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Mecatrônica
Componente Curricular:
Eletrônica Digital
Manual do Aluno
Versão 2.0 – Fev/2015
Sumário
Aula 1 - Revisão de Sistemas Numéricos ....................................................................................... 1
1. Sistema Decimal ...................................................................................................................... 1
2. Sistema Binário ....................................................................................................................... 1
2.1 Conversão de número Binário para Decimal .................................................................... 1
2.2 Conversão de número Decimal para Binário .................................................................... 1
3. Sistema Hexadecimal .............................................................................................................. 2
3.1 Conversão de número Hexadecimal para Binário ............................................................. 2
3.2 Conversão de número Binário para Hexadecimal ............................................................. 2
3.3 Conversão de número Hexadecimal para Decimal ........................................................... 3
3.4 Conversão de número Decimal para Hexadecimal ........................................................... 3
Exercícios ................................................................................................................................ 4
Aula 2 - Revisão: Portas Lógicas .................................................................................................... 5
1. Portas Lógicas básicas ............................................................................................................. 5
2. Associação de Portas Lógicas ................................................................................................. 5
2.1 Expressão Lógica a partir do Circuito Elétrico ................................................................. 5
2.2 Circuito Elétrico a partir da Expressão Lógica ................................................................. 6
2.3 Expressão Lógica a partir da Tabela Verdade ................................................................... 6
2.4 Tabela Verdade a partir da Expressão Lógica ................................................................... 6
Aula 3 - Circuitos Aritméticos ........................................................................................................ 8
1. Aritmética Binária ................................................................................................................... 8
1.1 Adição ............................................................................................................................... 8
Exercícios ................................................................................................................................ 8
1.2 Subtração ........................................................................................................................... 8
Exercícios ................................................................................................................................ 9
2. Circuitos Aritméticos .............................................................................................................. 9
2.1 Introdução.......................................................................................................................... 9
2.2 Somador ............................................................................................................................ 9
2.3. Subtrator ......................................................................................................................... 12
Aula 4 - Laboratório: Circuitos Aritméticos ................................................................................. 16
1. Objetivo ................................................................................................................................. 16
2. Materiais a serem utilizados .................................................................................................. 16
3. Procedimentos ....................................................................................................................... 16
Aula 5 -Multiplexadores................................................................................................................ 17
1. Introdução.............................................................................................................................. 17
2. Mux de dois canais ................................................................................................................ 17
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1 Introdução............................................................................................................................... 55
2. Conversores digitais-analógicos (DAC)................................................................................ 55
2.1 Tipos básicos de Conversores D/A ................................................................................. 56
Exercício................................................................................................................................ 57
2.2 Especificações para Conversores D/A ............................................................................ 60
2.3 Exemplos de Conversores D/A ....................................................................................... 61
3. Conversores analógicos-digitais (ADC)................................................................................ 61
3.1 Introdução........................................................................................................................ 61
3.2 O Conversor A/D básico ................................................................................................. 62
3.3 Conversor contador prático ............................................................................................. 63
3.4 Servo-conversor .............................................................................................................. 64
3.5 Especificações de um conversor A/D.............................................................................. 64
Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 66
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2. Sistema Binário
No sistema binário, ou sistema de base 2, os dígitos utilizados, como vimos, são “0” e “1”.
Exemplos de números binários: 101, 111011, 10110101
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3. Sistema Hexadecimal
Como o próprio nome diz, o sistema hexadecimal possui “16” dígitos e utiliza a base “16”. Os
“10” primeiros dígitos são idênticos aos dígitos do sistema decimal e os restantes são
representadas pelas letras A, B, C, D, E e F. Cada dígito hexadecimal equivale a quatro dígitos
binários. A seguir, é mostrada uma tabela com as equivalências entre os sistemas hexadecimal,
decimal e binário.
Decimal Hexadecimal Binário Decimal Hexadecimal Binário
0 0 0000 8 8 1000
1 1 0001 9 9 1001
2 2 0010 10 A 1010
3 3 0011 11 B 1011
4 4 0100 12 C 1100
5 5 0101 13 D 1101
6 6 0110 14 E 1110
7 7 0111 15 F 1111
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Nota: Como já foram apresentadas as conversões de decimal para binário e de binário para
hexadecimal, pode-se adotar esse processo como um terceiro método para converter
decimal para hexadecimal.
Exercícios
Preencha a tabela abaixo, efetuando as conversões necessárias:
Sistema Decimal Sistema Binário Sistema Hexadecimal
345
1010101010
4A5
0110011001
633
FA81
11000011101
452
2CDF
1101011110011
721
B3E7
1011000111011
847
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Inversora
OU (OR)
E (AND)
NOR
NAND
Ou
Exclusivo
(XOR)
Coincidência
(XNOR)
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Exemplo:
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1. Aritmética Binária
1.1 Adição
A adição aritmética em binário é muito simples. São poucas regras:
0+0=0
0+1=1
1+0=1
1 + 1 = 0 e "vai 1" para o dígito de ordem superior
1 + 1 + 1 = 1 e "vai 1" para o dígito de ordem superior
Exemplo: Efetuar a seguinte adição binária: 110110 + 101010
1 1 1 1 1 Nesta linha estão indicados o "vai 1"
110110
101010
--------------
1 1 0 0 0 0 0 Somam-se as colunas da direita para a esquerda, tal como uma soma em
decimal
Exercícios
Faça as seguintes adições dos números binários:
a) 1110001110 + 11101010
1.2 Subtração
As regras da subtração são:
0-0=0
1-0=1
1-1=0
0 - 1 = 1 e "empresta 1” do próximo dígito de ordem superior
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Exercícios
Faça as seguintes subtrações dos números binários:
a) 1100111 - 100111
b) 1110001110 - 11101010
2. Circuitos Aritméticos
2.1 Introdução
Nas aulas anteriores foram vistos circuitos (ou blocos) que fazem operações lógicas elementares
(AND, OR, NOT) ou expressões delas derivadas. As operações lógicas não são equivalentes a
operações aritméticas, apesar do uso de alguns sinais aritméticos na Álgebra de Boole.
