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Guia de Tendências

Serviços
Automotivos
1ª Edição
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violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998). Alexandre Cumin

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Discovery – Formação Profissional Ltda. – ME
Diretor de Administração e Finanças
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho Projeto Gráfico e Diagramação
Vanessa Farias - Grupo Informe Comunicação Integrada Ltda
Sumário 01
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e Nota Metodológica...........4 Pa
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Terminologia
Terminologia
e Nota Metodológica

Automóveis

São considerados automóveis os veículos automotores projetados, equipados e destinados ao transporte de pes-
soas e suas bagagens, incluindo veículos utilitários esportivos – os chamados SUVs, do inglês sport utility vehicle
– e jipes, anteriormente classificados como comerciais leves (ANFAVEA, 2015).

Observação
Essa classificação para automóveis, que junta esses dois tipos de veículos, foi adotada em
dezembro de 2014. Portanto, nem todas as instituições tiveram tempo hábil para adaptação
de suas estatísticas. Isto gera algumas divergências entre dados provenientes das fontes
utilizadas neste guia.

Subsegmento de veículos – classificação


• Entrada; • Sedan compacto;
• Hatch pequeno; • Grandcab;
• Sedan pequeno; • SW médio;
• SUVs; • Sedan grande;
• Sedan médio; • Sport;
• Hatch médio; • SW grande (FENABRAVE, 2014).
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• Monocab;

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Aftermarket
Terminologia
e Nota Metodológica

Todo relacionamento com o cliente, após o término da garantia, implica a ideia de longevidade e de constantes
negócios, pois os serviços de reparação/reposição continuam durante toda a vida útil do veículo.

Estoque reparável de veículos (ERV)

Universo de veículos que não está mais na garantia de fábrica e mesmo assim frequenta as oficinas para realizar
serviços de reparos e manutenções – termo criado pelo Centro de Inteligência Automotiva (Cinau).

Infotainment

Experiências prazerosas e divertidas dentro do carro a partir do uso de aplicativos, vídeos, envio de mensagens,
fotos, conexão com as redes sociais, entre outros, proporcionadas pela conectividade digital.

Up-cycling

Processo criativo para conversão de materiais descartados em algo novo e de qualidade superior, tal como roupas
(moda), artesanato (arte), poltronas a partir de pneus (mobiliário) etc.

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Nota metodológica
Terminologia
e Nota Metodológica

Este estudo teve como base as seguintes fontes:

a) Pesquisa bibliográfica a partir de revistas, livros, estudos e diagnósticos nacional e internacional sobre o
setor automotivo desenvolvidos por instituições do setor: Federação Nacional da Distribuição de Veículos
Automotores (Fenabrave), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Institu-
to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Auto Alliance, Departamento Nacional de Trânsito (Denatran),
Roland Berger Strategy Consultants, Rio Consulting, Cinau, Deloitte Consultoria, entre outras citadas nas
referências;

b) Visitas técnicas (SP e ES) e entrevistas com os proprietários de oficinas e de uma desmontadora para testar
algumas hipóteses de tendências levantadas na etapa da bibliografia;

c) Entrevistas telefônicas com profissionais e instituições do segmento, como Instituto da Qualidade Automo-
tiva (IQA), Associação dos Revendedores de Veículos de Santa Catarina (Arvesc), Rede Âncora, Sindicato
da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa), Sindicato Nacional da Indústria de Compo-
nentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Nacional (Sebrae NA), Sebrae PE e Sebrae SP.

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Sobre as fotos utilizadas


Terminologia
e Nota Metodológica

As fotos foram incluídas apenas para facilitar o trabalho de diagramação posterior do material. Portanto, devem ser
substituídas por outras conforme procedimentos estabelecidos pelo Sebrae.

Sobre números e totais apresentados

Como o setor automotivo ainda não dispõe de um organismo ou de uma instituição que congregue todos os dados
da cadeia (indústria, comércio e serviços), é possível que neste Guia encontre-se alguns totais não convergentes.
Por exemplo: número de empresas de reparação veicular. O Cadastro Sebrae de Empresas (CSE) para 2012 totali-
zou 203 mil empresas. O Sindirepa considerou um total de 97 mil em 2014. Para empregos gerados, a Fenabrave
citou 209 mil (2014), o CSE 180 mil (2012) e o Sindirepa 757 mil (2014). Apesar da diferença da referência de ano
(2012 e 2014), a defasagem dos números mostra o desafio para a formatação dos dados neste Guia.

sumário

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Introdução
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Este Guia disponibiliza informações sobre o cenário atual do setor automotivo, englobando toda a cadeia produ-
Introdução

tiva, desde a indústria, o varejo e a logística reversa das desmontadoras, até os serviços ao comportamento do
consumidor de veículos. O objetivo, com este escopo mais abrangente, é o de permitir que o empreendedor do
segmento de reparação veicular tenha visão sistêmica do mercado em que atua, utilizando estas informações
estratégicas para tomada de decisão que leve ao aumento do grau de inovação, da sustentabilidade e da compe-
titividade do negócio.

Este macroambiente do setor é apresentado a partir das relações e do impacto de cada conteúdo com o seg-
mento de reparação. Inicia-se com as três tendências internacionais consideradas disruptivas, ou seja, que que-
bram paradigmas, trazendo transformações significativas e impondo inovações à toda cadeia. São elas:

• Conectividade proporcionada pela era digital que leva à convergência tecnológica;


• Mobilidade inteligente sinalizando um novo perfil do consumidor;
• Veículos autônomos planejados para trafegarem sem motorista, com combustíveis de fontes renováveis
(biocombustível, etanol), ou ainda com sistemas de propulsão alternativos (elétrico, células de combustível,
hidrogênio, híbridos).

Os possíveis impactos dessas tendências no mercado são levantados em estudos como o da Anfavea,
que faz projeções para 2034; o da Auto Alliance, que busca compreender como a cadeia automotiva está
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lidando com as inovações; e o da consultoria Roland Berger Strategy Consultants, que traça a evolução
da engenharia automotiva. Destas fontes de pesquisa identificamos movimentos importantes, como a

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entrada de novos players – Apple, Google, Microsoft, Amazon –, as demandas dos clientes por experiência digital,
Introdução

infotainment e segurança veicular, além da consciência ecológica da sociedade que resulta, inclusive, em regula-
mentações ambientais impostas às empresas de reparação veicular.

Mas e a crise econômica brasileira? Realmente o aftermarket automotivo está inserido em um quadro econômico
muito semelhante ao de 2014, com elevação de juros, queda da massa real de salários e aumento de desemprego;
fatores que impactam negativamente as vendas dos carros novos da indústria mas que, ao mesmo tempo, po-
dem favorecer as empresas de reparação porque podem aumentar a venda dos veículos usados. Portanto, como
resultado deste Guia, espera-se que as empresas de reparação estejam preparadas para esta revolução que se
apresenta repleta de oportunidades, principalmente para aquelas que souberem se adaptar aos novos formatos
de faturamento e de lucratividade, e para aquelas capazes de transformar o modelo de negócio tradicional a partir
do entendimento do cenário atual e das projeções para o futuro.

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sumário

Panorama do
segmento automotivo
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Frota
Circulante
Panorama do
segmento automotivo

2014

3,4
41,7 milhões Idade Média Habitantes Marca
milhões Licenciamentos Combustível Líder
8 anos e por veículo FLEX
veículos 8 meses 4,9 FIAT
55%

39 milhões
Automóveis

9 milhões
Garantia 30 milhões
Concessionárias ERV Oficinas
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A frota circulante brasileira cresceu 3,7%, atingindo 41,7 milhões de veículos. O número inclui automóveis, cami-
Panorama do
segmento automotivo

nhões e ônibus que circulavam no país em 2014, de acordo com estudo divulgado pelo Sindipeças e pelo Sindirepa.

A idade média da frota subiu nos últimos dois anos, atingindo oito anos e oito meses, o que indica menor entrada
de veículos novos no mercado e um possível aumento da demanda de serviços de reparação. Deve-se considerar,
entretanto, que estes veículos usados também apresentam melhor desempenho e maior durabilidade, impactan-
do, provavelmente, a redução do número de visitas às empresas de reparação.

A relação entre a população e a frota em 2014, que era de 4,9 habitantes por veículo, também apresentou cresci-
mento quando comparada aos 8,1 habitantes por veículo em 2004. 

O total de 41,7 milhões de veículos da frota circulante é composto por automóveis, que representam 93,5% da
frota (39 milhões), e de caminhões e ônibus, que representam 6,5% (2,7 milhões). As motocicletas, as máquinas
e os implementos agrícolas não fazem parte deste total.

FORTA CIRCULANTE 2014


Segmento 2014
Automóveis 34.389.278 Automóveis (*)
Comerciais Leves 4.899.701 39 milhões

Caminhões 1.859.642
Ônibus 387.656
Fonte: Sindipeças, Abipeças, Denatran
sumário Nota: (*) Automóveis, conforme classificação da Anfavea,
a partir de dezembro de 2014 abrangem automóveis de passeio e comerciais leves.

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Essa frota circulante de automóveis (39 milhões) divide-se em duas categorias:


Panorama do
segmento automotivo

1) Os que estão no período de garantia – 23,1% do total = 9 milhões;

2) Os que já estão fora da garantia – 76,9% do total = 30 milhões –, que compõem o Estoque Reparável de Veí-
culos (ERV) e que são atendidos pelas oficinas independentes.

Total
Condição Sub-total Percentual Empresas
Automóveis
Garantia 9 milhões 23,1 Concessionária
Empresas de
30 milhões 76,9 Reparação veicular
39 milhões
Pós-garantia Comércio autopeças
ERG - Estoque Reparável de
Veículos
Fonte: Organização de Miriam Machado a partir dos estudos do Sindipeças e do Sindirepa

Os licenciamentos, em 2014, somaram 3,4 milhões de veículos, de acordo com o Registro Nacional de Veí-
culos Automotores (Renavam/Denatran).
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Panorama do
segmento automotivo

TOTAL DE VEÍCULOS PRODUZIDOS X TOTAL DE VEÍCULOS LICENCIADOS – 2014

Veículos Produzidos

2.973.484

Veículos Licenciados Novos

3.333.466

Fonte: RENAVAM

sumário

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Frota
Panorama do
segmento automotivo

A frota circulante, referente aos automóveis (automóvel particular + comercial leve), que totaliza 39 milhões, está
concentrada em cinco estados das regiões Sudeste e Sul: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio
Grande do Sul e Santa Catarina. Juntos, estes cinco estados somam, aproximadamente, 70% de todos os veículos
da frota no país.
17.319.310

FROTA CIRCULANTE POR ESTADO – 2014


5.473.939

4.299.388

4.174.279

4.026.642

2.693.140

1.618.410
1.691.411

1.234.994

1.005.994
1.213.215

892.276

654.026

525.472
620.175

485.461

460.392

381.023

313.492
371.147

295.184

294.518

240.219

182.472

76.564

73.305

62.638
sumário SP MG RJ PR RS SC GO BA PE DF CE ES MS MT PA RN PB MA AM AL PI SE RO TO AC AP RR

Fonte: DENATRAN

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Panorama do
segmento automotivo

FROTA CIRCULANTE POR REGIÃO – 2014

3% 1.532.087 Norte
8% 4.178.827 Centro-Oeste
12% 6.089.198 Nordeste
22% 10.894.061 Sul
55% 27.685.363 Sudeste

Fonte: DENATRAN Automóvel e Comercial Leve

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Proporção entre vendas de usados e licenciamentos de novos


Panorama do
segmento automotivo

A proporção de veículos usados para veículos novos negociados em 2014 foi de 3,1 usados para cada novo. A
região Sul lidera com a maior proporção de usados negociados sobre novos (3,6), enquanto a região Norte tem a
menor proporção, evidenciando o movimento de interiorização da frota, que registra maior venda de carros novos
no interior dos estados e do país. Ou seja, a frota vem crescendo de forma mais representativa fora das grandes
metrópoles e das regiões mais populosas, caracterizando o fenômeno da interiorização.

PROPORÇÃO ENTRE VENDAS DE USADOS E EMPLACAMENTO DE NOVOS


3,6
3,4
3,1

2,5 Norte
2,3
Nordeste
1,8
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
Brasil

sumário Fonte: DENATRAN Anuário Fenabrave 2014

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Interiorização da frota
Panorama do
segmento automotivo

As vendas de veículos no Brasil crescem mais no interior do que nas capitais, evidenciando a força do poder
aquisitivo fora dos grandes centros. De 2007 a 2013, as 260 cidades médias brasileiras, com população entre 100 e
500 mil de habitantes, registraram taxa de crescimento de 73% nas vendas de veículos leves, enquanto as cidades
de 500 mil a 1 milhão de habitantes adquiriram menos veículos, com taxa de 49%.

FENÔMENO DA INTERIORIZAÇÃO
Crescimento das Vendas no Interior
Plantas Montadoras
Período População Cidades % Crescimento
no Interior
100 a 500 mil 73% Em mais de 50 dessas
2007 a 2013
500 mil a 1 milhão 49% cidades

Fonte: Anfavea (2014).

Um dos fatores motivadores desta expansão no interior foi a implantação de novos empreendimentos e
plantas do setor automobilístico. Atualmente diversas montadoras produzem veículos em mais de 50
cidades de médio e pequeno portes, conforme quadro a seguir, com informações da Anfavea. O impacto
da atividade industrial se reflete na movimentação geral da economia local, ampliando a base do mercado
sumário
consumidor nesses municípios e nessas regiões.

