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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 1

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Ano 2019, Número 044 Divulgação: sexta-feira, 1 de março de 2019


Publicação: quarta-feira, 6 de março de 2019

Tribunal Superior Eleitoral

Ministra Rosa Maria Pires Weber


Presidente

Ministro Luís Roberto Barroso


Vice-Presidente

Ministro Jorge Mussi


Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral

Anderson Vidal Corrêa


Diretor-Geral

Secretaria Judiciária

Secretaria de Gestão da Informação

Coordenadoria de Editoração e Publicações

Fone/Fax: (61) 3030-9321


cedip@tse.jus.br

Sumário
PRESIDÊNCIA ................................................................................................................................................................................1
Atos da Presidência ...............................................................................................................................................................1
Portaria ........................................................................................................................................................................1
Assessoria de Plenário ...........................................................................................................................................................2
Pauta de Julgamento .....................................................................................................................................................2
SECRETARIA JUDICIÁRIA ..............................................................................................................................................................10
Documentos Eletrônicos Publicados pelo PJE ..........................................................................................................................10
Intimação ...................................................................................................................................................................10
Intimação de pauta ......................................................................................................................................................57
CORREGEDORIA ELEITORAL ..........................................................................................................................................................60
SECRETARIA DO TRIBUNAL ...........................................................................................................................................................60
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO .................................................................................................................................................61
SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA .........................................................................................................................61
SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO .............................................................................................................................61
SECRETARIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO ....................................................................................................................................61
SECRETARIA DE SEGURANÇA E TRANSPORTE ..................................................................................................................................61
COMISSÃO PERMANENTE DE ÉTICA E SINDICÂNCIA DO TSE .............................................................................................................61

PRESIDÊNCIA

Atos da Presidência

Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
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Portaria

Prorrogação. Trabalhos. Comissão de Sindicância.

Portaria TSE nº 173 de 28 de fevereiro de 2019.

A PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, tendo em vista o contido no Processo SEI nº 2018.00.000014309-3,
RESOLVE:

prorrogar, por sessenta dias, o prazo para conclusão dos trabalhos da Comissão de Sindicância instituída pela Portaria-TSE 976,
de 08.11.2018.

Ministra ROSA WEBER

Assessoria de Plenário

Pauta de Julgamento

PAUTA DE JULGAMENTO Nº 15/2019

Elaborada nos termos do artigo 18 da Resolução-TSE nº 23.478/2016, para julgamento dos processos abaixo relacionados.

Pauta da Sessão Ordinária Jurisdicional de 12 de março de 2019.

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1-32.2017.6.11.0015 - CLASSE 6 - SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA-MT


(15ª ZONA ELEITORAL - SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA)

RELATOR: MINISTRO ADMAR GONZAGA


AGRAVANTES: PARTIDO POPULAR SOCIALISTA (PPS) - MUNICIPAL e Outros
ADVOGADOS: ELLY CARVALHO JÚNIOR - OAB: 6132/MT e Outro
AGRAVADOS: JANAILZA TAVEIRA LEITE e Outro
ADVOGADOS: DANILO SCHEMBEK SOUZA - OAB: 19907/MT e Outra

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 1-74.2017.6.10.0010 - CLASSE 32 - SÃO LUÍS-MA (10ª ZONA
ELEITORAL - SÃO LUÍS)

RELATOR: MINISTRO TARCISIO VIEIRA DE CARVALHO NETO


AGRAVANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
AGRAVADO: PAULO VICTOR MELO DUARTE
ADVOGADOS: JOSE EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN - OAB: 2977/DF e Outros

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AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 5-13.2015.6.22.0022 - CLASSE 32 - PORTO VELHO-RO (20ª ZONA
ELEITORAL - PORTO VELHO)

RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI


AGRAVANTE: CONTAGEM CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL LTDA.
ADVOGADOS: IGOR HABIB RAMOS FERNANDES - OAB: 5193/RO e Outros
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 9-79.2016.6.13.0082 - CLASSE 6 - CONCEIÇÃO DAS ALAGOAS-MG


(82ª ZONA ELEITORAL - CONCEIÇÃO DAS ALAGOAS)

RELATOR: MINISTRO TARCISIO VIEIRA DE CARVALHO NETO


AGRAVANTE: PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - (PMDB) - MUNICIPAL
ADVOGADAS: RENATA SOARES SILVA - OAB: 141886/MG e Outra

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 18-59.2015.6.19.0001 - CLASSE 6 - RIO DE JANEIRO-RJ (204ª ZONA
ELEITORAL - RIO DE JANEIRO)

RELATOR: MINISTRO ADMAR GONZAGA


AGRAVANTE: TROPHY EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.
ADVOGADOS: EDUARDO DAMIAN DUARTE - OAB: 106783/RJ e Outros
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 23-78.2015.6.19.0002 - CLASSE 6 - RIO DE JANEIRO-RJ (204ª ZONA
ELEITORAL - RIO DE JANEIRO)

RELATOR: MINISTRO ADMAR GONZAGA


AGRAVANTE: SOLOTEC ENGENHARIA SC LTDA.
ADVOGADOS: EDUARDO DAMIAN DUARTE - OAB: 106783/RJ e Outros
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 35-28.2017.6.08.0035 - CLASSE 6 - RIO NOVO DO SUL-ES (35ª
ZONA ELEITORAL - ICONHA)

RELATOR: MINISTRO ADMAR GONZAGA


AGRAVANTE: ISAÍAS VOLPATO DE ALMEIDA
ADVOGADO: CARLOS ROBERTO GOUVÊA DERCY - OAB: 6864/ES
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 50-79.2017.6.21.0020 - CLASSE 32 - ARATIBA-RS (20ª


ZONA ELEITORAL - ERECHIM)

RELATOR: MINISTRO ADMAR GONZAGA


EMBARGANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
EMBARGADO: PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT) - MUNICIPAL
ADVOGADO: JOÃO ANTONIO DALLAGNOL - OAB: 90344/RS

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 51-59.2016.6.09.0141 - CLASSE 32 - ANÁPOLIS-GO (141ª ZONA
ELEITORAL - ANÁPOLIS)

RELATOR: MINISTRO TARCISIO VIEIRA DE CARVALHO NETO


AGRAVANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
AGRAVADO: PEDRO PAULO CAIADO CANEDO
ADVOGADOS: WANDIR ALLAN DE OLIVEIRA - OAB: 27673/GO e Outros

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 51-66.2013.6.04.0056 - CLASSE 32 - IRANDUBA-AM (56ª ZONA
ELEITORAL - IRANDUBA)

RELATOR: MINISTRO ADMAR GONZAGA


AGRAVANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
AGRAVADO: ANTONIO LESSA NETO
ADVOGADOS: JOAO LUIZ FERREIRA LESSA - OAB: 12275/AM e Outro

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 52-84.2016.6.13.0027 - CLASSE 32 - BELO HORIZONTE-MG (27ª
ZONA ELEITORAL - BELO HORIZONTE)

RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI


AGRAVANTE: NELI PEREIRA DE AQUINO
ADVOGADOS: JULIO FIRMINO DA ROCHA FILHO - OAB: 96648/MG e Outros

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 53-17.2016.6.26.0283 - CLASSE 32 - SÃO BERNARDO DO CAMPO-
SP (283ª ZONA ELEITORAL - SÃO BERNARDO DO CAMPO)

RELATOR: MINISTRO ADMAR GONZAGA


AGRAVANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
AGRAVADO: RAMON RAMOS
ADVOGADOS: CAROLINA VIDAL FEIJÓ FAZOLO - OAB: 355299/SP e Outros

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 61-22.2018.6.00.0000 - CLASSE 32 - SEROPÉDICA-RJ (225ª ZONA

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ELEITORAL - SEROPÉDICA)

RELATOR: MINISTRO ADMAR GONZAGA


AGRAVANTE: ALCIR FERNANDO MARTINAZZO
ADVOGADOS: BRUNO CALFAT - OAB: 105258/RJ e Outros
AGRAVADO: ANABAL BARBOSA DE SOUZA
ADVOGADOS: AFONSO HENRIQUE DESTRI - OAB: 80602/RJ e Outros

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 66-77.2017.6.26.0025 - CLASSE 6 - COROADOS-SP (25ª ZONA


ELEITORAL - BIRIGUI)

RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI


AGRAVANTE: HÉLCIO CARRILHO SLAVEZ
ADVOGADOS: RENATO RIBEIRO DE ALMEIDA - OAB: 315430/SP e Outros
ADVOGADO: ANDERSON DE OLIVEIRA ALARCON - OAB: 37270/DF
ADVOGADO: GUILHERME RODRIGUES CARVALHO BARCELOS - OAB: 56724/DF
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 83-13.2016.6.05.0000 - CLASSE 32 - SALVADOR-BA

RELATOR: MINISTRO GERALDO OG NICEAS MARQUES FERNANDES


AGRAVANTE: MARCELO DANTAS VEIGA
ADVOGADO: NIXON DUARTE MUNIZ FERREIRA FILHO - OAB: 32046/BA
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 83-13.2016.6.05.0000 - CLASSE 32 - SALVADOR-BA

RELATOR: MINISTRO GERALDO OG NICEAS MARQUES FERNANDES


AGRAVANTE: LEIAUTE COMUNICAÇÃO E PROPAGANDA LTDA.
ADVOGADOS: PEDRO RICARDO MORAIS SCAVUZZI DE CARVALHO - OAB: 34303/BA e Outros
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 84-08.2016.6.19.0000 -


CLASSE 32 - RIO DE JANEIRO-RJ

RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI


EMBARGANTE: PARTIDO TRABALHISTA NACIONAL (PTN) / PODEMOS (PODE) - ESTADUAL
ADVOGADOS: LAURO VINÍCIUS RAMOS RABHA - OAB: 169856/RJ e Outra

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AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 125-09.2015.6.19.0000 - CLASSE 6 - RIO DE JANEIRO-RJ

RELATOR: MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO


AGRAVANTE: PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO (PMDB) - ESTADUAL
ADVOGADOS: RAFAEL BARBOSA DE CASTRO - OAB: 184843/RJ e Outros

AGRAVO REGIMENTAL NA PRESTAÇÃO DE CONTAS Nº 259-69.2012.6.00.0000 - CLASSE 25 - BRASÍLIA-DF

RELATORA: MINISTRA ROSA WEBER


AGRAVANTE: PARTIDO RENOVADOR TRABALHISTA BRASILEIRO (PRTB) - NACIONAL
ADVOGADOS: CRISTIANE RODRIGUES BRITTO - OAB: 18254/DF e Outros

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 265-94.2016.6.13.0155 - CLASSE 6 - CHÁCARA-MG (42ª ZONA


ELEITORAL - BICAS)

RELATOR: MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO


AGRAVANTE: PAULO CÉSAR FERNANDES
ADVOGADOS: TIAGO GAUDERETO STRINGHETA - OAB: 106373/MG e Outro
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 274-39.2016.6.22.0015 - CLASSE 32 - ROLIM DE MOURA-RO (15ª
ZONA ELEITORAL - ROLIM DE MOURA)

RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI


AGRAVANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
AGRAVADO: CLÁUDIO MARTINS DE OLIVEIRA
ADVOGADOS: FRANCISCO RAMON PEREIRA BARROS - OAB: 8173/RO e Outros

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 295-98.2016.6.25.0025 - CLASSE 32 - SÃO FRANCISCO-SE (25ª
ZONA ELEITORAL - CEDRO DE SÃO JOÃO)

RELATOR: MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO


AGRAVANTE: MÁRCIO JOSÉ VIEIRA ARAÚJO
ADVOGADOS: FABIANO FREIRE FEITOSA - OAB: 3173/SE e Outro

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 314-02.2016.6.13.0070 - CLASSE


6 - DIVINO-MG (70ª ZONA ELEITORAL - DIVINO)

RELATOR: MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO

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EMBARGANTE: RENATO DORNELAS HERDY


ADVOGADOS: JULIO FIRMINO DA ROCHA FILHO - OAB: 96648/MG e Outros

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 406-12.2016.6.21.0052 - CLASSE 32 - ROLADOR-RS (52ª ZONA
ELEITORAL - SÃO LUÍZ GONZAGA)

RELATOR: MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO


AGRAVANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
AGRAVADO: PAULO ROGÈRIO DE MENEZES PEIXOTO e Outro
ADVOGADOS: GILBERTO BATISTA DE MELO - OAB: 83665/RS e Outro

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 408-98.2016.6.24.0051 - CLASSE 32 - TIMBÓ GRANDE-SC (51ª ZONA ELEITORAL - SANTA
CECÍLIA)

RELATOR: MINISTRO EDSON FACHIN


RECORRENTES: GILMAR MASSANEIRO e Outro
ADVOGADOS: ALEXANDRE DORTA CANELLA - OAB: 16310/SC e Outros
RECORRIDO: VALDECI CARDOSO DOS SANTOS
ADVOGADOS: LUIZ MAGNO PINTO BASTOS JUNIOR - OAB: 17935/SC e Outros
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 469-96.2016.6.26.0052 - CLASSE 32 - ITAPETININGA-SP (52ª ZONA ELEITORAL -


ITAPETININGA)

RELATOR: MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO


(COM VISTA AO MINISTRO ADMAR GONZAGA)
RECORRENTE: COLIGAÇÃO ITAPETININGA NÃO PODE PARAR
ADVOGADOS: RICARDO VITA PORTO - OAB: 183224/SP e Outros
RECORRENTE: ÉRCIO DE OLIVEIRA GIRIBONI
ADVOGADOS: ELIEL RAMOS MAURÍCIO FILHO - OAB: 213166/SP e Outro
RECORRENTE: MARCELO NANINI FRANCI
ADVOGADOS: BRENNO MARCUS GUIZZO - OAB: 358675/SP e Outros
RECORRIDA: SIMONE APARECIDA CURRALADAS DOS SANTOS
ADVOGADOS: PAULA REGINA BERNARDELLI - OAB: 380645/SP e Outros
RECORRIDO: MARCELO NANINI FRANCI
ADVOGADOS: BRENNO MARCUS GUIZZO - OAB: 358675/SP e Outros
RECORRIDO: ÉRCIO DE OLIVEIRA GIRIBONI
ADVOGADOS: ELIEL RAMOS MAURÍCIO FILHO - OAB: 213166/SP e Outro
RECORRIDA: COLIGAÇÃO ITAPETININGA NÃO PODE PARAR
ADVOGADOS: RICARDO VITA PORTO - OAB: 183224/SP e Outros

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RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 501-20.2016.6.13.0002 - CLASSE 32 - PEDRA BONITA-MG (2ª ZONA ELEITORAL - ABRE
CAMPO)

RELATOR: MINISTRO ADMAR GONZAGA


RECORRENTES: TROVÃO VITOR DE OLIVEIRA e Outros
ADVOGADOS: MARIA CLAUDIA BUCCHIANERI PINHEIRO - OAB: 25341/DF e Outros
ASSISTENTES DOS RECORRENTES: PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO (PMDB) - MUNICIPAL e Outro
ADVOGADOS: AÉLITON MATOS - OAB: 171186/MG e Outros
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 515-72.2016.6.26.0412 - CLASSE 32 - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP
(412ª ZONA ELEITORAL - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS)

RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI


AGRAVANTE: SANTOS DUMONT INCORPORAÇÕES SPE LTDA.
ADVOGADOS: RAFAEL SANTIAGO COSTA - OAB: 98869/MG e Outros
AGRAVADA: UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL: PATRÍCIA MARA DOS SANTOS

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 568-28.2016.6.26.0000 - CLASSE


6 - SÃO PAULO-SP

RELATOR: MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO


EMBARGANTE: PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE (PHS) - ESTADUAL
ADVOGADOS: BRENNO MARCUS GUIZZO - OAB: 358675/SP e Outros

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 570-29.2016.6.25.0031 - CLASSE 32 - ITAPORANGA D`AJUDA-SE


(31ª ZONA ELEITORAL - ITAPORANGA D`AJUDA)

RELATOR: MINISTRO GERALDO OG NICEAS MARQUES FERNANDES


AGRAVANTE: MARIA JOSÉ FRANÇA TELES
ADVOGADA: ELAINE CRISTINA PEREIRA CHAGAS - OAB: 9358/SE

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 595-36.2016.6.13.0141 - CLASSE 32 - ITUIUTABA-MG (141ª


ZONA ELEITORAL - ITUIUTABA)

RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI


AGRAVANTE: ANDRÉ LUIZ NASCIMENTO VILELA
ADVOGADOS: RENATA SOARES SILVA - OAB: 141886/MG e Outro

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AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 607-74.2016.6.17.0000 - CLASSE 32 - RECIFE-PE

RELATOR: MINISTRO TARCISIO VIEIRA DE CARVALHO NETO


AGRAVANTE: PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO (PTB) - Estadual
ADVOGADO: MARCELO CAVALCANTI DE SOUSA TENÓRIO - OAB: 19418/PE

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 875-96.2016.6.26.0059 - CLASSE 6 - ITU-SP (59ª ZONA ELEITORAL -
ITU)

RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI


AGRAVANTE: IKAROS RICARDO BRAIMIS JUNIOR
ADVOGADO: LUCIANO RICARDO BRAIMIS - OAB: 268100/SP

RECURSO ORDINÁRIO Nº 1002-51.2015.6.26.0000 - CLASSE 37 - SÃO PAULO-SP

RELATOR: MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO


(COM VISTA AO MINISTRO ADMAR GONZAGA)
RECORRENTES: GERALDO ANTÔNIO VINHOLI e Outros
ADVOGADOS: RICARDO VITA PORTO - OAB: 183224/SP e Outros
RECORRENTE: PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB) - ESTADUAL
ADVOGADOS: ANDERSON POMINI - OAB: 299786/SP e Outros
RECORRIDOS: PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT) - ESTADUAL e Outros
ADVOGADOS: ADEMAR APARECIDO DA COSTA FILHO - OAB: 256786/SP e Outros

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ORDINÁRIO Nº 1275-91.2014.6.25.0000 - CLASSE 37 - ARACAJU-SE

RELATOR: MINISTRO GERALDO OG NICEAS MARQUES FERNANDES


EMBARGANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
EMBARGADA: MARIA ANGÉLICA GUIMARÃES MARINHO
ADVOGADOS: FABIANO FREIRE FEITOSA - OAB: 3173/SE e Outros

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ORDINÁRIO Nº 1276-76.2014.6.25.0000 - CLASSE 37 - ARACAJU-SE

RELATOR: MINISTRO GERALDO OG NICEAS MARQUES FERNANDES


EMBARGANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
EMBARGADA: SUSANA MARIA FONTES AZEVEDO
ADVOGADOS: FABRÍCIO JULIANO MENDES MEDEIROS - OAB: 27581/DF e Outros

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Brasília, 1º de março de 2019.

JEAN CARLOS SILVA DE ASSUNÇÃO


Assessor-Chefe

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Documentos Eletrônicos Publicados pelo PJE

Intimação

Processo 0604357-72.2017.6.00.0000

index: AÇÃO RESCISÓRIA (1318)-0604357-72.2017.6.00.0000-[Inelegibilidade - Desincompatibilização, Cargo - Vereador]-


PARANÁ-SANTA HELENA
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

AÇÃO RESCISÓRIA (1318) Nº 0604357-72.2017.6.00.0000 (PJe) - SANTA HELENA - PARANÁ RELATOR: MINISTRO LUIZ EDSON
FACHIN AUTOR: LENECIR JOSE BENACCHIO ADVOGADO: CAMILLA THOMAZIA PEREIRA DA SILVA - OAB/SC5004500A
ADVOGADO: ORLANDO MOISES FISCHER PESSUTI - OAB/PR3860900A ADVOGADO: MARCELO BUZATO - OAB/PR2231400A RÉU:
COLIGAÇÃO SANTA HELENA PODE AINDA MAIS
DESPACHO

Em saneamento do feito, observa-se que o autor pede a citação da ré “Coligação Santa Helena Pode Ainda Mais”, mas não
indica o endereço para a prática do ato, conforme exigido pelo art. 319, inciso II, do Código de Processo Civil.
Dessa forma, intime-se o autor para que informe nos autos o endereço da parte ré, no prazo de 3 dias, sob pena de
indeferimento da petição inicial.
Havendo resposta, proceda-se àcitação no endereço indicado. Caso contrário, retornem os autos conclusos.
Publique-se. Brasília, 28 de fevereiro de 2019. Ministro EDSON FACHIN Relator
Processo 0600061-36.2019.6.00.0000

index: AÇÃO CAUTELAR (12061)-0600061-36.2019.6.00.0000-[Cargo - Vereador, Abuso - De Poder Político/Autoridade, Ação de


Investigação Judicial Eleitoral]-SÃO PAULO-CAMPOS DO JORDÃO
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

AÇÃO CAUTELAR (12061) Nº 0600061-36.2019.6.00.0000 (PJe) - CAMPOS DO JORDÃO - SÃO PAULO RELATOR: MINISTRO LUIZ
EDSON FACHIN AUTOR: ARLINDO MOREIRA BRANCO Advogado do(a) AUTOR: ANTONIO ALEIXO DA COSTA - SP2005640A
DECISÃO ELEIÇÕES 2016. TUTELA DE URGÊNCIA. ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO. PEDIDO LIMINAR. AÇÃO DE
INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL. ABUSO DE PODER POLÍTICO E RELIGIOSO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES.
NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
Trata-se de pedido de tutela de urgência, com concessão de liminar, ajuizado por Arlindo Moreira Branco, Vereador do
Município de Campos do Jordão, objetivando suspender os efeitos do acórdão proferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de São
Paulo, nos autos da Ação de Investigação Judicial Eleitoral nº 425-31/SP.
Informa que o Regional manteve a sentença que julgou procedente os pedidos veiculados na referida ação ajuizada pelo
Ministério Público por prática de abuso de poder religioso, consubstanciado no pedido de votos durante o culto e distribuição

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de material de propaganda nas imediações da igreja, cassando-lhe o mandato, declarando-o inelegível.


