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DEPARTAMENTO DE POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL

PRF/2016

POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL

AULA 00

DESCONCENTRAÇÃO X DESCENTRALIZAÇÃO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Professor Edson Marques
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF/2016
AULA 00 - Demonstrativa
Prof. Edson Marques

Olá!

Eu sou o Prof. Edson Marques, vou ministrar o curso de Direito


Administrativo, teoria e exercícios, voltado para o concurso do
Departamento de Polícia Rodoviária Federal (PRF), para o
cargo de Policial Rodoviário Federal.

Antes de dizer como será nosso curso, deixe-me fazer uma breve
apresentação, especialmente para aqueles que ainda não me
conhecem.

Bem, ocupo o cargo de Defensor Público Federal, com atuação no


Superior Tribunal de Justiça, nas causas de direito público e direito
privado. Além disso, ministro aulas em cursos preparatórios para
concursos, graduação e pós-graduação em Brasília nas cadeiras de
Direito Administrativo e Direito Constitucional.

Em relação a minha experiência sobre concursos públicos, que


considero razoável, passa pelos cargos de Advogado da União,
Analista Judiciário no STJ e STF, Técnico Judiciário no STJ, Técnico de
Finanças e Controle no Min. Fazenda. Obtive, ainda, aprovação em
diversos outros certames, tal como Procurador da Fazenda Nacional,
Delegado de Polícia Federal, Advogado Junior da CEF, Técnico
Judiciário TST, Analista Judiciário – Execução de Mandados do TRF 1ª
Região e do TJDFT, dentre outros.

E o nosso curso? Bem, em relação ao nosso curso, gostaria de


enfatizar que trarei as questões mais recentes do CESPE, e que
teremos 11 (onze) aulas, além dessa demonstrativa, assim
compreendidas:

Aula 00: 8 Organização administrativa: Descentralização x


Desconcentração

Aula 01: 8 Organização administrativa. 8.1 Administração

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direta e indireta, centralizada e descentralizada. 8.2


Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista.

Aula 02: 1 Estado, governo e administração pública:


conceitos, elementos, poderes, natureza, fins e princípios.
2 Direito administrativo: conceito, fontes e princípios. 6
Princípios básicos da administração.

Aula 03: 5 Poderes da administração: vinculado,


discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar.

Aula 04: 3 Ato administrativo. 3.1 Conceito, requisitos,


atributos, classificação e espécies. 3.2 Invalidação,
anulação e revogação. 3.3 Prescrição.

Aula 05: 4.3 Processo administrativo: conceito, princípios,


fases e modalidades.

Aula 06: 7 Serviços públicos: conceito, classificação,


regulamentação, formas e competência de prestação.

Aula 07: 9 Controle e responsabilização da administração.


9.1 Controle administrativo. 9.2 Controle judicial. 9.3
Controle legislativo.

Aula 08: 6.3 Improbidade administrativa: sanções penais e


civis — Lei nº 8.429/1992 e alterações.

Aula 09: 9.4 Responsabilidade civil do Estado. 6.1


Responsabilidade civil da administração: evolução
doutrinária e reparação do dano. 6.2 Enriquecimento ilícito
e uso e abuso de poder.

Aula 10: 4.4 Lei nº 8.112/1990 e alterações. 4 Agentes


administrativos. 4.1 Investidura e exercício da função

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pública. 4.2 Direitos e deveres dos funcionários públicos;


regimes jurídicos.

Aula 11: 4.4 Lei nº 8.112/1990 e alterações. (2ª parte)

Nesta aula vou abordar, a título de introdução e demonstração, dois


institutos que são bastantes cobrados nas provas CESPE, vamos falar
da desconcentração e da descentralização administrativa.

Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa.

Bons estudos e grande abraço,

Prof. Edson Marques

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SUMÁRIO

1. Organização Administrativa ....................................................................... 6


1.1 Desconcentração e Descentralização política........................................... 6
1.2 Desconcentração e Descentralização Administrativa ............................. 12
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................. 17
QUESTÕES SELECIONADAS .......................................................................... 33
GABARITO: ................................................................................................... 38

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1. Organização Administrativa

1.1 Desconcentração e Descentralização política

Antes de adentramos ao ponto central, devemos partir


da noção de Estado, para então compreendermos os institutos que
merecem nossa atenção.

Pois bem. É sabido que o Estado, instituição política,


foi criado para cuidar dos interesses coletivos. Por isso, devemos
considerá-lo como sendo o 1º setor, visto ser uma das primeiras
instituições criadas pelo homem.

No Estado, 1º setor, como regra, tem-se a submissão


ao regime de direito público (regime especial), a prevalência do
interesse público (supremacia do interesse público sobre o privado),
bem como a indisponibilidade desse interesse. Por tudo isso, dizemos
que se trata de setor público, de modo que as pessoas que são
criadas neste setor são pessoas jurídicas de direito público.

