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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES


CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – CEP
CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA

GERENCIAMENTO DOS EFLUENTES ORIUNDOS DAS ETAPAS DE


LAVAGEM DE UMA OFICINA MECÂNICA DE MOTOCICLETAS

Jonatas Fröder

Lajeado, dezembro de 2017.


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Jonatas Fröder

GERENCIAMENTO DOS EFLUENTES ORIUNDOS DAS ETAPAS DE


LAVAGEM DE UMA OFICINA MECÂNICA DE MOTOCICLETAS

Artigo apresentado na disciplina


de Estágio, do Curso Técnico em
Química, da Universidade do Vale do
Taquari - UNIVATES, como exigência para
obtenção do grau de Técnico em Química.

Orientador: Prof. Me. Cristiano Giovanella

Lajeado, dezembro de 2017.


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GERENCIAMENTO DOS EFLUENTES ORIUNDOS DAS ETAPAS DE


LAVAGEM DE UMA OFICINA MECÂNICA DE MOTOCICLETAS
Jonatas Fröder

Resumo: Nos dias atuais, buscando manter e preservar as condições ambientais


para que as gerações futuras possam desfrutar do meio ambiente em que habitam, a
geração de resíduos é um dos fatores problemáticos a serem resolvidos, ou
certamente, minimizar os impactos sofridos. As Estações de Tratamentos de
Efluentes (ETE’s) são utilizadas frequentemente para tratar os efluentes líquidos,
sejam de origem doméstica ou industrial. Este tipo de tratamento
pode ser realizado por sistemas que envolvem equipamentos compactos pré-
moldados ou até mesmo grandes projetos feitos em alvenaria, com o uso de
tecnologia simples ou sofisticada, podendo tratar os mais variados tipos de efluentes.
Mas, independente da Estação de Tratamento de Efluente que é utilizada, o
acompanhamento do seu funcionamento e o monitoramento dos parâmetros de
controle ambiental é fundamental para que o efluente seja tratado de forma segura e
eficiente. Logo, o objetivo deste trabalho foi analisar o sistema de separação de
resíduos gerados na lavagem de motocicletas, visando ter uma redução de lodo
contaminado, sendo de alto custo sua destinação correta, e a separação total de água
e óleo, para destinação correta do restante dos efluentes gerados, visando possíveis
benefícios ambientais. Foram realizadas análises de DQO, DBO, OD, pH e Óleos e
Graxas nas amostras coletadas, na entrada e na saída do Sistema de Separação de
Água e Óleo (SSAO). Os resultados obtidos foram satisfatórios após a limpeza correta
do SSAO, tendo em vista o seu melhor funcionamento.

Palavras chave: Tratamento de efluentes. Meio ambiente. Água. Óleo.

1 INTRODUÇÃO

O meio ambiente deveria ter recebido mais atenção, porém, o homem demorou
a perceber isso, principalmente o significado disso. Por muito tempo, não se pensava
na causa geradora do descarte inadequado dos resíduos contaminadores no meio
ambiente. Pensava-se que, quanto mais longe possível fossem descartados esses
resíduos, menos efeitos trariam para perto da fonte geradora dos mesmos.

Sendo assim, esse pensamento teve que passar por grandes alterações, pois
houve a necessidade de os órgãos regulamentadores criarem legislações cada vez
mais rigorosas com o principal objetivo o desenvolvimento de forma sustentável, já
que a sua necessidade se faz inevitável.
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Estas questões ambientais têm um impacto direto e indireto na vida humana e


dos seres vivos, em função das alterações climáticas, da possível escassez dos
recursos naturais, da fauna e da flora. Na realidade, o ser humano é um ‘bicho’
ganancioso, que quer lucratividade em curto prazo, porém o que ele não se dá conta
é que em um longo prazo estamos perdendo estes recursos os quais a mãe natureza
não consegue mais gerar em tão pouco tempo.

Atualmente, podemos observar que a relação do homem com o meio


ambiente vem se tornando um dos temas mais falado e estudado por várias áreas do
conhecimento. Tudo pensando na importância das atividades que o homem
desenvolve em prol ao meio ambiente. Sabendo-se que existem os recursos
naturais que nós, seres humanos, nos apropriamos e fazemos o uso destes, se não
utilizado de forma consciente eles poderão acabar.

O grande aumento do setor automobilístico, no caso motocicletas, devido a sua


maior mobilidade no caos do trânsito e sua autonomia, reflete em um considerável
aumento no setor de reparação e manutenção das mesmas. Sendo assim, evidente a
geração de maiores volumes de resíduos gerados nas oficinas mecânicas, desde
óleos, graxas e resíduos sólidos. Tal como o não gerenciamento correto
destes poluentes tornam-se graves ameaças ambientais, resultando em uma
legislação cada vez mais rigorosa a ser seguida pelas empresas
geradoras de efluentes. Para evitar o descarte incorreto e a contaminação do solo, as
empresas são instruídas a usarem um sistema de caixas separadoras de água e
óleo, conforme prevê o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em sua
Resolução nº 362/2005.