Pondera equivocada a decisão do Regional em virtude da falta de prova inequívoca a caracterizar sua participação ou a
respectiva anuência nos fatos imputados. Assim, diz violado o art. o art. 22, XIV e XVI, da Lei Complementar nº 64/90.
Na sequência, sustenta que o acórdão recorrido também afrontou o art. 368-A do Código Eleitoral, “diante do depoimento
isolado de uma única testemunha, candidata adversária do Recorrente, frustrada com a sua derrota nas eleições 2016, (eis que
destoou de todos as outras 5 testemunhas)”.
O Autor assevera que não se utilizou de templo religioso, nas eleições de 2016, considerando que não teve seu nome citado no
templo, não subiu no púlpito, não efetuou discurso ou pregação e nem houve pedido de voto. Conclui, portanto, não haver
praticado qualquer conduta que causasse o desequilíbrio do pleito.
Em seguida, aduz que“toda e qualquer manifestação que tenha ocorrido durante ou após o culto passou ao largo de sua
cognição, razão pela qual não poderia responder por atividade (lícita ou não) praticada por terceiros, fora do templo religioso”.
Aponta divergente o posicionamento adotado pelo Regional paulista e o entendimento seguido por outros TRE’s e pelo próprio
TSE. Cita como exemplo o RO nº 2653, Rel. Min. Henrique Neves. Sustenta que o TRE deu interpretação diversa daquela
conferida por este Tribunal, tendo em vista que condenou o Autor sem qualquer prova sua participação nos fatos descritos e
nem da sua intenção de angariar votos.
Assevera que “se a legislação dispõe no sentido de que a gravidade da conduta seja aferida quando da fixação da penalidade,
não existe qualquer fundamento jurídico para que se condene aquele que sequer praticou conduta, como éo caso específico do
recorrente”.
Alega presente o periculum in mora, considerando que o requerente está afastado do cargo para o qual foi legitimamente e
eleito.
Requer, ao final, a concessão de medida liminar para o fim de suspender os efeitos do acórdão proferido nos autos do RE 425-
31/SP, determinando-se a sua recondução ao cargo de vereador do Município de Campos do Jordão/SP, sendo a decisão
confirmada quando do julgamento do mérito.
Éo relatório. Decido.
A tutela de urgência não merece acolhida.
Em consulta realizada no sistema de acompanhamento desta Justiça especializada, verifica-se que, em 13 de junho de 2018, o
Autor ajuizou a Ação Cautelar nº 0600578-75/SP, distribuída para a época relatora, Ministra Rosa Weber.
Em 8 de agosto de 2018, a medida de urgência teve a sequência obstada pela relatora, em virtude da “escassa probabilidade
de êxito do agravo de instrumento a que se pretende a atribuição de efeito suspensivo”. Assentou que (i) a parte não impugnou
todos os fundamentos da decisão atacada e (ii) a ausência de prequestionamento de dispositivo apontado como violado.
Ressalte-se que não houve recurso deste pronunciamento, operando-se o trânsito em julgado em 16 de agosto de 2018.
Observa-se que a presente cautelar veicula idênticos argumentos expostos na medida de urgência nº 0600578-75/SP. Em
acréscimo as razões antes apresentadas, a parte autora apenas menciona decisão por mim proferida nos autos da Ação
Cautelar n 0601032-55/SP, sem, contudo, escriturar as similaridades fáticas entre os casos.
Depreende-se que Arlindo Moreira Branco não se desincumbiu de demonstrar fato novo endógeno, apto a prolação de decisão
diferente daquela proferida na Ação Cautelar nº 0600578-75/SP.
Ante o exposto, com fulcro no art. 36, §6º, do RITSE, nego seguimento àpresente ação cautelar.
Publique-se. Brasília, 28 de fevereiro de 2019. Ministro EDSON FACHIN Relator
Processo 0605328-97.2018.6.26.0000

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL (11549) - 0605328-97.2018.6.26.0000 - SÃO PAULO - SÃO PAULO RELATOR(A): MINISTRO(A)
JORGE MUSSI
AGRAVANTE: FABIO CONSTANTINO PALACIO ADVOGADO: RAFAEL CEZAR DOS SANTOS - OAB/SP3424750A ADVOGADO:
NATASHA SANTOS DA SILVA - OAB/SP3650950A ADVOGADO: LEANDRO PETRIN - OAB/SP2594410A ADVOGADO: FERNANDO
ROMANI SALES - OAB/SP4143750A ADVOGADO: CAROLINA VIDAL FEIJO - OAB/SP3552990A ADVOGADO: CARLOS EDUARDO
GOMES CALLADO MORAES - OAB/SP2429530A AGRAVADO: THIAGO REIS AURICCHIO ADVOGADO: MARCELO SANTIAGO DE
PADUA ANDRADE - OAB/SP1825960A ADVOGADO: HELIO FREITAS DE CARVALHO DA SILVEIRA - OAB/SP1540030A FISCAL DA
LEI: Procurador Geral Eleitoral

PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO

Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
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Ficam as partes intimadas do teor do ato judicial exarado, no processo acima, pelo(a) Ministro(a) JORGE MUSSI.
Brasília, 1 de março de 2019.
RODRIGO MOREIRA DA SILVA Coordenadoria de Processamento

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 060532897 (PJE) –CLASSE 1320


–SÃO PAULO –SÃO PAULO

AGRAVO. RECURSO ESPECIAL. ELEIÇÕES 2018. REPRESENTAÇÃO. PROPAGANDA ELEITORAL IRREGULAR. ART. 37, §2º, I, DA LEI
9.504/97. BANDEIRA. CANDIDATO. VIA PÚBLICA. TRÂNSITO. PESSOAS. PREJUÍZO. CONFIGURAÇÃO. INFRAÇÃO. INSTANTÂNEA.
MULTA. INCIDÊNCIA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. Na espécie, o TRE/SP, em julgamento unânime, manteve multa aplicada ao recorrente, em valor mínimo legal, por prática de
propaganda irregular pelo uso de bandeiras ao longo de vias públicas que dificultou a circulação de pessoas.
2. A Corte a quo assentou que “as imagens apresentadas junto da exordial [...] demonstram que os cabos eleitorais portando
bandeiras estavam muito próximos das pessoas que assistiam àparada cívico-militar, dificultando, assim, a circulação das
pessoas e o acesso dos cidadãos interessados em ver o desfile [...]. Ademais, o recorrente, e beneficiário, tinha conhecimento
do ocorrido, pois há imagens comprovando sua presença no local”. Concluir de modo diverso esbarra no óbice da Súmula
24/TSE.
3. Na hipótese de infração instantânea, quando já ocorrido o benefício eleitoral, faz-se despicienda, para incidência da sanção
pecuniária, a prévia notificação do responsável, prevista no §1º do art. 37 da Lei 9.504/97, para regularizar a publicidade ou
restaurar o bem. Precedentes.
4. Recurso especial a que se nega seguimento.

DECISÃO

Trata-se de agravo interposto por Fabio Constantino Palacio, candidato ao cargo de deputado federal no pleito de 2018, em
detrimento de decisum da Presidência do TRE/SP que inadmitiu recurso especial contra acórdão assim ementado (ID 520.936):

RECURSO ELEITORAL –REPRESENTAÇÃO –PROPAGANDA IRREGULAR –CABOS ELEITORAIS PORTANDO BANDEIRAS DURANTE
DESFILE DE 7 DE SETEMBRO –ART. 37, CAPUT E §§2º E 5º, DA LEI N. 9.504/97 QUE VEDA A VEICULAÇÃO DE PROPAGANDA EM
BENS PÚBLICOS E DE USO COMUM –EXCEÇÃO COM RELAÇÃO ÀVEICULAÇÃO DE PROPAGANDA ELEITORAL POR MEIO DE
BANDEIRAS AO LONGO DE VIAS PÚBLICAS, DESDE QUE NÃO DIFICULTE O BOM ANDAMENTO DO TRÂNSITO DE PESSOAS E
VEÍCULOS –IMAGENS QUE COMPROVAM QUE OS CABOS ELEITORAIS PORTANDO BANDEIRAS ESTAVAM MUITO PRÓXIMOS DAS
PESSOAS QUE ASSISTIAM AO EVENTO, DIFICULTANDO, ASSIM, A CIRCULAÇÃO DE PESSOAS E O ACESSO DOS CIDADÃOS AO
EVENTO –MULTA PELA REALIZAÇÃO DE PROPAGANDA IRREGULAR –ART. 37, §1º, DA LEI N. 9.504/97 –CABIMENTO
–DESNECESSIDADE DE PRÉVIA NOTIFICAÇÃO –FIXAÇÃO NO MÍNIMO LEGAL –PRECEDENTES –DECISÃO MONOCRÁTICA DE
IMPROCEDÊNCIA MANTIDA –RECURSO ELEITORAL IMPROVIDO.

Na origem, Thiago Reis Auricchio, candidato ao cargo de deputado estadual, ajuizou representação em desfavor do recorrente
por suposta prática de propaganda irregular, haja vista que, durante o desfile em comemoração ao Dia 7 de Setembro, o
representado e cabos eleitorais portavam bandeiras de grandes dimensões ao longo de via pública do Município de São
Caetano do Sul/SP dificultando a circulação das pessoas, em ofensa aos arts. 14 e 15 da Res.-TSE 23.551/2017.

Em primeiro grau, julgou-se procedente o pedido, condenando-se o representado ao pagamento de multa de R$ 2.000,00 pela
prática de propaganda irregular, nos termos do art. 37, §§1º e 2º, I, da Lei 9.504/97[1] (ID 520.926).

O TRE/SP manteve a sentença, nos termos da ementa transcrita (ID 520.935).

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Seguiu-se interposição de recurso especial em que se alegou, em síntese (ID 520.941):

a) não se pretende o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, mas uma nova valoração, sendo possível a esta
Corte Superior reavaliar “o entendimento de que a proximidade dos cabos eleitorais que portavam as bandeiras configuraria a
propaganda irregular prevista no art. 37 da Lei 9.504/97, dado que em nenhum momento restou efetivamente sedimentado
que a circulação das pessoas teria sido prejudicada” (fl. 6);

b) afronta ao art. 37, §1º, da Lei 9.504/97, pois, na espécie, se considerou legítima multa imposta por prática de propaganda
irregular sem a antecedente notificação para sua retirada;

c) a especificidade do caso dos autos “não autoriza presumir o prévio conhecimento do recorrente, uma vez que este não
teria como de antemão ter ciência da ação que seria desenvolvida por cada cabo eleitoral” (fl. 7).

Pugnou-se, ao final, pela reforma integral do aresto ou, de forma subsidiária, pelo afastamento da penalidade imposta, uma vez
que não houve lesão a bem público nem descumprimento a notificação judicial.

O recurso foi inadmitido pela Presidência do TRE/SP (ID 520.945), o que ensejou agravo no qual se impugnaram os respectivos
fundamentos (ID 520.948).

Não foram apresentadas contrarrazões (ID 520.951).

A d. Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo desprovimento do agravo (ID 4.087.938).

Éo relatório. Decido.

Verifico que o agravante infirmou os fundamentos da decisão agravada e que o recurso inadmitido preenche os requisitos de
admissibilidade. Desse modo, dou provimento ao agravo e passo ao exame do recurso, nos termos do art. 36, §4º, do RI-TSE[2].

Conforme relatado, o TRE/SP manteve multa aplicada em primeiro grau ao recorrente, no valor de R$ 2.000,00, por entender
configurada propaganda eleitoral irregular pelo uso de bandeiras do candidato ao longo de via pública que dificultou a
circulação de pessoas no local.

A Corte a quo asseverou que, na espécie, se trata de infração instantânea e tem seus efeitos disseminados, o que revela
circunstância excepcional a impossibilitar o cumprimento do requisito de notificação do responsável para retirada da
propaganda.

Assentou, ainda, que as circunstâncias do caso concreto evidenciam o conhecimento prévio do recorrente acerca da
propaganda eleitoral irregular. Extrai-se do aresto (ID 520.935, fls. 5-6):

Como visto, o art. 37, §2º, inciso II, da Lei n. 9.504/97 permite a veiculação de propaganda eleitoral por meio de bandeiras ao
longo de vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.
E, no caso, as imagens apresentadas junto da exordial (ID 1035500) demonstram que os cabos eleitorais portando bandeiras
estavam muito próximos das pessoas que assistiam àparada cívico-militar, dificultando, assim, a circulação das pessoas e o
acesso dos cidadãos interessados em ver o desfile.
Destaca-se que, embora o recorrente alegue que há imagens na inicial que demonstrem que os cabos eleitorais que portavam
bandeiras não dificultaram a circulação de pessoas, também há imagens demonstrando, em certos momentos, a proximidade
dos cabos eleitorais portando bandeiras das pessoas que assistiam ao evento, dificultando a circulação destas e o acesso ao
evento.
Assim, restou caracterizada a realização de propaganda irregular pela utilização de bandeiras ao longo de vias públicas que
dificultam a circulação de pessoas.

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[...]
No caso, deve-se asseverar a impossibilidade, em que veiculada propaganda irregular em local vedado, de realização de
notificação prévia para retirada do material, pois, diante das peculiaridades da conduta, a infração praticada éinstantânea e tem
seus efeitos disseminados.
Ademais, o recorrente, e beneficiário, tinha conhecimento do ocorrido, pois há imagens comprovando sua presença no local.
Assim, desnecessário, no caso em análise, a prévia notificação.
(sem destaques no original)

O entendimento da Corte a quo, de mitigar a regra prevista no art. 37, §1º, da Lei 9.504/97 –que exige como pressuposto para o
sancionamento a necessidade de notificar o responsável –, está em harmonia com a jurisprudência deste Tribunal Superior, que
já decidiu que esse requisito pode ser afastado quando se tratar de infração instantânea, em que não épossível regularizar a
publicidade ou restaurar o bem, o que torna despicienda, para incidir a sanção pecuniária, a prévia notificação do responsável.
Confiram-se:

[...] 1. “Derramamento de santinhos” em vias públicas próximas a locais de votação no dia do pleito, tal como reconheceu o
TRE/RR no caso dos autos, configura propaganda eleitoral irregular. Precedentes.
2. Nos termos do parágrafo único do art. 40-B da Lei 9.504/97, épossível a responsabilização pelo referido ato de publicidade
“se as circunstâncias e as peculiaridades do caso específico revelarem a impossibilidade de o beneficiário não ter tido
conhecimento da propaganda”. Precedentes.
3. A prévia notificação de que trata o §1º do art. 37 da Lei 9.504/97, para que o candidato retire material de propaganda e
restabeleça o bem público, pode ser mitigada a depender da particularidade do caso, quando já ocorrido o benefício eleitoral,
com quebra de isonomia entre os concorrentes que respeitaram as normas. Precedentes.
[...]
(AgR-REspe 1477-25/RR, de minha relatoria, DJE de 22/2/2018) (sem destaque no original)

[...] 3. Configura propaganda eleitoral irregular a distribuição de material de propaganda eleitoral no interior de templo religioso
(art. 37, §4º, da Lei nº 9.504/1997).
4. Trata-se de hipótese de infração instantânea a revelar situação excepcional, pois, uma vez realizada a distribuição dos
panfletos, não épossível, no caso, promover a regularização da publicidade ou a restauração do bem. Segundo a jurisprudência
do TSE, épossível a dispensa da prévia notificação prevista no art. 37, §1º, da Lei nº 9.504/1994 em razão de particularidades do
caso concreto.
[...]
(AgR-AI 7819-63/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJE de 3/2/2017) (sem destaques no original)

Nesse contexto, afastar a conclusão do Tribunal a quo quanto àconfiguração da propaganda irregular e àcircunstância de que o
candidato tinha conhecimento do ocorrido, demandaria, na espécie, reexame de fatos e provas, providência inviável em sede
extraordinária, a teor da Súmula 24/TSE.

Por fim, configurada a prática de propaganda irregular, nos termos do art. 37, §2º, I, da Lei 9.504/97, imperiosa a incidência da
multa prevista no §1º do mesmo dispositivo, que, no caso dos autos, foi aplicada no mínimo legal.

Desse modo, o acórdão regional não merece reparo.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso especial, nos termos do art. 36, §6º, do RI-TSE.

Publique-se. Intimem-se. Reautue-se.

Brasília (DF), 19 de fevereiro de 2019.

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MINISTRO JORGE MUSSI


Relator
[1] Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso
comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros
equipamentos urbanos, évedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e
exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados.
§1º A veiculação de propaganda em desacordo com o disposto no caput deste artigo sujeita o responsável, após a notificação e
comprovação, àrestauração do bem e, caso não cumprida no prazo, a multa no valor de R$2.000,00 (dois mil reais) a
R$8.000,00 (oito mil reais).
§2º Não épermitida a veiculação de material de propaganda eleitoral em bens públicos ou particulares, exceto de:
I - bandeiras ao longo de vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e
veículos;
[2] Art. 36. [ omissis]
[...]
§4º O Tribunal Superior, dando provimento ao agravo de instrumento, estando o mesmo suficientemente instruído, poderá,
desde logo, julgar o mérito do recurso denegado [...].

Processo 0604057-32.2018.6.16.0000

RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA (11533) - 0604057-32.2018.6.16.0000 - CURITIBA - PARANÁ RELATOR(A):


MINISTRO(A) JORGE MUSSI
RECORRENTE: Ministério Público Eleitoral RECORRIDO: EMERSON MIGUEL PETRIV ADVOGADO: GUILHERME DE SALLES
GONCALVES - OAB/PR2198900A ADVOGADO: EMMA ROBERTA PALU BUENO - OAB/PR7038200A ADVOGADO: KAMILLE
ZILIOTTO FERREIRA - OAB/PR7954500A ADVOGADO: WALDIR FRANCO FELIX JUNIOR - OAB/PR9154100A FISCAL DA LEI:
Procurador Geral Eleitoral

PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO

Ficam as partes intimadas do teor do ato judicial exarado, no processo acima, pelo(a) Ministro(a) JORGE MUSSI.
Brasília, 28 de fevereiro de 2019.
RODRIGO MOREIRA DA SILVA Coordenadoria de Processamento

RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA Nº 0604057-32 (PJE)


–CLASSE 11533 –CURITIBA –PARANÁ

RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA (RCED). DEPUTADO FEDERAL. INELEGIBILIDADE SUPERVENIENTE. CASSAÇÃO DO
DIPLOMA. IMPOSSIBILIDADE. ART. 216 DO CÓDIGO ELEITORAL. FUMUS BONI IURIS. AUSÊNCIA. INDEFERIMENTO.
1. A teor do art. 216 do Código Eleitoral, “enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a expedição do
diploma, poderá o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude”.
2. Se, enquanto não decidido o recurso contra expedição de diploma, permite-se o livre exercício do mandato, descabe, com
maior razão, admitir tutela provisória de urgência visando impedir o desempenho do cargo eletivo por candidato que teve seu
registro deferido com trânsito em julgado.

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3. Liminar indeferida.
DECISÃO

Trata-se de recurso contra expedição de diploma, com pedido liminar, ajuizado pelo Ministério Público Eleitoral visando cassar
o diploma de Emerson Miguel Petriv (Deputado Federal eleito em 2018), haja vista inelegibilidade superveniente ao registro de
candidatura, nos termos dos arts. 262 do Código Eleitoral[1] e 1º, I, b e e, 1, da LC 64/90[2].

Aduz, de início, ser inequívoco que o requerido sofrera cassação de seu mandato de vereador da Câmara Municipal de
Londrina/PR por grave infração ético-disciplinar em maio de 2017.

Sustenta que, em 13/9/2018, a decretação da perda de seu mandato foi suspensa liminarmente pelo TJ/PR, nos autos do
Agravo Interno 0037.101-26, o que ensejou o deferimento de seu registro.

Alega que, em 4/10/2018, portanto, antes da eleição, obteve-se decisum favorável na Reclamação 1.747.903-1, a qual
suspendeu a liminar concedida no AI 0037.101-26, restabelecendo a inelegibilidade da alínea b.

Por outro vértice, indica que, em 15/10/2018, o TJ/PR desproveu recurso do recorrido, mantendo condenação pelo crime de
denunciação caluniosa (art. 339 do CP[3]), que écrime contra a administração pública.

Por esses fundamentos, entende configurado o fumus boni iuris.

No que toca ao periculum in mora, sustenta que “o art. 311 do CPC[4] estabelece ser possível a concessão de tutela de
evidência, independente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo quando restar a petição
inicial instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor” (ID 4.962.738, fl. 9).

Éo relatório. Decido.

A concessão de liminar, nos termos do art. 311 do CPC/2015, ainda que prescinda do perigo da demora, exige a presença da
plausibilidade do direito invocado, o que, ao menos em juízo perfunctório, não ocorre na espécie.

Com efeito, o art. 216 do Código Eleitoral écristalino ao estabelecer que, “enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso
interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude”.

Desse modo, se, enquanto não decidido o recurso contra expedição de diploma, o diplomado pode exercer livremente o
mandato, descabe, com maior razão, admitir tutela provisória de urgência visando impedir o desempenho do cargo eletivo por
candidato que teve seu registro deferido mediante decisão transitada em julgado.

Entender de forma diversa significaria criar nova etapa processual entre o registro de candidatura e a diplomação.

Veja-se, ainda, precedente desta Corte envolvendo situação análoga:

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EM MADADO DE SEGURANÇA. TUTELA ANTECIPADA. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO
ELETIVO. NECESSIDADE DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. FUNDAMENTOS NÃO INFIRMADOS. DESPROVIMENTO.
[...]
2. A concessão de tutela antecipada em sede de AIME, antes da apresentação de defesa, impossibilitando a posse da
impugnada no cargo, não se coaduna com as garantias do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. [...]
(RMS 8032-45/RJ, Rel. Min. Marcelo Ribeiro, DJE de 1º/2/2011) (sem destaque no original)

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A tutela provisória de urgência, portanto, émanifestamente incabível.

Ante o exposto, indefiro o pedido liminar.

Publique-se. Intimem-se.

Brasília (DF), 20 de fevereiro de 2019.

MINISTRO JORGE MUSSI


Relator
[1] Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza
constitucional e de falta de condição de elegibilidade.

[2] Art. 1º São inelegíveis:


I –para qualquer cargo:
[...]
b) os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que
hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos
dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito
Federal, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito
anos subsequentes ao término da legislatura; [...]
[...]
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação
até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; [...]
[3] Art. 339. Dar causa àinstauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa,
inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

[4] Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao
resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será
decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não
oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

Processo 0600191-60.2018.6.00.0000

REPRESENTAÇÃO (11541) - 0600191-60.2018.6.00.0000 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL RELATOR(A): MINISTRO(A) JORGE


MUSSI

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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 1 8

REPRESENTANTE: Ministério Público Eleitoral REPRESENTADO: GRÁFICA CRIATIVA FISCAL DA LEI: Procurador Geral Eleitoral

PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO

Ficam as partes intimadas do teor do ato judicial exarado, no processo acima, pelo(a) Ministro(a) JORGE MUSSI.
Brasília, 28 de fevereiro de 2019.
RODRIGO MOREIRA DA SILVA Coordenadoria de Processamento

REPRESENTAÇÃO Nº 0600191-60 (PJE) –CLASSE 11541 –BRASÍLIA –DISTRITO FEDERAL

DESPACHO

Considerando o recebimento da carta de ordem cumprida pelo TRE/PE, onde constam a oitiva da testemunha Lucivania Silva de
Lima gravada em meio magnético (ID 4.500.338) e o documento relativo ao contrato para a confecção do outdoor objeto desta
representação (ID 4.196.088, fl. 23), intime-se o Ministério Público Eleitoral para se manifestar no prazo de três dias.

Retifique-se a autuação para excluir do polo passivo o representado Roberto Rodrigues Pereira, conforme decisão lançada no ID
269.340.

Publique-se. Intimem-se.

Brasília (DF), 20 de fevereiro de 2019.

MINISTRO JORGE MUSSI


Relator

Processo 0608953-42.2018.6.26.0000

OF 10/16

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL


AGRAVO DE INSTRUMENTO (1320) Nº 0608953-42.2018.6.26.0000 (PJe) –SÃO PAULO –SÃO PAULO

Relator: Ministro Og Fernandes


Agravante: O Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli
Advogada: Carmen Maria Roca –OAB/SP 172309

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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 1 9

Agravado: Kim Patroca Kataguiri


Advogados: Rubens Alberto Gatti Nunes –OAB/SP 306340 e outro

DECISÃO

Eleições 2018. Agravo. Representação por propaganda eleitoral irregular na internet (Facebook). Pessoa jurídica. Art. 57-C, §1º,
I, da Lei nº 9.504/1997. Procedência nas instâncias ordinárias. Reexame de provas. Impossibilidade. Mantida a decisão
impugnada. Negado seguimento ao agravo.

Kim Patroca Kataguiri ajuizou representação contra O Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli, Marcus Vinicius de Araujo
Dantas e Facebook Serviços Online do Brasil Ltda., com pedido de liminar, em razão de a primeira representada, pessoa jurídica,
ter compartilhado propaganda eleitoral, em sua página na rede social Facebook, em benefício de Marcus Vinicius (então
candidato a deputado federal), o que estaria em desacordo com o art. 57-C, §1º, I, da Lei nº 9.504/1997 (ID 2130188).
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo deferiu o pedido de medida liminar e determinou a remoção da postagem
impugnada (ID 2130788).
Após, o juiz auxiliar do TRE/SP julgou improcedente a representação quanto aos representados Marcus Vinicius de Araujo
Dantas e Facebook e a julgou parcialmente procedente quanto àrepresentada O Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli
(ID 2132438), aplicando-lhe a multa prevista no §2º do art. 24 da Res.-TSE nº 23.551/2017, no valor de R$ 5.000,00.
Os embargos de declaração opostos (ID 2132588) foram rejeitados (ID 2132738).
O Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli interpôs recurso eleitoral (ID 2132888), que não foi conhecido pelo TRE/SP, o
qual entendeu que a recorrente inovou em sua postulação recursal. O aresto ficou assim ementado (ID 2133488):
RECURSO ELEITORAL –REPRESENTAÇÃO - Propaganda eleitoral veiculada por pessoa jurídica –Violação do disposto no art. 57-C,
§1º, inc. I, da Lei nº 9.504/97 –Aplicação de multa –Inovação da tese formulada pelo recorrente em recurso –Impossibilidade
–Recurso não conhecido.
Apesar disso, a Corte regional analisou a matéria de fundo e consignou que “[...] a tese arguida no recurso não poderia ser
acolhida, ante a falta de prova. Com efeito, apesar de alegar, a recorrente não demonstrou que éuma empresa jornalística, não
havendo qualquer prova neste sentido” (ID 2133488).
Os embargos de declaração opostos (ID 2133788) foram rejeitados (ID 2134088).
Inconformada, a representada interpôs recurso especial (ID 2134388), que foi inadmitido pela Presidência do TRE/SP, com
suporte no Enunciado Sumular nº 24 do Tribunal Superior Eleitoral (ID 2134438).
Sobreveio, então, o presente agravo, no qual a parte sustenta que seu recurso não demanda o reexame de provas (ID 2134588).
Argumenta que o apelo nobre pretende debater matéria exclusivamente de direito –não aplicação do princípio da inovação
recursal, por ter o recurso eleitoral tratado exclusivamente da inaplicabilidade do disposto no art. 57-C, I, da Lei nº 9.504/1997
–, motivo pelo qual, segundo defende, não seria aplicável o princípio da inovação recursal.
No ponto, alega que, em razão de a empresa possuir cunho jornalístico, a veiculação da matéria impugnada não poderia se
enquadrar na vedação do art. 57-C, §1º, I, da Lei das Eleições.
Ao final, requer seja conhecido e provido o agravo, para que seja conhecido o recurso especial e a ele seja dado provimento,
reformando-se o acórdão do TRE/SP.
Kim Patroca Kataguiri apresentou contraminuta ao agravo (ID 2134738) e contrarrazões ao recurso especial (ID 2134788).
A Procuradoria-Geral Eleitoral se manifestou pelo desprovimento do agravo (ID 3260988).
Éo relatório. Passo a decidir.
Verifica-se a tempestividade do agravo, o interesse, a legitimidade e a subscrição por advogada regularmente constituída.
No entanto, o apelo não merece ter seguimento.

