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Capítulo 17 ..............102
Módulo 67 ............ 113
Módulo 68 ............ 117

AT
Módulo 69 ............121
222
M Módulo 70 ............125

a
Módulo 71 ............130
Módulo 72 ............135

sic


Q
O
BI
O
LP
IS
H
FI GEO
L

S
C
SO


S
RE
1. Energia potencial elétrica 104
2. Potencial elétrico 104
3. Superfícies equipotenciais 106
4. Trabalho da força elétrica 107
5. Diferença de potencial elétrico (ddp) 108
6. Campo elétrico uniforme (CEU) 108
7. Condutor em equilíbrio eletrostático 109
8. Organizador gráfico 112
Módulo 67 – Energia potencial
elétrica e potencial elétrico 113
Módulo 68 – Potencial elétrico
gerado por várias cargas puntiformes 117
Módulo 69 – Energia potencial
elétrica de várias cargas puntiformes 121
Módulo 70 – Superfícies equipotenciais 125
Módulo 71 – Trabalho e diferença
de potencial (ddp) 130
Módulo 72 – Condutores isolados
em equilíbrio eletrostático 135

• Reconhecer e aplicar o conceito de


potencial elétrico de cargas puntiformes
ou distribuídas em condutores planos e
esféricos.
• Reconhecer e descrever superfícies
equipotenciais.
• Reconhecer e descrever condutores
isolados em equilíbrio eletrostático.
• Calcular o potencial elétrico gerado por uma
ou mais cargas puntiformes.
• Calcular a energia potencial elétrica de
cargas puntiformes.
• Calcular a diferença de potencial na região
de campo elétrico uniforme.
• Relacionar os conceitos de eletricidade e as
unidades de energia e de potencial elétrico,
aplicando-os a fenômenos eletrostáticos.
• Reconhecer e aplicar o conceito de
potencial elétrico de cargas puntiformes.
• Reconhecer e aplicar o conceito de energia
potencial elétrica de cargas puntiformes.
• Relacionar os conceitos de energia
potencial elétrica e trabalho da força
elétrica, aplicando-os a fenômenos
eletrostáticos.
COMZEAL / ISTOCK
Energia potencial elétrica 17
103

Na vida cotidiana moderna, os aparelhos elétricos e eletrônicos são essenciais para o conforto e o
desenvolvimento de atividades simples, como acender uma lâmpada, usar o celular e várias outras que
são muito comuns. Entre outros assuntos, este capítulo desenvolverá um estudo a respeito da energia
elétrica, do ponto de vista microscópico, e de outros conceitos relacionados a ela. Terá também como
objetivo o entendimento de como a energia elétrica surge entre as cargas elétricas de um corpo, para,
posteriormente, ser transportada através dos condutores até o local de consumo. O transporte da ener-
gia, bem como sua transformação nos receptores elétricos, será estudado nos próximos capítulos. Neste
momento, será vista a interação entre cargas elétricas, que estão estáticas do ponto de vista energético.
1. Energia potencial elétrica Importante
17

Conforme estudado no capítulo anterior, quando uma Energia é uma grandeza escalar, assim, as cargas elétri-
carga elétrica é colocada em uma região onde há outra carga cas Q e q da equação devem ser inseridas com seus respecti-
221

elétrica, previamente disposta, elas interagem, mutuamente, vos sinais. Não há necessidade de se trabalhar com o módulo
por meio de uma força denominada força eletrostática. das cargas, como acontece no caso de grandezas vetoriais.
Analogamente, consideremos uma carga elétrica punti-
forme Q, fixa em um ponto do espaço. Quando uma segunda
carga, q, é colocada próxima à primeira, o sistema passa a 2. Potencial elétrico
armazenar uma quantidade de energia, denominada energia No capítulo anterior, vimos que campo elétrico é a região
potencial elétrica. criada no entorno de uma carga elétrica, onde ela é capaz de
Física

realizar força sobre outras cargas elétricas. Caso exista ape-


Exemplo nas uma carga em uma região, há o campo a sua volta, mas a
Uma carga elétrica positiva é colocada fixa em um ponto força surge somente quando outra carga é colocada próxima
do espaço, conforme a figura. àquela que gerou o campo.
Da mesma maneira, do ponto de vista energético, o po-
Q tencial elétrico é criado a partir de cada carga elétrica. Ao se
colocar uma segunda carga elétrica na região em que existe o
potencial elétrico, esta adquire energia potencial elétrica.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Carga puntiforme positiva, fixa em um ponto.

Agora imagine que outra carga positiva, q, seja abandona- Comparando os conceitos de força, campo, energia po-
da próxima à primeira. tencial e potencial elétrico, temos:
• uma carga gera campo e potencial elétrico;
Q q • um par de cargas gera força e energia potencial elétrica.
Vale ressaltar que as grandezas campo elétrico e força elé-
d trica são vetoriais, e as grandezas potencial elétrico e energia
Duas cargas positivas, colocadas próximas uma da outra. potencial elétrica são escalares. Assim, não se pode representar
o potencial elétrico por meio de vetores ou linhas de força, como
Assim, haverá entre as cargas elétricas uma força de re- foi feito para o campo elétrico.
pulsão eletrostática, e a carga q tenderá a deslocar-se no sen- A equação matemática que define o potencial elétrico em
tido de afastamento da carga Q. um ponto, próximo a uma carga, é:
Analisando o fenômeno do ponto de vista energético, a
carga q, após abandonada, adquire energia cinética (energia Ep
V=
relacionada ao movimento da carga). Como a energia não pode q
ser criada nem destruída, mas apenas transformada, pode-
Na equação:
104

mos deduzir que a carga q possuía energia potencial elétrica e,


durante seu afastamento de Q, essa energia potencial elétrica • Ep é a energia potencial elétrica;
vai sendo aos poucos transformada em energia cinética. • q é a carga elétrica de prova;
É importante notar que o fenômeno independe dos sinais • V é o potencial elétrico no ponto.
das cargas elétricas e que ocorreria o deslocamento de q,
mesmo que os sinais das cargas fossem alterados. Se as car- Veja a figura:
gas tivessem sinais opostos, o deslocamento seria de aproxi- X
mação em vez de afastamento.
Q
Resumindo, quando duas cargas elétricas são colocadas
próximas uma da outra, o conjunto de cargas adquirem ener-
gia potencial elétrica.
A equação que permite calcular a energia potencial elétri- A região sombreada representa o campo elétrico gerado
por uma carga Q, onde se pode obter o potencial elétrico.
ca de um par de cargas é: X é o ponto onde se calcula o potencial elétrico.

k ⋅Q⋅q
Ep =
d
Potencial e energia potencial
Na equação: Frequentemente é difícil para os estudantes
• EP representa a energia potencial elétrica do par de diferenciar energia potencial e potencial elé-
cargas; trico. O potencial elétrico é característico do
• k é a constante eletrostática já estudada no capítulo campo elétrico, independendo de uma carga
anterior; de prova que possa ser colocada no campo.
• Q e q são as cargas elétricas; Por outro lado, a energia potencial elétrica re-
• d é a distância entre elas. fere-se a uma característica do sistema cam-
No SI, a energia é calculada em joules (J), as cargas elétri- po-carga, devida a uma interação entre o cam-
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cas em coulombs (C), e a distância, em metros (m). po e a carga de prova colocada no campo.
A unidade da constante k, no SI, é N · m2/C2.
No sistema internacional de unidades, a unidade de medi-

17
V
da da energia é o joule (J), e da carga elétrica é o coulomb (C).
Assim, a unidade do potencial elétrico é J/C, denominada volt (V). 0 45º d

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1V = 1 J Q<0
1C
No Brasil, os valores de tensão mais comuns nas residên-
cias são 127 V e 220 V. Isso significa que, para cada 1 cou-
lomb de carga, são transportados 127 J ou 220 J de energia,
respectivamente. Potencial elétrico de uma carga puntiforme

Física
negativa em função da distância
A. Potencial elétrico de uma carga puntiforme
Considere uma carga puntiforme Q gerando um campo B. Potencial elétrico de várias
elétrico ao seu redor. X é um ponto distante d da carga, con- cargas puntiformes
forme a figura.
Como abordado na seção anterior, cada carga elétrica cria
X o seu próprio potencial elétrico. Caso existam, em uma região,
várias cargas elétricas puntiformes, o potencial elétrico em

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Q d
um ponto é o resultado da soma ou subtração (dependendo
do sinal da carga) do potencial elétrico de cada carga.
Uma carga puntiforme, seu campo elétrico
e um ponto qualquer no campo APRENDER SEMPRE 16
Ao se colocar uma carga de prova q no ponto X, o sistema
adquire energia potencial elétrica (seção 1) dada por: 01.
k ⋅Q⋅q Três cargas elétricas, Q1 = 2 µC, Q2 = –1 µC e Q3 = 3 µC,
Ep = (1)
d encontram-se fixas conforme a figura.
Como vimos anteriormente, a expressão matemática
para o potencial elétrico é: Q1
Ep
V= (2) d1
q Q2
Ao se substituir a equação da energia potencial elétrica
d2
(1) na equação do potencial elétrico (2), tem-se:
d3 x

105
V =k ⋅ Q
d Q3

Na equação: Sendo d1 = 1 mm, d2 = 0,2 mm e d3 = 0,3 mm, determine


• V representa o potencial elétrico da carga puntiforme Q; o potencial elétrico no ponto X.
• d é a distância da carga Q ao ponto onde se deseja ob-
ter o potencial elétrico; Vx = V1 + V2 + V3
• k é constante eletrostática do meio. k ⋅ Q1 k ⋅ Q2 k ⋅ Q3
É válido salientar que o potencial elétrico V é uma grande- Vx = + +
d1 d2 d3
za escalar, assim a carga elétrica Q deve ser inserida na equa-
9 ⋅ 109 ⋅ (−1) ⋅ 10−6
Vx = 9 ⋅ 10 ⋅ 2−⋅3 10 +
9 −6
ção com seu respectivo sinal. +
A relação entre o potencial elétrico e a distância de um 1 ⋅ 10 2 ⋅ 10−4
ponto qualquer à carga é de proporção inversa, ou seja, au-
+ 9 ⋅ 10
109 ⋅ 3 ⋅ 10−6
mentando-se a distância de um ponto à carga, o potencial elé- 3 ⋅ 10−4
trico diminui segundo a constante de proporção k · Q. Assim,
Vx = 18 ⋅ 106 − 45 ⋅ 10
106 + 90 ⋅ 106
o gráfico que descreve a relação entre V e d é:
Vx = 63 ⋅ 106 V
V
Eixo de simetria
Q>0
C. Energia potencial elétrica de
várias cargas puntiformes
Arco de
hipérbole equilátera Vimos que duas cargas elétricas constituem um sistema
45º
que pode apresentar energia potencial elétrica. Agora, se hou-
0 d ver a presença de mais cargas elétricas, a cada duas delas há
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Potencial elétrico de uma carga puntiforme um sistema, portanto, associamos uma energia. Por exemplo,
positiva em função da distância para três cargas elétricas Q1, Q2 e Q3:
Q2 A. Carga puntiforme
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Como estudamos anteriormente, o potencial elétrico de
uma carga puntiforme é dado por:
d1 d2
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Q1 Q3 V =k ⋅ Q
d3 d
Assim, todos os pontos que estiverem à mesma distância
A primeira com a segunda resulta em uma energia, a se-
da carga Q terão o mesmo potencial. Então:
gunda com a terceira em outra energia e, por fim, a primeira
com a terceira noutra energia. A energia potencial desse sis- A
tema, por ser uma grandeza escalar, será dada pela soma das B
d
Física

três energias potenciais elétricas.


d
Ep(sist.) = E1 + E2 + E3
Q
k ⋅ Q1 ⋅ Q2 k ⋅ Q2 ⋅ Q3 k ⋅ Q1 ⋅ Q3 d
Ep(sist.) = + +
d1 d2 d3
C
Tridimensionalmente, uma casca esférica de raio d em
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APRENDER SEMPRE 17 volta da carga Q constitui uma superfície equipotencial.


01. VA = VB = VC = V
Três cargas elétricas, QA = +2 µC; QB = –3 µC e QC = +1 µC,
encontram-se fixas nos vértices de um triângulo equilátero Importante
de lado 10 cm, no vácuo. Sendo k0 = 9 · 109 Nm2/C2, deter- Explorando o tema das superfícies equipotenciais
mine a energia potencial elétrica do sistema de cargas. (S.E.) de maneira um pouco mais profunda, verificamos al-
gumas características importantes:
QB • Cada casca esférica com centro na carga elétrica
constitui uma S.E., e o módulo do potencial diminui
com o aumento da distância à carga. Então:
dAB dBC
C
QA QC
dAC
B
A
Resolução |VA| > |VB| > |VC|
A energia potencial elétrica do sistema formado pelas
três cargas é dada por:
106

Q ⋅ Q Q ⋅Q Q ⋅Q 
Ep(sist.) = k 0 ⋅  A B + A C + B C 
 dAB dAC dBC  ou seja, o potencial de cada S.E. tende a zero à medida
Como as cargas estão nos vértices de um triângulo que se afasta da carga fonte.
equilátero, temos: • Como o campo elétrico de cargas pontuais é radial, e
k0 a S.E. é uma casca esférica, o campo e a S.E. formam
Ep(sist.) = ⋅ (QA ⋅ QB + QA ⋅ QC + QB ⋅ QC ) um ângulo de 90°.
d
Assim, substituindo os valores numéricos, a expressão C
acima pode ser escrita da seguinte forma: B
9 ⋅ 109 ⋅ [2 ⋅ 10−6 ⋅ (−3 ⋅ 10−6 ) + 2 ⋅ 1 A
Ep(sis
sistt .) = 10−6 ⋅ VA > VB > VC
0,10
⋅ 1 ⋅ 10
10−6 + (−3 ⋅ 10−6 ) ⋅ 10−6 )
Ep(sist ..) = 9 ⋅ 1010 ⋅ [−7 ⋅ 10−12 ] ⇒ Ep(sist ..)) = − 0,63 J
Carga fonte positiva: campo radial de afastamento
e superfícies equipotenciais esféricas

3. Superfícies equipotenciais
Em latim, o prefixo equi (aequus) exprime a ideia de igual- VC > VB > VA
dade. Assim, uma superfície equipotencial é aquela em que to-
dos os pontos estão com o mesmo valor do potencial elétrico. A
B
As superfícies equipotenciais são importantes no estudo C
da eletrostática, pois estão intimamente relacionadas com o
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Carga fonte negativa: campo radial de aproximação


trabalho da força elétrica, como será abordado adiante.
e superfícies equipotenciais esféricas
Seguem alguns exemplos de superfícies equipotenciais.
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O que acontece com as superfícies equipotenciais Para ler um pouco a respeito das superfícies

221
quando há mais de uma carga? equipotenciais, acesse o link:
Nesse caso, os pontos que delimitam a S.E. devem <http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/
apresentar a mesma soma algébrica dos potenciais de to- campo/superficie_equipotencial/>.
das as cargas fontes do sistema.
Seguem alguns exemplos.

