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Problema do livre-arbítrio

Problema:

A)Respostas Incompatíveis:

1. Determinismo Radical.
Tese
Argumentos
Críticas
Objeção da responsabilidade moral.

2. Libertismo

Tese
Argumentos
Críticas

A)Resposta compatível

1. Determinismo moderado

Tese
Argumento
Criticas

Problema em aberto
Determinismo e Liberdade na ação humana.
O livre-arbítrio é a capacidade para decidir (arbitrar) em liberdade.
O Determinismo é a tese de que todos os acontecimentos estão causalmente determinados
pelos acontecimentos anteriores e pelas leis da Natureza.

Problema do Livre-Arbítrio

Como compatibilizar a crença de que todos os acontecimentos,


incluindo as ações, são causalmente determinados, segundo as
leis da natureza, com a crença de que o Homem é livre e
responsável pelas ações?

O problema do livre-arbítrio consiste em tentar compatibilizar o determinismo que


encontramos na Natureza com a perspetiva de senso comum que temos de nós mesmos.
Este problema levanta algumas questões:
 Poderemos ser realmente livres num universo determinista?
 Ou será que temos de aceitar que a liberdade é uma ilusão porque tudo está
determinado?
E se o Universo não estiver inteiramente determinado?

As teorias que respondem ao problema do livre-arbítrio dividem-se em dois grupos:


Teorias incompatibilistas e teorias compatibilistas.

 As teorias incompatibilistas defendem que o livre-arbítrio não é compatível


com o determinismo.
 As teorias compatibilistas defendem que o livre-arbítrio é compatível com o
determinismo.

Há dois tipos de teorias incompatibilistas: O determinismo radical e o libertismo.


Determinismo Radical – Defende que não temos livre-arbítrio e que o universo é
determinista.
Libertismo – Defende que temos livre-arbítrio e que só o universo físico é determinista:
a vontade e a consciência não são determinadas pelas cadeias causais do universo
físico.

Teorias Há livre-arbítrio? Tudo está


determinado?
Incompatibilismo Determinismo Não Sim
Radical
Libertismo Sim Não

Compatibilismo (determinismo moderado) Sim Sim


1. Determinismo Radical
Não temos livre-arbítrio e todos os acontecimentos estão determinados. O livre-arbítrio é
incompatível com um mundo regido por leis. A liberdade é uma ilusão.

O Determinismo Radical é a teoria segundo a qual não temos livre-arbítrio e todos os


acontecimentos estão determinados.

Argumentos dos deterministas radicais:

Premissa 1: Se o determinismo é verdadeiro, não há livre-arbítrio.


Premissa 2: O determinismo é verdadeiro.
Conclusão: Logo, não há livre-arbítrio.

Defesa da premissas:

Defesa da premissa 1: O determinista argumenta que ter livre arbítrio implica poder agir de
maneira diferente, partindo exatamente da mesma situação.(Exemplo: A Ana decidiu dar um chuto
numa bola.) Há um conjunto de cadeias causais que conduzem a essa decisão. O determinista
argumenta que o livre-arbítrio implica a possibilidade de a Ana decidir ou não dar um chuto na
bola, apesar de o conjunto de cadeias causais ser exatamente o mesmo. Mas isso é precisamente a
negação do determinismo; o determinismo é a ideia que, dada uma certa cadeia causal, o seu
efeito não pode ser diferente do que é. Logo, se o determinismo é verdadeiro, não há livre-arbítrio.

Defesa da premissa 2: O determinista argumenta que sem o pressuposto do determinismo não é


possível compreender o mundo. A biologia, a física e a química, por exemplo, são disciplinas
centrais sem as quais é impossível compreender adequadamente o mundo. Mas em todas estas
disciplinas se pressupõe o determinismo: dadas as mesmas causas, seguem-se os mesmos efeitos.
Até no dia a dia nós pressupomos o determinismo: quando damos um chuto numa bola não nos
surpreende que a bola se desloque; quando riscamos um fósforo não nos surpreende que acenda.
Em todos estes casos, estamos a pressupor que, perante causas idênticas seguem-se efeitos
idênticos. Quando riscamos um fósforo e este não acende, procuramos imediatamente a causa
adicional que explica esta situação: talvez o fósforo esteja molhado, por exemplo.

Assim, o determinista está obrigado a defender que o livre-arbítrio é uma ilusão. Mas por que razão
temos essa ilusão?

