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Móquill as de
B. F. SKINNER
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213
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SCflJ pos~ l\ e l !lIocll fiCJr es~. )ILU açJo: . ao há fa ta d l~ SUf)<:~'
I par a melhol ar a educaç:io . Pr ecisamos p:](~ar ,.ll{lrIo~ ca raze~
e :ur~lr.e .manter bons professo res. De vem os tr:lla r 0~ estudan es
mo :nd,., Iduo e :l!jrupâ.los de aco rdo com a cJpaC lda de . Precisa.
m? ~luJIllJr o~ l11:1n\l:IIS e o.utro~ m:ltcriJi .~ de e n~lno. ~obre ucio na
el e Cl~ c nJ mJl c·mjt iGl:.'. [ Jss irn ro r diJntc . f. cur ioso qu e essas
.~ est oes ra.r_amentc se reflrJm JO S p rocessos rea is de ens in o ou apre;,.
I a(1em ~: :\ ao procuram Jn:llisar
u ve li m a a u I a, I e. um I'I\ro,
.
° que ocorre qU:lnJo um estudan te
eSCl'C\'e um trab;llho ou eso k e um pro.
bl '\. - I'
em . . .10 nos c Izem como torn:!r eSS:lS :lti\"iJadt:s mJis proctu u .
as. ( ... )
Fe izment e. progressos recentes na anâl ise exper imenta l do com.
)or ~ e o sugerem que, peb primeira vez, podemos cr iar Ima \· e~.
3d elra ecnolog ia da educação. Essa tecnologia, cc acorde com J
rá 'ca o laboratório experimental. usará inst rument ado para dar
aos es 'tlan es grandes repertórios de comportamento ':erb;! e n5 0'
\"er ba. ..\ind a mais importante que isso, a instrumenéaç:io poderá
ma er o entusiasmo para estudo continuo. 05 inilrumentos que
J. x i iar50 nOSS3S cscobs a conseguir tudo isso ;:io C:enomir.:1dos m;i .
u' as de ens in3 r. .
;\ guns modelos simples de tJis m:íqllinJs têm iid o .1 mpbmente
anunc iados e até vendidos de porta em ponJ. :'\.io no; d.:o um:1 bO;l
' mage::1 o que é, realmente, o movimentO tias máquin:1; de ensinH.
e ex 's e o perigo rCJ! de que asmáquinas.de ensinJr ,ejam excessi-
vamen e anunci;;d as e mal empregJdas antes de JS SUJ; limitaçõe~
e mer ' lOs re:1is terem sido corretamente J\·aliadoi. Como lima
vi ro a de altafidelidade, uma máquina de ensinar n:io n!e
• ma 's do que o material qu'e nela é colocado. A criação de um pro-
grama parJ uma máquina de ensinar é a uma arte. m:lS é. lI~a
ar e que pode ser aperfeiçoada pela . d~ mllhoes
de horJs de dados registrados: anImaIs que en-
frentJm estímulos foram a de ensinar de
laboratório, bem como operadores hu-
manos. em maqumas . . . educa-
• •
ClonaIS.
Como todas as máqu ensinar foram
criadas lentamente a partir lf3ba:ho mai~
eficiente do que o que Provoca-
rJm todas as reações. entr. os a es-
perar de um novo tipo d \'lem'a5 m:i- •
•
qUlOas como ameaça ao .",I~un5 ima-
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~canICO.
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-',. :J 55; :lirb!e ( e ens in:H com rnJClI inJs ) loi re onhecid . FI
-: :1 :: ~C; ' J "e 9~ , I 01' S id n e ~' L. Presse;-: psicólogo eh Cni vc rsidJ '
'e E': {: ":J : ::e 0'10 (L I;, .~ ,), P :lne jol l \":Iri:!' m:i<jllln:lS qllC
:X : ::J .:l ;) J:;1 lo ::: ~s[Ud nee, .10 Jp rc;e nt J r·lh~ 11111:1 ,él'lC (k per·
;:.:-::JS ' .,;. t!J S J es pos!:l; Ic cs colh3 múl iplJ. Se o eS(ll eb nle e, ·
,O :!:J:l :J ~ '\PO Sl:l ceri J. :lO :l penar um b oe~ o , J m:i Cjlli na pa S5 :l \':I p:l.
