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Capítulo 34

Prod utos de Aço para Estruturas de


Con cret o e Alvenaria1
Arildo Batista
Belgo Arcelor

Eugenw Luiz Cauduro


Consultor

David Ballesteros
Belgo Arcelor

34.1 Vergalhões soldáveis2 e armaduras soldadas3


34.1.1 Introdução

Há mais de uma década , os fabricantes nacionais de vergalhões


desenvolveram o process o de fabricação do CA-50 soldável produzido em
"leito de barras" , ou seja, laminados na forma de barras retas. O
desenvolvime nto do CA-50 soldável produzido na forma de barras retas foi
feito para todas as bitolas comercializadas, de 6,3 mm a 32,0 mm.
Há cerca de três anos, foi desenvolvido por um produtor nacional o CA-50
soldável na forma de rolos. Nesse caso, o desenvolvimento foi feito para
bitolas finas e médias , 6,3 mm, 8,0 mm, 10,0 mm e 12,5 mm, cujas bitolas
represe ntam cerca de 80% do consum o total de barras retas e rolos de CA-50
no Brasil.
Em ambos os casos, lamina ção de barras ou laminação de rolos, o processo
de fabrica ção do CA-50 soldáve l consiste, basicamente, no resfriamento
controlado utilizan do água, durante a laminação da superfície do mat~rial, ao
passo que, no proces so de fabrica ção do CA- 50 não soldável, é aplicado o
process o de resfria mento ao ar.

1
Informaç icíonais sobre O tema podem ser obtidos no Capítulo 8 do livro de ISAIA, G. C. (Ed.) Concreto:
Ensino, Pc 1 e Realizações. São Paulo: Instituto Brasileiro do Concreto, 2005.
2 Os verga ,
'l soldá 'ets são tratados no livro da nota 1.
3
Autoria nldo Ballsta - Belgo Arcelor.
~,...;;.:...,;1entp (característica que define a soldabilidade de um aç
DH,~bnforme item 34.1.6.1 deste capítulo) do CA-50 s.oldável ~
m~~~ente, 2/3 do Carbono equivalente do CA-50 co~ven~1onal.
o senvolvimento do CA-50 soldável em rolos convencionais, em gera}
~õm pesos da ordem de 2 t, a principal dificuldade a se ~encer é 0
bo.binamento do material imediatamente após o processo ~e r~sfnamento em
água, uma vez que, após o resfriamento, a dureza do matenal ftca aumentada,
dificultando o bobinamento.
Essa dificuldade também cresce à medida que a bitola aumenta. O limite
atual para a produção de CA-50 soldável em rolos convencionais de 2 t é a
bitola 12,5 mm. A bitola 16,0 mm também é fabricada pelo mesmo produtor
que desenvolveu o CA-50 soldável na forma de rolo, porém com aço não
soldável.
A produção de CA-50 soldável na bitola 16,0 mm em rolo é possível com
a adição de elementos de liga no aço, o que eleva o custo de fabricação do
produto. Nas condições atuais, com os preços de ferros-liga em patamares
elevados, quando há necessidade de se trabalhar com 16,0 mm soldável, é
mais econômico fazerem-se o corte e a dobra a partir de barras soldáveis de
12 m produzidas em "leito de barras".
As bitolas de CA-50 acima de 16,0 mm não são produzidas em rolo no
Brasil. A fabricação é exclusivamen te via "leito de barras", e a maioria dos
fabricantes utiliza o processo de resfriamento em água.
Ressaltamos que tanto o CA-50 soldável como o CA-50 não soldável
atendem a todas as características mecânicas exigidas na NBR 7480 (ABNT,
1996).
O Quadro 1 resume a situação atual, no Brasil, em termos de processos de
fabricação de CA-50, por produtor e por faixa de bitolas.
Quadro 1 - Processos de produção de CA-50 no Brasil.

CA-50 soldável
produzido em "lefto CA-50 soldável CA-50 não soldável
de barras" (barras produzido em rolo produzido em rolo
retas
Demais Um
Um produtor fabrica produtor Demais
produtores produtores
CA 50 soldável em produz nas
Todos os produtores não produzem produzem nas
rolo nas bitolas 6,3 a bitolas de
soldável em bitolas
12,5mm. 6,3 a 16,0
rolo 6,3 a 12,5 mm
mm
Obs.: O processo de fabricação do CA-50 soldável, em todas as situações acima citadas, é via tratamento
térmico: resfriamento controlado utilizando égua.

No caso das demais categorias de vergalhões utilizadas no Brasil , CA-25 e


CA-60, os produtores nacionais, geralmente, utilizam em sua fabricação,
tanto na forma de barras como na forma de rolos, aços que atendem às
exigências de normas relativas à soldabilidade. Em geral, a produção de CA-
25 e C ~60 é feita utilizando-se aços d~ baixo carbono, com plena ganlrt
de atend1~ento do teo~ ~e <:arbon<! ~qu1valente máximo exigido por norma.
1
A obtençao de alta re ~tenc1~ mecaruca em um aço baixo carbono, como no
c~so do CA-60, é po sivel via deformação a frio: trefilação ou laminação a
fno.

34.1.2 Características do CA-50 soldável

O C A-50. oldável.
. - ou CA-50
, .
S, conforme
. já citado anteriormente ' caracteriza-
se pela compos1çao, qu~mtca restrita! conforme item 34.1.6.I deste capítulo, e
pelos tratamento terrrucos de resfnamento em água (aumento de dureza) e
rcYenimento (alívio de tensões) aplicados imediatamente após o último passe de
laminação.
Apôs o último pa se de laminação, a barra de aço é resfriada com água a alta
pressão atraYé ' de um processo controlado. Esse resfriamento reduz a
temperatura uperficial da barra, gerando uma camada refrigerada endurecida. O
núcleo da barra. que permanece quente, reaquece a camada endurecida,
promovendo um aliviamento de tensões (revenimento) e. conseqüentemente,
aumentando a~ ua ductilidade. A Figura 1 ilustra esse processos. O produto final,
0 CA-50 soldável. apresenta uma camada superficial de alta re istência mecânica
e um núcleo de alta ductilidade. A composição química re -trita do produto é o que
permite un1a -oldabilidade bastante superior ao CA-50 convencional.
ão soldá
80 (ABNt

rocessos de

Resfriamento Reaquecimento Produto


controlado da superficie acabado
1d4Vel - dos processos de resfriamento e reaquecimento (re,enimento).
Figum l _ nu traçao
rolo
, a ós a marca do produto. garante que. no ~roccsso
A letra S. gra,_a?ª
~ª. barra P
de fabricação. f01 ut1h~~do aço co
m análise química re trita. ou se.ia, com

caractcnstica de oldabihdade. d ,, celente ductilidade ao dobramento do


t a ser ressalta o e a ex E · .
Um outro aspec o _ , 'lid d do CA-50 convencional. ssa ma101
CA-50 soldrnel em relaçao ª ductl ªd e dobramento realizados em obra. os
ductiltdade e muito important~ no :sod ossob condicõe extreman1ente severas,
quais nu .naioria das_,:'ezes, sao :e
fiza ~;ou velocid~de de dobran1ento elevada,
0
ut ili w11do p 1•10 de d1ametro 1?~ito : a Nessas ituaçõe. . um produto de
em dcsnrordo ron1 as prescnçoes e no~~l a trincas ou fissuras durante a
maior du tilidade é bem menos SUSCep 1
opc ·a Ut! dobramento.
Aj ~ soldadas são utilizadas em todo o mundo h~ vários anos. Na
~ ê , m parlicular essa utilização é bastante ampla e~ praticamente todos os
9
principais países do bloco europeu. No caso do Brasil, 0 us~ de armaduras
m:
soldadas se restringia, até há cerca dois anos_, apenas aos. segumtes produtos:
• telas soldadas e treliças produZJdas a partir do CA-~, ..
• pequenas armaduras de dimensões padromzad~s utilizada~ na
autoconsbUção, principalmente pequenas col~,nas ou ~ilares pro~uz1dos a
partir de CA-50 e CA..(j() e pequenas "sapatas pro~uzidas ~ partir de CA-
SO (em todos esses casos, 0 CA-50 utilizado era do tipo soldavel produzido
em "leito de barras"); . .
• annaduras para estruturas pré-fabricadas produzidas em algu~as mdústrias
de pré-fabricados a partir de CA-60 e CA-50 soldável produzido em "leito
de barras".
O formato de rolo é típico dos vergalhões utilizados em instalações de corte e
dobra, nas quais se entregam o vergalhão já cortado e dobrado na obr~. A partir
do CA 50 soldável na forma de rolo, foi possibilitado o pleno desenvolvrmento de
todos os tipos e tamanhos de annaduras soldadas, em quaisquer formatos
cilíndricos, retangulares, etc., para quaisquer tipos de estrutura.
A contribuição das instalações de Corte e Dobra para o desenvolvimento das
armaduras soldadas se deve ao fato de que há um ambiente de fábrica, onde o
parâmetros de qualidade da solda podem ser controlados com maior rigor.
É oportuno ressaltar-se que a confecção de armaduras soldadas em ambiente
de obra não é recomendada. Deve ser executada apenas em casos especiais e sob
estrito controle de todos os parâmetros que interferem no processo de soldagem,
tais como limpeza superficial, umidade das barras, temperatura ambiente.
correntes de ar, qualificação do soldador, etc.

