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Metamorfismo de rochas Carbonáticas e

Calciossilicáticas e Controle Tectônico do


Metamorfismo

Mármores e rochas calciossilicáticas


Rochas carbonáticas
 Calcáreo puro, só tem calcita.
 Calcáreo dolomítico Ca e Mg.
 Sedimentos margosos (mistura de componentes carbonáticos e
silicáticos).
 Podem ser carbonato puro ou com quantidades variáveis de outros
precipitados (por exemplo chert ou hematita) ou material detrítico
(areia, argilas, etc.)
 Formados na plataforma continental estável ao longo de uma margem
passiva
 Metamorfisado quando a margem passiva torna-se uma faixa orogênica

 Metacarbonatos são rochas calcáreas onde o componente


carbonático é predominante.
 Marmores são carbonatos aproximadamente puro.
 Rochas calciossilicáticas: pode ser composto por silicatos de Ca-
Mg-Fe-Al, como diopsídio, grossulária, anfibólio Ca, vesuvianita,
epidoto, wollastonita, etc.
 Pode ser formada a partir de carbonatos impuros, rochas
ultrabásicas e pela interação de fluidos ricos em cálcio com
qualquer tipo de rocha.
 Skarn: rocha calciossilicática formada por
metamorfismo/metassomatismo provocado por intrusões ígneas
em rochas carbonatáticas.
Figure 29-1. Chemographics in the CaO-MgO-SiO2 -CO2 -H2 O system, projected from CO2 and H2O. The green shaded areas represent
the common composition range of limestones and dolostones. Due to the solvus between calcite and dolomite, both minerals can coexist
in carbonate rocks. The dark red left half of the triangle is the area of interest for metacarbonates. Carbonated ultramafics occupy the right
half of the triangle. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall.

 Quartzo e calcita – estáveis em todas as pressões, excetos as mais


elevadas.

 Em elevada pressões a calcita se transforma em aragonita entretanto


na maioria dos casos ela é revertida para calcita quando do
soerguimento.

Figure 26-1. A portion of the equilibrium boundary for the


calcite-aragonite phase transformation in the CaCO3
system. After Johannes and Puhan (1971), Contrib.
Mineral. Petrol., 31, 28-38. Winter (2001) An Introduction
to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall.
Em condições de temperaturas muito elevadas pode ocorrer a
reação de descarbonatação com formação de wollastonita:

CaCO3 + SiO2 → CaSiO3 + CO2

Figure 29-6. T-XCO2 phase


diagram for siliceous
carbonates at P = 0.5 GPa,
calculated using the
program TWQ of Berman
(1988, 1990, 1991). The
light-shaded area is the field
in which tremolite is stable,
the darker shaded areas are
the fields in which talc or
diopside are stable. Winter
(2001) An Introduction to
Igneous and Metamorphic
Petrology. Prentice Hall.

Figure 29-5. Metamorphic zones developed in regionally metamorphosed dolomitic rocks of the Lepontine Alps, along the Swiss-Italian border.
After Trommsdorff (1966) Schweiz. Mineral. Petrogr. Mitt., 46, 431-460 and (1972) Schweiz. Mineral. Petrogr. Mitt., 52, 567-571. Winter
(2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall.
Formação do talco
3 Magnesita + 4 quartzo + H2O → talco + 3CO2 (~ 400ºC)

3 dolomita + 4 quartzo + H2O → talco + 3 calcita + 3 CO2 (~ 450ºC)


Formação da tremolita

5 talco + 6 calcita + 4 quartzo → 3 tremolita + 2 H2O + 6 CO2 (~ 500ºC)

Formaç
Formação diopsí
diopsídio ou forsterita

Tremolita + 3 calcita + 2 quartzo → 5 diopsídio + H2O + 3 CO2

Tremolita + 11 dolomita → 8 forsterita + 13 calcita + H2O + 9 CO2


Formação do diopsídio + forsterita

3 tremolita + 5 calcita → 11 diopsídio + 2 forsterita + 3 H2O + 5 CO2

Formação da wollastonita

Calcita + quartzo → wollastonita + CO2

Dolomita → periclásio + calcita + CO2


Fácie xisto verde

Formação de talco
Formação de tremolita
Fácie anfibolito inferior

Formação de tremolita Formação de diopsídio

Fácie anfibolito superior

Formação de forsterita
Fácie granulito

Formação de wollastonita
Figure 29-2. A portion of the Alta aureole in Little Cottonwood Canyon, SE of Salt Lake City, UT, where talc,
tremolite, forsterite, and periclase isograds were mapped in metacarbonates by Moore and Kerrick (1976) Amer. J. Sci.,
276, 502-524. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall.

