rolamentos lubrificados por banho de óleo, o período de troca de óleo depende,
fundamentalmente, da temperatura de funcionamento do rolamento e da possibilidade de
contaminação proveniente do ambiente. Não havendo grande possibilidade de poluição, e
sendo a temperatura inferior a 50°C, o óleo pode ser trocado apenas uma vez por ano. Para
temperaturas em torno de 100°C, este intervalo cai para 60 ou 90 dias.
Temperatura, rotação e carga do mancal são os fatores que vão direcionar a escolha do
lubrificante.
Regra geral:
• temperaturas altas: óleo mais viscoso ou uma graxa que se mantenha consistente;
A completa separação das superfícies dos dentes das engrenagens durante o engrenamento
implica presença de uma película de óleo de espessura suficiente para que as saliências
microscópicas destas superfícies não se toquem.
O óleo é aplicado às engrenagens fechadas por meio de salpico ou de circulação.
A seleção do óleo para engrenagens depende dos seguintes fatores: tipo de engrenagem,
rotação do pinhão, grau de redução, temperatura de serviço, potência, natureza da carga, tipo
de acionamento, método de aplicação e contaminação.
Não é prático nem econômico encerrar alguns tipos de engrenagem numa caixa. Estas são as
chamadas engrenagens abertas.
Lubrificação de motorredutores
Lubrificação de máquinas-ferramenta
Lubrificação intermitente (oleadeiras, copo conta-gotas etc.) - óleo mineral puro com número
de viscosidade S 315 (ASTM).
Fusos de alta velocidade (acima de 3000 rpm) - óleo lubrificante de primeira linha, de base
parafínica, com número de viscosidade S 75 (ASTM).
Fusos de velocidade moderada (abaixo de 3000 rpm) - óleo lubrificante de primeira linha, de
base parafínica, com número de viscosidade S 105 (ASTM).
Caixas de redução - para serviços leves podem ser utilizados óleos com número de
viscosidade S 1000 (ASTM) aditivados convenientemente com antioxidantes, antiespumantes
etc. Para serviços pesados, recomendam-se óleos com aditivos de extrema pressão e com
número de viscosidade S 2150 (ASTM).
Observações
Em resumo, por mais complicada que uma máquina pareça, há apenas três elementos a
lubrificar:
1. Apoios de vários tipos, tais como: mancais de deslizamento ou rolamento, guia etc.
2. Engrenagens de dentes retos, helicoidais, parafusos de rosca sem-fim etc., que podem
estar descobertas ou encerradas em caixas fechadas.
Responda.
d) O que é viscosidade?
f) Um mancal de deslizamento que opera sob alta pressão e em baixa rotação deve ser
lubrificado com óleo ou graxa? Justifique.
Elementos de Máquinas
Elementos de fixação
Se você vai fazer uma caixa de papelão, possivelmente usará cola, fita adesiva ou grampos
para unir as partes da caixa. Por outro lado, se você pretende fazer uma caixa ou engradado
de madeira, usará pregos ou taxas para unir as partes.
Entretanto, em mecânica as peças a serem unidas, exigem elementos próprios de união que
são denominados elementos de fixação.
Numa classificação geral, os elementos de fixação mais usados em mecânica são: rebites,
pinos, cavilhas, parafusos, porcas, arruelas, chavetas etc.
Você vai estudar cada um desses elementos de fixação para conhecer suas características, o
material de que é feito, suas aplicações, representação, simbologia e alguns cálculos
necessários para seu emprego.
A união de peças feita pelos elementos de fixação pode ser de dois tipos: móvel ou
permanente.
Tanto os elementos de fixação móvel como os elementos de fixação permanente devem ser
usados com muita habilidade e cuidado porque são, geralmente, os componentes mais frágeis
da máquina. Assim, para projetar um conjunto mecânico é preciso escolher o elemento de
fixação adequado ao tipo de peças que irão ser unidas ou fixadas. Se, por exemplo, unirmos
peças robustas com elementos de fixação fracos e mal planejados, o conjunto apresentará
falhas e poderá ficar inutilizado. Ocorrerá, portanto, desperdício de tempo, de materiais e de
recursos financeiros.
Para você conhecer melhor alguns elementos de fixação, apresentamos a seguir uma
descrição simples de cada um deles.
