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Professor Docente I – Geografia da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Doutorando do Programa de
Pós Graduação em Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGEO/Uerj).
trabalho. Poderíamos dizer que era uma forma de controle da voracidade do capitalismo
em relação a sua busca constante por crescimento. A tendência era a busca por dirimir a
desigualdade, pensar a administração urbana através de planos e regulamentos que
guiassem o uso do solo, ações compensatórias que tivessem a totalidade como foco em
detrimento de projetos com raio de ação limitado, ou seja, ações pontuais no espaço
urbano (ARANTES, 2001; BIENENSTEIN, 2009), mas sem perder de vista a cidade como
centro de controle da reprodução da sociedade capitalista no que diz respeito a força de
trabalho, da troca e dos padrões de consumo (SOJA,1994).
A crise do modelo fordista no final da década de 1960 é o marco inicial da
passagem do Estado do período fordista-keynesiano para o período neoliberal /
acumulação flexível. A ascensão da dupla Thatcher/Reagan ao poder na Inglaterra e
Estados Unidos, respectivamente, carregou consigo a agenda liberal-conservadora
promovendo o encolhimento do Estado, desregulou setores e mercados e desmontou
parte do welfare state (COUTINHO, 2001 apud BIENENSTEIN, 2009). Enquanto ocorria a
reestruturação do capitalismo mundial tanto nos países centrais quanto nos periféricos,
em consonância com as regras do Consenso de Washington, também tomava corpo e se
impunha um novo consenso urbano.
são investidos de novos significados, numa operação que tem como um dos
esteios a transformação da cidade em sujeito/ator econômico [...] e, mais
especificamente, num sujeito/ator cuja natureza mercantil e empresarial instaura o
poder de uma nova lógica, com a qual pretende se legitimar a apropriação direta
dos instrumentos de poder público por grupos empresariais privados (VAINER,
2000a, p.89).
Referências:
AMENDOLA, Mônica. O ordenamento urbano carioca sob a ótica do plano estratégico de
cidades. Revista geo-paisagem ( on line ). Vol. 1, número 2, 2002.