Com efeito, o Estado (1º setor) é compreendido como


um ente político. Isto é, trata-se de uma pessoa jurídica,
politicamente organizada, de modo a contemplar três
elementos essenciais, sendo povo, território e soberania ou
governo. Há quem ainda inclua a finalidade.

Essa definição parte dos estudos formulados por


Montesquieu, para quem o Estado, organização política, é concebido
para bem promover os interesses coletivos (finalidade) e, portanto,
ser democrático.

E, para isso, deve o Estado contemplar a existência da


separação de poderes, ou seja, não pode haver a concentração
de funções (Poder) ou atividades em um único órgão ou
pessoa, sob pena desse Estado se tornar absolutista.

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Por isso, formulou Montesquieu a chamada separação


de poderes estatais, que fora adotada por nossa Constituição
(tripartição de poderes), ao prevê a existência de funções distintas a
ser conferida a órgãos distintos do Estado, ou seja, ao Executivo,
Legislativo e Judiciário.

Esse processo, de separar poderes, criando órgãos


distintos para realizar cada uma de suas funções políticas é
denominado de desconcentração política.

LEMBRE-SE: O Estado é uma organização política, dotada de

personalidade jurídica de direito público, que, modernamente,

congrega três funções ou poderes (Legislativo, Judiciário e

Executivo).

Perceba que a função executiva também é


denominada administrativa e, por isso, muitas vezes se confunde o
Poder Executivo com a Administração Pública. Todavia essa
simplificação não é correta na medida em que a Administração
Pública se encontra inserida nos três poderes, conforme se constata
do art. 37, caput, da Constituição Federal:

Art. 37. A administração pública direta e indireta


de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

Explico Isso.

É que, muito embora haja essa divisão de funções


(legislativa, executiva e judiciária), sendo cada função exercida de
forma primordial ou principal por um órgão independente (além de
seus órgãos auxiliares), ou seja, como função típica, é possível
verificar que há funções atípicas ou anômalas, que também serão

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exercidas concomitantemente por tais órgãos de Poder.

Observe que cada função é exercida por órgãos


especiais definidos como Poder Executivo, Poder Judiciário e
Poder Legislativo, significando dizer que um não está subordinado
aos outros (independentes), tendo suas limitações e prerrogativas
conferidas constitucionalmente, mas, por outro lado, um controle o
outro (harmônicos = check and balance – sistema de freios e
contrapesos).

Então, vale ressaltar que cada Poder (órgão que


exerce a função política do Estado) além de sua função típica
(finalística), exerce outras funções, de forma atípica ou
anômala.

Por exemplo, ao Poder Executivo cabe o exercício da


função típica administrativa, que é de gerir a máquina estatal,
realizar os serviços públicos e concretizar as políticas públicas, dentre
outras atividades. No entanto, também cabe, de forma atípica, o
exercício das funções legislativas (tal como a edição de Medidas
Provisórias, leis delegadas etc) e de julgar1 (condução de processos
administrativos etc).

Por outro lado, aos demais Poderes, isto é, ao


Legislativo e ao Judiciário caberá o exercício de forma atípica ou
anômala das funções que seriam funções típicas de outro poder.

Assim, além de legislar e fiscalizar os gastos públicos,


ao Legislativo cabe realizar a organização e funcionamento de suas
atividades (função administrativa), bem como julgar os
parlamentares por falta de decoro ou, no âmbito do Senado, por
exemplo, julgar o Presidente por crime de responsabilidade (função
judiciária).

1
Parte da doutrina não admite o exercício da função jurisdicional por parte do Executivo, sob o
fundamento de que suas decisões, em processos administrativos, não teriam a força de coisa julgada, ou
seja, não seria definitiva, ante a possibilidade de revisão pelo Judiciário.

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De igual forma, ao Poder Judiciário, além de dizer o


direito no caso concreto, promovendo a pacificação social, resolvendo
os conflitos de interesse (função judiciária), também terá que gerir
seus serviços, seus servidores, realizar concursos, licitações etc
(função administrativa) e elaborar seu regimento interno e expedir
resoluções administrativas (função legislativa).

Por isso, ante essa complexidade de atuações e as


inúmeras atividades que devem desempenhar o Estado, além de suas
funções primordiais (poderes), é necessária uma organizada estrutura
administrativa a fim de promover seus objetivos.

Nesse sentido, e como já ressaltamos, foi estabelecida


essa divisão de funções entre os três órgãos ou poderes
(desconcentração política).

Porém, no nosso caso, é possível percebermos que


esses órgãos estão na estrutura de um Ente Político que, conforme a
Constituição Federal, chama-se República Federativa do Brasil.

Observe então que nosso Estado (República Federativa


do Brasil), antes constituído como um Império deixou de ser um
Estado Central, ou seja, aquele que não tem divisão política
interna de competências, para ser uma Federação.

Significa dizer, portanto, que promoveu uma


distribuição de competências entre outros Entes Políticos internos.
(Forma de Estado: Federativa)

Cuidado.