:I ?c~'; t.l l!J. scf> lli nte . Se eSlava crrJUU, o cITO erJ m:l roclo e O
• • :. :-: 0 • ~ e :S J\' J COI l:nUJ r d esco lher, até que aeing isse a res poslJ
."' ~ : ~ . ? e,5e ~' reconheceu qu e um instrumento que informJ\'a, ime·
.! . J::! .. e:l!e. J o ~ r e ç ã o do :llu no, 011 o seu erro. f:lri :l m:l is rio que
• -" ::-:: :0 3' () - iria elmbém ens iná·lo . Pressey tJmbém com preendeu
:": e U:1. 3 :il ;[ ~ 'ção po r m:í qui na permit iria que cad:! :! Iun o ~ eguisse
- S' a e!o"luJà ' pessu:d.
o' ' f noluc; . o indu s ri :! 1 nJ educ:lcJo", , p re\"ist:l po r Pressev,, tei·
--;: s-: ne nt : ,' :?( :50 t·se :J JDJ recer. Como n~i o recebeu estí mulo d os
•
c _ !.. c:; c ~<:, . Pr es5e~' esc re \"c u, em 1932, que "cont rJ a \'on tJdc t!s tJ\':!
:::3. d n .l o '.) OIlUOS trab~llh os sobre esses problem as". Dei:ondo
- c :2CO j ; ne ~ ci J cu urJ l. JS máquin:!s d e P ressey li nhJm limi ta-
ç ~e5 c __ e Í'l.)\ · \c1m ent e contribuÍr:lm pua o seu frJCJ5so. Eram ,
:~:-:C3:~'·0... ' !lene e, ° n 5( ~ U men[Qs para eXJmes, :! serem usados L1 e·
.-:; j .': , " e:- ocor ri lo cena gu antit!:Jue de :!p rendi l:!gem , \':io lI~a,
• \''::T. , ? r. ncipios d e program aç:io, q ue depo is su rgiram do cstudo
C ~ e !or'o O?erao le.
' n" m ' qu' oa út il el e ensi nar deve ter vários :lspectos impor.
'3n es. Com exceçjo d e :dgll ns tipos de aprenJizJgem de estimulo.
o es dJnte ,1e ve compo r :l S\lJ respostJ. em \'ez de selecion:i-I:\ de
í.l co juO'o 'e alterna ti\ Js, tJI como o faria num esquema de cs-
I
co h3 mói ip .:!' eJJla rJz5.o para isso é que desejamos que o aluno
e orce. e n.i o Jpen:l s reconheç:l: apresente lima respost3. e \'eja
(I e es j COI ""( :1, l mJ rnl0 igualmente importante é que o mate·
;31 e ic'e ' . ele escolh:1 múhipla precisa apresent:lf l'tspostas erra·
J S ? a usi\'e :s. o que não cabe no delica~o p rocesso. de formaçno elo
compo rtamen to, poi s forta lecem respostas não .t·a-
pacid ade p.ll ol lem brar ratos errados - ter hdo
isw em JI~ u u: lu gar - é notória. T oda de
escolh a mir )' o•:)I a aumenta a
J lgum dia, ~ j re de ~ua memóna e não
a cerra. ) .
.
U 10 progr:ull:t ericien te de
. . . ...
má-
q Uina. lima eXlgencla nao
•
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• • • •
OE Ai'RE :-ID IZAGE M •
•
o CSI\1c1anle
. d preCJ
. .
