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UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro


Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Instituto de Psicologia – Departamento de Psicometria

Projeto de Extensão

Prevenção do Uso Abusivo de Drogas


Código: 125

Coordenação: Elza Rocha Pinto (Professora Adjunta)


Professora Adjunta Nível 1
Matrícula de Origem: 00150396
Matrícula Siape: 2168169

Agosto de 2014
PROJETO PREVENÇÃO DO ABUSO DE DROGAS

INTRODUÇÃO

O aumento do abuso de drogas junto à população jovem configura uma


situação que necessita de intervenções urgentes. Este projeto propõe uma ação de
caráter preventivo, para ser desenvolvido em ambiente escolar. O objetivo principal é
fornecer instrumentos para que o próprio colégio venha a desenvolver ações que
envolvam a prevenção do abuso de substâncias psicoativas.
Não existem dúvidas quanto ao fato da droga ser um dos grandes problemas
que as escolas enfrentam atualmente. A ONU tem divulgado pesquisas sobre o uso de
drogas, e o mapa do Brasil revela que 9 milhões de pessoas usam maconha, enquanto
que 1 milhão usam cocaína, droga cujo consumo vem crescendo consideravelmente.
Isto sem falar do álcool e do cigarro, e de outras drogas lícitas.
O desenvolvimento das drogadições vem crescendo principalmente entre os
adolescentes brasileiros, como mostram as pesquisas realizadas pelo CEBRID – Centro
de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Estas pesquisas apontam que 53,7% dos
adolescentes entre 12 e 17 anos já fizeram uso de álcool e que destes, 3,4% já são
dependentes desta droga; 16,8 % já usaram tabaco, e 2,1% são dependentes;
enquanto 4,4% dos adolescentes nesta faixa etária já utilizaram maconha, esta
porcentagem pula para 10,2% se considerarmos a faixa entre os 18 e 24 anos.
Nestas pesquisas, outra informação preocupante diz respeito à facilidade
para a obtenção da droga, pois quase 57% dos adolescentes entre 12 e 17 anos
consideraram ser muito fácil obter algumas drogas, caso assim o desejassem. 6,3%
destes jovens informaram que já tinham sido abordados por alguém querendo vender-
lhes drogas. 23,4% afirmaram terem visto pessoas vendendo drogas nas vizinhanças
nos últimos 30 dias.