4. Trabalho da força elétrica

Física
Quando colocamos duas cargas elétricas próximas uma
da outra, a força coulombiana entre elas pode provocar deslo-
camentos. Assim, ocorre transformação de energia potencial
elétrica em energia cinética. Por isso, é possível obter o tra-
balho realizado pela força elétrica com o teorema da energia
–Q +Q
cinética.

Exemplo

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Imagine duas cargas elétricas positivas separadas por
uma distância dA.

Dipolo elétrico com as linhas de campo elétrico dA


representadas pelas linhas cheias e as superfícies
equipotenciais representadas pelas linhas tracejadas. q
Q
A FA

Como as cargas possuem mesmo sinal, ocorre uma força


de repulsão de módulo FA entre ambas. Para facilitar o estudo,
serão consideradas Q fixa e q podendo se deslocar.
Desse modo, em razão da força de repulsão, a carga q
tende a deslocar-se para a direita, conforme a figura.
dB

dA

107
q q
Q
A FA B FB

Duas cargas positivas iguais com as linhas de campo É importante notar que a força de repulsão eletrostática
elétrico e as superfícies equipotenciais. varia durante o deslocamento da carga q de A para B.
De acordo com o teorema da energia cinética, o traba-
lho da força resultante é igual à variação da energia cinética
da carga q. Como foi adotado o sistema das cargas elétricas
isolado, a força elétrica constitui a própria força resultante
sobre q.
Assim:
TF E = ∆Ec
+Q
TF E = E cB − EcA (1)
Como a força elétrica é uma força conservativa, a energia
do sistema conserva-se e pode ser escrita da seguinte forma:
EcB + EpB = EcA + EpA
EcB − EcA = EpA − EpB (2)
Um corpo de formato irregular: as superfícies equipotenciais Substituindo (2) em (1), tem-se:
são perpendiculares às linhas de campo elétrico.
TF E = EpA − EpB
Note que o potencial elétrico diminui no sentido das
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linhas de campo! Assim, o trabalho da força elétrica é igual à variação da


energia potencial elétrica (inicial menos final).
Substituindo a expressão que relaciona a energia poten- No entanto, se escolhermos aleatoriamente outros dois
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cial elétrica com o potencial elétrico, tem-se: pontos situados a diferentes distâncias da carga fonte, eles
TF E = q ⋅ VA − q ⋅ VB possuirão diferentes valores de potencial elétrico.
221

TF E = q ⋅ (VA − VB ) A
TF E = q ⋅ (VA − VB ) + +

Desse modo, podemos notar que a quantidade de energia + +


elétrica transformada em energia cinética (trabalho da força
elétrica) depende apenas da carga que é deslocada e da dife- + +
rença de potencial elétrico entre os pontos inicial e final.
Física

Importante + +
C
Como o trabalho da força elétrica não depende da tra-
jetória seguida pelo corpo, diz-se que a força elétrica é uma O ponto C encontra-se mais distante da carga que o ponto A.
força conservativa!
Na figura, podemos notar que o ponto C está mais distan-
te da carga que o ponto A. Concluimos, então, que o potencial
5. Diferença de potencial elétrico no ponto C é menor que no ponto A. Finalmente, pode-
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

mos afirmar que existe uma ddp entre os pontos A e C.


elétrico (ddp) A diferença de potencial entre A e C é chamada UAC e pode ser
Conforme já foi visto, o conceito de potencial elétrico é calculada fazendo-se a diferença entre os potenciais elétricos:
bastante útil para se estudar a interação entre cargas elétri-
cas do ponto de vista energético. Frequentemente, o conceito UAC = VA – VC
de diferença de potencial também é utilizado para se enten-
der o movimento de cargas elétricas em circuitos.
Para estudar o tema “diferença de potencial elétrico",
imaginemos um exemplo: Aprofundando um pouco mais o estudo do exemplo an-
Consideram-se um corpo eletricamente carregado com terior, é possível perceber que:
cargas positivas e a região do seu entorno. • se uma partícula positiva for colocada próxima ao
corpo carregado, ela será repelida. Por essa razão,
+ + diz-se que as partículas positivas se deslocam do
potencial maior para o menor;
+ + • se uma partícula negativa for colocada próxima ao
corpo carregado, ela será atraída. Por essa razão, diz-
108

+ + -se que as partículas negativas se deslocam para os


pontos de maior potencial elétrico.
+ +

Um corpo pontual esférico com excesso de carga


positiva e as linhas de campo elétrico
6. Campo elétrico uniforme (CEU)
Por definição, um campo elétrico uniforme deve apresen-
Se escolhermos, aleatoriamente, dois pontos equidistan- tar a mesma direção, sentido e intensidade em todos os seus
tes da esfera, eles apresentarão o mesmo potencial elétrico. pontos. A figura representa uma região em que há um CEU.
A
+ +

+ + + –

+ –
+ +
+ –
+ + –
+
B
Dois pontos equidistantes do corpo carregado + –

Como vimos anteriormente, o potencial elétrico de uma


carga pontual é inversamente proporcional à distância do Região de campo elétrico uniforme
ponto à carga. Assim, se as distâncias entre os pontos A e B
e a carga pontual forem iguais, os potenciais elétricos, nestes Para obter um campo elétrico uniforme, podemos apro-
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pontos, também são. Diz-se, portanto, que não há diferença ximar duas placas com cargas elétricas de sinais opostos.
de potencial entre A e B.
A região entre essas placas apresentará um campo elétrico • a ddp entre dois pontos é produto do campo elétrico

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aproximadamente uniforme. com a distância entre as S.E. que contêm os pontos;
Conforme vimos anteriormente, as superfícies equipo- • a unidade de campo elétrico N/C também pode ser es-

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tenciais são perpendiculares às linhas de campo elétrico. crita V/m.
A figura mostra uma região de CEU com as S.E.
Importante
A distância d entre as superfícies equipotenciais é medi-
Superfície
equipotencial da ao longo das linhas de força e perpendicularmente às S.E.

APRENDER SEMPRE 18

Física
Linha de
força 01.
Uma partícula, de massa m = 10 g e carga elétrica
+q = 1 mC, é abandonada em repouso em um ponto P de
Va Vb Vc Va > Vb > Vc um campo elétrico uniforme de módulo E = 2 · 104 N/C,
conforme a figura.

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Uma região de CEU com as S.E.

É interessante notar que o potencial elétrico das S.E. di-


minui à medida que percorre as linhas de campo no sentido E
das linhas de força.
Caso uma carga de prova positiva seja colocada na região
do CEU, ela tende a deslocar-se no sentido do menor potencial
elétrico. Desprezando os efeitos gravitacionais na partícula, de-
termine a velocidade da partícula após 2,0 s.
q
A M
Resolução
Desprezando-se os efeitos gravitacionais (força peso),
a partícula fica sob a ação de uma única força, a força elétri-
E
ca, que possui a mesma direção e o mesmo sentido do cam-
B po, e seu módulo  é dado por: F = q · E. Como o campo elétri-
co é uniforme, E é o mesmo em todos os pontos da região: a
d força elétrica é constante e é a força resultante na partícula.

109
VA VB
Assim:
q⋅E
A carga q positiva é deslocada pela força elétrica FR = FE ⇒ m · a = q · E ⇒ a =
m
para a região de menor potencial elétrico.
Portanto, a aceleração da partícula é:
Como houve um deslocamento da carga q, podemos cal- q⋅E
⇒ a = 1 ⋅ 10 2 ⋅ 10
−6 4
cular o trabalho exercido pela força elétrica. Como vimos ante- a=
m 0,0
01
riormente, o trabalho da força elétrica independe da trajetória a = 2,0 m/s2
seguida, desde o ponto A até o ponto B. Assim, escolhemos o
caminho percorrido em trajetórias retilíneas: Sendo o movimento uniformemente acelerado com
v0 = 0, temos que, após 2,0 s, a velocidade da partícula é:
T AB = T AM + T MB v = v0 + a · t ⇒ v = 0 + 2 · 2
v = 4,0 m/s
Como foi estudado, o trabalho da força elétrica depende
do valor da carga transportada e da diferença de potencial en-
tre os pontos inicial e final. Como os pontos M e B estão sobre 7. Condutor em equilíbrio
uma mesma SE, o trabalho de M para B é nulo. Portanto:
T AB = T AM
eletrostático
Como: Os materiais condutores apresentam naturalmente um
T AB = F · d · cos θ e θ = 0, temos: movimento desordenado de elétrons considerados livres.
F · d · cos θ = q · (VA – VM) Essas cargas não estão fortemente ligadas a nenhum áto-
q · E · d = q · UAM mo e, por isso, podem se mover através de todo o corpo
E · d = UAM condutor.
Ou simplesmente: Quando um condutor é dito em equilíbrio eletrostático,
E·d=U não pode haver movimento ordenado de elétrons através do
corpo. Assim, mesmo que os elétrons estejam se movendo
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Da equação, podemos concluir que, em um CEU: aleatoriamente, um corpo condutor pode ser classificado
como equilibrado eletrostaticamente. Caso o condutor apre-
sente excesso de cargas elétricas, são válidos os mesmos Importante
17

critérios, ou seja, a carga em excesso não pode apresentar Essa primeira característica possui uma consequência
movimento ordenado, para que o condutor seja classificado muito importante em relação ao potencial elétrico.
221

como equilibrado. Como foi estudado, as superfícies equipotenciais


apresentam um valor de potencial elétrico cada vez menor
quando se percorrem as linhas do campo elétrico. Assim, o
potencial elétrico, dentro do corpo condutor em equilíbrio
eletrostático, é constante, pois não há linhas de campo em
seu interior (não há campo elétrico).
Movimento desordenado dos elétrons – condutor em equilíbrio
+
Física

+
Quando um corpo condutor está em equilíbrio eletrostáti- + C
co, ele apresenta algumas propriedades importantes: +
+ A E=0 VA = VB = VC = V
a. O campo elétrico é nulo em qualquer ponto dentro do B
condutor.
Para compreender essa primeira propriedade, imagine +
uma placa condutora colocada em um campo elétrico
externo Ee, conforme a figura. b. Se o condutor isolado tiver uma carga líquida, ela fica-
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rá inteiramente distribuída sobre sua superfície.


1 2 Podemos entender essa segunda propriedade pelo
conceito básico de repulsão eletrostática. Qualquer
que seja a carga elétrica do condutor, as partículas car-
regadas repelem-se mutuamente e procuram afastar-
-se umas das outras. Assim, elas ocupam as posições
E=0
mais distantes possíveis, sem abandonar o corpo.
c. O campo elétrico imediatamente exterior ao condutor
carregado é perpendicular à superfície do condutor.
Como não pode haver diferença de potencial elétrico
na superfície do condutor, para que não haja movi-
Ee ≠ 0
mento ordenado de cargas, todos os pontos devem
Placa condutora isolada (1)– Placa condutora isolada delimitar uma superfície equipotencial. Portanto, o
na presença de um campo externo (2) campo elétrico, em cada ponto da superfície do con-
dutor, deve ser perpendicular à superfície.
O campo externo induz a separação de cargas na
E2
110

placa, o que faz com que apareça um campo elétrico


E1
gerado pelo condutor no sentido contrário ao campo + +
E3
externo. +
+

3 4 E4
+
– + – +
– + +
– + E7 +
– Ep + – + E5
– + – + E6
E=0
– + – +
– Ee + – + d. Em um condutor de forma irregular, a densidade su-
– + – + perficial de carga é máxima nos locais onde é mínimo
– + – + o raio de curvatura da superfície.
A densidade superficial de carga “σ” é definida como
Ee ≠ 0 Ee ≠ 0
a razão entre a quantidade de carga distribuída Q em
Placa condutora isolada com o campo externo e o campo uma determinada área A.
da placa (3)– Campo elétrico resultante nulo (4)
Assim: σ = Q
A
Finalmente, o campo externo é anulado no interior do A unidade de σ, no SI, é C/m2.
condutor pelo campo “da placa”.
É importante notar que o campo elétrico será sempre A
nulo no interior de um condutor isolado e em equilíbrio
eletrostático, independentemente de suas característi-
cas específicas, como forma, massa, densidade etc. Se
o campo elétrico não fosse nulo, cargas livres do condu-
EMI-16-120

tor seriam aceleradas pela força eletrostática, o que não


é compatível com o modelo de equilíbrio adotado. Superfície de um corpo condutor com a carga Q distribuída na área A
Para entender essa propriedade, imaginemos um corpo Dado o formato irregular do corpo, a carga não se distribui

17
de formato irregular, conforme o da figura. uniformemente em relação à densidade superficial de carga,
ou seja, na região do corpo em que há menos superfície para

221
as cargas ficarem distribuídas, a densidade de cargas é maior.
Isso significa que, em corpos condutores carregados com
regiões pontiagudas, há um campo elétrico externo ao corpo,
gerado pelas próprias cargas na superfície do corpo, mais in-
tenso nessas regiões.
Corpo de formato irregular com carga distribuída em sua superfície Esse fenômeno é conhecido como poder das pontas.