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g~nllJ J de elapa sa pa ssa r por um a sequenClâ. cuidadoSam -
)0, J máquina pr:~j que freq üenteme nte são muito 100=<, ~~~ o.r.
sa ter el d 'd d c- '" 1\0-
de forma que a. estud anl e r C~;) a capacl a e e deve ser puneia~al
3. ordem prescrita . p eClse ocompanhar cada etapa, bem como ;
, os ulti mas três Jnos, eu e J' I
mcs . Hol land U5am~ um~ ma·
q uin3. que atende a essas exig n/I as, a cfim d ' d
cu rso sô bre co mportam ento h uma no e ensinar parte e um
I ' ' pa ra es tuda t d d -
110 R Jdcl if[e College e na Universidade de H n es e gra ua~o
auto -instrução LOlltém ?O máqui nas e Um arvard . Nossa sala de
- estoq ue de. ro
estudJntes USJm a sala de aco rdo com se u interesse P 1gramas. Os
riam com uma bibliote ca. Du rante o cu rso de u~ ~mcomo o (a ·
. . • estre, cad ...
estudJnte gasta uma medi a de b horas em urna das máqui
que corresponde a 200 pági nas do manual. ,. n~. o
O atual modelo da máqui na que usamos tem dU35 abenuIU ,
uma para a apre se ntação do tex to programado, outra para a aQi-
t:lçjo dJ. resposta do aluno. ( ... ) O progTama, impresso numa 10-
!lu de papel dobrJ.do como lequ e, contém quadros ' para 10 a 15 m i-
nutos de instru ção, Em cada qu adro, faltam uma ou mlis palavras.
O alu no escreve sua resposta numa tirJ. contínua de papel que se
move no mesmo ri tmo dos quadros do texto. Ao operar uma aja.
\'anCJ, cobre CJ.d a respo sta co m um anteparo transparente (não pc>
de m Idi-Io) e descobre a resposta correta. Quando está. errado. per-
fura um orifício ao la do de su a resposta escrica. Essa perfuração faz
UnlJ marca no verso do programa, a fim de dizer ao autor do pro-
O'rJma que pode haver algo errado no item. A perfuração também
~pera um contador que dá aO estudante. no 'fim do conjunto, um
resultado que pode ser comparado com ·um resultado de equivalln-
cia, a fim de da r reforço adicional para o comportamento coneto.
Essa máquina específica é planejada para uma relpGStl em dois
es tágios , o que deve permitir consi~erá~el.abrev,açjo dOi propamu.
Cada item pode ser um pouco mau dlficll do que 01 D~ con'
J j unto de resposta única. O aluno escreve lua depoIS des-
cobre não uma resposta correta,
pode dizer-lhe que sua resposta ~ a
certa, e nesse caso tem urna Ou
realidade, dar·lhe mais'
de que esteja certo numa
:ltual de resposta única: os alunoa
com
95 por cento. do. te~po. Fua Saber
material malS dlfic1l. atrav~
se devemos tentar plancjar
porcentagem 6tima dt t!'PPilOS •
r i men tação. do que-
Embora seja menos cómodo
pegar um manual no próprio
•
•
o auoaÇD D&
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D&
. . de
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EXP~RI Ê . CI.... S DE APRE:-IDIZAG E M
• 2.1-
•I
•
e ilC nlrlC S no esc! re im enlo de u m:l pcrplo:idJde ou ' JfXn J s no
:no 'i:::en : c e:3ois 1 ~ mo!e tJç5 0 de u m esti gi o dp a ti vid ad e.
• •
T c; ;a e:1J q e:ls ri Jnças gasl J r50 ho r:! s no brinque do ~om
ínst r me n t s me Sn l ' " tin!J, tesour:! e pJpel. aparelhos de rUldo,
~ e br3.· lhe 3S - em resum , o m pr:1 licJmenlc l udo q ue pro voque
m canças " T 1 i JS no Jmb ienle e eSlej J l<:lalivamenle livre de
?f pr iedaces l\e:-si" JS. O simples co nt role ~ mJn ip ul aç50 d a natu·
re: a 5' 0, em si mesm s, reforçadores. ESle efe ilo não é not ável em
n ss~ s es las? r . ue é su pe rado pelas reSpOS lJS emocio nJi s p ro vo·
l J S P ;- ( n r le 3\ers i\'0 .