Através dos dados sugeridos, o presente trabalho tem o principal objetivo de


verificar a eficiência total do Sistema de Separação de Água e Óleo (SSAO) após a
lavagem das motocicletas, nas caixas separadoras já instaladas em uma oficina
mecânica. Conforme os órgãos ambientais fiscalizadores, a eficiência deste sistema
de tratamento depende do seu correto funcionamento que pode ser verificado por
meio de análises físico-químicas, cujos resultados devem atender a legislação
vigente.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Panorama das oficinas mecânicas

Os serviços automotivos no Brasil existem em grande número, segundo


apresentado no Quadro 1, já que são atividades potencialmente poluidoras,
principalmente no que compete à utilização de água e, posteriormente, à produção de
efluentes (SECRON; GANDHI; FILHO, 2010).

Quadro 1 – Número de estabelecimentos automotivos no Brasil por tipo de atividade

Tipo de atividade Número de Estabelecimentos


Recondicionamento ou recuperação de
motores para veículos automotores (oficinas 2.217
mecânicas ou autorizadas específicas)
Comércio a varejo e atacado de veículos
automotores (concessionárias, lojas e demais
23.455
pontos de vendas de veículos: carros, motos,
caminhões)
Manutenção e reparação de veículos
78.777
automotores (oficinas mecânicas)
Comércio, manutenção e reparação de
motocicletas, partes, peças e acessórios
15.360
(oficinas mecânicas ou autorizadas
específicas)
Comércio a varejo de combustíveis (postos de
abastecimento em perímetro urbano ou em 36.705
rodovias estaduais e federais)
Transporte terrestre (transporte de cargas ou
passageiros, seja este municipal, estadual ou 122.130
internacional)

Fonte: Secron; Gandhi; Filho (2010)


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Na Tabela 1, encontram-se exemplificados os parâmetros adotados para óleos


minerais, vegetais e animais em alguns estados do país.

Tabela 1 - Padrões de lançamentos de óleos em diferentes Estados.

Estado Valor de lançamento Referência

20 mg/L (óleo mineral),


Rio de Janeiro 30 mg/L (óleo vegetal, NT – 202 R.10
animal)
20 mg/L (óleo mineral),
Deliberação Normativa nº
Minas Gerais 50 mg/L (óleo vegetal,
10/86
animal)
10 mg/L (óleo mineral),
Rio Grande do Sul 30 mg/L (óleo vegetal, Portaria 01/89 SSMA
animal)

Fonte: Secron; Gandhi; Filho (2010)

2.2 Panorama das oficinas mecânicas

Efluentes são os resíduos gerados pelas indústrias, oriundo dos esgotos e das
redes pluviais, lançados no meio ambiente, podendo ser encontrados na forma
liquida e gasosa. É todo liquido ou gás gerado por alguma ação humana a ser
descartado na natureza (SECRON; GANDHI; FILHO, 2010).

A Resolução nº. 313, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),


determina que,
Resíduos sólidos industriais são todos os resíduos que resultem de atividades
industriais e que se encontrem nos estados sólido, semissólido, gasoso -
quando contido, e líquido - cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgoto ou corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviável em face da melhor tecnologia
disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas
de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição (CONAMA, 2002, p. 659).
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A maioria das oficinas mecânicas não destina somente os poluentes oleosos


nos separadores de água e óleo, mas juntamente, outros poluentes presentes das
águas de lavagem de pisos, de peças, de motores, das próprias mãos,
juntamente com detergentes para esse fim. Essa água residuária pode
conter detergentes, desengordurantes e óleos minerais e combustíveis, substâncias
estas que prejudicam o correto funcionamento do sistema de separação
água/óleo (SECRON; GANDHI; FILHO, 2010).

Com tudo, as águas residuárias oleosas têm como destino os corpos hídricos,
causando enormes danos à vida aquática, devido a uma película oleosa que se
forma na superfície da água, resultando na dificuldade da reaeração, causando a
asfixia por entupimento das vias respiratórias por falta de oxigênio dos peixes e
demais seres aquáticos (SECRON; GANDHI; FILHO, 2010).