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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 2 0

A agravante insiste na tese de que, na origem, não teria ocorrido inovação recursal, por ter o recurso eleitoral tratado
exclusivamente da inaplicabilidade do disposto no art. 57-C, I, da Lei nº 9.504/1997, tendo em vista que a propaganda eleitoral
teria sido veiculada por blogue ou endereço eletrônico mantido por jornalista, o que, segundo afirma, seria matéria unicamente
de direito e poderia ser conhecida na instância recursal.
Por oportuno, quanto ao ponto, transcrevo o seguinte excerto da decisão agravada (ID 2134438):
Argumenta que em razão de possuir cunho jornalístico, a veiculação da matéria impugnada não poderia se enquadrar na
vedação do artigo 57-C, §1º, I, da Lei nº 9.504/97, afrontando a garantia da liberdade de expressão jornalística. Sustentou
ainda, que toda [ sic] as questões de fato foram ventiladas nos autos e, deste modo, não procede o fundamento de que houve
inovação de tese recursal.
Todavia, constata-se da leitura do acórdão que essa matéria foi arguida somente no recurso, constituindo inovação de tese.
(grifos acrescidos)
Destaco, ainda, o seguinte trecho do acórdão regional (ID 2133488):
De fato, as razões recursais não atacaram os fundamentos da decisão monocrática, sendo certo que a única tese nele veiculada
só foi deduzida em sede recursal.
Com efeito, as razões da recorrente fundam-se na alegada ausência de violação ao disposto no inc. I do §1º do art. 57-C da Lei
nº 9.504/97, que veda a realização de propaganda eleitoral por pessoa jurídica, por se tratar de empresa que realiza atividade
jornalística.
Ocorre que tal questão não havia sido ventilada até o momento nem foi analisada na sentença, tratando-se de nítida inovação
recursal e patente dissociação dos fundamentos do decisório, com os quais não guardam vinculação lógica.
No caso, a recorrente notadamente inovou em sua postulação recursal ao alegar que, no caso em comento, não haveria
violação ao disposto no inc. I do §1º do art. 57-C da Lei nº 9.504/97 para empresas que exerçam atividade jornalística ou serviço
de imprensa, questão que até então não havia sido ventilada.
O art. 1.014, do novo Código de Processo Civil, autoriza que questões não ventiladas em primeiro grau sejam suscitadas na
apelação somente se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior, o que não éo caso dos autos.
Neste sentido:
A apelação tem por objeto aquilo que foi decidido pela sentença. O recurso pode ataca-la [ sic] no todo ou em parte (art. 1.002,
CPC). Não se admitem [ sic] no juízo de apelação, a inovação de causa de pedir estranha ao processo –não decidida, portanto,
pela sentença.
(MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo código de processo civil. 3ª ed. São Paulo: Ed.
Revista dos Tribunais, 2017, p, 1089).
Da mesma forma, não há se falar em questões relativas a direito ou fato superveniente, matérias reconhecíveis de ofício ou que
possam ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição (art. 342, do novo Código de Processo Civil). (grifos acrescidos)
Portanto, a ora agravante somente alegou, nas razões do recurso eleitoral, que exerce atividade jornalística ou serviço de
imprensa, o que se trata de matéria fática, e não de matéria de direito, ficando caracterizada, de fato, a inovação recursal, tal
como assentado pela Corte de origem.
Ainda assim, o TRE/SP enfrentou o tema de fundo e assentou que a sociedade empresária não comprovou que sua atividade era
de jornalismo. Confira-se, por pertinente, o seguinte trecho do acórdão regional (ID 2133488):
Ainda que assim não fosse, e a questão viesse a ser analisada, a tese arguida no recurso não poderia ser acolhida, ante a falta de
prova.
Com efeito, apesar de alegar, a recorrente não demonstrou que éuma empresa jornalística, não havendo qualquer prova neste
sentido.
De fato, embora tenha demonstrado que uma administradora e um editor da página no Facebook “O Jacaré de Tanga” são
jornalistas, tal fato não tem o condão de tornar a recorrente uma empresa “jornalística”.
Vale destacar que, nos IDs 1137962 e 1137963, constam a ficha cadastral na JUCESP e o comprovante de inscrição na Receita
Federal da empresa recorrente, nos quais são informados os seguintes objetos sociais: “provedores de acesso às redes de
comunicações; marketing direto; agências de publicidade”. (grifos acrescidos)
Além disso, a Corte regional concluiu que houve compartilhamento, no Facebook, de propaganda eleitoral pela pessoa jurídica
O Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli (ID 2133488):
Contudo, no caso dos autos, trata-se de compartilhamento de uma publicação na página da empresa representada no
Facebook, na qual o nome do candidato representado, Marcus Dantas, aparece, junto àqualificação “candidato a dep. federal”
e ao número com o qual concorre àvaga na Câmara dos Deputados, com os dizeres “Quem éo intolerante? Desesperado,
Alckmin usa seu tempo de TV para atacar Bolsonaro que está hospitalizado” sobrepostos a uma montagem com as imagens de
Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro .

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Destaca-se que o cunho eleitoreiro da publicação atacada énotório não só pelo seu conteúdo, mas também porque quem
postou inicialmente o conteúdo compartilhado foi o próprio candidato representado, Marcus Dantas .
Colocadas tais premissas, a mensagem veiculada, ainda que de modo subliminar, promoveu o então candidato e pretendeu
gerar assim, estímulo para o eleitor nele votar, notadamente por meio da facilitação do acesso a sua página no Facebook, o que
configura propaganda eleitoral. (grifos acrescidos)
No ponto, a decisão recorrida consignou a incidência do Enunciado Sumular nº 24 do TSE (ID 2134438):
De todo modo, ainda que o Colegiado tenha enfrentado a questão, assentou que, apesar de alegar, a recorrente não
demonstrou que éuma empresa jornalística, não havendo qualquer prova neste sentido.
Nesse contexto, qualquer juízo diverso demandaria o reexame do arcabouço fático-probatório dos autos, o que não se admite
em sede de recurso especial, a teor do enunciado sumular nº 24 do Tribunal Superior Eleitoral. (grifos acrescidos)
O parecer da PGE foi também nesse sentido (ID 3260988):
[...] Evidencia-se do excerto acima transcrito que restou assentado pelo acórdão recorrido, soberano no exame do acervo
probatório, de que a sociedade empresária ora agravada veiculou propaganda eleitoral, em site de pessoa jurídica que tem
como objeto social as atividades: “provedores de acesso às redes de comunicações; marketing direto; agências de publicidade”.
25. Desse modo, assentado no acórdão recorrido a ocorrência de veiculação de propaganda eleitoral em site de pessoa jurídica,
afastar tal conclusão e aventar eventual transgressão àlei, seria necessário adentrar o acervo fático-probatório e substituir o
que assentado, o que évedado na estreita via do especial, nos termos do Enunciado n.º 24 da súmula do TSE.
26. Tal fato, per se, éfundamento suficiente para afastar a pretensão do ora agravante de que éempresa jornalística e, portanto,
sua conduta estaria amparada pela liberdade de expressão. (grifos acrescidos)
Desse modo, para alterar a conclusão do TRE/SP de que foi veiculada propaganda eleitoral na internet, na página da pessoa
jurídica O Jacaré de Tanga, a qual não comprovou ser empresa jornalística, seria necessário analisar o conteúdo probatório, o
que, contudo, évedado nesta instância, nos termos do Enunciado nº 24 da Súmula do TSE, tal como assentado na decisão
agravada.
Ante o exposto, com base no art. 36, §6º, do Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral, nego seguimento ao agravo.
Publique-se. Intimem-se.
Brasília, 28 de fevereiro de 2019.

Ministro Og Fernandes
Relator
Processo 0601723-85.2018.6.03.0000

OF3/16

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL


RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA (11533) Nº 0601723-85.2018.6.03.0000 (PJe) –MACAPÁ –AMAPÁ

Relator: Ministro Og Fernandes


Recorrente: Patricia Lima Ferraz
Advogado: Vladimir Belmino de Almeida –OAB/AP 1404-B
Recorridos: Partido Social Cristão (PSC) –estadual e outros
Advogados: Igor Oliveira Cardoso –OAB/PA 26300 e outros

DECISÃO

Eleições 2018. Recurso contra a expedição de diploma. Restabelecimento. Suspensão da anotação do órgão diretivo do PSC no
Amapá. Suposta ausência superveniente de condição de registrabilidade. Pedido de tutela de urgência. Não verificação da

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presença concomitante dos requisitos autorizadores da medida liminar pretendida. Pedido indeferido. Remessa ao MPE para a
emissão de parecer.

Patricia Lima Ferraz, candidata eleita suplente de deputado federal nas Eleições 2018 pela Coligação O Amapá que Queremos
(PHS/PR/PSL), interpôs recurso contra expedição de diploma.
Requer a concessão de tutela de urgência para que seja determinada, liminarmente, a anotação da nulidade do Demonstrativo
de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) do Partido Social Cristão (PSC) nos respectivos requerimentos de registro de
candidatura individual dos candidatos a deputado federal pela agremiação, bem como a exclusão do PSC/AP e de seus
candidatos ao cargo de deputado federal do cálculo do quociente eleitoral, com a consequente retotalização do resultado do
pleito, tendo em vista o restabelecimento, por meio da Petição nº 00600111-15.2018.6.03.0000, da suspensão da anotação do
respectivo órgão diretivo partidário.
Éo sucinto relatório. Passo a decidir.
Em análise superficial e preliminar, verifico que não estão presentes, de forma cumulativa, os requisitos autorizadores da
medida pretendida.
Assim, indefiro o pedido de liminar.
ÀSecretaria Judiciária para que providencie a remessa do feito àProcuradoria-Geral Eleitoral para a emissão de parecer.
Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2019.

Ministro Og Fernandes
Relator
Processo 0600529-19.2017.6.09.0000

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL (11549) - 0600529-19.2017.6.09.0000 - URUAÇU - GOIÁS RELATOR(A): MINISTRO(A) JORGE
MUSSI
AGRAVANTE: MOACIR GALDINO DE BRITO ADVOGADO: ALEXANDRE BARROZO MARRA - OAB/GO2345000A ADVOGADO:
GUSTAVO SANTANA AMORIM - OAB/GO3719900A AGRAVADO: União Federal FISCAL DA LEI: Procurador Geral Eleitoral

PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO

Ficam as partes intimadas do teor do ato judicial exarado, no processo acima, pelo(a) Ministro(a) JORGE MUSSI.
Brasília, 28 de fevereiro de 2019.
RODRIGO MOREIRA DA SILVA Coordenadoria de Processamento

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0600529-19 (PJE) –CLASSE 1320


–URUAÇU –GOIÁS

AGRAVO. RECURSO ESPECIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DA CITAÇÃO. ERRO. MANDADO. INDICAÇÃO DE
OUTRO PROCESSO. PREJUÍZO. DEFESA. AUSÊNCIA. CONTRAFÉ CORRETA. MULTA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. AFASTAMENTO.
ABUSO DO DIREITO PROCESSUAL. AUSÊNCIA. PARCIAL PROVIMENTO.
1. Afasta-se a multa imposta nos segundos embargos por litigância de má-fé, pois no caso dos autos não se verifica abuso do
direito processual, tampouco conduta maliciosa ou temerária a justificar tal penalidade, na medida em que, no referido recurso,
alegaram-se matérias que eram relevantes para o deslinde da controvérsia e do exercício de defesa, tendo o TRE/GO, inclusive,

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refutado-as motivadamente.
2. No mérito, requer-se o reconhecimento de nulidade do ato citatório realizado na representação que originou a presente
demanda executiva, tendo em vista que no respectivo mandado constou o número de outro processo no qual o recorrente
também era parte, o que no seu entender acarretou a marcha da lide àsua revelia, culminando em sentença que lhe impôs
multa por divulgar pesquisa eleitoral sem o prévio registro.
3. Não obstante tal equívoco, a contrafé da inicial foi anexada de forma correta, o que possibilitou amplo acesso aos
elementos da imputação. Aliás, o número do processo não consta do rol de requisitos obrigatórios a que alude o art. 250 do
CPC/2015.
4. Por outro vértice, o suposto desacerto do decisum em que se impôs a multa deveria ter sido discutido no processo no qual
ele foi proferido, descabendo fazê-lo na fase de execução, sob pena de ofensa àcoisa julgada. Precedentes.
5. O fato de em tese existir sentença transitada em julgado reconhecendo a litispendência entre as Representações 127.732 e
128.429 não foi abordado nos três arestos regionais, sendo impossível concluir de modo diverso devido ao óbice da Súmula
24/TSE.
6. Recurso especial a que se dá parcial provimento apenas para afastar a multa por litigância de má-fé.

DECISÃO

Trata-se de agravo interposto por Moacir Galdino de Brito contra decisão da Presidência do TRE/GO em que se inadmitiu
recurso especial contra acórdãos assim ementados (IDs 519.972, 520.008 e 520.031):

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIAS NÃO RECONHECÍVEIS DE OFÍCIO PELO JUIZ. NÃO
CABIMENTO. AGRAVO DESPROVIDO. DECISÃO MANTIDA.
1. A exceção de pré-executividade éadmissível nas hipóteses em que forem objeto de discussão as condições da ação, os
pressupostos processuais, a decadência e a prescrição referentes ao próprio processo de execução, o que não éo caso dos
autos. Precedentes do STJ.
2. Éa contrafé que vai dar àparte os elementos materiais para a realização da defesa, e não o mandado de intimação, portanto,
não há falar-se em nulidade da citação, quando o mandado de citação conter erro material que não contamina os requisitos
previstos no art. 250 do CPC.
3. A nulidade da sentença por falta de fundamentação deveria ter sido aventada na via recursal oportuna, não podendo ser
rediscutida no processo de execução.
4. Agravo de instrumento desprovido.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACÓRDÃO DEVIDAMENTE


FUNDAMENTADO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. EMBARGOS CONHECIDOS EM PARTE, E NESTA,
REJEITADOS.
1 - Se não há omissão, obscuridade ou contradição no acórdão embargado, nem foi omitido ponto sobre que devia pronunciar-
se o Tribunal, na forma preceituada pelo artigo 275, do Código Eleitoral, os Embargos de Declaração devem ser rejeitados.
2 - Embargos conhecidos em parte e, nesta, rejeitados.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACÓRDÃO DEVIDAMENTE


FUNDAMENTADO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS.
1 - Se não há omissão, obscuridade ou contradição no acórdão embargado, nem foi omitido ponto sobre que devia pronunciar-
se o Tribunal, na forma preceituada pelo artigo 275, do Código Eleitoral, os Embargos de Declaração devem ser rejeitados.
2 - Embargos rejeitados.

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Na origem, cuida-se de exceção de pré-executividade interposta pelo agravante em processo executivo fiscal de dívida ativa
manejado pela União para cobrança de multa de R$ 80.000,00 estabelecida em sede de representação por divulgação de
pesquisa fraudulenta (RP 816-51).

Em primeiro grau, refutaram-se as alegações de nulidade da citação e da sentença, determinando-se o prosseguimento do


processo com a penhora on-line do montante objeto da execução.

O TRE/GO, por unanimidade, desproveu o agravo de instrumento de Moacir Galdino de Brito, mantendo a sentença por seus
próprios fundamentos (ID 519.970).

Seguiram-se dois embargos de declaração, rejeitados por todos os membros da Corte de origem, impondo-se multa de R$
1.000,00 nos segundos, por litigância de má-fé, nos termos do art. 80, VII, do CPC/2015[1] (IDs 520.007 e 520.030).

Em seu recurso especial, Moacir Galdino de Brito reiterou o pedido de extinção da execução fiscal, com base nos seguintes
argumentos (ID 520.041):

a) no mandado de citação, constou o número de outra representação, o que acarretou ausência de defesa e, por
conseguinte, o trâmite do processo àsua revelia. Desse modo, nos termos do art. 169 do Código Civil[2], deve-se reconhecer a
nulidade desse ato processual, mesmo após o trânsito em julgado, pois ele não se convalesce com o tempo;

b) conforme o art. 525, §1º, I, do CPC/2015[3], o executado pode alegar “falta ou nulidade da citação se, na fase de
conhecimento, o processo correu àsua revelia”;

c) “o recorrente foi citado de 4 (quatro) representações eleitorais, ao mesmo tempo e pelo mesmo Oficial de Justiça, o que
provocou confusão, principalmente, porque duas ações tinham a mesma numeração” (fl. 5);

d) em dois mandados, indicava-se o número do processo 128.429/2012, o que levou o recorrente a erro, supondo estar
recebendo duas citações alusivas àmesma representação, uma como pessoa física e outra como presidente da coligação. Assim,
violou-se a ampla defesa e o contraditório;

e) “[...] o erro na indicação da Representação Eleitoral nº 127.732/2012 confundiu o Recorrente, que só se defendeu nos
autos cujo número foi corretamente indicado” (fl. 6);

f) “era impossível identificar ou diferenciar as ações pelo nome das partes e pelos documentos que acompanhavam o mandato,
pois duas ações incluíram o recorrente no polo passivo e possuíam o mesmo pedido e a mesma causa de pedir, ou seja,
divulgação da mesma pesquisa eleitoral no facebook” (fl. 8);

g) ofensa ao art. 508 do CPC/2015[4], pois “[...] a litispendência entre as representações 127.732 e 128.429 foi reconhecida por
sentença transitada em julgado” (fl. 9);

h) a teor do art. 239 do CPC/2015, “para a validade do processo éindispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas
as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido”. Assim, sendo nula a citação, nos
termos dos arts. 280, 281, 282 e 283 do CPC/2015[5], todos os demais atos também o são;

i) na espécie, incide o parágrafo único do art. 278 do CPC/2015[6], traduzindo-se o legítimo impedimento no erro ao se
indicar a representação no mandado citatório;

j) “[...] as sentenças que originaram a dívida são inconstitucionais, pois não exteriorizaram os motivos para fixar multas no
valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), o que viola o art. 93, inc. IX, da Carta Federal[7]” (fl. 13);

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k) deve ser afastada a litigância de má-fé, sobretudo porque os argumentos são legítimos e razoáveis. Ademais, o recorrente
“está exercendo a ampla defesa, buscando a melhor interpretação legal e fática e se utilizando dos recursos cabíveis” (fl. 17).

A Presidência do TRE/GO inadmitiu o apelo (ID 520.047), o que ensejou agravo no qual os fundamentos de referido decisum
foram impugnados (ID 520.052).

A União apresentou contrarrazões ao agravo (ID 520.063).

A d. Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pela negativa de seguimento ao agravo (ID 4.239.088).

Éo relatório. Decido.

Verifico que o agravante infirmou os fundamentos da decisão agravada e que o recurso inadmitido preencheu os requisitos de
admissibilidade. Desse modo, dou provimento ao agravo e passo ao exame do recurso, nos termos do art. 36, §4º, do RI-TSE[8].

De início, requer-se o afastamento da multa imposta nos segundos embargos por litigância de má-fé com fulcro no art. 80, VII,
do CPC/2015.

De fato, não verifico abuso do direito processual, tampouco conduta maliciosa ou temerária a justificar tal penalidade, na
medida em que, no referido recurso, alegaram-se matérias que, sob a ótica do ora recorrente, eram importantes para o
deslinde da controvérsia e do seu exercício de defesa. Destaque-se que o TRE/GO apreciou cada uma das alegações, refutando-
as. Cito, a título exemplificativo, o seguinte trecho (ID 520.033, fls. 3-4):

O embargante requer, por fim, manifestação sobre o art. 278, parágrafo único, do CPC, pois, segundo ele, a nulidade da citação
configura legítimo impedimento para o exercício da ampla defesa.
Como visto, não há nulidade da citação, não havendo, por conseguinte, impedimento ao exercício da ampla defesa.
Ademais, o citado artigo já foi previamente analisado. Seu caput preconiza que a “nulidade dos atos deve ser alegada na
primeira oportunidade em que couber àparte falar nos autos, sob pena de preclusão”.
Ainda que a nulidade da citação não tivesse sido apreciada, recorde-se que o embargante, não ofereceu recurso da sentença de
primeiro grau que o condenou, perdendo a primeira oportunidade de falar nos autos.

No mérito, requer-se o reconhecimento de nulidade do ato citatório realizado na representação que originou a presente
demanda executiva de débito fiscal, tendo em vista que no respectivo mandado constou o número de outro processo no qual o
recorrente também era parte, o que no seu entender acarretou a marcha da lide àsua revelia, culminando em sentença que lhe
impôs multa de R$ 80.000,00 por divulgar pesquisa eleitoral sem o prévio registro.

Como bem acentuou o TRE/GO, não obstante referido equívoco, a contrafé da inicial foi anexada de forma correta, o que
possibilitou ao representado amplo acesso aos elementos da imputação. Ademais, o número do processo não consta do rol de
requisitos obrigatórios a que alude o art. 250 do CPC/2015[9]. Confira-se a moldura fática a quo no ponto (ID 519.973, fl. 1):

Quanto ànulidade da citação, suscitada pelo erro na notificação nº 147/2012, a qual registrou número de outro processo e
omitiu o nome da COLIGAÇÃO PROGRESSO DE VERDADE, da qual faz parte o agravante, destaca-se não haver qualquer prejuízo,
haja vista que o citando não vai se defender do que consta do mandado, mas da contra-fé que o acompanha.
Extrai-se da decisão agravada “que a Certidão do Oficial de Justiça atesta o devido cumprimento do ato, citando pessoalmente
o representante da coligação, entregando-lhe a contra-fé da inicial e lendo todo o conteúdo do mandado”.
De se ressaltar, ainda, que a indicação do número do protocolo não compõe o rol de obrigações previstas no art. 250 do CPC,
afigurando-se, igualmente, possível a identificação da ação àqual o mandado se refere, pelos nomes das partes e pelos
documentos que, por determinação legal, acompanham o mandado.
Vale dizer, éa contrafé que vai dar àparte os elementos materiais para a realização da defesa, e não o mandado de intimação.

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(sem destaques no original)

Desse modo, ainda que presente erro na indicação do processo no mandado, a cópia da inicial que lhe acompanhou era
suficiente para embasar a defesa. Assim, não havendo nulidade da citação, inexiste, por conseguinte, ofensa aos arts. 169 do
Código Civil e 239 e 525, §1º, I, 278, 280, 281, 282 e 283 do CPC/2015.

Por sua vez, a insurgência contra a sentença em que se impôs a multa por suposta falta de motivação deveria ter sido aviada no
processo no qual ela foi proferida, descabendo rediscutir seu acerto ou desacerto na fase de execução, sob pena de ofensa
àcoisa julgada. Confira-se o que o TRE/GO consignou a esse respeito (ID 519.973, fls. 1-2):

No que toca àfalta de motivação da sentença a quo, depreende-se que esse debate não pode mais ser questionado no processo
de execução, em face da coisa julgada.
Com efeito, a alegada nulidade (de falta de fundamentação da sentença que originou o título), deveria ter sido aventada na via
recursal oportuna, não podendo ser rediscutida no processo de execução.
Acresça-se que “nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas àmesma lide”, conforme art. 505 do CPC.
Recorde-se, por fim, que a exceção de pré-executividade tem hipóteses de cabimento limitadas, justamente para que não seja
utilizada como sucedâneo de recursos. Éessa a inteligência da súmula nº 393 do STJ, verbis:
A exceção de pré-executividade éadmissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não
demandem dilação probatória.
O agravante, portanto, deduziu pedidos insuscetíveis de ser veiculados por meio de exceção de pré-executividade.
(sem destaques no original)

No mesmo sentido, posiciona-se a jurisprudência desta Corte:

[...] 1. A matéria relacionada a efeito confiscatório da multa eleitoral não pode ser conhecida, uma vez que deveria ter sido
discutida no processo em que a penalidade foi aplicada, encontrando óbice, agora, na autoridade da coisa julgada. [...]
(AgR-AI 175-97/PR, Rel. Min. Luciana Lóssio, DJE de 17/10/2014)

[...] 2. Inviabilidade de rediscussão, em sede de exceção de pré-executividade, de matéria já enfrentada anteriormente e


acobertada pelo manto da coisa julgada. [...]
(AgR-AI 205-49/GO, Rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJE de 5/10/2016)

Por outro vértice, o fato de em tese existir sentença transitada em julgado reconhecendo a litispendência entre as
Representações 127.732 e 128.429 não foi abordado nos três arestos regionais, sendo impossível concluir de modo diverso, a
teor da Súmula 24/TSE, que veda reexame de provas na instância extraordinária.