Rebite
É fabricado em aço, alumínio, cobre ou latão. É usado para fixação permanente de duas ou
mais peças.
Pino
O pino une peças articuladas. Nesse tipo de união, uma das peças pode se movimentar por
rotação.
pinos
Cavilha
Contrapino ou cupilha
cupilha ou contrapino
Parafuso
O parafuso é uma peça formada por um corpo cilíndrico roscado e uma cabeça, que pode ter
várias formas.
Porca
A porca tem forma de prisma, de cilindro etc. Apresenta um furo roscado. Através desse furo, a
porca é atarraxada ao parafuso.
Arruela
A arruela é um disco metálico com um furo no centro. O corpo do parafuso passa por esse furo.
Anel elástico
O anel elástico é usado para impedir deslocamento de eixos. Serve, também, para posicionar
ou limitar o movimento de uma peça que desliza sobre um eixo.
Chaveta
A chaveta tem corpo em forma prismática ou cilíndrica que pode ter faces paralelas ou
inclinadas, em função da grandeza do esforço e do tipo de movimento que deve transmitir.
Alguns autores classificam a chaveta como elementos de fixação e outros autores, como
elementos de transmissão. Na verdade, a chaveta desempenha as duas funções.
Nos exercícios a seguir, você tem oportunidade de verificar sua aprendizagem.
Exercícios
a) ( ) transmissão;
b) ( ) fixação;
c) ( ) vedação.
a) ( ) transmissão;
b) ( ) articulação;
c) ( ) fixação.
a) ( ) móvel ou permanente;
b) ( ) móvel ou articulada;
c) ( ) fixa ou permanente.
a) ( ) pino ou chaveta;
b) ( ) solda ou rebite;
c) ( ) porca ou arruela.
Elementos de apoio
Nesta unidade, são abordados os seguintes elementos de apoio: buchas, guias, rolamentos
e mancais.
Na prática, podemos observar que buchas e mancais são elementos que funcionam
conjuntamente. Apenas para facilitar o estudo, eles são descritos separadamente.
Para que você tenha uma visão geral dos assuntos a serem estudados em cada aula, são
apresentadas algumas das principais informações relativas aos elementos de apoio.
Buchas
As buchas existem desde que se passou a usar transportes com rodas e eixos.
No caso de rodas de madeira, que até hoje são usadas em carros de boi, já existia o problema
de atrito. Durante o movimento de rotação as superfícies em contato provocavam atritos e, com
o tempo, desgastavam-se eixos e rodas sendo preciso trocá-los.
Com a introdução das rodas de aço manteve-se o problema com atritos. A solução encontrada
foi a de colocar um anel de metal entre o eixo e as rodas.
Esse anel, mais conhecido como bucha, reduz bastante o atrito, passando a constituir um
elemento de apoio indispensável.
Na aula Buchas, você vai ver que as buchas podem ser classificadas, quanto ao tipo de
solicitação, em buchas de fricção radial e de fricção axial.
Em determinados trabalhos de usinagem, há a necessidade de furação, ou seja, de fazer furos.
Para isso é preciso que a ferramenta de furar fique corretamente posicionada para que os furos
sejam feitos exatamente nos locais marcados. Nesse caso, são usadas as buchas-guia para
furação e também para alargamento dos furos.
Guias
As guias, que são elementos de apoio de máquinas, têm a função de manter a direção de uma
peça em movimento. Por exemplo, numa janela corrediça, seu movimento de abrir e de fechar
é feito dentro de trilhos. Esses trilhos evitam que o movimento saia da direção.
A guia tem a mesma função desses trilhos. Numa máquina industrial, como uma serra de fita, a
guia assegura a direção da trajetória da serra.
Geralmente, usa-se
se mais de uma guia em máquinas. Normalmente, se usa um conjunto de
guias com perfis variados, que se denomina barramento. Existem
m vários tipos de barramento,
conforme a função que ele exerce.
Rolamentos e mancais
Os mancais como as buchas têm a função de servir de suporte a eixos, de modo a reduzir o
atrito e amortecer choques ou vibrações. Eles podem ser de deslizamento ou rolamento.
Os mancais de
deslizamento são
constituídos de uma
bucha fixada num
suporte. São usados em
máquinas pesadas ou
em equipamentos de
baixa rotação.
• Pouca lubrificação.