Por exemplo a função OR. A expressão lógica S = A + B (lê-se "S é igual a A ou B") não
equivale à expressão aritmética S = A + B ("S é igual a A mais B"). Basta ver a tabela de
verdade para concluir que a correspondência falha para A = 1 e B = 1.
Pode-se dizer, no entanto, que a função EXCLUSIVE OR é igual à soma aritmética. Mas a
semelhança ainda é incompleta. Na operação de soma, é preciso considerar também um dígito de
transporte ("vai um") e a função mencionada não tem esse recurso.
Portando, para que a operação aritmética de soma seja executada por um circuito, necessitamos
de circuitos específicos, que são os somadores e os subtratores, os quais serão abordados nos
próximos tópicos.
Observação sobre o dígito de transporte: a fim de preservar uniformidade com várias outras
fontes, mantém-se aqui a notação inglesa, isto é, a letra C ("carry") para representá-lo. Mais
especificamente, usa-se Cin ("carry in") se for entrada de circuito e Cout ("carry out") se for
saída.
2.2 Somador
2.2.1 Meio-somador
Meio-Somador (Half-Adder em inglês) é um circuito combinacional que tem a função de somar
2 bits de entrada, A e B. O resultado desta operação aritmética vai para a saída S do circuito.
No caso das entradas A e B assumirem os valores “1”, o resultado na saída S será “0”, gerando
um bit “1” (equivalente ao “vai um” na matemática), que é colocado na saída Cout (Carry out)
do circuito. A tabela-verdade do circuito Meio-Somador é apresentada abaixo:
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A B S Cout
0 0 0 0
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 0 1
Da tabela-verdade, podemos escrever as seguintes expressões lógicas:
S=A B
Cout = A . B
A partir dessas duas expressões, obtém-se o seguinte circuito combinacional:
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Da tabela-verdade acima, podemos obter a expressão de Cout em função das entradas A, B e Cin:
Cout = A.B.Cin + A.B.Cin + A.B.Cin + A.B.Cin
Podemos simplificar essa expressão utilizando o diagrama de Veitch-Karnaugh:
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2.3. Subtrator
2.3.1 Meio-subtrator
Meio-Subtrator (Half-Subtractor em inglês) é um circuito combinacional que tem a função de
subtrair 2 bits de entrada, A e B. O resultado desta operação aritmética vai para a saída S do
circuito.
No caso da entrada A assumir o valor “0” e B assumir o valor “1”, o resultado na saída S será
“1”, gerando um bit de empréstimo “1” (equivalente ao “empresta um” na matemática), que é
colocado na saída Bout (Borrow out) do circuito. A tabela-verdade do circuito Meio-Subtrator é
apresentada abaixo:
A B S Bout
0 0 0 0
0 1 1 1
1 0 1 0
1 1 0 0
Da tabela-verdade, podemos escrever as seguintes expressões lógicas:
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S=A B
Bout = A . B
A partir dessas duas expressões, obtém-se o seguinte circuito combinacional:
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Da tabela-verdade acima, podemos obter a expressão de Bout em função das entradas A, B e Bin:
Bout = A.B.Bin + A.B.Bin + A.B.Bin + A.B.Bin
Podemos simplificar essa expressão utilizando o diagrama de Veitch-Karnaugh:
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Desse modo, podemos cascatear circuitos subtratores para possibilitar a subtração paralela de
números com maior quantidade de dígitos.
Por exemplo, para somarmos paralelamente 2 números de 4 dígitos, podemos fazer o seguinte
cascateamento:
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3. Procedimentos
1) Utilizando o CI 4008 existente no módulo M1115A, efetue a montagem a seguir:
• Alimentar o CI com 5 VDC (borne
positivo a Vdd) e conecte o borne Vss
ao terra.
• Ligar cada pino de entrada (A0~A3 e
B0~B3) nas chaves digitais.
• Conectar o pino C0 ao terra.
• Ligar as saídas (S0 ~ S3 ) e o pino 14
(C4-carry de saída) nos leds
indicadores.