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Panorama do
segmento automotivo

MUNICÍPIOS COM PLANTA INDUSTRIAL


MONTADORA UF
(EM FUNCIONAMENTO OU A SER INSTALADA)
Audi PR São José dos Pinhais
BMW SC Araquari
Caoa GO Anápolis
Chery SP Jacareí
MG Betim
Fiat
PR Campo Largo
BA Camaçari
Ford CE Horizonte
SP São Bernardo do Campo, Taubaté, Tatui
São Caetano, São José dos Campos, Mogi das Cruzes,
SP
Indaiatuba, Sorocaba
RS
GM Gravataí
PE
Porto de Suape
SC
Joinville
SP Sumaré, Indaiatuba
Honda PE Recife, Jaboatão dos Guararapes
PA Ananindeua
Hyundai SP Piracicaba
JAC BA Camaçari
Jaguar-Land Rover RJ Itatiaia
sumário Jeep PE Goiana

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MUNICÍPIOS COM PLANTA INDUSTRIAL


MONTADORA UF
Panorama do
segmento automotivo

(EM FUNCIONAMENTO OU A SER INSTALADA)


AM Manaus
Mahindra
RS Dois Irmãos
Mercedes-Benz SP São Bernardo do Campo, Campinas
(caminhões) MG Juiz de Fora
Mitsubishi GO Catalão
PR São José dos Pinhais
Nissan SP Jundiaí, São Paulo
RJ Resende
Peugeot/Citroën RJ Porto Real
Renault PR São José dos Pinhais
SP São Bernardo do Campo, Indaiatuba, Sorocaba, Votorantim
Toyota RS Guaíba
ES Vitória
SP São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos
Volkswagen
PR São José dos Pinhais
Fonte: Anfavea (2014).

sumário

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Licenciamento por combustível


Panorama do
segmento automotivo

A demanda por carros flex (tecnologia bicombustível) segue na preferência do consumidor, representando 88%
dos 3,4 milhões de veículos licenciados em 2014. Em seguida estão os veículos a diesel, que têm mantido o per-
centual. Já os movidos exclusivamente à gasolina e a etanol perderam terreno. Apesar da baixa representativida-
de, é importante notar a presença e o crescimento, ainda lento, dos modelos elétricos.

LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS POR TIPO DE COMBUSTÍVEL – 2014

88,21% 2.940.508 Flex


6,22% 207.262 Diesel
5,55% 184.841 Gasolina
0,03% 855 Elétrico

Fonte: RENAVAM – Automóvel e Comercial Leve


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FROTA POR COMBUSTÍVEL E POR ESTADO -2014


Panorama do
segmento automotivo

Gasol/Alcool/
Gasolina Flex Diesel
GNV
UF TOTAL UF TOTAL UF TOTAL UF TOTAL
SP 13.248.651 RJ 308.419 SP 8.165.171 SP 1.583.841
MG 4.942.314 SP 46.029 MG 3.072.387 MG 721.248
RS 3.521.524 SC 22.000 RJ 1.676.266 PR 618.055
PR 3.349.951 BA 18.919 RS 1.668.502 RS 521.370
RJ 2.514.746 RS 15.223 SC 1.452.582 SC 352.427
SC 2.263.075 PE 12.463 BA 1.220.875 RJ 327.037
GO 1.689.290 ES 11.920 GO 1.057.474 BA 301.747
BA 1.688.056 CE 11.536 PE 935.222 GO 288.404
CE 1.402.909 PR 8.988 CE 852.835 PE 208.982
PE 1.237.372 RN 8.482 DF 746.631 CE 197.455
MT 844.078 AL 6.925 ES 581.321 MT 196.106
PA 827.344 SE 6.066 PA 550.046 ES 166.328
ES 803.835 MG 5.708 MT 532.132 PA 151.722
MA 714.956 PB 5.342 MA 501.877 MS 140.843
MS 686.522 AM 1.077 MS 401.629 MA 101.137

sumário DF 656.585 GO 877 PB 367.502 DF 91.760


PI 552.513 DF 845 RN 331.194 RN 78.223

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FROTA POR COMBUSTÍVEL E POR ESTADO -2014


Panorama do
segmento automotivo

Gasol/Alcool/
Gasolina Flex Diesel
GNV
UF TOTAL UF TOTAL UF TOTAL UF TOTAL
RN 542.336 MS 738 PI 294.527 RO 76.669
PB 533.189 MT 520 AM 291.594 PB 75.068
RO 447.385 TO 258 RO 261.124 PI 74.472
AM 370.275 PI 240 AL 253.377 TO 61.573
AL 300.491 MA 56 SE 222.702 AM 61.126
TO 298.205 PA 36 PR 202.006 AL 56.301
SE 296.558 RO 21 TO 177.412 SE 47.926
AC 126.185 AC 13 AC 68.530 AC 21.667
RR 104.553 RR 13 AP 68.274 RR 14.957
AP 80.589 AP 3 RR 55.738 AP 12.395

Fonte: DENATRAM
(*) Total incluindo automóvel e comercial leve e outros tipos e veículos.

A análise por combustível nos estados traz informação relevante para as empresas de reparação. Observe
que o Rio de Janeiro é o estado com maior número de veículos à base de Gás Natural Veicular (GNV); núme-
ro este seis vezes maior do que o estado de São Paulo, que está à frente dos outros estados em relação
sumário aos demais tipos de combustíveis.

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Idade média da frota


Panorama do
segmento automotivo

A idade média da frota brasileira é de oito anos e oito meses, totalizando, aproximadamente, 30 milhões de au-
tomóveis, que representam o principal público-alvo das empresas que trabalham com veículos leves. Este total é
composto por carros em diferentes estágios referentes ao período de garantia.

CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS
IDADE FROTA SITUAÇÃO
Até um ano e meio Período de Garantia - Concessionárias
Período de Garantia ou migrando para
De um ano e meio até 5 anos
oficinas independentes
Mais de cinco anos Oficinas independentes
Fonte: Sindipeças e Abipeças, 2015

sumário

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Habitantes por veículo


Panorama do
segmento automotivo

8,1 7,9 7,7


7,3 6,9 6,5 6,0 5,7 5,3 5,0 4,9

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: Sindipeças e Abipeças

A relação entre a população e a frota de veículos, em 2014, foi de 4,9 habitantes. Um significativo aumento da
frota circulante vem acontecendo desde 2004, quando a relação era de 8,1 habitantes por veículo. Portanto, a
população continua adquirindo, a cada ano, mais carros por pessoa, conforme gráfico do Sindicato Nacional da
Indústria de Componentes para Veículos Automotores – Sindipeças (2015). Para as empresas de reposição e
de reparação, isto é um indício de negócios e de mercado aquecido.

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Licenciamentos por fabricante


Panorama do
segmento automotivo

A análise do market share das montadoras é bastante útil para que as empresas reparadoras planejem-se e mon-
tem sua estratégia de atendimento para aquelas marcas que julguem mais adequadas para os seus públicos e
suas regiões de trabalho.

RANKING MARCAS – LICENCIAMENTO – 2014


5
14
8.
69

6
73

62
8.

6.
57

57

1
14
8.

28
1
30

7.1
7.1

27
23
23

.4

84
5
19

7.8

56

04
7
13

4
.3

.8

03

49

86
.2

3
72

7
.5
53

.7
59

54

39

41

04
.6

.0

.4
40

23

15

15

12

9.

9.

8.

6.
8%

0%

5%

0%

0%

7%

%
6

93

18

20

80

63

23

72

46

38

29

28

26

18
,1

,5

,5

7,2

7,2

BM 0,4
4,

0,
21

9,

5,

2,

1,

1,

1,

0,

0,

0,

0,

0,

0,
17

17


I–

I–


LT

DA

KI
RD

TA

EN

ES

C
DA
AT

VW

SH

D
EO

ER

JA
KI

VE
SA
AU

ZU
AU
YO
G

D
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CH
G

CE
IS
HO

TR
YU

SU
N

TO

SU

U
N
RE

ER
CI

PE
H

D
IT

N
M
M

sumário

LA
Fonte: Anuário Fenabrave 2014

27
s 5
endência otiva 201
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de
Serviços
2

A Fiat é a marca líder em vendas, seguida pela General Motors, Volkswagen e Ford. Juntas, estas marcas domi-
Panorama do
segmento automotivo

nam as quatro primeiras posições do ranking.

Observe, na tabela a seguir, que essa concentração de vendas das quatro primeiras no ranking está sendo amea-
çada pelas marcas Renault, Hyundai, Toyota e Nissan, que vêm ampliando suas participações no mercado. Com-
parando com os percentuais de 2010, tem-se: Renault (4,8%), Hyundai (3,2%), Toyota (3,0%) e Nissan (1,1%).

RANKING POR MARCA – LICENCIAMENTOS


Participação
  Automóvel (*) 2014
no mercado (%)
1º Fiat 698.145 20,97
2º GM 578.739 17,39
3º VW 576.626 17,32
4º Ford 308.141 9,26
5º Renault 237.191 7,13
6º Hyundai 237.128 7,12
7º Toyota 195.427 5,87
8º Honda 137.884 4,14
9º Nissan 72.356 2,17

sumário 10º Mitsubishi 59.267 1,78

28
s 5
endência otiva 201
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Serviços
2

RANKING POR MARCA – LICENCIAMENTOS


Panorama do
segmento automotivo

Participação
  Automóvel (*) 2014
no mercado (%)
11º Citroën 53.804 1,62
12º Peugeot 40.530 1,22
13º Kia 23.794 0,71
14º Mercedes-Benz 15.603 0,47
15º BMW 15.049 0,45
16º Audi 12.486 0,38
17º Chery 9.547 0,29
18º Land Rover 9.391 0,28
19º JAC 8.417 0,25
20º Suzuki 6.043 0,18

Fonte: Fenabrave (2014).


Nota: (*) Automóvel e comercial leve.

Outros fatores contribuem para essa tendência de desconcentração que deve permanecer nos próximos
anos:

sumário a) O acirramento da concorrência com o ingresso de novos players/montadoras;

29
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endência otiva 201
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Serviços
2

b) O lançamento de veículos de entrada, como o HB20 (Hyundai), o Onix (GM), o Etios HB (Toyota), o Honda
Panorama do
segmento automotivo

Fit (Honda), e até mesmo o Tucson (Hyundai) para atender ao público das classes B e C, com preços abaixo
de R$ 70.000,00. Com estas estratégias as empresas atingem, também, as pessoas com deficiência física
que recebem isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no caso de compra
de veículo nesta margem de preço.

No ranking por modelo de veículo, automóvel e comercial leve estão separados, possibilitando uma análise mais
detalhada da presença das marcas e dos modelos no mercado.

RANKING POR MODELO – LICENCIAMENTOS


  AUTOMÓVEL 2014 COMERCIAL LEVE 2014
1º Fiat/Palio 183.736 Fiat/Strada 153.126
2º VW/Gol 183.355 VW/Saveiro 83.031
3º GM/Onix 150.827 GM/S10 50.811
4º Fiat/Uno 122.241 Toyota/Hilux 43.304
5º Hyundai/HB20 119.770 GM/Montana 35.731
6º Ford/Fiesta 108.381 Ford/Ranger 24.134
7º Fiat/Siena 106.946 Fiat/Fiorino 23.818
8º VW/Fox/Cross Fox 101.336 Mitsubishi/L200 20.558
9º Renault/Sandero 95.371 VW/Amarok 17.890
sumário
10º GM/Prisma 88.373 Renault/Master 12.230

30
s 5
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de
Serviços
2

RANKING POR MODELO – LICENCIAMENTOS


Panorama do
segmento automotivo

  AUTOMÓVEL 2014 COMERCIAL LEVE 2014


11º VW/Voyage 75.135 Fiat/Ducato 12.198
12º Toyota/Corolla 63.290 Nissan/Frontier 11.589
13º Hyundai/HB20S 59.937 Hyundai/HR 8.694
14º VW/Up 58.894 Renault/Kangoo 4.919
15º Ford/Ecosport 54.263 VW/Kombi 4.273
16º Honda/Fit 53.684 KIA/K2500 4.081
17º Honda/Civic 52.254 Iveco/Daily 3514 3.537
18º Renault/Duster 48.865 Fiat/Doblò 3.530
Mercedes-Benz/Sprinter
19º GM/Classic 48.392 2.634
311
20º GM/Cobalt 47.051 Peugeot/Boxer 2.203
Fonte: Fenabrave (2014).

Quais estratégias de atendimento podem


ser definidas a partir dessas informações?

Que tipo de expansão pode ser implementado


sumário no seu negócio?

31
s 5
endência otiva 201
Guia de T Reparação Autom
de
Serviços
2

Importados
Panorama do
segmento automotivo

A performance das vendas de veículos importados e premium tem apresentado crescimento constante, contra-
riando a crise instalada para venda das demais categorias de carros novos. Em 2014 a BMW, por exemplo, vendeu
17.190 carros no Brasil, o que significou um crescimento de 1,1% em comparação com o ano anterior. Em 2014,
os importados representaram quase 14% do total de 41,7 milhões de veículos, somando 5,8 milhões. Este per-
centual vem mantendo-se nos últimos anos.

FROTA IMPORTADOS 2014


Veículos % Frota Total de Veículos
5,8 Milhões 14%
Fonte: Sidipeças, Abipeças, DENATRAN

sumário

32
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endência otiva 201
Guia de T Reparação Autom
de
Serviços
2

Mercado global
Panorama do
segmento automotivo

A análise sobre o mercado interno se enriquece comparando-se o desempenho do segmento no Brasil com os
demais países.

RANKING PAÍSES – PRODUÇÃO ANUAL


País 2014 2013
1º China 21.004.688 19.311.225
2º EUA 16.517.204 15.597.227
3º Japão 5.495.939 5.320.994 O Brasil vem mantendo
4º Brasil 3.328.958 3.575.947 a quarta posição
desde 2010.
5º Alemanha 3.261.376 3.161.669
6º Índia 2.889.595 2.885.509
7º Grã-Bretanha 2.798.121 2.535.810
8º Rússia 2.485.924 2.777.601
9º França 2.167.951 2.157.880
10º Canadá 1.853.047 1.747.088
Fonte: Fenabrave (2014).

sumário

33
sumário

Perfil dos negócios de


reparação automotiva
s 5
endência otiva 201
Guia de T Reparação Autom
de
Serviços
3

As empresas que prestam serviços de reparação automotiva enquadram-se na Classificação Nacional de Ativida-
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

des Econômicas (CNAE) 4520-0/00 – serviços de reparação automotiva e assemelhados. Esta CNAE é composta
por oito subclasses que abrangem os principais serviços de reparação automotiva. Já os serviços de reparação de
motocicletas pertencem à CNAE 4543-00.