Você deve perceber que temos dois momentos


distintos. Um quando se repartiu o Poder, criando funções distintas e
conferindo-as a órgãos distintos. Outro, quando o Estado, antes
central, reparte-se em unidades políticas internas com competências

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próprias.

Podemos fazer o seguinte esquema:

Sem divisão (absoluto) Concentrado


• Poder
Dividido (separação) Desconcentrado

Estado
Sem divisão (Unitário) Centralizado
• Território
Dividido (federação) Descentralizado

Com efeito, essa distribuição de competências entre


unidades políticas distintas do Ente Central (R. F. Brasil), ou seja, a
criação da Federação decorre da necessidade de aproximar a
realização das atividades Estatais ao povo.

Isso porque o Estado centralizado, na dimensão do


nosso, torna-se mais lento, com dificuldades de atender aos reclamos
populares e a necessidade de se promover determinados serviços
públicos.

Por isso, empreendeu-se uma repartição (territorial)


de atribuições – competências políticas -, criando-se outros
entes políticos, o que se denomina de descentralização
política.

Importante compreender que essa descentralização é


realizada por força da Constituição, conforme a criação dos Entes
Federados, nos moldes do art. 18 da CF/88, sendo: a União, os
Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios. Vejamos:

Art. 18. A organização político-administrativa da


República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.

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Então, vamos relembrar:

O Estado (República Federativa do Brasil) exerce


três funções primordiais por órgãos criados para isso
(desconcentração política). Funções que integrarão as
competências distribuídas aos entes políticos internos que
foram criados para exercer tais competências que decorrem
do Ente central (descentralização política).

Logo se percebe que o exercício da função


administrativa é concebido para ser realizado pelo Estado ou
seus entes políticos internos. Desse modo, quando o Estado ou os
entes políticos internos estão exercendo a função administração serão
chamados de Administração Pública.

Ocorre que o Estado Central (República Federativa do


Brasil) passa a atuar no campo externo (internacional), deixando que
no campo interno atuem seus entes políticos (Estado
descentralizado). Assim, quando os entes políticos atuam
internamente é o próprio Estado quem estará realizando
diretamente a função administrativa.

Nesse sentido é que o Decreto-Lei nº 200/67, em que


pese não se atentar para o exercício de funções atípicas pelos demais
poderes e tratando apenas do plano federal, estabeleceu o conceito
de Administração Pública Direta, vejamos:

Art. 4° A Administração Federal compreende:


I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços
integrados na estrutura administrativa da Presidência
da República e dos Ministérios.

Portanto, a Administração Pública Direta


compreende os próprios Entes Políticos, ou seja, União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios, todos com

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personalidade jurídica de direito público à semelhança do Estado


Central (República Federativa do Brasil) no exercício da função
administrativa.

Pois bem. Podemos concluir o seguinte:

O Estado inicialmente concentrado e centralizado


reparte internamente suas funções políticas entre órgãos de poder
denominados Executivo, Legislativo e Judiciário (desconcentração
política), depois se reparte em diversos entes políticos a fim de
dividir, distribuir a titularidade de certas competências e o exercício
de suas atribuições, criando a União, os Estados-membros, o Distrito
Federal e os Municípios (descentralização política).

1.2 Desconcentração e Descentralização Administrativa

É certo que, olhando isoladamente cada ente político,


temos uma representação menor do próprio Estado. Assim, cada ente
no exercício da função administrativa, ou seja, atuando como
Administração Pública, o faz de igual modo ao Estado central.

Por isso, na configuração inicial do modelo federativo,


devemos entender também que cada ente político que compõe o
Estado exerce de forma centralizada a função administrativa,
de maneira que a Administração Pública Direta também se
denomina de centralizada (administrativamente).

Significa dizer que a cada ente político fora distribuída


uma gama de competências administrativas pelo Ente Central
(República Federativa do Brasil), a exemplo dos arts. 22 a 24 da
CF/88, e que estes mesmos entes políticos, diretamente, deverão
exercê-las. Então, vistos isoladamente são entes centralizados (só
que aqui se trata de uma centralização administrativa).

Ademais, também devemos nos ater que, nesse


momento, tínhamos apenas a repartição de funções política

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(poderes). Assim, o ente político, criado pelo Ente central, é criado


para exercer parte da função administrativa como um todo, ou seja,
sem qualquer organização ou distribuição interna (concentração
administrativa).

Ocorre que, como sabemos, são amplas as atividades


administrativas a serem exercidas. Dessa forma, tais entes políticos a
fim de agirem organizadamente e obterem uma atuação satisfatória,
verificam a necessidade de separação, distribuição, dessas atividades.

Observe que os ente políticos são pessoas jurídicas de


direito público e, por isso, devem organizar-se como seres vivos, de
modo a realizar suas funções por meio de estrutura organizacionais
internas, a fim de que possam distribuir suas funções, competências,
ou atividades administrativas no seu interior.

Para tanto, criarão repartições, departamentos, setores,


quer dizer órgãos, os quais receberão atribuições inerentes à
própria pessoa, de modo que cada um tenha funções específicas e,
assim, possa a engrenagem funcionar de forma coordenada a fim de
realizar sua finalidade.