2) Efetuar as somas abaixo, registrando-as
na tabela abaixo (registrar também na
tabela o estado lógico de C0 e C4):
a) A (0001) + B (0001) h) A (1111) + B (0001)
b) A (1001) + B (1001) i) A (1010) + B (1111)
c) A (0111) + B (1000) j) A (1111) + B (1111)
d) A (1000) + B (1000) k) A (1101) + B (0001)
e) A (0101) + B (1111) l) A(1011) + B (0111)
f) A (0100) + B (0101)
g) A (0001) + B (0010)
C0 A B S C4 C0 A B S C4
3) Mantendo a ligação anterior, desconectar o pino carry de entrada C0 que estava aterrado e
ligar ao nível lógico 1 (Vdd), efetuar as somas abaixo, registrando-as em uma tabela
(registrar também na tabela o estado lógico de C0 e C4):
a) A(0001) + B(0101) d) A(1111) + B(0100)
b) A(1001) + B(1001) e) A(1111) + B(1111)
c) A(1000) + B(0001) f) A(1011) + B(1001)
C0 A B S C4 C0 A B S C4
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Aula 5 -Multiplexadores
1. Introdução
O multiplexador ou Mux é um circuito combinacional dedicado com a finalidade de selecionar,
através de variáveis de seleção, uma de suas entradas, conectando-a eletronicamente à uma única
saída. Esta operação é denominada multiplex ou multiplexação, que significa seleção e tanto as
entradas como a saída são denominadas também de canais de entrada e saída. Como exemplo,
quando se escolhe um canal de televisão através do controle remoto se efetua na verdade uma
seleção entre as várias emissoras existentes. As emissoras correspondem às entradas, a tela de
TV à saída e o controle remoto faz a função do Mux. Pode-se fazer uma analogia com uma chave
de seleção de várias entradas e uma saída, como mostra a figura abaixo:
A S
0 E0
1 E1
onde: En - entradas;
A - variável de seleção;
S - saída.
Expressão booleana da saída: S = A .E0 + A.E1
O circuito lógico do Mux de dois canais é representado na figura abaixo:
O Mux de 2 canais pode ser representado pelo símbolo mostrado na figura abaixo:
Cabe observar que os índices das entradas representam no sistema decimal os códigos das
variáveis de seleção correspondentes no sistema binário e, portanto, é mais importante sempre
destacar qual variável é a mais significativa (MSB) e qual é a menos significativa (LSB).
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O Mux de 4 canais pode ser representado pelo símbolo mostrado na figura abaixo:
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O Mux de 4 canais pode ser representado pelo símbolo mostrado na figura abaixo:
5. Associação de multiplexadores
Os multiplexadores podem ser encontrados prontos em circuitos integrados comerciais, mas o
número de entradas é limitado em cada CI. Quando se necessita de um Mux com uma quantidade
de canais de entrada maior do que os encontrados comercialmente ou quando é necessário
multiplexar vários canais simultaneamente, basta fazer a associação conveniente de vários
multiplexadores de forma a ampliar o número de canais de entrada para uma única saída ou
ampliar o número de saídas para se obter mais de um canal de entrada ativo simultaneamente.
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Note que as variáveis de seleção do Mux resultante são A, B, C e D, sendo a variável A o bit
mais significativo (Mux de saída) e a variável D o Bit menos significativo (Mux de entrada).
Exercícios
1) Utilizando somente Mux de 2 canais, faça uma associação de modo a resultar em um Mux de
4 canais. Escreva a tabela verdade resultante. Desenhe também seu bloco lógico.
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2) Utilizando somente Mux de 2 canais, faça uma associação de modo a resultar em um Mux de
8 canais. Escreva a tabela verdade resultante. Desenhe também seu bloco lógico.
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3. Prática
3.1 Procedimentos
1) Utilizando o CI 4051 presente no módulo M-1115A como multiplexador, siga os passos a
seguir:
Alimentar o CI com 5 VDC (Vdd +) ( Vss -).
Ligar os pinos A, B, C e INC em uma chave lógica.
Conectar cada terminal de 0 a 7 a uma chave lógica (em sequência).
Ligar a saída I/O (pino 3) a um led de saída.
Através das chaves lógicas, inserir os níveis correspondentes a tabela abaixo:
7 6 5 4 3 2 1 0
1 0 1 1 1 0 0 1
Colocar o pino INC em nível lógico 0 (pois se este estiver em nível lógico 1, bloqueará a
saída).
Mudando apenas os pinos A, B, C, preencher a tabela a seguir:
C B A Z
0 0 0
0 0 1
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1
2) Analise e justifique o resultado obtido na tabela.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3) Mantendo os pinos de entrada (0..7) no mesmo estado do procedimento 1, e deixando o pino
INC em nível lógico 1, preencha a tabela abaixo.
C B A Z
0 0 0
0 0 1
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 0 1
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1 1 0
1 1 1
4) Analise e justifique o resultado obtido na tabela.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
5) Quais os passos a serem seguidos, utilizando o CI 4051 como multiplexador, para termos o
canal 6 habilitado na saída?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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Aula 7 - Demultiplexadores
1. Introdução
Um Demultiplexador ou simplesmente Demux é
um circuito combinacional que faz a função
inversa de um Mux. Ou seja, no demux, temos
uma única entrada e várias saídas; a informação
presente na entrada é enviada a uma das saídas,
conforme as variáveis de seleção. Funciona
analogamente como se fosse uma chave seletora de várias posições.
2. Demux de n canais
A representação gráfica de um Demux de 8 saídas (ou canais) é apresentada a seguir.
Nesse Demux, as saídas S0 a S7 são selecionadas através da combinação de A, B e C. A entrada E
envia a informação então para a saída selecionada. A entrada Enable serve para habilitar ou não
o Demux.
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Exercícios
1) Desenhe um circuito e o seu diagrama em bloco que execute a função de um Demux de 2
canais, utilizando portas lógicas.
