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Nesta série de
Capitalismo, Socialismo e Liberalismo
artigos que
consequências e desenvolvimentos.
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12/03/2019 Capitalismo, Socialismo e Liberalismo - Instituto Ludwig von Mises Portugal
1º Sistema: O Socialismo
Características essenciais:
Controlo do consumo (pois quem controla a produção acaba por controlar o consumo) com a
limitação, progressiva até à extinção, da liberdade de escolha.
Redução da variedade dos produtos àqueles que são imprescindíveis e rudimentares.
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Consequências do planeamento da economia:
Nota: Há partidos e doutrinas que pretendem constituir formas diversas do socialismo: social-
democracia, trabalhismo, socialismo moderado, comunismo, etc. Trata-se de uma distinção que só
existe no processo preconizado de transição, gradual ou imediata, para o socialismo, o qual, uma
vez realizado, terá inevitavelmente, aquelas características. Quando a transição é mais gradual, o
processo começa pelo planeamento da economia, que logo implica o controlo decertos sectores
da produção e acabará, necessariamente, por controlar toda a produção; ao atingir este controlo
integral, a propriedade ficará abolida. Quando a transição é imediata, como preconizam os
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comunistas, a ordem do processo de transição inverte-se: começa pela abolição daproriedade, que
2º Sistema: o Capitalismo
Características essenciais:
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capitalismo são os ricos capitães da indústria. Hayek emprega a seguinte expressão: “No
capitalismo só os ricos são poderosos; no socialismo, só os poderosos são ricos.” Quanto à abolição
da propriedade o capitalismo mantém a sua figura jurídica – que lhe serve para “cobrir” a ilimitada
acumulação de capital ou o monopólio – mas destrói-a de facto. O que entre nós aconteceu no
Alentejo com a propriedade agrícola – a propriedade por excelência – durante a fase pré-socialista
produtora de cortiça a apanhar denove em nove anos como matéria-prima de fábricas); deste
modo, impediam a existência real da propriedade, que é uma relação dos homens com as coisas e
das coisas com os homens, quer reduzindo-a efectivamente a uma posse exploradora ou industrial,
quer apresentando essa exploração como o modelo mais vantajoso a seguir por aqueles que,
aceitando-o, se deixavam transformar, de proprietários em possessores, com todo o cortejo bem
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conhecido de absentismo, desemprego, etc.
O monopólio incide, numa primeira fase, sobre os ramos de produção decada sector; em breve,
poderosos que se fazem ricos, tomam nas mãos, independentemente dos capitalistas, a
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igualdade, das classes mais desfavorecidas, até da liberdade, mas, como é evidente, em nada se
altera a situação das populações que apenas mudam de dono. O socialismo fica, então, instituído.
das contas.
3º Sistema: o Liberalismo
Características essenciais
a) Mercado livre
b) Produção pela concorrência
c) Reconhecimento da propriedade
ele na origem do socialismo, o que é igualmente falso e errado. O liberalismo, com o seu primado
do indivíduo, com a sua concepção real e racional que tem da liberdade – que simultaneamente
concebe como princípio do qual todo o sistema se deduz e como realidade vivida no indivíduo –
com a confiança que deposita na perfeição do mundo e no aperfeiçoamento do homem, o
liberalismo está igualmente distante das doutrinas capitalistas e socialistas, doutrinas afins uma
da outra, que igualmente repudiam o individualismo, igualmente fazem da liberdade uma
entificção abstracta e irrealizável, igualmente formam do mundo uma imagem tal que só podem
numa misantropia sem remédio, igualmente aconchegam o homem numa servidão onde lhe é
dadaa tranquilidade na impotência pessoal e na “segurança social”, o liberalismo confia no poder
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real inexorável: o mercado livre, que é o único processo capaz de fornecer a medida universal
dosprodutos, a concorrência, queconstitui a única via para a prosperidade geral; a propriedade,
Luis Barata
122COMMENTS
Uma pergunta que me foi posta por uma pessoa após a leitura deste artigo foi
Num mercado livre (aquilo que Liberalismo advoga), os monopólios não seriam
combatidos, porque nem sequer existiam. E pode parecer estranho, mas acaba por
ser verdade.