2.3 Parâmetros importantes no monitoramento de efluentes líquidos

2.3.1 Demanda química de oxigênio (DQO)

A Demanda Química de Oxigênio, identificada pela sigla DQO, é um parâmetro


importantíssimo nos estudos de caracterização de esgotos sanitários e de efluentes
industriais. Este parâmetro físico-químico avalia a quantidade de oxigênio dissolvido
(OD) consumido em meio ácido que leva à degradação de matéria orgânica. A DQO
pode ser considerada um processo de oxidação química,
sendo que a análise de seus valores em efluentes e em águas de superfície é uma
das mais expressivas para determinar o grau de poluição da água, mostrando a
quantidade total de componentes oxidáveis, seja carbono ou hidrogênio de
hidrocarbonetos, nitrogênio (de proteínas, por exemplo), ou enxofre e fósforo de
detergentes. A utilidade da análise de DQO é muito importante quando utilizada junto
com a DBO para observar a biodegradabilidade de efluentes. O método químico é
mais rápido que o da DBO, tendo duração de 2 a 3 horas, diferente da DBO que leva
o tempo de cinco dias (SMEWW 2010).
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2.3.2 Demanda bioquímica de oxigênio (DBO)

A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) equivale à quantidade de oxigênio


necessária para que aconteça a oxidação da matéria orgânica biodegradável em
condições aeróbicas. É a quantidade de oxigênio, geralmente expressa em miligrama
por litro (mg.L-1), utilizada na oxidação bioquímica da matéria orgânica, num período
de tempo, normalmente de 5 dias, onde irá a acontecer a depelação do oxigênio
existente na amostra. A Demanda Bioquímica de Oxigênio é o parâmetro mais
empregado para medir a poluição, sendo a sua determinação de relevante
importância para verificar a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar a
matéria orgânica (SMEWW, 2010).

2.3.3 Potencial hidrogeniônico (pH)

A escala pH determina a intensidade de acidez e alcalinidade. A escala do pH é


baseada no potencial hidrogeniônico (pH) de uma amostra, que pode variar de 0 a 14.
Uma água de pH igual a 7,0 é considerada neutra, significando que essa amostra não
é alcalina nem ácida, pois uma amostra com o pH abaixo de 7,0 é ácida, assim como,
acima de 7,0 é alcalina (SMEWW, 2010).

2.3.4 Oxigênio dissolvido (OD)

O oxigênio dissolvido nas águas é decorrente da fotossíntese das plantas e da


aeração. Este parâmetro pode ser medido também “in loco”, por meio de equipamento
específico (oxímetro), que consiste em uma sonda que mede a concentração em
miligramas de oxigênio dissolvido por litro de amostra (SMEWW, 2010).

2.3.5 Óleos e graxas totais

Óleos e graxas consistem no conjunto de substâncias que um determinado


solvente consegue extrair da amostra sem que esta não se volatize durante a
evaporação do solvente. No método por extração em conjunto Soxhlet, os Óleos e
Graxas solúveis são hidrolisados pela acidificação. Qualquer óleo e graxa é separado
da amostra líquida por filtração. Após uma extração com solvente orgânico em um
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conjunto de Soxhlet, o residual remanescente da evaporação do solvente é pesado,


assim determinando a quantidade de óleos e graxas contidos na amostra (SMEWW,
2010).

2.4 Aspectos legislativos e regulamentações sobre efluentes

No Brasil, a legislação regulamentadora que estabelece os padrões ambientais,


referente aos lançamentos de efluentes é a Resolução CONAMA nº. 430, de 13 de
maio de 2011, esta que alterou parcialmente e complementou a Resolução nº. 357,
de 17 de março de 2005, a qual era regulamentadora anterior. Neste sentido, a
legislação em vigor diz a respeito da classificação e diretrizes ambientais, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamentos de efluentes. A União estabelece
um valor máximo a ser adotado, referente aos lançamentos desses efluentes em
corpos receptores, além disso, a União dá poder aos Estados para que estes criem
suas legislações ambientais. Ou seja, as legislações ambientais estaduais e
municipais, podem e devem atuar de maneira complementar dentro de cada jurisdição
(LEPPA 2015).

No Estado do Rio Grande do Sul a Resolução do Conselho Estadual do Meio


Ambiente (CONSEMA), nº 355, de 19 de Julho de 2017, revoga as Resoluções
CONSEMA 128/2006, 286/2014 e 317/2016 e dispõe sobre a fixação de padrões de
emissão de efluentes líquidos em águas superficiais (CONSEMA, 2017).

De acordo com a Resolução CONSEMA nº. 355/2017 os efluentes líquidos


oriundos postos e oficinas, Classe I, somente poderão ser lançados, direta ou
indiretamente, desde que obedeçam as seguintes condições descritas nos seguintes
artigos:

- Art. 10: Os efluentes líquidos de fontes poluidoras somente podem ser


lançados em corpos d'água superficiais, direta ou indiretamente, atendendo
aos padrões de emissão descritos na Tabela 2.
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Tabela 2 – Padrões de lançamento de efluentes líquidos oriundos postos e oficinas,


