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Ouro Branco
2015
Alessandra Claudino - 104250035
Amanda Cristina Castro Silva – 104250024
Amanda Milagres Maciel - 104250026
Bruna Pereira Neves – 104250029
Wisnner Márcio das Dores Conceição – 104250030
Ouro Branco
2015
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2
2. OBJETIVO ...................................................................................................................... 10
3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 10
3.1 MATERIAL ........................................................................................................... 10
3.1.1 Determinação das propriedades da água ......................................................... 10
3.1.2 Produção de cerveja ........................................................................................... 10
3.2 MÉTODOS ............................................................................................................. 11
3.2.1Determinação das propriedades da água .......................................................... 11
3.2.2 Produção de cerveja ........................................................................................... 11
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 12
4.1. DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DA ÁGUA ................................. 12
4.2 PRODUÇÃO DA CERVEJA ............................................................................... 14
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 19
RESUMO
1
1. INTRODUÇÃO
2
O lúpulo é uma planta classificada como Humulus lupulus de difícil cultivo e
encontrado mais facilmente em regiões frias. Normalmente comercializado na forma de
flores secas, pelletes ou em extratos e classificado como lúpulo de amargor e aromáticos
de acordo com a sua composição. Na tabela 1, a seguir, está descrita a composição
química do lúpulo em flor (SILVA, 2005).
3
grão, tornando-o mais solúvel (SILVA, 2005). Com isto a composição do grão de
cevada e do malte, cevada após o tratamento, varia conforme exemplificado na tabela
(2) a seguir.
4
Figura 1. Preparação dos diferentes tipos de cervejas (SILVA, 2005).
5
Figura 3. Enzimas liberadas nas diferentes temperaturas do processo de mosturação
(BRAGA, I. C., notas de aula).
6
amilase atuará quebrando o amido em pontos específicos e liberando açúcares de menor
cadeia, denominados maltoses, e fermentáveis que a partir da ação da levedura
resultarão em etanol no processo de fermentação. E na última etapa, a temperatura é
elevada para 72ºC, por 20 minutos, onde ocorre a ativação das alfa-amilases, que são
endoenzimas que hidrolisam ligações α-1,4-glicosídicas de moléculas de amido e
liberam oligossacarídeos de em média 6 unidades de glicose, também chamadas
dextrinas, e também açúcares redutores (principalmente maltose) (ENZIMAS NA
PANIFICAÇÃO, 2013). A alfa-amilase tem papel muito importante na produção da
cerveja, pois os produtos formados pela sua ação não são fermentáveis, porém são
característicos do gosto adocicado da cerveja e da sensação de corpo do líquido
(VIEIRA, A. W., 2013; BRAGA, I. C., 2014).
O final da hidrólise enzimática ocorre com a elevação da temperatura para 76ºC,
por 5 minutos, que inativa as enzimas e impede que os açúcares em solução sejam
totalmente liberados em açúcares fermentáveis (VIEIRA, A. W., 2013; BRAGA, I. C.,
2014).
Após a hidrólise enzimática as etapas de produção da cerveja são a filtração,
utilizada para retirada das cascas do mosto, a fervura, que promove à inativação
completa das enzimas, e o resfriamento rápido, para adequar o mosto para a etapa
principal, a fermentação (VIEIRA, A. W., 2013).
A fermentação é a etapa responsável pela produção de álcool da bebida e parte
do aroma e sabor. Para que isto seja possível, a levedura cervejeira de alta fermentação,
como já citada, Saccharomyces cerevisiae é inoculada no mosto cervejeiro a
temperatura e volume adequados (VIEIRA, A. W., 2013).
A levedura Saccharomyces cerevisiae sobrevive de forma facultativa, na
presença ou ausência de oxigênio. Na ausência de oxigênio, a levedura realiza o
processo de fermentação alcoólica do mosto cervejeiro, metabolizando açúcares
fermentescíveis (como glicose e maltose e maltotriose) presentes, para produzir energia
na forma de adenosina trifosfato (ATP), gás carbônico (CO2) e álcool. Durante este
processo, outros componentes também são formados, como ésteres, cetonas e fenóis. Os
componentes formados durante a fermentação são responsáveis pelas características
sensoriais da cerveja, como por exemplo, o aroma frutado (OLIVEIRA, N. A. M., 2011;
SILVA, 2005).