Tabela-verdade:
A S0 S1 onde: E = entrada
0 E 0 A = variável de seleção
1 0 E Sn = saídas
Expressão booleana da saída: S0 = A.E e S1 = A.E
3) Utilizando somente demux de 2 canais, faça uma associação de modo a resultar em um demux
de 4 canais. Escreva a tabela verdade resultante. Desenhe também seu bloco lógico.
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4) Utilizando somente demux de 2 canais, faça uma associação de modo a resultar em um demux
de 8 canais. Escreva a tabela verdade resultante. Desenhe também seu bloco lógico.
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Nos circuitos de comunicação do computador, temos presentes um mux e um demux. O mux faz
o papel de multiplexar as informações em formato de bytes para bits para serem transmitidos
serialmente através da linha de transmissão. Na recepção dos dados pelo computador, os bits
chegam serialmente através da linha de transmissão e o demux demultiplexa-os para o formato
de bytes, para serem processados internamente pelo computador. Na figura acima, os contadores
geram sincronamente as variáveis de seleção de cada canal do mux e do demux.
A multiplexagem também é uma técnica utilizada para que, pelo mesmo canal de comunicação,
possam circular transmissões diferentes, otimizando a infra-estrutura física das redes. Ou seja,
através de um mux podemos processar sinais diferentes num único canal de transmissão. Do
mesmo modo, através de um demux podemos separar os vários tipos de sinais recebidos pelo
único canal de comunicação, possibilitando assim uma grande redução nos custos das linhas de
comunicação.
Um exemplo desta técnica é o FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexagem por
Divisão de Frequência), que consiste em fazer passar por um mesmo cabo sinais de frequências
diferentes. Um exemplo deste tipo de multiplexagem é o da TV por cabo, no qual as operadoras
colocam as várias frequências dos seus canais num mesmo cabo coaxial. A figura abaixo ilustra
essa multiplexagem.
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2. Bits de paridade
Em uma transmissão de dados, os bits de paridade são utilizados para detectarem eventuais erros
de transmissão, possíveis de ocorrerem devido a ruídos na linha, má qualidade da linha de
transmissão, degradação dos dados, interferências magnéticas, etc.
Os bits de paridade não corrigem os erros e sim detectam os erros, permitindo que o receptor
informe ao transmissor que houve erro na transmissão.
A lógica é simples: o transmissor considera todos os bits a serem enviados, efetua um cálculo
matemático que pode ser feito através de fórmulas diversas, e o resultado final deste cálculo
transforma em bits, que são os bits de paridade. Esses bits são transmitidos no final do slot
juntamente com os bits de dados. O receptor, após o recebimento do slot e dos bits de paridade,
efetua o mesmo cálculo matemático e compara o seu resultado com os bits de paridade. Caso
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coincidam, significa que a transmissão de dados foi feita corretamente; caso contrário, houve
erro na transmissão; neste caso, o receptor informa ao transmissor que houve erro e solicita ao
transmissor que envie o mesmo slot novamente.
Uma das técnicas bastante usada para gerar bits de paridade é o CRC - Cyclic Redundancy
Check, que é muito eficaz pois efetua cálculos polinomiais com os bits a serem transmitidos.
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3. Prática
3.1 Procedimentos
1) Monte o circuito abaixo seguindo os seguintes passos:
Conectar o pino Vdd dos 2 CIs (4051 mux e demux) ao + 5Vdc e conectar o pino Vss ao
terra de ambos.
Ligar os pinos (A, B, C, INC) de ambos os CIs cada um a uma chave lógica.
Fazer um jumper entre os pinos 3 dos dois circuitos.
Ligar nas entradas 0, 1, 2 do circuito Mux às frequências 1Hz, 10Hz, 100Hz
respectivamente (esses sinais estão disponíveis abaixo das chaves lógicas).
Ligar a saída do Demux (pinos 0,1, 2) nos leds de saída para visualização.
2) Fazendo as entradas A, B, C de ambos os sinais iguais a 0 e deixando o pino INC de ambos
em nível lógico 1, o que teremos na saída? Explique porque.
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3) Deixando ainda os pinos A, B, C em nível 0 e agora colocando também os pinos INC em nível
0, o que teremos nos leds de saída? Explique o conceito.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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2. O Flip-Flop RS básico
O flip-flop RS básico pode ser construído com o uso de duas
portas NOR de 2 entradas cada, conectadas conforme mostra a
figura ao lado. Note que existe uma conexão entre a saída Q e a
entrada da NOR 2, e uma conexão entre a saída /Q ( Q ) e a entrada
da NOR 1.
Vamos montar a tabela-verdade do flip-flop RS, que é denominada
tabela de transição de estados (ou simplesmente, tabela de
transição).
Para R=1 e S=0 em t0, teremos Q=0 e /Q=1.
Para R=0 e S=0 em t1, Q continua igual a 0 e /Q com o valor 1.
Para R=0 e S=1 em t2, teremos a mudança de Q para 1 e de /Q para 0.
Para R=1 e S=1, ambas as saídas se estabilizarão em 0, o que determina um estado proibido
(ou indeterminado), de modo que a situação (R=1 e S=1) deve sempre ser evitada.