Desse modo, o acórdão regional não merece reparo.

Ante o exposto, dou parcial provimento ao recurso especial, nos termos do art. 36, §7º, do RI-TSE, apenas para afastar a multa
por litigância de má-fé.

Publique-se. Intimem-se. Reautue-se.

Brasília (DF), 26 de fevereiro de 2019.

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MINISTRO JORGE MUSSI


Relator

[1] Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


[...]
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

[2] Art. 169. O negócio jurídico nulo não ésuscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
[3] Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para
que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu àrevelia; [...]

[4] Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas
que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto àrejeição do pedido.

[5] Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais.
Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de
uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes.
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que
sejam repetidos ou retificados.
§1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem
mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser
praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo àdefesa de qualquer parte.

[6] Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber àparte falar nos autos, sob pena de
preclusão.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão
provando a parte legítimo impedimento.

[7] Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados
os seguintes princípios:
[...]
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de
nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes,
em casos nos quais a preservação do direito àintimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público
àinformação
[8] Art. 36. [ omissis]
[...]
§4º O Tribunal Superior, dando provimento ao agravo de instrumento, estando o mesmo suficientemente instruído, poderá,
desde logo, julgar o mérito do recurso denegado [...].

[9] Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá:

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I - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências;


II - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo para
contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução;
III - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver;
IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, àaudiência de
conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento;
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória;
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.

Processo 0601576-43.2018.6.00.0000

OF 4/16
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
RECURSO NA REPRESENTAÇÃO (11541) Nº 0601576-43.2018.6.00.0000 (PJe) –BRASÍLIA –DISTRITO FEDERAL

Relator: Ministro Og Fernandes


Recorrentes: Coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS) e outro
Advogado: Eugenio José Guilherme de Aragão –OAB/DF 4935
Recorrida: Fundação Ubaldino do Amaral
Advogado: Paulo Rogério de Almeida –OAB/SP 241863

DECISÃO

Eleições 2018. Recurso inominado. Representação. Exercício do direito de resposta. Art. 57-D, §2º, da Lei nº 9.504/1997.
Editorial de jornal veiculado na internet. Texto pretensamente anônimo, difamatório e inverídico. Indeferimento da liminar.
Multa não aplicada. Prejudicados os pedidos de remoção definitiva de conteúdo da internet e de concessão de direito de
resposta. Inaplicável a multa, por serem identificáveis os autores da publicação. Negado seguimento ao recurso.

A Coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS) e o candidato ao cargo de presidente da República Fernando Haddad
ajuizaram representação para o exercício de direito de resposta, com pedido liminar, contra o jornal Cruzeiro do Sul,
impugnando editorial publicado na internet, em 28.9.2018, por suposta veiculação de conteúdo difamatório e inverídico.
Os representantes alegaram, na ocasião, que, em 28.9.2018, o jornal representado publicou, em seu sítio eletrônico, editorial
ofensivo intitulado “O Brasil não aguentará outra rodada” em desfavor do candidato Fernando Haddad e do Partido dos
Trabalhadores (PT), o qual integrava a coligação representante. Segundo eles, a intenção do representado foi agredir, injuriar e
difamar, mediante afirmações inverídicas. Alegam, ainda, que a publicação seria anônima, uma vez que atribuída à“Redação”
(ID 470306).
Pediram a concessão de tutela provisória de urgência, em caráter liminar, a fim de remover a publicação constante da URL
https://www.jornalcruzeiro.com.br/opiniao/editorial/o-brasil-nao-aguentara-outra-rodada/. Além disso, requereram (a) o
exercício do direito de resposta, nos moldes do art. 58, §3º, IV, a e b, da Lei nº 9.504/1997; (b) a retirada definitiva da
publicação e (c) a imposição de multa, nos termos do art. 57-D, §2º, da Lei nº 9.504/1997.
O pedido liminar foi indeferido pelo Ministro auxiliar deste Tribunal Superior Luis Felipe Salomão, em 5.10.2018 (ID 490743), o
qual assinalou, em juízo de cognição sumária, que (ID 490743):
[...] o conteúdo hostilizado não configura abuso, excesso ou uso indevido dos meios de comunicação social, porquanto
agasalhado pelo exercício legítimo da liberdade de imprensa, nos moldes do art. 220 da Constituição Federal, não exigindo a
interferência imediata desta Justiça Especializada, a fim de remover a matéria jornalística publicada.

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O ministro, além de negar o pedido de remoção do conteúdo impugnado, ainda destacou que o veículo de imprensa estaria
devidamente identificado e, quanto a seus responsáveis, que seriam passíveis de identificação, motivo pelo qual afastou,
também, a tese de anonimato levantada pelos representantes.
Dessa decisão a coligação interpôs recurso eleitoral, por meio do qual reitera que a publicação, ao pretensamente veicular
afirmações infundadas e difamatórias, ofendeu e violou a honra do então candidato àPresidência da República Fernando
Haddad, sendo, por esse motivo, legítimo o pedido de direito de resposta.
Alega, nesse contexto, que a oração “De dentro da cadeia um manipulador de marionetes comanda o seu próximo poste” ataca
o então candidato da coligação àPresidência, pois utiliza alcunha ofensiva que nega “[...] a polidez mínima de referir-se a ele por
seu próprio nome” (ID 503177).
Reafirma se tratar de artigo de opinião apócrifo, àconsideração de que, apesar de ser um editorial que, em tese, representa o
posicionamento do jornal, não está assinado pelo redator.
Argumenta, ainda, que a liberdade de expressão, não obstante constar do texto constitucional, não configura garantia absoluta
e, em casos de abuso como o do feito, enseja a concessão de direito de resposta, nos termos dos arts. 58, §1º, IV, da Lei nº
9.504/1997 e 5º e 15 da Res.-TSE nº 23.547/2017 e que a intenção dos recorridos em “[...] agredir, injuriar e difamar o
candidato autor, mediante afirmações inverídicas [...]” (ID 503177) évedada pela legislação eleitoral, o que demanda o
provimento do pedido ora em análise.
Requerem, ao final, (a) a retirada do conteúdo ofensivo do sítio eletrônico, (b) a imposição de multa nos termos do art. 57-D,
§2º, da Lei nº 9.504/1997 e (c) o deferimento do pedido de direito de resposta para que,
[...] nos termos da Lei nº 9.504/1997, arts. 58, §3º, IV, “a” e “b” e da Resolução nº 23.547/2017, do TSE, art. 15, IV, “c” e “d”, os
ofensores divulguem a resposta do ofendido em até 48h após sua entrega, empregando nessa divulgação o mesmo
impulsionamento de conteúdo eventualmente contratado e outros elementos de realce usados na ofensa, ficando a resposta
disponível em tempo não inferior ao tempo em que esteve disponível a mensagem ofensiva. (ID 503177)
Segundo certificado pela Secretaria Judiciária deste Tribunal, o prazo para a manifestação do jornal Cruzeiro do Sul, mantido
pela Fundação Ubaldino do Amaral (ID 533062), decorreu em 12.10.2018. A recorrida apresentou contestação em 17.10.2018,
extemporaneamente (ID 545452).
O Ministério Público Eleitoral, em seu parecer, manifestou-se pela improcedência dos pedidos contidos na inicial (ID 534880).
Redistribuído o feito, este veio concluso em 12.12.2018 (ID 3026638).
Em despacho de 12.2.2019, determinei a intimação das partes para que se manifestassem a respeito de eventual perda de
objeto do pedido, nos termos do art. 10 do Código de Processo Civil/2015 (ID 4939938).
A Coligação O Povo Feliz de Novo, em resposta, reiterou os pedidos feitos na inicial (ID 4940938).
Éo relatório. Passo a decidir.
Conforme relatado, a Coligação O Povo Feliz de Novo e Fernando Haddad ajuizaram representação para obter o exercício de
direito de resposta, a remoção de editorial publicado no sítio eletrônico do jornal Cruzeiro do Sul e a imposição de multa nos
termos do art. 57-D, §2º, da Lei das Eleições, por suposta veiculação de conteúdo difamatório e inverídico em texto publicado
na internet no dia 28.9.2018.
O pedido liminar contido na petição inicial foi indeferido pelo Ministro Luis Felipe Salomão em 5.10.2018. O Ministro, além de
afastar a tese de anonimato levantada pelos representantes, consignou não ter havido abuso, excesso ou uso indevido dos
meios de comunicação social e destacou se tratar de exercício legítimo da liberdade de imprensa, dentro do que prevê o art.
220 da Constituição Federal.
Dessa decisão foi interposto o presente recurso.
Inicialmente, verifico que, com o fim do período eleitoral, não há mais falar em remoção de conteúdo da internet pela via da
representação, pois, conforme o art. 33, §6º, da Res.-TSE nº 23.551/2017,
[...] findo o período eleitoral, as ordens judiciais de remoção de conteúdo da internet deixarão de produzir efeitos, cabendo
àparte interessada requerer a remoção do conteúdo por meio de ação judicial autônoma perante a Justiça Comum.
Melhor sorte não socorre os recorrentes no que tange ao pedido de concessão de direito de resposta, fundamentado no art. 58
da Lei das Eleições.
A jurisprudência deste Tribunal Superior se orienta na linha de que a competência da Justiça Eleitoral para analisar a matéria se
exaure com o fim do período eleitoral, de modo que a reparação de eventuais ofensas àhonra e àimagem ocorridas durante as
campanhas poderá, também, ser pleiteada na Justiça comum. Confira-se:
ELEIÇÕES 2014. DIREITO DE RESPOSTA. CANDIDATO AO CARGO DE DEPUTADO FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL ELEITORAL. ENCERRAMENTO DA CAMPANHA ELEITORAL. PREJUDICIALIDADE. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO.
(AgR-REspe nº 1166-02/PE, rel. Min. Luiz Fux, PSESS de 13.11.2014)
Destaco, ainda quanto ao ponto, a decisão proferida na RP nº 1784-18/DF, de relatoria do Ministro Admar Gonzaga (julgada em

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3.11.2014, publicada no mural em 4.11.2014):


No decorrer das campanhas eleitorais, éatribuição desta Justiça Especializada velar pelo equilíbrio da disputa. Finalizadas as
eleições, cessa a competência deste Tribunal Superior para dirimir conflitos relativos a direito de resposta, tendo em vista a
impossibilidade de provimento judicial eficaz. Desse modo, poderá o interessado, diante de eventual ofensa, demandar perante
a Justiça Comum.
Por fim, não cabe, na espécie, a aplicação de multa ao responsável pela divulgação do conteúdo pretensamente irregular. Como
dito na decisão recorrida, a atuação da Justiça Eleitoral no que se refere aos conteúdos divulgados na internet deve ser
realizada com a menor interferência possível no debate democrático, devendo ser assegurada a liberdade de expressão e
impedida a censura (arts. 220 da CF e 33, caput e §§, da Res.-TSE nº 23.551/2017). No caso, conforme ressaltado pelo Ministro
Luis Felipe Salomão no indeferimento da liminar, “[...] o conteúdo hostilizado não configura abuso, excesso ou uso indevido dos
meios de comunicação social, porquanto agasalhado pelo exercício legítimo da liberdade de imprensa [...]” (ID 490743).
Além disso, a multa prevista no art. 57-D, §2º, da Lei nº 9.504/1997 tem por escopo coibir o anonimato na internet e, na
espécie, o veículo de imprensa que publicou o editorial impugnado está devidamente identificado (jornal Cruzeiro do Sul).
Assim, como destacado na decisão recorrida, os responsáveis pela publicação são passíveis de identificação, devendo, por isso,
ser afastada a tese de anonimato.
No mesmo sentido se manifestou a Procuradoria-Geral Eleitoral, ao afirmar, em seu parecer, que (ID 534880):
[...] A responsabilidade por opinião exprimida por meio de artigo veiculado em periódico que o classificou como “editorial” deve
ser atribuída ao respectivo editor-chefe ou grupo de editores ao qual compete decidir os conteúdos a serem publicados.
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso, julgando prejudicados os pedidos de remoção definitiva de conteúdo da internet
e de concessão de direito de resposta, em virtude da perda superveniente do objeto, e improcedente o pedido de aplicação de
multa, por não haver falar em publicação anônima.
Publique-se. Intimem-se.
Brasília, 28 de fevereiro de 2019.

Ministro Og Fernandes Relator

Processo 0601580-80.2018.6.00.0000

index: AÇÃO CAUTELAR (12061)-0601580-80.2018.6.00.0000-[Direito de Resposta, Representação]-MARANHÃO-SÃO LUÍS


TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

AÇÃO CAUTELAR (12061) Nº 0601580-80.2018.6.00.0000 (PJe) - SÃO LUÍS - MARANHÃO RELATOR: MINISTRO LUIZ EDSON
FACHIN AUTOR: GRAFICA ESCOLAR SA Advogado do(a) AUTOR: MARIANA NUNES VILHENA - MA5869000A RÉU: COLIGAÇÃO
TODOS PELO MARANHÃO Advogado do(a) RÉU:
DECISÃO
ELEIÇÕES 2018. AÇÃO CAUTELAR. PEDIDO DE CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE
RESPOSTA EM IMPRENSA ESCRITA. JULGAMENTO DO RECURSO PRINCIPAL. PERDA SUPERVENIENTE DO INTERESSE DE AGIR.
AÇÃO CAUTELAR PREJUDICADA.
Trata-se de tutela provisória de urgência de natureza cautelar, com pedido liminar, visando àconcessão de efeito suspensivo a
recurso especial eleitoral interposto pela Gráfica Escolar S.A. (Jornal “O Estado do Maranhão”) contra acórdão prolatado pelo
TRE/MA, nos autos nº 0600334-70.2018.6.10.0000.
A liminar foi deferida nos termos do pedido (ID 476292).
Inobstante a citação da Coligação Todos pelo Maranhão (ID 558686), o prazo para manifestação transcorreu in albis, conforme
se verifica do andamento do sistema PJe, em 29.10.2018.
O Ministério Público Eleitoral exarou a nota de ciente (ID 554711).
Éo relatório. Decido.
Em consulta aos autos n° 0600334-70.2018.6.10.0000, verifica-se que o recurso especial ao qual foi atribuído efeito suspensivo
foi julgado prejudicado em 19.12.2018, com trânsito em julgado em 04.02.2019, acarretando, assim, a perda superveniente do
interesse de agir em razão do desaparecimento do objeto.
Ante o exposto, com fundamento no art. 36, §6º, do RITSE, nego seguimento àação cautelar.

Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
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Publique-se.
Após, arquive-se. Brasília, 28 de fevereiro de 2019. Ministro EDSON FACHIN Relator
Processo 0601594-64.2018.6.00.0000

index: REPRESENTAÇÃO (11541)-0601594-64.2018.6.00.0000-[Propaganda Política - Propaganda Eleitoral - Internet]-DISTRITO


FEDERAL-BRASÍLIA
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

REPRESENTAÇÃO (11541) Nº 0601594-64.2018.6.00.0000 (PJe) - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

Relator: Ministro Edson Fachin


Representante: Coligação O Povo Feliz de Novo
Advogado: Miguel Filipi Pimentel Novaes - OAB/DF5746900A
Advogado: Marcelo Winch Schmidt - OAB/DF5359900A
Advogado: Rachel Luzardo de Aragão - OAB/DF5666800S
Advogado: Fernando Antonio dos Santos Filho - OAB/DF3793400S
Advogado: Angelo Longo Ferraro - OAB/SP2612680S
Advogado: Eugenio Jose Guilherme de Aragão - OAB/DF004935
Representado: Dpny Comunicação, Assessoria, Desenvolvimento e Administração de Projetos Hoteleiros Ltda.
Representado: Facebook Serviços Online do Brasil LTDA.
Advogado: Isabela Braga Pompilio - OAB/DF14234
Representado: Google Brasil Internet LTDA.
Advogado: Andrea Carla Ribeiro da Cruz - OAB/DF47289
Advogado: Rodrigo de Macedo Soares e Silva - OAB/SP196362
Advogado: Fabio Rivelli - OAB/SP2976080A
Advogado: Fabio Ariki Carlos - OAB/SP2731090A
Advogado: Armando Caetano Fernandes Almeida Junior - OAB/SP2001420A
Advogado: Marcelo Brito Rodrigues - OAB/SP1857950A
Advogado: Aline Moreira da Costa - OAB/SP2013290A
Advogado: Paulo Vinicius de Carvalho Soares - OAB/SP2570920A
Advogado: Adriana Seabra Arruda - OAB/SP2007660A
Advogado: Eliana Ramos Sato - OAB/SP2528120A
Advogado: Ricardo Maffeis Martins - OAB/SP151161
Advogado: Ricardo Antonio Coutinho de Rezende - OAB/SP7796300A
Advogado: Solano De Camargo - OAB/SP1497540A
Advogado: Eduardo Luiz Brock - OAB/SP9131100A
Advogado: Yun Ki Lee - OAB/SP1316930A
Advogado: Guilherme Justino Dantas - OAB/RJ165168
Advogado: Natalia Kuchar - OAB/SP2876320A
Advogado: Guilherme Cardoso Sanchez - OAB/SP2573850A
Advogado: Maria Isabel Carvalho Sica Longhi - OAB/SP2566600A
Advogado: Daniel do Amaral Arbix - OAB/SP2470630A
Advogado: Andre Zanatta Fernandes de Castro - OAB/SP2465560A

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Advogado: Fabiana Regina Siviero Sanovick - OAB/SP147715


DESPACHO

Relativamente ao anúncio veiculado por meio do aplicativo de jogos “Love Balls”, verifica-se a inexistência de indicação de URL
específica para possível fornecimento de informações pelo provedor de aplicação que o hospedou.
A identificação clara e específica do conteúdo impugnado éexigida pela Lei nº 12.965/2014, sendo ônus da parte representante
providenciá-la.
Intimada, a Coligação O Povo Feliz de Novo noticiou dificuldade técnica em identificar a URL específica do aludido anúncio, de
modo que, no ponto, inexistem providências a serem determinadas.
Quanto aos anúncios patrocinados veiculados por meio do Facebook Serviços Online do Brasil LTDA., intime-se a coligação
representante para, ante as informações de IPs fornecidas por essa empresa, providenciar a indicação dos provedores de
conexão a eles vinculados, no prazo de 5 (cinco) dias.
Publique-se. Brasília, 28 de fevereiro de 2019. Ministro EDSON FACHIN Relator
Processo 0607958-24.2018.6.19.0000

RECURSO EM HABEAS CORPUS (1344) - 0607958-24.2018.6.19.0000 - SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA - RIO DE JANEIRO
RELATOR(A): MINISTRO(A) JORGE MUSSI
RECORRENTE: JOAO PAULO SA GRANJA DE ABREU PACIENTE: JAREDIO BARRETO DE AZEVEDO ADVOGADO: ALEX RIBEIRO
CABRAL - OAB/RJ1384820A ADVOGADO: JOAO PAULO SA GRANJA DE ABREU - OAB/RJ1145600A RECORRENTE: ALEX RIBEIRO
CABRAL RECORRIDO: Ministério Público Eleitoral FISCAL DA LEI: Procurador Geral Eleitoral

PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO

Ficam as partes intimadas do teor do ato judicial exarado, no processo acima, pelo(a) Ministro(a) JORGE MUSSI.
Brasília, 1 de março de 2019.
RODRIGO MOREIRA DA SILVA Coordenadoria de Processamento

RECURSO EM HABEAS CORPUS 0607958-24 –PJE –CLASSE 1344 –SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA/RJ

RECURSO EM HABEAS CORPUS. ELEIÇÕES 2016. VEREADOR. CRIME ELEITORAL. ARTS. 299 E 350 DO CÓDIGO ELEITORAL.
SESSÃO DE JULGAMENTO. INTIMAÇÃO. SUSTENTAÇÃO ORAL. PEDIDO EXPRESSO. CERCEAMENTO DE DEFESA. NULIDADE.
1. Énulo o julgamento de habeas corpus proferido em sessão cuja data não foi cientificada àdefesa do paciente quando há
requerimento expresso nesse sentido. Precedentes.
2. Recurso ordinário provido para anular o acórdão regional e determinar novo julgamento da causa após intimação dos
advogados do recorrente.
DECISÃO

Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto por Jaredio Barreto de Azevedo, Vereador de São Francisco de
Itabapoana/RJ eleito em 2016, contra aresto do TRE/RJ em que se denegou a ordem que visava revogar prisão preventiva
determinada pelo Juízo da 130ª Zona Eleitoral, nos autos da Ação Penal 37-61, na qual o recorrente figura como réu pela
suposta prática dos delitos previstos nos arts. 299 e 350 do Código Eleitoral[1] (ID 3.207.238).

No recurso ordinário, alega-se que (ID 3.209.338):

a) o TRE/RJ cerceou o direito de defesa do recorrente, pois seus advogados não foram intimados para participar da sessão

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de julgamento do habeas corpus, em que pese pedido expresso para realizar sustentação oral;

b) “o Supremo Tribunal Federal já mitigou a aplicação da Súmula 431, a fim de decidir que em hipóteses de requerimento
expresso de intimação prévia, deverá o Tribunal assim proceder, de modo a permitir o inequívoco comparecimento do
impetrante àsessão de julgamento, sob pena de cerceamento de defesa”;

c) o habeas corpus foi incluído para julgamento às 14h09 do dia 12/11/2018, e a sessão iniciada às 16h. Nesse caso, como a
divulgação da pauta ocorreu apenas pela internet, violou-se o direito de defesa, na medida em que era impossível o
deslocamento dos advogados entre municípios distantes 270 quilômetros em tão pouco tempo;

d) a prisão preventiva éinjusta, haja vista a fragilidade da prova, que não indica participação direta do recorrente na conduta
tida como criminosa;

e) o recorrente não atuou de modo a influenciar na instrução criminal, logo sua liberdade não afeta a ordem pública, a
ordem econômica ou causa prejuízo àaplicação da lei penal. Ademais, cuida-se de réu primário e de bons antecedentes, sendo
cabível substituir a preventiva por medidas cautelares.

Requer-se seja anulado o julgamento ou revogada a prisão preventiva.

Nas contrarrazões, a Procuradoria Regional Eleitoral “pugna pelo provimento do recurso, com a anulação do acórdão recorrido”
(ID 3.209.668), estando no mesmo sentido o parecer da d. Procuradoria-Geral Eleitoral.

Éo relatório. Decido.

Consoante jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, havendo pedido expresso, configura cerceamento de defesa a ausência
de intimação de advogado para sessão de julgamento de habeas corpus na qual se pretender realizar sustentação oral.
Vejamos:

PENAL. PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. JULGAMENTO. NÃO INTIMAÇÃO DO DEFENSOR CONSTITUÍDO PARA, QUERENDO,
PROCEDER ÀSUSTENTAÇÃO ORAL NA SESSÃO. EMBARGOS ACOLHIDOS.
1. Há nulidade no julgamento se a defesa, tempestivamente, apresentou pleito no sentido de ser cientificada da data da sessão
em que seria levado a julgamento o habeas corpus, e este se ultimou sem que fosse decidido o pedido, positiva ou
negativamente.
2. In casu, o pedido de intimação para a sessão de julgamento, possibilitando, assim, a sustentação oral, está expresso na inicial
do writ, razão por que procede a alegação de nulidade.
3. Embargos de Declaração conhecidos e providos, para declarar a insubsistência do acórdão embargado, devendo ser realizado
outro julgamento, após regular intimação da defesa.
(EDcl-HC 107.882/MG, Rel. Min. Luiz Fux, DJE de 8/5/2012)

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DOS ADVOGADOS PARA A SESSÃO DE JULGAMENTO DE
HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE SUSTENTAÇÃO ORAL.
EXISTÊNCIA DE PEDIDO DE INTIMAÇÃO CONSTANTE DOS AUTOS. CERCEAMENTO DE DEFESA. DIREITO ÀPRÉVIA COMUNICAÇÃO
PARA DAR EFICÁCIA ÀGARANTIA CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA. NULIDADE ABSOLUTA. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS
CONCEDIDO EM PARTE.
1. Havendo pedido nos autos, a falta de intimação para a sessão de julgamento suprime o direito da defesa de comparecer para
realizar a sustentação oral, que constitui instrumento de efetivação da garantia constitucional da ampla defesa, para cujo
exercício a Constituição da República assegura “os meios e recursos a ela inerentes” (art. 5º, LV). 2. Nulidade absoluta do ato
praticado nessa condição. Precedentes.
3. Writ concedido em parte.