Os processos de respiração e fermentação nas leveduras são regulados por dois
fatores: as disponibilidades de glicose e de oxigênio. Na presença de glicose e oxigênio
7
ocorre a repressão catabólica ou efeito crabtree, em que a glicose exerce efeito
repressivo sobre as enzimas que atuam na respiração e também na inibição da expressão
genética da via respiratória. Dessa forma, como o piruvato não pode ser oxidado no
ciclo de Krebs ele é reduzido a etanol (OLIVEIRA, N. A. M., 2011).
Na produção de cerveja, os mostos obtidos do malte apresentam os açúcares
como dextrinas, glicose, maltose e maltotriose que são as principais fontes de carbono.
Estes açúcares, exceto as dextrinas, são utilizados pelas leveduras na fermentação para
obtenção de energia. Na ausência destes açúcares, a levedura realiza a respiração para
obter energia e não se reproduz (OLIVEIRA, N. A. M., 2011).
A fermentação alcoólica envolve doze reações catalisadas por enzimas,
conforme ilustra a figura 4, e se processa no citoplasma celular. Vários fatores atuam
sobre a ação destas enzimas e consequentemente sobre o desempenho do processo
fermentativo, como temperatura, pH, entre outros (OLIVEIRA, N. A. M., 2011).
8
Figura 6. Sequência das reações enzimáticas pela fermentação alcoólica de carboidratos
endógenos (glicogênio e trealose) ou exógenos (sacarose e maltose), conduzida por
Saccharomyces cerevisiae (OLIVEIRA, N. A. M., 2011).
9
A levedura também depende de outros componentes para o seu metabolismo. O
nitrogênio, por exemplo, é essencial para a síntese protéica, de ácidos nucléicos e outros
componentes e pode ser obtido dos aminoácidos presentes em solução, advindos da
hidrólise enzimática do malte (SILVA, D.P., 2005).
Ao finalizar a etapa de fermentação grande parte do levedo irá flocular e se
depositar no fundo do fermentador. Nesta etapa a cerveja ainda precisa adquirir os
aroma e sabor desejáveis que são conferidos a ela na etapa de maturação, fermentação
secundária. (VIEIRA, A. W., 2013; OLIVEIRA, N. A. M., 2011).
2. OBJETIVO
O presente trabalho teve por objetivo produzir cerveja do tipo ale, através da levedura
Saccharomyces cerevisiae de alta fermentação e analisar a viabilidade destes métodos
de acordo com a bebida obtida.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 MATERIAL
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Lúpulo: Columbus; Resfriador de placas;
Levedura cervejeira: Panelas;
Saccharomyces cerevisiae de alta Fundo falso
fermentação; Sanitizador;
Termômetro alimentício; Liquidificador;
Fogareiro; Espátula;
Tanque de fermentação; Freezer;
3.2 MÉTODOS
11
de placas. Após o resfriamento do mosto, este foi filtrado com o auxílio de um fundo falso,
papel filtro e as próprias cascas do malte, caracterizando a clarificação do mosto. Este mosto
foi recirculado alcançando maior pureza. Com o mosto clarificado ferveu-se a solução durante
90 minutos e nos 15 minutos finais adicionou-se lúpulo ao mosto. Resfriou-se, então, o mosto
à temperatura ambiente. Após o resfriamento o mosto foi transferido para o fermentador.
3.2.2.b) Fermentação
Adicionou-se a levedura de alta fermentação (Saccharomyces cerevisiae) ao
fermentador contendo o mosto e iniciou-se o processo de fermentação foi mantido por 6 dias
em temperatura aproximada de 20 ºC.
3.2.2.c)Maturação
Após a fermentação o tanque de fermentação foi colocado na geladeira a 0 ºC.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Onde, VEDTA= 35mL, CEDTA= 0,0006 mol/L, MM CaCO3= 100,09g/mol.
Sendo assim:
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A turbidez é um parâmetro usado para analisar o controle da qualidade da água e
consiste em uma medida que identifica a presença de partículas em suspensão na água. O
valor máximo permitido para água tratada é de 1 NTU (unidade nefelométrica de turbidez)
(DMAE). A medida feita para a turbidez, através do tubidímetro, forneceu um valor de
0,32 NTU para a água, valor este que foi bem menor que o máximo permitido, atendendo às
especificações e sendo, também um resultado satisfatório.