Exercícios
a) ( ) ferramentas;
b) ( ) equipamentos;
c) ( ) materiais plásticos;
d) ( ) máquinas.
c) ( ) posicionar rodas;
d) ( ) amortecer choques.
4. Um conjunto de guias com perfis variados, denomina-se:
a) ( ) bucha-guia;
b) ( ) serra;
c) ( ) barramento;
d) ( ) rosca.
5. Os mancais servem de suporte a:
a) ( ) pinos;
b) ( ) chavetas;
c) ( ) eixos;
d) ( ) molas.
a) ( ) fixação e transmissão;
b) ( ) tração e retração;
c) ( ) pressão e compressão;
d) ( ) deslizamento ou rolamento.
Elementos elásticos
As molas, como você pode ver nesse problema, têm função muito importante. Por isso elas
serão estudadas em três aulas deste módulo.
Peças fixadas entre si com elementos elásticos podem ser deslocadas sem sofrerem
alterações. Assim, as molas são muito usadas como componentes de fixação elástica. Elas
sofrem deformação quando recebem a ação de alguma força, mas voltam ao estado normal, ou
o
seja, ao repouso,, quando a força pára.
As uniões elásticas são usadas para amortecer choques, reduzir ou absorver vibrações e para
tornar possível o retorno de um componente mecânico à sua posição primitiva. Com certeza,
você conhece muitos casos em que que se empregam molas como, por exemplo, estofamentos,
fechaduras, válvulas de descarga, suspensão de automóvel, relógios, brinquedos.
Formas de uso
Armazenamento de energia
Nesse caso, as molas são utilizadas para acionar mecanismos de relógios, de brinquedos, de
retrocesso das válvulas de descarga e aparelhos de controle.
válvula de descarga
Amortecimento de choques
As molas amortecem choques em suspensão e pára-choques
pára choques de veículos, em acoplamento de
eixos e na proteção de instrumentos delicados ou sensíveis.
Distribuição de cargas
Limitação de vazão
Nesse caso, a função das molas é a de preservar peças articuladas, alavancas de contato,
vedações, etc. que estejam em movimento ou sujeitas a desgastes. Ainda, as molas têm a
função
nção especial de manter o carvão de um coletor sob pressão.
Tipos de mola
Os diversos tipos de molas podem ser classificados quanto à sua forma geométrica ou
segundo o modo como resistem aos esforços.
molas planas
Quanto ao esforço que suportam, as molas podem ser de tração, de compressão ou de torção.
a) ( ) força;
b) ( ) elasticidade;
c) ( ) rigidez;
d) ( ) retração.
a) ( ) armazenar energia;
b) ( ) vazar energia;
c) ( ) gerar energia;
d) ( ) controlar energia.
b) ( ) eliminar choques;
c) ( ) reduzir atritos;
d) ( ) evitar vibrações.
Elementos de Transmissão
Eixos e árvores
Assim como o homem, as máquinas contam com sua “coluna vertebral” como um dos
principais elementos de sua estrutura física: eixos e árvores, que podem ter perfis lisos ou
compostos,, em que são montadas as engrenagens, polias, rolamentos, volantes, manípulos
etc.
Os eixos e árvores são fabricados em aço ou ligas de aço, pois os materiais metálicos
apresentam melhores propriedades mecânicas do que os outros materiais. Por isso, são mais
adequados para a fabricação de elementos de transmissão:
• eixo-árvore
árvore de máquinas e automóveis são fabricados em aço-níquel;
aço
• eixo-árvore
árvore para altas rotações ou para bombas e turbinas são fabricados em aço cromo-
cromo
níquel;
Quando os eixos e árvores têm finalidades específicas, podem ser fabricados em cobre,
alumínio, latão. Portanto, o material de fabricação varia de acordo com a função dos eixos e
árvores.
Conforme sua funções, uma árvore pode ser de engrenagens (em que são montados mancais
e rolamentos) ou de manivelas, que transforma movimentos circulares em movimentos
retilíneos.
As forças axiais têm direção perpendicular (90º) à seção transversal do eixo, enquanto as
forças radiais têm direção tangente ou paralela à seção transversal
transversal do eixo.
Quanto ao tipo, os eixos podem ser roscados, ranhurados, estriados, maciços, vazados,
flexíveis, cônicos, cujas características estão descritas a seguir.