34.1 A Processos de solda.gem e equipamentos utilizados na fabricação de


armaduras soldadas Figura:

A soldagem, em geral, envolve a aplicação de uma elevada den idade de


energia em um pequeno volume do material, o que pode levar a alteraçõe..
estruturais e de propriedades importantes na região da solda e próxima a ela. n
chamada ZTA (Zona Termicamente Afetada) .
No caso das armaduras soldadas e também no das emendas de veroalhõe por
solda, uma maneira de se evitarem as alterações acima citadas é a utilização de
materiais que sejam menos sensíveis à operação de soldagem, como é o cru o d~
vergalhões soldáveis que apresentam um baixo teor de Carbono equivalente.
~s pr_5>cessos de soldagem normalmente utilizados e recomendados pnm n
fa~?caçao de armaduras soldadas são o processo MIG4 , manual ou robotilado.
ut1liz~d~-se_ ~~s bitol~ finas de até 1,0 mm, ou o processo de caldeamento
por res1stenc1a eletnca, CUJa operação normalmente é feita utilizando-se máquinas
4
É ~~ominado Mf~ 0 processo de soldagem utilizando gás de proteção quando esta pwtl!'ÇiÍl) utilirn!., l,'f
conS!Jtmda de um gás mene, ou seja. um gás nonnalmente monoatômico como Argônio 011 1 khn l' qw n:to t ·m
nenhuma atividade física com a poça de fusão. ·
automáticas, tal
soldadas.
como no Jll'OCesso utiJi7.lldo na lilhricaçio de 1eJas e treliças
É também bastante comum a utili:ração de ambos processos, MIO e
caldeamento por resistência eléb"ica, em llDla mesma anoadura. ~ caso a pré-
montagem é feita utilizando-se máquinas automáticas de soldagem por resistência
elétrica, e a montagem final é feita via processo MIO, manual ou robotizado.
Algumas armaduras são apenas parcialmente soldadas devido a dificuldades
operacionais durante a colocação na forma. essas situações, a montagem final
das barras é feita na obra de maneira convencional, utiliz.ando..se arame recozido
para amarração.
O desenvolvimento de máquinas e robô de oldagem exclusivos para a
fabricação de armaduras soldadas está em franco desenvolvimento na Europa,
com novos lançamentos a cada ano. Esses novos equipamentos utilizam os dois
processos acima citados.
As Figuras 2 a 5 mostram também algumas máquinas. e robôs de sold:1gem de
armaduras, e a Figura 6 mostra uma annadura produnda em uma umdade de
Corte e Dobra nacional pelo processo MIG manual.

abricação dt
Fi · . M,aquina Idea
. ~ · e!étnca:
2 - Caldeamento por resistência . da Schnell lltália)
gura (Detalhes disponíveis em: www..schnellJt).

1 - Caldeamento por resistência e_Jétrica figura 4 - De i.alhe da foto 2 mo~trando o


processo de caldeamento.
. ..,..erm1·nato
quma J1 r da Schnell (Itália)
ter-Pro grcss Maschinen & Au tomatio n (Alemanha) Processo Robô MIG
F'agura S - M- iui na Cagc MM
(Fonte: www.progrcss-,m.com) .

solda MI G manua l em instalações de Co rte e Do bra Na cional


Figura 6 - Tubulão produzido com
lhão utilizado: barras endireitadas a partir de CA 50 soldáv el produz ido em rolo).
(verga

34 J .5 Vantagens e desvantagens das armaduras soldadas em relação às


armaduras amarradas com arame recozido

As principais vantagens são as seguintes:


• maior produtividade da mão-de-obra;
• custos menores dos insumos de so ld ag em em relaç ão ao cu sto do aram e
recozido;
• não necessidade de soldagem de 10 0% dos po nt os de in te rs eç ão (em alg un s
casos, basta soldar cerca de 50 % a 70 % dos pontos);
• maior rigidez da s pe ças e, po rtant o, m aior facilid ad e de m an us eio ;
• melhor controle dos espaçamentos dos estribos;
• racionalização do ca ntei ro de ob ra s, co m a di sp on ib ili za çã o do s es pa ço
destinados à monta ge m de ar m ad ur as: as en tre ga s da s arm ad ur as pe las
centrais de Corte e Dob ra é feita pa rc el ad am en te , à m ed id a qu e a ob ra av an ça :
• maior rapidez na execução da obra .
~--,,,,,. .......... .r..ai
As principais desvantagens são·
• baixa. densidade de carga 0~ trans
capac1~ade total, em peso, do v fi porte, ou üa, n provei"irmmto
• necessidade, em algumas : culo de transporte·
guinchos, etc., para descarregº ras de quipam nto ~ .
·d amento e1, • l"".....ai gru
• dnetcess1_ adde de planejamento da soldag:.•çamal nto d annaduras;
e ~nruna !s annaduras ou mesmo ai . gum annaduras ou barras de
de mterseçao de barras' em razão d gu~ ponto d ruzamento ou nto
montagem final na fonna não d e diflculdad operacionai dU:te
• a soldagem de annaduras' _ evéem ser oldado ; ª
b il . nao recome d d
ras erros, nos casos em que a estrutu é n a ~- por algun calculi tas
podem provocar fratura do a ra ~bmetida a cargas dinâmicas ue
situações, entretanto, são em ge:I :/adiga na região da olda. Esq as

34.J.6 Normas brasileiras aplicáveis , Ida


ª so gem de vergaU.ões
34.1.6.l Definição de aço soldável
O item 8.3.9 da NBR 6118 (ABNT 2007 ) st be
considerado soldável, sua composição q , ~ ª ( le~~ que. para um aço er
obedecer aos limites percentuais máximos ammaca danahse de panela*) deve
presenta os no Quadro 2.
Quadro 2 - Análise química de vergalhões soldiiwis - Teores ma.ximos.

% % % % % % Carbono
Carbono Manganês Silício Fósforo Enxofre Equivalente..
0,35 1,50 0,50 0,050 0,050 0,55
·ooa1 : ;uiálise de pan~la significa que a amostra foi retirada na fase líquidn do aço.
Carbono Equivalente (CE)= C + Mn/6 + (Cr+V+Mo)/5 + lCu+Ni)/15.
~-

-aoos. 34.1.6.2 Normas relativas a emendas por solda


O item 8.1.5.4.4 da NBR 14931 (ABNT, 2003) traz uma novidade em termos
de soldagem quando afirma que apenas podem ser emendadas por solda barras de
aço com características de soldabilidade, ou seja. aço oldável conforme acima
definido. O item 8.1.5.4.5 da NBR 14931 (ABNT, 2003) estabelece que as
emendas das barras devem satisfazer o limite de re i tência convencional à
do- ruptura das barras não emendadas, conforme NBR 7480 (ABNT. 2007). e que. no
ensaio de qualificação, o alongamento (base=lO x diâmetro) da barra emendada
deve atender a um mínimo de 2%.
O item 7.3 .3 .1 O da NBR 9062 (ABNT. 2006) exige CA 50 soldável nos casos
em que se utiliza solda.
O item 8.1.5.4.6 da NBR 14931 (ABNT. 2003) e tabelece o critérios de
amostragem, aceitação e rejeição para emendas de bruTa . critérios este baseados
na NBR 5426 (ABNT, 1985). Outras normas sobre o a unto: NBR 8548 (ABNT.
1984) e NBR 11919 (ABNT, 1978).
34 .1. 6.4 Re sum o da s principais restrições de no rm a
Conforme NBR14931 (ABNT, 2003), apenas barras e fios de aço soldáveis,
ou seja, co m a restrição de composição química mencionada em 34.1,.6.~, podem
ser emendados po r solda, bem com o apenas barras e fios de aço soldave1s podem
ser utilizados em armaduras soldadas.
O CA -50 não soldável, ou seja, o CA -50 convencional, se ~ restrições de
composição química, não pode ser utilizado em nen hu m do s d01s casos acima
citados.

34.1.7 Considerações finais sobre verga/hões


O des env olv im ent o recente, no Brasil, do vergalhão cat ego ria CA -50 soldável,
CA 50 -S, na for ma de rolo, permitiu o ple no des env olv im ent o de armaduras
sol dad as no paí s.
A utilização de má qu ina s e robôs de sol dag em , em substituição à soldagem
ma nu al, é cad a ve z ma is int ens a, pri nci pal me nte na Eu rop a. Al gu ns desses
equ ipa me nto s já est ão sen do utilizados em cen tra is de Co rte e Do bra nacionais , e
o cam inh o eu rop eu est á sen do seg uid o pe lo Br asi l.

34.2 Aços para concreto protendidü5fi

34.2.1 Matéria-prima e fabricação


As cordoalhas e fios para concreto protendido5 têm sua origem em fio-máquina
produzido com matéria prima especial, com baixíssimos níveis de impurezas .
Outra característica do aço para pretensão que o destaca fundamentalmente
dos demais aços destinados às estruturas de concreto é a sua composição
química, onde o elemento mais diferente e elevado é o carbono, o qual confere
ao aço iniciaJmente uma grande resistência . A composição química (% ) média
é a segufote: C: 0,80 a 0,85, Mn: 0,60 a 0,90, Cr: 0,18 a 0,3 0, P: 0 ,015 máx. e
S: 0,012 máx.
A matriz perlítica (formada por ferrita e cementita) e os demais elementos que
fazem a composição do aço, são responsáveis pela maior parte das características