JUSTIFICATIVA TEÓRICA
Apesar dos especialistas em álcool e drogas trabalharem com a noção de uma
causalidade complexa, continua existindo uma tendência a recorrer a explicações
reducionistas, que adotam um determinismo parcial. Dentro deste ponto de vista, a
causalidade do consumo indevido de drogas (onde o álcool tem um papel
preponderante) é restrita ao próprio indivíduo, ou ao seu grupo familiar. Com isto
escamoteia-se o fato de que o microcosmo familiar existe dentro de um ecossistema
que inclui outros grupos tão determinantes e produtores quanto mostra ser a
dinâmica familiar. As ideologias, os desequilíbrios, as normas e regras, os interesses
econômicos que regem o modelo de desenvolvimento dominante na sociedade
contemporânea são parte das diversas causas que regem a criação de uma
dependência. No entanto, é muito forte a tendência social de recusar a assumir
responsabilidades pelos “desequilíbrios gerados por sua própria organização”
(OLIVEIRA, 2001:18).
Vivemos numa sociedade altamente competitiva onde o consumo é
incentivado como decorrência de interesses capitalistas que giram em torno de uma
produtividade acelerada. O comentário feito por Birman (1997:10) continua valendo
até hoje em relação à bebidas alcoólicas: “Existe, assim, interesses imensos e
incalculáveis inscritos nos circuitos da produção, da circulação, da distribuição e do
consumo das drogas”. Esse panorama convive com alguns ideais que celebram a
felicidade e a evitação da dor. Não estamos aqui fazendo a apologia do sofrimento. No
entanto, basta ver como alguns problemas humanos foram patologizados em
decorrência dos interesses das indústrias farmacêuticas. Assim, aquilo que
antigamente era vivido como uma tristeza ou luto normal diante da perda de uma
pessoa querida, hoje é combatido com novos medicamentos antidepressivos, ao estilo
do Prozac. Se antigamente uma pessoa era tímida, agora ela sofre de ansiedade
caracterizada como “fobia social”. Frente a esse panorama, Basaglia (1980) pensa que
desta forma algumas questões humanas importantes são evitadas, reprimidas ou
negadas. E, como as necessidades não podem desaparecer sem criar frustrações, elas
são substituídas pelo consumo exagerado e pela busca por vezes frenética de
felicidade e bem estar, através do recurso às drogas. É preciso lembrar que este
consumo tem raízes sociais, sendo sistematicamente reproduzido pela mídia. Os
anúncios de bebidas se multiplicam. Num esquema de feroz competitividade, as
diferentes marcas brigam pelo mercado através de verdadeiras obras primas de
propaganda. Algumas são tão virulentas, que o Ministério da Saúde se vê compelido a
tirá-las do ar. Um exemplo foi a interferência do CONAR (Conselho de
Autorregulamentação Publicitária) proibindo a campanha da cerveja Devassa, feita por
Paris Hilton. Outro exemplo mais ou menos recente foi a proibição do samba cantado
por Zeca Pagodinho – cantor popular de grande sucesso – em que a letra apela para
valores que calam fundo na alma do brasileiro. Ao ritmo de um samba contagiante,
escutou-se um novo perfil atribuído ao cidadão trabalhador: “ser guerreiro”, “ser
brasileiro” e “ser brahmeiro”. Embutida está a mensagem para as mentes e corações
dos adolescentes que “para ser um adulto que saiba enfrentar obstáculos e ser um
bom brasileiro você tem que aprender a beber” .
Na esteira do que ocorreu em relação ao tabaco, as novas regras do
Ministério da Saúde passaram a exigir a presença de avisos de cautela nos anúncios de
bebidas. Entretanto o mantra “beba com moderação” é silencioso, e causa muito
pouco impacto se comparado com a capacidade de contaminação e sugestão que a
festa provoca nas mentes daqueles que recebem a mensagem veiculada na
propaganda. Principalmente quando o incentivo à festa vem defendido por figuras
públicas de alto apelo popular, como Ivete Sangalo, ou mesmo Dunga, o atual técnico
da Seleção Brasileira.
Diante desta realidade, é impossível não nos preocuparmos com a questão da
prevenção primária. O desenvolvimento de ações que procurem deter o processo de
crescimento do uso, e do abuso de drogas (lícitas e ilícitas) entre os adolescentes é de
fundamental importância. A escola, segundo pesquisa realizada pela Secretaria
Especial de Prevenção do Abuso de Drogas (RJ), é o segundo segmento de maior
credibilidade junto aos jovens, sendo o primeiro a família. A ação preventiva pode
tornar-se mais eficaz, se existir uma solidariedade de objetivos por parte das pessoas
que constituem o meio ambiente no qual está inserida o adolescente. Neste sentido,
uma ação conjunta da família aliada à escola com certeza poderia potencializar os
fatores de proteção contra o abuso de substâncias.
Com a reformulação da lei anti-drogas, em 1998, a prevenção é uma
prioridade dentro das políticas públicas brasileiras. O presente projeto foi
desenvolvido dentro desta perspectiva, na medida que pretende colaborar para a
ampliação das ações preventivas, tendo como objetivo principal a formação de
multiplicadores para a prevenção do abuso de substâncias psicoativas. Como
complemento de pesquisa, o projeto pretende levantar normas, ideais e valores
presentes no adolescente, de forma a traçar um perfil mais preciso dos fatores de risco
e de proteção relacionados com o abuso de drogas e/ou a drogadição.
RESUMO DO PROJETO