Classe I, segundo Resolução CONSEMA nº. 355/2017, Art. 10.
Parâmetro Limite Parâmetro Limite
Alumínio Total 10 mg/L Lítio total 10 mg/L
Arsênio total 0,1 mg/L Manganês total 1,0 mg/L
Materiais
Bário total 5,0 mg/L Ausentes
Flutuantes
Boro total 5,0 mg/L Mercúrio total 0,01 mg/L
Cádmio total 0,1 mg/L Níquel total 1,0 mg/L
Óleos e Graxas:
Cianeto total 0,2 mg/L < =  10 mg/L
mineral
Óleos e graxas:
Cobalto total 0,5 mg/L < =  30 mg/L
vegetal ou animal
Livre de odor
Cobre total 0,5 mg/L Odor
desagradável
Não deve conferir
Cor mudança de pH Entre 6,0 e 9,0
coloração
Cromo hexavalente 0,1 mg/L Prata total 0,1 mg/l
Cromo total 0,5 mg/L Selênio total 0,05 mg/L
< = 
Sólidos
Chumbo total 0,2 mg/L 1,0 mL/L em 1 hora
Sedimentáveis
em Cone Imhoff
Virtualmente Substâncias tenso-
Espumas 2,0 mg MBAS/L
ausentes ativas
Estanho total 4,0 mg/L Sulfeto 0,2 mg/L
Fenóis totais 0,1 mg/L Temperatura 40ºC
Ferro Total 10 mg/L Vanádio total 1,0 mg/L
Fluoreto 10 mg/L Zinco total 2,0 mg/L

Fonte: CONSEMA (2017)

- Art. 17: Ficam estabelecidos os padrões de emissão em função da


vazão, para efluentes líquidos, exceto efluentes líquidos sanitários. Os parâmetros
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DBO5 e DQO devem atender aos valores de concentração estabelecidos ou a


eficiência mínima fixada, conforme as faixas de vazão descritas na Tabela 3.

Tabela 3 – Padrões de lançamento de efluentes líquidos em função da vazão,


para DBO5 e DQO, segundo Resolução CONSEMA nº. 355/2017, Art. 17.
Faixa de vazão do DBO5 DQO
efluente (m³/d) (mg/L) (mg/L)
(1) Q < 100 120 330
(2) 100 < = Q < 500 110 330
(3) 500 < = Q < 1.000 80 300
(4) 1.000 < = Q < 3.000 70 260
(5) 3.000 < = Q < 7.000 60 200
(6) 7.000 < = Q < 10.000 50 180
(7) 10.000 < = Q 40 150

Fonte: CONSEMA (2017)

Para efluentes líquidos sanitários, os parâmetros DBO5 e DQO devem atender


aos valores de concentração estabelecidos ou a eficiência mínima fixada, conforme
as faixas de vazão referidas na tabela 4.

Tabela 4 – Padrões de lançamento de efluentes líquidos sanitários em função da


vazão, para DBO5 e DQO, segundo Resolução CONSEMA nº 355/2017.
Faixa de vazão do DBO5 DQO
efluente (m³/d) (mg/L) (mg/L)
Q < 200 120 330
200 < = Q < 500 100 300
500 < = Q < 1.000 80 260
1.000 < = Q < 2.000 70 200
2.000 < = Q < 10.000 60 180
10.000 < = Q 40 150

Fonte: CONSEMA (2017)

Segundo a legislação municipal onde a oficina em estudo está instalada, a


coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos
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sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços,


inclusive de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora (Decreto
nº. 38.356/1998, art. 8) (SEMA, 2017).

2.5 Tratamento de efluentes oleosos – SSAO

O principal ponto de atenção deste estudo é constituído pelos resíduos líquidos


gerados pelas atividades automotivas e lavagens. Estes ocorrem através das
operações de manutenção, reparo, lavagem, lubrificação. Os principais poluentes
abrangidos nas operações realizadas nas atividades automotivas são os óleos e
graxas, produtos coadjuvantes e as partículas e sólidos. O mecanismo empregado em
larga escala para o tratamento do efluente automotivo é o Sistema de Separação de
Água e Óleo (SSAO) (SECRON; GANDHI; FILHO, 2010).

O separador água e óleo é um tipo de equipamento aplicável para a remoção


de óleo em estado livre. O princípio de funcionamento é baseado na separação da
fase oleosa e aquosa em virtude da diferença de densidade existente entre elas.
A definição básica de um separador água e óleo é um tanque simples que reduz a
velocidade do efluente oleoso, de forma a permitir que a gravidade separe o óleo da
água (SECRON; GANDHI; FILHO, 2010).

A utilização do SSAO ocorre em estabelecimentos industriais ou comerciais


que apresentam efluentes com aspectos oleosos, como, por exemplo, as atividades
automotivas. O equipamento consiste basicamente em uma câmara de sedimentação,
onde é retida a borra oleosa, seguida de uma ou mais câmaras providas de
dispositivos de regulação de fluxo, no intuito de manter o fluxo em condições de
controle, além de dispositivos para coletar o óleo retido. O efluente oleoso escoa
através das câmaras, onde ocorre a separação, a retirada do óleo livre e de possíveis
sólidos que ficam sedimentados na fase líquida. As gotículas de óleo coalham,
formando gotículas maiores que sobem até a superfície, ao mesmo tempo que os
sólidos em conjunto com o óleo adsorvido sedimentam e depositam-se no fundo. Os
sólidos sedimentados (borra oleosa) e camada de óleo (óleo livre) são removidos
no processo de limpeza do sistema (SECRON; GANDHI; FILHO, 2010).
Segundo Leppa (2015), o sistema como referência para as atividades
automotivas contém três repartições que funcionam da seguinte maneira:
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I – Caixa retentora de areia: tem como finalidade fazer com que decante todo
lodo presente na água contaminada. A passagem da primeira para a
segunda repartição acontece por gravidade, onde duas caixas são separadas por uma
parede e, conforme vai enchendo, irá transpor a barreira;