5 Eng
enheiro Bugenio Luiz CnucJuro - Consultor.
6
fnfo rrm1~·c3es adicionais sobre aços parn concreto protendido , consultar CAUDURO, E. L. Aços par a protensão.
IN: ISA IA , e;,<'. (ccJ .) Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações. São Paulo: Insútuto Brnsilt!tro do Con
creto, 2005.
V. / , p. 265,294.
de c!d~ tipo de aç_o que se produz para todas as finali . .....i:J;;.:._r
mecarucos e témucos posteriores altenún e d8'1es. Proces8?8. mdusU'.UIIB ~,=...,,.......
Com essa grande quantidade de r!l""'-'--- melhoram suas caractensticas.
-uuuuem
os verg~õe~ CA-5~ tem carbono da ontem de sua compos· - ( ·
içao COmparativamente;
protend1do sai da lanunação a quente como fio- O~%) 0 ~ ~ concreto
MPa (praticamente com o dobro da res·stê . finmáquina com res1Stênc1a de 1100
, . I nc1a
componentes qmm1cos conferem caracten'sti·cas dife ai dos vergalh- CA 50)
oes - · tros Ou
r ·d ,
O aço 1qm o e vazado em equipamento d lin rentes ao aço · ,
máquina molda tarugos (lingotes) de aço de seçãoe u :t;:ento co~tínuo. Esta
15 x 15 cm que são cortados em pedaços de aq ª . de aproxunadamente
Seguem, então, aos grandes laminadores onde J~ad~ent e 2 ~neladas.
seção vai sendo gradativamente diminuíd~ seus cant go_s sao aquecidos, sua
lm "' ,
fina ente trans1orma-se em um fio de seção clfC·ular d os vao-se ·arredondando , e
· d
de r:so apr?x1ma o de 2 !ºn_eladas: este é o fio-máquina . e compnmento contmuo
.~aod fabnc~dbos_ fio!-maquma de diversos diâmetros, sendo que os maiores
1
u~~ 1za os na 1a nca~ao. de ?os e cordoalhas para CP atualmente têm 12mm de
d1ametro. Esse fio-maquma e enrolado, transportado e estocado com muito cuidado,
~pesar d~ seu peso, p~ que sua superfície não sofra riscos, cortes, etc., que poderiam
mfluenc1ar na sua _qualidade (escoamento e resistência à ruptura e à fadiga).
O processo mais moderno a que se submete o aço para que seja aumentada sua
-50 soJ~~ resistê~ci~ é a trefu,ação, 9ue consis!e em fazer-se passar o fio de aço laminado
de armadlJJI (fio-maquma) a~aves de diversas fieiras, que são peças de aço com núcleo furado
(formato de funil) de metal duro. Para o aço de protensão. que é mais duro em
razão do seu alto nível de carbono, essa operação é feita em grandes máquinas de
o à soldagem
trefilar onde o fio passa continuamente por diversas fieiras. Seu diâmetro vai sendo
lguns desses reduzido paulatinamente pela passagem a cada fieira até sua seção ser reduzida em
a nacionais, tomo de 85%. Nesse processo, as fibras do aço vão se alongando (visível
núcroscopicamente) transformando o fio máquina em um fio de aço agora com
resistência mínima entre 1.750 e 2.100 MPa. Em aços ao carbono sem adições de
metais nobres (e caros), a máxima resistência que se consegue mantendo a
dutílídade em níveis aceitáveis em processo industrial contínuo por trefilação é de
2.100 MPa.
fio-máquin Se o produto que se quer obter é um fio único, muito usado em indústria" com
purezas · pistas de pretensão ou para tirantes em solo ou rocha, esse fio recebe.ao final da
cntaJment máquina de trefilação, um entalhe que serve para aumentar efetivamente ~
aderência do aço ao concreto (Figura 7). Essa aderência pode ser aumentada em a~e
composiçãt
4 vezes, em relação ao fio liso. O entalhe é obtido fazendo-se passar o fio ~r dois
uaJ confe~ rolos entalhadores opostos que imprimem desenho semelhante ao de um fe1Jao, em
(%) média
baixo relevo no fio. Pode ser feito também o entalhamento passando-se o fio ao
J5 01áX, L
,O centro de três rolos entalhadores posicionados um do outro a 120º "ental~ando-o em
três geratnzes, aumentando ainda mais sua aderência.ªº concr:to. E preciso lem~rar
que o auinento da aderência aço-concreto vana tambem segundo muitas
características do concreto, como módulo de finura do cimento, traço. do concreto,
tempo e., e <lições de cura, concretagem com o fio horizontal ou vertical, etc.
Se o produto a se obter for uma cordoalha, esta pode ser formada por três ou
sete fios (Figu ra 8). Os fios componentes da cordoalha pode m também ser
ental hados , sendo essa uma prática comu m nos Estados Unidos. No Brasil usam-
se os fios constituintes semp re lisos. Ao final da trefilação os fios são enrolados
em carretéis apropriados com peso de 2 toneladas e colocados em máquinas de
encordoar, ou seja, de enrolá-los entre si formando as cordoalhas de três ou sete
fios. Essas máquinas enrolam os três fios entre si ou seis fios periféricos são
enrol ados helic oidal ment e sobre um fio centr al que tem seu diâmetro
ligeiramente maio r que os demais, apenas para, geometricamente, se conseguir
uma cordo alha de 7 fios firme e compacta.

TOler&na
no
diãmetro
rrwn
mm

9
8
8
7
7
6 t0,05
6

Figura 8 - Bobina de cordonlhn com 2,8 t.


J4.2.2 Tratamento térmico

Q~ase ª? fi~aJ de su~. fabricação os aços para protensão guardam elevadas


t~nsoes res1dua1s consequentes da trefi.lação, e não podem ser utilizados dessa
forma. Se desenrolados, apresentam-se como uma helicóide sendo impossível
fonnarem-se cabos de uma ou mais unidades. '
Precisam. então, passar por um de dois tratamentos para eliminar essas tensões
residuais.
O tratamento chamado alívio de tensões consiste em fazer passar O fio por
dentro de ~m banho quente de chumbo, produzindo aço aliviado que ficam com
a relaxaçao normal (RN) (ver Quadro 3). Após o tratamento, o aço apresenta
uma perda de tensão (relaxação) quando submetido a carga inicial de 80% da
carga de ruptura, em ensaio de 1.000 horas, de no máximo 8,5%, e o limite de
escoamento (tensão a 1% de deformação) fica em 85% do limite de ruptura.
Outro tratamento termo-mecânico é o da "estabilização", onde o aço é
colocado em máquina que o traciona e ao mesmo tempo o aquece, produzindo o
aço conhecido como "estabilizado" ou de "relaxação baixa" (RB) (ver Quadros 4
e 5). Após o tratamento, o aço apresenta uma perda de tensão (relaxação) quando
submetido a carga inicial de 80% da carga de ruptura. em ensaio de 1.000 horas,
de no máximo 3,5%, e o limite de escoamento (LE - limite a 1% de deformação)
fica em 90% do limite de ruptura (LR), ou seja. o LE fica mais próximo do LR.
Por isso esse aço pode ser tracionado durante a protensão a 75% do LR.
A principal característica prática apresentada pelos aço~ de p~ot~nsão após o
tratamento térmico, é que não é necessário que ele seJa e~d!-1'e1tado: ~º. ser
desenrolado dos rolos ou bobinas, sozinho ele toma a forma rettlmea, permttmdo
que se usem diversos fios ou cordoalhas em conjunto, formando os "cabos" de
protensão.
Quadro 3 - Características dos tios com relaxação normal - RN. conforme NBR 7482 (ABNT. 2008).
carga mlnima Alongamento Rela1<açê0 mâxima ap6s
1 Messa Carga mln1ma a 1% de ml,.mo ap6s Nõmero mlnimo 1000 horas e 20'C para
Dlõmotro Tolorêncle ÁJoe do da . de ruptura ruptura em 1Ox de dobramentos tensão lnic:ial de 80% da
nominal no soçêo seção nominal along~;ne"to diãme1r0 31 carga mlruma de rupt>Jra
Ooslgneção 1l do fio dlAmolrO nom,nel

mm mm mm' kg/1000m
kN
kN 1 % "'
89,5 76,1 6
CP-145 RN 9 UE
CP-160 RN 9 UE
9
9
63,6 499 92,6
73,0
76,7
62,1
t 6
6
1
~
CP-150 RN 8 UE 8 50,3 395 66,2 6
77,9
CP-160 RN 6 UE 8 50,6 5
59_.5
CP-160 RN 7 UE 7 302 63,8 6 3 8,5
38,5 63,3
CP-170 RN 7 UE 7 ±0,05 34,8 6
4~
CP-150 RN 6 UE 6 28,3 222 47,7 40.6 r 5
l
CP-175 RN 6 UE 6
26,3 24,1 1 6
5
-l
CP-160 RN 5 UE õ 19,6 154 33,0 28,1 -t
CP-175RN5LR 1
1
5 - r ,e.o 15,3 6
CP-1 60 RN 4 UE 4 12 6 96.7 21 o 17,9 5 - .
• ' . desla Norma considera·SO
CP-175 RN 4 V.:: 4 da resistência 8 tração na unldado kgUmm' Pera os efe,109 •
11 0 s ~ dig· constantes r a doslgMçêo corrospondem ao llmlte mlnlmo
1 kgfimm-' 9 M."n 2% de alongamento permanonto
8 O
2>o vnlor d 1"" do do!ormação é consldorado equiva>ente à carga •

J) Para r O rá.mero de dobramentos eltemedos ô dois


Relaxação
Areada Massa da Carga mínima Alongamento méxlmaapós
Tale- seção seção Carga de mlnlmoapós Nllmero 1000ha200C
rãnc:la nominal a1%de
no nomlnal ruptura alongamento ruptura em 1O mlnlmode para carga
mlnlma xdlãmetro dobramentos Inicial de 80%
dlAmetro 2) 3)
de carga
mlnlmade
mm kN % ruptura
mm mm2 kg/1000 m kN
%
9 89,5 80,5 6
63,6 499
9 92,6 83,3 6
8 73,0 65,7 6
50,3 395 5
8 77,9 70,1
7 59,5 53,6 5
38,5 302
7 63,3 56,9 5
±0,05 6 3 3
6 40,9 36,8
28,3 222
6 47,7 43,0 5
5 28,3 25,5 6
19,6 154
5 33,0 29,7 5
4 18,0 16,2 6
12,6 98,7
4 21,0 18,9 5
1> Os três digites constantes na designação correspondem ao limite mlnlmo da resistência à tração na unidade kgf/mm2 • Para o
feitos dessa Nonna, considera-se 1 kgf/mm2= 9,81 MPa.
>O valor da carga a 1% de alongamento é considerado equivalente à carga a 0,2% de alongamento pennanente.
> Para fios entalhados, o número de dobramentos alternados é dois.

