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MundiWar

2016­08­11 ­ CHINA ­ GEOECONOMIA E GEOPOLÍTICA
1a edição 2016­08­11 11:50

As imbricações entre geoeconomia e geopolítica começaram a ser decodificadas a partir da formulação de
von Clausewitz no seu clássico "Da Guerra". Pensador da guerra moderna, von Clausewitz teorizou em
plena vigência das Guerras Napoleônicas.
Sua máxima a respeito da causação fundamental até hoje consagrada é a seguinte: a guerra é a
continuidade da política por outros meios. Pensadores posteriores, ainda no XIX complementaram: e a
política é a continuidade da economia por outros meios.

Assim, o porque desta já enorme e cada vez mais crescente tensão geopolítica/militar no Pacífico
Ocidental, protagonizada por China, Estados Unidos e Japão, ganha luz quando esta dinâmica é abordada
nesta causação clausewitziana, e seus respectivos complementos e extensões.

Se "mais esta onda de tensões" é séria ou não, se deveremos considerá­la como uma mesmice que se
repete à muito tempo no pós­IIa guerra, ou se devemos considerá­la como episódio de natureza nova,
pertencente a uma dinâmica mais séria, será à luz da causação clausewitziana, e seu respectivo
complemento, que poderemos proceder a uma avaliação.

Para MundiWar sim, os episódios que vivemos hoje no Pacífico Ocidental são de natureza distinta dos
episódios igualmente dramáticos que vivemos nos últimos 70 anos.

Guerras, ou antes delas as tensões geopolíticas e geoestratégicas, são o quotidiano da economia global,
da ordem mundial estabelecida a partir da IIa Guerra Mundial. Guerra da Coréia, do Vietnã e etc foram por
assim dizer "benignos", pois pertenceram à estruturação daquela ordem mundial. Agora, os episódios com
que o analista se defronta naquela área e em muitas outras pertencem ao ocaso desta mesma ordem ­
MundiWar assim diagnostica a essência da dinâmica fundamental que rege os conflitos e suas tendências e
importância relativa. A época da mesmice nos acontecimentos mundiais está finda.

Por outro lado, vemos uma China com os fundamentos do seu "modelo de acumulação" comprometidos. A
tão propalada "fuga para dentro", para seu "imenso mercado consumidor interno", que no entanto é apenas
uma figura de desejo, um potencial e não uma realidade, precisará de uma re­abordagem. Sem esperança
no momento para a decolagem do mercado consumidor interno.

A saída mais viável é a radicalização do modelo atual, via aumento da relação produto excedente/salários e
a sua contrapartida que é, de um lado, o aumento da taxa de formação bruta de capital e de outro a
exportação de capitais e de produtos finais ­ a inovação é que isto tem que acontecer com a exportação
maciça de mão­de­obra.

Por isto a "ocupação" da África e da América Latina é um imperativo. Por outro lado, outro imperativo
crucial é a NOVA ROTA DA SEDA ­ a qual MundiWar já teve oportunidade de destacar em matérias
anteriores.
Estas podem ser base para um relançamento da taxa de lucro mundial?
MundiWar vê esta como uma possibilidade. Mas que trará no seu caminho dificuldades transcendentes.
Este é o projeto da COALIZÃO EURASIANA/BRICS. E claro, é o fim das perspectivas hegemônicas da
COALIZÃO ATLANTISTA.

Se tal projeto não tivesse o inimigo que tem...
Porém, este inimigo se faz presente e...

Para a China não existe mais ponto de retorno. A crise econômica que enfrenta pelo menos desde 2012,
mas com agravamento a partir de 2014, em perfeita sintonia com a crise cíclica, determina o imperativo. A
crise econômica com a qual a China se defronta não é apenas cíclica. Ela tem um elemento mais profundo
porque é seu modelo que está em cheque nas condições em que se implantou a partir de 1984.

O gráfico 02 mostra que o suporte do mercado exterior para a acumulação na China já atingiu seu limite ­
tal qual esta reinserção chinesa se verificou 30 anos. Importação e exportações do e para o resto do
mundo não conseguem reagir e continuam a despencar. Os incrementos de produtividade não mais são
suficientes para manter a competitividade dos produtos chineses ­ assim como a alavancagem social
(baixos salários e deterioração das condições de trabalho).

A incorporação de mais mão­de­obra no interior da economia chinesa irá aumentar os salários e solapar
um dos fundamentos de sua acumulação.

Daí que a geoeconomia chinesa para esta nova fase, tentativa, de acumulação ser a da exportação de
produtos, capitais e agora de mão­de­obra é de uma agressividade ímpar, e uma assertividade muito
criativa através de 3 frentes: África, América Latina, Eurásia.

A partir daí podemos ver desenhar­se a sua geopolítica.

Tal projeto não será recebido pelo mundo de modo passivo.
Muito ao contrário, ele se lança no vórtice de um CONFLITO GEOPOLÍTICO E GEOECONÔMICO
TERMINAL.

Para MundiWar este momento CHINÊS vem em consonância com o momento RUSSO, duas frentes que
têm diante de si os ESTADOS UNIDOS.

Sempre é interessante reter que para a geoeconomia e para a geopolítica brasileiras, os imperativos estão
dados ­ para detalhes retomar as edições anteriores de MundiWar. Tudo indica que uma reação da
COALIZÃO EURASIANA/BRICS aos movimentos geopolíticos recentes dos USA na América Latina está
num compasso de espera. MundiWar acompanha...

Por fim, o gráfico 02 também traz alguns elementos, no seu percurso no primeiro semestre de 2016, que
mostram a desaceleração da queda das exportações e das importações. A queda prossegue, mas agora
com sinais de desaceleração. MundiWar acompanha atentamente esta nuance para ver se ela abriga uma
inflexão cíclica, ou seja, para ver se a CRISE DE 2014 dá sinais de que poderá acabar, inaugurando um
novo ciclo de recuperação.

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