Sie sind auf Seite 1von 7

Eficiência Energética em Motores Elétricos

Trifásicos de Indução
Aluno: Ronaldo Lewicki Cunha Mello
Orientador: Engenheiro Fábio Marinato de Viveiros
Coorientador: Prof. Msc. Cláudio C. Prado

Abstract—There are three-phase induction motors of various colocando um motor com uma potência maior que a necessá-
powers, but it is necessary to choose the right engine for the right ria, sem se preocupar com o desperdício de energia. Outros
charge. To achieve is necessary to know the behavior of the charge fatores que influenciam no rendimento são o acoplamento
when the motor is activated. When the engine is in operation, with
graphics provided by the manufacturer, it’s very easy to measure mecânico, o desalinhamento, a tensão inadequada das correias
the current that is consuming and the behavior, but in a factory, e a falta de limpeza e lubrificação. O rendimento pode então
you have to take care when turn on the engines. Else If multiple ser melhorado sem onerar as indústrias.
motors are operated simultaneously exceed the energy demand,
which was defined by the distribution utility. For larger engines is II. DIMENSIONAMENTO
used for loading frequency inverters triangle or star system, which
reduces the peak current. With the advancement of technology O dimensionamento do motor deve ser definido estudando o
engines are increasingly efficient, consuming less. que a carga exige. Existem motores de vários tipos que aten-
Keywords: three-phase induction motor; energy efficiency. dem a uma gama muito grande de cargas, além do acoplamen-
Resumo—Existem motores trifásicos de indução de várias po- to que expande ainda mais suas aplicações. Basicamente,
tências, mas é necessário escolher o motor certo para a carga certa. devem ser definidas a potência, a velocidade, a tensão de ali-
Para conseguir este objetivo é necessário saber o comportamento mentação e a classe de isolamento. O motor deve fornecer o
da carga quando o motor é acionado, ou seja, o conjugado. Quando torque exigido pela carga, também chamado de conjugado,
o motor está em operação, com gráficos fornecidos pelo fabricante, porém este varia com a rotação conforme mostrado na figu-
é fácil medir a corrente que está consumindo e avaliar o compor- ra 1. O torque acelerante é o conjugado resultante da diferença
tamento. Numa fábrica, tem que se tomar cuidados no acionamento entre o torque produzido pelo motor e torque resistente da
de motores. Se vários motores forem acionados ao mesmo tempo a
carga, capaz de acelerar a carga até que atinja a rotação nomi-
demanda de energia, definida com a concessionária de distribuição,
pode ser ultrapassada. Para motores de maior potência são utilisa- nal. Neste ponto, o conjugado do motor é igual ao conjugado
dos inversores de frequência ou sistema estrela triângulo no acio- da carga. Pelo gráfico da figura 1 pode-se notar que se a carga
namento, diminuindo o pico de corrente. Com o avanço da tecnolo- for aumentada, a velocidade tende a diminuir, devido ao escor-
gia os motores estão cada vez mais eficientes e, portanto, consu- regamento. Na medida em que a carga aumenta o escorrega-
mindo menos. mento também aumenta, aumentando o torque do motor até
Palavras chave: Motor trifásico de indução; Eficiência energé- atingir seu valor máximo. Neste processo haverá um sobrea-
tica. quecimento do motor e, a partir deste ponto, se a carga não for
retirada, o conjugado diminui rapidamente provocando o tra-
I. INTRODUÇÃO vamento do motor.
O motor de indução trifásico é o mais utilizado pelas indús-
trias, pois é robusto, de alta confiabilidade, de boa eficiência,
reage bem a variações de carga e tem baixo custo. Por ser
muito utilizado pelas indústrias, calcula-se que esses motores
consumam 25% de toda a energia produzida no Brasil. [1]. Se
o rendimento destes motores, aumentar em 0,5%, a economia
equivalerá à energia produzida por uma usina geradora de
120 MW, ou seja, um investimento em torno de duzentos
milhões de dólares [2]. Aumentar a eficiência dos motores
sobredimensionados já é uma economia muito grande, pois
pesquisas mostram que no Brasil cerca de 40% estão nesta
situação [3]. A falta de conhecimentos técnicos das caracterís-
ticas da carga é o maior problema para o dimensionamento do
motor. Usa-se normalmente aumentar o fator de segurança,
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Nacional de Teleco- Fig. 1. Conjugado da aceleração com a carga. [4]
municações, como parte dos requisitos para a obtenção do Certificado de Pós- É importante observar que a temperatura não deve ultrapas-
Graduação em Engenharia de Sistemas Eletrônicos, Automação e Controle sar a especificada pelo fabricante. Se o acoplamento entre o
Industrial. Orientador: Prof. Cláudio C. Prado. Trabalho aprovado em 05/2013.
motor e a carga for direto, o conjugado do motor é igual ao
conjugado da carga e a potência do motor pode ser calculada
pela equação:

2π × nc × C cn
P = (1)
60

nc = Rotação nominal da carga (RPM).


C cn = Conjugado nominal da carga (Nm).

Para calcular o rendimento do acoplamento usa-se a seguin-


te equação:

Pc
η = (2)
ac Pn Fig. 2. Rendimento, fator de potência, corrente e escorregamento do motor em
função da potência fornecida. [5]
Onde:
η ac = Rendimento do acoplamento motor-carga. O ideal é que o carregamento do motor fique acima de 75%
Pc = Potência transmitida à carga (W) pois nem sempre o rendimento máximo é o valor nominal do
Pn = Potência nominal do motor (W) motor.

A. Cálculos do carregamento. B. Correção do fator de potência.

O carregamento é definido como a quantidade de potência O fator de potência de um motor pode ser corrigido insta-
que o motor fornece a carga. Para avaliar o carregamento do lando um banco de capacitores em paralelo, junto de sua ali-
motor, mede-se a corrente elétrica durante uma operação nor- mentação. Para se calcular o banco de capacitores necessário
mal de trabalho e no gráfico fornecido pelo fabricante para deve-se saber qual a potência reativa o motor está utilizando e
aquele motor específico, analisando, assim, o percentual da calcular uma carga capacitiva capaz de neutralizar o excesso.
potência fornecida em relação à nominal. Outros fatores tam- Na prática usa-se uma tabela fornecida pelo fabricante [5],
bém podem ser estudados como o percentual de rendimento, o procedendo da seguinte forma: Na coluna “Fator de potência
fator de potência e o escorregamento. No gráfico da figura 2 é original” seleciona-se a linha que está com o fator de potência
mostrado um exemplo. desenvolvido pelo motor. Procura-se na coluna “Fator de
potência desejado”, o fator de potência que o motor apresenta-
Características do motor: rá após a correção. No encontro da linha com a coluna esco-
lhida obtém-se o fator “F” para ser aplicado na equação (3):
• Potência: 100 cv
P × 0,736 × F × 100
• 4 pólos kVAR = (3)
• Fabricante: WEG η
• Data de fabricação: 01/07/2008
• Linha de produto: Alto Rendimento Plus Onde:
• Tensão de alimentação de 440 V
kVAR = Potência trifásica do banco de capacitores a ser ins-
A corrente de trabalho medida foi de 61,5 A e conforme o talado.
gráfico a corrente nominal é de 120 A. O valor da potência P = Potência nominal do motor (cv)
fornecida pelo motor é 28% do valor nominal (carregamento) F = Fator obtido na tabela [5].
e o rendimento 89%. Se for utilizado um motor, de 25 CV de η = Rendimento do motor.
potência, para acionar a mesma carga, a corrente deste novo
motor será 32,4 A, reduzindo o consumo de energia elétrica O fator de potência de um motor pode ser conseguido com
quase pela metade. Neste mesmo gráfico ainda pode ser visto um medidor de consumo de energia ou com a utilização de um
o fator de potência do motor de 100 CV, que fica em torno de osciloscópio. Com o osciloscópio basta medir o ângulo de
0,5. É um fator de potência muito baixo e indica que o motor defasagem entre a tensão e corrente e calcular o cosseno deste
está trabalhando com muita energia reativa. Isto deve ser cor- ângulo.
rigido pois, se no total do consumo da indústria o valor do
fator de potência ficar abaixo de 0,92, a empresa supridora de C. Processo dinâmico da carga.
energia penaliza com o custo mais alto da energia indutiva.
A carga muitas vezes tem comportamento que varia com a
velocidade, podendo exigir do motor mais ou menos potência.
Pode também ter um regime de funcionamento como partidas
e acelerações repetitivas, sendo muitas vezes necessário um C = C + K ×n (6)
motor com maior potência para suportar esses esforços. o c
Para analisar o comportamento dinâmico da carga utilisa-se
a equação (4):