Em resumo, em um flip-flop RS básico, conclui-se que a aplicação de R=1 e S=0 faz com que o
flip-flop vá para o estado reset (ou seja, a saída Q estabiliza-se com o valor lógico 0),
independente de seu estado anterior. Se logo após for aplicado R=0 e S=0, o flip-flop não muda
o seu estado. A aplicação de R=0 e S=1 faz com que o flip-flop vá para o estado set (ou seja, a
saída Q estabiliza-se com o valor lógico 1), independente de seu estado anterior. Se logo após for
aplicado R=0 e S=0, o flip-flop não muda o seu estado. Portanto, pode-se afirmar que a aplicação
de R=0 e S=0 não muda o estado em que o flip-flop está. Por outro lado, R=1 e S=1 deve ser
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evitado, por conduzir ao estado proibido. Essas informações podem ser resumidas pela tabela
abaixo.
R S Q /Q Ação
1 0 0 1 Vai para estado reset
0 0 0 1 Mantém estado reset (estado anterior)
0 1 1 0 Vai para estado set
0 0 1 0 Mantém estado set (estado anterior)
1 1 0 0 Estado proibido
A tabela acima pode ser escrita de maneira mais compacta, de modo a incorporar a informação
da dependência temporal, como mostra a tabela abaixo.
R S QP Comentário
0 0 QA Mantém estado anterior
0 1 1 Estado set
1 0 0 Estado reset
1 1 - Estado proibido
onde QP é o estado atual de Q e QA é o seu estado anterior.
A figura ao lado mostra o símbolo do flip-flop RS básico.
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RS com clock sensível a RS com clock sensível a RS com clock sensível à RS com clock sensível à
nível “1” nível “0” borda de subida borda de descida
A barra em PR e CLR significa que estas funções são ativadas com nível lógico 0; portanto,
quando não quisermos ativá-las, deveremos colocá-las em nível 1. A ausência da barra sobre PR
e CLR significa que as funções são ativadas em nível 1.
A tabela a seguir apresenta a tabela de transição do Flip-Flop JK com entradas Preset e Clear
ativas em 0.
CLK J K /PR /CLR Q /Q Comentário
X X X 0 0 - - Proibido
X X X 0 1 1 0 Seta
X X X 1 0 0 1 Reseta
1 1 Normal
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5. O Flip-Flop tipo D
O flip-flop tipo D é construído a partir do flip-flop JK (ou RS),
com a particularidade de possuir as entradas J e K (ou R e S)
invertidas, conforme mostra a figura ao lado. Portanto, neste
flip-flop temos as seguintes combinações possíveis para as
entradas: J=0 e K=1, e J=1 e K=0, Nunca irão ocorrer os casos
J=K=0 e J=K=1.
A tabela abaixo apresenta a tabela de transição do flip-flop tipo D.
CLK D J K Q /Q
↓ 0 0 1 0 1
↓ 1 1 0 1 0
A figura ao lado apresenta o símbolo de um flip-flop tipo D.
6. O Flip-Flop T
O flip-flop T também é um flip-flop JK (ou RS), com a
particularidade de possuir as entradas J e K curto-
circuitadas (uma ligada à outra), como mostra a figura ao
lado. Portanto, neste flip-flop temos as seguintes
combinações possíveis para as entradas: J=K=0, e J=K=1.
Nunca irão ocorrer os casos J=1 e K=0, e J=0 e K=1.
A tabela abaixo apresenta a tabela de transição do flip-flop
T.
CLK T J K QP /QP
↓ 0 0 0 QA /QA
↓ 1 1 1 /QA QA
A figura abaixo apresenta o símbolo de um flip-flop T.
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1.1 Objetivo
Verificar o funcionamento de um Flip-Flop RS básico.
1.3 Procedimentos
1) Utilizando o módulo recebido, monte o flip-flop RS básico
apresentado na figura ao lado. Interligue o circuito montado
na maleta Minipa, alimentando o módulo com a fonte +5VDC,
ligando as entradas R e S nas chaves digitais existentes na
maleta e as saídas Q e /Q nos leds existentes na maleta.
2) Aplique nível lógico 1 na entrada R e nível lógico 0 na
entrada S do flip-flop, e verifique os estados das saídas Q e
/Q. Registre o resultado em uma tabela, conforme modelo
apresentado abaixo.
3) Aplique em seguida nível lógico 0 nas entradas R e S do flip-flop, e verifique os estados das
saídas Q e /Q. Registre o resultado na tabela.
4) Aplique agora nível lógico 0 na entrada R e nível lógico 1 na entrada S do flip-flop, e
verifique os estados das saídas Q e /Q. Registre o resultado na tabela.
5) Aplique agora nível lógico 0 nas entradas R e S do flip-flop, e verifique os estados das saídas
Q e /Q. Registre o resultado na tabela.
6) Aplique nível lógico 1 nas entradas R e S do flip-flop, e verifique os estados das saídas Q e
/Q. Registre o resultado na tabela.
7) Acrescente os comentários necessários na tabela.
R S Q /Q Comentário
2.1 Objetivo
Verificar o funcionamento de um Flip-Flop RS com clock.
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2.3 Procedimentos
1) Utilizando o módulo M1112A, monte no protoboard o flip-flop RS com clock apresentado na
figura ao lado. Interligue o circuito montado na maleta Minipa, alimentando o módulo com a
fonte +5VDC, ligando as entradas Clock, R e
S nas chaves digitais existentes na maleta e
as saídas Q e /Q nos leds existentes na
maleta.
2) Mantendo a entrada Clock em nível lógico
0, verifique os níveis lógicos nas saídas Q e
/Q, variando-se os níveis lógicos nas
entradas R e S. Registre o resultado em uma
tabela, conforme modelo apresentado abaixo.