II - Caixa separadora de óleo: para que o óleo sobrenadante se separe


novamente através do efeito da gravidade, onde ao meio se encontra um cano que
conforme há o abastecimento do efluente, fará a coleta deste óleo sobrenadante para
um recipiente de coleta. Este resíduo é enviado para uma empresa autorizada que
dará o correto tratamento;

III - Caixa de inspeção: ainda, na segunda repartição, ao fundo dela, são


colocados tijolos do tipo furado e pedras tipo brita, que diminuem a velocidade
na da passagem do efluente para a terceira repartição. Essa passagem ocorre pelo
fundo justamente por não haver camada de óleo superior na anterior. Podendo, ainda,
haver passado algum óleo sobrenadante ao final, onde se encontra um joelho que
serve justamente para coletar o efluente mais a abaixo do nível (LEPPA, 2015). A
Figura 1 mostra o modelo de caixa separadora de água e óleo.

Figura 1 - Esquema explicativo do SSAO

Fonte: Leppa (2015)

A Figura 2 mostra outro tipo de SSAO, o sistema por gravitação.


Este consiste em uma câmara de sedimentação onde é retida a borra oleosa
(devendo ser precedido de uma caixa de areia), seguida de uma ou mais câmaras
providas de dispositivos de regulação de fluxo no intuito de manter o escoamento em
condições de controle, além de dispositivos para coletar o óleo retido. O efluente
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oleoso escoa através das câmaras, onde ocorre a separação e a remoção do óleo
livre e de possíveis sólidos sedimentáveis da fase líquida. As gotículas de óleo
coalescem, formando gotículas maiores que ascendem até a superfície, enquanto os
sólidos em conjunto com o óleo adsorvido sedimentam e se depositam no fundo. Os
sólidos sedimentados (borra oleosa) e a camada de óleo (óleo livre) são removidos no
processo de limpeza do sistema (SECRON; GANDHI; FILHO, 2010).

Figura 2 – Sistema de separação de água e óleo do tipo por gravitação.

Fonte: Secron; Gandhi; Filho (2010)

É importante que se faça, periodicamente, uma verificação do SSAO, fazendo-


se necessário a retirada manual dos resíduos sólidos retidos que se acumulam nas
caixas de areia e no SSAO, visando manter a eficiência total do sistema e evitar a
contaminação do meio ambiente (LEEPA, 2015).

No caso de câmaras subterrâneas, as tampas das caixas de visitas e sistemas


de tratamento deverão permanecer desobstruídas de modo que possam ser
inspecionadas para a devida manutenção periódica quando se fizer
necessário. Dependendo da quantidade de veículos (motocicletas) lavados e material
retido, se dará a frequência da limpeza do SSAO, alojando os resíduos em tambores
ou reservatórios apropriados, mantidos em locais isentos de qualquer atividade, seja
ela climática ou física, a fim de evitar uma possível variação na sua
composição (LEPPA, 2105).
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O material (lodo) retido no fundo da caixa retentora de areia deve ser retirado
e encaminhado ao aterro industrial. O óleo removido das caixas coletoras deve
ser armazenado em recipiente próprio e encaminhado para reciclagem. Segundo a
Agência Nacional do Petróleo (ANP), o refino de óleo consiste em um processo
industrial onde os óleos lubrificantes usados ou contaminados são submetidos à
remoção de contaminantes dos produtos de degradação e de aditivos. O produto
obtido apresenta as mesmas características do óleo lubrificante básico, ao finalizar o
processo (LEPPA, 2015).

O uso correto do SSAO nas oficinas mecânicas é importante, pois assim se


obtém uma separação correta dos efluentes líquidos e sólidos, podendo dar sua
destinação correta, tornado nosso meio ambiente livre de poluentes (LEPPA, 2015).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo foi desenvolvido com base na avaliação técnica e


acompanhamento funcional em uma mecânica de motocicletas no período de agosto
a novembro de 2017, que se utiliza do Sistema de Separação de Água e
Óleo (SSAO) na lavagem de motos, a fim de separar a água e o óleo totalmente, e a
redução do lodo contaminado, antes das suas destinações corretas.