Física
No interior de um condutor em equilíbrio eletrostático, Ele é constituído de um metal pontiagudo e, por meio de
o campo elétrico é nulo. Então, dizemos que no interior des- cabos, conectado à Terra. Em dias muito quentes, as camadas
se condutor ocorre um fenômeno chamado de blindagem de ar se movem rapidamente devido à convecção e isso pro-
eletrostática ou gaiola de Faraday, que significa que o meio voca atrito entre o ar e as nuvens e entre as próprias camadas
interno está eletricamente isolado do meio externo. Como das nuvens. Esses atritos podem gerar cargas elétricas. Se
exemplo, podemos citar o cabo coaxial usado nos cabos das isso acontecer, a nuvem fica eletrizada, ou seja, fica carrega-

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


antenas de televisão. da de cargas elétricas. Algumas nuvens adquirem, no atrito,
cargas elétricas positivas e outras, cargas elétricas negati-
Malha vas. As nuvens podem trocar cargas elétricas entre si ou com
de metal a Terra. Se a troca de cargas elétricas for com a Terra, ocorre o
que chamamos de raio.
Fio de cobre

TOMCH / ISTOCK
Jaqueta
Isolamento
interno
(dielétrico)

O plástico externo serve tanto para proteger o cabo, quan-


to para ser um isolante de eletricidade. A malha de fios abaixo
do plástico serve como um condutor em equilíbrio eletrostáti-
co que faz a blindagem eletrostática no meio interno. O plás-

111
tico entre a malha e o fio interno serve como isolante elétrico
do fio interno, para que ele não toque a malha elétrica. O fio in-
terno transporta a mensagem da antena até a televisão, pro-
tegido de interferências externas. Dessa forma, a mensagem
pode ser transmitida a longas distâncias. Outra aplicação do
assunto visto nesse capítulo é o princípio de funcionamento Edifícios protegidos por para-raios
de um para-raios.
Entre a nuvem e a Terra, ocorre o fenômeno da indução
eletrostática mesmo antes de ocorrer a descarga elétrica.
Como o para-raios é um condutor pontiagudo, a densidade
das cargas elétricas será maior que na superfície da Terra e,
dessa forma, a descarga elétrica do raio acaba, geralmen-
te, acontecendo no para-raios. No momento em que o ar
não consegue mais suportar o campo elétrico criado pelas
cargas elétricas, pelas nuvens e pelos para-raios, ocorre a
descarga, ou seja, o raio. A luz emitida pelo raio (relâmpago)
deve-se ao efeito Joule (aquecimento do ar que ocorre a mi-
lhares de graus Celsius), e o som emitido (o trovão) ocorre
em virtude do aquecimento e da expansão do ar provocados
pelas ondas mecânicas geradas no momento da descarga.
Para se proteger de um raio, deve-se procurar um abrigo no
BOONSOM / ISTOCK

interior de um condutor de eletricidade. Pode ser no interior


de um automóvel ou no interior de uma residência. No inte-
rior desta, deve-se evitar contatos com fios de eletricidade
que podem carregar parte da carga do raio para o interior da
EMI-16-120

Para-raios de quatro pontas residência.


17
221

Para saber mais sobre o poder das pontas, Assista ao vídeo:


acesse o link: <http://efisica.if.usp.br/ <http://www.manualdomundo.com.br/2014/02/
eletricidade/basico/carga/raio_relampago/>. como-fazer-gaiola-de-faraday/>.

Saiba mais sobre a gaiola de Faraday:


<http://www.feiradeciencias.com.
Física

br/sala11/11_47.asp>.

8. Organizador gráfico
A. Energia potencial elétrica
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
JERBARBER, GRASSETTO / ISTOCK

Energia potencial
elétrica

k·Q·q
E=
d
112

Potencial elétrico

Ep
V=
q
Q
V=k· 1
d1

P1 P2

Diferença de Superfícies
potencial equipotenciais

UAC = VA – VC
EMI-16-120

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Módulo 67

17
Energia potencial elétrica e potencial elétrico

221
Exercícios de Aplicação
01. 03.
Considere um ponto P próximo a uma carga fonte em que No vácuo, cuja constante eletrostática vale:

Física
a energia potencial elétrica é 0,2 J, e o potencial elétrico é 10 V. k = 9 · 109 N · m2/C2
Determine o módulo da carga fonte do campo elétrico. são colocadas duas cargas elétricas puntiformes Q = 8 µC
e q = 4 µC, separadas pela distância de 0,4 m. Calcule a ener-
Resolução
gia potencial elétrica desse sistema de cargas.
E
V= p Resolução
q
k ⋅ Q ⋅ q 9 ⋅ 109 ⋅ 8 ⋅ 10−6 ⋅ 4 ⋅ 10−6
10 = 0,2 Ep = =
q d 0,4

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


q = 0,02 C Ep = 0,72 J
Habilidade
Calcular a energia potencial elétrica de cargas puntiformes.

02.
Uma carga elétrica puntiforme, Q = 12 · 10–6 C, encontra-
-se fixa no vácuo.
Considere k0 = 9 · 109 N · m2/C2.

113
a. Determine o potencial elétrico em um ponto a 3,0 cm
da carga, a 6,0 cm da carga e a 9,0 cm da carga Q.
b. Trace o gráfico do potencial elétrico gerado por essa
carga em função da distância.
Resolução
a. O potencial elétrico gerado pela carga Q é dado por:
V =k ⋅ Q
d
Substituindo os valores de k e Q, obtemos:
1,08 ⋅ 105
V = 9 ⋅ 109 ⋅ 12 ⋅ 10−6 ⋅ 1 =
d d
Para d = 3 · 10–2 m ⇒ V = 3,6 · 106 V
Para d = 6 · 10–2 m ⇒ V = 1,8 · 106 V
Para d = 9 · 10–2 m ⇒ V = 1,2 · 106 V
b. Na figura seguinte, temos a representação gráfica do
potencial elétrico em função da distância.

V (106 V) Arco da
3,6 X hipérbole
equilátera
Y
1,8
Z
1,2
EMI-16-120

0 3,0 6,0 9,0 d (10–2 m)


Exercícios Extras
17

04. 05.
221

O gráfico representa a variação da energia potencial de O gráfico que melhor descreve a relação entre o potencial
uma carga elétrica de 2 · 10–6 C, no vácuo, submetida apenas elétrico V, originado por uma carga elétrica Q < 0, e a distância
à ação de um campo elétrico uniforme e paralelo ao eixo x. d de um ponto qualquer à carga é:
Em x = 0,0 cm, a energia cinética da carga é nula. a. V d. V
0,0014
0,0012
Física

0,001
d d
0,0008
Ep (J)

0,0006 b. V e. V
0,0004
0,0002
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

d d
x (cm)
c. V
Com base nesses dados, o potencial elétrico em x = 0,6 cm é:
a. 0,0006 V
b. 0,003 V d
c. 3 V
d. 60 V
e. 300 V

Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, o aluno deve adquirir as habilidades necessárias para compreender e diferenciar os conceitos de energia
potencial elétrica e potencial elétrico. Para isso, a analogia entre os conceitos de energia potencial gravitacional e potencial gra-
vitacional pode ser útil. A diferenciação dos conceitos por meio de suas unidades de medida e sua demonstração em fenômenos
elétricos pode ser uma estratégia interessante.
114

EMI-16-120
Exercícios Propostos

17
Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 2A 10.

221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Uma carga de 2,0 · 10–7 C encontra-se isolada, no vácuo,
distante 6,0 cm de um ponto P.
Qual a proposição correta?
06. a. O vetor campo elétrico, no ponto P, está voltado para
Em um ponto A de um campo elétrico gerado por uma car- a carga.
ga puntiforme, o potencial elétrico é 200 V, e a intensidade do b. O campo elétrico, no ponto P, é nulo porque não há ne-
campo elétrico é 0,8 N/C. A distância, em metros, do ponto A à nhuma carga elétrica em P.

Física
carga geradora do campo elétrico é: c. O potencial elétrico, no ponto P, é positivo e vale
a. 0,25 3,0 · 104 V.
b. 2,5 d. O potencial elétrico, no ponto P, é negativo e vale
c. 25 –5,0 · 104 V.
d. 250
e. 2 500 11.
A respeito dos conceitos eletrostáticos, assinale a alter-
07. nativa correta.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Quando aproximamos duas partículas que se repelem, a a. Campo elétrico é uma grandeza escalar, e sua unidade
energia potencial das duas partículas: é N/C.
a. aumenta. b. Potencial elétrico é uma grandeza vetorial, e sua uni-
b. diminui. dade é volt.
c. fica constante. c. Energia potencial elétrica e potencial elétrico repre-
d. diminui e, em seguida, aumenta. sentam a mesma quantidade física.
e. aumenta e, em seguida, diminui. d. A energia potencial elétrica de um sistema de cargas
é sempre positiva.
08. e. O potencial elétrico é uma característica de cada car-
No campo elétrico criado no vácuo por uma carga Q punti- ga, e a energia potencial elétrica só existe quando há
forme de 4,0 · 10–3 C, é colocada uma carga q, também punti- mais de uma carga no sistema.
forme, de 3,0 · 10–3 C, a 20 cm da carga Q.
A energia potencial adquirida pela carga q é: 12. UFPE (adaptado)
a. 6,0 · 10–3 joules. O gráfico mostra a dependência do potencial elétrico cria-
b. 8,0 · 10–2 joules. do por uma carga pontual, no vácuo, em função da distância
c. 6,3 joules. à carga.

115
d. 5,4 · 105 joules.
1 000
09. UFPE (adaptado)
Potencial elétrico (V)

800
O gráfico mostra a dependência do potencial elétrico cria-
do por uma carga pontual, no vácuo, em função da distância 600
à carga.
400
1 000
200
Potencial elétrico (V)

800
0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
600 Distância (m)

400
O valor da carga elétrica é:
200 Dado: k = 9 · 109 N · m2/C2
a. 1 · 10–9 C c. 3 · 10–9 C e. 5 · 10–9 C
0 b. 2 · 10–9 C d. 4 · 10–9 C
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Distância (m) 13. UFPE
Duas cargas elétricas iguais de módulo Q estão separa-
Determine a energia potencial elétrica que uma carga de das pela distância d. Nessas condições, a energia potencial
5 µC adquire ao ser colocada a 5 cm da carga pontual. elétrica do sistema vale Ep. Dobrando-se os módulos das duas
a. 900 J cargas elétricas e dobrando-se a distância entre elas, a nova
b. 45 J energia potencial elétrica do sistema de cargas, será:
c. 0,0045 J a. Ep d. 0,5 · Ep
EMI-16-120

d. 45 · 10–9 J b. 2 · Ep e. 025 · Ep
e. 45 · 10–7 J c. 4 · Ep
14. UERJ a despolarização e leva a célula ao potencial de repouso. Para
17

Em um laboratório, um pesquisador colocou uma esfera tanto, há o influxo celular de íons K+.
pontual, eletricamente carregada, em uma câmara a vácuo. Qual das fases, presentes na figura, indica o processo de
221

O potencial e o módulo do campo elétrico, medidos a certa dis- despolarização e repolarização celular, respectivamente?
tância dessa esfera, valem, respectivamente, 600 V e 200 V/m. a. Fases 0 e 2
Determine o valor da carga elétrica da esfera. b. Fases 0 e 3
Dado: k = 9· 109 N ·m2/C2 c. Fases 1 e 2
d. Fases 2 e 0
15. Enem e. Fases 3 e 1
As células possuem potencial de membrana, que pode
Física

ser classificado em repouso ou ação, e é uma estratégia ele- 16. Cesgranrio-RJ


trofisiológica interessante e simples do ponto de vista físico. Um sistema tridimensional de coordenadas ortogonais,
Essa característica eletrofisiológica está presente na figura, graduadas em metros, encontra-se em um meio cuja cons-
que mostra um potencial de ação, disparado por uma célula
tante eletrostática é 1,3 ⋅ 109 N ⋅ 2m .
2

que compõe as fibras de Purkinje, responsáveis por conduzir C


os impulsos elétricos para o tecido cardíaco, possibilitando
assim a contração cardíaca. Observa-se que existem quatro y
fases envolvidas nesse potencial de ação, sendo denomina-
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

(0, 12; 0)
das fases 0, 1, 2 e 3.