3) Aplique agora nível lógico 1 na entrada Clock, nível lógico 1 na entrada R e nível lógico 0 na
entrada S do flip-flop, e verifique os estados das saídas Q e /Q. Registre o resultado na tabela.
4) Aplique em seguida nível lógico 0 nas entradas R e S do flip-flop, e verifique os estados das
saídas Q e /Q. Registre o resultado na tabela.
5) Aplique agora nível lógico 0 na entrada R e nível lógico 1 na entrada S do flip-flop, e
verifique os estados das saídas Q e /Q. Registre o resultado na tabela.
6) Aplique agora nível lógico 0 nas entradas R e S do flip-flop, e verifique os estados das saídas
Q e /Q. Registre o resultado na tabela.
7) Aplique nível lógico 1 nas entradas R e S do flip-flop, e verifique os estados das saídas Q e
/Q. Registre o resultado na tabela.
8) Acrescente os comentários necessários na tabela.
Clock R S Q /Q Comentário
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2. Prática
2.2 Procedimentos
1) Utilizando os CIs recebidos e consultando a pinagem dos CIs, desenhe um circuito que realize
a função de um Flip-Flop JK com clock. Indique no desenho a pinagem de cada porta lógica
utilizada.
Pinagem dos CIs:
CI 4001 CI 4081
Desenho do circuito:
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5) Através das chaves, varie os níveis lógicos das entradas J, K e Clock, e observe o resultado
nos LEDs ligados às saídas Q e /Q, de modo a demonstrar a tabela-verdade do flip-flop JK.
Registre os resultados em uma tabela-verdade.
Tabela-Verdade:
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Aula 12 - Registradores
Registrador é um conjunto de elementos de memória (flip-flop ou latch) utilizados para
armazenar bits, muito utilizado em computadores.
Possui, geralmente, n entradas de dados (de 1 a 32), sendo cada entrada referente a um bit do
dado a ser armazenado no registrador, n saída de dados (de 1 a 32), sendo também cada saída
referente a um bit do dado armazenado anteriormente, e entradas de sinais de controle do
registrador (clock, clear ou reset, preset, enables, etc.), conforme o tipo de registrador.
Há vários tipos de registradores, que são classificados conforme sua forma de operação ou
conforme à quantidade de bits que trabalha. São eles:
Registrador com entrada e saída seriais;
Registrador com entrada serial e saídas paralelas;
Registrador com entradas paralelas e saída serial;
Registrador com entradas e saídas paralelas;
Registrador bidirecional;
Registrador de deslocamento.
Vamos detalhar cada um deles.
Note que a entrada Reset é prioritária em relação à entrada Clock, ou seja, quando o Reset estiver
ativo, a saída Q imediatamente vai para o nível lógico “0”, independentemente do Clock. Agora,
com o Reset inativo (nível “0”), a saída Q registra o nível lógico da entrada D quando o sinal na
entrada do Clock mudar de “0” para “1”, ou seja, na subida do Clock.
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Note que a entrada Reset é prioritária em relação à entrada Clock, ou seja, quando o Reset estiver
ativo, todas as saídas Q imediatamente vão para o nível lógico “0”, independentemente do Clock.
Agora, com o Reset inativo (nível “0”), as saídas Q registram o nível lógico da entrada D na
subida do Clock.
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Note que a entrada Reset é prioritária em relação à entrada Clock, ou seja, quando o Reset estiver
ativo, a saída Q imediatamente vai para o nível lógico “0”, independentemente do Clock. Agora,
com o Reset inativo (nível “0”), as saídas Q registram o nível lógico das entradas D na subida do
Clock.
EP/SP com 8 linhas de entrada D (D0 a D7) e 8 linhas de saída Q (Q0 a Q7). A entrada Reset serve
para resetar as saídas Q. As entradas dos dados D e suas
disponibilizações nas saídas Q são comandadas pela entrada de Clock.
No pulso de clock, os 8 bits de D são armazenados nas linhas de saída Q
correspondentes. O dispositivo interligado nas saídas desse registrador
necessita ler os 8 bits presentes nas saídas Q antes da chegada do
próximo dado. Para esse tipo de registrador, há necessidade de pelo
menos 8 flip-flops internos, um para cada bit do dado.
Para entender um pouco melhor o funcionamento de um registrador
ES/SP, vejamos o seu diagrama de tempo. Na figura abaixo temos os
dados enviados às entradas Clock, Reset e D em função do tempo.
Exercício
Faça o diagrama de tempo para
determinar os sinais nas saídas
Q7-Q0 em função das entradas
Clock, Reset e D7-D0.
Note que a entrada Reset é prioritária em relação à entrada Clock, ou seja, quando o Reset estiver
ativo, as saídas Q imediatamente vão para o nível lógico “0”, independentemente do Clock.
Agora, com o Reset inativo (nível “0”), as saídas Q registram o nível lógico das entradas D na
subida do Clock.