1. OBJETIVO GERAL

 Trabalhar dentro do marco da prevenção primária, colaborando para retardar o


uso e diminuir o risco de abuso das substâncias psicoativas junto aos adolescentes.
 Formar multiplicadores de prevenção primária em relação ao abuso de
substancias;

2. PÚBLICO ALVO
 Alunos do 2º. Segmento do Ensino Fundamental (entre 11 e 16 anos);
 Alunos do Ensino Médio (entre 16 e 20 anos);
 Professores e responsáveis por estes alunos.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1 Levantar valores de forma a traçar o perfil de como o usuário de drogas é


percebido pelos participantes da pesquisa;
2 Identificar os fatores de proteção e os fatores de risco para o consumo abusivo
e/ou dependência;
3 Pesquisar técnicas gráficas que possam colaborar no diagnóstico da
dependência de substâncias psicoativas e/ou na identificação do abuso.

4. METODOLOGIA

Após os contatos preliminares com a direção da escola, o ideal seria que o


projeto fosse apresentado também para professores e responsáveis, em uma reunião
geral. A metodologia se divide em dois momentos principais. A primeira fase do
projeto é dedicada a uma pesquisa sobre questões vinculadas com o uso de drogas. Ela
inclui a administração de alguns questionários objetivos, e técnicas gráficas. Para isto,
os participantes serão informados sobre os objetivos do projeto, solicitando-se que os
familiares assinem um termo de consentimento sobre a participação de seus filhos
neste projeto. Após estes contatos preliminares, será possível dar início à primeira fase
do projeto, que inclui a realização de levantamentos sobre a temática das drogas,
através da aplicação de questionários objetivos.
Ainda dentro deste primeiro momento, o projeto focaliza os alunos do 2º.
Segmento do Ensino Fundamental. Nesta etapa, o participante deverá responder a
dois questionários objetivos: a) Questionário sobre Fatores de Risco e de Proteção
(Anexo-2) e b) Questionário de Valores. Em seguida serão administradas as técnicas
gráficas que consistem na realização de alguns desenhos. Ao final de cada desenho,
será pedido que cada adolescente relate uma pequena história. Por exemplo, no teste
do Desenho do Animal, o aluno vai precisar explicitar que animal foi desenhado, quais
suas qualidades e defeitos principais e porque aquele animal foi escolhido para ser
desenhado. Estas respostas vão auxiliar a definir melhor um quadro de valores
(prestigiados e rejeitados). Será solicitado que o participante indique um animal que,
em sua opinião, poderia representar um usuário de drogas, pedindo-se para que ele
justifique esta eleição. Também em relação ao outro desenho, após seu término, o
participante será solicitado a construir uma pequena história explicativa da situação
desenhada. Em relação à esta segunda técnica gráfica, o Desenho de uma Pessoa na
Chuva, será solicitado apenas que cada participante elabore uma pequena história
sobre seu desenho. O levantamento dos valores junto aos adolescentes tem como
objetivo verificar quais são os ideais mais comuns nesta faixa etária, além de procurar
definir características e qualidades normalmente atribuídas ao usuário de drogas. Este
mapeamento permitirá identificar que valores funcionam como aqueles fatores de
proteção que poderiam evitar a constituição do abuso de substâncias psicoativas, e a
instalação de dependências químicas.
Ao final deste processo, será dado espaço para que o participante expresse
alguma coisa a mais, ou retire dúvidas sobre o processo da pesquisa.