Estar causalmente determinado não é como ser obrigado a fazer uma coisa que não se quer nem se
decidiu. Estar causalmente determinado é não poder decidir nem poder querer outra coisa além do
que efetivamente decidimos e queremos. Por isso, parece-nos que somos livres, desde que
ninguém nos impeça de fazer o que decidimos e queremos. (A água poderia dizer a si mesma que
tem a liberdade de “fazer” várias coisas – e pode, desde que estejam reunidas as causas
apropriadas). O mesmo acontece com os seres humanos: temos a falsa sensação de que somos
livres, porque escolhemos fazer uma coisa em vez de outra, desconhecendo as causas que
determinam as nossas ações. Mas escolhemos o que escolhemos em função das cadeias causais
que antecedem o momento da decisão. Sentimos que agimos livremente quando agimos em
função do que escolhemos. Mas o que escolhemos resulta de cadeias causais que não podemos
controlar. Logo, o livre arbítrio é apenas uma ilusão.

Duas críticas ao Determinismo Radical:

 Se o determinismo radical tiver razão, não temos livre-arbítrio.


 Se não tivermos livre-arbítrio, não poderemos ser moralmente responsáveis.
 Se não formos moralmente responsáveis, não podemos ser castigados.
 É absurdo defender que não podemos ser castigados.
 Logo, o determinismo radical é falso.

As críticas defendem que o determinismo e falso porque a responsabilidade moral não pode
existir sem a liberdade e, por isso, não podemos ser castigados, o que é absurdo.

A objeção da responsabilidade moral

 A experiência de que somos livres é muito forte;


 Esta crença faz parte do próprio processo de agir;
 Quando agimos não podemos deixar de sentir que somos livres;
Uma pessoa só é moralmente responsável pelas suas ações se estas estão sobre o controlo do
seu livre-arbítrio.
Parece haver uma conexão entre a responsabilidade moral e a nossa liberdade.
Aparentemente, se não formos livres, não podemos ser moralmente responsáveis pelo que
fazemos. E se não formos responsáveis pelo que fazemos, os tribunais e prisões não fazem
sentido.

1. Libertismo

Temos livre-arbítrio e nem todos os acontecimentos estão determinados. As nossas ações não
são causalmente determinadas, resultam das nossas deliberações.
O Libertismo é a teoria segundo a qual temos livre-arbítrio e nem todos os acontecimentos
estão determinados.
Argumentos dos libertistas:
Premissa 1: Se temos livre-arbítrio, o determinismo é falso.
Premissa 2: Temos livre-arbítrio.
Conclusão: Logo, o determinismo é falso.
O argumento é válido, mas será sólido?

Defesa da premissas

Defesa da premissa 1: O libertista defende que ter livre-arbítrio é não estar determinado a
escolher de uma certa maneira. Por exemplo, ter livre-arbítrio é estar perante uma
encruzilhada e poder escolher ir por um caminho ou por outro, sendo as causas anteriores
exatamente iguais. Mas o determinismo é a ideia de que, dada uma certa cadeia causal até ao
momento presente, a minha decisão está determinada. Posso ter uma sensação de que estou a
escolher, mas não é realmente uma escolha. Logo, o livre-arbítrio implica a falsidade do
determinismo. (Não estamos determinados a escolher de uma certa maneira. Escolhemos
praticar uma ação mas podíamos ter escolhido e agido de forma diferente, por isso o
determinismo é falso.)

Defesa da premissa 2: O libertista argumenta que não podemos evitar vermo-nos como seres
dotados de livre-arbítrio. No próprio ato de tomar uma decisão, exercemos o livre-arbítrio.
Não é possível aceitar realmente que as nossas decisões estão todas determinadas por
acontecimentos anteriores. (Não e possível aceitar que as nossas decisões estão todass
determinadas por acontecimentos anteriores. Se decidimos é porque temos livre-arbítrio. O
determinismo radical diz o contrário, logo é falso.)

 O libertista defende que as nossas escolher e ações só são verdadeiramente livres se


pudéssemos ter escolhido ou agido de modo diferente.

De acordo com os libertistas uma escolha ou ação só é verdadeiramente livre se


desencadear uma nova cadeia causal de acontecimentos. Ora, se o mundo for determinista,
a escolha da Diana escolher o caminho 1 em vez do 2 ou do 3 não desencadearia uma nova
cadeia causal, seria apenas mais um elo de uma longa cadeia causal de acontecimentos. E
nesse caso, a escolha da Diana não resultaria das suas deliberações, não estaria sob o seu
controlo, pois seria o resultado de acontecimentos anteriores ao seu nascimento.