Fase 1
Potencial de membrana (mV)

12
0 Fase 2

Fase 3 (4; 0; 0)
–50 Fase 0 x
(0, 0, 0)
(0, 0, 3) 3
–100 z 4

200 400 600 Nesse meio, há apenas três cargas positivas puntifor-
Tempo (ms) mes, Q1, Q2 e Q3, todas com carga igual a 1,44 · 10–4 C.
Essas cargas estão fixas, respectivamente, nos pontos
116

O potencial de repouso dessa célula é –100 mV e, quan- (0,b,c), (a,0,c) e (a,b,0). Os números a, b e c (c < a < b) são as
do ocorre influxo de íons Na+e Ca2+, a polaridade celular pode raízes da equação x3 – 19 · x2 + 96 · x – 144 = 0.
atingir valores de até +10 mV, o que se denomina despolari- Adotando-se o referencial no infinito, o potencial elétrico,
zação celular. A modificação no potencial de repouso pode em kV, gerado pela carga Q3 no ponto (0,0,c) é:
disparar um potencial de ação, quando a voltagem da mem- a. 14,4
brana atinge o limiar de disparo, que está representado na b. 15,6
figura pela linha pontilhada. Contudo, a célula não pode se c. 25,8
manter despolarizada, pois isso acarretaria a morte celular. d. 46,8
Assim, ocorre a repolarização celular, mecanismo que reverte e. 62,4
EMI-16-120
Módulo 68

17
Potencial elétrico gerado por várias cargas puntiformes

221
Exercícios de Aplicação
01. 03.
Duas cargas elétricas puntiformes Q1 e Q2 estão localiza- A figura mostra duas cargas iguais q = 1,0 · 10–11 C, co-

Física
das nos extremos de um segmento AB de 10 cm, no vácuo. locadas em dois vértices de um triângulo equilátero de lado
igual a 1 cm.
Qual o valor, em volts, do potencial elétrico no terceiro
(Q1) (Q2)
M P vértice do triângulo (ponto P)?
Dado: constante eletrostática do meio: k = 9 · 109 N · m2/C2.
A B
q
Q1 = +4,0 · 10–8 C e Q2 = –1,0 · 10–8 C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Dado: k0 = 9,0 · 109 N · m2/C2
Calcule o potencial resultante em M, ponto médio do seg-
mento AB.
P
Resolução
VM = V1 + V2 q
Q1 Q
VM = k ⋅ +k ⋅ 2
d1 d2 a. 9V
b. 18 V
VM = 9 ⋅ 109 ⋅ 4 ⋅ 10 − 9 ⋅ 109 ⋅ 1 ⋅ 10
−8 −8

0,05 0,05 c. 27 V
d. 30 V
VM = 5,4 ⋅ 103 V
e. 40 V

02. Resolução
Quatro cargas elétricas positivas Q são colocadas nos Q Q
Vp = k ⋅ 1 + k ⋅ 2
vértices de um quadrado, e uma quinta carga q, também po- d1 d2

117
sitiva, localiza-se no ponto O, indicado na figura. Pode-se afir-
Vp = 9 ⋅ 109 ⋅ 1 ⋅ 10 + 9 ⋅ 109 ⋅ 1 ⋅ 10
−11 −11

mar que a força elétrica na carga q e o potencial elétrico no 0,01 0,01


ponto O são, respectivamente: Vp = 18 V
Q Q Alternativa correta: B
Habilidade
d d
Calcular o potencial elétrico gerado por uma ou mais car-
q O gas puntiformes.
d d

Q Q

a. nula e 4 ⋅ k ⋅ Q . d. 4 ⋅ k ⋅ Q e nulo.
d d
4⋅k⋅Q⋅q 4⋅k⋅q⋅q
b. e nulo. e. nulo e .
d2 d
c. 4 ⋅ k ⋅ Q ⋅ q e 4 ⋅ k ⋅ Q .
d d
Resolução
 
F1 = F2 = F3 = F4 F1 F2
FR = 0
VR = V1 + V2 + V3 + V4  
F3 F4
4⋅k⋅Q
EMI-16-120

d
Exercícios Extras
17

04. 05.
221

Em três dos vértices de um quadrado, encontram-se car- Duas cargas elétricas –q estão distantes do ponto A como
gas elétricas fixas positivas. O potencial elétrico resultante no mostra a figura.
quarto vértice desse quadrado:
a. será obrigatoriamente nulo.
A a
b. será a soma vetorial dos três vetores potenciais elé- –q
45º
tricos.
c. será a soma escalar dos potenciais das três cargas e 45º
Física

terá sinal positivo. a


d. será a soma escalar dos potenciais das três cargas e
terá sinal negativo.
–q x
e. só terá potencial elétrico nesse quarto vértice se hou-
ver a presença de uma carga de prova.
a. Em que ponto distante de A, sobre a reta Ax, deve-se colo-
car +q para que o potencial eletrostático em A seja nulo?
b. O ponto encontrado no item a é o único ponto no qual
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

a carga +q pode ser colocada para anular o potencial


em A? Justifique a resposta.

Seu espaço
Sobre o módulo
Após o estudo deste módulo, o aluno deverá ser capaz de calcular o potencial elétrico de um sistema de cargas pontuais.
Um ponto interessante para abordar com os alunos pode ser o caráter escalar das grandezas envolvidas, que implica uma
abordagem diferente daquela utilizada para calcular o campo elétrico ou a força elétrica resultante.
118

EMI-16-120
Exercícios Propostos

17
Da teoria, leia o tópico 2B. 10.

221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Nos pontos A, B e C, de uma circunferência de raio 3 cm,
fixam-se cargas elétricas puntiformes de valores 2 µC, 6 µC e
2 µC, respectivamente. Determine:
06.
Duas cargas elétricas, Q1 = 2 µC e Q2= –2 µC, estão fixas A
em dois vértices de um triângulo equilátero de lado 0,3 m.
Determine o potencial elétrico no terceiro vértice do triângulo.

Física
Adote: k = 9 · 109 N · m2/C2.
B
07.
Duas cargas elétricas puntiformes Q1 = 2,0 µC e Q2 = – 6,0 µC
encontram-se no vácuo, distanciadas de 1,2 m. Determine a
que distância da carga Q1 encontra-se o ponto, sobre o seg-
mento de reta que as une, no qual o potencial elétrico devido
a ambas as cargas é nulo. C

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Q1 Q2 a. a intensidade do vetor campo elétrico resultante no
centro do círculo;
b. o potencial elétrico no centro do círculo.
1,2 m (Considere as cargas no vácuo, onde
k = 9 · 109 N · m2/C2.)
a. 0,2 m
b. 0,3 m 11. UFPE
c. 0,4 m Considere duas cargas elétricas puntiformes, de mesmo
d. 0,6 m valor e sinais contrários, fixas no vácuo e afastadas pela distân-
e. 1,0 m cia d. Pode-se dizer que o módulo do campo elétrico E e o valor
do potencial elétrico V, no ponto médio entre as cargas, são:
08. a. E ≠ 0 e V ≠ 0
Duas cargas pontuais idênticas, de carga q = 1 · 10-9 C, b. E ≠ 0 e V = 0
são colocadas a uma distância de 0,1 m. Determine o c. E = 0 e V = 0
potencial eletrostático e o campo elétrico, a meia distância, d. E = 0 e V ≠ 0

119
entre as cargas. e. E = 2 · V/d
Considere k = 9,0 · 109 (N · m2/C2).
a. 100,0 N · m/C e 2,0 N/C 12. UFPE
b. 120,0 N · m/C e 0,0 N/C Três cargas puntiformes, q, no vácuo, de módulo igual a
c. 140,0 N · m/C e 1,0 N/C 2,7 · 10–10 C, estão situadas conforme indica a figura.
d. 160,0 N · m/C e 2,0 N/C
e. 360,0 N · m/C e 0,0 N/C

09. –q +q
A figura representa duas cargas elétricas puntiformes, d d
mantidas fixas em suas posições, de valores +2q e –q, sendo
q o módulo de uma carga de referência. 30º 30º
O 30º
+2q –q
I L d
J K
+q

Considerando-se zero o potencial elétrico no infinito, é


correto afirmar que o potencial elétrico criado pelas duas car-
gas será zero também nos pontos: Determine o potencial resultante, em volts, no ponto O da
a. I e J. figura para d = 9,0 cm.
b. I e K. a. 9 V
c. I e L. b. 18 V
d. J e K. c. 27 V
EMI-16-120

e. K e L. d. 36 V
e. 45 V
13. c. um elipsoide que corta o eixo x nos pontos x = –4 m
17

Duas cargas elétricas negativas se encontram em dois e x = 16 m.


dos vértices de um triângulo equilátero. O potencial elétrico d. um hiperboloide que corta o eixo x no ponto x = –4 m.
221

no terceiro vértice desse triângulo, devido apenas a essas e. um plano perpendicular ao eixo x que o corta no ponto
duas cargas, será: x = –4 m.
a. nulo.
b. positivo. 16. ITA-SP
c. negativo. Três esferas condutoras, de raio a e carga Q, ocupam os
d. a soma de dois vetores que formam entre si um ângu- vértices de um triângulo equilátero de lado b > a, conforme
lo de 60º. mostra a figura (1). Considere as figuras (2), (3) e (4), em
Física

e. a soma de dois vetores que formam entre si um ângu- que, respectivamente, cada uma das esferas se liga e desli-
lo de 120º. ga da Terra, uma de cada vez. Determine, nas situações (2),
(3) e (4), a carga das esferas Q1, Q2 e Q3, respectivamente, em
14. função de a, b e Q.
Sabendo-se que Vab = Va – Vb = –40 V é a diferença de po-
tencial entre dois pontos A e B e que A está mais próximo da Q1 Q
carga fonte de campo, é correto afirmar que:
a. a carga fonte é positiva.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b. o sentido do campo é de A para B.


c. o potencial de B é menor que o potencial de A.
d. o potencial de B é nulo. Q Q Q1 Q
e. a carga fonte é negativa.
Figura 1 Figura 2
15. ITA-SP
Considere as cargas elétricas q1 = 1 C, situada em x = –2 m, Q Q3
e q2 = –2 C, situada em x = –8 m. Então, o lugar geométrico
dos pontos de potencial nulo é:
a. uma esfera que corta o eixo x nos pontos x = –4 m e
x = 4 m.
b. uma esfera que corta o eixo x nos pontos x = –16 m Q1 Q2 Q1 Q2
e x = 16 m.
Figura 3 Figura 4
120

EMI-16-120
Módulo 69

17
Energia potencial elétrica de várias cargas puntiformes

221
Exercícios de Aplicação
01. 03.
A figura mostra três cargas elétricas alinhadas no vácuo No triângulo da figura, o sistema de cargas AB armazena,

Física
(k = 9 · 109 N · m2/C2). Calcule a energia potencial elétrica independentemente da carga C, uma quantidade de energia
desse sistema de cargas. potencial denominada E.

Q1 = 3,0 µC Q2 = – 2,0 µC Q3 = 5,0 µC


C
30 cm 30 cm Q

Resolução d d

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


k·Q1 ·Q2 k·Q2 ·Q3 k·Q1 ·Q3
Ep = + +
d1,2 d2,3 d1,3
Q Q
9 ⋅ 109 ⋅ 3 ⋅ 10−6 ⋅ (−2 ⋅ 10−6 ) d
Ep = + A B
0,30
9 ⋅ 109 ⋅ (−2 ⋅ 10−6 ) ⋅ 5 ⋅ 10−6
+ + Assim, pode-se concluir que a quantidade de energia ar-
0,30 mazenada no sistema ABC é:
9 ⋅ 109 ⋅ 3 ⋅ 10−6 ⋅ 5 ⋅ 10−6 a. E
+
0,60 b. 2 · E
Ep = − 0,18 − 0,3 + 0,225 c. 3 · E
Ep = − 0,255 J d. 4 · E
e. 5 · E

02. Resolução
Na região do campo elétrico criado por uma carga punti- Considerando apenas as cargas A e B, há somente um par
forme Q = 4,0 · 10–3 C, é colocada outra carga puntiforme q de de cargas. Levando em conta a carga C, podemos obter três
pares distintos de cargas elétricas.

121
2,0 · 10–3 C, distante 4 cm de Q. No ponto médio do segmento
de reta que une Q e q, adiciona-se outra carga de 3,0 · 10–3 Alternativa correta: C
C. Assim, ao se adicionar a terceira carga, o valor da energia Habilidade
aumenta em: Calcular a energia potencial elétrica de cargas puntiformes.
a. 18 · 105 J c. 81 · 105J e. 90 · 106 J
b. 54 · 105J d. 36 · 106 J
Resolução
Q1 q3 q2

d13 d32

Aumento da energia:
∆Ep = Ef – Ei
∆Ep = E12 +E13 + E23 – E12
∆Ep = E13 + E23
k ⋅ Q1 ⋅ q3 k ⋅ q2 ⋅ q3
∆Ep = +
d13 d23
9 ⋅ 109 ⋅ 4,0 ⋅ 10−3 ⋅ 3,0 ⋅ 10−3
∆Ep = +
2 ⋅ 10−2
9 ⋅ 109 ⋅ 2,0 ⋅ 10−3 ⋅ 3,0 ⋅ 10−3
+
2 ⋅ 10−2
∆Ep = 81 ⋅ 105 J
Alternativa correta: C
EMI-16-120
Exercícios Extras
17

04. Uespi tomando sua forma e finalmente se materializando nos tra-


221

Três cargas pontuais idênticas encontram-se arranjadas balhos de Maxwell, Faraday, Lenz, Ampère e outros. Nos dias
de acordo com as configurações das figuras 1 e 2. Se a ener- de hoje, o eletromagnetismo é uma das bases científicas da
gia potencial eletrostática das configurações é a mesma, a vida moderna, fundamentando o funcionamento de dispositi-
razão D/L é dada por: vos tão simples como uma lâmpada ou tão sofisticados como
computadores e telefones celulares. Com relação ao eletro-
Figura 1 Figura 2 magnetismo, considere as seguintes afirmativas:
1. Um corpo eletricamente carregado possui excesso de
Física

cargas elétricas de um dado sinal. Tais cargas elétri-


L
cas dão origem a um campo vetorial conhecido como
D D campo elétrico, cujas linhas de campo começam ou
terminam nessas cargas elétricas.
L
2. Para aproximar duas cargas elétricas de mesmo sinal
com velocidade constante deve-se, necessariamente,
a. 1/(2+51/2) aplicar uma força. Nesse processo, a energia potencial
b. 1/(4+51/2) elétrica do sistema diminui.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

c. 2/(2+21/2) 3. Quando se aproximam duas cargas elétricas puntifor-


d. 4/(4+21/2) mes de mesmo sinal a energia potencial elétrica do
e. 5/(4+21/2) sistema aumenta.
Assinale a alternativa correta.
05. UFPR a. Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
O século XIX foi de extrema importância para o desenvol- b. Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
vimento da física. A partir das experiências pioneiras de al- c. Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
guns físicos, entre eles Coulomb e Oersted, a vida do homem d. Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
começou a mudar radicalmente. Era o eletromagnetismo e. Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

Seu espaço
Sobre o módulo
Após o estudo desse módulo, o aluno deverá ser capaz de calcular a energia potencial elétrica de um sistema de cargas pontuais.
Pode ser interessante abordar o caráter escalar das grandezas envolvidas, que implica uma abordagem diferente daquela
122

utilizada para calcular o campo elétrico ou a força elétrica resultante.