CNAE 4520-00 – Reparação automotiva


CNAE 4543 – 00 – Reparação de motocicletas
4520-01 – Serviços de manutenção e reparação mecânica.
4520-02 – Serviços de lanternagem ou funilaria e pintura.
4520-03 – Serviços de manutenção e reparação elétrica.
4520-04 – Serviços de alinhamento e balanceamento.
4520-05 – Serviços de lavagem, lubrificação e polimento.
4520-06 – Serviços de borracharia.
4520-07 – Serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios.
4520-08 – Serviços de capotaria.
4543-09 – Serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motos e motonetas.
Fonte: CNAE/IBGE, disponível em: <www.cnae.ibge.gov.br>.

sumário

35
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endência otiva 201
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de
Serviços
3

A atividade 4520-01 – serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos destaca-se como a atividade com
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

maior número de empresas.

A CNAE 4520-0 refere-se aos serviços de reparação de veículos automotores, incluindo ônibus e caminhões, to-
talizando 33 atividades. Neste guia utilizamos as oito atividades relacionadas a automóveis e uma relacionada a
motocicletas.

Empresas
Conhecer o mercado de atuação é fundamental para a expansão dos negócios e o aumento da competitividade.

Quantas empresas de reparação mecânica existem nos país?


E na sua região, no seu estado?
Quantos empregos são gerados?
Qual o ticket médio praticado pelos concorrentes?

sumário

36
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Serviços
3

,44%
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

21
EMPRESA DE REPARAÇÃO POR ESTADO

Total: 268.309

8%
8,8
3% 7% %
6,1 5,9 5,51 9% 9% %
4,5 4,5 2 8% 7% % % %
3,9 3,6 3,6 3,61 3,58 ,06 00% 0% %
3 3, 2,6 1 8% 4% 3% % % % %
2,2 2,0 1,8 1,5 1,50 1,47 ,38 ,26 ,16% 5% % %
1 1 1 6 3
0,5 0,4 0,3

SP MG RJ RS PR SC BA GO MT PE ES CE MS DF PA RN RO PB MA TO AL PI AM SE AC RR AP

Fonte: Sebrae / UGE / CSE

A maior concentração de empresas encontra-se nos mesmos estados e regiões em que se concentram os
veículos no país: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina – regiões
sumário
Sudeste e Sul.

37
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Guia de T Reparação Autom
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3
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

Notas

1) Sobre os dados de empresas de reparação e empregos:


• Micro Empreendedor Individual (MEI): posição de dezembro/2014 – Fonte: CSE/UGE/
Sebrae;
• Microempresa (ME): posição de dezembro/2012 – Fonte: CSE/UGE/Sebrae;
• Empresa de Pequeno Porte (EPP): posição de dezembro/2012 – Fonte: CSE/UGE/Sebrae.

2) Os demais dados sobre frota, licenciamento e marcas referem-se ao ano de 2014


provenientes de diferentes fontes, tais como Fenabrave, Anfavea, Denatran e sindicatos.

sumário

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3

Número de empresas x interiorização da frota


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

O número de empresas nos grandes centros deve ser comparado com o fenômeno de interiorização da frota. É
nas cidades do interior e nas regiões de menor densidade demográfica que a frota vem crescendo.

EMPRESAS DE REPARAÇÃO POR REGIÃO

5% 13.586 Norte
11% 28.225 Centro-Oeste
15% 39.462 Nordeste
21% 55.714 Sul
49% 131.322 Sudeste

sumário

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3

Distribuição das empresas por região do país


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

A análise do mercado com o total de empresas por estado nas cinco regiões dá a perspectiva da quantidade dos
negócios de reparação em determinados espaços geográficos.

REGIÃO SUDESTE - NÚMERO DE EMPRESAS REGIÃO SUL - NÚMERO DE EMPRESAS

SP MG RJ ES RS PR SC
69.585 32.241 23.130 6.366 21.895 20.462 13.357

sumário

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3

REGIÃO NORDESTE - NÚMERO DE EMPRESAS


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

BA PE CE RN PB MA AL PI SE
12.812 6.765 6.161 3.108 2.653 2.635 2.046 1.906 1.376

As regiões com menor concentração de habitantes também apresentam menor número de empresas de re-
paração. Ao mesmo tempo, estas regiões têm atraído grande número de empreendimentos que elevam o
poder aquisitivo da população, passam a adquirir mais veículos e podem representar oportunidades para
abertura de novas empresas de reparação automotiva.
sumário

41
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3
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

REGIÃO CENTRO-OESTE - NÚMERO DE EMPRESAS REGIÃO NORTE - NÚMERO DE EMPRESAS

GO MT MS DF PA RO TO AM AC RR AP
11.157 6.768 5.204 5.096 4.948 2.909 2.358 1.553 685 572 561

sumário

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3

Porte
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

A composição do percentual das empresas por porte pode ser utilizada como um indicador da maturidade do
segmento de reparação. O alto número de Microempreendedor Individual (MEI), por exemplo, sinaliza que uma
grande parcela dos empreendedores ainda está em um nível básico quanto à gestão do negócio. Isto pode ser
um fator negativo para quem pertence a um setor que se sofistica cada vez mais em relação à tecnologia, aos
insumos, aos componentes, aos processos etc.

EMPRESAS DE REPARAÇÃO POR PORTE

2,9% 7.861 EPP


28,4% 76.274 ME
68,6% 184.174 MEI

sumário Fonte: Sebrae / UGE / CSE

43
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endência otiva 201
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3

Atividade desempenhada pelas empresas


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

EMPRESAS POR ATIVIDADES


104.486

Total: 268.309

49.550
38.081

22.131
17.650 17.535 14.322

2.643 1.911

o ria s s ca to ia
açã gem gem ha ório le
ta tri en t ar
ar va na ac ss cic El
é m po
p a er rr e o ha Ca
Re L
an
t Bo Ac ot in
L M Al

Fonte: Sebrae / UGE / CSE


sumário

44
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endência otiva 201
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de
Serviços
3

Das oito atividades da CNAE 4520-0, a reparação lidera com 104.486 organizações, representando 39% do total de
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

empresas. É oportuno observar que lavagem, lanternagem e borracharia apresentam um percentual significativo
se comparado com o das demais atividades.

As duas tabelas a seguir apresentam o número de empresas por atividade – automóveis e motocicletas – em cada
estado. Desta forma, o empreendedor poderá avaliar o mercado e a concorrência quanto à sua atividade, identifi-
cando possíveis oportunidades ou ameaças, planejando, assim, as ações necessárias.

Número de empresas por atividade e estado

NÚMERO DE EMPRESAS POR ATIVIDADE NOS ESTADOS


REPARAÇÃO
UF LANTERNAGEM ELÉTRICA ALINHAMENTO
MECÂNICA
SP 28.665 11.113 3.255 686
MG 12.679 4.683 1.772 430
RJ 10.210 3.611 1.509 204
RS 9.314 2.890 1.234 104
PR 7.992 2.923 1.260 229

sumário SC 5.206 1.758 649 62

45
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de
Serviços
3

NÚMERO DE EMPRESAS POR ATIVIDADE NOS ESTADOS


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

REPARAÇÃO
UF LANTERNAGEM ELÉTRICA ALINHAMENTO
MECÂNICA
BA 4.501 1.885 692 123
GO 3.590 1.516 669 160
MT 2.457 808 389 48
PE 2.415 1.006 380 54
ES 2.282 933 379 89
CE 2.201 603 227 38
MS 1.859 630 309 85
DF 2.109 647 225 70
PA 1.590 577 286 31
RN 1.185 338 147 24
RO 810 335 150 25
PB 973 294 132 24
MA 868 314 118 34
TO 619 219 148 27
AL 604 319 87 19

sumário

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endência otiva 201
Guia de T Reparação Autom
de
Serviços
3

NÚMERO DE EMPRESAS POR ATIVIDADE NOS ESTADOS


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

REPARAÇÃO
UF LANTERNAGEM ELÉTRICA ALINHAMENTO
MECÂNICA
PI 595 181 88 33
AM 545 151 62 13
SE 410 191 80 19
AC 197 59 32 4
RR 194 54 22 3
AP 216 43 21 5

NÚMERO DE EMPRESAS POR ATIVIDADE NOS ESTADOS


UF LAVAGEM BORRACHARIA ACESSÓSRIOS CAPOTARIA MOTOCICLETA
SP 12.195 5.000 5135 88 3.278
MG 6.002 2.576 1.714 434 1.951
RJ 2.856 1.711 1.612 355 1.062
RS 4.412 1.597 1.336 26 982
PR 4.002 1.895 1.304 29 828
SC 3.034 1.022 848 24 754
sumário BA 2.403 1.105 885 192 1.026

47
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endência otiva 201
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Serviços
3

NÚMERO DE EMPRESAS POR ATIVIDADE NOS ESTADOS


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

UF LAVAGEM BORRACHARIA ACESSÓSRIOS CAPOTARIA MOTOCICLETA


GO 2.521 1.227 821 31 622
MT 1.349 829 356 5 527
PE 1.195 490 422 128 675
ES 1.110 474 437 132 530
CE 1.078 526 423 79 986
MS 1.033 579 327 3 379
DF 1.075 354 449 44 123
PA 966 475 272 42 709
RN 518 279 189 43 385
RO 648 295 143 4 499
PB 419 223 162 53 373
MA 541 183 149 15 413
TO 552 345 108 6 334
AL 351 195 154 126 191
PI 355 194 100 19 341
AM 272 228 98 1 183

sumário

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3

NÚMERO DE EMPRESAS POR ATIVIDADE NOS ESTADOS


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

UF LAVAGEM BORRACHARIA ACESSÓSRIOS CAPOTARIA MOTOCICLETA


SE 252 131 101 30 162
AC 166 79 29 5 119
RR 135 53 43 4 68
AP 140 66 33 2 35

Qual é a atividade principal da sua oficina?

Já parou para avaliar o potencial de mercado das


outras atividades?

sumário

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de
Serviços
3

Oportunidades de negócios
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

As atividades de lavagem e borracharia têm apresentado crescimento percentual maior do que o de reparação.
Isto pode indicar dois tipos de movimentos do mercado:

a) As empresas que têm a reparação como atividade principal estão ampliando o mix de produtos, incluindo
serviços como lanternagem e borracharia;

b) Empresas de lavagem, lanternagem e borracharia estão passando a oferecer a reparação mecânica como
serviço complementar.

Borracharia e alinhamento

Vale destacar outras mudanças nos modelos de negócios relacionadas mais diretamen-
te ao item pneu. Para borracharia e alinhamento, podem-se encontrar desde empresas
geridas por um único profissional (conhecido como borracheiro), até empresas de mé-
dio e grande portes que oferecem variados serviços, indo além da reparação de pneus,
que contam com dezenas de lojas, centrais de atacado, truck centers etc., caracterizan-
do-se como um centro automotivo que tem como atividade principal a borracharia, ou
seja, o pneu como ponto de atração do cliente.

sumário

50
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3

Reparação: mecânica leve x colisão


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

Outra análise que pode apontar oportunidade de negócio é o valor do ticket médio gas-
to em cada passagem do veículo pelas oficinas. Conforme dados da Câmara Nacional
de Colisão, o ticket médio de um reparo de carro colidido é de R$ 1.800,00, enquanto o
Cinau indica que os reparos de mecânica leve têm ticket médio de R$ 570,00. Portanto,
uma oficina que também ofereça serviços de lanternagem, por exemplo, pode indicar
uma possibilidade de maior faturamento, apesar dos custos mais altos com maquinário
e equipamentos.

TICKET MÉDIO DAS PASSAGENS DE VEÍCULOS PELAS EMPRESAS


Mecânica Leve Colisão
R$ 470,00 a R$ 665,00 R$ 800,00 a R$ 2.500,00

Fonte: CINAU, em documento do Sindirepa 2015. / Câmara Nacional de Colisão, em documento do Sindirepa 2015

sumário

51
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endência otiva 201
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3

Número de empresas por porte e atividade


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

A análise do total de empresas por porte (MEI, ME e EPP) permite entender o perfil dos negócios em cada ativi-
dade, tanto automóveis quanto motocicletas.

ATIVIDADE POR PORTE: REPARAÇÃO ATIVIDADE POR PORTE: LANTERNAGEM

MEI ME EPP MEI ME EPP


55.804 42.882 5.800 31.235 6.306 540

Fonte: Cadastro Sebrae de Empresas (CSE)

sumário

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3

ATIVIDADE POR PORTE: LAVAGEM ATIVIDADE POR PORTE: BORRACHARIA


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

MEI ME EPP MEI ME EPP


37.163 11.983 404 17.710 4.233 188

ATIVIDADE POR PORTE: ASSESSÓRIOS ATIVIDADE POR PORTE: ELÉTRICA

MEI ME EPP MEI ME EPP


12.404 4.723 523 11.522 2.640 160

sumário

53
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ATIVIDADE POR PORTE: ALINHAMENTO


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

MEI ME EPP
1.319 1.198 126

ATIVIDADE POR PORTE: CAPOTARIA ATIVIDADE POR PORTE: MOTOCICLETA

MEI ME EPP MEI ME EPP


1.774 132 5 15.243 2.177 115

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Analise o porte atual da sua empresa. Ele


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de reparação
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pode ser um ponto de partida para seu


plano de expansão no mercado.

MEI na reparação
O alto percentual de MEI, com crescimento constante, requer uma análise mais detalhada desse porte. Em 2012
havia 98 mil MEIs (CSE/UGE/Sebrae). Em dezembro de 2014 registramos 184.174, representando um aumento de
quase 100% em apenas dois anos.

MEI - TOTAL POR ATIVIDADE


CNAE ATIVIDADE QDE
4520-0/01 Serviços de manutenção e reparação mecânica 55.804
4520-0/02 Serviços de lanternagem, funilaria ou pintura 31.235
4520-0/03 Serviços de Manutençãoe reparação elétrica 11.522
4520-0/04 Serviços de alinhamento e balanceamento 1.319
sumário 4520-0/05 Serviços de lavagem, librificação e polimento 37.163

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MEI - TOTAL POR ATIVIDADE


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CNAE ATIVIDADE QDE


4520-0/06 Serviços de borracharia para veículos automotivos 17.710
4520-0/07 Serviços de instalação, manutenção e reparação 12.404
4520-0/08 Serviços de capotaria 1.774
4543-9/00 Manutenção e reparação de motoclicletas 15.243
TOTAL 184.174
Fonte: Cadastro Sebrae de Empresas (CSE) - Dezembro 2014

A maioria dessas oficinas que opera como MEI não tem funcionários registrados, com o dono desempenhando to-
das as atividades do negócio. Algumas contratam um funcionário conforme legislação vigente para a categoria MEI.

