Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
A notícia
A reportagem
A entrevista
A crónica
A crítica
1
Tipos de textos jornalísticos
Na imprensa escrita (jornais e revistas) cuja função primordial é informar,
poderás encontrar os seguintes tipos de texto:
Notícias;
Reportagens;
Entrevistas;
Crónicas;
Artigos /Textos de opinião;
Editorial;
Comentários;
Publicidade (, os “classificados” ou pequenos anúncios, anúncios comerciais
ou institucionais);
Textos preditivos (horóscopo, meteorologia);
Linguagem Jornalística
Para que a informação chegue ao maior número de pessoas possível, o
jornalista deve:
Usar uma linguagem correta, simples, concisa e clara;
Utilizar palavras comuns, conhecidas de um grande sector do público;
Preservar a objetividade, preferindo os substantivos e evitando o
abuso dos adjetivos;
Preferir palavras breves, evitando as longas e de difícil leitura;
Preferir a frase curta;
Evitar as repetições de palavras ou expressões, utilizando, sem abuso,
pronomes e sinónimos.
Colocar a informação essencial no início e não no fim da frase, pois o
leitor presta uma maior atenção no início.
Os títulos
O Título é o elemento do texto jornalístico que mais imediatamente chama
a atenção do leitor. O título tem uma dupla função – captar a atenção e
informar. Deve, pois, ser informativo, interessante, atrativo e, se
possível, original. Sempre que necessário recorre-se ao antetítulo e ao
subtítulo.
2
A NOTÍCIA
Relembra as características da notícia:
O QUÊ? QUEM?
UM NAVIO mercante naufragou ontem ao largo
Lead ou cabeça da costa portuguesa, informou a agência Lusa. ONDE? QUANDO?
Público,98.10.17
No corpo (que corresponde à parte do texto não pertencente ao lead) vem a informação
pormenorizada, geralmente as respostas às questões como? e porquê?
3
A REPORTAGEM
A reportagem tornou-se um dos géneros cada vez mais frequente nos jornais, revistas, rádio e
televisão.
ESTRUTURA
Por norma a reportagem é um texto jornalístico longo. Assim, para captar a atenção do
leitor e quebrar a monotonia textual e gráfica, apresenta:
Um título
4
A ENTREVISTA
A entrevista é um subgénero jornalístico de grande popularidade, pois, qualquer que seja o
meio de comunicação em que surja, cria a impressão de contacto direto entre o público e a
personagem entrevistada.
A entrevista criativa é mais livre e requer maia habilidade por parte de quem a realiza.
O questionário não é fixo e vai-se adaptando às respostas do entrevistado.
Qualquer que seja o âmbito da informação pretendida, o jornalista deve optar por
fazer perguntas breves, claras e concisas, de forma a dar a palavra ao entrevistado.
Deve procurar-se que as perguntas sejam abertas, isto é, que evitem a resposta sim ou
não.
Estrutura
5
A CRÓNICA
A crónica, ao contrário dos outros géneros estudados, não tem como finalidade básica informar.
A crónica é, por norma, breve e surge numa página fixa do jornal (ou num espaço
determinado da rádio). É uma rubrica a que os leitores ou os ouvintes se habituam.
É um texto de reflexão, uma interpretação, uma interrogação que visa “mexer” com os
leitores, os ouvintes (de rádio), os espectadores (de televisão).
Ardina
Aquele rapazinho que todas as tardes, ao fim da tarde, anda a vender jornais por entre
carros que estão quase a parar, que estão quase a arrancar, na faixa central da Avenida, não
repara que a morte lhe passa tangentes constantes. É decerto um rapazinho que ainda não
conhece nada da morte, nem mesmo quer saber se ela existe. Sabe-se leve e rápido, sabe que
tem bons reflexos. Por isso, arrisca. Ao menino e ao borracho, diz o povo... Mas eu lembro-me,
sempre que o vejo, sempre que por uma ou por outra razão subo a Avenida dentro de um dos
traçadores de tangentes (não quero pensar em secantes), de um conto que li em tempos, porque
ai esta nossa cultura livresca... Não sabíamos nada, ainda pouco sabemos, das pessoas vivas, de
como elas vivem e lutam, mesmo só aqui, nesta nossa cidade, grande e confusa cabeça do corpo
frágil que é Portugal, e vamos recordar um ardina de papel, um rapazinho pequeno encontrado
há muitos anos num livro, brasileiro ainda por cima. Era também, salvo erro, um rapazinho
numa cidade grande, um menino de periferia, do morro, talvez. Ao que me lembro vendia
jornais e pendurava-se nos elétricos para chegar mais depressa ou talvez por aventura, sim,
creio que era por aventura, que o fazia. Até ao dia em que caiu e a aventura terminou. Recordo
esse ardina dentro de um livro, ao olhar para este, dentro da vida, e a brincar - a brincar? - com
a morte, ziguezagueando, por entre ela, enquanto apregoa os jornais da tarde.