Na segunda fase, o projeto passa então a desenvolver ações de caráter
preventivo, através de dinâmicas de grupo realizadas com os alunos. O objetivo destas
intervenções será permitir a livre circulação do pensamento sobre a questão das
drogas, em paralelo com o acesso a informações objetivas sobre os efeitos e
consequências de cada droga. Isto será feito através de diversos recursos. Dependendo
do funcionamento e da dinâmica da escola, as atividades desta etapa podem incluir
uma ou mais das atividades abaixo:
1. Transmissão de informações básicas sobre os efeitos físicos e consequências
psicológicas do uso de drogas, através de palestras realizadas pelos bolsistas e
outros membros da equipe e, se possível, com ex-dependentes, cujos
depoimentos sempre provocam muito impacto.
2. Projeções de exposições informativas (Power-Point), sobre textos considerados
de fácil assimilação;
3. Projeção e discussão de filmes relevantes sobre dependência química, que
produzam um forte impacto (como Diário de um Adolescente, O Vôo, Kids, ou o
seriado inglês Absolutely Fabulous, que discute o uso do tabaco e do álcool, e
outros semelhantes);
4. Projeção da propaganda veiculada nas TVs, com debate crítico sobre sua
eficácia junto aos jovens (como por exemplo, a associação feita entre “ser
brasileiro”, “ser guerreiro” e “ser brahmeiro”);
5. Montagem de uma home-page, blog ou Facebook construída em torno da
temática das drogas, organizada pelos próprios alunos;
6. Proposta da montagem de pelo menos de um recurso preventivo, também
elaborado pelos alunos, e que estão descritos a seguir:
Cartazes: com temas vinculados às drogas e a prevenção do abuso;
Peça de teatro: idealizada, escrita e montada pelos alunos, e que seriam
apresentadas na escola;
Organização de um jornalzinho com texto e edição dos próprios alunos;
Vídeos de curta duração (com roteiros abordando a temática do abuso de
drogas, e montagem feita pelos próprios adolescentes);
7. Incentivo à realização de eventos comemorativos anti-drogas, que sejam
organizados pelos alunos – como “Semana Anti-Drogas”, e realização de
atividades diversas, incluindo contato com lideranças positivas (artistas, atletas,
etc.), eleitos em pesquisa prévia;
8. Organização de atividades, que possam permitir o desempenho de papéis pelos
adolescentes, e que venham a fortalecer os valores positivos, levantados pela
sondagem inicial;
9. Divulgação e disponibilização do material produzido;
10. Divulgação pelos alunos destes materiais em outros espaços (clubes, outras
escolas, etc.).
Algumas destas atividades são pertinentes aos alunos, outras devem ser
dirigidas aos pais, enquanto que outras só seriam possíveis com o engajamento de
todo o colégio. Por isto, mesmo que as dinâmicas de grupo sejam realizadas pela
equipe do projeto, a colaboração dos pais e professores seria muito importante. A
aliança com os pais é indispensável, e eles devem ser sensibilizados a participarem da
equipe responsável pelos futuros projetos preventivos. Por isto o projeto pretende
também a inclusão dos pais em grupos, para discussão da temática das drogas, caso
isto seja de interesse da escola.
Em sua última fase o projeto contempla uma avaliação de seus resultados,
através de uma sondagem entre todos os participantes: educadores, pais, funcionários
e alunos. Esta avaliação final tem um objetivo duplo: devolver os resultados em uma
reunião geral, e levantar as falhas na execução do projeto, de forma a melhorar seu
desenvolvimento em uma próxima etapa.

