Sie sind auf Seite 1von 8

ANTIGO E PRIMITIVO RITO ORIENTAL

DE
MIZRAIM E MEMPHIS
A.’.P.’.R.’.O.’.M.’.M.’.

SOBERANO GRANDE SANTUÁRIO ADRIÁTICO


S.’.G.’.S.’.A.’.

CADERNO DE ESTUDOS

GRAU DE APRENDIZ DA ARTE

Respeitável Triângulo Nether – nº 01

CONFIDENCIAL

1
ANTIGO E PRIMITIVO RITO ORIENTAL
DE
MIZRAIM E MEMPHIS
A.’.P.’.R.’.O.’.M.’.M.’.

SOBERANO GRANDE SANTUÁRIO ADRIÁTICO


S.’.G.’.S.’.A.’.

Manual do Aprendiz da Arte

Introdução ao estudo da Ordem e da Doutrina


Maçônica.

Capítulo III

AS COMUNIDADES MÍSTICAS

Ao lado das mais antigas instituições oficiais dos Mistérios - protegidas


por reis e governos com leis e privilégios especiais, por sua influência
reconhecidamente benéfica e moralizadora e instintivamente veneradas
pelos novos - existiram em todo o Oriente, e especialmente na Índia,
Pérsia, Grécia e Egito, muitas comunidades místicas que, se por um lado
podem ser comparadas aos atuais conventos e ordens monásticas, por
outro, algumas de suas características as relacionam intimamente com a
moderna Maçonaria.

Estas comunidades - algumas das quais tiveram, embora outras não caráter
decididamente religioso - nasceram, evidentemente, da necessidade
espiritual de agrupar-se para levar, ao abrigo das condições contrárias do
mundo exterior, uma vida comum mais de acordo com os ideais e íntimas
aspirações de seus componentes.
2
ANTIGO E PRIMITIVO RITO ORIENTAL
DE
MIZRAIM E MEMPHIS
A.’.P.’.R.’.O.’.M.’.M.’.

SOBERANO GRANDE SANTUÁRIO ADRIÁTICO


S.’.G.’.S.’.A.’.

As características destas comunidades, que constituem um laço de união


com nossa Ordem, referem-se igualmente à sua dupla finalidade operativa
e especulativa - enquanto se dedicavam igualmente a trabalhos e
atividades materiais, assim como aos estudos filosóficos e contemplação -
à iniciação como condição necessária para nelas serem admitidos, e aos
meios de reconhecimento (sinais, palavras e toques que usavam entre si e
por intermédio dos quais abriam suas portas ao viajante iniciado que se
fazia reconhecer como um deles, tratando-o como irmão, qualquer que
fosse sua procedência.

Destas místicas comunidades muito nos fala Filostrato em sua Vida de


Apolônio de Tiana, baseando-se nos apontamentos de Damis, discípulo do
grande filósofo reformador do primeiro século de nossa Era (ou melhor
dizendo, companheiro de viagem, pois por não ser um iniciado, quase
sempre Damis era obrigado a ficar na porta dos Templos e Santuários que
não possuíam segredos para seu Mestre), Mestre que viajou
constantemente de uma a outra comunidade, assim como de Templo em
Templo nas mais diversas religiões, e onde sempre encontrou
hospitalidade e acolhida fraternal, neles compartilhando o Pão da
Sabedoria.

As mais conhecidas foram as comunidades dos Essênios entre os hebreus,


dos Terapeutas do Alto Egito e dos Ginosofistas na Índia. Este último

3
ANTIGO E PRIMITIVO RITO ORIENTAL
DE
MIZRAIM E MEMPHIS
A.’.P.’.R.’.O.’.M.’.M.’.

SOBERANO GRANDE SANTUÁRIO ADRIÁTICO


S.’.G.’.S.’.A.’.

termo - que literalmente significa sábios despidos - parece muito bem


aplicar-se aos iogues, em seu tríplice sentido moral, material e espiritual,
quando se despojavam de toda sua riqueza ou posse material e reduziam
seu traje ao que de mais simples havia, despindo-se espiritualmente com a
prática da meditação que em seus aspectos mais profundos é um despojo
completo da mente (a "Criadora da Ilusão") e das faculdades intelectuais,
das quais está revestido nosso Ego ou Alma para sua atuação como "ser
mental".
AS ESCOLAS FILOSÓFICAS

Não podemos esquecer igualmente, nesta sintética enumeração das origens


da Maçonaria, as grandes escolas filosóficas da antigüidade: a vedantina,
na Índia, a pitagórica, a platônica e a eclética ou alexandrina no Ocidente,
as quais, indistintamente, tiveram sua origem e inspiração nos Mistérios.
Da primeira, diremos simplesmente que seu propósito foi a interpretação
dos livros sagrados dos Vedas (Vedanta significa etimologicamente fim
dos Vedas), antigas escrituras brahmânicas inspiradas, obras dos Rishis,
"videntes" ou "profetas" com propósito claramente esotérico, como é
demonstrado por sua característica primitivamente adavaita ("antidualista"
ou unitária), com o reconhecimento de um único Princípio ou Realidade,
operante nas infinitas manifestações da Divindade, consideradas estas
como diferentes aspectos desta Realidade Única.

A escola estabelecida por Pitágoras, como comunidade filosofico

4
ANTIGO E PRIMITIVO RITO ORIENTAL
DE
MIZRAIM E MEMPHIS
A.’.P.’.R.’.O.’.M.’.M.’.

SOBERANO GRANDE SANTUÁRIO ADRIÁTICO


S.’.G.’.S.’.A.’.

educativa, em Crotona, na Itália meridional (chamada então Magna


Grécia), tem uma íntima relação com nossa instituição. Os discípulos eram
inicialmente submetidas a um longo período de noviciado que pode
comparar-se ao nosso grau de Aprendiz, onde eram admitidos como
ouvintes, observando um silêncio absoluto, e outras práticas de purificação
que os preparavam para o estado sucessivo de iluminação, no qual
permitia-se que falassem, tendo uma evidente analogia como grau de
Companheiro, enquanto o estado de perfeição relaciona-se evidentemente
como nosso grau de Mestre.