Reação de descarbonatação
CaCO3 + SiO2 = CaSiO3 + CO2
Cal Qtz Wo

Máxima estabilidade termal da assembléia mineral carbonática ocorre a


composição de XCO2 puro

Reação ocorre a baixa temperaruta se


for adicionado H2O (e.g. XCO2 <1)

XCO2 = nCO2
nCO2 + nH2O _
Reação de desidratação
KAl2Si3AlO10(OH)2 + SiO2 = KAlSi3O8 + Al2SiO5 + H2O
Ms Qtz Kfs Sill água

Reacão ocorre a baixa T, se for


adicionado CO2 (e.g. XH2O <1 )

Reação de mistura de voláteis


 5 tipos de reação de
devolatilização, cada uma
com uma forma geral única
no diagrama T-X.

 Tipo 3: Tmax a XCO2


determinada por uma razão
estequiométrica CO2/H2O

Ca2Mg5Si8O22(OH)2 + 3 CaCO3 + 2 SiO2 = 5 CaMgSi2O6 + 3 CO2 + H2O


tremolita calcita quartzo diopsídio
Mármores dolomíticos
 Fornecem indicadores de grau metamórfico mais úteis, porque uma
gama de silicatos de Ca-Mg pode se formar nas condições de P-T mais
usuais do metamorfismo.
 Sequência geral de zoneamento em mármores dolomíticos foi
primeiramente descrita por Eskola (1922) e refinada por Bowen (1940)
e Tilley (1951).

 Seqüência de isógrada de aparecimento mineral em calcáreos


dolomíticos metamorfisados regionalmente parece ser:
1. Talco (nem sempre presente)
2. Tremolita
3. Diopsídio ou forsterita
4. Diopsídio + forsterita

Mármores calcíticos
 Rochas carbonáticas metamorfisadas nas quais os carbonatos
são os minerais dominantes.
 Mármores são compostos essencialmente por calcita com
proporções subordinadas de quartzo e filossilicáticos (origem
detrítica). Algumas vezes aparecem grafita (derivada de antigos
restos orgânicos) e pirita como acessórios.
 A assembléia calcita + quartzo + filossilicatos + grafita + pirita –
fornece poucos indícios em relação as condições de sua
formação.
 Se um calcário for composto somente de CaCO3 o metamorfismo
produzirá mármores cristalinos que tendem a se tornar mais grossos
com o aumento de temperatura.

Aspecto de um mármore calcítico


sob microscópio de polarização.

 Na maioria dos casos, não haverá outras mudanças além desta, pois as
temperaturas de metamorfismo não são suficientemente altas para
dissociar o carbonato.

Talco-mármore.
carb

trem

Tremolita-mármore

wo

gros
diop

mármore com wollastonita-diopsídio-grossulária.


Rochas calciossilicáticas
 Rochas ricas em silicato de Ca-Mg, contendo apenas teores pequenos de
carbonato.
 Skarn (escarnito) – variedade de rochas calciosilicática formada pela interação
metasomática entre mármores e materias silicáticos. Exemplo mais comum
resultam da intrusão de granitos.
 Keneddy (1949) desenvolveu um esquema zonal para rochas calciossilicáticas
na Escócia, correlacionando-as as zonas barrovianas dos pelitos.

Zona das rochas pelíticas Zona das rochas calciossilicáticas

Zoisita – calcita – biotita


Granada
Zoisita-hornblenda

Estaurolita
Anortita-hornblenda
Cianita

Silimanita Anortita-piroxênio
As rochas calciossilicáticas da Formação
Vassalboro, Maine, EUA
 Semipelitos, pelitos e rochas carbonáticas do Siluriano metamorfisadas no
Paleozóico Superior em condições de baixa pressão (2.5 – 3.8 kbar) relacionada
com pequenos corpos graníticos sin-metamórficos.

