Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Advogados Associados
Ocorre que, produtos essenciais como energia elétrica, não podem ser tributados nesta
alíquota regular de 25% (vinte e cinco por cento) como se supérfluos fossem. Tais
produtos devem ser tributados alíquota geral de 18% (dezoito por cento)!
Tanto que o Estado do Rio de Janeiro está enfrentando uma enxurrada de ações pedindo
a redução da alíquota regular do ICMS incidente sobre a energia elétrica de 25%(vinte e
cinco por cento) para 18%(dezoito por cento). A origem do surto de ações judiciais está
em uma decisão do órgão especial do Tribunal de Justiça, declarando inconstitucional a
aplicação da alíquota de 25% do ICMS e afirmou que a alíquota aplicada deve ser a de
18%(dezoito por cento), acrescida dos 4%(quatro por cento) do FECP, totalizando
22%(vinte e dois por cento) e não mais 29%(vinte e nove por cento).
Segundo o tribunal, ao tributar com a alíquota máxima a energia elétrica, o Estado fere o
princípio constitucional da essencialidade, pelo qual os bens mais básicos deveriam ter
um tratamento fiscal mais favorável. A decisão virou orientação geral para o tribunal, que
possui em seu regimento interno uma regra pela qual a posição do órgão especial tem
efeito vinculante na corte.
Objetivando criar novas fontes de custeio para projetos voltados à eliminação do déficit
social, o Governo do Estado do Rio de Janeiro no ano de 2003 criou o Fundo Estadual de
Combate a Pobreza, o qual consiste em um adicional de ICMS cobrado na circulação de
mercadorias ou na prestação de Serviços nos quais o ICMS tenha incidência.
Ocorre que a própria lei instituidora deste referido adicional, estipula de forma expressa
que o mesmo não deve recair sobre as Empresas enquadradas no Simples Nacional.
Porém as concessionárias de Serviços Públicos alegam não ter condições e nem mesmo
conhecimento para fazer tal distinção, gerando uma cobrança padronizada, na qual todos
os consumidores pagam este acréscimo de 4% (quatro por cento) não obstante uma
grande parte se encontrar inscrita no Simples Nacional.
É justamente em face desta cobrança absurda que nosso escritório vem obtendo
inúmeros ganhos de causa para consumidores que passam a não pagar mais este valor,
assim como ainda conseguem obter o crédito das quantias indevidamente pagas nos
últimos 5 (cinco) anos.
Página 2
SANTESSO
Advogados Associados
O fato que chama a atenção e que poucos contribuintes têm conhecimento é o que os
consumidores de energia elétrica, através da Demanda Contratada, estão pagando o
imposto sem o seu efetivo consumo, vez que o ICMS somente deve incidir sobre o valor
da energia elétrica efetivamente consumida (sobre os KWs registrados) e não sobre o
valor da Demanda Contratada, posto que, neste caso, não ocorreu a hipótese de
incidência prevista em lei para a exigência do tributo.
Página 3