3.1 Caracterização da oficina

A oficina mecânica de motocicletas esta situada no município de Marques de


Souza e possui 3 rampas, sendo uma de reparação e manutenção de motos, outra de
troca de óleo, além de uma rampa de lavagem. Circulam, mensalmente, cerca de 300
motocicletas na oficina, sendo em média, realizadas 100 lavagens mensais entre
lavagens expressas e completas, além de limpeza e descontaminação de peças das
motocicletas. A Figura 3 apresenta o esquema do processo realizado na oficina em
estudo, desde a pré-lavagem até a segregação dos resíduos gerados.

Figura 3 – Esquema do processo de lavagem de motos da oficina em estudo


15

Fonte: Do autor

3.2 Pré-lavagem das motos

Em uma das etapas da separação dos efluentes, ocorre a decantação das


partículas sólidas do processo, o lodo, que por sua vez, tem um elevado custo a sua
destinação correta para um aterro sanitário. Antes dessa etapa, com o intuito de
redução dos elevados custos e diminuição de lodo contaminado a ser destinado, fez-
se um sistema de pré-lavagem, afim de, somente com o uso de uma lavadora de alta
pressão, tirar a terra das motocicletas sem o uso de nenhum tipo de produto para
limpeza ou algo do gênero, para não ter contaminação das partículas sólidas
decantadas, podendo assim, o lodo, ser descartado sem nenhum risco ao meio
ambiente e ainda reduzir posteriormente a quantidade gerada de lodo contaminado
na primeira etapa do SSAO, resultante das lavagens de motocicletas.

3.3 Lavagem das motos

Depois da pré-lavagem, a motocicleta segue para a lavagem. Nessa etapa


são aplicados os produtos necessários para uma limpeza adequada na motocicleta,
tendo como destino o SSAO, após terem sido aplicados e removidos com jato de
água. O sistema de separação de água e óleo tem sua funcionabilidade por
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gravitação, sendo periodicamente avaliada para a retirada do lodo contaminado e do


óleo decantado, quando necessários, para que o sistema de separação funcione de
forma correta.

3.4 Segregação dos efluentes gerados na etapa de lavagem

Os efluentes gerados nas etapas de lavagem da oficina são tratados por um


sistema de separação água e óleo (SSAO). A parte líquida do efluente
é retida no sistema e o seu descarte correto deve ser prioridade para o meio gerador.
O óleo, depois de decantado e separado por gravidade, é depositado em um tambor
com capacidade de 200 litros, junto ao óleo trocado dos motores das
motocicletas. O recolhimento deste óleo é feito por uma empresa que destina o óleo
para reciclagem, com registro na FEPAM. O lodo contaminado é recolhido por uma
empresa com autorização para o transporte, tendo seu descarte em um aterro
sanitário. A água, depois de separada, em condições de descarte, segue até a
tubulação tratamento de esgoto. A Figura 4 mostra o sistema de tratamento de
efluente (SSAO) utilizado pela oficina em estudo.

Figura 4 – Sistema de separação água e óleo (SSAO) utilizado pela empresa

Fonte: Do autor

O lodo contaminado, gerado da lavagem das motocicletas e resultante da


decantação dos efluentes na primeira etapa do SSAO, tem um alto custo para a fonte
geradora, no caso, a oficina, e a sua destinação correta deve ser feita a fim de
preservar o meio ambiente.
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3.5 Identificação e análise dos contaminantes do efluente líquido

As análises físico-químicas foram realizadas nas amostras de efluente líquido


a fim de identificar os principais contaminantes que podem ser lançados nos corpos
hídricos receptores. Foram elas: DQO, DBO, pH e Óleos e Graxas.

3.5.1 Amostragem

Num primeiro momento coletou-se 2 amostras: uma do efluente na entrada da


SSAO e uma amostra na saída da SSAO. Ambas estavam próximas a 22 C° no
momento da coleta, armazenou-se em frascos limpos, livres de qualquer
contaminante que possa alterar qualquer resultado obtido nas análises.

Num segundo momento, após ter sido realizado uma limpeza total do SSAO e
depois de voltar ao seu funcionamento normal, coletou-se mais 2 amostras: uma de
entrada e uma de saída do SSAO. Ambas estavam próximas a 21°C no momento da
coleta, armazenou-se em frascos limpos, livres de qualquer contaminante que possa
alterar qualquer resultado obtido nas análises. Realizaram-se as análises das
amostras coletas, seguindo a metodologia a cada uma definida. A Figura 5 mostra as
etapas de coleta das amostras antes e depois da limpeza do SSAO.

Figura 5 – Coleta das amostras (a) antes da limpeza e (b) depois da limpeza.