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(HC 105728/RJ Rel. Min. Dias Toffoli, DJE de 28/11/2011)

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO ADVOGADO PARA A SESSÃO DE JULGAMENTO DE
HABEAS COPRUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE SUSTENTAÇÃO ORAL.
EXISTÊNCIA DE PEDIDO DE INTIMAÇÃO CONSTANTE DOS AUTOS. CERCEAMENTO DE DEFESA. DIREITO ÀPRÉVIA COMUNICAÇÃO
PARA DAR EFICÁCIA ÀGARANTIA CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA. NULIDADE ABSOLUTA. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS
CONCEDIDO. 1. Havendo pedido nos autos, a falta de intimação para a sessão de julgamento suprime o direito da defesa do
Paciente de comparecer para efetivar a sustentação oral, que constitui instrumento de efetivação da garantia constitucional da
ampla defesa, para cujo exercício a Constituição da República assegura “os meios e recursos a ela inerentes” (art. 5º, LV).
2. Nulidade absoluta do ato praticado nessa condição. Precedentes.
3. Habeas corpus concedido.
(HC 104264/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJE de 18/11/2010)

Nesse sentido, confira-se a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. PEDIDO DE INTIMAÇÃO PARA SUSTENTAÇÃO ORAL. NÃO ATENDIMENTO.
CERCEAMENTO DE DEFESA. CONFIGURAÇÃO. NULIDADE. RECONHECIMENTO. RECURSO PROVIDO.
1. A República Federativa do Brasil, fundada, entre outros, na dignidade da pessoa humana e na cidadania, consagra como
garantia “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, [...] o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes” (art. 5º, LV).
2. Se, ainda que formulada previamente àsessão do julgamento do habeas corpus, a intimação não éfeita e, por conta disso, a
defesa não realiza sustentação oral, evidencia-se ofensa àampla defesa, o que implica nulidade do julgamento do aludido writ.
Precedentes.
3. No caso em exame, foi formulado pedido expresso de intimação do causídico para a sessão de julgamento, o que não
ocorreu.
4. Recurso provido para anular o julgamento do writ originário (HC 2033971-49.2017.8.26.0000), a fim de que outro seja
proferido, após a devida intimação da defesa, para que esta possa exercer o direito àsustentação oral. Julgadas prejudicadas as
demais insurgências.
(RHC 93137/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, DJE 25/04/2018)

1. Énulo o julgamento de habeas corpus proferido em sessão cuja data não foi cientificada àdefesa do paciente quando há
requerimento expresso nesse sentido. Precedentes desta Corte e do Pretório Excelso.
(HC 380774/ES, de minha relatoria, DJe 17/8/2017)

Cito, ainda, precedentes do Tribunal Superior Eleitoral:

Embargos de declaração. Habeas corpus. Alegação. Omissão. Pedido. Prévia. Comunicação. Data. Julgamento. Writ.
Acolhimento.
1. A atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal éno sentido de que, havendo pedido de intimação para o julgamento do
habeas corpus, deve o advogado ser previamente cientificado.
2. Esse entendimento, inclusive, resultou na alteração do Regimento do STF (Emenda Regimental 17/2006), para acrescentar o
art. 192, parágrafo único-A, que, por força do art. 32 do RITSE, aplica-se subsidiariamente no Tribunal.
3. Considerando que, na espécie, houve o pedido de prévia ciência da data do julgamento do writ, éde se acolher os embargos,
a fim de anular o acórdão embargado, para que o processo seja submetido novamente a julgamento.
(EDcl-HC 592/PA, Rel. Min. Caputo Bastos, DJ de 1/8/2008)

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PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ARTS. 299 E 302 DA LEI 4.737/65. JULGAMENTO DE WRIT. INCLUSÃO EM PAUTA.
DESNECESSIDADE. AUSÊNCIA DE PEDIDO DO IMPETRANTE PARA REALIZAR SUSTENTAÇÃO ORAL. [...]
I - Conforme jurisprudência desta Corte - alinhada àdo Pretório Excelso e do c. Superior Tribunal de Justiça - o julgamento de
habeas corpus não exige a sua prévia inclusão em pauta. Tal previsão encontra-se no Regimento Interno da e. Corte de origem
(ex vi do art. 63, §2º).
II - Não obstante esta seja a regra, se o impetrante solicitar, por escrito, seja previamente intimado da sessão de julgamento, de
acordo com a orientação jurisprudencial recentemente firmada, tal comunicação prévia será de rigor.
(HC 610, Rel. Min. Felix Fischer, DJE de 15/12/2008)

Na espécie, o pedido do recorrente foi realizado nos seguintes termos: “c) em tempo, pugnam os impetrantes que sejam
intimados do despacho que determinará a data da sessão de julgamento do habeas corpus, a fim de permitir a realização de
sustentação oral” (IDs 3.205.888, 3.206.838 e 3.206.788).

Assim, conforme se manifestou o Ministério Público Eleitoral, “o procedimento adotado pelo Tribunal Regional Eleitoral do
Estado do Rio de Janeiro acarretou cerceamento de defesa que justifica anulação do acórdão proferido e realização de novo
julgamento após a prévia e regular intimação da defesa” (ID 3.927.538).

Ante o exposto, dou provimento ao recurso ordinário, nos termos do art. 36, §6º, do RI-TSE, para anular o acórdão regional e
determinar novo julgamento da causa após intimação dos advogados do recorrente.

Publique-se. Intimem-se.

Brasília (DF), 21 de fevereiro de 2019.

MINISTRO JORGE MUSSI


Relator

[1] Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra
vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.

Art. 350. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dêle devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir
declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais:
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa, se o documento épúblico, e reclusão até três anos e
pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento éparticular.
Parágrafo único. Se o agente da falsidade documental éfuncionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo ou se a
falsificação ou alteração éde assentamentos de registro civil, a pena éagravada.

Processo 0605328-97.2018.6.26.0000

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL (11549) - 0605328-97.2018.6.26.0000 - SÃO PAULO - SÃO PAULO RELATOR(A): MINISTRO(A)
JORGE MUSSI
AGRAVANTE: FABIO CONSTANTINO PALACIO ADVOGADO: RAFAEL CEZAR DOS SANTOS - OAB/SP3424750A ADVOGADO:
NATASHA SANTOS DA SILVA - OAB/SP3650950A ADVOGADO: LEANDRO PETRIN - OAB/SP2594410A ADVOGADO: FERNANDO
ROMANI SALES - OAB/SP4143750A ADVOGADO: CAROLINA VIDAL FEIJO - OAB/SP3552990A ADVOGADO: CARLOS EDUARDO
GOMES CALLADO MORAES - OAB/SP2429530A AGRAVADO: THIAGO REIS AURICCHIO ADVOGADO: MARCELO SANTIAGO DE
PADUA ANDRADE - OAB/SP1825960A ADVOGADO: HELIO FREITAS DE CARVALHO DA SILVEIRA - OAB/SP1540030A FISCAL DA

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LEI: Procurador Geral Eleitoral

PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO

Ficam as partes intimadas do teor do ato judicial exarado, no processo acima, pelo(a) Ministro(a) JORGE MUSSI.
Brasília, 1 de março de 2019.
RODRIGO MOREIRA DA SILVA Coordenadoria de Processamento

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 060532897 (PJE) –CLASSE 1320


–SÃO PAULO –SÃO PAULO

AGRAVO. RECURSO ESPECIAL. ELEIÇÕES 2018. REPRESENTAÇÃO. PROPAGANDA ELEITORAL IRREGULAR. ART. 37, §2º, I, DA LEI
9.504/97. BANDEIRA. CANDIDATO. VIA PÚBLICA. TRÂNSITO. PESSOAS. PREJUÍZO. CONFIGURAÇÃO. INFRAÇÃO. INSTANTÂNEA.
MULTA. INCIDÊNCIA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. Na espécie, o TRE/SP, em julgamento unânime, manteve multa aplicada ao recorrente, em valor mínimo legal, por prática de
propaganda irregular pelo uso de bandeiras ao longo de vias públicas que dificultou a circulação de pessoas.
2. A Corte a quo assentou que “as imagens apresentadas junto da exordial [...] demonstram que os cabos eleitorais portando
bandeiras estavam muito próximos das pessoas que assistiam àparada cívico-militar, dificultando, assim, a circulação das
pessoas e o acesso dos cidadãos interessados em ver o desfile [...]. Ademais, o recorrente, e beneficiário, tinha conhecimento
do ocorrido, pois há imagens comprovando sua presença no local”. Concluir de modo diverso esbarra no óbice da Súmula
24/TSE.
3. Na hipótese de infração instantânea, quando já ocorrido o benefício eleitoral, faz-se despicienda, para incidência da sanção
pecuniária, a prévia notificação do responsável, prevista no §1º do art. 37 da Lei 9.504/97, para regularizar a publicidade ou
restaurar o bem. Precedentes.
4. Recurso especial a que se nega seguimento.

DECISÃO

Trata-se de agravo interposto por Fabio Constantino Palacio, candidato ao cargo de deputado federal no pleito de 2018, em
detrimento de decisum da Presidência do TRE/SP que inadmitiu recurso especial contra acórdão assim ementado (ID 520.936):

RECURSO ELEITORAL –REPRESENTAÇÃO –PROPAGANDA IRREGULAR –CABOS ELEITORAIS PORTANDO BANDEIRAS DURANTE
DESFILE DE 7 DE SETEMBRO –ART. 37, CAPUT E §§2º E 5º, DA LEI N. 9.504/97 QUE VEDA A VEICULAÇÃO DE PROPAGANDA EM
BENS PÚBLICOS E DE USO COMUM –EXCEÇÃO COM RELAÇÃO ÀVEICULAÇÃO DE PROPAGANDA ELEITORAL POR MEIO DE
BANDEIRAS AO LONGO DE VIAS PÚBLICAS, DESDE QUE NÃO DIFICULTE O BOM ANDAMENTO DO TRÂNSITO DE PESSOAS E
VEÍCULOS –IMAGENS QUE COMPROVAM QUE OS CABOS ELEITORAIS PORTANDO BANDEIRAS ESTAVAM MUITO PRÓXIMOS DAS
PESSOAS QUE ASSISTIAM AO EVENTO, DIFICULTANDO, ASSIM, A CIRCULAÇÃO DE PESSOAS E O ACESSO DOS CIDADÃOS AO
EVENTO –MULTA PELA REALIZAÇÃO DE PROPAGANDA IRREGULAR –ART. 37, §1º, DA LEI N. 9.504/97 –CABIMENTO
–DESNECESSIDADE DE PRÉVIA NOTIFICAÇÃO –FIXAÇÃO NO MÍNIMO LEGAL –PRECEDENTES –DECISÃO MONOCRÁTICA DE
IMPROCEDÊNCIA MANTIDA –RECURSO ELEITORAL IMPROVIDO.

Na origem, Thiago Reis Auricchio, candidato ao cargo de deputado estadual, ajuizou representação em desfavor do recorrente
por suposta prática de propaganda irregular, haja vista que, durante o desfile em comemoração ao Dia 7 de Setembro, o
representado e cabos eleitorais portavam bandeiras de grandes dimensões ao longo de via pública do Município de São
Caetano do Sul/SP dificultando a circulação das pessoas, em ofensa aos arts. 14 e 15 da Res.-TSE 23.551/2017.

Em primeiro grau, julgou-se procedente o pedido, condenando-se o representado ao pagamento de multa de R$ 2.000,00 pela

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prática de propaganda irregular, nos termos do art. 37, §§1º e 2º, I, da Lei 9.504/97[1] (ID 520.926).

O TRE/SP manteve a sentença, nos termos da ementa transcrita (ID 520.935).

Seguiu-se interposição de recurso especial em que se alegou, em síntese (ID 520.941):

a) não se pretende o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, mas uma nova valoração, sendo possível a esta
Corte Superior reavaliar “o entendimento de que a proximidade dos cabos eleitorais que portavam as bandeiras configuraria a
propaganda irregular prevista no art. 37 da Lei 9.504/97, dado que em nenhum momento restou efetivamente sedimentado
que a circulação das pessoas teria sido prejudicada” (fl. 6);

b) afronta ao art. 37, §1º, da Lei 9.504/97, pois, na espécie, se considerou legítima multa imposta por prática de propaganda
irregular sem a antecedente notificação para sua retirada;

c) a especificidade do caso dos autos “não autoriza presumir o prévio conhecimento do recorrente, uma vez que este não
teria como de antemão ter ciência da ação que seria desenvolvida por cada cabo eleitoral” (fl. 7).

Pugnou-se, ao final, pela reforma integral do aresto ou, de forma subsidiária, pelo afastamento da penalidade imposta, uma vez
que não houve lesão a bem público nem descumprimento a notificação judicial.

O recurso foi inadmitido pela Presidência do TRE/SP (ID 520.945), o que ensejou agravo no qual se impugnaram os respectivos
fundamentos (ID 520.948).

Não foram apresentadas contrarrazões (ID 520.951).

A d. Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo desprovimento do agravo (ID 4.087.938).

Éo relatório. Decido.

Verifico que o agravante infirmou os fundamentos da decisão agravada e que o recurso inadmitido preenche os requisitos de
admissibilidade. Desse modo, dou provimento ao agravo e passo ao exame do recurso, nos termos do art. 36, §4º, do RI-TSE[2].

Conforme relatado, o TRE/SP manteve multa aplicada em primeiro grau ao recorrente, no valor de R$ 2.000,00, por entender
configurada propaganda eleitoral irregular pelo uso de bandeiras do candidato ao longo de via pública que dificultou a
circulação de pessoas no local.

A Corte a quo asseverou que, na espécie, se trata de infração instantânea e tem seus efeitos disseminados, o que revela
circunstância excepcional a impossibilitar o cumprimento do requisito de notificação do responsável para retirada da
propaganda.

Assentou, ainda, que as circunstâncias do caso concreto evidenciam o conhecimento prévio do recorrente acerca da
propaganda eleitoral irregular. Extrai-se do aresto (ID 520.935, fls. 5-6):

Como visto, o art. 37, §2º, inciso II, da Lei n. 9.504/97 permite a veiculação de propaganda eleitoral por meio de bandeiras ao
longo de vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos.
E, no caso, as imagens apresentadas junto da exordial (ID 1035500) demonstram que os cabos eleitorais portando bandeiras
estavam muito próximos das pessoas que assistiam àparada cívico-militar, dificultando, assim, a circulação das pessoas e o
acesso dos cidadãos interessados em ver o desfile.

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Destaca-se que, embora o recorrente alegue que há imagens na inicial que demonstrem que os cabos eleitorais que portavam
bandeiras não dificultaram a circulação de pessoas, também há imagens demonstrando, em certos momentos, a proximidade
dos cabos eleitorais portando bandeiras das pessoas que assistiam ao evento, dificultando a circulação destas e o acesso ao
evento.
Assim, restou caracterizada a realização de propaganda irregular pela utilização de bandeiras ao longo de vias públicas que
dificultam a circulação de pessoas.
[...]
No caso, deve-se asseverar a impossibilidade, em que veiculada propaganda irregular em local vedado, de realização de
notificação prévia para retirada do material, pois, diante das peculiaridades da conduta, a infração praticada éinstantânea e tem
seus efeitos disseminados.
Ademais, o recorrente, e beneficiário, tinha conhecimento do ocorrido, pois há imagens comprovando sua presença no local.
Assim, desnecessário, no caso em análise, a prévia notificação.
(sem destaques no original)

O entendimento da Corte a quo, de mitigar a regra prevista no art. 37, §1º, da Lei 9.504/97 –que exige como pressuposto para o
sancionamento a necessidade de notificar o responsável –, está em harmonia com a jurisprudência deste Tribunal Superior, que
já decidiu que esse requisito pode ser afastado quando se tratar de infração instantânea, em que não épossível regularizar a
publicidade ou restaurar o bem, o que torna despicienda, para incidir a sanção pecuniária, a prévia notificação do responsável.
Confiram-se:

[...] 1. “Derramamento de santinhos” em vias públicas próximas a locais de votação no dia do pleito, tal como reconheceu o
TRE/RR no caso dos autos, configura propaganda eleitoral irregular. Precedentes.
2. Nos termos do parágrafo único do art. 40-B da Lei 9.504/97, épossível a responsabilização pelo referido ato de publicidade
“se as circunstâncias e as peculiaridades do caso específico revelarem a impossibilidade de o beneficiário não ter tido
conhecimento da propaganda”. Precedentes.
3. A prévia notificação de que trata o §1º do art. 37 da Lei 9.504/97, para que o candidato retire material de propaganda e
restabeleça o bem público, pode ser mitigada a depender da particularidade do caso, quando já ocorrido o benefício eleitoral,
com quebra de isonomia entre os concorrentes que respeitaram as normas. Precedentes.
[...]
(AgR-REspe 1477-25/RR, de minha relatoria, DJE de 22/2/2018) (sem destaque no original)

[...] 3. Configura propaganda eleitoral irregular a distribuição de material de propaganda eleitoral no interior de templo religioso
(art. 37, §4º, da Lei nº 9.504/1997).
4. Trata-se de hipótese de infração instantânea a revelar situação excepcional, pois, uma vez realizada a distribuição dos
panfletos, não épossível, no caso, promover a regularização da publicidade ou a restauração do bem. Segundo a jurisprudência
do TSE, épossível a dispensa da prévia notificação prevista no art. 37, §1º, da Lei nº 9.504/1994 em razão de particularidades do
caso concreto.
[...]
(AgR-AI 7819-63/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJE de 3/2/2017) (sem destaques no original)

Nesse contexto, afastar a conclusão do Tribunal a quo quanto àconfiguração da propaganda irregular e àcircunstância de que o
candidato tinha conhecimento do ocorrido, demandaria, na espécie, reexame de fatos e provas, providência inviável em sede
extraordinária, a teor da Súmula 24/TSE.

Por fim, configurada a prática de propaganda irregular, nos termos do art. 37, §2º, I, da Lei 9.504/97, imperiosa a incidência da
multa prevista no §1º do mesmo dispositivo, que, no caso dos autos, foi aplicada no mínimo legal.

Desse modo, o acórdão regional não merece reparo.

Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 3 9

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso especial, nos termos do art. 36, §6º, do RI-TSE.

Publique-se. Intimem-se. Reautue-se.

Brasília (DF), 19 de fevereiro de 2019.

MINISTRO JORGE MUSSI


Relator
[1] Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso
comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros
equipamentos urbanos, évedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e
exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados.
§1º A veiculação de propaganda em desacordo com o disposto no caput deste artigo sujeita o responsável, após a notificação e
comprovação, àrestauração do bem e, caso não cumprida no prazo, a multa no valor de R$2.000,00 (dois mil reais) a
R$8.000,00 (oito mil reais).
§2º Não épermitida a veiculação de material de propaganda eleitoral em bens públicos ou particulares, exceto de:
I - bandeiras ao longo de vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e
veículos;
[2] Art. 36. [ omissis]
[...]
§4º O Tribunal Superior, dando provimento ao agravo de instrumento, estando o mesmo suficientemente instruído, poderá,
desde logo, julgar o mérito do recurso denegado [...].

Processo 0600026-76.2019.6.00.0000

AÇÃO CAUTELAR (12061) - 0600026-76.2019.6.00.0000 - COROADOS - SÃO PAULO RELATOR(A): MINISTRO(A) JORGE MUSSI
AUTOR: HELCIO CARRILHO SLAVEZ ADVOGADO: GUILHERME RODRIGUES CARVALHO BARCELOS - OAB/RS8552900A
ADVOGADO: ANDERSON DE OLIVEIRA ALARCON - OAB/DF37270 ADVOGADO: JUACY DOS SANTOS LOURA JUNIOR -
OAB/SP1732000A ADVOGADO: RENATO RIBEIRO DE ALMEIDA - OAB/SP3154300A ADVOGADO: VITOR ELIAS VENTURIN -
OAB/SP4081660A FISCAL DA LEI: Procurador Geral Eleitoral

PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO

Ficam as partes intimadas do teor do ato judicial exarado, no processo acima, pelo(a) Ministro(a) JORGE MUSSI.
Brasília, 1 de março de 2019.
RODRIGO MOREIRA DA SILVA Coordenadoria de Processamento

AÇÃO CAUTELAR Nº 0600026-76 (PJE) –CLASSE 12061 –COROADOS –SÃO PAULO

AÇÃO CAUTELAR. AGRAVO. RECURSO ESPECIAL. ELEIÇÕES 2016. DOAÇÃO. PESSOA FÍSICA. LIMITE LEGAL. NÃO OBSERVÂNCIA.
REEXAME. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA INDEFERIDA.
1. Embora a declaração retificadora garanta a possibilidade de correção dos dados pelo próprio contribuinte perante o fisco,

Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 4 0

para que tal documento surta efeitos perante a Justiça Eleitoral sua juntada deve ser apresentada na defesa ou na primeira
oportunidade em que couber àparte se manifestar, excetuando-se a comprovação de justo impedimento anterior, sob pena de
preclusão. Precedentes.
2. Na espécie, em exame prefacial, tem-se que o TRE/SP, por unanimidade, confirmou sentença em representação ajuizada pelo
Parquet contra o autor, fundamentada em doação eleitoral acima do limite de 10% previsto no art. 23, §1º, da Lei 9.504/97.
Consta dos autos que a declaração retificadora foi apresentada àReceita Federal apenas em 29/10/2018, quando já consumado
o julgamento da representação e do próprio recurso dirigido àCorte a quo, não se comprovando fato impeditivo àapresentação
tempestiva.
3. Desse modo, em primeira análise, descabe reenquadrar a natureza e a suposta regularidade da doação, pois a reforma do
decisum regional demandaria reexame de fatos e provas, providência inviável em sede de recurso especial, conforme disposto
na Súmula 24/TSE.
4. Tutela provisória de urgência indeferida.

DECISÃO

Trata-se de ação cautelar, com pedido de tutela provisória de urgência, ajuizada por Hélcio Carrilho Slavez, não eleito para o
cargo de prefeito de Coroados/SP nas Eleições 2016[1], objetivando atribuir efeito suspensivo a agravo interposto nos autos de
representação por doação acima do limite legal (RP 66-77).

Na origem, o Ministério Público Eleitoral propôs a representação com fundamento em doação eleitoral acima do máximo
previsto no art. 23, §1º, da Lei 9.504/97[2].

Em síntese, alegou que, nas Eleições 2016, o autor doou a quantia de R$ 68.609,00 ao Partido dos Trabalhadores (PT), valor
superior a 10% dos rendimentos auferidos pelo doador em 2015 e declarados àReceita Federal.

Em primeiro grau, o pedido foi julgado procedente, determinando-se o pagamento de multa no valor de cinco vezes o excesso
doado (art. 23, §3º, da Lei 9.504/97[3]), decisum que foi mantido pelo TRE/SP, por unanimidade.

Os aclaratórios opostos foram rejeitados.

Contra os acórdãos a quo, foi interposto recurso especial, a que se busca atribuir efeito suspensivo. Argumentou-se, em síntese,
que “a doação foi realizada na modalidade de autofinanciamento, ou seja, o candidato doou para sua própria campanha,
hipótese sobre a qual não incide tal limite” (ID 4.225.838).

Na cautelar em exame, o autor aponta presença do fumus boni iuris ao fundamento de que tem direito “a ter considerada a
declaração de ajuste de IRPF que elaborou, a fim de que seja afastada a condenação que lhe foi imposta” (ID 4.024.138, fl. 5).

Sustenta, quanto ao periculum in mora, o fato de que o TRE/SP imputou-lhe inelegibilidade, prevista no art. 1º, I, p, da LC
64/90.

Requer, liminarmente, atribuição de efeito suspensivo ao recurso especial, “para afastar a inelegibilidade imputada ao autor e
suspender a exigibilidade da multa imposta, enquanto não houver julgamento definitivo do mencionado recurso” (ID 4.024.138,
fl. 6).

Éo relatório. Decido.

A concessão de tutela provisória de urgência requer presença conjugada da plausibilidade do direito invocado e do perigo da
demora, estando ausente, no caso dos autos, o primeiro requisito.

Na espécie, em juízo perfunctório, não prospera o argumento de que o TRE/SP deveria considerar declaração retificadora de

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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 4 1

imposto de renda, modificando-se a conclusão posta no decisum e afastando-se a penalidade imposta.