Essa necessidade de organização interna da atividade


administrativa, a fim de melhor desempenhá-la, distribuindo-a
através da criação de órgãos em uma mesma estrutura interna
denomina-se desconcentração administrativa.

Portanto, a desconcentração administrativa é a


distribuição interna de competências, com a criação de órgãos
dentro da estrutura administrativa de um ente (ou entidade),
para desempenhá-las.

Assim, a Administração Pública Direta ou centralizada


cria órgãos, ou seja, núcleos de atuação interna em que são
distribuídas as diversas competências.

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Então, opera-se a desconcentração administrativa


quando há a repartição interna da função administrativa num mesmo
ente (pessoa jurídica) ou numa mesma entidade.

Veja o que dispõe o art. 1º, parágrafo único, inciso I,


da Lei nº 9.784/99:

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da


Administração direta e da estrutura da Administração
indireta;

É importante lembrar que o órgão, departamento,


setor, é uma parte do ente que o criou, de maneira que não
tem vida própria, ou seja, não se trata de uma pessoa jurídica,
não detém, portanto, personalidade jurídica.

É sabido, no entanto, que somente tal repartição


interna não consegue atingir todos os interesses e serviços que o
Estado deve realizar de forma rápida e com a especialidade que às
vezes o caso requer. Isso porque, mesmo organizado internamente,
continuamos a ter uma única pessoa a realizar o complexo de
atividades administrativas.

Por isso, tendo como parâmetro aquilo que havia sido


empreendido pela própria Constituição em dado momento
(descentralização política) e considerando, pois, a necessidade de
melhor realizar as funções administrativas, concebe-se nova
descentralização, agora não mais sob a vertente política
(constitucional), mas sob a ótica administrativa.

Sabendo, pois, que a descentralização política deu


surgimento aos entes políticos (União, Estados, DF e Municípios), a
descentralização administrativa dará surgimento a entidades
administrativas.

É preciso ficar atento, no entanto, pois há mais de uma

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forma de descentralização administrativa, sendo uma delas a que dá


ensejo à criação de entidades administrativas.

Lembre-se:

O (Oncentração) distribuição p/órgãos

DESC

E (Entralização) distribuição p/entidades

Portanto, a descentralização administrativa é a


distribuição de competências entre pessoas jurídicas distintas
(entidades administrativas), dando ensejo à criação da
Administração Pública Indireta.

Contudo, há outras formas de descentralização


administrativa, ou seja, de distribuição de competências materiais
entre pessoas jurídicas distintas, de modo que podemos organizá-la
sob três modalidades distintas, sendo:

• Descentralização territorial ou geográfica;


• Descentralização técnica, funcional ou por serviço;
• Descentralização por colaboração.

A descentralização geográfica ou territorial é


aquela em que há a criação de um ente dentro de certa localidade
territorial, geograficamente delimitado, com personalidade jurídica de
direito público para exercício, de forma geral, de todas ou de uma
grande parcela de atividades administrativas (capacidade
administrativa genérica).

Essa forma de descentralização configura, basicamente,


um Território Federal, com capacidade de autoadministração e às
vezes até legislativa, conforme se depreende do art. 33, §3º, CF/88
ao estabelecer que “nos Territórios com mais de cem mil habitantes,
além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá
órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do

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Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre


as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa”.

A descentralização por serviços, funcional ou


técnica se dá por meio da criação de uma pessoa jurídica pelo ente
político, para a qual este outorga, isto é, transfere, por lei, certa
atividade administrativa específica. (exemplo: criação de entidades
da administração indireta)

A descentralização por colaboração ocorre com a


delegação da execução de certa atividade administrativa (serviço
público) para particular, que a executará por sua conta e risco,
mediante remuneração, por meio de contrato ou ato administrativo.
(Exemplo: concessionárias e permissionárias de serviço público)

Assim, no âmbito da descentralização administrativa


teremos dois institutos importantes, a outorga (descentralização
legal) e a delegação (descentralização negocial ou contratual).

Na outorga, cria-se uma pessoa jurídica é lhe transfere,


por lei, o exercício de determinada atividade administrativa, de modo
que se torne especialista nesse ramo.

Na delegação, transfere-se, por ato ou contrato


administrativo, a outra pessoa a execução de determinado serviço
público para que o execute por sua conta e risco, mas visando
atender ao interesse público.

É isso, por ora! vamos às questões.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/AL – CESPE/2012) Ocorre o


fenômeno da desconcentração quando o Estado desempenha
algumas de suas funções por meio de outras pessoas
jurídicas.

Comentário:

O Estado é uma pessoa jurídica. Assim, quando essa


pessoa distribui competências para outra pessoa, teremos a
descentralização, que poderá ser política (distribui para outros entes
políticos) ou administrativa (distribui para entidades administrativas).

Gabarito: Errado.