• •
•
-
\ Ime nle p r c au~
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d inefi_
ciência
.
dos método, tradiciona.is
-
' -
&omO!,
~
It~\ a J up I q ue :l. educaçao ex Ige uma parte tao grand~ dà l~m_
•
l ' fi n .
Admitindo-se que as máquin as podem "e~sinar " assuntos dite tos.
t i m ortografia e aritmética, como podenam ser usadas para en-
in r uma habilidade mais fundamental e difícil - por exemplo. a
lei lUra f Aqu i, é conveniente lembrar que ninguém p~e eruinar algo
enomi nldo "capacidade para leitura". Ao ,~ntráno, podem?S en-
sinlr o omportamento a partir do qual inferImos essa capaadade.
-aber ler sigrJifica apresentar um repertório comportamental de
grlnde complexidade. Um aluno pode, a pedido, descobrir uma pa·
llvrl ou urna letra, numa lista; lê em voz alta; identifica objetos
descri lOS num texto; comporta-se de maneira adequada nas situações
descritas, e assim por diante. Nada disso pode' 'ser feito antes de
3prender a ler; faz tudo isso depois de aprender a ler. Provocar
essa mudança é uma tarefa ampla. ~i
Ê. verdade que nem todas as partes do repertório são indepen-
dentes. Um aluno pode adquirir mais facilmente alguns tipos de
resposta, porque já adquiriu outros. Mas, em última análise, todas
as panes do repertório tendem a aparecer, não porque o estudante
esteja completando uma capacidade para ler, mas porque todas as
, pa rtes são, sob vários aspectos, úteis. Todas continuam a ser refor-
çadas pelo mundo ambiente depois de terminado o ensino expl1cito
I de leitura.
Interpretada dessa maneira, a leitura também pode ser ensina·
da de maneira mais eficiente com o au,ulio de máquinas. :t passive]
ens inar a um aluno a distinção entre letras e grupos de letras, ape-
nas corno padrões visuais. Pode sçr ensinado a identificar corres~n
dências arbitrárias; por exemplo, entre letras e m'DÚi-
culas, ou entre letras de Unma e letra manuscritas. Com ~ adiçio de
um fone de ouvido e um gravador de fita, a miquina estabeleceri
correspond~ncia entre letras e sons, bem como entre soo'
e objetOs desenhados. As maneiras tradicionais do de
estabelecem todos esses repertórios. mu illO
sem recurso seguro para verificar se cada ai&D~ ,
q ueno passo numa cadeia complexa.
Assuntos diferentes podem exigir
tação de máquina, Por exemplo. para
- como geografia. biologia ou anatomla pR-
cisam ser ligados a formas ou objetCl
técnica de "desaparecimento", Ao·
O
de que o estudante desaeva relaç6tl
rios e assim por diante, tal como vt
deve fazer o mesmo com um mapa de
parcialmente - isto é, daí retirado. fi!lU-
•
\ •• •
252 -
LEIT URAS DE
PSICO LOCI,\ EDUC.~CIO, 'H .
'. .. .
•
logo fica para Irás c se IOrna caJa vez menos capaz de 'progreqir na •
rapidez auo lada pelo professor. Com máquinas e programas ade-
quadamente planejados, o aluno lenlO, com a possibilidade de avan-
ç~r .no. se u ritmo normal de trabalho, pode ascender a niveis inima-
gmave ls de competên ci a.
As notas terão um novo sentido, ind icando, principalmente, a
q uantidade de material que o aluno apreendeu. Mesmo a arquitelU-
ra das escolas pode exigir mod ificação, e talvez não se ja necessário
cont inuar a centralização dos sistemas esco lares. Indiscutivelmente
tudo isso custará dinheiro, mas será dinheiro gasto no desenvolvi-
mento do maior recurso do país, - a produtividade, a felicidade
•
e o desenvolvimento criador de seus cidadãos.
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