Vale observar que as atividades de reparação veicular requerem, em sua maioria, equipamentos e mão de obra
qualificada que demandam um investimento que vai além do limite de faturamento da figura jurídica MEI, ou seja,
R$ 60.000,00.

Portanto, para a empresa se expandir e se consolidar no mercado é necessário que o empreendedor tenha
conhecimento da legislação para cada porte. Desta forma, poderá se beneficiar das características de cada
um, buscando ir além dos limites do MEI para alcançar faturamento maior como ME, EPP ou ainda como
grande empresa.
sumário
O porte da sua empresa também é um indicador do sucesso do negócio.

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Empregos gerados pelos pequenos negócios (2012)


Perfil dos negócios
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O total de empregos gerados pelos pequenos negócios – MEI, ME e EPP –, em 2012, foi de 180.479. Já os em-
pregos gerados por todo o setor automotivo foi de 1,5 milhão.

.804
44
EMPREGADOS POR ESTADO – 2012

Total: 180.479

5
.24
25
0 7
.97 27 90
16 13. 13.0 .766 81
12 7.6 81 28 75 6 6 4
5.9 5.8 4.4 4.39 4.09 .93 349 13
3 3. 2.2 .857 852 382 45 17 89
1 1. 1. 1.3 1.3 1.0 996 918 884 1 4
32 24 9
16

SP MG PR RS SC RJ BA GO ES PE MT DF CE MS PA RO RN PI MA AL PB AM SE TO RR AC AP

sumário
Fonte: CSE

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Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

NÚMERO DE EMOREGADOS POR REGIÃO – 2012

4% 6.684 Norte
10% 17.822 Centro-Oeste
13% 23.993 Nordeste
24% 43.337 Sul
49% 88.643 Sudeste

Os estados São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina concentram o maior número de postos de
trabalho no segmento de reparação, sendo também os mesmos estados com o maior número de empresas e de veícu-
los.O porte que mais emprega é o da ME, seguido do da EPP.

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EMPREGADOS POR PORTE DA EMPRESA – 2012


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3.401 MEI
9.023 EMP/EGP
76.244 EPP
91.811 ME
180.470 TOTAL

05 ão
EMPREGADOS POR ATIVIDADE – 2012

8. aç
4
11 par
Re Total: 180.479

.1 em

Ac 4 gem
24 vag
88

s
La

1 a

99 io
.4 rn

.1 ór
13 nte

to
ia
12 ess

6 ar

7 en
La

67 ch

13 m
53 ica

ia
5. rra

3. inha

7 ar
3. étr

27 ot
Bo

El

p
Al

Ca
sumário

Fonte: CSE

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PERCENTUAL EMPREGADOS POR ATIVIDADE – 2012


Perfil dos negócios
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0,2% Capotaria
1,7% Alinhamento
2,0% Elétrica
3,1% Borracharia
6,8% Acessórios
7,4% Lanternagem
13,4% Lavagem
65,4% Reparação

Fonte: CSE

A reparação mecânica é a atividade com maior número de postos de trabalho no segmento, com 65% do total.

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Capacidade de atendimento
Perfil dos negócios
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Qual a capacidade de atendimento mensal da sua oficina? Esta informação, juntamente com o valor do ticket médio
dos serviços prestados, podem ajudar a aprimorar a gestão e a aumentar o faturamento e a competitividade.

CAPACIDADE DE ATENDIMENTO
PORTE ATENDIMENTOS/MÊS (1) Ticket Médio (2) Frequencia Veículos nas Oficinas
Pequena Até 50 R$ 286,00
Média 46 a 120 R$ 449,00 2,5 Vezes por ano
Grande Mais de 121 R$ 825,00

Fonte: (*1) CINAU; (*2) Sebrae SP

• Classificação por capacidade de atendimento é uma métrica desenvolvida pelo Cinau;


• Ticket médio: faturamento bruto mensal dividido pelo número total de veículos reparados, que representa
o valor médio gasto por cada consumidor.

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Composição de preço dos serviços de reparação


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Além da identificação da capacidade de atendimento mensal, é necessário observar os itens e os recursos que
compõem o preço dos serviços.

COMPOSIÇÃO DE PREÇOS DOS SERVIÇOS DE REPARAÇÃO

35% Mão de obra


65% Peças

Fonte: CINAU, 2014

O alto percentual de peças (65%) na composição do preço indica que a maior parte do faturamento vem da
reposição, da compra de peças. Portanto, é importante manter atualizada a lista dos fornecedores, rever
sumário
formas de pagamento, tempo de entrega, processos de compra, além de contabilizar e reorganizar o es-
toque (almoxarifado).

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Após essas análises e providências quanto às peças, é importante avaliar o valor da hora para cada tipo de serviço
Perfil dos negócios
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prestado. Desta forma, será possível ajustar processos, valores e montar seu planejamento financeiro.

Educação e formação técnica

Demanda do setor automotivo

A demanda é por profissionais com alto conhecimento


técnico, habilitados a manejar aparelhos
computadorizados, ferramental complexo e conhecedores
das evoluções tecnológicas dos veículos.

A formação da mão de obra da reparação deve ser vista a partir da evolução tecnológica incorporada pela
indústria automotiva, que dita conceitos e práticas para a reposição e a reparação.
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A tecnologia embarcada e as inovações, como a conectividade digital, a convergência tecnológica, a propulsão


Perfil dos negócios
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alternativa e os sistemas de segurança veicular, diluíram as fronteiras entre engenharia mecânica, eletrônica, ele-
tricidade e o mundo virtual, aumentando a complexidade dos conteúdos e respectivo aprendizado.

Essas inovações tornam os serviços de reparação mais especializados e complexos, transformando radicalmen-
te o perfil do profissional requisitado pelo mercado. Atualmente, além do conhecimento adquirido na prática, é
necessária uma base sólida de conhecimento teórico, capacidade de manejar aparelhos computadorizados, ferra-
mental complexo e ainda capacidade de entendimento de manuais de difícil assimilação.

O crescimento do emprego nas faixas mais altas de escolaridade e a redução acentuada dos profissionais com
baixo grau de instrução evidencia esse novo perfil do profissional da reparação veicular, de acordo com o Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE).

Mecânico ou profissional de reparação veicular com


conhecimento de engenharia automotiva, tecnologia da
informação e sistemas de propulsão alternativa?

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Perfil dos negócios
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automotiva

As ferramentas também evoluíram quanto à tecnologia e às inovações. Atualmente, os profissionais do segmento


precisam dominar a interface entre as atividades de reparação veicular e a tecnologia da informação. A comple-
xidade dos aparelhos e as interpretações requeridas exigem do profissional capacitação constante e sistêmica
envolvendo diversas áreas do conhecimento. Alguns equipamentos estão acoplados a programas de computador
que diagnosticam avarias e adaptam e ajustam os diversos sistemas eletrônicos dos automóveis.

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Formação técnica e superior


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O setor automotivo comporta as mais variadas carreiras profissionais, com crescente demanda de capacitação
qualificada, desde a indústria até a reparação.

Curso técnico
A inclusão das inovações do setor automotivo no conteúdo dos cursos técnicos evidencia a necessidade de for-
mação e atualização dos profissionais quanto às convergências tecnológicas, tais como ABS, airbag, transmissão
automática/automatizada/CVT, centrais eletrônicas, sensores, powertrain, start-stop, motores híbridos, flex etc.

Curso superior – universitário


No nível superior (universitário) a engenharia oferece algumas modalidades de cursos que permitem ao profis-
sional atuar no setor automotivo, tais como engenharia automotiva, mecânica, elétrica, ambiental, química, de
materiais, de produção, da computação.

Fonte: site do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de diversos estados.

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Sistemas de busca e compra de autopeças


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Tecdoc

O Tecdoc é um sistema de informação eletrônica da empresa TecAlliance utilizado no mercado de reposição euro-
peu, com dados padronizados de mais de 560 fabricantes de autopeças e traduzido para 28 idiomas, chegando a
1,3 milhão de usuários por trimestre para 51 mil tipos de veículos e 4,3 milhões de itens. No mercado brasileiro,
o catálogo eletrônico passa a funcionar com 26 marcas e pode ser acessado a partir da aquisição de licenças para
consultas on-line.

ESI[tronic]

O ESI[tronic] é um software, disponibilizado pela empresa Bosh, para diagnóstico, manutenção e a assistência
técnica de veículos e autopeças diesel, elétricas, eletrônicas e pneumáticas, com dados e informações técnicas
detalhadas, desenhos de peças, instruções para busca de defeitos e reparos, procedimentos e valores de testes
para bombas diesel.

AX MEC

Sistema on-line de orçamentação eletrônica que possibilita comunicação integrada com fornecedores de pe-
ças originais, rapidez na elaboração do orçamento completo, com cálculo de preços de peças e tempos de
mão de obra padronizados, além de atualização constante com informações do fabricante.

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Com esse recurso a oficina tem condições de avaliar rapidamente os danos mecânicos do automóvel e preparar
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automotiva

o orçamento dos reparos necessários com base em dados dos fabricantes que são atualizados mensalmente,
incluindo preços de peças e tempos de mão de obra.

Oferece soluções completas para o gerenciamento do sinistro, sistema de emissão de nota fiscal, entre outros
produtos para oficinas mecânicas.

PartsLink24

Portal americano multimarca, traduzido em 24 línguas, que oferece 7,2 milhões de peças originais para o setor
automotivo.

Sustentabilidade

Sustentabilidade é um conceito
sistêmico que integra os aspectos
econômicos, sociais e ambientais.
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Para a reparação automotiva a atenção às questões de sustentabilidade significa garantir a continuidade econômi-
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ca do negócio, assim como atender aos aspectos sociais e ambientais da oficina. A atividade de reparação gera
resíduos de diversos tipos que podem causar danos ambientais; portanto, as regulamentações relacionadas à
sustentabilidade precisam ser observadas e seguidas.

As oficinas que incluíram ações de sustentabilidade em sua rotina reconhecem os benefícios para o meio ambien-
te, os funcionários e a gestão do negócio:

• Destinação correta de baterias, pneus, óleos lubrificantes, aditivos e fluidos utilizados para empresas
credenciadas de acordo com a lei municipal e/ou estadual;
• Destinação correta dos tecidos/panos, embalagens e outros materiais com contaminantes;
• Recipientes para coleta seletiva de lixo, respeitando as destinações específicas;
• Sistema de captação de água de chuvas e cisterna para reutilização;
• Instalações com iluminação natural e ventilação, que permitam diminuir o número de lâmpadas acesas
e a necessidade de ventiladores ou ar-condicionado;
• Disponibilizar bacia e tapete de contenção para os locais de manipulação de óleo e fluidos;
• Caixa separadora de água e óleo, de acordo com as especificações vigentes;
• Silos para coleta seletiva e piso inclinado e pintura especial para manutenção;
• Equipamento de Proteção Individual (EPI) – fornecimento e registro da entrega para o funcionário;
• Uniformes – confecção customizada, entrega e lavagem semanal dos uniformes poderá ser feita por
sumário
empresa terceirizada, funcionando no sistema de locação.

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Inovação sustentável
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As ações de sustentabilidade podem ir muito além do cumprimento da legislação. Várias ações inovadoras estão
sendo desenvolvidas com benefícios para todos – empresas, cidadãos e comunidades.

Moda – Prêmio Ecochic

Concurso patrocinado pela Ford que convoca designers para criar roupas a partir de materiais reciclados dos auto-
móveis, tais como bancos, cintos de segurança, entre outros.

O Ford Design Challenge, em parceria com a Redress, instituição dedicada à moda sustentável, aconteceu durante
a Hong Kong Fashion Week (2014), destacando a importância do design sustentável tanto na moda quanto na in-
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dústria automotiva.

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Artesanato
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automotiva

A Torigoe (São Paulo) doa pneus para um artista que produz diversas peças que, inclusive, fazem parte do mobi-
liário da oficina. São poltronas, mesas, floreiras, base para a pia do banheiro e moldura para espelhos. A oficina
também mantém jardim suspenso na parte externa dos muros da oficina em parceria com a comunidade.

Mesa e bancos Pia com pneus Jardim Suspenso


pneus e peças Torigoe Muro da Torigoe
Torigoe
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Ação social
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A Renova – desmontadora de veículos (São Paulo) – doa peças de metal para um artista que ministra workshops
para pessoas da comunidade do entorno da empresa. As aulas acontecem em uma sala dentro da Renova.

Além da oficina

A Scopino (São Paulo) participa do projeto “Jogue limpo” da prefeitura, mantendo um recipiente de coleta seletiva
próximo à entrada da oficina, no qual a comunidade pode fazer o descarte correto de resíduos sólidos.

Atenta para a poluição dos rios e dos lençóis freáticos, a Scopino inovou em relação à lavagem dos unifor-
mes: contratou uma empresa especializada que lava os uniformes tratando e descartando corretamente
a água proveniente do processo. Os uniformes, após o uso, são considerados contaminados por óleos e
sumário
graxas; portanto, deveria se evitar lavá-los nas residências.

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RENTABILIZANDO O DESCARTE
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automotiva

DOS RESÍDUOS

A destinação correta de alguns materiais pode gerar receita.


O óleo, por exemplo, pode ser destinado a empresas
autorizadas que coletam e remuneram a oficina.

Plano de Gestão Ambiental


As empresas do segmento automotivo estão em um ambiente altamente regulamentado quanto à sustentabilida-
de e à proteção ao meio ambiente. Cada empresa está obrigada a elaborar Plano de Gestão Ambiental atendendo
às leis, às normas e às resoluções relacionadas ao tema.

O Sebraetec conta com fornecedores cadastrados para


apoiar as empresas na elaboração do Plano de Gestão
Ambiental, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA) ou, ainda, a obter a certificação ISO 14001/2004.
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Para viabilizar a elaboração ou a implantação do Plano de Gestão Ambiental, a oficina pode contratar empresas ou
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automotiva

associações especializadas que fazem todo o gerenciamento, indo desde a obtenção de licenças até o tratamento
e o descarte dos resíduos.