Críticas ao Libertismo:
 O determinismo diz que as deliberações do agente, tal como as suas crenças e desejos
são determinadas por acontecimentos anteriores. Mas o libertista não pode aceitar
isso, pois defende que o livre-arbítrio é incompatível com o determinismo.

 O problema dos libertistas é, então, explicar como é que um ato é realmente livre sem
ser determinado por acontecimentos anteriores mas que também não é “aleatório”,
quer dizer, ao acaso.

1. Posição Compatibilista (Determinismo Moderado)


O compatibilismo é a tese de que o determinismo pode coexistir com o livre-arbítrio.
 O compatibilista defende que somos livres quando o que escolhemos e o modo como
agimos resulta causalmente do que queremos, e o que queremos não resulta de
qualquer coação, doença ou controlo artificial.
 Para um compatibilista, desde que não sejamos obrigados ou forçados a escolher algo,
e desde que a nossa personalidade seja formada de maneira natural, a nossa escolha é
livre.
 O determinismo pode coexistir com o livre-arbítrio. Quer o livre-arbítrio, quer o
determinismo são verdadeiros. O mundo é regido por relações causais, mas mesmo
assim somos livres quando fazemos o que queremos fazer.
Argumentos.
 Nem todas as causas são impedimentos à liberdade. É um erro pensar que as ações
não são livres simplesmente porque são causadas. As causas que nos levam a fazer o
que queremos potenciam a nossa liberdade, enquanto que outras (constrangimentos,
por exemplo) impedem a nossa liberdade.

 As nossas ações livres são causadas pela nossa personalidade, inclinações e desejos
ainda que estes estejam determinados por acontecimentos anteriores. Se as ações não
fossem causadas pelo nosso caráter e pelos nossos motivos, não poderíamos ser
responsabilizados pelas nossas ações. Não seriam as “nossas” ações.

Críticas ao compatibilismo:
 Os compatibilistas argumentam que somos livres se agirmos sem constrangimentos ou
obstáculos, internos ou externos, que nos impeçam de fazer o que desejamos. Mas, se
aquilo que desejamos fazer se encontra determinado por acontecimentos anteriores
(determinismo) então as nossas ações estão constrangidas por acontecimentos
anteriores.

 Não temos é consciência de que estamos a ser constrangidos.

O compatibilismo não explica porque é que ser constrangido por acontecimentos anteriores é
um ato livre e ser constrangido por alguém já não é um ato livre.

O problema do livre-arbítrio – um problema em aberto


Como vimos, não há, sobre o problema do livre-arbítrio uma teoria consensual. Há filósofos
que acham que nenhuma destas teorias é plausível. É o caso dos filósofos Searle e Nagel que
consideram que não há boas razões para negar o determinismo que encontramos na Natureza
pois sem ele as ciências da natureza seriam impossíveis. Por outro lado, não podemos negar o
livre-arbítrio, como faz o Determinismo Radical porque a experiência da liberdade faz parte da
experiência de agir.

 O compatibilismo não implica de forma plausível a diferença entre ser constrangido e


ser causado a agir de determinada maneira.

Conceitos:
Determinismo: Tese de que todos os acontecimentos estão causalmente determinados
pelos acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza.
Livre-arbítrio: Capacidade para decidir (arbitrar) em liberdade.
Fatalismo: Tese de que alguns acontecimentos são inevitáveis, independentemente do
que possamos decidir ou fazer.
Compatibilismo: No debate sobre o livre-arbítrio, as teorias que defendem que o
determinismo e o livre-arbítrio podem coexistir.
Incompatibilismo: No debate sobre o livre-arbítrio, as teorias que defendem que o
determinismo e o livre-arbítrio não podem coexistir. O libertismo e o determinismo
radical são duas dessas teorias.
Libertismo: No debate sobre o livre-arbítrio, as teorias que defendem que não há
determinismo porque temos livre-arbítrio.
Determinismo Radical: No debate sobre o livre-arbítrio, as teorias que defendem que
não temos livre-arbítrio, porque tudo está determinado.
Contradição performativa: Quando se afirma algo que é negado pelo ato de afirmar.
Por exemplo, alguém que diga “Não estou a falar”.

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