A escola de Pitágoras teve uma decidida influência, também nos séculos


posteriores, e muitos movimentos e instituições sociais foram inspirados
pelos ensinamentos do Mestre, que não nos deixou nada como obra direta
sua, já que considerava seus ensinamentos como vida e preferia, como ele
mesmo o dizia, gravá-las (outro termo caracteristicamente maçônico) na
mente e na vida de seus discípulos, do que confiá-las como letra morta ao
papel.(2)

Em relação a Pitágoras cabe recordar aqui um curioso e antigo documento


maçônico, (3) no qual atribui-se ao Filósofo por excelência (foi quem
primitivamente usou este termo, distinguindo-se como amigo da sabedoria
dos sufis ou sufistas, que ostentavam, com orgulho inversamente
proporcional ao mérito real, o título de sábios) o mérito de ter transportado
as tradições maçônicas orientais ao mundo ocidental greco-romano.

5
ANTIGO E PRIMITIVO RITO ORIENTAL
DE
MIZRAIM E MEMPHIS
A.’.P.’.R.’.O.’.M.’.M.’.

SOBERANO GRANDE SANTUÁRIO ADRIÁTICO


S.’.G.’.S.’.A.’.

Desta escola platônica e de sua conexão com os ensinamentos maçônicos,


é suficiente que recordemos a inscrição que existia no átrio da Academia
(palavra que significa etimologicamente "oriente"), onde eram celebradas
as reuniões: "Ninguém deve aqui entrar se não conhecer a Geometria";
alusão evidente à natureza matemática dos Primeiros Princípios, assim
como ao simbolismo geométrico ou construtor que nos revela a íntima
natureza do Universo e do homem, bem como, de sua evolução.
A filiação destas escolas aos Mistérios é evidente pelo fato de que Platão,
como Pitágoras e todos os grandes filósofos daqueles tempos, foram
iniciados nos Mistérios do Egito e da Grécia (ou em ambos), e todos deles
nos falam com grande respeito, ainda que sempre superficialmente, por ser
então toda violação do segredo castigada pelas leis civis até com a própria
morte.

Da escola eclética ou neoplatônica de Alexandria, no Egito, podemos


estabelecer a dupla característica de sua origem e de sua finalidade, uma
vez que nasceu da convergência de diferentes escolas e tradições
filosóficas, iniciáticas e religiosas, como síntese e conciliação destas, do
ponto de vista interior no qual se revela e torna patente sua fundamental
unidade.
Esta tentativa de unificação de escolas e tradições diferentes, por meio da
compreensão da Unidade da Doutrina que nelas se encerra, foi renovada
uns séculos depois por Ammonio Saccas, constituindo ainda um privilégio

6
ANTIGO E PRIMITIVO RITO ORIENTAL
DE
MIZRAIM E MEMPHIS
A.’.P.’.R.’.O.’.M.’.M.’.

SOBERANO GRANDE SANTUÁRIO ADRIÁTICO


S.’.G.’.S.’.A.’.

constante e universal característico dos verdadeiros iniciados em todos os


tempos.

A ESCOLA GNÓSTICA

Diretamente relacionada com a escola eclética alexandrina, a tradição ou


escola gnóstica do Cristianismo, tem sido considerada e foi posteriormente
perseguida como heresia pela Igreja de Roma.

O gnosticismo tentou conciliar e fundir até o limite possível, o cristianismo


então nascente, com as religiões e tradições iniciáticas mais antigas,
substituindo o dogma (doutrina ortodoxa, da qual pede-se uma aceitação
incondicional como "ato de fé") pela gnosis (conhecimento ou
compreensão por meio da qual alcança-se a Doutrina Interior). De acordo
com esta escola, o Evangelho, à semelhança de todas as escrituras e
ensinos religiosos, deve ser interpretado em seu sentido esotérico, isto é,
como expressão simbólica e apresentação dramática de Verdades
espirituais.

O Cristo, mais que uma atribuição pessoal de Jesus, seria o conhecimento


ou percepção espiritual da Verdade que deve nascer e realmente nasce em
todo iniciado, que assim, torna-se seu verdadeiro cristoforo ou cristão. O
próprio Jesus seria também o nome simbólico deste princípio salvador do
homem, que o conduz "do erro à Verdade e da Morte à Ressurreição".

7
ANTIGO E PRIMITIVO RITO ORIENTAL
DE
MIZRAIM E MEMPHIS
A.’.P.’.R.’.O.’.M.’.M.’.

SOBERANO GRANDE SANTUÁRIO ADRIÁTICO


S.’.G.’.S.’.A.’.

A própria Fé (pistis), considera-se como meio para chegar à Gnosis,


preferivelmente à aceitação passiva e incondicional de qualquer afirmação
dogmática, apresentada como uma Verdade revelada.

Apesar das posteridades interpolações, é certo que o Evangelho, as


Epístolas e o Apocalipse de São João, revelam claramente um fundamento
gnóstico (a mesma doutrina ou tradição gnóstica dizia-se instituída pelos
discípulos ou seguidores de São João), e esta tradição gnóstica ou joanita
representa no Cristianismo o ponto de contato mais direto com a
Maçonaria.

FIM DESTA LIÇÃO.

Das könnte Ihnen auch gefallen