EMPRESA TIPO DE SERVIÇO


Lavagem de peças respeitando as exigências ambientais para esta
Eco Solution
atividade. Disponível em: <www.ecoficina.com.br> e
Bio-Circle
<www.biocircle.com>.
Licenças ambientais, Certificado de Movimentação de Resíduos de
WJ
Interesse Ambiental (Cadri), entre outros serviços. Disponível em:
Lubrificantes
<www.wjlubrificantes.com.br/licencas.php>.
Gerenciamento dos resíduos sólidos com instalação de equipamentos,
visitas programadas de manutenção, abastecimento de solvente
Servicekleen novo, coleta e reciclagem do usado e documentação exigida pelos
órgãos competentes pela fiscalização trabalhista e do meio ambiente.
Disponível em: <www.safetykleeneurope.com>.
Consultoria ambiental, coleta, projetos ambientais, Cadri, coletivo e
Resilog
individual. Disponível em: <www.resilog.com.br>.
Ambserv Tratamento de resíduos. Disponível em: <www.ambserv.com.br>.
Coleta de motores, compressores, freio a disco, caixa de câmbio etc.
Anrap Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças (Anrap).
Disponível em: <www.anrap.org.br>.
Coleta e reciclagem de pneus.
Reciclanip
Disponível em: <www.reciclanip.org.br>.
sumário Toalheiro Brasil – locação e higienização de uniformes e EPI.
Alsco
Disponível em: <www.alsco.com.br>.

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Mudanças na indústria à impacto na reparação


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Proconve

A indústria automobilística brasileira, atendendo ao Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Auto-
motores (Proconve), criado em 1986 pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), assumiu e cumpriu a
meta de enquadrar 100% da frota produzida na legislação ambiental para controle da emissão de gases poluentes.

Inovar Auto

Lançado em 2012, o Inovar Auto é um programa de incentivo à inovação tecnológica de adensamento da cadeia
produtiva de veículos automotores e tem como objetivo preservar o meio ambiente, com a produção de carros
mais econômicos, e de incentivar a produção de peças e tecnologia desenvolvidas no Brasil.

Arla 32

Arla, ou Agente Redutor Líquido de Óxido de Nitrogênio Automotivo, é um reagente utilizado juntamente com o
sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR) para reduzir quimicamente as emissões nocivas de óxido de nitrogê-
nio (NOx) nos gases de escape dos veículos movidos a diesel. O óxido de nitrogênio é um dos gases poluentes
responsável pela formação do ozônio na atmosfera e por vários problemas adversos ao sistema respiratório.

A reação química promovida pelo Arla converte os óxidos de nitrogênio tóxicos em nitrogênio (N2) e vapor
de água (H2O), que são elementos naturalmente inofensivos ao meio ambiente. Para tanto, os veículos
sumário precisam ser abastecidos em uma proporção de cerca de 5 litros de Arla 32 para cada 100 litros de diesel.

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O uso dessa tecnologia Arla 32 + SCR foi estabelecido a partir de janeiro de 2012, tendo como base a Resolução
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de reparação
automotiva

Conama nº 403, de 11 de novembro de 2008, que instituiu a fase P-7 do Proconve. Em se tratando de uma re-
solução, é válido destacar que o proprietário e o usuário do veículo são responsáveis pela correta manutenção e
operação dos sistemas de controle de emissão.

Esse é um item que deve fazer parte do check-list de


revisão e de manutenção preventiva dos veículos a diesel
atendidos pelas oficinas. Ou, ainda, fazer parte dos itens
de orientação para os proprietários destes veículos.

Fontes: <www.ibama.gov.br>, <www.arla4you.com.br> e


<www.afeevas.org.br>.

Lei do Desmanche

A Lei nº 12.977, conhecida como Lei do Desmanche, estabelece que as peças usadas tenham registro de
procedência. Portanto, é importante que as empresas de reparação conheçam os detalhes da lei e os obser-
vem no momento de compra de peças usadas ou, ainda, no recebimento de peças trazidas pelos clientes
sumário para aplicação nos veículos.

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de reparação
automotiva

LEI FEDERAL Nº 12.977 – DESMONTAGEM DE VEÍCULOS


AUTOMOTORES

A Lei nº 12.977 disciplina a desmontagem de veículos


automotores em todo o Brasil, com o objetivo de proteger o
meio ambiente e de combater a violência urbana decorrente de
roubo e furtos de veículos. Ela estabelece:

• O conceito de desmontagem;
• Condiciona a desmontagem à baixa do veículo;
• Determina que as peças tenham informações de
procedência e de suas condições;
• Prevê que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
regulamente quais peças poderão ser comercializadas
usadas, para reparos, sucata ou outra destinação final.

sumário

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PRINCIPAIS LEIS, NORMAS E REGULAMENTOS SOBRE SUSTENTABILIDADE PARA


Perfil dos negócios
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NEGÓCIOS DO SEGMENTO DE SERVIÇOS DE REPARAÇÃO AUTOMOTIVA


Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e dispõe sobre
a gestão integrada e o gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os
Lei nº 12.305/2010
perigosos, as responsabilidades dos geradores e do poder público e os
instrumentos econômicos aplicáveis.
Lei nº 12.977/2014 Desmontagem de veículos automotores.
Estabelece princípios gerais de inspeção, diagnóstico, reparação e
NBR 15760/2009
substituição de transmissão.
NR 6 Equipamento de Proteção Individual (EPI).
NR 7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
Lei de Crimes Ambientais – pune poluição de qualquer natureza em níveis
Lei nº 9605/1998
tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana ou à
(Arts. 54 e 56)
natureza.
Lei nº 8.723/1993 Lei de Redução de Emissão de Poluentes.
Diretrizes para o recolhimento e a destinação final de óleo lubrificante usado
Conama 362/2005
ou contaminado.
Conama 09/1993 Recolhimento e destinação adequada de óleos lubrificantes.
Conama 416/2009 Diretrizes para destinação correta de pneus usados.
Conama 257/1999 Diretrizes para tratamento/destinação das pilhas e das baterias.
Conama 275/2001 Código de cores para os tipos de resíduos na coleta seletiva.

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PRINCIPAIS LEIS, NORMAS E REGULAMENTOS SOBRE SUSTENTABILIDADE PARA


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

NEGÓCIOS DO SEGMENTO DE SERVIÇOS DE REPARAÇÃO AUTOMOTIVA


Limites máximos de ruído com os veículos em aceleração e controle da
Conama 272 /2000
poluição sonora.
Conama 313/2002 Resíduos sólidos industriais.
Conama 401/2008 Descarte adequado de baterias.
Conama
237/1997 e Lei
Competência aos municípios para serem gestores ambientais e a
Complementar nº
obrigatoriedade da gestão de seus resíduos.
140/2011
ABNT NBR Classificação dos resíduos sólidos quanto aos seus potenciais riscos ao
10.004/2004 meio ambiente e à saúde pública.
ABNT NBR 15.926 Manutenção de veículos rodoviários.
ABNT NBR Profissional de reparação – estabelece parâmetros para formação do
15.681/2009 profissional reparador mecânico.
ABNT NBR Veículos em manutenção – inspeção, diagnóstico, reparação e/ou
14.778/2001 substituição em sistema de freios.
ISO 10012/2003 Sistemas de Gestão de Medição.
Sistemas de Gestão Ambiental – habilita as empresas a implementar e a
ISO 14001/2004
manter Política de Gestão Ambiental.
Sistemas de Gestão Ambiental – diretrizes sobre como estabelecer,
documentar, implementar e melhorar continuamente a gestão de ecodesign
ISO 14006 / 2011
como parte de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), após implemento
da ISO 14001/2004.
sumário

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É importante que a empresa de reparação busque conhecer também a legislação ambiental nas esferas municipal
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

e estadual, além da federal, pois diversas leis e normas federais atribuem aos estados e aos municípios a sua ope-
racionalização. Isto cria regulamentações específicas como, por exemplo, o Certificado de Movimentação de Re-
síduos de Interesse Ambiental (Cadri), obrigatório no estado de São Paulo. O Cadri é o instrumento que aprova o
encaminhamento de resíduos industriais a local de reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição
final, licenciados ou autorizados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb-SP).

CERTIFICAÇÃO VERDE
Para motivar a implantação de práticas de sustentabilidade na
rotina diária das oficinas, algumas instituições lançaram selos
ou certificações, tais como:
a) SSS – Selo Sindirepa de Sustentabilidade, em parceria
com o Sebrae SP;
b) Selo Ambiental – Arvesc em parceria com a Fundação do
Meio Ambiente (Fatma);
c) Selo Verde – certificação ambiental IQA.

sumário

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Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

Ações de cooperativismo

“O varejo brasileiro precisa ser mais competitivo e um dos


caminhos para isso pode ser o associativismo. Isso já acontece
no setor, mas faltam mais efetividade e participação das
empresas. Associativismo não é só comprar mais barato, mas
sim buscar aprimoramento, soluções e estratégias de gestão”
(Cléber Coutinho, Rede Âncora).

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O segmento de reparação participa de diferentes formatos de associativismo, tais como redes, sindicatos, asso-
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

ciação profissional, núcleos, bandeiras, franquias, central de compras. Destacamos alguns destes formatos para
ilustrar as ações de cooperação na reposição e na reparação. Cada uma destas estruturas oferece benefícios que
fortalecem as empresas e a governança do segmento.

Associação de Reparadores Veiculares de Santa Catarina (Arvesc)

A Arvesc reúne cerca de 400 empresas em 31 núcleos setoriais em 64 municípios. Seus benefícios são:

a) Cartão fidelidade;

b) Selo Ambiental – oficina verde – Programa de Sustentabilidade;

c) Inspeção Veicular Gratuita (IVG);

d) Programa de Garantia Estadualizada;

e) Manual Orientativo do Arvesc para oficinas;

f) Encontros – reunindo aproximadamente mil empresas;

g) Criação de um sistema único para gestão dos benefícios que facilita o gerenciamento do Cartão Fi-
sumário delidade, do Selo Ambiental, da IVG e da garantia estadualizada.

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Bandeiras/marcas/redes
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

As bandeiras/marcas/redes podem ser consideradas, de certo modo, uma forma de associativismo, na medida
em que as oficinas se juntam a determinadas empresas (indústrias, distribuidoras etc.) para atuar em um formato
definido, conquistando benefícios para o grupo.

Bosch

Centro técnico automotivo – aproximadamente 1.500 oficinas distribuídas por todo o território nacional, sendo
1.188 oficinas Bosch Car Service. Oferecem o programa de gestão Bosch Service Excellence e o Programa de
Melhoria Contínua.

Redes de negócios e centrais de compras


• Rede Âncora – presente em 14 estados, atua como uma central de compras e negócios;
• Rede Pit Stop – rede americana, presente no Brasil em 13 estados com aproximadamente mil empresas
associadas. Atende ao segmento de pesados e leves, tendo como clientes loja de autopeças, retíficas e
oficinas. Os principais benefícios oferecidos são os programas de conhecimento, informação, estrutura,
produtos, além do clube da consultoria, clube da formação, clube dos negócios, clube financeiro e clube
da tecnologia (acesso a informações por meio de plataforma digital, tecnologia multibrowser e multicanal).

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Certificações
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

Apesar da importância econômica do setor automotivo e de sua maturidade quanto à engenharia e à tecnologia,
é pequeno o número de certificações, seja para atribuir parâmetros de qualidade da gestão, seja para práticas de
sustentabilidade e até mesmo da formação profissional.

Instituto da Qualidade Automotiva (IQA)

O IQA certifica as empresas de reparação quanto a padrões de qualidade de serviços, produtos, sistemas, labo-
ratório e sustentabilidade, estando credenciado junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(Inmetro) para realizar as seguintes certificações:

a) Certificação gerencial – Centro de Reparação de Veículos – com base na ISO 9000;

b) Certificação ambiental – Selo Verde, com base na ISO 14000.

Associação dos Reparadores Veiculares de Santa Catarina (Arvesc) com o Selo Ambiental

Certifica as empresas que adotam práticas de preservação do meio ambiente.

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Sindirepa em parceria com o Sebrae SP


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

Selo de Sustentabilidade do Sindirepa/SP em parceria com o Sebrae SP. O selo engloba três categorias: legalidade,
sustentabilidade e excelência.

Senai – certificação profissional

Certificação voluntária de mão de obra acreditada pelo Inmetro.

Relação empresa por habitantes


O Atlas Nacional de Comércio e Serviços (Sebrae; MDIC; ABDI, 2013) mostra graficamente a proporção de empre-
sas de reposição e de reparação por habitantes nos municípios brasileiros. Esta informação permite ao empreen-
dedor identificar oportunidades de expansão ou mesmo de adaptação do negócio.

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Autopeças
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

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Comércio
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

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Empresas de reparação – serviços


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

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Modelos de negócios: na reparação e na reposição


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

MIX DE PRODUTOS E SERVIÇOS

Oferecer vários serviços com atendimento mais completo ou


optar pela especialização?

Prestar serviços ou também vender autopeças?

São muitos os modelos de negócios rentáveis no segmento automotivo. Alguns deles podem servir de exemplo
para os movimentos de adaptação ao mercado.

sumário

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Reparação
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

De retífica a centro automotivo

A retífica Base atuou no mercado por vários anos tendo como foco o serviço de usinagem de motores de veículos
leves e pesados. Com a entrada dos filhos do proprietário no negócio, mudaram o posicionamento, passando de
retífica para centro automotivo, oferecendo desde a manutenção convencional à retífica de motores. Interessante
observar que atuando com este formato diferenciado, a empresa apresentou um aumentou de 35% nos serviços
de retífica quando comparado ao período em que atuava só com este serviço.

Como prova do sucesso, há mais de cinco anos a retífica Base se destaca das demais concorrentes devido à sua
estrutura baseada em equipamentos de ponta e funcionários altamente capacitados.