2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A


centralização é a situação em que o Estado executa suas
tarefas diretamente, por intermédio dos inúmeros órgãos e
agentes administrativos que compõem sua estrutura
funcional.

Comentário:

O fato de o Estado exercer suas funções por meio de


diversos órgãos é o fenômeno da desconcentração, que ocorre no
âmbito interno de uma mesma pessoa.

No entanto, mesmo desconcentrado, o ente está


centralizado, pois nada se menciona sobre a criação de outras
entidades.

Com efeito, a centralização é o movimento inverso da


descentralização. Então, enquanto na descentralização temos duas ou

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mais pessoas. Na centralização temos uma só pessoa, que pode ou


não estar desconcentrada.

Gabarito: Certo.

3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A


chamada centralização desconcentrada é a atribuição
administrativa cometida a uma única pessoa jurídica dividida
internamente em diversos órgãos.

Comentário:

Na centralização temos uma só pessoa que exerce suas


funções. Pode, essa pessoa, estar desconcentrada (ter diversos
órgãos) ou concentrada (não ter diversos órgãos, ou seja, não ter
divisão interna de suas atribuições entre órgãos).

Gabarito: Certo.

4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O


instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam
distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única
pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na
estrutura organizacional. Assim, concentração refere-se à
administração direta; já desconcentração, à indireta.

Comentário:

De fato, a desconcentração permite que as atribuições


sejam distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única
pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura
organizacional.

Contudo, concentração/desconcentração tanto podem

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ser referir à administração direta ou à indireta, pois se trata de


organização interna no âmbito de uma mesma pessoa jurídica.

Gabarito: Errado.

5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012)


Para que ocorra a descentralização administrativa, é
necessária, pelo menos, a existência de duas pessoas.

Comentário:

A descentralização administrativa pressupõe sempre a


existência de duas ou mais pessoas, enquanto a desconcentração
pressupõe uma só pessoa.

Gabarito: Certo.

6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Quando o


Estado cria entidades dotadas de patrimônio e personalidade
jurídica para propiciar melhorias em sua organização, ocorre o
que se denomina desconcentração.

Comentário:

A criação de pessoa jurídica pelo Estado distribuindo-


lhe função administrativa é o fenômeno da descentralização.

Gabarito: Errado.

7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT –


CESPE/2010) A descentralização administrativa ocorre
quando se distribuem competências materiais entre unidades
administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas.

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Comentário:

Na descentralização administrativa ocorre a distribuição


de competências de uma pessoa jurídica para outra.

Gabarito: Certo.

8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT –


CESPE/2010) A criação de um ministério na estrutura do
Poder Executivo federal para tratar especificamente de
determinado assunto é um exemplo de administração
descentralizada.

Comentário:

Observe que os ministérios são órgãos integrantes da


estrutura da União, pessoa jurídica de direito público. Portanto,
quando se cria órgãos na estrutura de uma pessoa, estamos
desconcentrando, e com isso diante da administração
desconcentrada.

Gabarito: Errado.

9. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) A criação


de nova secretaria por governador de estado caracteriza
exemplo de descentralização.

Comentário:

Então, a criação de uma secretaria de estado, isto é,


criação de um órgão no âmbito da Administração direta, é um
exemplo de desconcentração.

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Gabarito: Errado.

10. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011)


Diferentemente da descentralização, em que a transferência
de competências se dá para outra entidade, a desconcentração
é processo eminentemente interno, em que um ou mais
órgãos substituem outro com o objetivo de melhorar e
acelerar a prestação do serviço público.

Comentário:

Na descentralização a transferência de competências se


dá para outra entidade, enquanto na desconcentração, por ser um
processo eminentemente interno, um ou mais órgãos substituem
outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço
público.

Gabarito: Certo.

11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A


delegação é forma de efetivação da desconcentração.

Comentário:

No âmbito da descentralização administrativa teremos


dois institutos importantes, a outorga (descentralização legal) e a
delegação (descentralização contratual ou negocial).

Na outorga, cria-se uma pessoa jurídica é lhe transfere,


por lei, o exercício de determinada atividade administrativa, de modo
que se torne especialista nesse ramo. Ressalva-se, no entanto, o
entendimento do Prof. Carvalho Filho, para quem na outorga não há
transferência da titularidade, mas da prestação do serviço que é feita
por lei.

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Na delegação, transfere-se, por ato ou contrato


administrativo, a outra pessoa a execução de determinado serviço
público para que o execute por sua conta e risco, mas visando
atender ao interesse público.

Portanto, a outorga e a delegação são formas de


descentralização.

Gabarito: Errado.

12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES –


CESPE/2011) A desconcentração mantém os poderes e as
atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao
passo que a descentralização os transfere para outro sujeito
de direito distinto e autônomo, elevando o número de sujeitos
titulares de poderes públicos.

Comentário:

De fato, a desconcentração mantém os poderes e as


atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, pois se
trata de distribuição de atribuições no âmbito de uma mesma pessoa
jurídica.