Eixos maciços
Eixos vazados
Eixos cônicos
Os eixos cônicos devem ser ajustados a um componente que possua um furo fur de encaixe
cônico. A parte que se ajusta tem um formato cônico e é firmemente presa por uma porca. Uma
chaveta é utilizada para evitar a rotação relativa.
Eixos roscados
Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua utilização como
elemento de transmissão e também como eixo prolongador utilizado na fixação de rebolos para
retificação interna e de ferramentas para usinagem de furos.
Eixos-árvore ranhurados
Eixos-árvore estriados
Eixos-árvore flexíveis
Consistem
tem em uma série de camadas de arame de aço enroladas alternadamente em sentidos
opostos e apertadas fortemente. O conjunto é protegido por um tubo flexível e a união com o
motor é feita mediante uma braçadeira especial com uma rosca.
São eixos empregados para transmitir movimento a ferramentas portáteis (roda de afiar), e
adequados a forças não muito grandes e altas velocidades (cabo de velocímetro).
Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios a seguir, depois confira suas respostas com as do
gabarito.
Exercícios
a) ( ) árvore ou espiga;
c) ( ) eixo-árvore ou árvore;
d) ( ) eixo ou espiga.
a) ( ) espigas;
b) ( ) morsa;
c) ( ) barras;
d) ( ) eixos.
a) ( ) eixo-árvore vazado;
b) ( ) eixo-árvore maciço;
c) ( ) eixo vazado;
d) ( ) eixo maciço.
a) ( ) flexíveis ou giratórios;
b) ( ) imóveis ou fixos;
c) ( ) fixos ou giratórios;
d) ( ) fixos ou oscilantes.
5. Os eixos e árvores podem ser fabricados em:
Às vezes, pequenos problemas de uma empresa podem ser resolvidos com soluções
imediatas, principalmente quando os recursos estão próximos de nós, sem exigir grandes
investimentos. Por exemplo: com a simples troca de alguns componentes de uma máquina,
onde se pretende melhorar o rendimento do sistema de transmissão, conseguiremos resolver o
problema de atrito, desgaste e perda de energia. Esses componentes - as polias e as correias,
que são o assunto da aula de hoje.
Polias
As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas correias.
Uma polia é constituída de uma coroa ou face, na qual se enrola a correia. A face é ligada a um
cubo de roda mediante disco ou braços.
Tipos de polia
Os tipos de polia são determinados pela forma da superfície na qual a correia se assenta. Elas
podem ser planas ou trapezoidais.
trapezoidais As polias planas podem em apresentar dois formatos na sua
superfície de contato. Essa superfície pode ser plana ou abaulada.
A polia plana conserva melhor as correias, e a polia com superfície abaulada guia melhor as
correias. As polias apresentam braços a partir de 200 mm de
de diâmetro. Abaixo desse valor, a
coroa é ligada ao cubo por meio de discos.
A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na qual a correia se assenta
apresenta a forma de trapézio. As polias trapezoidais devem ser providas de canaletes (ou
canais) e são dimensionadas de acordo com o perfil padrão da correia a ser utilizada.
Dimensões normais das polias de múltiplos canais
Essas dimensões são obtidas a partir de consultas em tabelas. Vamos ver um exemplo que
pode explicar como consultar tabela.
Imaginemos que se vai executar um projeto de fabricação de polia, cujo diâmetro é de 250 mm,
perfil padrão da correia C e ângulo do canal de 34º. Como determinar as demais dimensões da
polia?
S: 25,5 mm W: 22,5 mm
Y: 4 mm Z: 3 mm
H: 22 mm K: 9,5 mm
U = R: 1,5 mm X: 8,25 mm
Além das polias para correias planas e trapezoidais, existem as polias para cabos de aço, para
correntes, polias (ou rodas) de atrito, polias para correias redondas e para correias dentadas.
Algumas vezes, as palavras roda e polia são utilizadas como sinônimos.
No quadro da próxima página, observe, com atenção, alguns exemplos de polias e, ao lado, a
forma como são representadas em desenho técnico.
Material das polias
Os materiais que se empregam para a construção das polias são ferro fundido (o mais
utilizado), aços, ligas leves e materiais sintéticos. A superfície da polia não deve apresentar
porosidade, pois, do contrário, a correia irá se desgastar rapidamente.