x
C =C +k ×n (4)
o c

Onde:
C = Conjugado resistente da carga (Nm).
Co = Conjugado da carga para rotação zero (Nm).
K c = Constante que depende da carga.
n = Rotação da carga (RPM).
x = Parâmetro dependente da carga, pode assumir os valores
-1, 0, 1, e 2.

Nessa equação o conjugado varia com a rotação da carga e


Fig. 4. Conjugado Linear. [4]
tem um comportamento diferente para cada valor de x. Nos
gráficos a seguir pode ser visto o comportamento conjugado
resistente da carga e o comportamento da potência – P – com Exemplo de cargas com conjugados lineares: compressor a
o aumento da rotação do motor. pistão.

Conjugado Constante, quando x = 0. Conjugado Quadrático, quando x = 2.

Neste caso, n༝ = 1, então o conjugado da carga, não O conjugado depende da rotação ao quadrado e a potência
ao cubo.
depende da rotação do motor. O conjugado é constante e a
2 (7)
potência cresce linearmente com o aumento da rotação. C = C + K ×n
o c

C = c + k (5)
o c

Fig. 5. Conjugado Quadrático.[4]

Exemplo de carga com conjugado quadrático: bombas cen-


Fig. 3. Conjugado Constante. [4] trífugas e ventiladores.

Conjugado Hiperbólico, quando x = -1.