Contudo, na descentralização administrativa poderá


(outorga) ou não (delegação) haver a transferência da titularidade
para outro sujeito de direito, distinto e autônomo.

Assim, embora haja divergência doutrinária quanto à


transferência da titularidade no caso de outorga, essa não ocorrerá
no caso de delegação, pois somente se transfere a execução da
atividade, motivo pelo qual a questão deveria ser considerada errada,
já que a descentralização administrativa não se resume à
descentralização funcional, por serviço ou técnica.

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Nisso, chamo a atenção para que se tome muito


cuidado, pois o CESPE, a depender do examinador, tem assumido
posições contraditórias, ou seja, uma parte da Banca assume a
posição de que transfere a titularidade (linha da Di Pietro) e outra
parte assume a posição de que não se transfere a titularidade (linha
do Carvalho Filho).

Portanto, entendo que a questão deveria ter sido


anulada, mas o CESPE a considerou correta.

Gabarito: Certo. (*)

13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS –


STM – CESPE/2011) Quando o Estado processa a
descentralização do serviço público por delegação contratual,
ocorre apenas a transferência da execução do serviço.
Quando, entretanto, a descentralização se faz por meio de lei,
ocorre a transferência não somente da execução, mas também
da titularidade do serviço, que passa a pertencer à pessoa
jurídica incumbida de seu desempenho.

Comentário:

Aqui o CESPE adotou o posicionamento do Carvalho


Filho, que entende que na descentralização administrativa
(descentralização legal ou outorga) também não há a transferência
da titularidade, pois foi conferida ao ente político pela Constituição.

Portanto, para o prof. Carvalho Filho, a outorga também


só ocorrerá a transferência da prestação do serviço público,
distinguindo-se da delegação no que diz respeito ao ato que
determina a transferência, que no caso da outorga ocorre por lei.

Lembre-se, no entanto, como disse, que a

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posicionamento majoritário na doutrina é no sentido de que na


outorga há a transferência da titularidade e da prestação do serviço.

Gabarito: Errado.

14. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A


descentralização pode ser feita por meio de outorga ou
delegação, meios de que dispõe o poder público para
transferir, por tempo determinado, a prestação de
determinado serviço público a ente público ou a particular.

Comentário:

Com efeito, não restam dúvidas de que a


descentralização pode ocorrer mediante outorga (por lei) ou por
delegação (por contrato ou ato administrativo), de modo a transferir
a prestação de determinado serviço público a ente administrativo ou
a particular, contudo, poderá ser por prazo determinado (contrato) ou
não (outorga).

Gabarito: Errado.

15. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) A


descentralização administrativa efetiva-se por meio de
outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere,
por lei, determinado serviço público.

Comentário:

A descentralização administrativa efetiva-se por meio


de outorga, ou seja, quando o Estado cria uma entidade e a ela
transfere, por lei, determinado serviço público.

Gabarito: Certo.

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16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A


descentralização administrativa ocorre quando uma pessoa
política ou uma entidade da administração indireta distribui
competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar
mais ágil e eficiente a sua organização administrativa e a
prestação de serviços.

Comentário:

Na descentralização administrativa temos duas ou mais


pessoas. Portanto, quando ente (pessoa política) ou uma entidade
(pessoa administrativa) distribui competência na sua própria
estrutura, trata-se de desconcentração.

Gabarito: Errado.

17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A


descentralização é a situação em que o Estado executa suas
tarefas indiretamente, por meio da delegação de atividades a
outros órgãos despersonalizados dentro da estrutura interna
da pessoa jurídica descentralizadora.

Comentário:

Quando ocorre a delegação de atividades no âmbito da


própria pessoa jurídica descentralizadora a outros órgãos
despersonalizados temos a desconcentração administrativa.

Gabarito: Errado.

18. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A


administração indireta abrange o conjunto de pessoas

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administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o


objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as
atividades administrativas.

Comentário:

De fato, a Administração indireta abrange o conjunto de


pessoas (entidades) administrativas, vinculadas à Administração
direta, que têm por objetivo desempenhar, de forma descentralizada,
as atividades administrativas.

Gabarito: Certo.

19. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A


administração direta compreende os órgãos que integram as
pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência
para exercício, de forma descentralizada, das atividades
administrativas.

Comentário:

De fato, a Administração direta compreende os órgãos


que integram as pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui
competência para exercício das atividades administrativas. No
entanto, de forma desconcentrada já que se trata de órgãos que
compõem a mesma estrutura ou pessoa jurídica.

Gabarito: Errado.

20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A


criação de uma autarquia para executar determinado serviço
público representa uma descentralização das atividades
estatais. Essa criação somente se promove por meio da edição
de lei específica para esse fim.

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Comentário:

Então, a criação de qualquer entidade administrativa,


ou seja, da própria Administração Pública indireta, é uma forma de
descentralização.

Gabarito: Certo.

21. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) A


transferência pelo poder público, por meio de contrato ou ato
administrativo unilateral, apenas da execução de determinado
serviço público a pessoa jurídica de direito privado
corresponde à descentralização por serviços, também
denominada descentralização técnica.