5. METAS A SEREM ATINGIDAS

COM A COMUNIDADE ESCOLAR

 Sensibilizar a comunidade escolar (alunos, professores e pais e/ou responsáveis)


para a questão do abuso das drogas, seus efeitos e sua prevenção;
 Atender as demandas oriundas da comunidade, fazendo encaminhamentos,
quando necessário;
 Colaborar com a equipe preventiva na escola (professores, funcionários, familiares
e alunos).

COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

 Implementar ações de prevenção do abuso de drogas, voltadas para adolescentes,


buscando fortalecer através de debates, informações e técnicas de dinâmica de
grupo, os fatores de proteção contra o abuso de drogas.
 Fortalecer o protagonismo dos alunos do Ensino Fundamental em relação ao
processo de prevenção do uso e abuso de drogas;
 Incentivar os alunos a produzirem materiais de caráter preventivo, que possam ser
posteriormente distribuídos ou divulgados em suas comunidades.
 Capacitar os adolescentes para a multiplicação das ações de prevenção.

COM OS PROFESSORES DAS ESCOLAS

 Dependendo do interesse da escola, capacitar professores e responsáveis em


relação à prevenção do uso abusivo;
 Articular com os professores e familiares, a formação de equipe de prevenção, caso
a escola ainda não conte com esta equipe;
 Incentivar os componentes desta equipe a oferecer fundamento para que os
alunos se transformem em multiplicadores da prevenção contra o abuso das
drogas.
 Colaborar com os professores no sentido de investir em uma perspectiva de
transversalidade, em relação à temática das drogas;

COM OS ALUNOS DE PSICOLOGIA QUE PARTICIPAM DO PROJETO


• Colaborar para a formação do aluno de Psicologia não apenas como protagonista de
uma ação de intervenção junto à comunidade, mas também como futuro profissional
e pesquisador no campo da Psicologia;
• Permitir que o aluno aplique conhecimentos já adquiridos no curso de Psicologia;
• Incentivar a produção de pesquisas e artigos que possam solidificar e aumentar o
conhecimento adquirido no curso de graduação.

6. CRONOGRAMA
Observação: O cronograma das fases, apresentado aqui, pode sofrer variações. Ele
apenas serve como uma intenção de agenda, oferecendo indicativos de duração
provável para cada etapa da presente pesquisa.

Em Laranja: Primeira Fase do Projeto (Revisão bibliográfica, leituras


complementares)

Em Vermelho: Primeira Fase do Projeto (Entrevistas para aplicação do


Questionário e das Técnicas Gráficas)

2ª. Fase: Dinâmicas de Grupo com os alunos do Ensino Fundamental

Resultados (1ª. e 2ª. fase)

MESES
ETAPAS DO PROJETO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Apresentação do Projeto
Entrevistas Questionário de Valores
Entrevistas para Técnicas Gráficas
Dinâmicas com os Alunos
Relatórios para as Instituições envolvidas
Análise dos Resultados Pesquisa
Redação de Artigos
Revisão final dos Resultados
Avaliação da Pesquisa
Referencias Bibliográficas