EMI-16-120
Exercícios Propostos

17
Da teoria, leia o tópico 2C. Assinale a alternativa correta.

221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento a. Apenas I é correta.
b. Apenas II é correta.
c. I e II são corretas.
06. d. Nenhuma das alternativas é correta.
A figura mostra três cargas elétricas alinhadas no vácuo
(k = 9 · 109 N · m2/C2). Calcule a energia potencial elétrica 11. Mackenzie-SP
desse sistema de cargas. A 40 cm de um corpúsculo eletrizado, coloca-se uma car-

Física
ga puntiforme de 2,0 µC. Nessa posição, a carga adquire ener-
Q1 = 3,0 µC Q2 = 5,0 µC Q3 = 4,0 µC gia potencial elétrica igual a 0,54 J.
Considerando k0 = 9 · 109 N · m2/C2, a carga elétrica do
30 cm 30 cm corpúsculo eletrizado é:
a. 20 µC c. 9 µC e. 4 µC
07. b. 12 µC d. 6 µC
Três cargas elétricas, Q1 = Q2 = Q3 = 5,0 µC, estão dispostas
nos vértices de um triângulo equilátero, de lado 50 cm, con- 12. UFRJ

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


forme mostra a figura abaixo. Sabendo-se que o meio é o vá- A figura mostra um sistema de duas partículas punti-
cuo, cuja constante da eletrostática vale k = 9 · 109 N · m2/C2, formes, A e B, em repouso, com cargas elétricas iguais a Q,
calcule a energia potencial elétrica do sistema de cargas. separadas por uma distância r. Sendo k a constante eletros-
Q1 tática, pode-se afirmar que o módulo da variação da energia
potencial da partícula B na presença da partícula A, quando
sua distância é modificada para 2r, é:

r
Q2 Q3

08. A B B
A figura mostra três cargas elétricas alinhadas no vácuo
(k = 9 · 109 N · m2/C2). Calcule a energia potencial elétrica
desse sistema de cargas. 2r

a. k ⋅ Q2 d. k ⋅ Q2
2
Q1 = 10 µC Q2 = 10 µC
4⋅r 4⋅r

123
30 cm
b. k ⋅ Q e. k ⋅ Q
2 2

40 cm 2⋅r r
c. k ⋅ Q2
Q3 = –10 µC 2⋅r

09. 13.
Uma carga positiva puntiforme é liberada, a partir do As cargas elétricas dispostas na figura possuem módulo
repouso, da região do campo elétrico criado por outra carga de 1 mC e a distância d vale 2cm.
puntiforme negativa. A respeito da energia potencial elétrica
do sistema, é correto afirmar:
a. A energia potencial elétrica do sistema diminui. –q +q
b. A energia potencial elétrica do sistema aumenta. d d
c. A energia potencial elétrica do sistema é constante. 30º 30º
d. A energia potencial diminui inicialmente e, depois,
aumenta. O 30º
e. A energia potencial aumenta inicialmente e, depois, d
diminui. +q

10. UFU-MG (adaptado)


Considere as seguintes afirmações:
I. Uma molécula de água, embora eletricamente neutra, Com base nas informações e na figura, a energia poten-
produz campo elétrico. cial elétrica armazenada no par de cargas positivas é:
II. A energia potencial elétrica de um sistema de cargas a. 9 · 105 J d. 4,5 · 107 J
EMI-16-120

puntiformes positivas diminui ao ser incluída uma car- b. 4,5 · 10 J


5
e. 2,25 · 107 J
ga negativa no sistema. c. 2,25 · 105 J
14. 15.
17

A figura mostra duas cargas elétricas puntiformes, Duas cargas puntiformes, Q1 = 3,0 µC e Q2 = –12 µC, es-
Q1 = +10–6 C e Q2 = –10–6 C, localizadas nos vértices de um tão fixas nos pontos A e B, no vácuo, separadas 9, 0 cm e iso-
221

triângulo equilátero, de lado d = 0,3 m. O meio é o vácuo, cuja ladas de outras cargas.
constante eletrostática é k0 = 9 · 109 N · m2/C2. O potencial
Q1 = 3,0 µC M Q2 = 12,0 µC
elétrico, a intensidade do campo elétrico resultante no ponto P
e a energia potencial do sistema são, respectivamente:
A 9,0 cm B
P Determine a energia potencial elétrica do sistema.
Dado: constante eletrostática: k = 9, 0 · 109 N · m2/C2
Física

16.
d d
Determine a energia potencial elétrica, armazenada no
sistema de cargas, dispostas nos vértices de um quadrado.
Sabe-se que Q = 4,0 µC e k = 9 · 109 N· m2/C2.
Q1 Q2 +Q +Q
d
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

a. 0 V; 105 V/m; –0,03 J


6,0 cm
b. 0 V; 3 · 105V/m; –0,3 J
c. 3 · 104 V; 3 · 105 V/m; –0,9 J
d. 6 · 104 V; 105 V/m; –0,03 J
e. 6 · 104 V; 2 · 105 V/m; 0,9 J –Q –Q
124

EMI-16-120
Módulo 70

17
Superfícies equipotenciais

221
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Uma superfície equipotencial representa diversos pon- A figura representa algumas superfícies equipotenciais

Física
tos que apresentam o mesmo valor para o potencial elétrico. de um campo eletrostático, cada qual com o respectivo valor
Represente com linhas pontilhadas algumas das superfícies de seu potencial.
equipotenciais geradas por:
a. uma carga puntiforme;

Q 1

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


b. uma placa plana, muito grande e carregada positiva-
mente.
2
+
+ –10 V +10 V
+ –5 V +5 V
+
+ Sabe-se ainda que V1 = V2 = 0 V.
+ Represente a equipotencial de zero volt.
+
+ Resolução

Resolução
a. 1

125
Q
2
–10 V +10 V
–5 V +5 V
b.

+
+
+
+
+
+
+
+
EMI-16-120
03. Unioeste-PR (adaptado) Assinale a alternativa correta.
17

Numa certa região do espaço sob o vácuo, existe uma a. O campo elétrico é mais intenso no ponto B da figura.
única carga puntiforme Q, que produz o campo elétrico E re- b. Ao abandonar um elétron no ponto A, este irá se dirigir
221

presentado na figura a seguir, em que se pode observar ainda ao ponto B.


os pontos A e B, respectivamente, sobre as superfícies equi- c. O valor do potencial elétrico no ponto A é metade da-
potenciais S1 e S2. quele no ponto B
d. A carga geradora desse campo tem sinal negativo.
E e. Ao abandonar um próton no ponto A, este irá se dirigir
ao ponto B.
Resolução
Física

A B O próton tende a ir do maior potencial para o menor


potencial
Alternativa correta: E
Habilidade
S1 Reconhecer e descrever superfícies equipotenciais.
S2
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
126

Exercícios Extras
04. 05. Epcar-MG
Uma carga puntiforme Q = 1 µC produz um campo elétrico A figura ilustra um campo elétrico uniforme, de módulo E,
em seu entorno. A figura representa as superfícies equipoten- que atua na direção da diagonal BD de um quadrado de lado L.
ciais desse campo elétrico. Sabe-se que d1 = 1 cm, d2 = 2 · d1 e
d3 = 3 · d1. Considere a constante eletrostática do meio igual
a 9 · 109 N · m2/C2. E

A B
O

Q d3
d1 D L C

d2

Se o potencial elétrico é nulo no vértice D, pode-se afir-


Com base nas informações e na figura, determine o po- mar que a ddp entre o vértice A e o ponto O, intersecção das
tencial elétrico da superfície equipotencial 3. diagonais do quadrado, é:
a. 3 · 108 V a. nula.
b. 1 · 108 V b. L ⋅ 2 ⋅ E
c. 0,3 · 108 V 2
EMI-16-120

d. 0,9 · 108 V c. L ⋅ 2 ⋅ E
e. 0,09 · 108 V d. L · E
Seu espaço

17
Sobre o módulo

221
Neste módulo, o aluno deverá adquirir a habilidade de reconhecer, descrever e caracterizar as superfícies equipotenciais.
Pode ser conveniente destacar a importância dessas superfícies para o estudo da eletrostática.

Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Exercícios Propostos

Da teoria, leia os tópicos 3 e 3A. II. O potencial elétrico no ponto D é menor que no ponto C.
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento III. Uma partícula carregada negativamente, abandonada
no ponto B, movimenta-se espontaneamente para re-
giões de menor potencial elétrico.
06. Fesp IV. A energia potencial elétrica de uma partícula positiva
Considere as seguintes afirmativas sobre o campo de diminui quando se movimenta de B para A.
uma carga puntiforme: É correto o que se afirma apenas em:

127
I. As superfícies equipotenciais são esféricas. a. I. d. II e IV.
II. As linhas de força são perpendiculares às superfícies b. I e IV. e. I, II e III.
equipotenciais. c. II e III.
III. A intensidade do vetor campo elétrico varia inversa-
mente com a distância do ponto à carga. 08. UFG-GO (adaptado)
São corretas: Uma carga puntiforme Q gera uma superfície equipoten-
a. I e III. cial de 2,0 V a uma distância de 1,0 m de sua posição.
b. II e III.
V3 = 1 V
c. I e II.
d. todas. r3
e. nenhuma.
V2 = 2 V
07. IFSP
r2 = 1 m
Na figura, são representadas as linhas de força em uma
região de um campo elétrico. A partir dos pontos A, B, C, e D V1 = 3 V
situados nesse campo, são feitas as seguintes afirmações: r1

D d

C
B
A
Tendo em vista o exposto, calcule a distância entre as su-
perfícies equipotenciais que diferem dessa por 1,0 V.
EMI-16-120

I. A intensidade do vetor campo elétrico no ponto B é a. 0,67 m c. 1,33 m e. 1 m


maior que no ponto C. b. 2 m d. 0,5 m
09. Unifesp a. As superfícies equipotenciais representam pontos
17

A figura representa a configuração de um campo elétrico com potenciais decrescentes.


gerado por duas partículas carregadas, A e B. b. As superfícies equipotenciais são perpendiculares ao
221

campo elétrico.
c. Uma carga positiva desloca-se espontaneamente
em direção às superfícies equipotenciais de maior
potencial.
d. As superfícies equipotenciais são sempre tangenciais
ao campo elétrico.
A
e. As superfícies equipotenciais representam pontos
Física

com potencial elétrico nulo.

12.
Uma carga negativa –Q, isolada, é colocada em uma re-
gião do espaço como mostra a figura.
B

C
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

B
A

Assinale a alternativa que apresenta as indicações cor-


retas para as convenções gráficas que ainda não estão apre-
sentadas nessa figura (círculos A e B) e para explicar as que já
estão apresentadas (linhas cheias e tracejadas).

Carga da Carga da Linhas Em volta da carga são marcados três pontos A, B e C.


Linhas
partícula partícula cheias com A respeito do potencial elétrico, assinale a alternativa correta:
tracejadas
A B setas a. VA = VB = VC c. VA < VB < VC e. VA < VB > VC
Superfície b. VA > VB > VC d. VA > VB < VC
a. (+) (+) Linha de força
equipotencial
13.
Superfície
b. (+) (–) Linha de força Uma carga negativa Q, isolada, é colocada em uma região
equipotencial
128

do espaço como mostra a figura.


Superfície
c. (–) (–) Linha de força
equipotencial
Superfície C
d. (–) (+)
equipotencial
Linha de força
B
Superfície A
e. (+) (–) Linha de força
equipotencial

10. PUC-SP
Um campo elétrico é criado por uma carga puntiforme. As
superfícies equipotenciais são superfícies concêntricas, com
centro na carga. Considerando superfícies equipotenciais,
cujos correspondentes valores do potencial diferem por uma Em volta da carga são marcados três pontos A, B e C.
constante (por exemplo: 20, 18, 16, 14, ...), podemos afirmar A respeito do potencial elétrico, assinale a alternativa correta:
que estas superfícies se apresentam: a. VA = VB = VC c. VA < VB < VC e. VA < VB > VC
a. igualmente espaçadas. b. VA > VB > VC d. VA > VB < VC
b. cada vez mais espaçadas à medida que a distância à
carga aumenta. 14.
c. cada vez mais juntas à medida que a distância à carga A figura representa as linhas de força de determinado
aumenta. campo elétrico.
d. mais afastadas ou mais juntas, dependendo do valor
da carga que cria o campo.

11. E
EMI-16-120

Com relação às superfícies equipotenciais, assinale a


afirmativa correta.
Sendo VA, VB e VC os potenciais eletrostáticos em três dos potenciais elétricos dessas superfícies estão

17
pontos, A, B e C, respectivamente, com 0 < VA – VC < VB – VC , indicados no gráfico. As questões se referem à
pode-se afirmar que a posição desses pontos é mais bem re- situação em que A e B estão na presença uma

221
presentada na alternativa: da outra, nas posições indicadas no gráfico, com
seus centros no plano do papel.

Y (m)
a. E
B C A
–200 V +100 –250 V
0,10 –150 V
+125 V –300 V

Física
+150 V
0,08 –400 V
+200 V
b. E +250 V –500 V
C B A 0,06 +300 V P
+400 V
+500 V –1000 V
0,04
–2000 V
A
0,02 B

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


+1000 V
c. E S
B A C
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 x (m)

Adote:
E Uma esfera com carga Q gera, fora dela, a uma distância r
d.
A C B do seu centro, um potencial V e um campo elétrico de módulo E,
dados pelas expressões:
V = k · (Q/r); E = k · (Q/r2) = V/r; k = constante;
Leia o texto e responda às questões 15 e 16. 1 volt/metro = 1 newton/couloumb.

Duas pequenas esferas metálicas, A e B, são 15. Fuvest-SP (adaptado)


mantidas em potenciais eletrostáticos constan- Trace, com caneta, em toda a extensão do gráfico da figu-
tes, respectivamente, positivo e negativo. As ra, a linha de potencial V = 0, quando as duas esferas estão
linhas cheias do gráfico representam as inter- nas posições indicadas. Identifique claramente essa linha por
secções, com o plano do papel, das superfícies V = 0.