Quadro 5 -Características das cordoalhas de três e sete fios com relaxação baixa- RB , conforme NBR 7483
(ABNT, 2008).

Tole- Alonga-
CI> Carga menta Relaxação
rancla Area da seção de Carga 2
nominal no Massa mlnlma Mlnlma total mãxima
n• da aço da cordoalha a 1% de
Cate- de Designação 1 cordoa- CI> mm' nominal de mlnlmo3 após
goria fios noml- ruptura alonga- após 1.000 h4
lha nal kg/1000 m menta ruptura
Mlnlmo Nominal Máximo kN %
mm mm kN
%
CP 190 RB
9,5 54,9 56,2 57,3 441 ,0 104,3 93,9
9,5
CP 190 RB • 0,21
7 12.7 98.6 100,9 102,9 792,0 187,3 168,6
12,7 +0,4
CP190 RB
15,2 139,9 143,4 146,3 1126,0 265,8 239,2
RB 15.2
190 CP190RB
3x3.0 21,5 21 ,8 22,8 171 40,1 36.1
3x3.0
CP190RB
3 x3,5 30,0 30,3 3 1,8 238 55,9 50,3
3x3,5
CP 190 RB +/
3 3x4,0 37,6 38,7 39,8 304 70,1 63,1
3x4.0 - 0,3
CP 190 RB
3x4,5 48,2 46,6 48,9 368 86,1 77,5
3x4,5
CP190RB 3,5 % 3,5%
3x 5,0 3x5,0 65,7 56,2 69,6 520 122,4 110,2
mln mln.
CP210RB
9,5 9,5 54,9 56,2 57,3 441 ,0 115,3 103,8
CP210RB - 0,21
7 12,7 98,6 100.9 102,9 792,0 207,0 186,3
12.7 + 0.4
CP210 RB
15,2 15,2 139,9 143.4 146,3 1126,0 293,8 264,4
RB
210 CP 210 RB
3x 3,0 3x 3.0 21,5 21,8 22,8 171 40,1 36,1
CP210 RB
3x3,5 30,0 30,3 31,8 238 55,9 50,3
3 x3,0
CP210RB +/
3 h 4.0 37,6 38,7 39,8 304 70,1 63,1
3x3,0 - 0,3
CP210RB
3x 3,0 3 x 4,5 48.2 46,6 48,9 368 86,1 77,5
CP 2 10RB
3x3,0 3 x5.o 65,7 56,2 69,6 520 122,4 110,_
1
~sse~!,~ dl~tosta~nstantes da designação COtTespondem ao llmrte mlnlmo da resistência é ltaçllo na UN , -
t2 os es onna. considera-se 1 kgUmm' = 9 ,61 MPa.
b Os valores d~ carga de 1% de alongamento são considerados equivalentes à carga de alonga-n;:nto
k Base de medida: 600 mm mlnlmo. 1
d~~:X:J~pócom aplicação da carga Inicial aplicada de 60% da carga de ruptura, confonno AC/'IT 1
1
NOTA: RecomenJa ~ , ":~m: : ' obtidos por e!""'polação de ensaios de 100 h de duraç&)
-se ra cu esltUturat a uUhzacAo do valor nominal da ârea
'
34.2.3 Cordoalha engraxada e plasti.fieada

Trazida para o Brasil em 1997 to


dificu_I~ade de se fazerem obras protenb:se ª ~ da. ~esmistificação da
e prat1c1dade do sistema de protensão t · ~Ia sua s1mplietdade de aplicação
obras e vãos menores. É composta ' ~mo~ viável a protensão leve de pequenas
0
características mecãnicas do Quadrt S) coi oalha comum (que tem as mesmas
contra a corrosão e depois ganha uma daque rec~be camada de graxa protetora
plástica) em todo o seu comprimento (Fiiu~f~ttica extrudada contínua (bainha

Figura 9 - Estoque de bobinas de cordoalhas engraxadas.

As bobinas de cordoalhas engraxadas e plastificadas pesam : : : 2t e medem


1,4 x 0,8 x 1,5 m (c x J x h). Cuidados devem ser tomados para que, durante o
manuseio, o transporte e a estocagem das bobinas, sua capa plástica não seja
danificada. Se o for, deve-se recolocar a graxa e cobrir com pedaço da própria
capa ou de fitas plásticas. As bobinas e os cabos cortados não devem ser deixados
sob a ação do sol por mais de três meses, pois o plástico (PEAD: polietileno de
alta densidade) não resiste aos raios ultravioletas. Quando for necessário. deve ser
solicitado ao fabricante cordoalha com capa plástica que resista a esses raios
(capa preta). Os cabos coitados dessas bobinas são utilizados comumcnte como
"monocordoalhas", ou seja, são usados com ancoragem; simples que alojam
somente uma cordoalha. São peças baratas e de fácil manuseio, assim como é
simplificada a operação de pretensão: a introdução da força do macaco se faz com
uma sé elevação de pressão hidráulica no macaco. É a protcnsão simples.

34 2. " ordoalha especial para pontes estaiadas


A ntes estaiadas (Figura 10) têm seus tabuleiros suspensos por cabos
. E , ·,iz
A. Batista, · u Cauduro e D. Ballesteros
1130

. . d co m po st os po r nú m er o va ri ad o de co rd oa lhas es
m_e1ma os pec· .
ci·ai·s po rq ue tê m cm'da d os es pe ci.ai·s de f a bnc
. aç ão 1a1s
que · asEl
sao espe . . f d" .
suporta r en sa io ind1 v1dual de a 1g a a 2 .00 0 .0 00 de ci
'
cl os
as
R
fa z
- - · ern
'm tr ês ca m ad as de pr ot eç ao ec eb
co nt ra a co rr os ao : ga lv an ização f elll
tam b e
ra de petróleo e ca m ad a d e 2 m m de po1·1et1·1en o de al a og
ta de . o,
~;EAD). Passam fo lg ad am en te no te st e de tr aç ão de sviada.
llSidacte

Fi gu ra 10 - Pi lar de po nt e es tai ad a, em co ns tru çã o.

Elas são su bm et id as a um do s te st es m ai s ri go ro sos em


aços para
protensão: us an do an co ra ge ns es pe ci ai s do si st em a de prot
ensão que será
usado na ob ra , ca bo co m po st o po r 53 co rd oa lh as é su bmet
ido a ensaio de
fadiga a 2. 00 0. 00 0 de ci cl os e, em se gu id a, le va do à rupt
ura. Para que
chegue à ob ra em ad eq ua da s co nd iç õe s de co ns er va çã o,
a embalagem
dessa co rd oa lh a é um gr an de ca rr et el de m ad ei ra , qu e a pr
otege durante
todo o transporte e m an us ei o. S ua s di m en sõ es são: 0i nt
er no = 1,0 m;
0e xt er no = 1,60 m; la rg ur a = 1, 30 m .

34.3 Treliças metálicas1

3 4 3 .1 Introdução

O si stem a de la je s co m tr el iç as m et ál ic as co m um en te ch
1aJ·es ~ e 1·iç ad · amadas d
as , su rg m e te ve la rg a ut il iz aç ão 'a pa rt ir da Segundª.Guerr,
Mundia1 F01· ·
· cn ad o pa ra su pe ra r al gu m as de fi ci ên ci as qu e as 1ªJes pr,.e
moldada , s co n · · · m·u na reconstruça
venc1ona1s ap re se nt av am e m ui to co nt nb rn
dos paises de struídos pe la gu er ra Ho1e es sa s la je s re spo nd
grande fa ti a d t em porál~
E en re as op çõ es do s ·pa viJ m' en to s, pr in ci pa lmen te nad1t la1je
ª
~ ar s~anha. N o B ra si l, a di fu sã o e o cr es ci m en to do
e iç a as se de ra m no in íc io da dé ca da de 90. H oj e, te us o e rn ai
mos as
7 Engenheiro David Ballesteros B
- elgo Arcelor. Co-autoria: Eng . Alonso Droppa Ju, ruo
.
r-
ADJ Projetos.
v~riadas opções _em. projetar_ lajes fteliçadas. podendo ser formadas
v!g?ta~ o~ pa1né1s, maciça s ou nervuradas, unidirecionais
b1direc1ona1s.