 Distribuição das isógradas:


 Zona da anquerita: associação anquerita [Ca (Mg,Fe) (CO3)2] + quartzo + albita
+ muscovita + calcita ± clorita
 Zona da biotita: caracterizada pela ocorrência de biotita e clorita sem anfibólio.
 Zona do anfibólio: anfibólio Ca + calcita + biotita ± clorita
 Zona da zoisita: zoisita + feldspato K + anfibólio
 Zona do diopsídio: diopsídio + zoisita + anfibólio Ca + calcita + quartzo +
plagioclásio ± biotita ± microclina

ZONE COMPARISON
Pelites Calc-Silicates
Chlorite Ankerite
Biotite Biotite
Garnet
Staurolite Amphibole
Kyanite Zoisite
Sillimanite Diopside
Figure 29-7a. T-XH2O diagram illustrating the shapes and relative locations of the reactions for the isograds mapped in the Whetstone
Lake area. Reactions 1, 2, and 4 are dehydration reactions and reaction 3 is the Ky = Sil transition, all in metapelites. Reaction 5 is a
dehydration-decarbonation in calcic rocks with a temperature maximum at XH2O = 0.25. b. Isograds mapped in the field. Note that
isograd (5) crosses the others in a manner similar to that in part (a). This behavior is attributed to infiltration of H2O from the syn-
metamorphic pluton in the area, creating a gradient in XH2O across the area at a high angle to the regional temperature gradient,
equivalent to the T-X diagram. After Carmichael (1970) J. Petrol., 11, 147-181.

 Rochas calciossilicáticas da Mina Brejuí –


Currais Novos/RN

 A granada, hornblenda e diopsídio pertence a uma


paragênese formada em temperaturas em torno de
500oC e o epidoto, vesuvianita e scheelita numa
paragênese entre 270oC e 380oC.
CONTROLE TECTÔNICO DO
METAMORFISMO

Placas Tectônicas
 EVOLUÇÃO GEODINÂMICA

Regimes metamórficos
A "Equação" Fundamental da Geotectônica: a interação de placas, principais
processos e termos da evolução tectônica global

Tipos de limites de
Placa:

Divergente

Transformante

Convergente
OROGÊNESE

É um período de deformação geológica intensa


caracterizada por dobramentos e falhamentos de amplas
regiões, sendo em geral acompanhada de vulcanismo,
plutonismo e metamorfismo regional.

As regiões sujeitas a estes processos são chamadas de


faixas ou cinturões orogênicos ou orogenéticos, faixas
móveis ou orógenos.

 METAMORFISMO E TECTÔNICA DE PLACAS


 Movimentos de placas criam calor, pressão e fluidos quentes circulantes
que produzem muito das rochas metamórficas da Terra.
 A maioria do conhecimento presente do metamorfismo parece se
conformar bem com a dinâmica da Terra proposta pela teoria da tectônica
de placas.
 Neste modelo, a construção de montanhas e metamorfismo associado
ocorrem ao longo de zonas convergentes onde placas da litosfera estão se
movendo uma de encontro a outra ou outras.
 É nessas localizações que forças compressivas comprimem e geralmente
deformam as bordas das placas convergentes e os sedimentos que se
acumularam ao longo das margens dos continentes.
 Os sedimentos carregados pela placa em subducção são misturados com
fragmentos vulcânicos do assoalho oceânico. Este material, em parte
retido, na zona de subducção recebe o nome de melange (do francês
mistura).
 O modelo de tectônica de placas também considera a atividade ígnea
associada com a construção de montanhas. Nas zonas convergentes, material
é empurrado a profundidades onde as temperaturas e pressões são altas.
 A fusão eventual de algum material subductado cria magma que migra para
cima para cristalizar no núcleo de massas montanhosas.
 Existe mais de um tipo de ambiente metamórfico ao longo dos limites
convergentes.
 Próximo as fossas oceânicas, placa de litosfera fria estão sendo subductadas a
grandes profundidades. A medida que a litosfera e sedimentos associados
descem, a pressão aumenta mais rapidamente do que a temperatura.
 Isto acontece porque a rocha não é boa condutora de calor; assim, o
aquecimento da placa fria e espessa ocorre lentamente.
 A rocha formada neste ambiente de pressão alta em relação a temperatura é
chamada xisto azul, em função da presença do anfibólio azul (glaucofano) que
se forma sob essas condições.
 A cadeia de montanhas da costa da Califórnia fazia parte de uma zona de
subducção deste tipo. Aqui rochas altamente deformadas em grandes
profundidades foram alçadas como resultado de uma mudança de
movimentação no limite das placas.
 Em zonas afastadas da fossa em direção ao continente, o ambiente
metamórfico consiste em temperaturas altas em relação às pressões.