129
equipotenciais esféricas geradas por A, quando
não há outros objetos nas proximidades. De for- 16. Fuvest-SP (adaptado)
ma análoga, as linhas tracejadas representam as Determine, em volt/metro, utilizando dados do gráfico, os
intersecções com o plano do papel, das super- módulos dos campos elétricos E(PA) e E(PB) criados, no pon-
fícies equipotenciais geradas por B. Os valores to P, respectivamente, pelas esferas A e B.
EMI-16-120
Módulo 71
17

Trabalho e diferença de potencial (ddp)


221

Exercícios de Aplicação
01. 02.
As linhas representam duas superfícies equipotenciais A figura seguinte representa uma carga de prova de 2 µC
Física

em um campo elétrico. deslocando-se entre dois pontos, A e B, de um campo elétrico


uniforme de intensidade 120 N/C.
10 V 20 V

A 4m
A
C 3m
E
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

5m
B
B

S1 S2

a. Represente as linhas de campo elétrico e determine a Determine:


ddp entre A e B. a. a ddp entre os pontos A e B;
b. Determine o trabalho da força elétrica para deslocar b. o trabalho realizado pela força elétrica sobre a carga
uma carga elétrica de –1,6 · 10–19 C no percurso BC. nesse deslocamento.
Resolução Resolução
a. a. Sendo U = E · d, temos:
UAB = 120 · 4,0 ⇒ UAB = 480 V
10 V 20 V
b. O trabalho da força elétrica é dado por:
TFE = Q · UAB ⇒ TFE = 2 · 10–6 · 480
A
TFE = 9,6 · 10–4 J
130

S1 S2

UAB= 10 – 10 = 0 V
b. TFE = q · (VB – VC)
TFE = –1,6 · 10–19 · (10 – 20)
TFE = 1,6 · 10–18 J
EMI-16-120
03. Resolução

17
A carga puntiforme 2 · q é deslocada do ponto A ao ponto Como a ddp entre C e B é nula, não há trabalho da força
B, em uma região com campo elétrico uniforme E, com veloci- elétrica.

221
dade constante, por um agente externo, seguindo a trajetória Alternativa correta: D
ACB da figura. Habilidade
Calcular a diferença de potencial na região de campo elé-
d trico uniforme.
E
A B

Física
C

Desprezando-se a ação do campo gravitacional, é correto


afirmar:
a. O trabalho da força elétrica é forçado no trecho AC

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


b. O trabalho da força elétrica é espontâneo no trecho CB.
c. O trabalho da força elétrica é nulo em todo o trajeto.
d. O trabalho da força elétrica é nulo no trecho CB.
e. A força externa realiza trabalho positivo no trecho AC.

131
Exercícios Extras
04. Assim, a diferença de potencial entre os pontos X e Y, indi-
O esquema representa a região onde existe um campo cados no esquema é, em volts, igual a:
elétrico uniforme E de módulo 200 N/C. a. 0 d. 80
b. 18 e. 120
c. 60

05.
20 cm
20 cm Uma partícula com carga elétrica positiva é liberada a par-
tir do repouso em um campo elétrico uniforme. Desprezando-
x -se os efeitos gravitacionais, pode-se afirmar que a partícula:
a. permanece em repouso.
b. entrará em movimento uniforme no sentido das linhas
y de campo.
E c. descreverá um movimento retilíneo uniformemente
acelerado no sentido das linhas de campo.
d. descreverá um movimento retilíneo uniformemente
acelerado no sentido contrário ao das linhas de campo.
EMI-16-120

e. entrará em movimento uniforme no sentido contrário


ao das linhas de campo.
Seu espaço
17

Sobre o módulo
221

Neste módulo, pode ser interessante destacar a importância da ddp para o transporte de energia elétrica como uma maneira
de motivar os estudantes.

Na web
No exercício 9, há um experimento para gerar raios X usando fita adesiva. Seria interessante comentar com os alunos esse
experimento.
Física

Acesse: <http://hypescience.com/fita-adesiva-emite-raios-x/>.

Exercícios Propostos
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Da teoria, leia os tópicos 4, 5 e 6. Uma das partículas está fixa em uma posição, enquanto
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento a outra se move apenas em razão da força elétrica de intera-
ção entre elas. Quando a distância entre as partículas varia de
ri = 3 · 10–10 m a rf = 9 · 10–10 m, a energia cinética da partícula
06. em movimento:
No experimento de Millikan, que determinou a carga do a. diminui 1 · 10–12 J.
elétron, pequenas gotas de óleo eletricamente carregadas b. aumenta 1 · 10–12 J.
são borrifadas entre duas placas metálicas paralelas. Ao apli- c. diminui 2 · 10–12 J.
car um campo elétrico uniforme entre as placas, da ordem d. aumenta 2 · 10–12 J.
de 2 · 104 V/m, é possível manter as gotas em equilíbrio, e. não se altera.
evitando que caiam sob a ação da gravidade.
Sabendo que as placas estão separadas por uma distân- 09. Unicamp-SP
cia igual a 2 cm, determine a diferença de potencial necessá- Quando um rolo de fita adesiva é desenrolado, ocorre
ria para estabelecer esse campo elétrico entre elas. uma transferência de cargas negativas da fita para o rolo, con-
forme ilustrado na figura a seguir.
132

07.
A carga elétrica de uma partícula com 2,0 g de massa,
para que permaneça em repouso, quando colocada em um
campo elétrico vertical, com sentido para baixo e intensidade
igual a 500 N/C, é: d
a. +40 nC d. –40 µC
b. +40 µC e. –40 mC
c. +40 mC

08. Fuvest-SP
A energia potencial elétrica U de duas partículas em fun- d
ção da distância r que as separa está representada no gráfico.

6 Quando o campo elétrico criado pela distribuição de car-


gas é maior que o campo elétrico de ruptura do meio, ocorre
uma descarga elétrica. Foi demonstrado recentemente que
essa descarga pode ser utilizada como uma fonte econômica
4
de raios X.
U (10–18 J)

No ar, a ruptura dielétrica ocorre para campos elétricos a


partir de E = 3,0 · 106 V/m. Suponha que ocorra uma descarga
2 elétrica entre a fita e o rolo para uma diferença de potencial
U = 9 kV. Nessa situação, pode-se afirmar que a distância má-
xima entre a fita e o rolo vale:
a. 3 mm
0 b. 27 mm
EMI-16-120

0 2 4 6 8 10 12 c. 2 mm
r (10–10 m) d. 37 nm
10. UFPE A figura 3 representa um fragmento ampliado dessa

17
Uma pequena esfera de 1,6 g de massa é eletrizada membrana, de espessura d, que está sob ação de um campo
retirando-se um número n de elétrons. Dessa forma, quan- elétrico uniforme, representado na figura por suas linhas de

221
do a esfera é colocada em um campo elétrico uniforme de força paralelas entre si e orientadas para cima. A diferença
1 · 109 N/C na direção vertical para cima, a esfera fica flutuan- de potencial entre o meio intracelular e o extracelular é V.
do no ar em equilíbrio. Considerando que a aceleração gravita- Considerando a carga elétrica elementar como e, o íon de
cional local g é 10 m/s2 e a carga de um elétron é 1,6 · 10–19 N/C, potássio K+, indicado na figura 3, sob a ação desse campo
pode-se afirmar que o número de elétrons retirados da esfera é: elétrico, ficaria sujeito a uma força elétrica cujo módulo
a. 1 · 1019 c. 1 · 109 e. 1 · 107 pode ser escrito por:
b. 1 · 1010 d. 1 · 108 a. e · V · d d. e

Física
b. e ⋅ d V ⋅d
11. Fuvest-SP V
e. e ⋅ V
Em uma aula de laboratório de Física, para estudar V ⋅ d d
c.
propriedades de cargas elétricas, foi realizado um experi- e
mento em que pequenas esferas eletrizadas são injetadas na
parte superior de uma câmara, em vácuo, onde há um campo
elétrico uniforme na mesma direção e sentido da aceleração 13. IME-SP
local da gravidade. Observou-se que, com campo elétrico

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


de módulo igual a 2 · 103 V/m, uma das esferas, de massa Carga que desliza
sobre o trilho
3,2 · 10–15 kg, permanecia com velocidade constante no inte- +Q
rior da câmara. Essa esfera tem: Trilho
Note e adote: r v
–Q –Q
Carga do elétron = –1,6 · 10–19 C
Carga do próton = +1,6 · 10–19 C Primeira Segunda
Aceleração local da gravidade = 10 m/s2 carga fixa carga fixa

a. o mesmo número de elétrons e de prótons.


b. 100 elétrons a mais que prótons d
c. 100 elétrons a menos que prótons
d. 2 000 elétrons a mais que prótons Sobre um trilho sem atrito, uma carga +Q vem deslizando
e. 2 000 elétrons a menos que prótons do infinito na velocidade inicial v, aproximando-se de duas
cargas fixas de valor –Q. Então, pode-se afirmar que:
12. Vunesp a. a carga poderá entrar em oscilação apenas em torno
Modelos elétricos são frequentemente utilizados para de um ponto próximo à primeira carga fixa, dependen-

133
explicar a transmissão de informações em diversos sistemas do do valor de v.
do corpo humano. O sistema nervoso, por exemplo, é compos- b. a carga poderá entrar em oscilação apenas em torno
to por neurônios (figura 1), células delimitadas por uma fina de um ponto próximo à segunda carga fixa, dependen-
membrana lipoproteica que separa o meio intracelular do meio do do valor de v.
extracelular. A parte interna da membrana é negativamente c. a carga poderá entrar em oscilação apenas em tor-
carregada e a parte externa possui carga positiva (figura 2), no de um ponto próximo ao ponto médio do seg-
de maneira análoga ao que ocorre nas placas de um capacitor. mento formado pelas duas cargas, dependendo do
valor de v.
d. a carga poderá entrar em oscilação em torno de qual-
quer ponto, dependendo do valor de v.
Figura 1
e. a carga passará por perto das duas cargas fixas e pros-
seguirá indefinidamente pelo trilho.

14. AFA-SP
+ + + + + + + +
Raios X são produzidos em tubos de vácuo nos quais
elétrons são acelerados por uma ddp de 4,0 · 104 V e, em
Meio – – – – – –
seguida, submetidos a uma intensa desaceleração ao colidir
Figura 2 intracelular – – – – – – com um alvo metálico. Assim, um valor possível para o com-
Meio + + + + + + primento de onda, em angstrons, desses raios X é:
extracelular Dados: h é a constante de Plank e vale 4,13 · 1015 eV, f a
frequência da onda.
Velocidade da luz no vácuo 3 · 108 m/s.
Energia do fóton = h · f
a. 0,15
Figura 3 K+ d b. 0,20
EMI-16-120

c. 0,25
+ + + + + + + d. 0,35
15. ITA-SP 16. PUC-SP
17

A figura mostra uma região espacial de campo elétrico Uma carga pontual de 8 mC e 2 g de massa é lançada ho-
uniforme de modulo E = 20 N/C.Uma carga Q = 4 C é deslocada rizontalmente com velocidade de 20 m/s num campo elétrico
221

com velocidade constante ao longo do perímetro


 do quadrado uniforme de módulo 2,5 kN/C, direção e sentido conforme
de lado L = 1 m, sob ação de uma força F igual e contrária à mostra a figura. A carga penetra o campo por uma região in-
força coulombiana que atua na carga Q. Considere, então, as dicada no ponto A, quando passa a sofrer a ação do campo
seguintes afirmações: elétrico e também do campo gravitacional, cujo módulo é
10 m/s2, direção vertical e sentido de cima para baixo.
L
4 3
Física

E E
A E
(m, q)
v0
g
F
Q 2
1


I. O trabalho da força F para deslocar a carga Q do ponto
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

1 para 2 é o mesmo do despendido no seu desloca-


mento ao longo do caminho fechado 1-2-3-4-1. Ao considerar o ponto A a origem de um sistema de coor-
II. O trabalho de F para deslocar a carga Q de 2 para 3 é denadas x0y, as velocidades vx e vy quando a carga passa pela
maior que o para deslocá-la de 1 para 2. posição x = 0, em m/s, são:
III. É nula a soma do trabalho da força F para deslocar a a. [–10, –10]
carga Q de 2 para 3 com seu trabalho para deslocá-la b. [–20, –40]
de 4 para 1. c. [0, –80]
Então, pode-se afirmar que: d. [16, 50]
a. todas são corretas. e. [40, 10]
b. todas são incorretas.
c. apenas a II é correta.
d. apenas a I é incorreta.
e. apenas a II e III são corretas.
134

EMI-16-120
Módulo 72

17
Condutores isolados em equilíbrio eletrostático

221
Exercícios de Aplicação
01. 03.
Dentre as alternativas apresentadas, assinale aquela na Uma partícula carregada negativamente é abandonada

Física
qual uma pessoa estará mais bem protegida dos raios em no interior de uma casca esférica isolante, carregada unifor-
uma tempestade. memente com carga positiva, no ponto indicado na figura.
a. Embaixo de uma árvore Nestas condições, a força elétrica que atua na partícula:
b. Em um campo aberto
c. Dentro de um automóvel
d. Dentro de uma piscina
4
Resolução 1

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


3
O cabo coaxial possui uma malha que envolve o fio inter- 2
no, essa malha gera uma blindagem eletrostática no fio, evi-
tando interferências externas no sinal.

a. aponta em direção a 1.
b. aponta em direção a 2.
c. aponta em direção a 3.
d. aponta em direção a 4.
e. é nula.
Resolução
O campo elétrico dentro da esfera é nulo.
02. Alternativa correta: E

135
Antigamente, as televisões eram conectadas às antenas Habilidade
por meio de uma fita contendo dois fios elétricos. Para uma Reconhecer e descrever condutores isolados em equilí-
boa recepção, a distância da TV à antena deveria ser peque- brio eletrostático.
na. Atualmente, utiliza-se um cabo cilíndrico denominado de
cabo coaxial. Esse cabo permite boa recepção mesmo para
grandes distâncias entre os aparelhos de TV e as antenas. Ex-
plique essa diferença.