Cuidado menino, estou quase a gritar. Mas nunca vou a tempo. Porque a luz está, de
súbito, verde, e ele está, de súbito, longe. Dir-se-á que andam à mesma velocidade, ele e a luz.
6
A CRÍTICA
Na imprensa, na rádio ou na televisão, é consagrado um espaço maior ou menor à crítica
cultural. Especialistas de cinema, teatro, música, dança, artes plásticas, literatura, televisão,
debruçam-se sobre a produção e os acontecimentos culturais em foco, apresentando-os e
analisando-os. Põem assim, os seus conhecimentos ao serviço de um público vasto, destacando
os aspetos que lhes merecem maior atenção, de maneira a informar e, ao mesmo tempo,
apreciar, com base em argumentos sólidos.
Os artigos de crítica são dos mais polémicos, sendo os seus autores, muitas vezes,
responsabilizados pelo êxito ou fracasso de um filme, um livro, um disco, uma exposição. Seja
como for, é muito importante o papel da crítica, na divulgação dos produtos culturais e
orientação dos gostos do público.
Está a passar ao lado da imprensa portuguesa uma das melhores comédias americanas dos
últimos tempos, êxito surpresa no mercado americano. O filme é a história de um casal de classe
média de subúrbio que numa noite de jogos caseiros com amigos se vê numa situação surreal que
envolve polícia e criminosos internacionais procurados.
Esta lufada de ar fresco com a marca da Warner evoca diretamente O Jogo, de David Fincher,
pegando no seu conceito e dando-lhe uma marca de humor. A dupla Jonanthan M. Goldstein e
John Francis Daley impõem um cunho subversivo a uma fórmula que é dinamitada com comédia
em diversos tons, do humor negro à comédia de ação.
Cheira muito a cinema de entretimento do bom dos anos 1980 e as únicas reservas são as
concessões à questão da moral romântica. Além do mais, Jason Bateman e Rachel McAdams
resultam muito bem.
Atividade
1.1 - Escolhe um livro ou um filme e elabora sobre ele um pequeno texto crítico
de acordo com o seguinte modelo:
7
O “CARTOON”
Um cartoon, cartune ou cartum é um desenho humorístico, acompanhado ou não de legenda,
de caráter extremamente crítico, que retrata de uma forma bastante sintetizada algo que
envolve o dia-a-dia de uma sociedade, sendo uma reflexão crítica sobre um facto ou
acontecimento da atualidade. Surge publicado em revistas ou jornais, sendo o cartoonista o
autor ou ilustrador que faz cartoons.
O termo é de origem britânica, e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na década de
1840, quando a revista Punch publicou uma série de ilustrações que parodiavam estudos para os
frescos do Palácio de Westminster, adaptados para satirizar acontecimentos da política
contemporânea. O significado original da palavra cartoon é mesmo "estudo", ou "esboço", e é
muito utilizada nas artes plásticas. Este tipo de desenho é ainda considerado uma forma de
comédia e mantém o seu espaço na imprensa escrita atual.
O cartoon pode ser composto por apenas um ou vários quadros /imagens. Questiona, de forma
humorística, as contradições da realidade, trazendo a lume questões sérias. Trata-se de uma
sátira à vida, que elege como seu principal alvo os atores políticos e sociais, procurando, por
vezes, alertar os leitores para os desequilíbrios e injustiças da atualidade.
Para compreender um cartoon é fundamental conhecer o contexto, isto é, o facto que lhe deu
origem. Tal como uma notícia, o cartoon tem vida curta, perdendo rapidamente a atualidade. Só
acontecimentos que, pela sua importância, perdurem na memória mantêm o cartoon
intemporal.
Quentinho, quentinho