Fonte: Do autor
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3.5.2 Determinação de DQO

Foi usado pra a realização da analise, o método titulométrico de refluxo


fechado. Adicionou-se em um tubo de ensaio 1,5 mL da solução
de dicromato de potássio, 2,5 mL da amostra coletada e 3,5 mL de ácido sulfúrico.
Colocou-se as amostras preparadas num bloco de aquecimento, durante 2 horas
à 150 °C em refluxo. Após, esfriou-se a amostra em temperatura ambiente e pingou-
se 3 gotas do indicador ferroína à solução já digerida. Prosseguiu-se então com a
análise de titulação com sulfato ferroso amoniacal (FAZ), do ponto de viragem da cor
azul para marrom telha. Usaram-se os valores dos resultados obtidos e efetuaram-
se os cálculos necessários. A Figura 6 mostra a etapa de análise de DQO realizada
para a amostra de efluente.

Figura 6 – Etapa de análise de DQO realizada na amostra de efluente

Fonte: Do autor

3.5.3 Determinação de DBO

Após escolhida a faixa de DBO, conforme a tabela do método Oxitop, mediu-


se o valor referido da amostra e colocou-se dentro de um frasco âmbar de análise,
juntamente com a barra magnética. Colocou-se ainda o número de gotas de NHT 600
19

indicado para a faixa selecionada. Colocou-se o suporte emborrachado na boca do


frasco, e em seu interior 2 pastilhas de NaOH.Tampou-se o frasco com o equipamento
e transferiu-se para a incubadora à 20 °C. Zerou-se o mesmo e aguardou-se 5 dias
de decorrência da análise. Realizou-se então a leitura, obtendo-se o valor para a
realização dos cálculos. A Figura 7 mostra a etapa de análise de DBO realizada para
a amostra de efluente.

Figura 7 – Etapa de análise de DBO realizada na amostra de efluente

Fonte: Do autor

3.5.4 Análise do pH

Para a determinação do pH , colocou-se 100 mL de amostra em um copo


de Becker e mediu-se o valor de pH utilizando o pHâmetro. A Figura 8 mostra a etapa
de medida de pH realizada para a amostra de efluente.
20

Figura 8 – Medição de pH realizada na amostra de efluente

Fonte: Do autor

3.5.5 Medição do oxigênio dissolvido (OD)

Com o auxílio de um oxímetro, realizou-se a medição de OD no ato da coleta


das amostras na SSAO. Ligou-se o oxímetro, aguardou-se 12 minutos para a sua
estabilização, mergulhou-se a ponta da sonda do oxímetro e fez-se a leitura in loco.
Conforme o valor medido, fez-se triplicata para ter a média dos valores. A Figura 9
mostra a etapa de medida de OD realizada para a amostra de efluente.

Figura 9 – Etapa de medida de OD realizada na amostra de efluente

Fonte: Do autor
21

3.5.6 Determinação de óleos e graxas

Mediu-se 250 mL da amostra coletada e transferiu-se para uma proveta


e acidificou-se com solução HCl 1:1. Preparou-se uma solução de Celite 545, na
concentração de 10g/L. Preparou-se um conjunto de filtração a vácuo, com funil
de Büchner e filtrou-se 100 mL da Solução de Celite 545 e logo em seguida, filtrou-se
a amostra já acidificada. Recolheu-se o papel filtro com o celite e o residual da
amostra e colocou-se em um cartucho de extração tampando-o com pérolas de vidro.
Secou-se um balão de fundo chato em estufa a 105 °C, durante 1 hora, esfriou-se em
um dessecador, pesou-se e anotou-se o valor como P1 (peso 1). Colocou-se
200 mL de hexano no balão de fundo chato. Colocou-se o cartucho de extração dentro
do conjunto Soxhlet e conectou-se o balão ao conjunto. Deixou-se em refluxo a
80 °C - 85 °C, durante 4 horas, após a primeira sifonação. Após a extração,
desmontou-se o conjunto de Soxhlet e evaporou-se em capela de exaustão o resto do
solvente na própria chapa do extrator. Secou-se o balão em estufa a 105 °C, esfrio-
se o balão em um dessecador, pesou-se e anotou-se o valor como P2 (peso 2) e
calculou-se a concentração de óleos e graxas. A Figura 10 mostra a etapa de análise
de óleos e graxas realizada para a amostra de efluente.

Figura 10 – Etapa de análise de óleos e graxas realizada na amostra de efluente

Fonte: Do autor
22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após as análises realizadas, obtivemos os resultados das amostras coletadas


para podermos ter um comparativo antes e depois da limpeza do SSAO. As Tabelas
5 e 6 trazem os resultados obtidos das análises das amostras de entrada e da saída
dos efluentes, antes e depois da limpeza do SSAO, respectivamente.