Pode-se citar como exemplo de cargas com conjugados
constantes: guindastes, transportadores contínuos, bomba a
pistão e britadores. Neste tipo de carga a constante Co pode ser considerada
nula. O conjugado diminui com a rotação do motor e a potên-
cia permanece constante.
Conjugado Linear, quando x = 1. K
c (8)
C =
n
O conjugado depende linearmente da rotação da carga e a
potência cresce ao quadrado.
IV. EFICIÊNCIA DOS MOTORES
O motor elétrico trifásico de indução converte energia elé-
trica em energia mecânica. Como toda conversão de energia,
existem perdas fixas que acontecem durante o funcionamento
e perdas variáveis que dependem do carregamento.
A corrente elétrica circulando pelo estator e pelo rotor pro-
voca o aquecimento do motor, resultado em perdas Joule. Há
também as perdas por histerese, que são devido à constante
reorientação do campo magnético, ao trocar o sentido da pola-
ridade. Há as perdas de Foucault, que são devido às correntes
induzidas no interior do material magnético, e ainda as perdas
por atrito nos rolamentos que fixam o eixo no motor. Além
dessas, existem ainda perdas por ventilação, que são devido ao
Fig. 6. Conjugado Hiperbólico. [4] atrito do ar com as palhetas do ventilador, normalmente insta-
ladas no eixo do motor. Podem ocorrer perdas por imperfei-
Exemplos de carga com conjugado hiperbólico: bobinadora ções na distribuição do fluxo magnético e outras que não fo-
de papel ou pano e descascadeira de toras. ram classificadas.
O importante é que o motor esteja bem dimensionado e para
conseguir isto, o motor deve ser analisado em vários itens. Por
III. ACIONAMENTO DE MOTORES exemplo, se a tensão de alimentação é igual a tensão nominal.
A medida da tensão deverá ser feita com o motor em movi-
O consumo elétrico dos motores durante o acionamento di-
mento e se estiver diferente deve ser corrigida. A primeira
reto é muito maior que no funcionamento normal. As indús-
trias, para solicitar energia à concessionária, têm que fazer coisa a verificar, é se as emendas e conexões dos cabos estão
uma estimativa e definir qual será o seu maior consumo, ou limpas e bem feitas. Deve-se verificar se o transformador está
seja, sua demanda. Se este valor for ultrapassado a indústria distante do motor, se os cabos que ligam o motor ao transfor-
paga um valor muito superior ao da energia normal, por ter mador estão com a bitola certa, se estes cabos são utilizados
ultrapassado a demanda. Para evitar este tipo de problema somente para o motor, qual a tensão na saída do transforma-
evita-se acionar vários motores ao mesmo tempo e, nos moto- dor, etc. Como pode-se perceber há vários problemas e várias
res de maior porte, usa-se outros tipos de acionamentos. Os soluções, desde a troca dos cabos por uma bitola maior, até um
mais usados são os sistemas estrela triângulo e o acionamento ajuste na tensão de saída do transformador para compensar a
com inversor de frequência, que serão detalhados a seguir. perda no cabo. No caso do ajuste no transformador, deve-se
analisar se todos os equipamentos alimentados pelo transfor-
A. Sistema estrela triângulo. mador estão na mesma situação.
Pelo esquema de ligação do motor, pode-se definir se o mo- Outro detalhe importante a ser analisado é a relação entre a
tor vai trabalhar com o sistema estrela ou triângulo. Para evitar carga e o motor que a está tracionando. Se o motor estiver
o pico de corrente no instante da partida, usa-se no início a- subdimensionado o conjugado da carga estará maior do que o
cionar o motor com alimentação em estrela, quando o motor conjugado nominal do motor e, para conseguir movimentar a
estiver perto da velocidade nominal, uma chave especialmente carga, o motor exigirá mais energia elétrica da rede elétrica do
fabricada para este fim, muda a alimentação do motor de estre- que no normal. O subdimensionamento deve estar dentro do
la para triângulo. Desta forma, o pico de corrente no aciona- fator de serviço, considerado uma potência adicional de reser-
mento cai para 0,73% da corrente de partida em triângulo. va para o motor. As consequências são: aquecimento acima do
nominal, diminuição a vida útil do motor e maior consumo de
B. Inversor de frequência. energia elétrica.
O inversor de frequência é um equipamento eletrônico de O motor muitas vezes precisa ser sobredimensionado para
potência, que recebe a energia da rede e fornece ao motor uma atender algumas particularidades da carga. Para resolver esse
alimentação com tensão e frequência variáveis. Como a velo- problema, pode ser usado um motor com a potência correta e a
cidade do motor depende diretamente da freqüência, no acio- eletrônica de potência para controlar a tensão de alimentação.
namento do motor pelo inversor de frequência, pode-se pro- Mas, quando o motor está acionando uma carga bem inferior à
gramar uma velocidade crescendo gradativamente durante a sua potência, é necessário fazer um estudo para verificar o
partida, ou seja, o inversor fornece uma frequência baixa e aos desperdício de energia e a contribuição do baixo fator de po-
poucos vai aumentando até que o motor atinja a velocidade tência na conta de energia. Uma indústria, ao investir na troca
desejada. Com esse sistema, a corrente de acionamento se do motor, quer saber em quanto tempo será recuperado o capi-
mantém praticamente igual à corrente nominal de trabalho. tal empregado.
Para viabilizar o investimento, o retorno do dinheiro aplica-
do deverá ocorrer, no máximo, em dois anos. Se o motor velho
puder ser utilizado em outro acionamento mais adequado a sua
capacidade nominal, o valor deste motor deverá ser utilizado
para viabilizar a troca. Para calcular essa viabilidade, pode-se B. Soluções de eficiência energética na Goodyer.
utilizar das seguintes expressões:
I novo A torre de resfriamento é utilizada na Goodyer, para dimi-
<Tr × E (9)
nuir a temperatura da água que foi utilizada na fábrica, para
uma reutilização, sendo que esta temperatura deve ser constan-
Onde: te para melhor qualidade do produto. A água aquecida é joga-
da por gotejamento na parte superior da torre de resfriamento
I novo = Custo de investimento no motor novo (R$). em enchimentos, para aumentar a área de contato. O ventila-
Tr = Vida residual do motor existente (anos). dor acionado pelo motor de indução, ficava constantemente
ligado usando o ar ambiente para a refrigeração, veja Fig.6.
E = Economia anual com a instalação de um motor melhor
Devido as variações climática de dia e noite, dias chuvosos ou
dimensionado. não, inverno ou verão, a água variava muito a temperatura,
necessitando muitas vezes de reaquecimento e consequente-
Para o cálculo de E tem-se: mente mais consumo de energia.
PN × nt ns − nt 100 100
E = 0,736× ×( ) × H ×TE × ( − ) (10)
nN ns − nN ηvelho ηnovo