Resolução
O cabo coaxial possui uma malha que envolve o fio inter-
no, essa malha gera uma blindagem eletrostática no fio, evi-
tando interferências externas no sinal.
EMI-16-120
Exercícios Extras
17

04. 05. Cescea-SP


221

Um condutor esférico está carregado positivamente. Se-


jam VA, VB, VC e VD os potenciais nos pontos A, B, C e D, res-
B
pectivamente (veja a figura). Sabendo-se que os pontos C e
1
D são equidistantes do centro A da esfera, podemos afirmar
corretamente que: C 2 A
Física

Um condutor 2 com a forma indicada na figura, inicial-


mente neutro, é aproximado de um condutor esférico 1 carre-
A B C
gado positivamente, como indica a figura. Se VA, VB e VC forem
os potenciais eletrostáticos nos pontos A, B e C, respectiva-
mente, é verdade que, após o equilíbrio eletrostático:
a. VC > VB > VA
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

a. VA = VB e VD = VC d. VA = VC > VB b. VC = VB = VA
b. VA = VB = VC = VD e. VA = VB = 0 c. VC < VB < VA
c. VA = VD > VC d. VA = 0

Seu espaço
Sobre o módulo
Após o estudo deste módulo, o aluno deverá ser capaz de reconhecer e descrever condutores em equilíbrio eletrostático.
Neste sentido, a realização de experimentos pode ser interessante. Por exemplo, podem-se realizar experimentos simples
que abordem o tema da blindagem eletrostática com a utilização de aparelhos celulares e caixas metálicas.
136

Exercícios Propostos

Da teoria, leia o tópico 7. I. A carga elétrica transferida para a esfera se distribui


Exercícios de tarefa reforço aprofundamento na superfície externa desta.
II. O campo elétrico no interior da esfera é nulo.
III. O campo elétrico na parte exterior da esfera tem dire-
06. ção perpendicular à superfície desta.
Um ônibus que trafegava numa rodovia, em um dia de IV. A superfície da esfera, na situação descrita, apresenta
chuva intensa, é atingido por um raio. Pode-se afirmar que os o mesmo potencial elétrico em todos os pontos.
passageiros: V. A carga elétrica acumulada na esfera é positiva, pois
a. não sofreram dano físico, porque os pneus de borra- lhe foram transferidas cargas positivas.
cha do ônibus são bons isolantes. Está correto o que se afirma em:
b. foram atingidos pela descarga elétrica, porque a carro- a. I apenas. d. I, II, III e IV apenas.
ceria do ônibus é de metal, um bom condutor de ele- b. I e II apenas. e. I, II, III, IV e V.
tricidade. c. I, II e III apenas.
c. não sofreram dano físico, porque o ônibus possui um
para-raios em sua carroceria. 08. PUC-MG
d. não sofreram dano físico, porque a carroceria metálica Em dias secos e com o ar com pouca umidade, é comum
do ônibus atua como blindagem. ocorrer o choque elétrico ao se tocar em um carro ou na ma-
çaneta de uma porta em locais onde o piso é recoberto por
07. UFPE carpete. Pequenas centelhas elétricas saltam entre as mãos
Durante uma experiência didática sobre eletrostáti- das pessoas e esses objetos. As faíscas elétricas ocorrem no
ca, um professor de Física eletriza uma esfera metálica oca ar quando a diferença de potencial elétrico atinge o valor de
EMI-16-120

suspensa por um fio isolante. Na sequência, faz as seguintes 10 000 V numa distância de aproximadamente 1 cm. A esse
afirmações: respeito, marque a opção correta.
a. A pessoa toma esse choque porque o corpo humano é Leia o texto e responda às questões 10 e 11.

17
um bom condutor de eletricidade.
b. Esse fenômeno é um exemplo de eletricidade estática Considere quatro pêndulos eletrostáticos, A,

221
acumulada nos objetos. B, C e D, inicialmente neutros, e uma caneca de
c. Esse fenômeno só ocorre em ambientes onde existem alumínio eletrizada com carga elétrica negativa,
fiações elétricas como é o caso dos veículos e de am- conforme mostra a figura.
bientes residenciais e comerciais.
d. Se a pessoa estiver calçada com sapatos secos de
borracha, o fenômeno não acontece, porque a borra-
cha é um excelente isolante elétrico.

Física
09. UEG-GO
B
Os recentes motins em presídios brasileiros chamaram a A C D
atenção de modo geral para a importância das telecomunica-
ções na operação de estruturas organizacionais. A necessida-
de de se impossibilitar qualquer tipo de comunicação, no caso
de organizações criminosas, tornou-se patente. Embora exis- 10.
tam muitos sistemas de comunicação móvel, o foco centrou- Com relação ao pêndulo A, podemos afirmar que:

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


se em celulares, em virtude de suas pequenas dimensões a. ele não sofre deflexão, pois o campo elétrico no inte-
físicas e da facilidade de aquisição e uso. Várias propostas rior da caneca é nulo.
foram colocadas para o bloqueio das ondas eletromagnéticas b. ele sofre deflexão para a esquerda, por causa da re-
ou de rádio. A primeira delas consiste em envolver o presídio pulsão do pêndulo B.
por uma “gaiola de Faraday”, ou seja, “embrulhá-lo” com um c. ele sofre deflexão para a direita, por causa da atração
material que seja bom condutor de eletricidade ligado à terra. do pêndulo C.
Uma segunda proposta era utilizar um aparelho que geras- d. ele passa a oscilar em torno da posição de equilíbrio.
se ondas eletromagnéticas na mesma faixa de frequência
utilizada pelas operadoras de telefonia móvel. Essas ondas 11.
seriam espalhadas por meio de antenas, normalmente insta- Em relação aos pêndulos B e C, podemos afirmar que:
ladas nos muros do presídio. a. ambos se eletrizam.
b. somente B se eletriza.
c. somente C se eletriza.
d. nenhum deles se eletriza.

12. Enem

137
Duas irmãs que dividem o mesmo quarto de estudos
combinaram de comprar duas caixas com tampas para
guardarem seus pertences dentro de suas caixas, evitando,
assim, a bagunça sobre a mesa de estudos. Uma delas com-
prou uma metálica, e a outra, uma caixa de madeira de área e
Acerca das informações contidas no texto, julgue a vali- espessura lateral diferentes, para facilitar a identificação. Um
dade das afirmações. dia as meninas foram estudar para a prova de Física e, ao se
I. Uma “gaiola de Faraday” é uma blindagem elétrica, ou acomodarem na mesa de estudos, guardaram seus celulares
seja, uma superfície condutora que envolve uma dada ligados dentro de suas caixas.
região do espaço e que pode, em certas situações, im- Ao longo desse dia, uma delas recebeu ligações telefôni-
pedir a entrada de perturbações produzidas por cam- cas, enquanto os amigos da outra tentavam ligar e recebiam a
pos elétricos e/ou magnéticos externos. mensagem de que o celular estava fora da área de cobertura
II. A eficiência da “gaiola de Faraday” depende do com- ou desligado.
primento de onda das ondas eletromagnéticas da Para explicar essa situação, um físico deveria afirmar que
telefonia celular, pois isso definirá as dimensões da o material da caixa, cujo telefone celular não recebeu as liga-
malha utilizada em sua construção. ções, é de:
III. A segunda proposta citada no texto é a geração de on- a. madeira e o telefone não funcionava porque a madeira
das nas mesmas frequências utilizadas pelas operado- não é um bom condutor de eletricidade.
ras de telefonia móvel. Com isso, através de interferên- b. metal e o telefone não funcionava devido à blindagem
cias destrutivas, compromete-se a comunicação entre eletrostática que o metal proporcionava.
a ERB (torre celular ou estação de rádio) e o telefone. c. metal e o telefone não funcionava porque o metal re-
Assinale a alternativa correta. fletia todo tipo de radiação que nele incidia.
a. Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. d. metal e o telefone não funcionava porque a área late-
b. Apenas as afirmações I e III são verdadeiras. ral da caixa de metal era maior.
c. Apenas as afirmações II e III são verdadeiras. e. madeira e o telefone não funcionava porque a espes-
EMI-16-120

d. Todas as afirmações são verdadeiras. sura desta caixa era maior que a espessura da caixa
e. Todas as afirmações são falsas. de metal.
13. UFTM-MG de cargas elétricas negativas. E, distante dessa cúpula, outro
17

Considere uma esfera oca metálica eletrizada. Na condi- sistema, formado por uma esfera condutora maciça, presa por
ção de equilíbrio eletrostático: suportes isolantes no interior de uma casca esférica conduto-
221

a. o vetor campo elétrico no interior da esfera não é nulo. ra. A casca esférica está apoiada à terra por um outro suporte
b. o potencial elétrico em um ponto interior da esfera de- também isolante. A cúpula do gerador e a esfera condutora
pende da distância desse ponto à superfície. interna estão conectadas por um fio condutor, que pode ser
c. o vetor campo elétrico na superfície externa da esfera ligado e desligado através de uma chave S1. Outro fio condu-
é perpendicular à superfície. tor faz a conexão através de outra chave S2, entre a superfície
d. a distribuição de cargas elétricas na superfície externa externa da casca esférica e a terra. Um pêndulo eletrostático,
da esfera depende do sinal da carga com que ela está descarregado, encontra-se em equilíbrio, próximo da super-
Física

eletrizada. fície externa da casca esférica. O pêndulo pode ser atraído


e. o módulo do vetor campo elétrico em um ponto da re- eletrostaticamente para essa superfície, de maneira que não
gião externa da esfera não depende da distância des- a toca. Inicialmente, as chaves estão desligadas, e a esfera
se ponto à superfície condutora, a casca esférica e o pêndulo estão descarregados.
Considere a cúpula do gerador suficientemente afastada, de
14. UFU-MG maneira que o campo elétrico, produzido nas imediações da
Uma pequena bolinha de metal, carregada com uma car- cúpula, não interfira no segundo sistema inclusive com o pên-
ga elétrica –Q, encontra-se presa por um fio no interior de uma dulo. Com relação a todo esse conjunto, é correto afirmar:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

fina casca esférica condutora neutra, conforme figura.


Esfera Suporte
Cúpula condutora isolante
Casca
carregada S1 maciça
esférica
–Q –
Pêndulo
eletrostático
Casca esférica
– condutora
– – S2
+
– –
+
– –
–Q +
– –
+ Gerador de Suporte
– – Van de Graaff isolante

Figura 1 Figura 2 Terra
138

A bolinha encontra-se em uma posição não concêntrica 01. Se ligarmos apenas a chave S1, mantendo S2 desliga-
com a casca esférica. da, o pêndulo será atraído.
Com base nessas informações, assinale a alternativa que 02. Se ligarmos S1 e, em seguida, ligarmos S2, mantendo
corresponde a uma situação física verdadeira. S1 também ligada, a casca esférica será carregada e
a. Se o fio for de material isolante, a bolinha não trocará o pêndulo não será atraído.
cargas elétricas com a casca esférica condutora, po- 04. Se ligarmos S1, mantendo S2 desligada, o campo elé-
rém induzirá uma carga total +Q na casca, a qual ficará trico, na região do pêndulo, permanecerá nulo.
distribuída sobre a parte externa da casca, assumindo 08. Se ligarmos S1 e, em seguida, ligarmos S2, a casca esfé-
uma configuração conforme representação na figura 1. rica ficará carregada com excesso de cargas positivas.
b. Se o fio for de material condutor, a bolinha trocará car- 16. Se ligarmos apenas S1, mantendo S2 desligada, a cas-
gas elétricas com a casca esférica, tornando-se neutra ca esférica ficará carregada com excesso de cargas
e produzindo uma carga total –Q na casca esférica, a positivas.
qual ficará distribuída uniformemente sobre a parte Dê a soma dos números dos itens corretos.
externa da casca, conforme representação na figura 2.
c. Se o fio for de material isolante, haverá campo elétri- 16. UFMS
co na região interna da casca esférica devido à carga Considere uma esfera maciça metálica eletrizada com
–Q da bolinha, porém não haverá campo elétrico na uma carga elétrica positiva. É correto afirmar que:
região externa à casca esférica neutra. 01. a esfera ficará com carga elétrica nula se perder elé-
d. Se o fio for de material condutor, haverá campo elé- trons.
trico nas regiões interna e externa da casca esférica, 02. o campo elétrico é nulo no interior da esfera.
devido às trocas de cargas entre a bolinha e a casca 04. o campo elétrico é nulo apenas no centro da esfera.
esférica. 08. a diferença de potencial elétrico entre dois pontos no
interior da esfera é nula.
15. UFMS 16. a intensidade do campo elétrico em um ponto qual-
O gerador de Van de Graaff é um dispositivo capaz de gerar quer no interior da esfera é diretamente proporcional
EMI-16-120

cargas elétricas que são armazenadas em sua cúpula. A figu- à distância do ponto ao centro da esfera.
ra mostra uma cúpula de um gerador carregada com excesso Dê a soma dos números dos itens corretos.
221

AT 222
Capítulo 14 ..............140
Módulo 34 ............145
M

a
Capítulo 15 ..............150
Módulo 35 ............160

sic Módulo 36 ............164




Q
O
BI
O
LP
IS
H
FI GEO
L

S
C
SO


S
RE
1. Dilatação térmica dos líquidos 142
2. Dilatação anômala da água 143
3. Organizador gráfico 144
Módulo 34 – Dilatação
térmica dos líquidos 145

• Reconhecer as variáveis que


determinam a dilatação térmica dos
materiais.
• Calcular a dilatação de sólidos ou de
líquidos.
• Compreender a dilatação dos materiais
com base no modelo microscópico da
matéria, relacionando seus efeitos a
situações reais.

ALBERTOCHAGAS/ISTOCKPHOTOS, EDUARDO
GONZALEZ DIAZ/DREAMSTIME
Dilatação térmica 14
141

A ponte estaiada Octávio Frias de Oliveira é um dos mais famosos


cartões-postais da cidade de São Paulo. Situada sobre o rio Pinhei-
ros, é a única ponte estaiada no mundo com duas pistas em cur-
va conectadas a um mesmo mastro. Em razão do seu considerável
comprimento, a ponte sofre uma grande dilatação térmica, sendo
necessárias grandes juntas de dilatação ao longo da pista.
1. Dilatação térmica dos líquidos ∆V = V0 ⋅ γ ⋅ ∆θ
14

Os líquidos não possuem forma própria, isto é, assumem


a forma do recipiente que os contém, porém apresentam vo- Em que γ (gama) é denominado coeficiente de dilatação
222

lume definido. real do líquido, cuja unidade é [γ] = ° C–1.


Para calcularmos a dilatação de um líquido, temos duas
situações. θ0 θ
A. A dilatação do frasco é desprezível
Na situação em que a dilatação do frasco é desprezível, V0 V
dizemos que ele é indeformável ou possui volume constan-
Física

te. Neste caso, a dilatação do líquido pode ser encontrada do


mesmo modo como se calcula a dilatação volumétrica de um
sólido. Dilatação real de um líquido cujo frasco é indeformável.