Tabela 5 – Resultados das análises para o efluente antes da limpeza do SSAO


Parâmetros Entrada SSAO Saída SSAO CONAMA
DQO 470,4 mg/L 464,8mg/L 330 mg/L
DBO5 57,5 mg/L 50 mg/L 120 mg/L
PH 7,2 7,1 6,0 a 9,0
Oxigênio Dissolvido 2,66 2,35 -
Óleos e Graxas Totais 75mg/L 59mg/L < = 40 mg/L
Temperatura 21C° 21C° -

Fonte: Do autor

Tabela 6 – Resultados das análises para o efluente após a limpeza do SSAO


Parâmetros Entrada SSAO Saída SSAO CONAMA
DQO 537,32mg/L 283,92mg/L 330 mg/L
DBO5 55 mg/L 37,5 mg/L 120 mg/L
PH 6,82 6,93 6,0 a 9,0
Oxigênio Dissolvido 2,53 2,42 -
Óleos e Graxas Totais 67mg/L 38mg/L < = 40 mg/L
Temperatura 22 C° 22 C° -

Fonte: Do autor

Observou-se após as análises, no comparativo entre o antes e o depois da


limpeza do sistema de separação, que os efluentes das atividades da lavagem, em
seu respectivo sistema separador de água e óleo, encontraram-se dentro dos limites
de lançamento de efluentes estabelecidos pela legislação ambiental do estado do Rio
Grande do Sul. Isso se deve ao fato de que o sistema de separação de água e óleo
23

existente na oficina em estudo é suficiente para a demanda de lavagem que possui o


estabelecimento.

Comparando os resultados das análises das tabelas 5 e 6, o parâmetro que


mais variou depois da lavagem do SSAO foi a DQO, na saída do sistema. A diferença
em relação ao mesmo parâmetro, encontrado na entrada do sistema foi
de 180,88 mg O2/L. Isso ocorreu possivelmente em função da caixa separadora do
sistema de separação estar bem menos contaminada pelo lodo decantado após a
limpeza.

O oxigênio dissolvido foi maior na entrada da SSAO do que na saída, tanto


antes como após a limpeza do sistema, possivelmente devido a coleta ser realizada
durante o expediente da oficina, sendo que há um constante despejo de efluente no
SSAO, resultando numa maior movimentação do efluente.

Óleos e graxas totais ficaram dentro do parâmetro estabelecido, que resulta da


soma dos óleos e graxas minerais e dos óleos e graxas vegetal e animal, sendo sua
soma total de 40 mg/L.

Quanto às análises de pH, todas as amostras apresentaram valores dentro da


faixa de neutralidade, ficando dentro do parâmetro estabelecido que gira entorno de
6,0 a 9,0.

A DBO também atendeu aos parâmetros exigidos pela legislação. Notou-se


uma diminuição dos resultados da amostra de saída feita depois da limpeza da SSAO
se comparada com a amostra de saída antes da limpeza total do SSAO.

5 CONCLUSÃO

Conforme a Resolução CONSEMA nº. 355/2017, o lançamento de efluente do


SSAO do local de estudo após a limpeza, atendeu aos parâmetros exigidos por lei.

Em virtude dos resultados encontrados e das observações realizadas,


surge a ideia principal do presente trabalho, que visa a redução da geração de lodo
contaminado, uma vez que a quantidade deste resíduo encontrado no decantador já
encontrava-se no limite. Conclui-se, sobretudo, que a limpeza do SSAO deve ser
24

monitorada e realizada periodicamente, em menores intervalos de tempo, sendo


efetuada mensalmente,

Sugere-se a construção de um piso com inclinação direcionada para uma caixa


decantadora, com a função de decantar a mistura de água e terra, que será eliminada
das motocicletas apenas com o jato de uma lavadora de alta pressão, sem pulverizar
nenhum tipo de produto de limpeza, denominando a ação de pré-lavagem. Esse lodo
decantado, sem nenhum contaminante, poderá ser descartado em um solo qualquer,
reduzindo a quantidade final, em determinado período, do lodo contaminado que
necessita de destinação especifica.

As melhorias sugeridas no SSAO buscam, sobretudo, uma melhoria nos


parâmetros de qualidade, tendo em vista um provável aumento na demanda de
lavagem de motocicletas na oficina, o que implicará num melhor funcionamento da
estação de tratamento.

REFERÊNCIAS

CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - Resolução CONSEMA nº


355/2017. Publicado no DOE do dia 19/07/2017, p.
5,6,7 disponível em: <http://quimioambiental.com.br/wp-
content/uploads/2017/08/Consema-355-2017-efluentes.pdf>. Acesso em: 3 de out.
2017.

LEPPA, A. Sistema de separação de água e óleo (SSAO) em atividades


automotivas. Centro de Educação Profissional Univates, Lajeado RS, julho de
2015.

SECRON, M. B.; GANDHI G.; FILHO, O. B. Controle da poluição hídrica gerada


pelas atividades automotivas. Centro de Tecnologia Mineral, ed. Rio de Janeiro,
RJ, 74p, 2010.

SEMA – Secretaria Municipal do Meio Ambiente – Município de Marquez de Souza


RS – Consulta em: 6 de set. de 2017.

SMEWW - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater; 22. ed.,
2012.

ZEPPINI INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A. Caixa Separadora de Água e Óleo ZP


5000, Manual de Instrução, Instalação, Operação e Manutenção. 31p, 2013.

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