343.2 Definição

A treliça metálic a, c~mum ente chamad a de armaçã o treliçad a, é uma


estrutu ra formad ~ por s1~tema de eletrofu são (caldea mento) , de modo a
formar duas t.rehças umdas pelo vértice. As diagona is proporc ionam
rigidez ao conJun to e excelen tes condiçõ es de transpo rte e manuse io. São
confec cionad as com fios CA-60 , trefilad o ou laminad o a frio, com baixo
teor de carbon o e, portant o, soldáve is, podend o a armadu ra ser lisa ou
nervura da. A tendên cia é a utilizaç ão dos fios nervura dos.
Pode também ser utilizad o o aço CA-50 a partir de diâmetr o 12,5 mm,
mas não é comum ente utilizad o ou encont rado no mercad o. As
caracte rísticas mecâni cas do aço seguem as condiçõ es do aço CA-60
confor me a norma NBR 7480 (ABNT , 2007).
Em geral, os comprimentos são padronizados de 8 m, 10 me 12 me com altura
variando de 80 nm a 300 mm. A annação treliçada (TR) pode ser classificada
mediante um código, que corresponde à bitola da annadura do banzo superior (<f>S),
das diagonais (<!>D) e do banzo. inferior (cj>I). Na ~i~ra 11, ~e-st: observar a
perspectiva, corte transversal e vista lateral ~e uma típica ~açao treliçad~. Essas
armaduras também são classificadas mediante outros códigos - estes sao uma
em aços p característica comercial de cada empresa.
nsão que sen
o a ensaio de
ra. Para q11
a embalagem
otege durante Corte Transversal
·rno = 1,0 m: Vlst3 Lateral
;s
a:::;~zz:JO~c:a:1:ir::cc:::a:rrJJT:ir::cc:icccc:z:~T:iccca::z2t- Fio Supenor

20cm -
barnadas de
. ai e vista lateral de uma típica armação treliçada.
e o uerf.l Figw-a 11 - Perspectiva, corte transvers
gunda re-
s lajes p,, - li ada com 8,0 cm de altura, bitola d.e 6,~ mm
a truca Por exe mplo, uma armaça o tre ç di al e 4,., mm nos banzas mfen ores.
recons Ll'ro . . 1 d 4 2 mm na agon ,k • • .
por . no ba z~ supeno r, bito a e ' No Quadro 6, estão representadas as pnnc1prus
em JtálJ~ sera' '"'"'s1gnada por TR 08644 ·
..... 'd merca
d
o
te na Jajt' arma - s treliçad as forneci as no .
so de (113
os as
Peso

,_, -,ona
(~D)
n ror
{~/)
linear
(Kglm)

80 6 4,2 4,2 0.735


80 6 4,2 5 0,825
120 6 4,2 5 0,886
120 6 4,2 6 1,016
160 7 4,2 5 1,032
160 7 4,2 6 1,168
200 7 4,2 5 1,111
200 7 5 6 1,446
250 8 5 6 1,686
250 8 5 8 2,024
300 8 5 6 1,823
300 8 5 8 2,168

Outras designações e/ou comprimentos poderão ser fabricados mediante


consulta com o fornecedor.
A nonna NBR 14862 (AI\TBT. _0()2) fixa os requisitos para especificação,
fabricação, fornecimento e recebin1ento dessas armaduras. A resistência da solda
nos nós da treliça é controlada por meio de ensaios específicos em que se espera
que a resistência ao cisalhamento eja de. no mínimo, 25% da força que gera a
tensão de escoamento no fio de maior diâmetro. Para a treliça com aço CA-50, o
valor sobe para 30% da força nonnal.
Para garantir boa soldabilidade e re i tenda ao cisalhamento dos nós soldados,
o diâmetro do fio mais fino deYe ~er maior do que 0,56 do diâmetro do outro fio.
Por exemplo: seja o fio do banzo "'uperior da treliça com 6 ,Omm e a diagonal com
4,2 mm, tem-se a relação: 41/6.0 = 0.7 endo maior do que 0,56, verificação OK.

34.3.3 Lajes com trelicas


, 11zetálica

As lajes com treliças metáli sã omumente chamadas de lajes treliçadas.


Essas lajes podem ser tratadas como esttuturas monolíticas devido à grande
s~lid~ação da armadura com o concreto n1oldado no local.
0
Em princípio, essas
laJes te~ mesmo funcionamento e"Uutural de uma laje projetada da forma
convencio~al. Os elementos pre-n1oldado:. têm, no caso, função de racionalizaçã~
na execuçao, proporcionando à obrn rapidez e economia. Na Figura 12, eStá
representada uma - .. . . N aso a
armadura . . / seçao tran ~versnl ttp1cn de laJe trehçada. .e~se e ,
positiva e formada pela arrn 1çfio treliçada e armadura adicional.
•acllclonll
Figura 12 - Seção transversal típ"•ca de uma laJC
.
treliçada.

Em uma laje 0:eliçada, as armaduras constituintes da - .


apresentam as segumtes características: annaçao treliçada
.
• o fio longitudinal superior (cf>S) além de garantir· . .dez a, v1gota
d · ' ngi durante a
concr~tagem a_ laJe, pode colaborar como armadura de distribui ão e/ou
suix:nor d~ traçao (armadura negativa); ç
• as diagonais (cf>D), além de colaborarem como armadura resistente à força
cortante, ser;rem para promover uma grande aderência entre O concreto do
elemento pre-moldado e o concreto de capeamento;
• os fios longitudinais inferiores (cf>I) colaboram como armadura resistente ao
momento fletor positivo;
• q~ando_ a armadura ~os fios longitudinais não é suficiente para o
dimensionamento, são mtroduzidas armaduras adicionais, geralmente em
specificaçi, CA-60 ou CA-50.
ncia da solda As lajes treliçadas apresentam seis vantagens principais da utilização. Uma
que se espera delas refere-se à redução ou até mesmo à eliminação dos escoramentos,
ça que gera proporcionando economia de tempo, mão-de-obra e materiais. Quando não há
aço CA-50, escoramento, as vigotas e os painéis treliçados são chamados de autoportantes,
sendo indicados em casos de pé-direito grande ou de difícil acesso, como em
tabuleiros de pontes. Geralmente, para se obter a autoportância, é necessária a
nós soldados utilização de uma treliça especial, ou seja, fabricada sob medida, com diâmetros
do outro fi0 e dimensões diferenciadas para o atendimento do pr~jeto. _
diagonal com Em função do processo de fabricação, da geom~~~ e da presença d_a armaçao
rificação OK treliçada, outra vantagem é a redução da yoss1b1lidade do aparecimento de
fissuras pois há maior aderência entre as v1gotas e o concreto do capeamento
(concreto moldado no local), como pode ser visto na Figura 13 ·
Maior aderincla da vlgota ao
concreto moldado no local
Figura 13 - Seç&s lransversais típicas com vigota convencional e vigota treliçada.

A terceira vantagem das lajes treliçadas é o fato de facilitarem a execução de


nervuras (moldadas no local) perpendiculares às vigotas, obtendo nervuras de
travamento em lajes unidirecionais e nervuras transversais em lajes bidirecionais
conforme apresentado na Figura 14. Também oferecem uma maior resistência a~
cisalhamento devido à presença das diagonais que exercem a função de estribos.

Função de
estribo -------.
Armadura
~ transversal

Figura 14 - Posicionamento da armadura transversal.


A redução do número de vigas e pilares, maiores vãos e alvenarias dispostas
diretamente à laje também se constituem em vantagens dessas lajes. Por fim,
adaptam-se muito bem a qualquer sistema construtivo: estrutura de con~r~.to
armado, alvenaria estrutural, estrutura metálica, lajes planas com ou sem capiteis.
Os principais arranjos estruturais das Jajes treliçadas, representados nas Figuras
15 e 16, são lajes treJiçadas nervuradas, painéis e minipainéis (nervurados ou
maciços). Esses sistemas poderão ser unidirecionais ou bidirecionais.
Figura 15 - Lajes treliçadas nervuradas
um'd'll'CC1omus
. . e bidirecionais.

Figura 16 - Painéis maciços e nervurados, podendo ser unidirecionais ou bidirecionais.


~s siste~as construt~vos ap~esentados acima são formados pelo elemento pré-
fabncado (v1g?~ ou pamel trehçado), armaduras complementares (adicionais para
momento pos1t1vo, armaduras transversais, armaduras negativas. armadura de
distribuição posicionada na capa de laje em tela soldada ou aço convencional) e
elementos de enchimento (blocos cerâmicos ou de EPS -Isopor ®).
Para a análise, o dimensionamento, a verificação e o detalhamento dessas lajes.
são utilizados os preceitos da norma NBR 6118 (ABNT, 2007). Informações
relativas a definições, requisitos para o recebimento e utilização de componentes de
lajes pré-fabricadas (vigotas, pré-lajes, elementos de enchimento e demais
complementos adicionados na obra), para qualquer tipo de edificação. ão
apresentadas pelas normas NBR 14859: Laje pré-fabricada: Parte l: unidirecionais
; ias dispostas - Parte 2: bidirecionais (ABNT, 2002) e NBR 14860: Pré-laje: Parte l:
jes. Por fim, unidirecionais - Parte 2: bidirecionais (ABNT, 2002). O termo pré-laje refere-se às
de concr~.to lajes pré-fabricadas formadas por painéis. . .
sem capiteis. Se houver necessidade de emendas de armações trehçadas em uma v1gota ou
s nas figura painel (conforme apresentado na Figura 17), uma solução usual é a adoção de
iervurados ou traspasse por meio de: a) sobreposição de treliç~s (uma sobre a out:'1): b)
superposição de barras isoladas ligando duas treliças. As recomcndaçoes de
s. emendas por traspasse podem ser vistas no item 9.5.2 da NBR 6118 (ABNT, 2007).
Traspasse
Figura 17 - Emendas de armação treliçada por traspasse.

34.3.4 Treliça metálica com função de espaçador


Originalmente, a arm açã o tre liç ad a foi co nc eb ida pa ra ser uti liz ada cm vig otas
e painéis pré-fa bri cad os de co nc ret o, ob ten do -se , ass im , as vig ota s e os pai néi s
treliçados.
Essas arm açõ es vê m ga nh an do um de sta qu e ca da ve z ma ior na con stru ção
civil, de vid o à su a ve rsa tili da de de ap lic açõ es, co mo , po r ex em plo , na fun ção de
espaçadores ou ap oio pa ra armaduras.
A partir da dé cad a de 90 , tem os aco mp an ha do o co nc eit o de qua lid ade dos
pisos ind ust ria is. A ne ces sid ad e de qu ali da de qu an to às car act erí stic as de
capacidade sup ort e, pla nic ida de , niv ela me nto e res ist ênc ia ao des gas te tem sido
cad a vez ma is considerada.
Um dos fatore s de suc ess o de pro jet o e ex ecu ção do s pis os ind ust ria is é o
correto po sic ion am en to nã o só da s arm ad ura s (vi de Fig ura 18) , qu e com bat em à
ret raç ão e res ist em aos esf orç os sol ici tan tes , ge ral me nte em for ma de tela
soldadas, co mo tam bé m das barras de transferência.