TIPOS DE METAMORFISMO SEGUNDO A POSIÇÃO NAS PLACAS


LITOSFÉRICAS (Manto Superior + Crosta Oceânica + Crosta Continental).

Metamorfismo
Regional - Ambiente
Distensivo
Margens Construtivas
(Dorsais):.
Extensão oceânica em cadeias meso-oceânicas: a convecção leva o calor para níveis crustais
muito rasos, onde se forma a crosta oceânica com cerca de 7 km de espessura.
A circulação hidrotermal associada produz metamorfismo de baixa pressão. Facies zeolita
até xistos verdes ou anfibolito.
Circulação de água sobre pilhas de rochas vulcânicas até 2 Km de profundidade
causando recristalização (metamorfismo hidrotermal), produzindo serpentinização

Margens Passivas: Temperatura baixa a média (250 a 400oC), com


metamorfismo de soterramento. Acumulação de sedimentos sem intervenção de
grande atividade vulcânica ou tectônica. Metamorfismo incipiente (pumpeleíta-
prenhita) até o nível da facies Zeolita Inferior.
METAMORFISMO EM AMBIENTE COMPRESSIVO

ZONA DE SUBDUCÇÃO

Zona Met de Soterramento Zona Met Regional


Zona Onde inicia a fusão
Zona Met de Xisto Azul e Eclogítico fracionada úmida
Zona onde magmas graníticos
prova metamorfismo de contato
Metamorfismo Regional - Ambiente
Compressivo
Zonas de Subducção: Pressão alta e
temperatura baixa próximo à superfície.
Metamorfismo desde a facies Zeolita até a
facies Glaucofano - Jadeíta (Facies xistos
azuis <400 oC). Em regiões de magma
ascendente em conjunto com baixa pressão
em níveis rasos, ocorrem xistos verdes.
Existe uma zona de alta temperatura e alta
pressão acima da placa subductada onde se
formam rochas das facies anfibolito,
granulito e eclogito.
O metamorfismo é assim melhor
desenvolvido nas raízes profundas de
cinturões de montanhas dobradas, onde fusão
parcial pode ocorrer, contribuindo com
magmas que provocam intrusões em níveis
superiores que elevam a temperatura,
provocando metamorfismo de contato.

Zona de Colisão de Placas: Desde a facies


cianita - silimanita (Facies xistos verdes) até a
facies anfibolito.
Resulta de espessamento crustal devido a
colisão e soterramento tectônico. Em alguns
casos encontram-se terrenos com facies xistos
verdes inferior. Portanto, nessas zonas ocorrem
terrenos com transformações diagenéticas, em
áreas afastadas, até alto grau. As pressões
dirigidas tornam-se mais importantes que as
confinantes, provocando o aparecimento de
rochas metamórficas foliadas. Em grandes
profundidades surgem rochas metamórficas
granulares não foliadas, como é o caso do
granulito.
Como as zonas de subducção e de colisão
dispõem-se paralelamente, essas duas zonas são
chamadas zonas metamórficas emparelhadas
(paired metamorphic zone). Repetição do
processo de construção de montanhas associado
ao magmatismo e metamorfismo causa o
crescimento da crosta continental no planeta.
TIPOS DE METAMORFISMO SEGUNDO A POSIÇÃO NAS
PLACAS LITOSFÉRICAS LIMITES CONVERGENTES E
DISTENSIVOS ASSOCIADOS.

Bacias Marginais/Bacias
de Retroarco: Pressão
baixa a média e
temperatura alta.
Metamorfismo varia desde
a facies Zeolita, através da
Crosta Oceânica Crosta Oceânica facies Pumpelita-Prehnita
até a facies xisto verde
inferior. Depende do grau
de distensão,
desenvolvimento de crosta
oceânica e extensão do
vulcanismo

Relação entre metamorfismo e tectônica

 Os vários regimes de tectônica de placas que ocorrem na


Terra fazem com que as rochas sejam submetidas a
pressões e temperaturas muito distintas.

 Isto leva á formação de muitas associações de minerais


metamórficos e, conseqüentemente, muitos tipos de
rochas metamórficas.
Os crátons são relativamente “frios”, com gradientes térmicos de
aproximadamente 20 K/km.