1 BAPTISTA, M. (Org.); CRUZ, M. S. (Org.); MATIAS, R. (Org.) (2003). Drogas e pós-


modernidade: prazer sofrimento tabu. 1. ed. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2003.
2 BAPTISTA, MARCOS e INEM, CLARA, organizadores (1997) – Toxicomania: uma abordagem
multidisciplinar. NEPAD/UERJ: Sette Letras.
3 CEBRID IV (1997) - Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas –
Levantamento sobre o Uso de Drogas entre Estudantes do 1º. e 2º. graus em 10 Capitais
Brasileiras. São Paulo, SP: Universidade Federal de São Paulo, 1997
4 CRUZ, MARCELO SANTOS e FERREIRA, SALETE MARIA BARROS - Determinantes
socioculturais do uso abusivo de álcool e outras drogas: uma visão panorâmica. em Álcool e
Drogas – usos, dependências e tratamentos. Rio de Janeiro: Edições IPUB – CUCA.
5 CRUZ, M. S. . Considerações sobre possíveis razões para a resistência às estratégias de
redução de danos. In: Oscar Cirino; Regina Medeiros. (Org.). Álcool e outras drogas: escolhas,
impasses e saídas possíveis. 1ed.Belo Horizonte: Autêntica, 2006, v. 1, p. 13-24
6 CRUZ, M. S. . Práticas médicas, toxicomanias e a promoção do exercício da cidadania. In:
Gilberta Acselrad. (Org.). Avessos do Prazer: drogas, Aids e direitos humanos. 2ed.Rio de
Janeiro: Editora Fiocruz, 2005, v. 1, p. 277-288
7 CRUZ, M. S. . Redução de Danos, Prevenção e Assistência. In: Presidência da República -
SENAD. (Org.). Prevenção ao uso indevido de drogas: Capacitação para Conselheiros e
lideranças Comunitárias. 3ed.Brasilia: , 2010, v. , p. 175-192
8 HEALTHY COMMUNITIES – HEALTHY YOUTH – A abordagem dos Valores - Dando às
crianças o que elas necessitam para serem bem sucedidas. Minneapolis/USA: Search Institute,
1997.
9 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: terceiro e quarto ciclos: introdução aos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998
10 MINISTÉRIO DA SAÚDE & MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - Guia para a Formação de
Profissionais de Saúde e de Educação - Saúde e Prevenção nas Escolas. Ministério da Saúde e
Ministério da Educação. UNESCO. UNICEF. UNFPA.
http://www.unicef.org/brazil/pt/SPE_Guia_Formacao.pdf?gclid=CPGd0tecr7kCFeZxQgodfjgAoA
11 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de
DST/AIDS. Boletim Prevenir é sempre melhor. Programa Um Salto para o Futuro. Brasília:
Ministério da Saúde, 199
12 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de DST e
Aids. Sexualidade, prevenção das DST/Aids e uso indevido de drogas. Diretrizes para o trabalho
com crianças e adolescentes. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2000
13 NOTO, ANA REGINA; BAPTISTA, MURILO C.; FARIA, SILENE T.; NAPPO, SOLANGE A.,
GALDURÓZ, JOSÉ CARLOS F., CARLINI, ELISALDO A. - Drogas e saúde na imprensa
brasileira: uma análise de artigos publicados em jornais e revistas. Cad. Saúde Pública vol.19
no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2003; Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas, Departamento de Psicobiologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade
Federal de São Paulo.
14 ROCHA PINTO, ELZA (2010) – Alcoolismo Feminino – conhecer para prevenir. Tese de
Doutorado, defendida em 2010, junto ao curso de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da
Mulher, no Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz. Orientação de Maria Cecília
Minayo.
Anexo-1
Termo de Compromisso com a Escola

Caso este projeto seja acatado pelo Conselho Pedagógico da Escola, nós nos
comprometemos a manter estreito contato com a Direção durante todas as fases de sua
implementação.

Na verdade, como pode ser visto, a realização do projeto depende de um


engajamento dos professores e funcionários. Sendo assim, acreditamos que todos que
quiserem terão oportunidade de acompanhar de perto o desenrolar deste projeto, que propõe
uma prática de envolvimento e interação constante com todo o pessoal do Colégio. Neste
sentido, esperamos receber sugestões e orientações por parte de todos que puderem
participar de uma forma mais próxima da realização deste projeto preventivo.

Elza Rocha Pinto


Coordenadora do Projeto Prevenção ao Abuso de Drogas
Instituto de Psicologia – U.F.R.J.
Anexo – 2
Fatores de Risco

A lista a seguir contém fatores de risco, que são comumente observados para abuso
de drogas na adolescência. Pedimos que você marque os fatores que você considera
altamente associados ao abuso de drogas na adolescência, marcando também
aqueles que você considera moderadamente associados ao abuso de drogas na
adolescência.
Além disto, pedimos que você organize a lista, numerando os fatores que você
considerar mais importantes. Numere em ordem decrescente, colocando o número 1
no fator que você acha que tem maior peso na determinação do abuso de drogas.