Esta Corte Superior já definiu que “conquanto a declaração retificadora garanta a possibilidade de correção dos dados pelo
próprio contribuinte perante o fisco, para que tal documento surta efeitos perante a Justiça Eleitoral sua juntada deve ser
apresentada na defesa ou na primeira oportunidade em que couber àparte se manifestar, ressalvada a existência de justo
impedimento anterior, devidamente comprovado, consoante o disposto nos arts. 5º e 435 do CPC/2015, sob pena de
preclusão” (REspe 138-07/SP, redator para acórdão Ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, DJE de 2/5/2018).

Primo ictu oculi, verifica-se que, na espécie, a declaração retificadora foi apresentada àReceita Federal apenas em 29/10/2018,
quando já consumado o julgamento de mérito da representação e do próprio recurso dirigido ao TRE/SP, não se comprovando
fato impeditivo àapresentação tempestiva.

Também em juízo preliminar, não se pode enquadrar a doação como autofinanciamento, pois a Corte a quo expressamente
afastou essa tese e definiu que “o recorrente alega, mas não comprova, que o valor doado ao Partido dos Trabalhadores foi
totalmente revertido na própria campanha” (ID 4.024.288, fl. 4).

Em primeira análise, conclusão diversa demandaria reexame de fatos e provas, providência inviável em sede extraordinária
(Súmula 24/TSE).

Desse modo, inexistente fumus boni iuris, resta prejudicado o exame do periculum in mora.

Ante o exposto, indefiro a tutela provisória de urgência.

Cite-se o réu para, querendo, apresentar defesa.

Publique-se. Intimem-se.

Brasília (DF), 20 de fevereiro de 2018.

MINISTRO JORGE MUSSI


Relator
[1] Obteve 1.653 votos, ou 48,11% do total.
[2] Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, obedecido
o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009).
§1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos
pelo doador no ano anterior àeleição.
[3] A teor do texto que vigorava àépoca, verbis:
Art. 23. [...]
§3° A doação acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a
quantia em excesso, sem prejuízo de responder o candidato por abuso do poder econômico, nos termos do art. 22 da Lei
Complementar 64/1990.

Processo 0600559-46.2018.6.26.0000

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL (11549) - 0600559-46.2018.6.26.0000 - PIQUETE - SÃO PAULO RELATOR(A): MINISTRO(A) JORGE
MUSSI

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RECORRENTE: ROMULO KAZIMIERZ LUSZCZYNSKI ADVOGADO: HELIO BATISTA DE OLIVEIRA JUNIOR - OAB/SP2434800A
ADVOGADO: MARCIO GODOFREDO DE ALVARENGA - OAB/SP2240680A RECORRENTE: PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC do
B) - ESTADUAL ADVOGADO: DENIS VEIGA JUNIOR - OAB/SP8689300A RECORRIDO: SOLIDARIEDADE (SOLIDARIEDADE) -
ESTADUAL ADVOGADO: GUSTAVO SALUSTIANO DA SILVA - OAB/SP3815810A ADVOGADO: WILTON LUIS DA SILVA GOMES -
OAB/SP2207880A ADVOGADO: FATIMA CRISTINA PIRES MIRANDA - OAB/SP1098890A ADVOGADO: PRISCILA LIMA AGUIAR
FERNANDES - OAB/SP3129430A ADVOGADO: CRISTIANO VILELA DE PINHO - OAB/SP2215940A ADVOGADO: RUBENS CATIRCE
JUNIOR - OAB/SP3163060A ADVOGADO: GABRIEL BORGES LLONA - OAB/SP3806930A ADVOGADO: NATALIA CAROLINA BORGES -
OAB/SP2889020A ADVOGADO: ANA PAULA DE SOUSA - OAB/SP4011030A ADVOGADO: CARLOS ROBERTO ALVES LIRA JUNIOR -
OAB/SP4156470A ADVOGADO: FERNANDO DE JESUS SANTANA - OAB/SP3576040A ADVOGADO: JOAO MATHEUS VILELA
MARCONDES ROSSI - OAB/SP3524710A ADVOGADO: ANNA JULIA MENEZES RODRIGUES - OAB/SP3390040A ADVOGADO:
GABRIEL ANGELI PESATO - OAB/SP3299160A FISCAL DA LEI: Procurador Geral Eleitoral

PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO

Ficam as partes intimadas do teor do ato judicial exarado, no processo acima, pelo(a) Ministro(a) JORGE MUSSI.
Brasília, 28 de fevereiro de 2019.
RODRIGO MOREIRA DA SILVA Coordenadoria de Processamento

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0600559-46 (PJE) –CLASSE 1320


–PIQUETE –SÃO PAULO

AGRAVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE PERDA DE MANDATO ELETIVO POR DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA. RES.-TSE 22.610/2007.
DECADÊNCIA DO DIREITO DE AÇÃO. INOCORRÊNCIA. DESLIGAMENTO. JUSTA CAUSA. GRAVE DISCRIMINAÇÃO PESSOAL.
AUSÊNCIA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. Na espécie, o TRE/SP, por unanimidade, decretou a perda do mandato do primeiro recorrente, Vereador de Piquete/SP
eleito em 2016 pelo SOLIDARIEDADE, por não vislumbrar justa causa para sua migração para o PCdoB, o que ensejou recursos
especiais desta grei e do parlamentar.
2. Não ocorreu a decadência do direito de ação, pois, não obstante o trânsfuga tenha se filiado ao novo partido (PCdoB) em
10/3/2018, a grei originária (SOLIDARIEDADE) apenas tomou ciência do fato em 14/4/2018, marco inicial para a contagem do
prazo de 30 dias a que alude o art. 1º, §2º, da Res.-TSE 22.610/2007.
3. Cancelamento de curso profissionalizante, objeção da legenda ao interesse político do recorrente em se candidatar ao cargo
de deputado estadual em pleito vindouro e ausência de sua participação no diretório municipal não constituem graves atos
discriminatórios a justificar a infidelidade partidária. Precedentes.
4. Conclusão diversa esbarra no óbice da Súmula 24/TSE, que veda reexame de fatos e provas na instância extraordinária.
5. Recursos especiais a que se nega seguimento.

DECISÃO

Trata-se de dois agravos, sendo um interposto por Rômulo Kazimierz Luszczynski (Vereador de Piquete/SP eleito em 2016) e o
outro pelo Diretório Estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) contra decisão da Presidência do TRE/SP que inadmitiu
recurso especial contra acórdão assim ementado (ID 4.051.588):

AÇÃO DE PERDA DE MANDATO ELETIVO POR INFIDELIDADE PARTIDÁRIA. RESOLUÇÃO TSE Nº 22.610/2007. VEREADOR.
DECADÊNCIA AFASTADA. ALEGAÇÕES DE GRAVE DISCRIMINAÇÃO PESSOAL E MUDANÇA SUBSTANCIAL DO PROGRAMA
PARTIDÁRIO NÃO COMPROVADAS. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO, COM DETERMINAÇÃO.

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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 4 3

Na origem, o Diretório Regional do SOLIDARIEDADE ajuizou ação de perda de mandato eletivo por desfiliação partidária em
desfavor dos agravantes, nos termos do art. 1º da Res.-TSE 22.610/2007[1].

Alegou que Rômulo Kazimierz Luszczynski, após se eleger ao cargo de vereador em 2016 pelo SOLIDARIEDADE, filiou-se ao
PCdoB sem anuência da agremiação originária ou justa causa prevista no art. 1º, §1º[2], da referida resolução.

O TRE/SP, por unanimidade, julgou procedente o pedido para decretar a perda do mandato eletivo de Rômulo Kazimierz
Luszczynski por não vislumbrar, no caso dos autos, perseguição ou discriminação política ou mudança substancial do programa
do SOLIDARIEDADE que justificasse a troca de partido (ID 4.051.488).

Em seu recurso especial, o PCdoB arguiu, em resumo (ID 4.051.838):

a) as provas colhidas na instrução processual são fartas e demonstram a “[...] injusta perseguição sofrida pelo edil Rômulo
Kazimierz Luszczynski” (fls. 2-3), que foi impedido de compor a direção executiva municipal. Ademais, o presidente do
SOLIDARIEDADE cancelou curso profissionalizante que se realizaria no Município de Piquete, fruto de intenso trabalho do
vereador, o que causou prejuízos àsua imagem e credibilidade, denotando grave discriminação política;

b) “a testemunha Rodrigo Carvalho também foi taxativa no sentido de atestar o martírio do vereador Rômulo enquanto
membro do Solidariedade, ‘não tinha respaldo do partido’, ‘não tinha voz no partido’” (fl. 4);

c) dissídio pretoriano, pois o TRE/PE decidiu que “há grave discriminação política pessoal quando o parlamentar éexcluído
das deliberações da agremiação vindo a sofrer as respectivas consequências, tais como isolamento, falta de espaço e
representatividade a ele impostas”, hipótese similar àdos autos;

d) divergência jurisprudencial com aresto do TRE/CE em que se assentou haver grave discriminação oriunda de ameaça feita
por dirigentes partidários regionais de que o parlamentar não mais seria candidato por aquela legenda por ter denunciado, em
ato público, irregularidades em obras do Executivo.

Em petição subsequente (ID 4.051.888), o PCdoB aditou o apelo especial para incluir nas razões recursais novo fundamento.

Por sua vez, Rômulo Kazimierz Luszczynski arguiu em seu recurso especial, em resumo, o seguinte (ID 4.052.088):

a) em casos similares, outros tribunais regionais entenderam configurada grave descriminação política quando o
parlamentar éexcluído de deliberações partidárias;

b) a desfiliação do SOLIDARIEDADE ocorreu em 10/3/2018, ao passo que a demanda foi ajuizada apenas em 10/5/2018, ou
seja, após o prazo decadencial de 30 dias a que alude a Resolução 22.610/2007;

c) a despeito de ser o único vereador do SOLIDARIEDADE em Piquete/SP, nunca fez parte do diretório municipal, apesar de
inúmeras tentativas, o que demonstra a perseguição sofrida;

d) o presidente do diretório municipal cancelou curso profissionalizante que ocorreria na cidade, manobra que desgastou sua
imagem perante o eleitorado;

e) o SOLIDARIEDADE ameaçava impedi-lo de concorrer ao cargo de deputado estadual. Ademais, o obrigava a trabalhar na
campanha de Paulinho da Força para a reeleição a deputado federal, “o que ele não concordava, pois tinha um compromisso
moral com o Deputado Olimpio” (fl. 9);

f) “malgrado a mudança partidária, isso só ocorreu por culpa exclusiva dos dirigentes da legenda municipal que o deixavam

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de fora de qualquer deliberação, sofreu isolamento político e grave perseguição, ocorrendo assim a justa causa prevista nos
incisos III e IV do parágrafo único do art. 1º da Resolução 22.610/07 TSE” (fl. 10).

A Presidência do TRE/SP inadmitiu os apelos (ID 4.052.288), o que ensejou agravos no quais os fundamentos de referido
decisum foram impugnados (IDs 4.052.488 e 4.052.988).

O SOLIDARIEDADE apresentou contrarrazões aos agravos (ID 4.053.138).

A d. Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo não conhecimento dos agravos ou, subsidiariamente, pelo seu desprovimento (ID
4.352.738).

Éo relatório. Decido.

Verifico que os agravantes infirmaram os fundamentos da decisão agravada e que os recursos inadmitidos preencheram os
requisitos de admissibilidade. Desse modo, dou provimento aos agravos e passo ao exame dos recursos, nos termos do art. 36,
§4º, do RI-TSE[3].

De início, não conheço do pedido de aditamento formulado pelo Partido Comunista do Brasil (ID 4.051.888) diante da preclusão
consumativa operada com a interposição do seu apelo especial (ID 4.051.838). Com efeito, não cabe àparte impugnar o mesmo
aresto por mais de um recurso em observância ao princípio da unirrecorribilidade.

Analiso em conjunto os recursos especiais de Rômulo Kazimierz Luszczynski e do PCdoB por possuírem insurgências similares.

Na espécie, não ocorreu a decadência do direito de ação, pois, não obstante o trânsfuga tenha se filiado ao novo partido
(PCdoB) em 10/3/2018, a grei originária (SOLIDARIEDADE) apenas tomou ciência do fato em 14/4/2018, marco inicial para a
contagem do prazo de 30 dias a que alude o art. 1º, §2º, da Res.-TSE 22.610/2007[4]. Confira-se o acórdão a quo no ponto (ID
4.051.638, fl. 1):

No caso, o vereador Romulo se filiou ao PC do B em 10 de março de 2018 (ID 29818).


Não há prova de comunicação ao Partido Solidariedade, como determina o artigo 21, da Lei nº 9.096/95.
O cancelamento da filiação ao Solidariedade ocorreu, automaticamente, pelo sistema, em 14 de abril de 2018 (ID 29819).
O Solidariedade relata que ‘o Requerido surpreendeu o Requerente com sua desfiliação, concretizada quando da submissão da
listagem oficial, momento em que pode se verificar que o Requerido havia se filiado ao outro Requerido PC do B’ (ID 29814).
Considerando que o partido requerente tomou ciência da desfiliação em 14 de abril de 2018, éeste o marco inicial do prazo de
30 dias para a propositura da demanda.
Destarte, étempestiva a ação proposta em 10 de maio de 2018.
(sem destaques no original)

No tocante ao dissídio jurisprudencial, verifica-se que os recorrentes se limitaram a reproduzir as ementas, sem proceder ao
necessário cotejo analítico entre os julgados paradigmas e o aresto recorrido, procedimento que inviabiliza comprovar suposta
divergência, a teor da Súmula 28/TSE.

Quanto ao tema de fundo, o TRE/SP, por unanimidade, decretou a perda do mandato de Rômulo Kazimierz Luszczynski,
Vereador de Piquete/SP eleito em 2016 pelo SOLIDARIEDADE, por não vislumbrar justa causa para sua migração para o PCdoB.

Nos recursos especiais, reitera-se a ocorrência de grave discriminação pessoal apta a justificar a mudança de partido.

Todavia, a moldura fática regional não conduz a essa conclusão. A respeito do cancelamento de curso profissionalizante no

Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
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Município, o Presidente do Diretório Municipal do SOLIDARIEDADE, Carlos Manoel Ávila Santos, informou que a Secretaria do
Trabalho não o aprovou por falta de orçamento (ID 4.051.638, fl. 3):

Asseverou, ainda, que a Secretaria do Trabalho não o aprovou àépoca por falta de dotação orçamentária.
Apresentou certidão da Secretaria neste sentido (ID nº 1200901).
Relatou, ainda, que o requerido não havia atendido às orientações para inscrição no curso, a qual deveria ser realizada pela
Prefeitura.
Ao contrário, o próprio requerido providenciou inscrições.

Assinalou, ainda, que a forma como Rômulo Kazimierz se apropriou do curso gerou insatisfação entre os integrantes da grei,
mas que tal fato não se converteu em assédio político, ao contrário, a relação do vereador com a legenda sempre foi salutar. Éo
que se infere (ID 4.051.638, fl. 3):

As conversas pelo aplicativo whatsapp não comprovam a alegada perseguição política.


Demonstram descontentamento do Presidente do Órgão Municipal, Carlos Manoel Ávila Santos, quanto àforma como o
requerido Rômulo apropriou-se do curso.
Confira-se: “não foi cancelado o curso para prejudicar você e sim para deixar claro que não era uma conquista individual e sim
coletiva, do partido, do deputado, minha e sua” (ID nº 37764).
Publicação em rede social do requerido comprova a divulgação do curso como realização pessoal (ID nº 37766): “essa émais
uma vitória que consegui trazer a nossa querida cidade e não irei parar por aqui, vou em busca de muitos mais cursos e
benefícios para Piquete e a sua população”.
Ouvido em Juízo, sob o crivo do contraditório, Carlos Ávila afirmou que a relação do requerido com ele e com o partido era
positiva.
Disse, inclusive, ser amigo do requerido e tê-lo ajudado na campanha eleitoral de 2016.

Embora o episódio tenha causado suposta mácula na imagem do vereador perante o eleitorado local, como se afirma no
recurso, essa vicissitude éinerente ao exercício do mandato e caberia ao parlamentar contorná-la com métodos estratégicos,
jamais com sua infidelidade àagremiação pela qual foi eleito.

Também não caracteriza justa causa a objeção do SOLIDARIEDADE ao seu projeto político em se candidatar ao cargo de
deputado estadual em pleito vindouro, pois no âmbito interna corporis prevalece a autonomia partidária. Nesse sentido, confira-
se precedente deste Tribunal:

[...] 4. A eventual resistência interna a futura pretensão de concorrer àprefeitura ou a intenção de viabilizar essa candidatura
por outra sigla não caracterizam justa causa para a desfiliação partidária, pois a disputa e a divergência internas fazem parte da
vida partidária. [...]
(AgR-RO 51783-12/PI, Rel. Min. Marcelo Ribeiro, DJE de 1º/2/2011) (sem destaque no original)

O mandatário infiel busca, ainda, evidenciar suposta segregação pelo fato de nunca ter integrado o diretório municipal, mesmo
sendo o único vereador eleito pelo SOLIDARIEDADE. Contudo, conforme consta no aresto precedente, ele jamais manifestou
interesse nesse sentido, o que demonstra que a sua versão não se sustenta, por ser incompatível com os elementos de prova
colhidos. Extraio o seguinte excerto (ID 4.051.638, fl. 4):

Sustenta, de outro lado, o requerido, que “as perseguições foram tamanhas que mesmo sendo o único vereador do
Solidariedade no Município de Piquete, e por força do Estatuto Partidário, obrigatoriamente tinha que fazer parte do Diretório
Municipal, porém isso nunca ocorreu, em que pesem suas insistências àépoca”.
Todavia, o presidente Carlos Ávila afirmou que o requerido se filiou ao Solidariedade após a formação da Comissão Provisória
do partido e que, a despeito disso, o requerido não requereu a participação na referida comissão.
(sem destaque no original)

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Ressalte-se que conclusão diversa demandaria reexame de fatos e provas, providência incabível em sede extraordinária, a teor
da Súmula 24/TSE.

Assim, ausente justa causa para a desfiliação de Rômulo Kazimierz do SOLIDARIEDADE –partido que deu suporte àsua
candidatura ao cargo de vereador –, impõe-se manter a perda de seu mandato eletivo.

Desse modo, o acórdão regional não merece reparo.

Ante o exposto, nego seguimento aos recursos especiais, nos termos do art. 36, §6º, do RI-TSE.

Publique-se. Intimem-se. Reautue-se.

Brasília (DF), 26 de fevereiro de 2019.

MINISTRO JORGE MUSSI


Relator

[1] Art. 1º O partido político interessado pode pedir, perante a Justiça Eleitoral, a decretação da perda de cargo eletivo em
decorrência de desfiliação partidária sem justa causa.

[2] Art. 1º [ omissis]


§1º Considera-se justa causa:
I – incorporação ou fusão do partido;
II – criação de novo partido;
III – mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
IV – grave discriminação pessoal.

[3] Art. 36. [ omissis]


[...]
§4º O Tribunal Superior, dando provimento ao agravo de instrumento, estando o mesmo suficientemente instruído, poderá,
desde logo, julgar o mérito do recurso denegado [...].

[4] Art. 1º [ omissis]


[...]
§2º Quando o partido político não formular o pedido dentro de 30 (trinta) dias da desfiliação, pode fazê-lo, em nome próprio,
nos 30 (trinta) subsequentes, quem tenha interesse jurídico ou o Ministério Público Eleitoral.

Processo 0608954-27.2018.6.26.0000

AGRAVO DE INSTRUMENTO (1320) - 0608954-27.2018.6.26.0000 - SÃO PAULO - SÃO PAULO RELATOR(A): MINISTRO(A) LUÍS
ROBERTO BARROSO AGRAVANTE: O JACARE DE TANGA PROPAGANDA E MARKETING EIRELI Advogado do(a) AGRAVANTE:
CARMEN MARIA ROCA - SP1723090A AGRAVADO: KIM PATROCA KATAGUIRI Advogados do(a) AGRAVADO: PAULO HENRIQUE
FRANCO BUENO - SP3124100A, RUBENS ALBERTO GATTI NUNES - SP3065400A

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INTIMAÇÃO PARA CONTRARRAZÕES A AGRAVO REGIMENTAL


Considerando a interposição de agravo regimental, fica(m) a(s) parte(s) agravada(s) intimadas para apresentar contrarrazões,
no prazo de três dias.
KROL JHONATAN CARDOSO NERES DOS SANTOS Coordenadoria de Processamento
Processo 0603026-95.2018.6.26.0000

index: RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA (1347)-0603026-95.2018.6.26.0000-[Requerimento]-SÃO PAULO-AVARÉ


TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA (1347) Nº 0603026-95.2018.6.26.0000 (PJe) - AVARÉ - SÃO PAULO RELATOR:
MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO RECORRENTE: MARCELO JOSE ORTEGA ADVOGADO DO RECORRENTE: MARCELO JOSE
ORTEGA - SP4009820A DECISÃO:
Ementa: Direito eleitoral e processual civil. Recurso em mandado de segurança. Impetração que busca, por via indireta,
rescindir decisão judicial com trânsito em julgado. Negativa de seguimento. 1. Recurso ordinário interposto contra acórdão que
manteve o indeferimento da petição inicial do mandamus, devido àausência de demonstração de direito líquido e certo. 2. O
mandado de segurança foi impetrado contra decisão que indeferiu a expedição de certidão de quitação eleitoral, em razão de
sentença transitada em julgado que julgou não prestadas as contas do recorrente relativas às Eleições 2016. 3. Inexiste
ilegalidade na decisão impugnada, uma vez que, nos termos da Súmula nº 42/TSE, “a decisão que julga não prestadas as contas
de campanha impede o candidato de obter a certidão de quitação eleitoral durante o curso do mandato ao qual concorreu,
persistindo esses efeitos, após esse período, até a efetiva apresentação das contas”. O impetrante busca, por via indireta, a
rescisão da sentença que julgou suas contas não prestadas. 4. O mandado de segurança não éa via adequada para discutir
decisão transitada em julgado, nos termos do art. 5º, III, da Lei nº 12.016/2009 (Súmula nº 23/TSE). 5. Recurso em Mandado de
Segurança a que se nega seguimento.
1. Trata-se de recurso ordinário interposto por Marcelo José Ortega contra acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo
–TRE/SP que negou provimento ao agravo interno, mantendo decisão monocrática do relator, que indeferiu a petição inicial do
mandamus, por ausência de direito liquido e certo. O mandado de segurança foi impetrado contra decisão que indeferiu o
requerimento de emissão de certidão de quitação eleitoral pleiteado, na origem, pelo ora recorrente. O acórdão foi assim
ementado (ID 568362):
“AGRAVO INTERNO. MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO CONTRA R. DECISÃO QUE, EM REQUERIMENTO PROTOCOLADO
NO R. JUÍZO DA 17ª ZONA ELEITORAL DE AVARÉ, INDEFERIU O PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL.
CONTAS JULGADAS COMO NÃO PRESTADAS. INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE FLAGRANTE OU ABUSO DE PODER NO
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE QUITAÇÃO ELEITORAL. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO
INICIAL. INEXISTÊNCIA DE CIRCUNSTÂNCIA NOVA APTA A ALTERAR A SITUAÇÃO ANTERIOR. MANUTENÇÃO DA DECISÃO
AGRAVADA. RECURSO DESPROVIDO.”

2. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (ID 568367 e 568375).

3. No recurso, a parte alega que: (i) seu direito líquido e certo àobtenção da certidão de quitação eleitoral residiria na
apresentação regular e tempestiva de suas contas, não se justificando, portanto, o indeferimento da inicial; (ii) houve afronta ao
art. 68, §1º da Res.-TSE nº 23.463/2015, uma vez que sua prestação de contas estava instruída com documentação suficiente
para seu processamento e análise pela unidade técnica, de modo que não poderiam ter sido julgadas como não prestadas; (iii)
reapresentou suas contas, que foram aprovadas sem ressalva; (iv) basta a apresentação das contas para que se possa obter a
certidão de quitação eleitoral; e (v) a decisão regional diverge de julgados do TSE.

4. A Procuradoria-Geral Eleitoral manifestou-se pelo desprovimento do recurso ordinário (ID 1912038).

5. Éo relatório. Decido.

6. O recurso ordinário deve ter seguimento negado. Isso porque inexiste ilegalidade na decisão impugnada, que indeferiu a
expedição de certidão de quitação eleitoral, uma vez que o impetrante teve julgadas como não prestadas, por decisão judicial
transitada em julgado, suas contas de campanha relativas às Eleições 2016. Nos termos da Súmula nº 42/TSE, “a decisão que
julga não prestadas as contas de campanha impede o candidato de obter a certidão de quitação eleitoral durante o curso do
mandato ao qual concorreu, persistindo esses efeitos, após esse período, até a efetiva apresentação das contas”. O impetrante
busca, por via indireta, a rescisão da sentença que julgou suas contas não prestadas.