Crátons
ARCO MAGMÁTICO

Zona Met de Soterramento Zona Met Regional


Zona Onde inicia a fusão
Zona Met de Xisto Azul e Eclogítico fracionada úmida
Zona onde magmas graníticos
prova metamorfismo de contato

Arcos magmáticos (vermelho-laranja) são locais onde o calor é


levado para níveis crustais rasos, produzindo metamorfismo
de alta T e baixa pressão.

Arc
ma os
gm
áti
c os
ARCO MAGMÁTICO

Zona Met de Soterramento Zona Met Regional


Zona Onde inicia a fusão
Zona Met de Xisto Azul e Eclogítico fracionada úmida
Zona onde magmas graníticos
prova metamorfismo de contato

Extensão crustal: a extensão crustal por meio de falhas


normais leva o calor para níveis crustais rasos, seguido por
resfriamento em gradiente termal normal.
Zonas de subducção: subducção rápida leva o material frio para o
manto, produzindo metamorfismo de alta P e baixa T.
Colisões continente-continente: espessamento crustal rápido produz
pressões e temperaturas moderadas, seguidas por resfriamento.

Soleiras ofiolíticas: são zonas de empurrão abaixo da litosfera oceânica


muito quente, colocadas sobre margens continentais passivas. Em
contraste com outras zonas de metamorfismo de baixa P e T , formam-se
gradientes metamórficos invertidos, devido á rápida taxa de colocação,
em comparação com a taxa na qual o calor extremo é dissipado por
condução.
S1 = Fácies Xisto
verde.
S2 = Fácies
granulito.
S3 = Fácies
Anfibolito
RESUMO

 METAMORFISMO E TECTÔNICA DE PLACAS


 Movimentos de placas criam calor, pressão e fluidos quentes circulantes que
produzem muito das rochas metamórficas da Terra.
 A maioria do conhecimento presente do metamorfismo parece se conformar
bem com a dinâmica da Terra proposta pela teoria da tectônica de placas.
 Neste modelo, a construção de montanhas e metamorfismo associado ocorrem
ao longo de zonas convergentes onde placas da litosfera estão se movendo
uma de encontro a outra ou outras.
 É nessas localizações que forças compressivas espremem e geralmente
deformam as bordas das placas convergentes e os sedimentos que se
acumularam ao longo das margens dos continentes.
 Os sedimentos carregados pela placa em subducção são misturados com
fragmentos vulcânicos do assoalho oceânico. Este material, em parte retido, na
zona de subducção recebe o nome de melange (do francês mistura).
 O modelo de tectônica de placas também considera a atividade ígnea
associada com a construção de montanhas.
 Nas zonas convergentes, o material é empurrado a profundidades onde as
temperaturas e pressões são altas o suficiente para provocar fusão.
 A fusão eventual de algum material subductado cria magma que migra para
cima para cristalizar no núcleo de massas montanhosas.
 Existe mais de um tipo de ambiente metamórfico ao longo dos limites
convergentes.
 Próximo as fossas oceânicas, placa de litosfera fria estão sendo subductadas a
grandes profundidades.
 A medida que a litosfera e sedimentos associados descem, a pressão aumenta
mais rapidamente do que a temperatura.
 Isto acontece porque a rocha é má condutora de calor; assim, o aquecimento
da placa fria e espessa ocorre lentamente.
 A rocha formada neste ambiente de pressão alta em relação a temperatura é
chamada xisto azul, em função da presença do anfibólio azul glaucofano que se
forma sob essas condições.
 A cadeia de montanhas da costa da Califórnia uma vez fazia parte de uma zona
de subducção deste tipo. Aqui rochas altamente deformadas que uma vez
foram soterradas em grandes profundidade, depois foram soerguidas como
resultado de uma mudança de movimentação no limite das placas.
 Em zonas afastadas da fossa em direção ao continente, o ambiente
metamórfico consiste em temperaturas altas em relação às pressões.
 Aqui a introdução de rocha fundida vinda de baixo altera as rochas existentes
no ambiente caracterizado por pressões baixas a moderadas.
 A Sierra Nevada, que consiste de intrusões ígneas e rochas metamórficas
associadas, exemplifica este tipo de ambiente.