MAS POR QUE TRABALHAR COM UMA RETÍFICA


AGREGADA A UM CENTRO AUTOMOTIVO?
“Inicialmente, nosso foco era somente realizar retíficas nos motores da linha leve e pesada,
mas havia muitos clientes que pediam além dos habituais serviços no motor [linha leve], e
queriam que efetuássemos trocas de óleo, filtros, correias, serviços em freios etc. De início
fazíamos com algumas restrições, mas depois notamos que, atuando nesta área também,
poderíamos agregar o histórico de manutenção do veículo”.

sumário
Fonte: Jornal Oficina Brasil

90 Reparação como arte – antigomobilismo

A oficina de restauração Perfection há dez anos monta e desmonta modelos anteriores à década de
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Com foco no serviço específico de restauração, o proprietário passou a solicitar que os clientes providenciassem
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

a compra das peças, e estabeleceu parceria com uma oficina de funilaria. Desta forma, economiza tempo para se
dedicar aos detalhes exigidos neste tipo de serviço de reparação.

Atendimento especial – mulheres

O público feminino representa uma parcela significativa dos clientes das oficinas. Este público, entretanto, deman-
da tratamento diferenciado quanto ao atendimento, à limpeza, à organização e à boa aparência do local.

Buscando conquistar e fidelizar este público, algumas empresas de reparação vêm implantando estratégias es-
pecíficas para o atendimento das mulheres, inclusive oferecendo curso exclusivo de manutenção preventiva para
clientes e convidadas. Existe, ainda, a possibilidade de a oficina se posicionar no mercado como atendimento
exclusivo às mulheres. É o caso da Meu Mecânico (Brasília), que prioriza a contratação de profissionais do sexo
feminino para prestar os serviços de reparação às clientes; cria promoções como o vale-manicure – enquanto o
veículo é consertado a cliente faz as unhas; a Terça para Mulheres (TPM), dia de descontos nos serviços; e utiliza
no marketing da oficina linguagem e cores do universo feminino.

Make Up – estética automotiva

Partindo do conceito de oficinas de funilaria conhecidas como martelinho de ouro, a Make Up evoluiu para
sumário o formato de estética automotiva. “Do pequeno arranhão à grande colisão” é o slogan da franquia gaúcha
especializada em reparos de funilaria. Fundada em 1995, já contabiliza 29 unidades no Sul do país.

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Ao apostar em tecnologias de reparo e na colaboração entre franqueados, a Make Up fatura R$ 23,5 milhões por
Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

ano com serviços de estética automotiva. Com base na aplicação de componentes químicos de baixo impacto e
de cera de alta resistência, o sistema desenvolvido permite fazer pequenos reparos na pintura de veículos em até
sete horas. Paralelamente aos serviços de estética, a empresa também realiza consertos para seguradoras.
Fonte: Revista PEGN – maio 2015.

Torigoe – leves e pesados

A Torigoe (São Paulo) apresenta um modelo de negócio bem particular:

a) Atende veículos leves, que correspondem a 60% do faturamento, e veículos pesados (caminhões),
correspondendo a 40%;

b) A infraestrutura física da oficina atende prioritariamente os veículos leves. Os pesados são atendidos
nos locais indicados pelos clientes, por um profissional que se desloca em um veículo preparado para
este tipo de atendimento;

c) A oficina utiliza os serviços da empresa Autodiag, que oferece help desk por meio de um scanner que
é plugado no carro e conectado a um notebook, permitindo que um engenheiro locado nos Estados
Unidos acesse os sistemas do carro e oriente o profissional para o conserto;

d) Com foco na sustentabilidade, adaptou a oficina de acordo com as leis e as normas vigentes. Foi além
sumário da obrigatoriedade do ecologicamente correto e rentabilizou o descarte do óleo, firmando contrato
com uma empresa que recolhe o resíduo e paga a oficina por este material.

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Scopino – gestão integrada


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

A Scopino é uma oficina multimarcas que tem como diretor-geral um empreendedor que, além de profissional da
reparação mecânica, é palestrante, professor de aulas on-line e consultor no segmento automotivo. Destacamos
algumas boas práticas da Scopino:

a) Os uniformes são locados e higienizados pela Alsco Toalheiro Brasil, especialista em lavagem de roupas e
EPIs contaminados com solventes, óleos e graxas, evitando que os sejam lavados nas casas dos funcioná-
rios, que não possuem produtos e máquinas próprias para a descontaminação;

b) Possui uma área chamada de carros demorados que atende aos veículos que demandam reparos mais es-
pecializados e customizados. Esta área permite gerenciar as horas de trabalho dos mecânicos, pois todos
sabem que nos momentos de uma provável ociosidade devem se dirigir para os carros demorados;

c) Conquistou o Selo Sindirepa de Sustentabilidade e desenvolve parcerias com a prefeitura e a comunidade;

d) Utiliza normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para garantir a qualidade de seus serviços.

sumário

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Renova Ecopeças – desmontadora de veículos


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

A Renova Ecopeças (São Paulo) é pioneira na desmontagem, na reci-


clagem e no reaproveitamento de peças e de componentes automo-
tivos. Trata-se de um modelo específico de negócio que se diferencia
dos tradicionais desmanches. Algumas características:

a) Peças com garantia e rastreabilidade, além de soluções para des-


carte adequado de veículos em final de vida útil;

b) O processo de desmontagem se inicia com a descontaminação


dos veículos, incluindo fluidos e gases, seguido do estiramen-
to, remoção das peças e triagem para classificação. Cada peça
identificada ganha uma etiqueta que garante sua procedência,
rastreabilidade e histórico. É destinada, então, para estoque e
venda. As peças são vendidas para clientes finais pessoas físicas
e jurídicas, revendedores, varejistas e oficinas;

c) Possui Selo Verde de certificação ambiental do IQA;

d) Atende às exigências da Lei do Desmanche – Lei nº 12.977/2014.


sumário

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Custom car – customização


Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

A Hot Company Brasil é especialista em customização de automóveis antigos atu-


ando desde a construção de chassi, modificações na carroceria, tapeçaria, elétrica,
pintura, até a preparação de motores em modelos como Chevrolet Suburban 1948,
Ford F1 1948, Chevrolet 1939, entre tantos outros.

Lowrider – estratégia de nicho

Os lowrider são carros com o sistema de suspensão modificado


para rodar o mais próximo possível do chão; a pintura pode ser Importante observar que a oficina
a tradicional, mas geralmente é diferenciada, com desenhos e que optar por esse tipo de serviço
cores extravagantes; as rodas normalmente são grandes e cro- precisa estar ciente de que o
madas; contam com um sistema de som potente; e com a in- lowrider faz parte de um movimento
dispensável suspensão hidráulica que, além de aproximar o carro cultural que surgiu nas periferias
do chão, possibilita os característicos “pulos” ou wheelies (cava- dos Estados Unidos, divisa com
linhos) típicos do lowrider. o México. Esta herança faz com que
os grupos de lowrider interajam
constantemente e uma oficina que
deseje atendê-los deverá conhecer o
sumário perfil deste potencial cliente.

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Perfil dos negócios
de reparação
automotiva

Exclusividade – atendimento por marca

A DR Chrysler é uma oficina especializada nos veículos das marcas Jeep, Dodge e Chrysler.  A empresa também
trabalha com a estratégia de mecânica geral com a Peghasus Motors.

Reparação express – conveniência para o cliente

A oficina de nome Lowrider Reparação Automotiva aposta no conceito express como diferencial. A reparação
rápida de pequenas e médias avarias é entregue em até 24 horas. A oficina oferece o seguinte conjunto de servi-
ços: funilaria, pintura, mecânica, revisão, restauração e personalização.

Napa Autocare

A Napa Autocare pratica um modelo de negócio bastante peculiar em uma rede que junta autopeças e oficinas,
operando nos Estados Unidos e no Canadá. O foco encontra-se em três tipos de atividades: mecânica, colisão
e truck center (centro para caminhões). Outro diferencial é a garantia nacional que cobre todo o país.

sumário

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sumário

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Cadeia produtiva
do segmento automotivo:
estrutura em processo
de mudança
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endência otiva 201
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Cadeia produtiva do
segmento automotivo:
estrutura em processo
de mudança

Como os canais e os elos da


cadeia estão evoluindo?

Qual o papel de cada um deles e


as tendências futuras?

A cadeia produtiva do setor automotivo está em plena movimentação de sua estrutura. A mudança de matriz de
combustível para veículos híbridos e elétricos poderá alterar toda esta cadeia, além dos parâmetros de competiti-
vidade, barreiras de entrada e fornecedores.

Novos entrantes na cadeia, como Google, Apple, Microsoft, International Business Machine (IBM), Autozone,
Mercado Car, Americanas.com, Amazon.com, entre tantos outros, estão afetando inclusive a forma como o con-
sumidor final enxerga o papel do veículo, reordenando-o em sua lista de prioridades de compra. Também afeta a
relação do proprietário com o veículo quanto a reparos e manutenção, trazendo o conceito do faça você mesmo,
que diminui a demanda por serviços nas oficinas.

Considere também outro ator inusitado que entra na cadeia por exigência da tendência de sustentabilidade.
sumário São as desmontadoras de veículo, localizadas no extremo oposto da cadeia que tem as montadoras
como ator principal.

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O diagrama
Cadeia produtiva do
segmento automotivo:
estrutura em processo
de mudança

ao lado ilustra
a cadeia com
sua estrutura
e relações
tradicionais,
e os novos
atores e
respectivos
elos.

sumário

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Mudanças do comércio de autopeças na cadeia produtiva


Cadeia produtiva do
segmento automotivo:
estrutura em processo
de mudança

A estratificação dos canais de venda de autopeças evidencia o processo de mudança do perfil da reposição no
país, indo além dos já tradicionais distribuidor e varejista. Se considerarmos que as peças correspondem a 65%
do valor da composição do preço dos serviços prestados, esta mudança, então, pode afetar o faturamento das
oficinas, além de já ameaçar a sobrevivência da distribuição (atacado). As mudanças ocorrem por influência de
uma série de fatores:

a) Entrada de parceiros comerciais com novos modelos de negócios; grandes redes de lojas internacio-
nais, como a Autozone; venda on-line, como a Americanas.com no Brasil, com entrega em domicílio;
Amazon.com nos Estados Unidos; ou ainda as desmontadoras oferecendo peças certificadas, de quali-
dade e preço competitivo;

b) Oficinas mecânicas que prestam serviços de reparação também vendem peças;

c) Consumidor que passa a comprar as peças para levar à oficina ou ainda para fazer, ele próprio, o reparo
em casa;

d) As seguradoras compram as autopeças e encaminham às oficinas.

Para avaliar essas mudanças no formato do comércio de autopeças destacamos, a seguir, duas questões
sumário relevantes: o papel do distribuidor atacadista e a presença de novos entrantes no mercado de varejo, com
estratégias de venda inovadoras inspiradas nos shopping centers.

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Cadeia produtiva do
segmento automotivo:
estrutura em processo
de mudança

A IMPORTÂNCIA DO VAREJO PARA A REPARAÇÃO

“Em um país tão grande e de estrutura logística deficitária, a


capilaridade do mercado se dá pelo varejo. No Brasil existe uma
cultura de manutenção corretiva. A demanda nasce quando o
carro já está no elevador. Neste caso, conta a disponibilidade do
estoque mais próximo e mais ágil que está no varejo”
(La Tôrre, presidente da Sincopeças).

As grandes redes do aftermarket aproximam-se das oficinas.


É o fim da figura do distribuidor?
Com o avanço da tecnologia aplicada aos veículos e a concorrência das concessionárias, alguns fabricantes e
distribuidores de autopeças perceberam que se não se aproximassem das oficinas independentes, correriam
o risco de perder mercado ou mesmo de desaparecer. A partir dessa visão de mercado, começaram a surgir
grandes redes, como Eurogarage (Europa), Pit Stop e Bosh, fornecendo peças, tecnologia, gestão profis-
sumário sional e capacitação de mão de obra às oficinas mecânicas.

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Modelo europeu
Cadeia produtiva do
segmento automotivo:
estrutura em processo
de mudança

Frota circulante nova e conceito de manutenção preventiva bem difundido. A maioria dos distribuidores e lojas de
autopeças transformou-se em uma única empresa.

Modelo americano (Estados Unidos)

Frota nova. O americano tem o hábito de fazer ele mesmo o reparo no carro, comportamento conhecido como
“do it yourself” (faça você mesmo), que fez surgir grandes marcas varejistas como Autozone e Pep Boys, fazendo
com que as oficinas mecânicas perdessem espaço. “O futuro das autopeças é o varejo. A distribuição abre novos
pontos, em uma tentativa de aproximação com o cliente final em vez de ter apenas contato com o reparador
= oficina” (Cléber Coutinho, diretor da Rede Âncora).

Novos entrantes no mercado de varejo de autopeças

A aquisição de autopeças
com clima de compras em
shopping center.
sumário

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Autozone – gigante do varejo de autopeças


Cadeia produtiva do
segmento automotivo:
estrutura em processo
de mudança

A Autozone é uma das maiores empresas americanas do varejo de autopeças, funcionando com lojas próprias e
vendas on-line. A rede está presente no Brasil, com várias lojas no estado de São Paulo, com aproximadamente
14 mil itens nacionais, importados e marca própria.

Alguns diferenciais do modelo de negócio


da Autozone podem impactar

o formato da distribuição de autopeças na


cadeia automotiva.

a) Atendimento especializado com consultores técnicos que ajudam clientes indicando soluções para os pro-
blemas relatados, recomendam peças e acessórios e orientam como fazer consertos e instalações. Esta
estratégia de consultoria técnica atende às classes D e E, que têm acesso a veículos usados e tendem a
ser mais abertas para fazer reparos básicos dos veículos em vez de arcarem com a mão de obra cobrada
pelas oficinas;
sumário
b) O público-alvo principal é o proprietário do veículo, além de reparadores e dos demais interessados
do segmento;

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c) Venda e empréstimo de ferramentas;


Cadeia produtiva do
segmento automotivo:
estrutura em processo
de mudança

d) Incentivo do conceito “faça você mesmo” (do it yourself), trazendo para o mercado brasileiro a prática co-
mum dos americanos de fazer pequenos reparos no seu próprio veículo.

Para complementar, a diversidade dos itens vendidos e o layout da loja criam um clima de shopping e reforçam
o conceito de experiência agradável de compras. Os itens do catálogo vão desde peças mais específicas, como
componentes de freio e sistema de ignição, até baterias, tapetes e capa para banco.