Figura 18 - Espaçador treliçado em pisos d~ con c1l'lo

d - · ·
O uso as armaçoes treliçadas co mo esp aça do rcs para o pos icionai ncn to dnsln
ras t ·d IO unc nto
armadu. . em s1 o cad a ve z mais freqü ente, cm f'u11" .10 e .nt . . lnn:ntc t
e
produtividade e da garantia de posic ion am en to <lo s I n ntos, pnnc ip,t
durante a concretagem.
Nas lajes maciças das edificações dê con~ armado (vide Figalá~!I~
caranguejos estão sendo substituídos também por espaçadores areliçado&..,.,..., _.. ...,..
caranguejos demandam a sua fabricação (corte e dobra do aço) com 'IU'lfat
densidade maior d~ peças por metro Quadrado e a colocação de uma armadma
auxiliar para o pos1c1onamento das annaduras. No Quadro 7, é apresentado um
cadastro dos principais espaçadores treliçados fornecidos no mercado sendo
disponibilizadas várias opções de alturas para o adequado posicionamento da
armadura, em função das espessuras da laje/piso e cobrimentos.

AR114ADURA NEGATIVA: \tf:RGALHÃO OU TELA SOLDADA

ESPA ADOR
ESPA ADOR

a construção ARMADURA
na função de VIGA POS111VA

Figura 19 - Espaçador treliçado em lajes de concreto armado.


ualidade do
terísticas de
ste tem sido Quadro 7 - Principais espaçadores treliçados fornecidos no mercado.

dustriais é o Tipo de Espaçadores


Altura (h) Peso por peça
combatem à (cm) (kg)
a de telas BE 4 4 0,824
BE 5 5 0,842
BE 6 6 1,422
BE 7 7 1.436
BE 8 8 1,470
BE 9 9 1,496
BElO 10 1,536
BEll 11 1,554
BE12 12 1,586
14 1,834
BE14
16 1,908
BE16
20 2,210
BE20
25 3,020
BE2 5 - . 2 metros - Aço utilizado: Belga 60
Comprimento padrao. . entos sob consulta.
---=
Outros compnm -
finalidade mostrar as principais características de
ttem sua eficiência comprovada em ~b~,. tomando-se uma 0 ~
~,&.UJ_._ .utiliz.ada no segmento da construçao civil. As telas soldadas têm
melhorias em sua composição para atender ao público técnico
mico em deconên cia da necessidade de se oferecerem à sociedade 0 ~
mais duráveis e seguras.

34A.2 Definição

Tela soldada é uma armadura pré-fabricada, destinada a armar concreto , em


forma de rede de malhas, constituída de fios de aço CA60 Nervurados
longitudinais e transversais, sobrepostos e soldados em todos ~s pontos de contato
(nós), por resistência elétrica (caldeamento - ver Figura 20). E um material cujas
características, limites e exigências estão definidos pela norma: NBR 7481
(ABNT, 1990).

Figura 20 - Telas soldadas nervuradas.

34A.3 Histórico

Em 1901, um inventor americano. John Perry, registrou a patente de uma


máquina de solda elétrica para fazer cercas de arames soldados. A fabricação dessa
cerca de arames soldados acabou representando o surgimento de um produto que
acabaria sendo usado para reforçar o concreto e passou a ser chamado de "Tela
Soldada". Em 1918, ano do fim da Primeira Guerra Mundial imensas e importante
~eas estavam destruídas e era preciso reconstruí-las com raJidez e segurança. Com
isso, gran?e parte da construção civil. devido à urgência, se concentrou n~
~esenvolvunento de novos materiais. e aluções. Foi quando as telas sol~a~
tiveram sua primeira e larga aplicação no reparo de pisos de emergencta
8 CCM En°enh 3ii:l e
Engenheiro
. Da ·d
vi Ballesteros - Belgo Arcelor. Co-autoria: Engenheiro Luda110 M6dena - =
ProJetos. -
ks aeroportos, galpões industriais e ~ } afl! na l"eCODS1tução
com
tarde,
*~
as novas características <>os novos desenw!vimentos
do
as suas aplicações foram ~ amp ~ nas estruturas de concreto annado.
A tela soldada é produzida a partir do fio máquina com baixo teor de carbono,
submetido ao processo de ~fil~ , no qual, na prática, OCOITerá o encruamento a
frio do aço, tomand o-o lllals. resIStente, como mostra a Figura 21. o encruamento
total é feito por etapas. ou seJa, reduções sucessivas no diâmetro do fio máquina.

--tD J
Figura 21 - Processo de trefilação.

J4.45 Características geométricas

A bitolas dos fios CA-60 empregados nas telas sold_a,d'.15 vão desde 3,4 mm;té
2 0s com grande quantidade de valores intermedianos. A nomenclatura os
~Ie~= ~ de uma tela soldada consta da Figura 22.

Espaçamento Franja
TransYBl'Sal l.ongitudinal
Fios
Longitudinais
H tt
i I tT°' ~ 1 ~ ; ; ; ~
11 1 ---Y- 1 1 li 1 1 ! li Espaçamento
! ! 1 1 1 1 1 i li =t
2
::,
e>
-9
íl
~
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1 ]
1
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~ 1
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J
~
li
1
li
1
li
li
ll
Longitudinal

li ~ li ~ ~ ~ li 1- r li Ma'1a

te de Ufil,1 li li 1 1 ~ li li li li li
íl ~ 1 ~ i 1 ,1 li li ij
ação dessa li
roduto que li ~ ~ ~ 1 1 li \\ 1\

~ 1 ~1 ~1 .11~ llii 11 llii ~li llii Franja


o de ' Tela
'~ Fios
li
~ Transversal
rtaJlle
rnPoça. com v Transversais v
/1
/f Comprimento
entfOU n
Senti o
soJdad:i
rgêOC ' t' co das telas soldadas.
me . 22
Figura - Desenho esquema 1

fJlge
m~, corre spon de ao com prim ento total do fi10
~la ção ao senti do de fabri caçã o.
em. metr o (m), corre spon de ao co~p rimento total
~d ina l com relaç ão ao senti do de fabn cação.
~Lo ngitudina! - ~m centfme~ro. (cm) , é a distáncia
Hfí ê os eixo s de dois fios long itudi nais.
açam ento Tran sver sal - em cent ímet ro (cm) , é a dístáncj,
medida entre os eixo s de dois fios trans versa is. ª
• Franja I:on gi~~ nal -. em centí metr o (cm) , é a extre midade que
sobr a apos o ultim o fio trans versa l sold ado, com comprimemo
igual à meta de do espa çame nto trans versa l.
• Franja ~ran s!e~ sal -. em ce~tím_etro (cm) , é a extre midade que
sobr a apos o ultim o fio long1tud1nal sold ado, com comprimemo
igua l a 2,5 cm.
• Malha - em centí metr o (cm) , é a figur a geom étric a ( retángulo ou
quad rado ) form ada pela inter seçã o de pare s de fios ortog onais.

34A. 6 Tipos e designações das telas soldadas

Os tipos de telas sold adas são difer enci ados em funç ão da


conc entra ção de fios nas duas direç ões. Essa s conc entra ções de fios
deter mina m as áreas de aço que são utiliz adas nos proje tos de estruturas
de conc reto arma do. A disti nção entre os dive rsos tipos de telas
soldadas e feita a parti r da figur a geom étric a que surg e pelo cruzamento
dos fios long itudi nais e trans vers ais send o deno mina das de malhas de
telas solda das. Essa s malh as pode m ser quad radas ou retangulares.
Quando as telas poss uírem malh as quad rada s, os fios e espa çamentos e.
porta nto, suas áreas de aço serão idên ticas nas duas direç ões. e a
desig naçã o da tela rece berá no iníci o de seu nome a letra .. Q... Quando
as telas poss uírem malh as retan gula res , have rá duas situa ções : ou ela
terá maio r conc entra ção de fio s na direç ão trans vers al na prop orção de
três vezes a mais que na direç ão long itudi nal, rece bend o no início do
seu nom e a letra ··T" , ou ela terá maio r conc entra ção de fio na ireção
long itudi nal nas prop orçõ es de três veze s, duas veze ou uma Yez e
meia a mais que na direç ão trans vers al, rece bend o no iníci o do -eu
nom e. respe ctiva men te, as letras "L", " M" e " R". _
rão ser prod uzid as com tama nho- · t 10
As telas solda das tamb ém pode -
e espa çame ntos difer enci ados para aten der a situa çõe isolada..:- de
g:an des º.bras que envo lvam expr essiv os volu me de aço. E --as ª: t:1
sao cons idera das espe ciais e são iden tific ada com a letra .. ~-
antec eden do as letra s • Q", "T", " L", " M" e "R ... Exem plo: ··EQ: - ·
Para _comp~etar a desig naçã o das telas é utili zada uma num era;ã o que
expn me a area de aço expr essa em mm 2/m.
34.4.7 Fomecimento