O malte foi moído de forma que os grãos foram quebrados para que as enzimas fossem
liberadas e pudessem agir no mosto durante a etapa de hidrólise enzimática. Pela ausência de
um moinho específico para este tipo de moagem algumas características da cerveja podem
não ter ficado como esperadas. O malte após moagem está representado na figura a seguir.
Figura 7. Malte de cevada tipo Pale Ale, Caramunich e Carapils após moagem.
A hidrólise enzimática inicia-se com a mistura do malte em água a 35 ºC, como ilustra
a figura 8.a). Nesta fase, o amido é hidratado e dessa forma possibilita a ação das enzimas
sobre as suas cadeias, para que açúcares de menor cadeia sejam liberados no meio.
14
a) b)
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Figura 10. Mosto a 45 ºC na segunda etapa da hidrólise enzimática.
Estas etapas são características que a hidrólise enzimática até o momento foi efetiva. A
coloração e o aspecto de turbidez do meio foram completamente alterados quando
comparamos a figura 7 com a figura 11. Nota-se que a maior parte do amido foi hidrolisado
em açúcares de menor cadeia ou fermentáveis, evidenciando a boa qualidade do mosto para a
produção de cerveja.
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Após alcançar os 62 ºC com ação da beta amilase, a temperatura foi elevada para
72 ºC ativando então, as alfa-amilases, que hidrolisam no interior das cadeias de amido. Estas
enzimas liberaram no mosto oligossacarídeos, dextrinas e açúcares redutores, principalmente
maltose. Estes açúcares que foram liberados no meio são os responsáveis por características
relacionadas ao sabor da bebida e à sensação de corpo do líquido.
Para que o processo de hidrólise fosse interrompido a temperatura foi elevada para
76 ºC, temperatura esta que inibe a atividade enzimática das celulases em questão. O
importante desta etapa é que ao inibir estas enzimas, uma parte dos açúcares em solução
continue intacto de forma que auxiliem no sabor da cerveja.
Para esta inativação a temperatura não ultrapassou os 78 ºC. Acima deste limite a
casca do malte libera taninos, presentes em sua composição, no mosto o que pode gerar
adstringência na cerveja.
Ao final desta hidrólise o mosto foi transferido a um tanque com resfriador de placas.
Como ilustra a figura 12. Neste resfriador água a 23 ºC era circulada e sua temperatura de
saída era de 37 ºC. Esta água trocava calor com o mosto impedindo que as características de
aroma da bebida fossem perdidas.
Figura 12. Transferência do mosto para o tanque com resfriador a), e resfriamento b).
Depois da fervura o mosto foi novamente resfriado com o intuito de conservar suas
propriedades organolépticas, mantendo o aroma lupulado da cerveja com menor amargor.
O mosto cervejeiro foi então transferido ao tanque de fermentação. Nesta transferência
o oxigênio perdido durante a fervura é recuperado, o que é crucial para um bom desempenho
da levedura na fermentação, pois este é utilizado para sua reprodução e consequentemente
para uma fermentação mais rápida e eficiente do mosto.
Atingindo então a temperatura ambiente a levedura foi adicionada ao mosto e o tanque
foi vedado para que não houvesse contaminação por bactérias ou leveduras selvagens, como
mostra a figura 14. A levedura liofilizada foi diretamente adicionada ao mosto e devido a isto,
o tempo de fermentação foi maior, levando em conta o tempo de adaptação da cultura ao
meio. A fermentação para cervejas do tipo ale dura em média cinco dias, para inóculo pré-
cultivado. Como a adição da levedura foi realizada diretamente deixou-se esta etapa por um
período de seis dias, para que a levedura fosse capaz de se reproduzir e realizar a fermentação,
alcançando as características almejadas da cerveja.
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Figura 14. Tanque de fermentação vedado.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
19
SILVA, D.P. PRODUÇÃO E AVALIAÇÃO SENSORIAL DE CERVEJA OBTIDA A
PARTIR DE MOSTOS COM ELEVADAS CONCENTRAÇÕES DE AÇÚCARES.
2005. 177 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de engenharia química de Lorena. Departamento
de biotecnologia. 2005.
Enzimas em panificação. Aditivos & Ingredientes, São Paulo – SP, 42-53, abril de 2013
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