Onde:

PN
= Potência do motor novo (kW).
H = Número de horas de operação por ano (h).
TE
= Preço da tarifa (R$/kWh).
nt
= Rotação de trabalho do motor (RPM).
ns = Rotação síncrona (RPM).
nN
= Rotação nominal do motor (RPM)
η velho = Rendimento de operação do motor velho (%).
ηnovo = Rendimento de operação do motor novo (%).

A. Soluções de eficiência energética em Cocari.

Um trabalho interessante de eficiência energética foi desen-


volvido pela Cocari em parceria com a Weg na aeração de
silos graneleiros [6]. Os silos são cilindros com 25 metros de
diâmetro e 32 metros de altura. Para aeração, um motor injeta
ar na parte baixa dos silos. No silo 01 foi colocado milho e
mantido o sistema de aeração que a Cooperativa de Armaze-
namento e Comercialização de Produtos Agrícolas dispunha. Fig.7 Esquema de funcionamento da torre de resfriamento [7].
O motor sempre trabalhava a todo vapor, e o operador não
sabia a hora exata de parar a aeração. Muitas vezes secando
demasiadamente os grãos, diminuindo seu peso e tornando-os
quebradiços. Muitas vezes alguns pontos internos do silo não A Weg, em parceria com a Goodyer [7], instalou um termo-
recebiam aeração e aqueciam, ocasionando o apodrecimento par conectado ao controlador de temperatura e este, conectado
de grãos. Para efeito de comparação, no silo 02 foi colocado a ao inversor de frequência do motor. Quando a temperatura da
mesma quantidade de milho que no silo 01 e na parte superior água está menor do que a desejada, o controlador de tempera-
foi instalado um controlador de termometria programável, que tura informa ao inversor de frequência que diminui a veloci-
mede a umidade e temperatura do ar após passar pelos grãos. dade do motor. Acontecendo o inverso quando a água está
Com estas informações e as informações fornecidas pelo ope- mais quente do que se deseja, veja figura 8.
rador como: umidade desejada, tipo de grãos temperatura
ambiente e a quantidade de grãos existente no silo, o equipa-
mento fornece ao inversor de frequência a necessidade de mais
ou menos aeração. O inversor de frequência aumenta a veloci-
dade do motor quando precisa de mais aeração e diminui
quando precisa de menos. O silo 02 funcionou com mais qua-
lidade e trouxe uma economia de 90% de energia.
de alto rendimento, diminuíram-se as perdas, empregando
materiais mais nobres como chapas magnéticas de aço silício,
aumentando a bitolas das bobinas para diminuir a perda por
aquecimento, melhorando o projeto das ranhuras do motor,
fazendo enrolamentos especiais no estator, etc. A diminuição
da perda nos motores de alto rendimento, implica em aumento
do rendimento e consequentemente diminui o consumo de
energia. O preço é um pouco maior por usar materiais de me-
lhor qualidade.
A figura 7 mostra uma comparação de motores standard e o
de alto rendimento plus, comparando com o preço do consumo
de energia elétrica. Considerando que o motor funcione 24
horas por dia e considerando o preço do kWh de R$ 0,15.
Pode-se notar que nos motores acima de 03 cv, com dois me-
ses de uso o custo com a energia elétrica já é suficiente para
pagar o preço do motor.
Fig.8 Sistema automático da torre de resfriamento [7].

Solução anterior.
Motor de indução trifásico 50 CV 4 polos.

Potência média por fase e o fator de potência.

FASE KW FP
A 8,758 0,799
B 8,994 0,806
C 8,553 0,789
TOTAL 26,306 0,798

Consumo em KWH (anual): 227 283,00.