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5. Registrador bidirecional
Neste tipo de registrador, as mesmas linhas de entrada de dados
funcionam também como linhas de saída, funcionando como
linhas bidirecionais. A figura ao lado mostra um Registrador
Bidirecional de 8 bits, com 8 linhas de entrada/saída paralelas IO
(IO0 a IO7), com 1 linha de entrada/saída serial SR, com entradas
de Clock, Reset e S/P (Serial/Paralela), que serve para selecionar
as linhas como entrada ou como saída de dados. Esse tipo de
registrador pode funcionar como ES/SP (Entrada Serial SR e
Saídas Paralelas IO) ou como EP/SS (Entradas Paralelas IO e
Saída Serial SR), dependendo da necessidade. Para esse tipo de
registrador, há necessidade de pelo menos 8 flip-flops internos,
um para cada bit do dado.
3. Prática
3.1 Procedimentos
1) Coloque o módulo Registradores de Deslocamento na Maleta Minipa.
2) Conecte a alimentação da tensão positiva de +5V no borne indicado por +5V e a tensão
negativa ao borne indicado por GND (terra).
3) Faça as ligações do circuito conforme o diagrama a seguir. A entrada CLK2 pode também ser
ligada a uma chave 0-1. Ligue a saída QH a um dos leds da maleta.
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Aula 14 - Contadores
Contadores são dispositivos de múltiplas e importantes aplicações e, na Eletrônica Digital, são
facilmente implementados com flip-flops. Dividem-se basicamente em 2 tipos: assíncronos e
síncronos.
1. Contadores Assíncronos
São assim denominados porque as entradas de controle (clock) dos diversos flip-flops que os
compõem não trabalham na mesma frequência.
Um exemplo de contador assíncrono de 4 bits é apresentado na figura abaixo. Neste exemplo,
são usados 4 flip-flops JK ligados em cascata, com a saída Q de cada ligada à entrada de clock
do seguinte. Como somente a entrada CK do flip-flop 0 é ligada ao sinal CK externo e as demais
entradas CK dos outros flip-flops são ligadas à saída Q do flip-flop anterior, esse contador
define-se como assíncrono. As entradas J e K de cada flip-flop são mantidas no nível 1.
Supondo que inicialmente todos os flip-flops estão no nível 0, o comportamento pode ser visto
pelos gráficos da figura seguinte. Uma sequência de pulsos retangulares é aplicada na entrada de
clock CK do flip-flop 0, conforme mostra o primeiro gráfico da figura.
Cada um dos flip-flop JK só muda de estado na descida (transição de 1 para 0) dos pulsos de
clock. Assim, a saída do flip-flop 0 não acompanha exatamente a entrada de clock e o resultado é
uma sequência de pulsos com o dobro da largura. E de forma análoga para os demais. Desde que
os flip-flops estão ligados em cascata, as larguras de pulso dobram em cada etapa, o que é
claramente visto no gráfico.
A tabela-verdade deste CK S3 S2 S1 S0
contador é apresentada na 0 0 0 0 0
tabela ao lado. Na coluna 1 0 0 0 1
CK, os valores são apenas 2 0 0 1 0
números sequenciais dos 3 0 0 1 1
pulsos de entrada e as demais 4 0 1 0 0
colunas contêm os níveis 5 0 1 0 1
lógicos das saídas de acordo 6 0 1 1 0
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2. Contadores síncronos
Conforme visto, nos contadores assíncronos os flip-flops são ligados em cascata e trabalham em
diferentes frequências. Na realidade, cada um opera na metade da frequência do anterior. Os
circuitos são simples e, em princípio, parecem atender todas as necessidades. Os circuitos
práticos apresentam pequenas diferenças e variações de tempos de resposta e, portanto, erros
podem ocorrer com frequências mais altas.
Nos contadores síncronos esse problema é minimizado porque todos os flip-flops recebem, nas
entradas de clock, o mesmo sinal, isto é, os pulsos a contar.
Um exemplo de um contador síncrono de 4 dígitos binários é dado na figura abaixo: cada flip-
flop recebe a mesma entrada CK e as saídas Q são os dígitos resultantes da contagem, de forma
similar ao assíncrono.
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3. Prática 1: Contador de 0 a 15
3.1 Procedimentos
1) Conecte o módulo Contador Assíncrono no bastidor eletrônico digital.
2) Conecte a alimentação com o polo positivo de +5V indicado pelo borne +5V e o polo
negativo ao borne indicado por GND (terra).
3) Faça as conexões adequadas para configurar o circuito como Contador de 0 a 15. O circuito
configurado é apresentado na figura abaixo:
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4.1 Procedimentos
1) Mantendo a placa Contador Assíncrono conectada e alimentada no bastidor eletrônico digital,
faça as conexões adequadas para configurar o circuito como Contador de década (de 0 a 9).
Desenhe o circuito configurado.
5. Prática 3: Contador de 0 a 5
5.1 Procedimentos
1) Mantendo a placa Contador Assíncrono conectada e alimentada no bastidor eletrônico digital,
faça as conexões adequadas para configurar o circuito como Contador de 0 a 5. Desenhe o
circuito configurado.
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Vemos pela equação acima que a tensão de saída é proporcional à palavra digital, caracterizando
assim um Conversor Digital-Analógico.
Em aplicações práticas, um conversor D/A de 12 bits necessita de uma faixa de valores de
resistores de 2048:1. Logo, se o valor do resistor MSB (bit mais significativo) for 10 K, o LSB
(bit menos significativo) deverá ter um resistor de 212-1x10 K= 2048 K= 20,48 M
tornando-o inviável. Portanto, este tipo de configuração é limitado a sistemas de baixa resolução
(até 5 bits) devido a larga faixa de valores de resistores envolvidos e a dificuldade em se
estabelecer o mesmo grau de tolerância e estabilidade para relações maiores do que 20:1.