Fator de Risco Altamente Moderadamente


associado Associado
Baixa auto-estima
Colega usuário de drogas
Irmão usuário de drogas
Ausência de uma rede social de apoio ao usuário de
drogas
História de problemas de aprendizagem
Ausência de religião
Início precoce da atividade sexual
Sociedade altamente competitiva, gerando
frustrações financeiras, pelas altas concentrações de
renda
Desemprego ou empregos temporários
Má qualidade dos serviços assistenciais ao usuário
de drogas
Aumento da violência
Baixa escolaridade
Falta de qualificação profissional
Desigualdade na distribuição da riqueza
Pouca frequência nas aulas (muitas faltas)
Brigas ou desavenças na escola
Ausência de atividades esportivas
Ausência de vínculos com clubes ou associações
recreativas
Insatisfação consigo mesmo; sensação de ser falho
ou incapaz
Pais separados e/ou divorciados
Pais que usam regularmente álcool/drogas
Pais que têm dificuldade em assumir
responsabilidades
Amigos ou colegas que são usuários, delinquentes,
ou traficantes
História de transtorno alimentar
História de furtos em lojas
Histórias recentes e violência física (bateu ou atacou
outra pessoa)
Vítima de abuso sexual
Vítima de abuso físico
Insatisfação com a vida pessoal
História de comportamento suicida
Impossibilidade de falar com os pais sobre problemas
pessoais
Pais que não conversam com os filhos sobre os
perigos do uso
Pais que não se incomodam com o uso de drogas do
filho
Sentir-se ansioso muitas vezes
Trabalha pelo menos 20 h ou mais por semana
Histórico de danificação ou destruição de propriedade
Ausência de emprego
Facilidade do acesso
Propaganda veiculada pelos jornais e revistas
Formação insuficiente dos profissionais que lidam
com os jovens

Imagine que você está planejando um livro de ajuda para a prevenção do abuso de
drogas, intitulado “Cinco passos para ajudar seu filho a dizer NãO ÀS DROGAS. Um
guia para os pais”. Quais os cinco passos que você descreveria?

Imagine que você está planejando um livro de prevenção intitulado “Cinco passos
para ajudar os alunos a dizer NÃO: um guia para educador”. Quais cinco passos você
descreveria.

Imagine que você foi solicitado/a planejar um livro guia de prevenção com o título
“Cinco passos para a efetiva prevenção comunitária do uso de álcool e drogas na
juventude: Um guia para o líder comunitário”. Quais cinco passos você descreveria?

Imagine que você foi encarregado para planejar uma estratégia preventiva que será
aplicada no colégio (associação de bairro) contra o abuso de drogas. Como seria seu
planejamento?
Anexo – 3
Questionário dos Valores

Nome:
Idade:
Turma:

1. Diga duas características que você pensa serem necessárias para conseguir sucesso em sua vida afetiva e
emocional?
_____________________________________________________________________________________
2. Diga duas características que você pensa serem necessárias para conseguir sucesso em sua vida
profissional?
_____________________________________________________________________________________
3. Diga duas características que você pensa serem necessárias para conseguir sucesso em sua escola?
_____________________________________________________________________________________
4. Diga duas características importantes para você ter um bom relacionamento...
a) Com seus pais?
__________________________________________________________________________________
b) Com seus irmãos?
__________________________________________________________________________________
c) Com seus parentes mais próximos?
__________________________________________________________________________________
d) Com seus
amigos?___________________________________________________________________________
e) Com seus
professores?________________________________________________________________________
f) Com seus colegas de
turma?____________________________________________________________________________
g) Com seu(sua)
namorado(a)?_______________________________________________________________________
5. Qual seu maior exemplo na família? Por quê?
_____________________________________________________________________________________
6. Qual a pessoa de sua família que foi bem sucedida...
a) Com os
parentes?__________________________________________________________________________
b) Com o emprego?
__________________________________________________________________________________
7. Além de seus familiares, qual a pessoa que você mais admira? Cite duas características para justificar.
_____________________________________________________________________________________
Qual o professor que você mais gosta? Cite duas características para justificar.
_____________________________________________________________________________________
Qual o colega que você mais gosta? Cite duas características para justificar.
_____________________________________________________________________________________
Qual o atleta que você mais gosta? Cite duas características para justificar.
_____________________________________________________________________________________
Qual o artista que você mais gosta? Cite duas características para justificar.
_____________________________________________________________________________________
8. Se você pudesse trocar de lugar com alguém, quem gostaria de ser? Cite duas características para
justificar.
_____________________________________________________________________________________
9. Se você pudesse ser uma celebridade ou ídolo, quem gostaria de ser? Cite duas características para
justificar.
_____________________________________________________________________________________
10. Diga dois defeitos que você pensa levarem alguém ao fracasso?
_____________________________________________________________________________________
11. Diga duas condições que ajudam uma pessoa a tomar boas decisões e escolher caminhos positivos.
_____________________________________________________________________________________
12. Diga dois fatores que podem atrapalhar alguém na hora de tomar decisões importantes.
_____________________________________________________________________________________
Anexo - 4
Questionário para Pais

Este questionário deve ser realizado presencialmente, com os pais que aderirem à
programação. Mesmo assim, não haverá obrigação de resposta por parte dos
responsáveis. Sua resposta será opcional.