A · tela oldada ão fornecidas em rolo ou painel e se dividem em


d uas cate2oria : tela padron1·zad l
as e te as não padronizadas (sob
....
projeto).
As .tela padronizada
. f po
_ uem a largura de 2 ,45 m. o seu
compnmento, , vana em. unçao do fornecimento , podendo ser em rolos
de 60 ~1 e l -º m e ..pamel. d.e .~m. As telas não padronizadas, também
conhecidas como e pecia1 • ão produzidas com característica s
e:pet~ífi~a,-. leva~do- e_ em conta as necessidades do projeto com
relaçao a, suas du~en. oe (largura / comprimento) , relação entre as
ida?e q11e área de aço (pnnc1pal / secundária). espaçamento entre fios
mprunento Oongitudinal / tran ver ai) e comprimento das franjas (longitudinal /
tran:Yer ai). O fabricante devem ser consultados.
Com o aumento da demanda de con trutoras que passaram a utilizar telas em
tângulo ou :uas ob™. houve uma evolução na maneira de comercializá-las. Antigamente.
gonai . ela - eram faturada de uma única vez. e a operação de cortes das telas era
realizada apena · no canteiro, de obras. Hoje. elas podem ser faturadas por
,olume a er utilizado em cada andar do edifício. e as siderúrgicas podem
fornecer as telas cortadas na dimensão a ser utilizada nas formas das lajes.
função da incluindo , erviço de identificação de cada pedaço de tela sem o ônus das
de fio obras de as telas. O Quadro 8 apre enta as telas oferecidas no mercado.
estrutura
s de tela 3.J.4.8 Principais utili:.ações
ruzamento
malha: de O u O de tela oldadas constitui solução prática e rápida na etapa _de
tangulare:. armacão da laje de edifício (ver Figura 23). pisos. po~~e~. tubos d~ ~eço:s
amento: e.
circuÍare (\'er F igura 2-+) e retangulares. Em lajes ?e ed1~1c1os, sua ut1hz~çao
·t oanbo de tempo para as obras em até um dia no ciclo de concretaeem
·eções. e 3 ras~j: e otimizando a mão-de-obra dessa etapa. e reduz_o prazo de entr~ga
··. Quando · d. to re ultando em economia de custos diretos do · canteiros
do empreen 1men .
ões: ou ela de obras.
oporç~o d
r . níc1t1
o 1 . e ·al1do

t na dir "
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MXJ.4
(IIIWfla)
ta,g.X
Tranff.
G.11X0,81
AplllHnllllilo

ROLO
Dlmenl6ee
(m)
l.cng. X

2,45 X120,00
Peao
kglm2
0,97
kg,'

uxu 0.75X0,75 ROLO 2.45X120,00 1.21


15Xt5 4.2X4.2 0,92X0,92 ROLO 2,45X80,00 1,48 217,6
3DX15 X Q X ROLO 45X12000 112 329
Q11S 10X10 3.IXU 1,13X1,13 ROLO 2.45X80,00 1,80 264,6
113 L11S 10X3D uxu 1.13X0,38 ROLO 2.45X80,00 1.21 1n,9
T11S 3DX10 3.IXU 0,38X1.13 ROLO 2.45X60,00 1.22 179,3
Q138 10X10 4.2X4.2 1,38X1,38 ROLO 2,45X60,00 2.20 323,4
0 138 10X10 4.2X4,2 1,38 X1,38 PAINa 2,45X8,00 2.20 32,3
R138 10X15 4.2X4.2 1,38X0,92 PAINa 2,45X8,00 1,83 28,9
138 M138 10X2D 4.2X4.2 1,38X0,69 PAINa 2,45X8,00 1,65 24,3
L138 10X30 4.2X4,2 1,38X0,48 ROLO 2,45X60,00 1,47 216,1
T138 30X10 4.2X4.2 0.48X1 38 ROLO 245X6000 149 2190
0159 10X10 4.SX4.S 1.59 X1.59 PAINEL 2,45X8,00 2,52 37,0
R159 10X15 4.SX4.S 1,59X1.06 PAJNa 2,45X6,00 2,11 31,0
158
M158 10X2D 4.SX4.S 1,59 X0,79 PAJNa 2,45X6,00 1,90 27,9
L159 10X30 4.SX4.S 1,59X0,53 PAJNa 2,45X6,00 1,69 24,8
Q198 1DX10 s.oxs.o 1.98X1.98 PAINEL 2,45X8,00 3,11 45,7
R198 10X15 s.oxs.o 1.98X1.30 PAJNa 2,45X8,00 2,60 38,2
198 M198 1DX2D s.oxs.o 1.98 X0,98 PAJNa 2,45X6,00 2.34 34,4
L198 10X30 s.oxs.o 1.98X0,65 PAINB. 2,45X6,00 2.09 30,7
T198 30X1D s.oxs.o 0.65X1.98 PAINB. 2.45X600 211 31 O
Q248 S.6XS.6 S.6XS.6 2,46X2,46 PAINB. 2,45X6,00 3,91 57,5
R246 5,6X5.6 5.6XS.6 2,46X1,64 PAINB. 2,45X6,00 3,26 47,9
248 M248 S.6X5.6 5.6XS,6 2.46X1.23 PAINB. 2,45X6,00 2,94 43,2
L248 S.6X5.6 S.6X5.6 2,46X0,82 PAINB. 2,45X6,00 2.62 38,5
T248 SJ;X5..6 5..6X5..6 0.82X2.46 PAINB. 245X600 64 388
Q283 e.oxe.o e.exs.o 2.83X2.83 PAINB. 2,45X6,00 4,48 65,9
R283 6.0X6.0 e.oxe.o 2,83 X 1,88 PAINEL 2,45X6,00 3,74 55,0
283 M283 6.0X6.0 6.0X 6.0 2,83X1.41 PAINB. 2,45X6,00 3,37 49,5
L283 6.0XS.O 6.0XS.O 2.83X0.94 PAINB. 2,45X 6,00 3,00 44,1,
T283 6.0XS..O 6J)X6,0 0,94X2,83 PAINB. 2,45X6,00 3,03 44,5
Q335 8.0X8.0 a.oxa.o 3.35X3.35 PAINB. 2,45X 6,00 S,37 78,9
335 L335 8.0X6.0 8.0X6.0 3.35X0.94 PAINB. 2,45X6,00 3,48 51,2
T335 6.0X8.0 Ei.OX8.0 0.94X3.3S PAINB. 245X600 3.45 50.7
Q386 7,1X7.1 7.1 X7,1 3.96X3,96 PAINB. 2,45X6,00 6,28 92.3
R396 7.1 X7.1 7.1 X7.1 3.98X2.64 PAINB. 2,45X6,00 S,24 n .o
396 M396 7.1 X7.1 7.1 X7.1 3.96X1.98 PAINEL 2,45X6,00 4,73 69,5
L396 7.1 X6.0 7,1 X6.0 3,96 X0,94 PAINB. 2,4SX6,00 3,91 57,5
T396 6.0X7.1 6.0X7.1 0.94X3.96 PAINEL 2.45X6 00 3,92 57.6
QS03 a.oxa.o a.oxa.o 5,03X5,03 PAINB. 2,45X6,00 7,97 117,2
R503 8.0X8.0 8,0X8.0 5,03X3.35 PAINB. 2,45X6,00 6,66 97,9
503 M503 a,oxa.o a.oxa.o 5,03X2,51 PAINB. 2,45X6,00 6,00 88.2
L503 s.oxe.o aoxs.o 5,03X0,94 PAINEL 2,45X6,00 4,77 70,1
TS03 6.0X8.0 6.DXS.O 0.94X5,03 PAINEL 245X600 4 76 700
0636 9.0X9.0 2,45X6,00 10,09 148,3
638 9.0X9,0 6.36X6,36 PAINEL
L836 9.0X6,,0 2,45X6,00 5,84 85,8
9.0Xê.O 6,36X0,94 PAINB.
0785 10,0X 10..0 2,45X6,00 12,46 183.2
785 1G.OX 10.0 7,85X7,85 PAINEL 103,3
L785 10.oxs.o 10.0X6,0 7,85X0,94 PAINEL 2,45X6,00 7,03
1186
13 L1131 12.0X7.1 12.0X7.1 PAINEL 245X600 10,09
11.31X1.32

34.4.9 Considerações finais sobre telas soldadas


O uso de telas soldadas está e tomando cada vez mais comum no seg~ento
da ~00strução civil por ser uma alternativa que oferec v'lntagens reais;º
sentido de agilidade do processo construtivo qualid desempenho as
annd d ·
ª uras entro das estruturas de concreto armado.
34.5 Treliças planas de aço,

34.5.l Treliças planas de aço para reforço de parede, de alvenaria

Para ~ ~xecução ~e '!1v~naria, ~ a pouco tempo, somente a geometria era fator


de estab1hda?e e res1stenc1a do sistema. Com o domínio da técnica de argamassas
à base de cimento , todos os tipos de projeto de uma edificação passaram a
incorpo.rar uma nova dinâmica e a conseqüente redução da geometria das
alvenanas.
A tecnologia das estruturas de concreto armado trouxe profundas alterações no
comportamento das alvenarias, que deixaram de lado sua função principal de
cstmturar as edificações e passaram a ser adotadas como elementos de vedação.
No entanto, com a velocidade de execução dai, obras, o aumento dos vãos e a
redução da rigidez, rupturas e infiltrações começaram a ser significativas. Isso
trouxe alto custos e, principalmente, o descrédito para as construtoras que não
con eguem mais edificar sem o processo fissuratório (Figuras 25 e 26), seja uma
impl~s re idência térrea, seja um edifício de múltiplos andares. Nos últi~~s anos,
a nece idade de um maior número de vaga(,j de garagem, de alta proclut1v1dade e
cu to cada vez mais baixos obrigou os edifícios a terem características
e pecíficas. como balanços e grandes alturaç;, dificultando _sensivelmente o
de empenh o das alvenarias e suas ligações com as estruturas reticuladas.

Figura 25 - Exemplo de processo ft.,s,ualúno c1n ulvcnnria.

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Cú.
David Ba1lestero5 - AR~
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ELOF ( (1 :i11torm,. .111•
1 Ol(tv111 1 lll/ tio N11\dlltl' lllll, n m·tur <la
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. f , b , 1 e uulm JJ.1 i111pr l 1·1 1111•11 < 'CINS Ili l 'A .
_._ B · R1beiro: En(' ,t MIi '
RE: En!!. Alexanwe
Figura 26 - Defonnação vertical da ,iga superior - efeito arco.