Correias
As correias mais usadas são planas e as trapezoidais. A correia eia em “V” ou trapezoidal é
inteiriça, fabricada com seção transversal em forma de trapézio. É feita de borracha revestida
de lona e é formada no seu interior por cordonéis vulcanizados para suportar as forças de
tração.
Os materiais empregados para fabricação das correias são couro; materiaismater fibrosos e
sintéticos (à base de algodão, pêlo de camelo, viscose, perlon e náilon) e material combinado
(couro e sintéticos).
Transmissão
Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite movimento e força é chamada polia
motora ou condutora. A polia que recebe movimento e força é a polia movida ou conduzida.
A maneira como a correia é colocada determina o sentido de rotação das polias. Assim,
temos:
• sentido direto de rotação - a correia fica reta e as polias têm o mesmo sentido de rotação;
rotação
• sentido de rotação inverso - a correia fica cruzada e o sentido de rotação das polias
inverte-se;
Na transmissão por polias e correias, para que o funcionamento seja perfeito, é necessário
obedecer
edecer alguns limites em relação ao diâmetro das polias e o número de voltas pela unidade
de tempo. Para estabelecer esses limites precisamos estudar as relações de transmissão.
transmissão
Costumamos usar a letra i para representar a relação de transmissão. Ela é a relação entre o
número de voltas das polias (n) numa unidade de tempo e os seus diâmetros.
A velocidade tangencial (V) é a mesma para as duas polias, e é calculada pela fórmula: V = π ·
D ·n
V1 = V2 → π · D1 · n1 = π · D2 · n2 ∴
n1 D2
= =i
D1 · n1 = D2 · n2 ou n2 D1
n1 D2
i= =
Portanto n2 D1
Onde: D1 = diâmetro da polia menor
Na transmissão por correia plana, a relação de transmissão (i) não deve ser maior do que 6
(seis), e na transmissão por correia trapezoidal esse valor não deve ser maior do que 10
(dez).
Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios, a seguir. Depois confira suas respostas com as
apresentadas no gabarito.
Exercícios
a) ( ) impulso e força;
b) ( ) calor e vibração;
c) ( ) força e atrito;
d) ( ) força e rotação.
a) ( ) força de tração;
b) ( ) força de atrito;
c) ( ) velocidade tangencial;
d) ( ) velocidade.
a) ( ) planas e trapezoidais;
b) ( ) planas e paralelas;
c) ( ) trapezoidais e paralelas;
d) ( ) paralelas e prismáticas.
a) ( ) quadrado;
b) ( ) trapézio;
c) ( ) losango;
d) ( ) prisma.
O EPI pode evitar uma lesão (um ferimento), ou amenizar a gravidade da lesão se for utilizado
adequadamente.
O não uso do EPI recomendado pela empresa, além de se constituir numa falta grave
(passível até de demissão por justa causa) poderá ser o principal motivo do surgimento de
uma lesão.
No dia a dia do nosso trabalho em atividades no canteiro de obras, estão presentes os mais
diversos riscos e, para proteger nossa integridade física e nossa saúde, obrigamo-nos a usar
EPI’s o tempo todo, entre os quais destacamos:
Uniforme (de acordo com a nova NR-18 deverá ser tratado como EPI).
Os EPI’s acima são considerados básicos, de uso obrigatório por parte de todos os
empregados que exercem atividades no canteiro de obras, não importando a função da
pessoa, mesmo que esta esteja de passagem pelas áreas.
Muitos trabalhos por nós realizados exigem EPI’s especiais que são determinados pelo grau de
risco da atividade e são indicados pela Permissão de Trabalho com a orientação de um
profissional de segurança.
Nos trabalhos executados em altura, inclusive em andaimes, a única forma de nos
prendermos à vida é usando o cinto de segurança preso num local fixo e seguro,
preferencialmente num ponto que não faça parte do andaime, balancim ou estrutura que está
sendo montada ou desmontada.
Não se deve usar luvas de segurança quando operar máquinas com eixos giratórios e
ferramentas cortantes, tais como tornos, fresadoras, furadeira, esmeris, etc.
"Por isso, ser profissional, significa acima de tudo conhecer o que se está fazendo,
inclusive para proteger nossa vida e saúde."
Atos Inseguros