Exercício
Projetar um conversor de 3 bits, de tal forma que a saída analógica possa variar entre 0 e 5V.
Dado VREF = – 5V.
Solução:
Com 3 bits, podemos ter 8 C B A VO (V)
estados diferentes, portanto a 0 0 0 0
única forma da saída 0 0 1 0,625
analógica variar entre 0 e 5V 0 1 0 1,250
é fazer com que cada 0 1 1 1,875
mudança do LSB provoque 1 0 0 2,500
um degrau de 5/8V na saída 1 0 1 3,125
analógica, como vemos na 1 1 0 3,750
tabela ao lado. 1 1 1 4,275
Da equação anterior, para o caso de 3 bits temos:
Suponha agora, que se deseja obter uma tensão na saída entre o mesmo valor, mas variando com
um degrau menor que 5/8 para que a representação do sinal digital seja mais precisa. É óbvio que
com 3 bits não podemos cumprir esta exigência, portanto a única maneira de fazermos isto é
aumentando o número de bits. Concluímos então, que a precisão está relacionada com o número
de bits do conversor.
Para 4 bits, temos 16 estados diferentes, com isto o valor do LSB deverá ser de 5/16 V e para
todos bits iguais a “1” teremos que a máxima tensão na saída será de
conversores em circuitos integrados com número de bits acima de 8. Na rede R- 2R, cada
posição do bit contribui na saída, na proporção do peso binário.
Desde que a rede é linear, a operação pode ser analisada pela superposição: isto é, a contribuição
na tensão de saída de
cada bit pode ser
considerada
independente dos
outros bits.
Finalmente, todas as
contribuições são
somadas na entrada
do amplificador e
produz uma tensão
na saída proporcional
a palavra digital.
Considerando que
somente a chave SN-l
está fechada em +Vref enquanto que todas as outras
estão em zero, temos:
Nó N-l: A tensão no nó N-l, VNÓ, será:
VNÓ = VREF - 2R.I
Sabemos que :
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Logo,
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entre o instante da variação na entrada até o instante em que a saída se aproxima o suficiente de
seu valor final é chamado de tempo de acomodação.
Tempo de conversão
Tempo de conversão ou velocidade de conversão é o tempo necessário para o conversor fazer a
medida total, desde o instante em que o sinal digital aparece na entrada até o instante em que o
sinal analógico correspondente aparece na saída. O tempo de conversão para os conversores D/A
de alta velocidade é aproximadamente 10s ou menos. Conversores de velocidade moderada tem
um tempo de conversão entre 10 a 100s e os conversores considerados lentos apresentam tempo
de conversão de 100s ou mais.
3.1 Introdução
Os conversores analógicos-digitais são circuitos ou componentes que, excitados por uma tensão
ou corrente, produzem um código digital equivalente. O ADC produzirá uma saída codificada, a
qual mudará de 1 LSB representando algum incremento ou decremento na tensão ou corrente de
entrada.
Os ADC’s são usados para compatibilizar a interface entre instrumentos digitais ou
computadores com o mundo analógico. Em qualquer sistema de instrumentação típico, algum
tipo de sinal deve ser aplicado ao computador. Este sinal, geralmente proveniente de um
amplificador, representará o valor de algum fenômeno analógico que foi convertido para sinais
elétricos através de transdutores.
Existem vários tipos de conversores A/D. As características de cada tipo definem as aplicações
típicas; portanto, devemos ter o conhecimento das técnicas empregadas para uma melhor
caracterização dos conversores A/D integrados.
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Existem duas filosofias básicas de conversão que podem ser classificadas como medida de tempo
e comparação. A conversão tensão/frequência e integração são técnicas de conversão que
utilizam o principio de medida de tempo. Aproximação sucessiva e a conversão paralelo ilustram
o princípio de conversão por comparação.
Os conversores A/D são importantes em aplicações industriais, comerciais e militares. O
desenvolvimento da tecnologia tem produzido conversores A/D de baixo custo permitindo a
utilização destes CI’s em áreas de controle de processo, sinalização, telemetria e indústria
automotivas.
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3.4 Servo-conversor
O conversor contador pode ser melhorado, à custa de um aumento de complexidade, pela
substituição do contador crescente por um contador crescente-decrescente. Tal conversor é
referido como um conversor de rampa digital contínuo, ou conversor de acompanhamento, ou
servo-conversor. O contador é comandado para contar para cima (crescente) ou para baixo
(decrescente), dependendo da saída do comparador estar no 1 ou 0 lógico, e de V0 ser maior ou
menor do que Va. Se inicialmente Va>V0, o contador conta para cima até que V0>Va. Neste
ponto o contador reverte. Se depois de uma contagem para baixo encontrarmos V0<Va, o
contador reverterá novamente e assim por diante. A tensão V0 variará ao redor de Va.
A figura ao lado ilustra a variação
de V0 em torno de Va. A saída pode
ser lida no final do tempo de
retenção. Comparado a um
conversor contador comum, na
versão contador temos um tempo de
conversão que é, em média, igual à
metade do tempo necessário para
uma conversão completa. Assim,
um servo-contador pode operar com
o dobro da velocidade.
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Referências Bibliográficas
Casillo, L. A. Curso Ciência da Computação: Circuitos Combinacionais MSI – Parte 2.
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
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