Sabe-se que as alvenarias apresentam um desempenho satisfatório quando


submetidas à compressão e uma baixa resistência à tração. Devido à
necessidade de melhoria na absorção de tensões de tração e cisalhamento, a que
atualmente estão submetidas, o uso das treliças planas na execução de
alvenarias vem se tomando uma tecnologia de grande valia, objetivando
proporcionar um melhor desempenho esblltural do sistema quando submetidas
a tais esforços.
A tecnologia proposta visa ao emprego de treliça plana entre camadas de
blocos, por meio da aplicação desse produto para combater as tensões de tração
e cisalhamento.
A utilização de telas planas nas alvenarias de vedação, além combater o
processo fissuratório, proporciona uma maior produtividade e racionalização da
alvenaria, por possibilitar a eliminação de Yergas e contra-vergas e a
minimização de uso de outros elementos enrijecedores, como cintas e pilaretes.
Em alguns casos, dependendo do projeto realizado e do dimensionamento, é
possível até mesmo eliminarem-se todos o elementos enrijecedores das
alvenarias de vedação de uma edificação.
34.5.2 Tipos e características dimensionais das peças de treliça plana
As treliças planas possuem barras longitudinai e diagonais com s_eções
circulares e recobertas por uma capa de zinco. para utilização em alvenarias ~e
junta tradicional. As características geométricas das peças de treliças planas sao
apresentadas no Quadro 9.

Quadro 9 - Camc1erísõ :as dim!nst 31S.


Tipo

(mm)

50
RND.4/Z 115 4 3,75 25 3,05
175
50
RND.5/Z 115 5 3,75 35 3,05
175

Nota: a armadura é recobena por uma capa de zinco.

3453 Projeto de alvenaria, de vedação executado com treliça plana

O projeto de alvenaria de vedação com treliça plana tem a finalidade de não só


identificar as premissas mínimas para a estabilidade das alvenarias, apresentando
as especificações de materiais, geometria, reforços, juntas, ligações com a
estrutura, enrijecimento, etc., como também estabelecer as diretrizes para
execução e manutenção, específicas por tipo de obra, buscando o desempenho
lém combater 0 satisfatório do sistema de vedação ao longo do tempo. Com esse objetivo, devem-
acionalização da se levar em conta as seguintes condições de contorno para o projeto.
ntra-vergas e a • tipo de utilização da alvenaria de vedação;
intas e pilaretes • especificação de materiais e sistema;
ensionamento. e 1
• controle de produção;
'jecedores das • controle de manutenção.
O projeto de alvenaria difere-se de outros tipos de projeto por_ apresentar
característica particular, na qual alguns parâmetr~s devem ser ver_1ficados no
liça plana instante da execução da obra, tais como: prumo, ~velamento, propned~des do~
- s materiais constituintes e argamassas , tipo de mao-de-obra, etc. O s1stem? _e
ílaiS com seçoe composto de todos esses p~rãmetros '. ~ujo acompanhamento se faz necessano
em al venarias de
- para a elaboração de um proJeto defirutivo.. .· , ,-
~ liças planas sao 0 projeto da alvenaria reforçada com tre~ça pl~a deve l~var em c_~ns1dc~,ao
os esforços solicitantes a que essa alvenana estara submetida, anahsando~se as
cargas verticais e de flexão decorre~t~s da ação do vento. a pa~1~ do
conhecimento das resistências caractensticas dos elementos que compoem o
sistema (Figura 27).
+,.,,,,, fc-calaJlado a partir da
- - • • ~ resistência doa elemento, e
da argamassa
argamassa

PROTÓTIPOS

1ii5iiiiilb~ fc- obtido e:,cperimentalmente em


IP' laboratório

ALVENARIA
fc- obtido
,----1',.... experimentalmente
_ _ '-----,,.;"" em ensaios de
• escala rear·

íl
:o:
. . . .

t
-l,~~~
.
. ' . .

J
Cargas verticais
J Vãos de porta e janela

Figura 27 -Avaliação das alvenarias para projeto.

O número de fiadas armadas com treliça plana deverá ser baseado em


projeto específico de alvenaria, em que será dimensionado de acor1°
com as características estruturais e arquitetônica s da edificação, alem
do tipo de material , argamassa e condições de estabilidade da mesma.
Na Figura 28 , tem-se um exemplo de projeto realizado, mostra º ªnd
distribuição da treliça plana nas fiadas de duas elevações diferentes.
- Obtido TIIII.IÇA-
P8rimentafrnente Figura 28 - Exemplo de alvenarias projetadas com utilização de treliça plana.
ensaios de
scala rea1·
345.4. Utilização das treliças planas

A utilização de alvenaria armada é indicada como solução em qualquer uma


das seguintes situações:
• recalques de base;
• fi ssuras;
• concen trações de tensões ao redor de vãos livres de portas e janelas;
• cargas pontuais;
• deform ações estruturais;
• cargas ex ternas. . ,
Para todas as recome ndaçõe s de uso dos reforços treliça plana, e
- o horizontal I indispensável a utilização de argamassa na vertical para assentamento dos
do vento
blocos, como mostrad o nas Figuras 29 a 30 .

. baseado em
de acordo
.ºcaça"'o , aJém
da 111esJJ1ª·8
mostran do
JiferenteS·

Figura 30 - 2• etapa: colocação da treliça plana


h )!u 1 etapa: aplicação da argamassa de sobre a argamassa de assentamento
n1.1mcnto na primeira fiada.
elas alvenarias é conhecido na engenharia como toei
para unir ou desunir as alvenarias no contato com a es as as
·ção do modelo de ligação, torna-se necessário o conbec~tura
sinos de fixação e suas capacidades de desempenho. llllento
diversos dispositivos para realização da ligação alvenaria/estru
as fígidos ou semi-rígidos, com desempenhos diferentes. Div tura,
~quisas já realizadas comprovam uma maior eficiência da tela sofrsas
gálvanizada em relação a outros modelos de ligação, quando avaliad:da
resistências ao arrancamento e ao cisalhamento. as
No entanto, a escolha do sistema está diretamente relacionada ao tipo e vã d
estrutura a ser fechada e à geometria da alvenaria de vedação, que deveº ª
definida em projeto específico de alvenaria, de acordo com as necessidades s~;
obra.
. A utilização de telas. sold~das (Fi~ra 31), c?mo c~mponentes de ligação nas
mterfaces entre alvenana e pilar associado ou nao ao sistema, possibilita evitar-se
o surgimento de fissuras indesejáveis nessas regiões. Também podem ser
utilizadas para amarração entre alvenarias, dispensando a tradicional amarração
entre blocos, aumentando a produtividade e racionalizando o serviço.

Argamassa de assentamento

Bloco

Tela soldada galvanizada

Tela soldada galvanizada

Pilar
Figura 31 - Detalhe do posicionamento da tela soldada galvanizada.

Telas soldadas galvanizadas para ligação entre estruturas e alvenarias são telas
soldadas produzidas com fio de 1,65 mm de diâmetro e malha de 15 mm x 15mm,
galvanizadas, o que proporciona maior proteção contra corrosão. d
As dimensões da tela devem ser definidas de acordo com a espess.u: /
alvenaria (largura dos blocos) e devem ficar embutidas na junta veruc e
argamassa entre parede e pilar, com a tela dobrada para cima. . fi ação
A execução da fixação é muito importante para o sucesso do s1stema ~e~o da
lateral, uma vez que o erro na fixação pode levar ao comprometi
deformação e, conseqüentemente, à ocorrência de fissuras .
34.5.6 Telas ~ietroaoldadaa ~ lllmi,.,(gj4as para reforç o~
revesti.mentos de argamassa

As telas eletroso ldadas galvanizadas semi-rígidas são recomendadas para


aplicação nas regiões de estrutura e de interface da estrutura com a
alvenaria (Figura 32). Contribuem para a absorção das tensões provenientes
da dilataçã o e retraçã o do revestimento de argamassa, evitando a fissuração,
garantindo melhor aderência ao chapisco e contribuindo para minimizar os
efeitos de cisalha mento nos revestimentos.
A utilizaç ão de telas proporciona a distribuição de tensões ao longo do
revestim ento e melhor a o comportamento do revestimento quanto a
deformações térmica s, possibilitando a prevenção do aparecimento de
fissuras indesej áveis .
Além do uso em regiões de estrutura e na interface alvenaria/estrutura, as
ligação nas telas eletroso ldadas também são indicadas para aplicação em revestimentos
ilita evitar-se com superfí cies curvas e, principalmente, para reforço da argamassa de
podem ser regularização com espessura superior a 6 cm.
I amarração

assentamento
Alvenaria

I ~,m

galvanizada
Bloco
Viga

Eiicunhamento
Chapisco

pilar

. '
~1as sa"'o telas
20 cm 20 cm Chapisco
pmx 15~~ Tela
Galvanizada
lspes~u~ de . 32 Detalhe do . . amento da tela galvanizada.
pos1c1on
vertic Figura -
Lajes mistas de aço e concreto foram introduzidas na América por volta de
1950.
As lajes mistas são formadas por chapas de aço galvanizadas e nervuracJas
sobre as quais é depositado o concreto.
Para aumento da aderência do concreto à chapa, são conformadas mossas e
ranhuras no perfil da chapa de aço, que servem de superfície de ancoragem ao
concreto garantindo assim um comportamento solidário. O aço trabalha como
fôrma para concreto durante a concretagem e como armadura positiva para as
cargas de serviço. Conectores de cisalhamento (stud bolts) são incorporados à
chapa de aço para permitir a interação do concreto com o aço.
Telas eletrosoldadas são colocadas antes da distribuição do concreto como
armadura negativa e para prevenir fissuras e trincas superficiais na laje.
O sistema dispensa o uso de escoramento para a maioria das situações de uso.
liberando as áreas de trabalho.
Seu uso abrange lajes industriais, mezaninos em shopping centers, pisos de
edifícios comerciais, coberturas impermeabilizadas em hipermercados e até
mesmo garagens e helipontos.

Figura 33 - Exemplo de lage mista com fôrma metálica colaborante

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