Comentário:

A descentralização pode ser: a) por serviço, técnica ou


funcional; b) geográfica ou territorial; c) por colaboração. Com efeito,
quando a descentralização ocorrer por meio de contrato ou ato
administrativo unilateral, para pessoa jurídica de direito privado, para
que execute determinado serviço público, teremos a
descentralização por colaboração, mediante o instituto da
delegação.

Gabarito: Errado.

22. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A


descentralização administrativa não admite a desconcentração
territorial, material e hierárquica.

Comentário:

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A descentralização, ou seja, a criação de outras


entidades, não impede que ocorra nelas a desconcentração. Com
efeito, a desconcentração pode ocorrer no âmbito da Administração
direta, quanto na indireta, isto é, nas entidades administrativas.

Outrossim, vale destacar que a criação de órgãos (ou


seja, a desconcentração) pode assumir o critério territorial (cria-se
órgão em razão da localização, por exemplo: criação de Varas no
interior do Brasil, na região Norte), o material (define-se o órgão pela
atividade a ser realizada – Ministério da Agricultura, Ministério da
Fazenda etc) ou pelo critério hierárquico (o órgão é criado dentro de
uma estrutura de subordinação, então temos órgão autônomo,
independente, superior e de execução ou subalterno).

Gabarito: Errado.

23. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A


organização das competências da União em ministérios é
exemplo de desconcentração material.

Comentário:

De fato, a organização da União, distribuindo funções


em pastas ou Ministérios, é uma forma de desconcentração material.

Gabarito: Certo.

24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A


criação de uma diretoria no âmbito interno de um tribunal
regional eleitoral (TRE) configura exemplo de
descentralização administrativa.

Comentário:

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A criação de uma diretoria no âmbito interno de um


TRE é uma forma de desconcentração, pois se trata da criação de um
órgão interno.

Gabarito: Errado.

25. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) As


autarquias são entidades administrativas autônomas, criadas
por lei específica, com personalidade jurídica, patrimônio e
receita próprios, resultantes da desconcentração do exercício
das atividades públicas.

Comentário:

Uma autarquia é exemplo de descentralização


administrativa, uma vez que se trata de uma pessoa jurídica distinta
do ente político.

Gabarito: Errado.

26. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Na


desconcentração, o Estado executa suas atividades
indiretamente, mediante delegação a outras entidades
dotadas de personalidade jurídica.

Comentário:

A delegação das atribuições estatais a outras entidades


dotadas de personalidade jurídica ocorre por descentralização
administrativa.

Gabarito: Errado.

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27. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Uma


das diferenças entre a desconcentração e a descentralização
administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e
naquela há o mero controle entre a administração central e o
órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico.

Comentário:

É o contrário. Na descentralização por se tratar de


pessoas jurídicas distintas não há hierarquia, existindo vinculação e,
portanto, mero controle da administração central (controle finalístico
ou de resultado).

Na desconcentração, por outro lado, trata-se de criação


de estrutura hierarquizada.

Gabarito: Errado.

28. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A


desconcentração administrativa consiste na distribuição
interna de competências, no âmbito de uma mesma pessoa
jurídica; a descentralização administrativa pressupõe a
distribuição de competência para outra pessoa, física ou
jurídica.

Comentário:

Na desconcentração temos distribuição interna de


competências no âmbito de uma mesma pessoa e na descentralização
essa distribuição ocorre entre pessoas distintas.

Gabarito: Certo.

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29. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – CESPE/2013) A


desconcentração e a descentralização administrativas
constituem institutos jurídicos idênticos.

Comentário:

Os dois institutos têm finalidades parecidas, isto é,


servem para organizar a Administração Pública. No entanto, a
desconcentração é instrumento de organização interna, no âmbito da
mesma pessoa, enquanto a descentralização é externa, de uma
pessoa para outra. Portanto, são institutos jurídicos distintos.

Gabarito: Errado.

30. (ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJDFT


– CESPE/2013) Os termos concentração e centralização estão
relacionados à ideia geral de distribuição de atribuições do
centro para a periferia, ao passo que desconcentração e
descentralização associam-se à transferência de tarefas da
periferia para o centro.

Comentário:

A ideia de distribuição de atribuições do centro para a


periferia dá a noção, sensação, de desagregação, de distribuição, de
expansão, de separação. Portanto, trata-se de fenômeno que parte
do centro para as extremidades, ou seja, descentralizada ou
desconcentra.

Já a noção inversa, ou seja, da periferia para o centro


tende a denotar uma agregação, uma junção, portanto, temos a
noção de concentrar e centralizar.

Gabarito: Errado.

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É isso aí!
Aguardo você para iniciarmos uma caminhada vitoriosa.
Vamos que vamos.
Até a próxima aula.
Grande abraço,
Prof. Edson Marques

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QUESTÕES SELECIONADAS

1. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/AL – CESPE/2012) Ocorre o


fenômeno da desconcentração quando o Estado desempenha algumas
de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas.