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7. Ocorre que, nos termos do art. 5º, III, da Lei nº 12.016/20091, a via mandamental não se presta àimpugnação de decisão
judicial com trânsito em julgado. No caso, a sentença que se pretende desconstituir transitou em julgado em 20.03.2017,
conforme certidão constante dos autos (ID 568338). Assim, não épossível analisar a pretensão do recorrente, nos termos da
Súmula nº 23/TSE, segundo a qual “não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado”.

8. Por fim, registro que, em 30.10.2018, neguei seguimento a recurso ordinário interposto pela mesma parte e sob os mesmos
fundamentos nos autos do RMS nº 0600934-47.2018.6.26.0000.

9. Diante do exposto, com base no art. 932, III, do CPC/20152 e no art. 36, §6º, do RITSE, nego seguimento ao recurso ordinário,
prejudicado o pedido efeito suspensivo.

Publique-se.

Brasília, 27 de fevereiro de 2019.

Ministro Luís Roberto Barroso


Relator

__________________ 1 Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: (...) III - de decisão judicial
transitada em julgado. 2 Art. 932. Incumbe ao relator: (...) III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não
tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
Processo 0608962-04.2018.6.26.0000

OF 10

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO (1320) Nº 0608962-04.2018.6.26.0000 (PJe) –SÃO PAULO –SÃO PAULO

Relator: Ministro Og Fernandes


Agravante: O Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli
Advogados: Carmen Maria Roca –OAB/SP 172309
Agravado: Kim Patroca Kataguiri
Advogados: Rubens Alberto Gatti Nunes –OAB/SP 306340 e outro

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DECISÃO

Eleições 2018. Agravo. Representação por propaganda eleitoral irregular na internet (Facebook). Pessoa jurídica. Art. 57-C, §1º,
I, da Lei nº 9.504/1997. Procedência nas instâncias ordinárias. Reexame de provas. Impossibilidade. Mantida a decisão
agravada. Negado seguimento ao agravo.

Kim Patroca Kataguiri ajuizou representação contra O Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli, Marcus Vinicius de Araujo
Dantas e Facebook Serviços Online do Brasil Ltda., com pedido de liminar, em razão de a primeira representada, pessoa jurídica,
ter compartilhado propaganda eleitoral, em sua página na rede social Facebook, em benefício de Marcus Vinicius (então
candidato a deputado federal), o que estaria em desacordo com a previsão contida no art. 57-C, §1º, I, da Lei nº 9.504/1997 (ID
2125588).
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo deferiu o pedido de medida liminar e determinou a remoção da postagem
impugnada (ID 2126188).
Após, o juiz auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo julgou improcedente a representação quanto aos representados
Marcus Vinicius de Araujo Dantas e Facebook e a julgou parcialmente procedente quanto àrepresentada O Jacaré de Tanga
Propaganda e Marketing Eireli (ID 2127788), aplicando-lhe a multa prevista no §2º do art. 24 da Res.-TSE nº 23.551/2017, no
valor de R$ 5.000,00.
Foram opostos embargos de declaração (ID 2127888), os quais foram rejeitados (ID 2128088).
O Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli interpôs recurso eleitoral (ID 2128238), o qual não foi conhecido pelo TRE/SP,
por entender que o recorrente inovou em sua postulação recursal. O aresto ficou assim ementado (ID 2128788):
RECURSO ELEITORAL –REPRESENTAÇÃO –Propaganda eleitoral veiculada por pessoa jurídica –Violação do disposto no art.
57-C, §1º, inc. I, da Lei nº 9.504/97 –Aplicação de multa –Inovação da tese formulada pelo recorrente em recurso
–Impossibilidade –Recurso não conhecido.
Apesar disso, a Corte regional analisou a matéria de fundo e consignou que “[...] a tese arguida no recurso não poderia ser
acolhida, ante a falta de prova. Com efeito, apesar de alegar, a recorrente não demonstrou que éuma empresa jornalística, não
havendo qualquer prova neste sentido”(ID 2128788).
Foram opostos embargos de declaração (ID 2129038), os quais foram rejeitados (ID 2129388).
Inconformada, a representada interpôs recurso especial (ID 2129638), que foi inadmitido pela Presidência do TRE/SP, com
suporte no Enunciado Sumular nº 24 do Tribunal Superior Eleitoral (ID 2129738).
Sobreveio, então, o presente agravo, no qual a parte sustenta que seu recurso não demanda o reexame de provas (ID 2129888).
Argumenta que o apelo nobre pretende debater matéria exclusivamente de direito –não aplicação do princípio da inovação
recursal, por ter o recurso eleitoral tratado exclusivamente da inaplicabilidade do disposto no art. 57-C, §1º, I, da Lei n°
9.504/1997 –, motivo pelo qual, segundo defende, não seria aplicável o princípio da inovação recursal.
No ponto, alega que, em razão de a empresa ter cunho jornalístico, a veiculação da matéria impugnada não poderia se
enquadrar na vedação do art. 57-C, §1º, I, da Lei das Eleições.
Ao final, requer seja conhecido e provido o agravo, para que seja conhecido o recurso especial e a ele seja dado provimento,
reformando-se o acórdão do TRE/SP.
Kim Patroca Kataguiri apresentou contraminuta ao agravo (ID 2130038) e contrarrazões ao recurso especial (ID 2130088).
A Procuradoria-Geral Eleitoral se manifestou pelo desprovimento do agravo (ID 3213988).
Éo relatório. Passo a decidir.
Verifica-se a tempestividade do agravo, o interesse, a legitimidade e a subscrição por advogada regularmente constituída.
No entanto, o apelo não merece ter seguimento.
A agravante insiste na tese de que, na origem, não teria ocorrido inovação recursal, por ter o recurso eleitoral tratado
exclusivamente da inaplicabilidade do disposto no art. 57-C, §1º, I, da Lei n° 9.504/1997, tendo em vista que a propaganda

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eleitoral teria sido veiculada por blogue ou sítio eletrônico mantido por jornalista, o que, segundo afirma, seria matéria
unicamente de direito e poderia ser conhecida na instância recursal.
Por oportuno, transcrevo o seguinte excerto extraído da decisão agravada quanto ao ponto (ID 2129738):
Argumenta que em razão de possuir cunho jornalístico, a veiculação da matéria impugnada não poderia se enquadrar na
vedação do artigo 57-C, §1º, I, da Lei nº 9.504/97, afrontando a garantia da liberdade de expressão jornalística. Sustentou
ainda, que toda as questões [ sic] de fato foram ventiladas nos autos e, deste modo, não procede o fundamento de que houve
inovação de tese recursal.
Todavia, constata-se da leitura do acórdão que essa matéria foi arguida somente no recurso, constituindo inovação de tese.
(grifos acrescidos)
Destaco, ainda, o seguinte excerto retirado do acórdão regional (ID 2128788):
De fato, as razões recursais não atacaram os fundamentos da decisão monocrática, sendo certo que a única tese nele veiculada
só foi deduzida em sede recursal.
Com efeito, as razões da recorrente fundam-se na alegada ausência de violação ao disposto no inc. I do §1º do art. 57-C da lei
nº 9.504/97, que veda a realização de propaganda eleitoral por pessoa jurídica, por se tratar de empresa que
realiza atividade jornalística.
Ocorre que tal questão não havia sido ventilada até o momento nem foi analisada na sentença, tratando-se de nítida inovação
recursal e patente dissociação dos fundamentos do decisório, com os quais não guardam vinculação lógica.
No caso, a recorrente notadamente inovou em sua postulação recursal ao alegar que, no caso em comento, não haveria
violação ao disposto no inc. I do §1º do art. 57-C da lei nº 9.504/97 para empresas que exerçam atividade jornalística ou serviço
de imprensa, questão que até então não havia sido ventilada.
O art. 1.014, do novo Código de Processo Civil, autoriza que questões não ventiladas em primeiro grau sejam suscitadas na
apelação somente se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior, o que não éo caso dos autos.
Neste sentido:
A apelação tem por objeto aquilo que foi decidido pela sentença. O recurso pode ataca-la [ sic] no todo ou em parte (art. 1.002,
CPC). Não se admitem no juízo de apelação, a inovação de causa de pedir estranha ao processo –não decidida, portanto, pela
sentença. (MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo código de processo civil. 3ª ed. São
Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2017, p, 1089).
Da mesma forma, não há se falar em questões relativas a direito ou fato superveniente, matérias reconhecíveis de ofício ou que
possam ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição (art. 342, do novo Código de Processo Civil). (grifos acrescidos)
Portanto, a agravante somente alegou, nas razões do recurso eleitoral, que a empresa O Jacaré de Tanga Propaganda e
Marketing Eireli exerce atividade jornalística ou serviço de imprensa, o que se trata de matéria fática, e não de matéria de
direito. Assim, caracteriza, de fato, inovação recursal, tal como assentado pela Corte de origem.
Ainda assim, o TRE/SP enfrentou o tema de fundo e assentou que a sociedade empresária não comprovou que sua atividade
éde jornalismo. Confira-se, por pertinente, o seguinte trecho extraído do acórdão regional (ID 2128788):
[...] Ainda que assim não fosse, e a questão viesse a ser analisada, a tese arguida no recurso não poderia ser acolhida, ante a
falta de prova.
Com efeito, apesar de alegar, a recorrente não demonstrou que éuma empresa jornalística, não havendo qualquer prova neste
sentido.
De fato, embora tenha demonstrado que uma administradora e um editor da página no Facebook “O Jacaré de Tanga” são
jornalistas, tal fato não tem o condão de tornar a recorrente uma empresa "jornalística".
Vale destacar que, nos IDs 1138106 e 1138107, constam a ficha cadastral na JUCESP e o comprovante de inscrição na Receita
Federal da empresa recorrente, nos quais são informados os seguintes objetos sociais: “provedores de acesso às redes de
comunicações; marketing direto; agências de publicidade”. (grifos acrescidos)
Além disso, a Corte regional concluiu que houve compartilhamento no Facebook de propaganda eleitoral pela pessoa jurídica O
Jacaré de Tanga Propaganda e Marketing Eireli (ID 2128788):
Contudo, no caso dos autos, trata-se de compartilhamento de uma publicação na página da empresa representada no
Facebook, na qual o nome do candidato representado, Marcus Dantas, aparece, junto àqualificação “candidato a dep. Federal”
e ao número com o qual concorre àvaga na Câmara dos Deputados, com os dizeres “A esquerda tem medo de mim porque sabe
que vou acabar com o sistema corrupto de poder” sobrepostos a uma imagem de Jair Bolsonaro, e acompanhados da seguinte
mensagem: “Vai ser no primeiro turno”.
Destaca-se que o cunho eleitoreiro da publicação atacada énotório não só pelo seu conteúdo, mas também porque quem
postou inicialmente o conteúdo compartilhado foi o próprio candidato representado, Marcus Dantas .
Colocadas tais premissas, a mensagem veiculada, ainda que de modo subliminar, promoveu o então candidato e pretendeu

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gerar assim, estímulo para o eleitor nele votar, notadamente por meio da facilitação do acesso a sua página no Facebook, o que
configura propaganda eleitoral. (grifos acrescidos)
No particular, a decisão agravada consignou a incidência do Enunciado Sumular nº 24 do TSE (ID 2129738):
De todo modo, ainda que o Colegiado tenha enfrentado a questão, assentou que, apesar de alegar, a recorrente não
demonstrou que éuma empresa jornalística, não havendo qualquer prova neste sentido.
Nesse contexto, qualquer juízo diverso demandaria o reexame do arcabouço fático-probatório dos autos, o que não se admite
em sede de recurso especial, a teor do enunciado sumular nº 24 do Tribunal Superior Eleitoral. (grifos acrescidos)
O parecer da PGE foi também nesse mesmo sentido (ID 3213988):
24. Evidencia-se do excerto acima transcrito que restou assentado pelo acórdão recorrido, soberano no exame do acervo
probatório, de que a sociedade empresária ora agravada veiculou propaganda eleitoral, em site de pessoa jurídica que tem
como objeto social as atividades: “provedores de acesso às redes de comunicações; marketing direto; agências de publicidade”.
25. Desse modo, assentado no acórdão recorrido a ocorrência de veiculação de propaganda eleitoral em site de pessoa jurídica,
afastar tal conclusão e aventar eventual transgressão àlei, seria necessário adentrar o acervo fático-probatório e substituir o
que assentado, o que évedado na estreita via do especial, nos termos do Enunciado n.º 24 da súmula do TSE.
26. Tal fato, per se, éfundamento suficiente para afastar a pretensão do ora agravante de que éempresa jornalística e, portanto,
sua conduta estaria amparada pela liberdade de expressão. (grifos acrescidos)
Assim, para alterar a conclusão do TRE/SP de que foi veiculada propaganda eleitoral na internet, na página da pessoa jurídica O
Jacaré de Tanga, a qual não comprovou ser uma empresa jornalística, seria necessário analisar o conteúdo probatório, o que,
contudo, évedado nesta instância, nos termos do Enunciado nº 24 da Súmula do TSE, tal como assentado na decisão agravada.
Ante o exposto, com base no art. 36, §6º, do Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral, nego seguimento ao agravo.
Publique-se e intimem-se.
Brasília, 28 de fevereiro de 2019.

Ministro Og Fernandes
Relator

Processo 0600736-33.2018.6.00.0000

PETIÇÃO (1338) - 0600736-33.2018.6.00.0000 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL RELATOR(A): MINISTRO(A) ROSA WEBER
REQUERENTE: PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT) - NACIONAL ADVOGADO: BRENO BERGSON SANTOS - OAB/SE4403000A
ADVOGADO: MIGUEL FILIPI PIMENTEL NOVAES - OAB/DF5746900A ADVOGADO: RACHEL LUZARDO DE ARAGAO -
OAB/DF5666800S ADVOGADO: FERNANDO ANTONIO DOS SANTOS FILHO - OAB/DF3793400S ADVOGADO: ANGELO LONGO
FERRARO - OAB/SP2612680S ADVOGADO: ANDREA HELENA COSTA - OAB/DF20128 ADVOGADO: EUGENIO JOSE GUILHERME DE
ARAGAO - OAB/DF004935 ADVOGADO: MARCELO WINCH SCHMIDT - OAB/DF5359900A FISCAL DA LEI: Procurador Geral
Eleitoral

PUBLICAÇÃO DE INTIMAÇÃO

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Ficam as partes intimadas do teor do ato judicial exarado, no processo acima, pelo(a) Ministro(a) ROSA WEBER.
Brasília, 1 de março de 2019.
RODRIGO MOREIRA DA SILVA Coordenadoria de Processamento

PETIÇÃO (1338) Nº 0600736-33.2018.6.00.0000 (PJe) –BRASÍLIA –DISTRITO FEDERAL

Relatora: Ministra Rosa Weber


Requerente: Partido dos Trabalhadores (PT) –Nacional
Advogados: Marcelo Winch Schmidt e outros

Eleições 2018. Res.-TSE nº 23.547/2017. Representações, reclamações e pedidos de resposta. Feitos que tramitam
exclusivamente no PJe. Comunicação das decisões cumulativativamente por e-mail, WhatsApp e mural eletrônico.
Incompatibilidade com a celeridade processual. Confirmação eletrônica de recebimento da mensagem. Desnecessidade. Art. 8º,
§3º, da Res.-TSE nº 23.547/2017. Ultimadas as eleições de 2018, éde se reconhecer prejudicado o pedido.

DECISÃO

Vistos etc.
Trata-se de petição (ID 289098) do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) pela qual requer sejam todas as
comunicações processuais –citações e intimações –feitas por publicação em mural eletrônico e, cumulativamente, por e-mail
ou WhatsApp, nos termos do art. 8º, §1º, da Res.-TSE nº 23.547/2017[1], bem assim seja considerada válida a ciência do
patrono, nas comunicações por e-mail ou WhatsApp, somente após a confirmação de recebimento da mensagem ou de sua
efetiva leitura.
Manifestação da Coordenadoria de Processamento da Secretaria Judiciária deste Tribunal Superior (Informação nº 20
CPRO/SJD), pela inviabilidade do pedido (ID 294226).
Distribuídos os autos ao Ministro Luiz Fux, Relator das Instruções 2018, nos termos da Portaria-TSE nº 582/2017, conforme
certidão da Secretaria Judiciária (ID 289102), vieram-me conclusos, ante a minha assunção àPresidência.
Éo relatório.
Decido.
De plano, observo incompatível a sistemática pretendida com a celeridade processual que se busca no período que antecede o
pleito, considerada a urgência na tramitação dos feitos relativos a representações, reclamações e pedidos de direito de resposta
durante o período eleitoral, ocasião em que as comunicações processuais passam a ser realizadas por meio eletrônico, na
sistemática prevista na Res.-TSE nº 23.547/2017[2], segundo a qual “considerar-se-á citado o representado,
independentemente de registro eletrônico da ciência (art. 8º, §3º).
De mais a mais, ultimadas as eleições de 2018, éde se reconhecer prejudicado o pedido.
Ante o quadro, nada a deferir.
Publique-se.
Brasília, 19 de fevereiro de 2019.
Ministra ROSA WEBER
Presidente
[1] Art. 8º. Recebida a petição inicial, a Secretaria Judiciária providenciará a imediata citação do representado,
preferencialmente por meio eletrônico, para, querendo, apresentar defesa no prazo de 2 (dois) dias, exceto quando se tratar de
pedido de direito de resposta, cujo prazo será de 1 (um) dia.

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§1º No período compreendido entre 15 de agosto e a data-limite para a diplomação dos eleitos, a citação do candidato, do
partido político ou da coligação será encaminhada, preferencialmente, para um dos meios de comunicação eletrônica
previamente cadastrados no pedido de registro de candidatura, iniciando-se o prazo na data de entrega da citação.

[2] Art. 2º. Os tribunais eleitorais designarão, até o dia 19 de dezembro do ano anterior àeleição, dentre os seus integrantes
substitutos, três juízes auxiliares aos quais competirá a apreciação das representações e dos pedidos de direito de resposta (Lei
nº 9.504/1997, art. 96, §3º).
§1º Os processos previstos nesta resolução serão autuados na classe Representação (Rp) e tramitarão exclusivamente no
Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe).

Processo 0600424-57.2018.6.00.0000

index: PRESTAÇÃO DE CONTAS (11531)-0600424-57.2018.6.00.0000-[Prestação de Contas - De Exercício Financeiro]-DISTRITO


FEDERAL-BRASÍLIA
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
PRESTAÇÃO DE CONTAS (11531) Nº 0600424-57.2018.6.00.0000 (PJe) - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL
Relator: Ministro Edson Fachin
Requerente: Partido Comunista do Brasil (PC do B) –Nacional
Advogados: Oliver Oliveira Sousa - OAB/DF57888, João Aparecido da Silva Brasil - OAB/SP325075, Paulo Machado Guimarães -
OAB/DF5358
Responsável: Luciana Barbosa de Oliveira Santos
Responsável: Ronald Cavalcanti Freitas
DESPACHO

Trata-se de prestação de contas, referente ao exercício financeiro de 2017, apresentada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do
B).
A Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do Tribunal Superior Eleitoral (Asepa) apresentou a Informação nº
24/2019 consistente no exame preliminar das contas da agremiação, na qual solicita autorização para aplicação da técnica de
circularização e sugere a intimação do partido e responsáveis para que atendam às diligências propostas (ID 5341788).
Autorizo a Asepa a aplicar a técnica de circularização quanto aos valores declarados pelo partido, nos termos do art. 35, §3º, I a
IV, da Res.-TSE nº 23.464/2015.
Intimem-se o partido e os responsáveis para que providenciem o cumprimento das diligências indicadas no item 6, letras “a” a
“g” da Informação nº 24/2019-Asepa (ID 5341788), no prazo de 20 (vinte) dias, nos termos do art. 34, §3º, da Resolução nº
23.464/2015.
Após, remetam-se os autos àAsepa.
Publique-se. Brasília, 20 de fevereiro de 2019. Ministro EDSON FACHIN Relator
Processo 0601274-14.2018.6.00.0000

REPRESENTAÇÃO (11541) - 0601274-14.2018.6.00.0000 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL RELATOR(A): MINISTRO(A) LUIZ EDSON
FACHIN REPRESENTANTE: COLIGAÇÃO O POVO FELIZ DE NOVO Advogados do(a) REPRESENTANTE: RACHEL LUZARDO DE
ARAGAO - DF5666800S, MIGUEL FILIPI PIMENTEL NOVAES - DF5746900A, MARCELO WINCH SCHMIDT - DF5359900A,
FERNANDO ANTONIO DOS SANTOS FILHO - DF3793400S, EUGENIO JOSE GUILHERME DE ARAGAO - DF004935, ANGELO LONGO
FERRARO - SP2612680S REPRESENTADO: DIEGO ESCOSTEGUY ZERO, NILSON MARTINS, CARLA ZAMBELLI SALGADO, PESSOA
RESPONSÁVEL PELA PÁGINA REPÚBLICA DE CURITIBA, PESSOA RESPONSÁVEL PELA PÁGINA FOLHA POLÍTICA, FACEBOOK
SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA., TWITTER BRASIL REDE DE INFORMACAO LTDA, PESSOA RESPONSÁVEL PELA PÁGINA NAS
RUAS Advogado do(a) REPRESENTADO: Advogado do(a) REPRESENTADO: Advogados do(a) REPRESENTADO: ANNA JULIA
MENEZES RODRIGUES - SP3390040A, JOAO MATHEUS VILELA MARCONDES ROSSI - SP3524710A, FERNANDO DE JESUS
SANTANA - SP3576040A, CARLOS ROBERTO ALVES LIRA JUNIOR - SP4156470A, ANA PAULA DE SOUSA - SP4011030A, NATALIA
CAROLINA BORGES - SP2889020A, GABRIEL BORGES LLONA - SP3806930A, RUBENS CATIRCE JUNIOR - SP3163060A, PRISCILA
LIMA AGUIAR FERNANDES - SP3129430A, CRISTIANO VILELA DE PINHO - SP2215940A, FATIMA CRISTINA PIRES MIRANDA -
SP1098890A, WILTON LUIS DA SILVA GOMES - SP2207880A, TONY FERREIRA DE CARVALHO ISSAAC CHALITA - SP3448680A

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Advogado do(a) REPRESENTADO: Advogado do(a) REPRESENTADO: Advogados do(a) REPRESENTADO: DAFNY FONTENELE
TEIXEIRA DE OLIVEIRA - DF50892, PEDRO GABRIEL MATOS LIMA - PA20498, LORENA ARAUJO MATOS - DF58420, PAULA
SARTORI MACEDO - DF57266, IVY BERGAMI GOULART BARBOSA - DF52706, GABRIEL DA SILVA PIRES DE SA - DF34675, THALLES
ANDRADE LEITE - DF50403, RAFAEL DE OLIVEIRA SOARES - DF36375, NATALIA ALVES BARBOSA - DF42930, BRUNO ALEXANDRE
LOURENCO - DF46270, BRUNO RODRIGUES TEIXEIRA DE LIMA - DF31591, NATASHA PEREIRA WIEDMANN - DF38544, SANDRA
ARLETTE MAIA RECHSTEINER - DF23606, MARCELO GOMES DE FARIA - DF25395, CLAUDIO COELHO DE SOUZA TIMM - DF16885,
SILVIA MARIA CASACA LIMA - SP3071840A, PRISCILA PEREIRA SANTOS - SP3106340A, CAMILA DE ARAUJO GUIMARAES -
SP3333460A, NATALIA TEIXEIRA MENDES - SP3173720A, PRISCILA ANDRADE - SP3169070A, RODRIGO MIRANDA MELO DA
CUNHA - SP2662980A, JANAINA CASTRO FELIX NUNES - SP1482630A, CARINA BABETO CAETANO - SP2073910A, CELSO DE
FARIA MONTEIRO - SP1384360A, RODRIGO RUF MARTINS - SP2876880A, RICARDO TADEU DALMASO MARQUES - SP3056300A,
MILA DE AVILA VIO - SP1950950A, ISABELA BRAGA POMPILIO - DF14234 Advogados do(a) REPRESENTADO: VICTOR RAWET
DOTTI - SP3908420A, TALLY SMITAS - SP4066200A, MATHEUS CHUCRI DOS SANTOS - SP3284240A, MARIO COSAC OLIVEIRA
PARANHOS - SP3428370A, MARCIO DE OLIVEIRA JUNQUEIRA LEITE - SP1878480A, JOSE MAURO DECOUSSAU MACHADO -
SP1731940A, JOAO ANTONIO FAUZA PARREIRA - SP4085130A, GUSTAVO GONCALVES FERRER - DF37021, GIOVANNA DE
ALMEIDA ROTONDARO - SP3848050A, CIRO TORRES FREITAS - SP2082050A, CARLOS EDSON STRASBURG JUNIOR - SP2462410A,
BARBARA AMANDA VILELA - SP3904890A, ANDRE ZONARO GIACCHETTA - SP1477020A Advogado do(a) REPRESENTADO:
INTIMAÇÃO PARA CONTRARRAZÕES A EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Considerando a oposição de embargos de declaração, fica(m) a(s) parte(s) embargada(s) intimadas para apresentar
contrarrazões, no prazo de um dia.
KROL JHONATAN CARDOSO NERES DOS SANTOS Coordenadoria de Processamento
Processo 0601533-09.2018.6.00.0000

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL


ACÓRDÃO
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 0601533-09.2018.6.00.0000 –SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA –RIO DE JANEIRO
Relator: Ministro Og Fernandes
Suscitante: Juízo da 34ª Zona Eleitoral de Santo Antônio de Pádua/RJ
Suscitado: Juízo da 315ª Zona Eleitoral de Juiz de Fora/MG

ELEIÇÕES 2016. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. REPRESENTAÇÃO. DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE LEGAL. PESSOA FÍSICA.
COMPETÊNCIA DO JUÍZO ELEITORAL DO DOMICÍLIO CIVIL DO DOADOR. PRECEDENTES DO TSE. FIXADA A COMPETÊNCIA DO
Juízo da 34ª ZE/RJ.
1. A representação eleitoral contra pessoa física, por descumprimento do art. 23 da Lei nº 9.504/1997 –doação acima do limite
legal –deve ser ajuizada perante o Juízo eleitoral responsável pela circunscrição do domicílio civil do doador. Precedentes.
2. Embora o vigente diploma processual civil estabeleça que a competência relativa será prorrogada se o réu não alegar a
incompetência em preliminar de contestação, bem como apregoa não ser possível ao juiz conhecer, de ofício, eventual
incompetência relativa, a Res.-TSE nº 23.478/2016 –que estabelece diretrizes gerais para a aplicação do CPC/2015 no âmbito
desta Justiça Eleitoral –dispõe que as normas aplicáveis a este ramo especializado do Poder Judiciário devem considerar as
especificidades e peculiaridades inatas ao processo eleitoral, tendo ficado estabelecido, de forma expressa, que as regras do
referido código possuem caráter supletivo e subsidiário em relação aos feitos que tramitam nesta Justiça Eleitoral e somente
serão aplicáveis se houver compatibilidade sistêmica.
3. A utilização do local do domicílio civil do doador como critério definidor da competência para apreciar representação
eleitoral por doação acima do limite legal realizada por pessoa física tem por premissa assegurar, de forma mais efetiva, a
ampla defesa e o acesso àJustiça daquele que figura no polo passivo da representação.
4. No caso, éincontroverso que o representado possui domicílio civil no Município de Santo Antônio de Pádua/RJ.
5. Conflito de competência conhecido para fixar a competência do Juízo da 34ª ZE/RJ.

