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INTRODUÇÃO
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Mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade Federal
do Amazonas (UFAM). Bacharela em Administração (UFAM). Docente do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM, campus Parintins). E-mail:
deka.canto@gmail.com.
2 Mestrando em Educação pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Licenciado em
Educação Física (UFAM) Técnico de nível médio em administração pelo Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM, campus Parintins). E-mail:
lucasdleao@gmail.com.
trabalho, se fazia necessário a dimensão procedimental (prática), pois “a única
maneira de aprender a construir a economia solidária é praticando-a” (PAUL
SINGER, 2005, p. 19).
Nesse sentido, as ações educativas desenvolvidas foram realizadas por
meio da simulação de criação e gestão de cooperativas incluindo atividades
práticas efetivas, onde os alunos puderam empreender e trabalhar de forma
coletiva. O uso desse procedimento educativo ocorreu em razão da necessidade
de união entre os conhecimentos teóricos e práticos na referida temática.
Ainda, Gadotti (2009) nos ensina que a economia solidária é antes de tudo
um processo contínuo de aprendizado de como praticar a ajuda mútua, a
solidariedade e a igualdade de direitos no âmbito dos empreendimentos e em
simultâneo fazer com que seus realizadores sejam capazes de melhorar a
qualidade de seus produtos, as condições de trabalho, o nível de ganho dos
sócios, a preservação e recuperação dos recursos naturais colocados à sua
disposição.
Assim, se faz necessário praticar a ajuda mútua para construir uma
cooperativa. Entretanto, para Paul Singer (2005), os valores fundamentais da
economia solidária precedem sua prática. A saber, o cooperativismo possui sete
princípios, que são: a adesão voluntária e aberta; controle democrático por parte
dos membros; participação econômica dos associados; autonomia e
independência; educação, capacitação e informação; cooperação entre as
cooperativas e interesse pela comunidade (BARRETO e PAULA, 2009).
A Cooperativa é uma associação de pessoas, mas ela também é uma
empresa econômica (Art. 3° e 4° – Lei N° 5.764/71). Por isso, dizemos que ela
tem dupla natureza. Enquanto associação, a cooperativa é um conjunto de
pessoas que trabalham baseadas em interesses comuns, sendo que todos têm
os mesmos direitos e deveres. Na condição de negócio solidário, a cooperativa
tem objetivo comercial, que gera emprego e retorno financeiro aos cooperados.
As cooperativas diferenciam-se das empresas capitalistas em função dos
seus princípios e valores. Estes possuem diferentes fundamentos, sendo eles o
humanismo, a liberdade, a igualdade, a solidariedade e a racionalidade.
Teoricamente, os cooperados são movidos por valores éticos como honestidade,
responsabilidade social e interesse no bem coletivo (BENATO, 2006).
Atualmente as cooperativas apresentam-se como alternativa sustentável
para transformação social de pessoas sem rendimento. Corroborando com essa
ideia para Silva Neto et al (2001), o cooperativismo objetiva promover a justiça
social através da geração de renda a seus associados, por isso, é uma
alternativa para geração de trabalho e renda até mesmo em contexto de alto
grau de qualificação e instrução pessoal.
Ao gerarem renda para seus associados, as cooperativas contribuem para
o desenvolvimento econômico e social do país. Segundo a Organização das
Cooperativas Brasileiras - OCB (2009), atualmente há aproximadamente 6,5
milhões de associados a cooperativas, o que corresponde a 3,95% da
população. Embora sejam pouco incentivadas no Brasil, as cooperativas são
responsáveis, segundo a OCB (2009), por cerca de 200 mil empregos,
participam de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e rendem mais de 2
bilhões de dólares em exportações diretas. Esses dados revelam o grau de
importância das cooperativas para o sistema econômico do país.
OBJETIVOS
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O objeto social é a atividade fim a que se destina e porque a cooperativa existe. É a sua razão de ser.
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O capital social, refere-se a uma quantia previamente definida que deve ser subscrita pelo cooperado
ao entrar na cooperativa como associado.
Lembramos que as cooperativas criadas não foram legalizadas, por serem
fictícias.
A definição do capital social, definição do objeto social da cooperativa,
prestação de contas, processo produtivo e comercialização, foram efetivamente
realizados na prática, dentro do período de quatro meses, sendo dedicados dois
para a etapa de estudo e criação da cooperativa e apenas dois meses para a
produção. No final da disciplina, os resultados de ambas foram apresentados,
para enfatizar se a meta foi atingida e o montante arrecadado por cooperativa.
RESULTADOS E CONCLUSÕES
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O plano de negócios considera as ameaças e oportunidades de mercado, leva em consideração
as habilidades e competências do empreendedor. Detecta oportunidades de negócios locais e/ou
regionais.
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As ações educativas estabelecidas também foram utilizadas como atividade avaliativa dos
alunos, com peso de 10 pontos. Os critérios avaliativos são: capacidade de empreender
respeitando os princípios e valores cooperativistas, implementação do plano de negócios na
prática e desempenho da equipe para atingimento da meta financeira inicial.
reuniões iniciais das mesmas, para decidir se possuíam um objetivo em comum
e se desejavam realmente participar das futuras cooperativas. Todos os alunos
mostraram-se interessados e participaram de uma das cooperativas.
Após a primeira reunião, decidiram-se o objeto social e capital social. A
sugestão para escolha do objeto social foi escolher produtos ou serviços que
fosse possível incluir a todos os cooperados, portanto, deveria ser algo que todos
pudessem fazer. A primeira cooperativa denominou-se COOPBRI7, que decidiu
pela produção e venda de brigadeiros, enquanto a segunda, denominada
Cooperativa dos Produtores de Bolo em Pote. Ambas definiram um capital social
de 10 reais por associado, respectivamente.
As atividades práticas foram desenvolvidas em endereços privados
definidos e custeados pelas duas cooperativas criadas, onde os participantes
das mesmas, realizaram suas atividades produtivas e comercialização dos
produtos. Essas atividades foram realizadas com base na teoria cooperativista e
também de outras disciplinas cursadas, sobretudo o empreendedorismo.
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COOPBRI- Cooperativa de produção e venda de brigadeiros de Parintins.
Diretor/Presidente: Hágatha Lúcia Santarém de França Martins
Vice-Presidente: Roberto dos Passos Alfaia
Secretária: Ana Biatriz Passos Pontes
Tesoureiro: Jeovane Cruz da Silva
Conselho Fiscal: Beatriz Costa; Francilene Tavares; Verônica Cidade
Conselho Administrativo: Diego Batista Conceição, Joely Pedrosa Barros,
Marcos Henrique dos Santos Leal
Colaboradores: Brenda Andrade, Daryne Silva, Gabriel Azevedo de
Andrade, Juliane de Alcântara Mendonça, Simeão Gomes Teixeira.
CONSIDERAÇÕES FINAIS