A empresa também destaca-se pelo modelo enxuto de funcionários, no qual poucos colaboradores trabalham no
formato de rodízio em diferentes funções.

Mercado Car – loja 24 horas e sound machine (test drive de som)

A Mercado Car é uma empresa brasileira do varejo de autopeças que funciona com cinco lojas próprias em São
Paulo, além de vendas on-line, e explora o conceito de shopping de autopeças. Alguns diferenciais são:

a) Horário de shopping center – todas as lojas abrem de segunda a domingo. A do bairro Barra Funda fun-
ciona 24 horas;

b) Sound machine – test drive de som: espaço reservado para que o cliente teste o som que deseja ad-
quirir para o seu carro;
sumário

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c) Vendas + serviços rápidos – nas lojas também é possível contratar serviços rápidos de troca de óleo, pneus,
Cadeia produtiva do
segmento automotivo:
estrutura em processo
de mudança

instalação de som e acessórios;

d) Loja especializada na linha de autopeças de caminhões, também no bairro Barra Funda, mas em endereço
diferente da loja 24 horas.

sumário

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sumário

Perfil do consumidor
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Perfil do
consumidor

O Brasil tem um
dos índices mais altos
Conhecer o perfil de intenção de compra de
do cliente do fabricante/marca carros:
pode facilitar a fidelização
na oficina. 83% dos consumidores
pretendem comprar um
veículo nos próximos
cinco anos.

Apesar desse alto percentual de interesse na aquisição de um veículo, o consumidor brasileiro está mais conser-
vador para assumir novos gastos, devido às dificuldades do ambiente econômico e financeiro do país. Este
cenário pode representar uma oportunidade para as empresas de reparação. Neste momento, os carros
usados são mais procurados do que os novos, aumentando o estoque reparável de veículos.

sumário O comportamento desse consumidor de veículos está em processo de mudança devido a variáveis exter-
nas ao segmento automotivo, tais como a sustentabilidade e a tecnologia.

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Consumidor jovem
Perfil do
consumidor

Convergência tecnológica e infotainment

Na hora da compra, o foco pode estar na conectividade


do veículo com seus equipamentos digitais, em vez de na
marca propriamente dita da montadora.

A preferência pessoal por determinada marca de celular ou sistema operacional (iOS, Android) pode, nos próximos
anos, definir a escolha de um automóvel no caso de clientes mais jovens. Para eles, telefones inteligentes, tablets,
aplicativos e mídias sociais são indissociáveis dos seus estilos de vida. Para as pessoas das outras gerações, en-
tretanto, estes critérios ainda não são decisivos. Além da conveniência da conectividade, os jovens também espe-
ram desfrutar no carro de infotainment. Ou seja, ter experiência prazerosa e divertida enquanto estiver dentro do
carro a partir do uso de aplicativos, vídeos, envio de mensagens, fotos, conexão com as redes sociais, música
direto da playlist do celular etc. Ainda em relação à tecnologia:
• Entre os brasileiros, 72% relacionam a maior inclusão de tecnologia nos veículos com o aumento da
sumário
segurança, inclusive com a diminuição dos riscos em relação à distração ao volante;

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• Ainda segundo os brasileiros, 52% esperam que a tecnologia traga mais conforto a bordo e aprimore a
Perfil do
consumidor

experiência de dirigir.

Combustíveis alternativos, segurança e conforto

Entre os jovens brasileiros, 64% esperam dirigir um automóvel com propulsão alternativa, ou seja, um híbrido,
híbrido plug-in, a gás natural ou em elétricos com célula de hidrogênio.

Mobilidade inteligente

Atualmente o consumidor está interessado em se deslocar, independentemente de ser no próprio carro. Por isto,
está aberto a ações como compartilhamento de veículos (carona, aplicativo Uber), bicicleta, metrô, conforme pode
ser visto em algumas capitais.

sumário

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Perfil do
consumidor

ESPECIFICIDADES DOS CONSUMIDORES E DO MACROAMBIENTE


HOMEM X MULHER
Para homens e mulheres os fatores mais importantes na decisão de compra
são: preço e consumo de combustível.
Os homens ainda consideram: marca, segurança e potência do motor.
E as mulheres: segurança, comodidade no interior do carro e marca.
BRASIL X JAPÃO – DECISÃO DE COMPRA
Brasil: custo de aquisição/preço, economia de combustível e manutenção.
Japão: local em que vai parar o veículo. Os compradores precisam
comprovar que têm um local de estacionamento.

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Gastos estimados com manutenção de veículos por classes


Perfil do
consumidor

O IBGE, na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2012 (IBGE, 2012), identificou o gasto médio com manuten-
ção de veículos em cada classe socioeconômica brasileira, em um total de R$ 128 bilhões.

GASTOS ANUAIS ESTIMADOS


Manutenção de veículos por Classes
CLASSE GASTOS
A R$ 25.728.903.214,00
B R$ 73.104.144.373,00
C R$ 25.963.829.365,00
D R$ 3.584.650.440,00
E R$ 81.777.347,00
Fonte: Cartilha Sebrae SP 201; IBGE - POF - Pesquisa de Orçamento Familiar
IBGE - PNAD - Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio - 2012

A classe A responde por 20% do gasto anual, enquanto as classes B e C respondem por 77%, e a classe D
por apenas 3%.
sumário

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endência otiva 201
Guia de T Reparação Autom
de
Serviços
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Perfil do
consumidor

Identificar o perfil
do consumidor do setor
automotivo pode ser fator
decisivo de sucesso na oferta de
serviços da sua oficina.

sumário

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sumário

Visão de futuro do
segmento automotivo
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Tendências ANO
e oportunidades
Visão de futuro do
segmento automotivo

2034

7,4
95,2 Habitantes População Combustível Marca líder
milhões Propulsão elétrica Carros compactos,
milhões Licenciamentos por veículos 226 Célula de Econômicos e
Frota 2,4 milhões combustível Premium

AUTOMÓVEL 4.0

• Sistemas de propulsão
alternativos
• Veículos autônomos
• Convergência tecnológica
• Mobilidade
inteligente

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No ano de 2034 a frota circulante será de 95,2 milhões e o total de licenciamento de 7,4 milhões de veículos. A
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segmento automotivo

população brasileira terá alcançado a faixa de 226 milhões de pessoas. Cruzando os dados da população com a
frota em 2034, chega-se a um percentual de 2,4 habitantes por veículos.

Esses são dados da Anfavea (2014), no estudo “2034 – uma visão do futuro”, com projeções do setor automotivo
para os próximos 19 anos, conforme gráficos a seguir. O resultado mostra que o mercado terá crescimento contí-
nuo, com a população adquirindo cada vez mais carros.

Gráficos do estudo da Anfavea (2014) intitulado “2034 – uma visão de futuro”, com projeções em três cenários

EVOLUÇÃO DA FROTA DE AUTOVEÍCULOS


HISTÓRICO E PROJEÇÃO: 1994-2034 105,5
milhões

95,2
milhões Cenário otimista
84,6 Cenário básico
39,7 milhões
15
milhões milhões Cenário pessimista

sumário 1994 2013 2034

Fonte e Projeção: Anfavea

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segmento automotivo

LICENCIAMENTO DE AUTOVEÍCULOS
HISTÓRICO E PROJEÇÃO: 1994-2034

8,3
milhões

7,4
milhões Cenário otimista
6,3 Cenário básico
milhões
3,6
milhões Cenário pessimista

1,5
milhões

1994 2014 2034

Fonte e Projeção: Anfavea

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TAXA DE MOTORIZAÇÃO: BRASIL


HISTÓRICO E PROJEÇÃO: 1994-2034

11
milhões
5,1
milhões

2,7
milhões 2,4
milhões
2,1 Cenário otimista
milhões
Cenário básico
Cenário pessimista

2014 2014 2034

Fonte e Projeção: Anfavea

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POPULAÇÃO BRASILEIRA
HISTÓRICO E PROJEÇÃO: 1994-2034

226
milhões

201
milhões

159 Projeção IBGE


milhões
Histórico IBGE

2014 2014 2014

Fonte e Projeção: Anfavea

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A indústria automotiva estará na geração automóvel 4.0, conforme prognóstico da consultoria Roland Berger Stra-
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tegy Consultants (2015) em seu periódico “Think act: automotive 4.0 – a disruption and new reality in the US?”.
Esta geração 4.0 de veículos tem como principais características:

• Veículos autônomos – carros com passageiros, mas sem motoristas, com infraestrutura das cidades adap-
tada para que funcionem de forma integrada ao ambiente;
• Convergência tecnológica – conectividade, WiFi, redes sociais, sensores ultrassônicos, módulos eletrô-
nicos, scanners, reparação de falhas por controle remoto, georreferenciamento, prevenção de acidentes,
engarrafamentos;
• Mobilidade inteligente – automóvel combinado com outras formas de transporte, como a bicicleta, e com-
partilhamento de veículos, como a carona inteligente e aplicativos como o Uber;
• Sistemas de propulsão alternativos – tecnologias do motor: elétrico, hidrogênio.

A eficiência energética, principal diretriz tecnológica na indústria automotiva, aliada às questões relacionadas à
sustentabilidade, resultou em novas tecnologias de propulsão e energias alternativas, representando um novo
paradigma do ponto de vista industrial.

Portanto, será o tempo da tecnologia do motor a propulsão elétrica (energia limpa/verde) combinada com
sumário algum outro sistema auxiliar (híbridos): tração de recarga externa, combustão interna, energia de acu-

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muladores elétricos, ou ainda conversão da energia química do hidrogênio em energia elétrica proveniente de
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diferentes fontes. Estes sistemas de propulsão conviverão com outras fontes alternativas de energia, como gás
natural, etanol, biodiesel, além de formas inovadoras que as pesquisas certamente terão revelado. Para que o Bra-
sil compartilhe desta evolução tecnológica, a Anfavea encaminhou, em 2014, para o governo federal, proposta de
incentivo à pesquisa, à produção e à comercialização de seis modelos de veículos elétricos e híbridos.

NOME TECNOLOGIA DO MOTOR


Motor a combustão interna combinado com sistema
Mild Hibrido
auxiliar de tração.
Motor a combustão interna combinado com outro
Full Híbrido sistema de tração, que trabalham em conjunto ou
separadamente.
Motor a combustão interna combinado com outro
Plug-in Híbrido sistema de tração, que trabalham em conjunto ou
separadamente, com tecnologia de recarga externa.
Opera predominantemente como elétrico, sendo
Elétrico com Autonomia que o motor a combustão interna entra em operação
Estendida quando a bateria se encontra na condição de carga
para aumentar o desempenho.
Motor de propulsão elétrica, com energia
Full Elétrico
provenientemente de acumuladores elétricos.
Motor de propulsão elétrica, com conversão da
Célula de Combustível
energia química do hidrogênio em energia elétrica,
(fuel cell)
sumário proveniente de diferentes fontes.
Fonte: Anfavea BAG 2015

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As autopeças e oficinas receberão parte desta revolução presente nos novos materiais mais leves, finos e resis-
tentes desenvolvidos pela indústria com o objetivo de melhorar o desempenho dos veículos, aumentar a seguran-
ça dos passageiros, reduzir custos, diminuir os impactos ambientais e aprimorar os processos de produção.

MATERIAIS E PROCESSOS COM ALTA TENOLOGIA


Nanotecnologia é a ciência de trabalhar com átomos e moléculas para
desenvolver materiais ou equipamentos extremamente pequenos.

Nanotecnologia - Nanotubos condutores de carbono.


Nanomateriais Nanocelulose - fibra produzida a partir de algas, mais leve e forte do que
fibra de carbono.
Penus reforçados com nanopartículas, menor desgaste.
Grafeno Tipo de aço 200 vezes mais forte, porém fino como um átomo.
Gorilla Glass Vidor endurecido quimicamente, tornandose extremamente resistente.
Desenvolvido pela Nasa, é um dos materiais mais leves do mundo. É
Aerogel
constituído de 99,9% de ar, mas é capaz de manter um formato sólido.
Sensor que usa ondas sonoras para detectar objetos à distância ou para
Sensor Ultrassônico
detectar pessoas/movimentos dentro dos carros.
Tecnologias Câmeras / Ondas de Rádio / Laser / Wireless / Microprocessadores
Sistema de Freios e Alertas Alarmes: visual, sonoro, por vibração do volante.

sumário Fonte: Auto Alliance - Driving Innovation

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Todos esses materiais ou soluções deverão estar nas oficinas. Portanto, é importante, por exemplo, que as
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segmento automotivo

empresas de funilaria estejam antenadas com materiais como o grafeno, forma de carbono altamente resistente
e que talvez venha a requerer equipamento ou processo específico no momento da reparação. O mesmo se aplica
para o vidro gorilla glass no caso de empresas de serviços de vidraçaria em veículos.

Quanto à liderança do mercado entre as montadoras, será líder a marca que oferecer veículos compactos (me-
nores), com alto desempenho, econômicos, e com itens dos carros premium como conforto, potência, silencioso,
design, interatividade com o celular, redes sociais, aplicativos, segurança (airbag, alarmes, barras de proteção
lateral, sistemas de prevenção de acidentes e colisão), câmbio automático, entre outros. A palavra de ordem será
ultraconveniência, indo da conveniência ao infotainment. Ou seja, o carro como um iPhone de rodas, funcionando
como os celulares atuais: telefone, localização, registro (fotos e vídeos), diversão, comunicação textual, utilitário
(despertador), conexão com outros meios de transporte etc.

Em 2034, apesar do número de carros circulando e de toda essa tecnologia, o desafio do setor e, em especial,
o da reparação automotiva, será ainda maior. Acompanhar toda esta revolução exigirá das oficinas esforço
para reinvenção do próprio modelo de negócio. Desta forma, poderão manter seu nível de competitividade e de
inovação no mercado. Deve-se considerar que os carros híbridos, os elétricos e à base de hidrogênio já são uma
realidade e rodam pelas estradas do mundo e do Brasil, mesmo que ainda em números não tão relevantes se
consideradas as outras formas de propulsão e combustível.