1. Você já usa ou já usou drogas? Que tipo, e por quanto tempo?

2. Se você já usou, saberia identificar o motivo?

3. Você ainda usa drogas, hoje em dia? Que tipo e com que frequência?

Tipo Uso
1 vez por ano 1 vez por 1 vez por mês 1 vez por 1 vez por 1 vez ou mais
semesre semana semana por dia

7. Com que idade usou pela primeira vez?

8. Você tem filhos? De que idade?

9. Se você usa drogas, seus filhos estão a par desta atividade? O que eles
acham?

10. Seu filho usa ou já usou drogas? Quais? Por quanto tempo?
Anexo – 5

Questionário para Educadores e Funcionários

Observação: A ser respondido de forma anônima pelos funcionários que se


dispuserem a participar da pesquisa. Fica à critério da escola eliminar
ou fazer alterações nas perguntas.

1. Qual sua opinião a respeito de drogas, em geral?

2. Qual sua opinião a respeito das drogas abaixo:

Álcool
Maconha
Cocaína
Crack
Ecstasy
Heroína
Anfetaminas
Tabaco
Outras

2. Você conhece adolescentes que usem drogas? Quantos? Que tipo de drogas?

3. Por favor, descreva um típico adolescente usuário de drogas, usando cinco


qualificativos. Se quiser, você pode atribuir mais de cinco adjetivos em sua
descrição

4. Agora descreva um adolescente típico, não usuário, usando também cinco


qualificativos. Querendo, você pode atribuir mais de cinco adjetivos para sua
descrição.

5. Sua escola/associação está enfrentando (ou já enfrentou) algum problema de


abuso de drogas?

6. Em sua opinião, o que faz um adolescente usar drogas?

7. Em sua opinião, o que faz um adolescente que experimentou drogas por


necessidade de aventura, novidades, curiosidade, ou outro motivo qualquer,
acabar se tornando um dependente químico?

8. Em sua opinião, quais são as drogas mais usadas pelos adolescentes?


Baseado em que você tem esta idéia?

9. Em sua opinião, quais são as drogas que tem maior poder para provocar a
dependência, e por que?

10. Em sua opinião, o que pode levar um adolescente resistir ao consumo de


drogas?

12. Qual sua opinião sobre as medidas tomadas pelo Governo em relação ao
combate de drogas?

13. Em sua opinião, o que poderia diminuir o risco do abuso de drogas entre os
adolescentes?

14. Quais as medidas tomadas por sua escola para evitar o consumo de drogas
entre os alunos?

15. Como funcionam as estratégias de prevenção em sua escola (associação de


moradores, clubes)?

16. Qual seu papel nestas atividades?

17. Você considera estas medidas suficientes para evitar o risco do abuso de
drogas?

18. O que você modificaria nestas estratégias?

19. Existe algum programa de qualificação profissional oferecido aos professores


de sua escola? Os temas abordam a questão das drogas?

20. Você sente falta de algum tipo de informação para melhorar a qualidade de sua
intervenção nas estratégias de prevenção do uso de drogas? Especifique.

21. A escola (associação de moradores/clubes) tem alguma programação anual


que desenvolva programas anti-drogas (“droga de dia”, “semana da saúde”,
etc.)

22. A escola costuma programar palestras abordando o tema das drogas? Com
quem?

23. Quais as estratégias adotadas em relação aos pais, relacionadas com o tema
das drogas?

24. Você já usou drogas alguma vez? Que tipo e por quanto tempo?

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