2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A centralização


é a situação em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por
intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que
compõem sua estrutura funcional.

3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A chamada


centralização desconcentrada é a atribuição administrativa cometida
a uma única pessoa jurídica dividida internamente em diversos
órgãos.

4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O instituto


da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas
entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com
vistas a alcançar uma melhora na estrutura organizacional. Assim,
concentração refere-se à administração direta; já desconcentração, à
indireta.

5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012) Para


que ocorra a descentralização administrativa, é necessária, pelo
menos, a existência de duas pessoas.

6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Quando o Estado


cria entidades dotadas de patrimônio e personalidade jurídica para
propiciar melhorias em sua organização, ocorre o que se denomina
desconcentração.

7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT –


CESPE/2010) A descentralização administrativa ocorre quando se

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distribuem competências materiais entre unidades administrativas


dotadas de personalidades jurídicas distintas.

8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) A


criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para
tratar especificamente de determinado assunto é um exemplo de
administração descentralizada.

9. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) A criação de


nova secretaria por governador de estado caracteriza exemplo de
descentralização.

10. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Diferentemente


da descentralização, em que a transferência de competências se dá
para outra entidade, a desconcentração é processo eminentemente
interno, em que um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo
de melhorar e acelerar a prestação do serviço público.

11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A delegação é


forma de efetivação da desconcentração.

12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – CESPE/2011) A


desconcentração mantém os poderes e as atribuições na titularidade
de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralização os
transfere para outro sujeito de direito distinto e autônomo, elevando
o número de sujeitos titulares de poderes públicos.

13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – STM –


CESPE/2011) Quando o Estado processa a descentralização do
serviço público por delegação contratual, ocorre apenas a
transferência da execução do serviço. Quando, entretanto, a
descentralização se faz por meio de lei, ocorre a transferência não
somente da execução, mas também da titularidade do serviço, que
passa a pertencer à pessoa jurídica incumbida de seu desempenho.

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14. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A descentralização


pode ser feita por meio de outorga ou delegação, meios de que
dispõe o poder público para transferir, por tempo determinado, a
prestação de determinado serviço público a ente público ou a
particular.

15. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) A descentralização


administrativa efetiva-se por meio de outorga quando o Estado cria
uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço público.

16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A


descentralização administrativa ocorre quando uma pessoa política ou
uma entidade da administração indireta distribui competências no
âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a
sua organização administrativa e a prestação de serviços.

17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A


descentralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas
indiretamente, por meio da delegação de atividades a outros órgãos
despersonalizados dentro da estrutura interna da pessoa jurídica
descentralizadora.

18. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A administração


indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que,
vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar,
de forma descentralizada, as atividades administrativas.

19. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A administração


direta compreende os órgãos que integram as pessoas políticas do
Estado, aos quais se atribui competência para exercício, de forma
descentralizada, das atividades administrativas.

20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A criação de


uma autarquia para executar determinado serviço público representa
uma descentralização das atividades estatais. Essa criação somente
se promove por meio da edição de lei específica para esse fim.

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21. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) A


transferência pelo poder público, por meio de contrato ou ato
administrativo unilateral, apenas da execução de determinado serviço
público a pessoa jurídica de direito privado corresponde à
descentralização por serviços, também denominada descentralização
técnica.

22. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A descentralização


administrativa não admite a desconcentração territorial, material e
hierárquica.

23. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A


organização das competências da União em ministérios é exemplo de
desconcentração material.

24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A criação de


uma diretoria no âmbito interno de um tribunal regional eleitoral
(TRE) configura exemplo de descentralização administrativa.

25. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) As autarquias são


entidades administrativas autônomas, criadas por lei específica, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, resultantes da
desconcentração do exercício das atividades públicas.

26. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Na


desconcentração, o Estado executa suas atividades indiretamente,
mediante delegação a outras entidades dotadas de personalidade
jurídica.

27. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Uma das


diferenças entre a desconcentração e a descentralização
administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e naquela há
o mero controle entre a administração central e o órgão
desconcentrado, sem vínculo hierárquico.

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28. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A


desconcentração administrativa consiste na distribuição interna de
competências, no âmbito de uma mesma pessoa jurídica; a
descentralização administrativa pressupõe a distribuição de
competência para outra pessoa, física ou jurídica.

29. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – CESPE/2013) A


desconcentração e a descentralização administrativas constituem
institutos jurídicos idênticos.

30. (ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJDFT –


CESPE/2013) Os termos concentração e centralização estão
relacionados à ideia geral de distribuição de atribuições do centro
para a periferia, ao passo que desconcentração e descentralização
associam-se à transferência de tarefas da periferia para o centro.

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GABARITO:
01 E 11 E 21 E
02 C 12 C* 22 E
03 C 13 E 23 C
04 E 14 E 24 E
05 C 15 C 25 E
06 E 16 E 26 E
07 C 17 E 27 E
08 E 18 C 28 C
09 E 19 E 29 E
10 C 20 C 30 E

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