Solução Weg.
Fig. 9. Relação “Custo de Aquisição”/”Consumo de Energia” do motor co-
Motor Wmagnet de 40 CV 6 polos – 1 800 rpm
mum (Standard) e do motor de alto rendimento. [5]
Inversor de frequência CFW11
A economia (EC) de um motor de alto rendimento compa-
Potência média por fase e o fator de potência.
rado com um motor standard, trabalhando 24 horas por dia
durante um ano, é mostrada abaixo:
FASE KW FP
A 6,156 0,935
Custo da energia - CkWh = R$0,15
B 6,171 0,929
C 6,199 0,930
Motor de alto rendimento.
TOTAL 18,526 0,931
N CV =100 cv
Consumo em KWH (anual): 160 064,64. NH =Horas de trabalho ano – 8760.
η ST = 94,3 % de rendimento.
Economia em KWH (anual): 67 219,20
Motor Standard
Economia de 29,57% N CV =100 cv
NH =Horas de trabalho ano – 8760.
O fator de potência que estava em 0,798 passou para 0,931.
η ARP = 93,6 % de rendimento.

V. MOTOR DE ALTO RENDIMENTO.


⎛ 100 100 ⎞ (11)
EC = 0,736 × N cv × NH × CKWh × ⎜⎜ − ⎟⎟
⎝ η st η ARP
Os motores de alto rendimento não são a solução definitiva

para a boa eficiência. Eles continuam precisando de um bom
dimensionamento, pois são fabricados com a mesma potência
dos outros motores e consomem menos energia. Nos motores
⎛ 100 100 ⎞ dades o motor acionado por um controle automático oferecido
EC = 0,736 ×100 × 8760× 0,15 × ⎜ − ⎟ (12) pelo inversor, com velocidade controlada, seu desempenho é
⎝ 93,6 94,3 ⎠ bem melhor. Para este remanejamento de motores, é possível
minimizar o tempo de parada, planejando corretamente os
EC = R$767,00. procedimentos para substituição de forma a não interferir no
processo produtivo ou acarretar custos por paradas muito
A diferença de preço do motor de alto rendimento e o motor longas.
comum é insignificante, quando comparado com o gasto com
o consumo de energia. Por isso, usar o motor de alto rendi-
REFERÊNCIAS
mento é muito interessante, visto que a economia será obtida
durante toda a vida útil do motor, ou seja, por aproximada- [1] BORTONI, E.C.; SANTOS, A.H.M. Acionamento com motores de
indução trifásicos. HADDAD, Jamil. Conservação de energia: 2ª Edição
mente 30 anos. Procel/Eletrobrás 2006. [pp 36-41.]

[2] HADDAD, Jamil. Acionamentos. VENTURINI, Osvaldo Eficiência


VI. CONCLUSÕES Energética- Teoria e Prática: 1a Ed. Itajubá: 2007 [pp 87-109].
As indústrias deveriam dar mais importância à seleção, ope- [3] HURST, J. Raising. The standard for eletric motor efficiency. Intech:
ração e manutenção dos motores de indução, pois eles são April 2007 [pp 30-34.]
responsáveis pela maior parte do consumo de energia. Com
medidas simples poderia ser obtida uma eficiência muito me- [4] Eficiência Energética em Aplicações de Motores Elétricos. Módulo 6 –
Weg. Jaraguá do Sul.
lhor. Uma análise detalhada em todos os motores de uma [5] Motores Elétricos de Corrente Alternada – Weg. Jaragua do Sul. Inter-
indústria, cria um campo de possibilidades muito grande, net. URL: http://www.weg.net
como a troca de motores superdimensionados por outro de
menor potência. Com o motor em funcionamento, pode-se [6] Cases de sucesso WEG Motores. Internet. URL:
http://www.youtube/wegvideos.
medir vários item que influenciam diretamente seu desempe-
nho. Nesta análise deve ser verificado também o uso do inver- [7] Motores Elétricos. WEG. Internet URL: http://www.weg.net
sor de frequência, como meio de otimizar seu desempenho e
eficiência, como foi mostrado neste trabalho. Em várias ativi-

Das könnte Ihnen auch gefallen