Acordam os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, em conhecer do conflito de competência e fixar a
competência do Juízo da 34ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro para processar e julgar a representação por doação acima do
limite legal ajuizada contra Ivan Faria da Costa, nos termos do voto do relator.
Brasília, 12 de fevereiro de 2019.

MINISTRO OG FERNANDES – RELATOR

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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 5 5

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO OG FERNANDES: Senhora Presidente, na origem, o Ministério Público Eleitoral ajuizou, perante o Juízo da
315ª Zona Eleitoral de Minas Gerais, que abrange o Município de Juiz de Fora, a Representação Eleitoral no 36-
08.2017.6.13.0315/MG, por doação acima do limite legal, em desfavor de Ivan Faria da Costa, por suposta violação ao art. 23 da
Lei nº 9.504/1997.
Após o recebimento da representação e a determinação de diligências, sobreveio informação do respectivo cartório eleitoral
dando conta de que o representado possui domicílio eleitoral na 112ª ZE/RJ, referente ao Município de Miracema/RJ, motivo
pelo qual se declinou da competência para esse último juízo, sendo-lhe remetido o feito.
O Juízo da 112ª ZE/RJ, por sua vez, ao asseverar que o representado possui domicílio civil no Município de Santo Antônio de
Pádua/RJ, concluiu ser este o competente para processar e julgar a representação eleitoral. Dessa forma, determinou a remessa
do feito ao Juízo da 34ª ZE/RJ.
Ao receber o feito, o Juízo eleitoral de Santo Antônio de Pádua/RJ suscitou conflito negativo de competência a este Tribunal
Superior, ao argumento de que, uma vez que o demandado, Ivan Faria da Costa, no momento da apresentação de sua defesa na
RP no 36-08/MG, não alegou preliminar de incompetência do Juízo da 315ª ZE/MG (Juiz de Fora), tem-se por operada a
preclusão consumativa dessa matéria, em virtude da prorrogação de competência, conforme dispõe o art. 65, caput, do
CPC/2015. Na ocasião, também se afirmou que (ID 445044, fl. 35):
[...] ainda que se entenda de modo diverso, isto é, pela possibilidade de haver deslocamento da competência ante a mudança
de endereço do demandado, o Juízo da 315ª Zona Eleitoral não poderia, de ofício, ter reconhecido sua incompetência, por esta
ser relativa, nos termos da Súmula nº 33/STJ e do art. 337, §5º, do CPC/2015.
Instada a se manifestar, a PGE opinou “pela fixação da competência do Juízo da 34ª Zona Eleitoral de Santo Antônio de
Pádua/RJ” (ID 532523, fl. 4).
Éo relatório.

VOTO

O SENHOR MINISTRO OG FERNANDES (relator): Senhora Presidente, de início, ressalta-se que compete ao Tribunal Superior
Eleitoral, nos termos do art. 22, I, b, do Código Eleitoral, processar e julgar, originalmente, conflitos de jurisdição entre tribunais
regionais eleitorais e juízes eleitorais de estados diferentes.
A controvérsia cinge-se em definir o juízo competente para processar e julgar a representação por doação de recursos acima do
limite legal proposta em desfavor de pessoa física, nos termos do art. 1º, I, p, da Lei Complementar nº 64/1990, considerado
que, na espécie, os domicílios civil e eleitoral do doador são diversos.
No caso, o Juízo da 315ª ZE/MG, suscitado, declarou, de ofício, a incompetência para processar e julgar o feito e determinou a
remessa ao Juízo da 112ª ZE/RJ, ao argumento de que o demandado, Ivan Faria da Costa, possui domicílio eleitoral no
Município de Miracema/RJ. O Juízo da 112ª ZE/RJ, por sua vez, ao asseverar que o representado possui domicílio civil no
Município de Santo Antônio de Pádua/RJ, remeteu o feito para o Juízo da 34ª ZE/RJ, ora suscitante.
Conforme relatado, ao suscitar o presente conflito negativo de competência, o Juízo da 34ª ZE/RJ argumentou que, na espécie,
ocorreu a prorrogação da competência do Juízo da 315ª ZE/MG (Juiz de Fora), na medida em que o demandado não suscitou
preliminar de incompetência relativa no momento da apresentação de sua defesa na RP no 36-08/MG, bem como pelo fato de
não ser possível ao juízo declarar de ofício sua incompetência relativa.
De fato, extrai-se do CPC/2015 que a competência relativa será prorrogada se o réu não alegar a incompetência em preliminar
de contestação, bem como que não poderá o juiz conhecer de ofício eventual incompetência relativa para apreciar a causa que
lhe foi submetida. Confira-se:
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Art. 337. [...]
§5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas
neste artigo.
Também não se desconhece que, segundo o Enunciado nº 33 da Súmula do STJ, “a incompetência relativa não pode ser
declarada de ofício”.
A Res.-TSE nº 23.462/2015 –que dispõe sobre as representações previstas na Lei nº 9.504/1997 para as eleições de 2016 –assim
estatui:
Art. 22, §2º O Juízo Eleitoral do domicílio civil do doador será o competente para processar e julgar as representações por

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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 5 6

doação de recursos para campanha eleitoral acima do limite legal de que trata o art. 23 da Lei nº 9.504/1997.
Acerca da matéria, pacífica éa jurisprudência deste Tribunal Superior de que a competência para processar e julgar a
representação por doação de recursos acima do limite legal édo juízo eleitoral do domicílio civil do doador. Nesse sentido,
citam-se os seguintes julgados desta Corte: CC nº 140-69/PB, rel. Min. Luciana Lóssio, DJe de 5.8.2016; CC nº 715-82/RJ, rel.
Min. João Otávio de Noronha, DJe de 6.8.2014; e CC nº 57-92/PE, rel. Min. Nancy Andrighi, DJe de 17.8.2012.
Assim, vê-se que não subsiste o argumento do juízo suscitante de que teria havido prorrogação de competência do Juízo da
315ª ZE/MG. Também não prospera a alegação segundo a qual não se mostra possível reconhecer, de ofício, a incompetência
relativa verificada na espécie.
Isso porque esta Corte Superior entende que a utilização do local do domicílio civil do doador, no caso de representação
eleitoral formulada com base no descumprimento do art. 23 da Lei nº 9.504/1997 –hipótese do feito –, como critério definidor
da competência, tem por premissa assegurar a ampla defesa e o acesso àJustiça. Veja-se:
ELEIÇÕES 2016. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. REPRESENTAÇÃO. DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE LEGAL. PESSOA FÍSICA.
COMPETÊNCIA DO JUÍZO ELEITORAL DO DOMICÍLIO CIVIL DO DOADOR. PRECEDENTES DO TSE. FIXADA A COMPETÊNCIA DO
JUÍZO DA 2ª ZE/TO.
1. A representação contra pessoa física, por suposta doação acima do limite legal, deve ser distribuída para o juízo eleitoral
responsável pela circunscrição do domicílio civil do doador, na linha da iterativa jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral.
2. A fixação dessa competência, com a adoção do critério do domicílio civil, prestigia a ampla defesa do representado.
3. In casu, conforme informações juntadas pelo Parquet, o representado possui domicílio civil no Município de Gurupi/TO.
4. Conflito de competência conhecido. Fixada a competência do Juízo da 2ª Zona Eleitoral do Estado do Tocantins.
(CC nº 0600569-16/PE, rel. Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, DJe de 27.9.2018 –grifos acrescidos)
No ponto, frise-se que a Res.-TSE nº 23.478/2016 –que estabelece diretrizes gerais para a aplicação do CPC/2015 no âmbito
desta Justiça Eleitoral –dispõe que as normas aplicáveis a este ramo especializado do Poder Judiciário devem considerar as
especificidades e peculiaridades inatas ao processo eleitoral, tendo ficado estabelecido, de forma expressa, que as regras do
referido código possuem caráter supletivo e subsidiário em relação aos feitos que tramitam nesta Justiça Eleitoral e somente
serão aplicáveis se houver compatibilidade sistêmica. Confira-se:
Art. 2º Em razão da especialidade da matéria, as ações, os procedimentos e os recursos eleitorais permanecem regidos pelas
normas específicas previstas na legislação eleitoral e nas instruções do Tribunal Superior Eleitoral.
Parágrafo único. A aplicação das regras do Novo Código de Processo Civil tem caráter supletivo e subsidiário em relação aos
feitos que tramitam na Justiça Eleitoral, desde que haja compatibilidade sistêmica.
Dessa forma, por ser incontroverso que o representado, Ivan Faria da Costa, possui domicílio civil no Município de Santo
Antônio de Pádua/RJ, conforme indicado na peça de defesa por ele apresentada (ID 445044), concluo que a competência para o
processamento e julgamento da RP no 36-08/MG édo Juízo da 34ª ZE/RJ, por ter competência no referido município,
resguardando-se, assim, de forma mais efetiva, a ampla defesa e o acesso àJustiça daquele que figura no polo passivo da
representação, conforme a jurisprudência deste Tribunal Superior.
Ante o exposto, conheço do conflito de competência para fixar a competência do Juízo da 34ª ZE/RJ para processar e julgar a
representação por doação acima do limite legal ajuizada contra Ivan Faria da Costa.
Determino a imediata comunicação do resultado deste julgamento aos juízos suscitante e suscitado para o prosseguimento do
feito.
Écomo voto.

EXTRATO DA ATA

CC nº 0601533-09.2018.6.00.0000/RJ. Relator: Ministro Og Fernandes. Suscitante: Juízo da 34ª Zona Eleitoral de Santo Antônio
de Pádua/RJ. Suscitado: Juízo da 315ª Zona Eleitoral de Juiz de Fora/MG.
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, conheceu do conflito de competência e fixou a competência do Juízo da 34ª Zona
Eleitoral do Rio de Janeiro para processar e julgar a representação por doação acima do limite legal ajuizada contra Ivan Faria
da Costa, nos termos do voto do relator.
Composição: Ministra Rosa Weber (presidente), Ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Jorge Mussi, Og Fernandes,
Admar Gonzaga e Tarcisio Vieira de Carvalho Neto.
Vice-Procurador-Geral Eleitoral: Humberto Jacques de Medeiros.

SESSÃO DE 12.2.2019.

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Intimação de pauta

Intimação de Pauta

Para julgamento do processo abaixo relacionado, a partir da próxima sessão, respeitado o prazo de 24 horas, contado desta
publicação.
RECURSO ORDINÁRIO (11550) N° 0604175-29.2018.6.26.0000
ORIGEM: SÃO PAULO - SP
RELATOR: Ministro Admar Gonzaga
PARTES DO PROCESSO

RECORRENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL


RECORRIDO: ANTONIO DIRCEU DALBEN
Advogados do(a) RECORRIDO: LUCAS TAKAMATSU GALLI - RJ223049, CAROLINE MARIA VIEIRA LACERDA - DF42238, FELIPE
AUGUSTO DAMACENO DE OLIVEIRA - DF59848, MAYRA JARDIM MARTINS CARDOZO - DF59414, THAIS DINIZ COELHO DE
SOUZA - DF40974, RENATO FERREIRA MOURA FRANCO - DF35464, MARCIO LOPES DE FREITAS FILHO - DF29181, CARLOS
EDUARDO FRAZÃO DO AMARAL - RJ1623270A, JOSE EDUARDO MARTINS CARDOZO - SP67219, ANGELA CIGNACHI BAETA
NEVES - DF18730, VALDEMIR MOREIRA DOS REIS JUNIOR - SP2873550A, ROBERTO CARLOS RAMOS GARCIA JUNIOR -
SP4017560A, RICARDO VITA PORTO - SP1832240A, GUILHERME GIOMETTI SANTINHO - SP3173270A
Sessão 12/03/2019 às 19:00

RECURSO ORDINÁRIO (11550) N° 0600953-91.2018.6.21.0000


ORIGEM: PORTO ALEGRE - RS
RELATOR: Ministro Admar Gonzaga
PARTES DO PROCESSO

RECORRENTE: GILMAR SOSSELLA, COLIGAÇÃO FRENTE TRABALHISTA


Advogados do(a) RECORRENTE: ALESSANDRO PEREIRA LORDELLO - DF2128400A, VIVIAN CRISTINA COLLENGHI CAMELO -
DF2499100A, ANTONIO CESAR BUENO MARRA - DF1766000S, JOSE AUGUSTO RANGEL DE ALCKMIN - DF711800A, JOSE
EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN - DF297700A, LIEVERSON LUIZ PERIN - RS497400A, THIAGO OBERDAN DE GOES - RS9466000A
Advogados do(a) RECORRENTE: THIAGO OBERDAN DE GOES - RS9466000A, LIEVERSON LUIZ PERIN - RS497400A
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
Sessão 12/03/2019 às 19:00

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL (11549) N° 0608957-79.2018.6.26.0000


ORIGEM: SÃO PAULO - SP
RELATOR: Ministro Jorge Mussi
PARTES DO PROCESSO

AGRAVANTE: O JACARE DE TANGA PROPAGANDA E MARKETING EIRELI

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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 5 8

Advogado do(a) AGRAVANTE: CARMEN MARIA ROCA - SP1723090A


AGRAVADO: KIM PATROCA KATAGUIRI
Advogados do(a) AGRAVADO: PAULO HENRIQUE FRANCO BUENO - SP3124100A, RUBENS ALBERTO GATTI NUNES - SP3065400A
Sessão 12/03/2019 às 19:00

RECURSO ORDINÁRIO (11550) N° 0600508-68.2018.6.14.0000


ORIGEM: BELÉM - PA
RELATOR: Ministro Luiz Edson Fachin
PARTES DO PROCESSO

RECORRENTE: MELLYSSA CORREA QUARESMA, COLIGAÇÃO LUTANDO PELO PARÁ


Advogados do(a) RECORRENTE: BERNARDO ARAUJO DA LUZ - PA27220-B, BRUNO PINHEIRO DE MORAES - PA24247, CAIO
TULIO DANTAS DO CARMO - PA24575, JULIANA PINTO DO CARMO - PA2239500A, DANILO COUTO MARQUES - PA23405,
ADRIANO BORGES DA COSTA NETO - PA23406, TAMARA MONTEIRO DE FIGUEIREDO - PA2125700A, JOSE ANTONIO GOMES DA
SILVA - PA2123200A, JOAO BATISTA CABRAL COELHO - PA19846, SAMIA HAMOY GUERREIRO - PA2017600A, WILLIAM GOMES
PENAFORT DE SOUZA - PA0133690A, LUIZ SERGIO PINHEIRO FILHO - PA012948, ANDRE LUIZ BARRA VALENTE - PA26571,
ALANO LUIZ QUEIROZ PINHEIRO - PA1082600A
Advogados do(a) RECORRENTE: JOAO EUDES DE CARVALHO NERI - PA1118300A, MARINETHE DE FREITAS CORREA -
PA1721900A, JULIANA CASTRO BECHARA - PA1408200A, INOCENCIO MARTIRES COELHO JUNIOR - PA56700A
RECORRIDO: IRAN ATAIDE DE LIMA
Advogados do(a) RECORRIDO: MARCUS VINICIUS BERNARDES GUSMAO - DF34532, MARCELO AUGUSTO CHAVES VIEIRA -
DF24166, ALEXANDRE KRUEL JOBIM - DF14482, ANA CRISTINA COSTA DIAS SILVA - PA2365700A, ROCHERTER WALBER
BARBOSA MARQUES - PA1923000A, VANDERSON QUARESMA DA SILVA - PA0172660A, GABRIEL PEREIRA LIRA - PA0174480A,
EDIMAR DE SOUZA GONCALVES - PA0164560A, ANDRE RAMY PEREIRA BASSALO - PA0079300A, MARIA DO CARMO MELO
BRAGA - PA1964500A
Sessão 12/03/2019 às 19:00

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL (11549) N° 0608960-34.2018.6.26.0000


ORIGEM: SÃO PAULO - SP
RELATOR: Ministro Jorge Mussi
PARTES DO PROCESSO

AGRAVANTE: O JACARE DE TANGA PROPAGANDA E MARKETING EIRELI


Advogado do(a) AGRAVANTE: CARMEN MARIA ROCA - SP1723090A
AGRAVADO: KIM PATROCA KATAGUIRI
Advogados do(a) AGRAVADO: RUBENS ALBERTO GATTI NUNES - SP3065400A, PAULO HENRIQUE FRANCO BUENO - SP3124100A
Sessão 12/03/2019 às 19:00

AGRAVO DE INSTRUMENTO (1320) N° 0600074-41.2018.6.19.0000


ORIGEM: CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 5 9

RELATOR: Ministro Jorge Mussi


PARTES DO PROCESSO

AGRAVANTE: FABIANO ROSAS ALONSO


Advogados do(a) AGRAVANTE: JOAO BATISTA AUGUSTO JUNIOR - SP274839, DANIEL LEON BIALSKI - SP1250000A, BRUNO
GARCIA BORRAGINE - SP2985330A, BRUNA LUPPI LEITE MORAES - SP3586760A
Sessão 12/03/2019 às 19:00

AÇÃO CAUTELAR (12061) N° 0603903-92.2017.6.00.0000


ORIGEM: PEDRA BONITA - MG
RELATOR: Ministro Admar Gonzaga
PARTES DO PROCESSO

AUTOR: ADRIANO TEODORO DO CARMO, HUMBERTO OSVALDO FERREIRA


Advogado do(a) AUTOR: MARIA CLAUDIA BUCCHIANERI PINHEIRO - DF25341
Advogado do(a) AUTOR: MARIA CLAUDIA BUCCHIANERI PINHEIRO - DF25341
RÉU: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
Sessão 12/03/2019 às 19:00

RECURSO ORDINÁRIO (11550) N° 0601053-62.2018.6.24.0000


ORIGEM: FLORIANÓPOLIS - SC
RELATOR: Ministro Admar Gonzaga
PARTES DO PROCESSO

RECORRENTE: JOAO RODRIGUES, MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL


Advogados do(a) RECORRENTE: MARLON CHARLES BERTOL - SC1069300A, GIOVANI ACOSTA DA LUZ - SC1763500A, ANDRESSA
APARECIDA NESPOLO - SC3242400A, LEANDRO HENRIQUE MARTENDAL - SC3887900A, MARCELLO KONS MARTENDAL -
SC5239500A, RAMIRO ISOTTON - SC1803300A, WILSON KNONER CAMPOS - SC3724000A, WILIAN KNONER CAMPOS -
SC5089700A
RECORRIDO: JOAO RODRIGUES, MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
Advogados do(a) RECORRIDO: MARLON CHARLES BERTOL - SC1069300A, GIOVANI ACOSTA DA LUZ - SC1763500A, ANDRESSA
APARECIDA NESPOLO - SC3242400A, LEANDRO HENRIQUE MARTENDAL - SC3887900A, MARCELLO KONS MARTENDAL -
SC5239500A, RAMIRO ISOTTON - SC1803300A, WILSON KNONER CAMPOS - SC3724000A, WILIAN KNONER CAMPOS -
SC5089700A
Sessão 12/03/2019 às 19:00

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA (1347) N° 0600001-33.2017.6.18.0000


ORIGEM: SÃO JOÃO DO PIAUÍ - PI
RELATOR: Ministro Jorge Mussi

Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tse.jus.br
Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 6 0

PARTES DO PROCESSO

RECORRENTE: DANTE FERREIRA QUINTANS


Advogado do(a) RECORRENTE: FELLIPE RONEY DE CARVALHO ALENCAR - PI8824000A
RECORRIDO: JOSE ALEXANDRE COSTA MENDONCA, COLIGAÇÃO O PODER ÉDO POVO
Advogados do(a) RECORRIDO: LUANA FERREIRA DOS REIS - PI1311400A, IVAN LOPES DE ARAUJO FILHO - PI1424900A,
RAIMUNDO DE ARAUJO SILVA JUNIOR - PI5061000A
Sessão 12/03/2019 às 19:00

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL (11549) N° 0600908-49.2018.6.26.0000


ORIGEM: SÃO PAULO - SP
RELATOR: Ministro Luís Roberto Barroso
PARTES DO PROCESSO

RECORRENTE: MARCIO LUIZ FRANCA GOMES


Advogados do(a) RECORRENTE: EDUARDO MIGUEL DA SILVA CARVALHO - SP2499700A, ARNALDO MALHEIROS - SP6977000A,
RICARDO PENTEADO DE FREITAS BORGES - SP9277000A, MARCELO CERTAIN TOLEDO - SP1583130A, FRANCISCO OCTAVIO DE
ALMEIDA PRADO FILHO - SP1840980A, AMILCAR LUIZ TOBIAS RIBEIRO - SP2484210A
RECORRIDO: PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB) - ESTADUAL
Advogados do(a) RECORRIDO: FLAVIO HENRIQUE COSTA PEREIRA - SP1313640A, TATIANE DE OLIVEIRA FLORES - SP3462300A,
IZABELLE PAES OMENA DE OLIVEIRA LIMA - SP1962720A, TONY FERREIRA DE CARVALHO ISSAAC CHALITA - SP3448680A,
CRISTIANO VILELA DE PINHO - SP2215940A
Sessão 12/03/2019 às 19:00

Jean Carlos Silva de Assunção

Assessor de Plenário

CORREGEDORIA ELEITORAL

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

SECRETARIA DO TRIBUNAL

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001, de 24.8.2001, que institui a Infra
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Ano 2019, Número 044 Brasília, quarta-feira, 6 de março de 2019 Página 6 1

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

SECRETARIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

SECRETARIA DE SEGURANÇA E TRANSPORTE

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

COMISSÃO PERMANENTE DE ÉTICA E SINDICÂNCIA DO TSE

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

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