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AUTOMÓVEL 4.0
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• Sistemas de propulsão alternativos


• Veículos autônomos
• Convergência tecnológica
• Mobilidade inteligente
1 2 3 4

O conceito de automóvel 4.0 tem como pilares inovações e tecnologias que ainda precisam ser mais bem entendi-
das pelas empresas de reparação automotiva para que possam, então, atender à esta nova realidade do segmen-
to. Para facilitar este entendimento destacamos a seguir alguns exemplos de:

• Sistemas de propulsão alternativos: hidrogênio e elétrico;


• Veículos autônomos: Google car; AUTOMÓVEL 4.0

• Convergência tecnológica e mobilidade inteligente. • Sistemas de propulsão


alternativos

HIDRIGÊNICO

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Carro a hidrogênio = green energy


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As células de combustível permitem gerar energia de for-


ma limpa a partir de hidrogênio (ou outras fontes) sem gerar
emissões poluentes, tendo a vantagem de permitir reabas-
tecimentos em tempo idêntico ao que se gastaria em um
automóvel convencional à gasolina, e também autonomias
superiores às dos carros elétricos com baterias. Pode fazer
600 km com um abastecimento, que é mais, em alguns ca-
sos, do que faz o carro a combustão; solta vapor de água
do escapamento, eliminando o lançamento de poluentes no
ar; e usa combustível que se encontra na natureza e não
precisa ter bateria de grande autonomia para acumular essa
energia porque ela vai sendo gerada na medida em que o
hidrogênio vai passando pelo processo químico.

Saiba mais sobre o motor a hidrogênio


• Livro “Fuel cell, o meio ambiente e o carro”, da Editora Cassara;
sumário • Vídeos: <https://www.youtube.com/watch?v=ed-F-uDi_ko>;
<https://www.youtube.com/watch?v=voefyqHWrYM>.

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segmento automotivo

AUTOMÓVEL 4.0
• Sistemas de propulsão
alternativos
ELÉTRICO
• Veículo Autônomo

Carro sem motorista – Google car

Você está pronto para ser conduzido não por um motorista, mas pelo seu próprio carro? Você está pronto para os
driverless car (veículos autônomos) sem volantes e sem pedais?

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O driverless car, ou veículo autônomo, marca a revolução de um tempo de carros sem


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motoristas. O Google já está em fase de teste do seu modelo de veículo autônomo,


elétrico, capaz de se orientar por conta própria no trânsito, podendo reduzir os engarra-
famentos e até mesmo os acidentes. Os detalhes sobre toda a tecnologia de comuni-
cação utilizada neste modelo reforça o cenário de ruptura que o segmento automotivo
vive e que as oficinas precisam acompanhar.

Veja algumas das tecnologias utilizadas:

a) Laser range finder – o coração do carro do Google é a câmara superior do telhado rotativo, que é um
telêmetro laser. Com a sua matriz de 64 feixes de laser, esta câmera cria imagens 3D de objetos que
ajudam o carro a identificar perigos ao longo do caminho;

b) Câmera frontal – câmera montada no para-brisa para que o carro localize objetos à frente e para detectar
sinais de trânsito e semáforos;

c) Bumper radar mounted – quatro radares na parte dianteira e traseira do para-choques do carro permitem
mapear os veículos em volta. O sensor do radar mantém um “olho digital” no carro da frente e um sof-
tware é programado para manter uma distância de 2-4 segundos. Assim, com esta tecnologia o carro vai
automaticamente acelerar ou desacelerar, dependendo do comportamento do carro/condutor à frente;

d) Geolocalização – uma antena na parte traseira do carro recebe informações sobre a localização precisa
do carro por meio de um GPS;
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Fonte: www.autoinnovation.org

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e) Sensores ultrassônicos – um ultrassom em uma das rodas traseiras ajuda a manter o controle dos movi-
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mentos do carro e alerta sobre os obstáculos na parte traseira. Estes sensores ultrassônicos já estão em
uso em alguns carros que possuem o park assist, tecnologia para ajudar a estacionar;

f) Dispositivos dentro do carro – altímetros, giroscópios e tacômetros que determinam a posição muito pre-
cisa do carro, graças aos vários parâmetros que medem. Isto oferece dados de alta precisão para o carro
funcionar com segurança;

g) Sinergia entre os sensores – todos os dados recolhidos pelos sensores são recolhidos e interpretados con-
juntamente por CPU do carro ou no sistema de software integrado para criar uma experiência de condução
segura;

h) A estrada e as pessoas – o software interpreta os acontecimentos na estrada durante a viagem, além dos
sinais e do comportamento das pessoas, como ciclistas e pedestres, tendo condições de tomar decisões
seguras e inteligentes em estradas movimentadas;

i) Mapeamento prévio – quando o veículo autônomo é testado, outro carro normal é conduzido ao longo da
rota e traça as condições da estrada, rotatórias, desvios, incluindo sinais de trânsito. Este mapa é alimenta-
do no software do carro, ajudando a identificar qual é a parte irregular da estrada. 
Fonte: <http://www.national.co.uk/tech-powers-google-car/>.

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segmento automotivo

Para conhecer melhor a proposta da Google veja os vídeos:


<http://www.google.com/selfdrivingcar/>;
<http://www.google.com/selfdrivingcar/where/>.

AUTOMÓVEL 4.0
• Convergência
tecnológica
• Mobilidade
Inteligente

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A convergência tecnológica e a busca pela mobilidade inteligente trazem como resultado a multiconexão automo-
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tiva. Os veículos atualmente podem ser rastreados via satélite, se comunicar com outro veículo ou mesmo com
a infraestrutura das estradas, se conectar à rede de telefonia celular ou à nuvem, emitir e receber comandos por
frequências de rádio, e ainda fazer uso de antenas e sensores.

Essas tecnologias disponíveis possibilitam o desenvolvimento de sistemas de comunicação e interatividade que


são conjugados com outros sistemas, como o de segurança do veículo, por exemplo. Permitem também que
os usuários permaneçam conectados a seus veículos 24 horas por dia, inclusive quando estão desligados ou
estacionados, conforme exemplifica o gráfico acima.

Google e Apple

Com a necessidade de conectividade total dentro dos veículos, entram em cena empresas de tecnologia e comu-
nicação, como o Google e a Apple, que passam a fornecer seus sistemas para as montadoras: Android Auto e Car
Play, respectivamente.

Aplicativos

Os aplicativos também estão presentes no segmento automotivo servindo aos mais diferentes propósitos.
sumário Para exemplificar destacamos, a seguir, dois aplicativos. O Smile Drive, que atende à demanda de conec-
tividade a bordo quanto às redes sociais, e o Carro 100% relacionado à manutenção preventiva.

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Smile Drive – integração com as redes sociais


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segmento automotivo

O Smile Drive se conecta ao carro por bluetooth possibilitando: compartilhar nas redes sociais percurso, fotos e
comentários; marcar os amigos; interagir automaticamente com outros carros que estejam usando o Smile Drive;
fazer check-in ou um post utilizando apenas comandos de voz; ditar mensagem de texto para o computador de
bordo, que traduz para o celular e envia para o contato escolhido sem que seja preciso tocar no aparelho.

Carro 100% – ênfase na manutenção preventiva

O Carro 100% avisa ao motorista quando é necessário checar pastilhas de freio, amortecedor, filtros, entre outros
componentes de uma lista de 25 itens. O objetivo principal é conscientizar o motorista sobre a importância da prá-
tica da manutenção preventiva, em uma iniciativa do Grupo de Manutenção Automotiva (GMA) com as entidades
do setor de reposição (Sindipeças, Andap, Sicap, Sincopeças/SP e Sindirepa Nacional).

Carros elétricos: o futuro no presente

As inovações tecnológicas e os avanços da indústria automotiva estão presentes em diversos modelos de


veículos que já circulam no mercado.

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Sua oficina está preparada para receber alguns destes


modelos? Alguns deles estão à venda no Brasil.

VEÍCULOS – PROPULSÃO ALTERNATIVA

Vendas Preço médio


Montadora Carro Sistema realizadas de venda (*)
Tesla Model S Elétrico 2.000 R$ 319.000,00
Nissan Leaf Elétrico 1.817 R$ 150.000,00
i3 Elétrico 922 R$ 235.950,00
BMW
i8 Elétrico - R$ 799.950,00
Elétrico
Vendas a partir do terceiro
Toyota Mirai hybrid synergy
trimestre de 2015
drive 

Google Google car Elétrico Sem previsão


Fontes: Anfavea (2014) e site <www.extremetech.com>.
Nota: (*) Preços aproximados.
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O futuro do futuro
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Estamos em um futuro de algumas décadas à frente. O trabalho é diferente, pois os centros urbanos não precisam
O futuro
do futuro

mais existir. Não importa de onde vem o produto ou serviço, mas sim que ele chegue o mais rápido em sua casa.
Os horários comerciais e dias úteis não têm mais sentido. Tudo funciona o tempo todo. As pessoas realizam suas
atividades profissionais por pacotes sugeridos de acordo com a experiência, produtividade e disposição fisiológica.
O deslocamento para o trabalho não existe mais. E, assim, os chamados movimentos pendulares, periferia-centro
pela manhã, centro-periferia no fim da tarde não mais ocorrerão.

Fim dos engarrafamentos. Fim do transporte de massa. Fim da poluição. Tão pessoal quanto suas operações nos
smartphones, serão suas atividades cotidianas.

Programada a agenda do dia, mês ou ano, o transporte público individual chega à residência no horário exato. Elé-
trico ou a hidrogênio, o veículo movimenta-se em alta velocidade deixando o cidadão do outro lado da cidade em
poucos minutos. Ele foi visitar familiares. Combinam uma viagem.

No dia da saída para o passeio, as agendas dos parentes indicam que cada um estará em um lugar diferente, mas
não impedindo a chegada ao destino no horário exato. Todos são pontuais, até mesmo aquele indivíduo que estava
em um veículo acusando alta probabilidade de defeito dentro de uma hora. Em seu caso, apareceu um prestador
de serviço móvel de reparação veicular. A peça que estava para quebrar foi substituída por uma construída em pou-
cos minutos com a impressora 3D acoplada a um drone que a entregou. O veículo compensa o tempo, por uma
via expressa em que todos andam a 300 km/h, movimentando-se como um cardume de peixes sincronizado,
sem risco de acidentes. O reabastecimento é feito durante o trajeto por indução magnética.

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Mesmo em veículos individuais, toda a família está reunida, pois a tela interna do veículo cria a uma sala de reuni-
O futuro
do futuro

ões virtual, como se todos estivessem juntos em um domingo à tarde. Surge, então, o lançamento mais esperado
do ano: o veículo individual voador. O sonho de Santos Dumont foi realizado. Cada pessoa com seu par de asas.
Não há mais fronteiras no mundo, pois grandes aeronaves movidas à energia solar reúnem veículos individuais
para viagens a outros países.

É possível que nenhuma dessas previsões esteja correta, mas a evolução da conectividade e a necessidade da
utilização do tempo cada vez mais individualizada oferecerão novas soluções e novos caminhos. O que parece
certo é que os pequenos negócios, no futuro, quase individuais, crescerão com a oferta de produtos e serviços
únicos utilizando as ferramentas que o presente já fornece, mas muito mais integradas. A produção e o desen-
volvimento acontecerão de forma sincronizada com a ideia. O conhecimento da humanidade crescerá a volumes
inimagináveis e, para aproveitar as diversas possibilidades de crescimento pessoal que surgirão dia após dia, o
tempo será cada vez mais raro e valioso. Portanto, essa nova forma de mobilidade será fundamental para nossa
caminhada evolutiva e temos que estar preparados, acompanhando as oportunidades e as tendências. Sucesso
em seus negócios e até mais!

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Referências
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Referências

ANFAVEA – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. 2034 – uma visão do
futuro. São Paulo: Anfavea, 2014.

______. Anuário da indústria automobilística brasileira – 2015. São Paulo: Anfavea, 2015a.

______. Guia setorial da indústria automobilística brasileira – 2015. São Paulo: Anfavea, 2015b.

AUTO ALLIANCE. How automakers are driving innovation – 2015. Washington: Auto Alliance, 2015.

BNDES – BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Perspectivas do investimento


2015-2018 e panoramas setoriais – automotivo. Brasília: BNDES, 2014.

BRASIL. Lei n° 12.305, de 8 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2010.

CINAU – CENTRAL DE INTELIGÊNCIA AUTOMOTIVA. Estudo: a crise e o mercado de reposição automotiva. São
Paulo: Cinau, 2015.

DELOITTE. Global automotive consumer study: exploring consumers’ mobility choices and transportation de-
cisions. United Kingdom: Deloitte, 2014.

FENABRAVE – FEDERAÇÃO NACIONAL DA DISTRIBUIÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. Anuário 2014


– o desempenho da distribuição automotiva no Brasil. São Paulo: Fenabrave, 2014.
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IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2012.
Referências

Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

IPSOS. Estudos Marplan EGM (Estudo Geral de Meios). São Paulo: Ipsos, 2014.

PORTAL DO EMPREENDEDOR. Informações sobre microempreendedor individual (MEI). [S.l.]: [s.d.].

ROLAND BERGER STRATEGY CONSULTANTS. Think act: automotive 4.0 – a disruption and new reality in the
US? Michigan: Roland Berger Strategy Consultants, 2015.

Sebrae – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Diagnóstico ambiental das
oficinas mecânicas de Manaus. Manaus: Sebrae, 2013.

______. Cartilha reparação de veículos: um negócio promissor. São Paulo: Sebrae, 2015.

Sebrae – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS; MDIC – MINISTÉRIO DO DE-
SENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR; ABDI – AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMEN-
TO INDUSTRIAL. Atlas Nacional de Comér cio e Serviços – 2013. Brasília: Sebrae; MDIC; ABDI, 2013.

SINDIREPA/GO – SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE COMPONENTES PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES


DE GOIÁS. Plano de gerenciamento de resíduos sólidos voltado ao setor veicular. Goiânia: Sindirepa/GO,
2013.

SINDIREPA/SP – SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE COMPONENTES PARA VEÍCULOS AUTOMO-


TORES DE SÃO PAULO; SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Universo da
sumário
reparação automotiva – capacitação profissional do reparador automotivo. São Paulo: Sindirepa/SP;
Senai, 2009.

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