 Aparentemente, a maioria do material deformado encontrado adjacente às fossas


oceânicas consiste de dois cinturões lineares distintos de rochas metamórficas.
 Mais próximo à fossa nós encontramos um regime metamórfico com pressão alta e
temperatura baixa semelhante ao da cadeia de montanhas da Costa da Califórnia.
 Mais para o interior, na região de introdução de plutões, o metamorfismo é dominado por
temperaturas altas e pressões baixas a moderadas; quer dizer, ambientes semelhantes
aos que geraram o Batólito Sierra Nevada.
 Entre estas duas áreas, as rochas são essencialmente inalteradas por metamorfismo. Na
raiz das montanhas onde pressões e temperaturas são altas, formam-se as rochas
metamórficas de alto grau.
 Existem grandes quantidades de rochas metamórficas no interior estável dos continentes.
Estas extensões relativamente planas de rochas metamórficas e plutões ígneos são
chamadas escudos.
 O Escudo Canadense, tem expressão topográfica muito pequena e rochas ígneas e
metamórficas formam grande parte do Canadá central, estendendo-se da Baía de Hudson
até o Minnesota do Norte.
 Datações radiométricas das rochas do Escudo Canadense, Escudo Brasileiro e outros
escudos, indicam que elas estão entre as rochas mais antiga da Terra.
 Devido a sua antigüidade e desde que suas estruturas rochosas são semelhantes àquelas
encontradas no núcleo central das montanhas existentes, é acreditado que elas são
remanescentes de muitos períodos anteriores de construção de montanhas.
 Se este conceito for correto, indica que a terra foi um planeta dinâmico ao longo de sua
história, aumentando paulatinamente sua crosta continental.
 Nas dorsais e margens passivas também ocorre metamorfismo hidrotermal e de
soterramento.
 TIPOS DE METAMORFISMO SEGUNDO A POSIÇÃO NAS PLACAS LITOSFÉRICAS.
 Metamorfismo Regional - Ambiente Distensivo Margens Construtivas (Dorsais):
Baixa pressão. Facies zeolita até xistos verdes ou anfibolito.
 Circulação de água sobre pilhas de rochas vulcânicas até 2 Km de profundidade causando
recristalização (metamorfismo hidrotermal), produzindo serpentinização.
 Bacias Marginais/Bacias de Retroarco: Pressão baixa a média e temperatura alta.
Metamorfismo varia desde a facies Zeolita, através da facies Prehnita - pumpelita até a
facies xisto verde inferior. Depende do grau de distensão, desenvolvimento de crosta
oceânica e extensão do vulcanismo.
 Margens Passivas: Temperatura baixa a média (250 a 400 oC), com metamorfismo de
soterramento. Acumulação de sedimentos sem intervenção de grande atividade vulcânica
ou tectônica. Metamorfismo desde fim da diagênese até o nível da facies Zeolita Inferior.
 Metamorfismo Regional - Ambiente Compressivo Zonas de Subducção: Pressão alta
e temperatura baixa próximo à superfície. Metamorfismo desde a facies Zeolita até a
facies Glaucofano - Jadeíta (Facies xistos azuis <400 oC).
 Em regiões de magma ascendente em conjunto com baixa pressão em níveis rasos,
ocorrem xistos verdes.
 Existe uma zona de alta temperatura e alta pressão acima da placa subductada onde se
formam rochas das facies anfibolito, granulito e eclogito.
 O metamorfismo é assim melhor desenvolvido nas raízes profundas de cinturões de
montanhas dobradas, onde fusão parcial pode ocorrer, contribuindo com magmas que
provocam intrusões em níveis superiores que elevam a temperatura, provocando
metamorfismo de contato.

 Zona de Colisão de Placas: Desde a facies cianita - silimanita (Facies


xistos verdes) até a facies anfibolito.
 Resulta de espessamento crustal devido a colisão e soterramento
tectônico.
 Em alguns casos encontram-se terrenos com facies xistos verdes
inferior. Portanto, nessas zonas ocorrem terrenos com transformações
diagenéticas, em áreas afastadas, até alto grau.
 As pressões dirigidas tornam-se mais importantes que as confinantes,
provocando o aparecimento de rochas metamórficas foliadas.
 Em grandes profundidades surgem rochas metamórficas granulares
não foliadas, como é o caso do granulito.
 Como as zonas de subducção e de colisão dispõem-se paralelamente,
essas duas zonas são chamadas zonas metamórficas emparelhadas
(paired metamorphic zone).
 Repetição do processo de construção de montanhas associado ao
magmatismo e metamorfismo causa o crescimento da crosta
continental no planeta.

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