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Antes de mais convém perceber uma coisa: uma empresa não define o preço de
um bem "ao calhas"; obviamente que não vai vender algo a um preço inferior ao
custo de produção, porque isso a levaria à falência; também não o vai fazer a um
preço que seja igual ao custo de produção, pois isso implicaria que, apesar de os
custos serem cobertos, não existiria lucro contabilístico (vai ser importante esta
diferenciação do "contabilístico" mais à frente) e isso faria com que o incentivo (a
remuneração, vá) de quem investe não existisse – ninguém vai investir o seu
dinheiro num projecto com risco de falhar se não houver uma contrapartida
futura. Posto isto, é óbvio que a empresa irá fazer um preço que seja superior ao
custo de produção.
No entanto, a questão é "quão superior?". Não pode ser "pouco" superior (sendo
que este "pouco" irá ser variável e dependerá das quantidades vendidas: 2 cents
pode ser "muito" num negócio e "pouco" noutros) porque isso iria fazer com que o
negócio não fosse atractivo para os investidores. Não pode ser "muito" superior,
porque isso iria afectar o desempenho (leia-se, vendas). Terá que ser um "meio
termo". Claro que não há um método científico para achar este "meio termo", mas
Agora, há que perceber que há "dois jogos" a serem jogados aqui: o jogo com os
consumidores e o jogos com os concorrentes. Se eu tiver resultados que sejam
muito bons, isso poderá vir de duas razões: ou pratico um preço muito alto, ou há
procura imensa e eu tenho enormes fluxos. Mas, de qualquer modo, quando os
meus resultados forem bons, isso é automaticamente um sinal de que há ali uma
então, competição surgirá. E essa competição fará com que, das duas uma: ou eu
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seja forçado a baixar os meus preços ou a procura dos meus produtos diminua; de
qualquer modo, isso resulta é numa diminuição dos meus resultados.
Aqui, uma crítica poderá ser feita: numa situação em que os investimentos iniciais
sejam muito elevados (por exemplo, industrias de maquinaria pesada e intensiva),
(continua)
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Barnypok - 2017-01-07
E0kXXE http://www.FyLitCl7Pf7ojQdDUOLQOuaxTXbj5iNG.com
matt - 2017-01-29
b1WqYT http://www.y7YwKx7Pm6OnyJvolbcwrWdoEnRF29pb.com
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chaba - 2017-01-29
9bY2sU http://www.y7YwKx7Pm6OnyJvolbcwrWdoEnRF29pb.com
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gordon - 2017-01-31
osBF64 http://www.y7YwKx7Pm6OnyJvolbcwrWdoEnRF29pb.com
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Mas acima não está abordada a questão do “Dumping” , quem pode exercer
esse fator são os oligopólios ou monopólios, jamais a base do mercado por
fatores econômicos, terá esse poder logo a premissa expressa não faz sentido.
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Há ainda que acrescentar uma coisa. Vamos então pressupor que é possível que
um monopólio seja criado num mercado livre. Os monopólios são, normalmente,
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explorados por empresas enormes – em funcionários, divisões, etc. E, quando
essas enormes empresas existem, é quase impossível não caírem numa coisa que é
a "Lei dos Rendimentos Decrescentes" – que diz, basicamente, que produzir uma
unidade adicional de um bem irá traduzir-se num aumento do custo marginal,
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obviamente.
Eu sei que há alguns pontos que ficaram por explicar melhor, e que há conceitos
(acima de tudo, o conceito de "marginalidade") que têm que ser percebidos para
perceber este raciocínio. Mas, basicamente, será isto.
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DJ GRELHADOR - 2011-06-04
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void - 2011-06-11
https://mises.org.pt/2011/06/capitalismo-socialismo-e-liberalismo/ 10/15
12/03/2019 Capitalismo, Socialismo e Liberalismo - Instituto Ludwig von Mises Portugal
Suponho que ele seja daqueles senhores que dizem defender o fim do estado,
ao mesmo tempo que defendem a sua essência: agressões contra a propriedade
privada. No fim, apenas um "anarquista(entre muitas aspas)" que acha que uma
fusão entre estado e sociedade… é o fim do estado: um anarcocomunista, uma
contradição em termos.
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void - 2011-06-11
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hoje em dia na UE e nos EUA não é capitalismo mas sim um misto de tendências
mecanismos do estado).
https://mises.org.pt/2011/06/capitalismo-socialismo-e-liberalismo/ 11/15
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Ainda assim, o texto é claro quanto aos três meios de organização económica e é
um excelente resumo.
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ecnómicos com o "jogo" da bolsa, sem no entanto criarem riqueza pura, sem
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