APRENDER SEMPRE 19
01. b. 4 · 10–4 °C–1
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Um termômetro especial, de líquido dentro de um recipien- c. 6 · 10–4 °C–1


te de vidro, é constituído de um bulbo de 1 cm³ e um tubo com d. 8 · 10–4 °C–1
secção transversal de 1 mm². À temperatura de 20 °C, o líquido e. 10 · 10–4 °C–1
preenche completamente o bulbo até a base do tubo. À tempera- Como a dilatação do vidro é desprezível, a dilatação do
tura de 50 °C, o líquido preenche o tubo até uma altura de 12 mm. líquido será igual ao volume do cilindro de líquido que preen-
che o tubo.
∆V = área da secção · altura
∆V = 1 mm2 · 12 mm
∆V = 12 mm3
12 mm
O volume inicial é:
V0 = 1 cm3 = 103 mm3
Substituindo os dados na equação da dilatação térmica
do líquido, temos:
Bulbo
∆V = V0 ⋅ γ ⋅ ∆θ
12 = 103 ⋅ γ ⋅ (50 −20
− 20)
Considere desprezíveis os efeitos da dilatação do vidro
12
142

e da pressão do gás acima da coluna do líquido. Podemos γ=


3 ⋅ 104
afirmar que o coeficiente de dilatação volumétrica médio do
líquido vale: γ = 4 · 10–4 °C–1
Resolução Alternativa correta: B
a. 2 · 10–4 °C–1

B. A dilatação do frasco é Ao aquecermos o conjunto a uma temperatura θ, o volume


considerável ou não desprezível do frasco passa a ser V. Como o líquido se dilata mais do que o
De maneira geral, tanto o líquido quanto o frasco sofrem frasco, este continuará repleto, e uma porção do líquido transbor-
dilatação quando aquecidos e contração quando resfriados. dará e sairá pelo “ladrão”, sendo coletada por outro recipiente .
Normalmente, os líquidos dilatam-se mais que os sólidos nas Vale lembrar que o aquecimento foi realizado sem mu-
mesmas condições de aquecimento (menor afinidade mole- dança de estado físico, de forma que nenhuma porção de lí-
cular ou atômica). quido se transformou em vapor.
γlíquidos > γsólidos
Ladrão
V
Para exemplificar, consideremos um recipiente (que Líquido
chamaremos de frasco) totalmente cheio de líquido, com um θ
transbordado
volume interno inicial V0, a uma temperatura inicial V0. Esse
frasco possui uma abertura lateral chamada de “ladrão”.
Líquido transbordando após ser aquecido.
V0 Ladrão
Analisando-se rapidamente essa situação, parece que
θ0 a dilatação do líquido corresponde ao volume transbordado;
EMI-16-120

por isso, chamaremos esse volume de dilatação aparente do


Frasco cheio de líquido líquido e usaremos a representação ∆Vaparente ou ∆Vap.
Porém, com uma análise mais acurada, é possível perce- b. Variação de volume aparente do líquido:

14
ber que houve também uma dilatação do frasco, que repre- ∆Vaparente = V0 · γaparente · ∆θ
sentaremos por ∆Vfrasco ou ∆Vf.

222
c. Variação de volume do líquido no frasco:
Ladrão ∆Vfrasco = V0 · γfrasco · ∆θ
∆Vfrasco

Líquido Substituindo, temos:


transbordado ∆Vreal = ∆Vaparente + ∆Vfrasco
V0 · γreal · ∆θ = V0 · γaparente · ∆θ + V0 · γfrasco · ∆θ

Física
Destaque da dilatação do frasco Simplificando:
γreal = γaparente + γfrasco
Portanto, a dilatação real do líquido ∆Vreal, ou simples-
mente ∆V, será a soma da dilatação aparente com a dilatação
do frasco.
Veja por que não se deve encher o tanque
∆Vreal = ∆Vaparente + ∆Vfrasco de combustível até a “boca”.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Acesse: <http://globotv.globo.com/rede-
Podemos calcular cada dilatação separadamente: globo/autoesporte/v/encher-o-tanque-ate-
a-boca-e-prejudicial-ao-carro/2236519/>.
a. Variação de volume real do líquido:
∆Vreal = V0 · γreal · ∆θ

APRENDER SEMPRE 20
∆Vfrasco = 500 · 8,0 · 10–5 · 50
01. ∆Vfrasco = 2,0 cm3
Um frasco contém, quando repleto, 500 cm3 de mercú-
rio, à temperatura de 50 °C. O conjunto é aquecido a 100 °C e b. A variação de volume real do mercúrio:
ocorre um transbordamento de 2,5 cm3 de mercúrio. Consi- ∆Vreal = ∆Vaparente + ∆Vfrasco
derando o coeficiente de dilatação volumétrica do material ∆Vreal = 2,0 + 2,5
do frasco igual a 8,0 · 10–5 °C–1, determine, em cm3: ∆Vreal = 2,0 + 2,5 cm3 = 4,5 cm3
a. a variação de volume sofrida pelo frasco;
b. a variação de volume real do mercúrio; c. ∆Vaparente = V0 · γaparente · ∆θ

143
c. o coeficiente de dilatação volumétrica aparente do 2,5 = 500 · γaparente · 50
mercúrio, nessa experiência;
2,5
d. o coeficiente de dilatação volumétrica real do mercúrio. γ aparente =
Resolução 25000
Do enuniado, temos: γaparente = 1,0 · 10–4 °C–1
V0 = 500 cm3
∆Vaparente = 2,5 cm3 d. γreal = γaparente + γfrasco
γfrasco = 8 · 10–5 °C–1 γreal = 1,0 · 10–4 + 8,0 · 10–5
γreal = 1,0 · 10–4 + 0,8 · 10–4
a. A variação de volume sofrida pelo frasco: γreal = 1,8 · 10–4 °C–1
∆Vfrasco = V0 · γfrasco · ∆θ

2. Dilatação anômala da água


Como vimos até agora, as substâncias nas fases sólida e líquida se expandem
com o aumento da temperatura e se contraem com a diminuição da temperatura;
existem, porém, exceções.
Imagine um recipiente cilindríco contendo água à temperatura inicial de 10 °C.
Colocando esse recipiente no freezer, sua temperatura vai diminuindo gradativa-
mente, enquanto o volume da água também diminui, conforme a figura fora de es-
cala.
Esse comportamento normal irá ocorrer até a temperatura de 4 °C. Devido à 4 oC 6 oC 8 oC 10 oC
ação das ligações de hidrogênio presentes na água, ao diminuir ainda mais a tem- Contração do volume com a
peratura da água, as moléculas começam a se ordenar, deixando “espaços vazios” diminuição da temperatura
EMI-16-120

entre si, o que acarreta aumento de volume.


Note que, se diminuirmos a temperatura de 10 000 litros
14

de água de 4 °C para 0 °C sem mudança de fase, seu volume


irá aumentar cerca de 1,5 litro.
222

Acesse o simulador sobre o comportamento anômalo da água:

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
0 oC 2 oC 4 oC 6 oC 8 oC 10 oC fichaTecnica.html?id=35212>.
Aumento de volume com a diminuição da temperatura
Física

O exemplo mostrado nas figuras serve como ilustração Em lugares onde o inverno é muito rigoroso, as tempe-
do fenômeno; esse aumento de volume, entretanto, é muito raturas ficam por muito tempo abaixo de zero grau Celsius, o
discreto para ser percebido visualmente em um pequeno vo- que poderia causar o congelamento de rios e lagos, matando
lume de água. toda a vida aquática. Felizmente, isso não ocorre, graças ao
Com medidas muito precisas, feitas em laboratório, é comportamento anômalo da água.
possível ter a dimensão exata desse comportamento anôma- Quando a temperatura da superfície da água começa a bai-
lo. O gráfico mostra a variação de volume de 10 000 litros de xar, seu volume diminui e ela tende a ir para o fundo. Já no fundo,
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

água em função da temperatura. a água continua esfriando e, ao chegar em 4 °C, ela tem sua máxi-
ma densidade; abaixo dessa temperatura, seu volume começa a
V(L)
aumentar e a água mais fria começa a subir de volta à superfície
10 003 até chegar a 0 °C e congelar, formando uma camada isolante que
dificulta a continuação do processo de congelamento.
10 002

10 001

10 000 0 oC
1
2
3
4
0 2 4 6 8 10 θ oC
Distribuição de temperaturas no fundo de um
Variação de volume da água com a variação da temperatura lago, durante um inverno rigoroso

3. Organizador gráfico
144

Dilatação térmica
dos líquidos

∆Vreal = ∆Vaparente + ∆Vfrasco

∆Vreal = V0 · γreal · ∆θ ∆Vaparente = V0 · γaparente · ∆θ ∆Vfrasco = V0 · γfrasco · ∆θ

γreal = γaparente + γfrasco


EMI-16-120

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Módulo 34

14
Dilatação térmica dos líquidos

222
Exercícios de Aplicação
01. 02. Ufal
Um frasco de vidro, graduado em cm³ a 0 °C, contém mer- Um recipiente cúbico de zinco, cujo coeficiente de dilatação

Física
cúrio até a marca de 100,0 cm³, quando ainda a 0 °C. Ao se térmica linear é 25 ·10–6 °C–1, tem lado 20 cm à temperatura
aquecer o conjunto a 120 °C, o nível de mercúrio atinge a mar- de 20 °C. Nessa temperatura, ele é preenchido completamen-
ca de 101,8 cm³. Determine, aproximadamente, o coeficiente te com mercúrio, de coeficiente de dilatação 180 · 10–6 °C–1.
de dilatação linear do vidro. O sistema é levado, então, à temperatura final de 120 °C. Ana-
Dado lise verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.
Coeficiente de dilatação do mercúrio: γHg = 18 · 10–5 °C–1 ( ) O coeficiente de dilatação da superfície lateral do
cubo é 50 · 10–6 °C–1.
Resolução ( ) A dilatação apresentada pelo lado do cubo é 20 cm.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


T0 = 0 °C ( ) A dilatação apresentada pelo recipiente é 20 cm3.
V0 = 100 cm3 ( ) A dilatação do mercúrio é 144 cm3.
T = 120 °C ( ) Certamente ocorreu transbordamento maior que
V = 101,8 cm3 100 cm3 de mercúrio.
γreal = 18 · 10–5 °C–1 Resolução
Perceba que, embora não tenha transbordado, as leituras 1. Verdadeira
das marcas são dilatações aparentes: β = 2 ⋅ α = 2 ⋅ 25 ⋅ 10−6 = 50 ⋅ 10−6 °C −1
∆Vaparente = 101,8 – 100 = 1,8 cm3
2. Falsa
∆Vaparente = V0 ·γ aparente ·∆θ
∆A = A 0 ⋅ β ⋅ ∆θ = 20 ⋅ 20 ⋅ 50 ⋅ 10−6 ⋅100 = 2 cm²
1,8 = 100·γ AP ·120
1,8 3. Falsa
γ aparente = = 15·10−5 °C −1
12·103 ∆V = V0 ⋅ γ ⋅ ∆θ = 20 ⋅ 20 ⋅ 20 ⋅ 75 ⋅ 10−6 ⋅ 100 = 60 cm³
γ real = γ aparente + γ frasco
18·10−5 = 15 · 10−5 + γ frasco 4. Verdadeira
γ frasco = 3·10−5 °C −1

145
∆VHg = V0 ⋅ γ Hg ⋅ ∆θ = 20⋅20 ⋅ 20 ⋅ 180 ⋅ 10−6 ⋅ 100 = 144 cm³
α frasco = 1·10−5 °C −1
5. Falsa
∆Vextravasado = ∆Vreal − ∆Vrecipiente = 144 − 60 = 84 cm3
EMI-16-120
03. Enem Resolução
14

A gasolina é vendida por litro, mas, em sua utilização Em temperaturas menores, o volume de gasolina sofre
como combustível, a massa é o que importa. Um aumento da contração térmica, ou seja, a mesma massa de gasolina agora
m
222

temperatura do ambiente leva a um aumento no volume da está concentrada em um volume menor (sabendo que d = ,
gasolina. Para diminuir os efeitos práticos dessa variação, os V
pode-se dizer que houve um aumento em sua densidade).
tanques dos postos de gasolina são subterrâneos. Se os tan-
Portanto, nessa situação, compraríamos mais massa de ga-
ques não fossem subterrâneos:
solina a cada litro. Na situação contrária, ou seja, em tempera-
I. você levaria vantagem ao abastecer o carro na hora
turas maiores, o volume de gasolina sofreria dilatação térmi-
mais quente do dia, pois estaria comprando mais
ca, portanto compraríamos menos massa a cada litro.
massa por litro de combustível;
Por fim, esse problema poderia ser resolvido se o com-
Física

II. abastecendo com a temperatura mais baixa, você


estaria comprando mais massa de combustível para bustível fosse vendido por kg, visto que sua massa não sofre
cada litro; alteração com a temperatura.
III. se a gasolina fosse vendida por kg em vez de por litro, Alternativa correta: E
o problema comercial decorrente da dilatação da ga- Habilidade
solina estaria resolvido. Compreender a dilatação dos materiais com base no mo-
Dessas considerações, somente: delo microscópico da matéria, relacionando seus efeitos a
a. I é correta. situações reais.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

b. II é correta.
c. III é correta.
d. I e II são corretas.
e. II e III são corretas.
146

Exercícios Extras
04. FGV-SP 05. UEPG-PR
O dono de um posto de gasolina recebeu 4 000 L de com- Considere uma garrafa de vidro totalmente cheia com
bustível por volta das 12 horas, quando a temperatura era de água, hermeticamente fechada, submetida a alterações de
35 °C. Ao cair da tarde, uma massa polar vinda do Sul baixou temperatura.
a temperatura para 15 °C e permaneceu até que toda a gaso- Nesse contexto, assinale o que for correto.
lina fosse totalmente vendida. Qual foi o prejuízo, em litros de 01. Diminuindo a temperatura do sistema, desde que a
combustível, que o dono do posto sofreu? água permaneça líquida, o volume da água diminui
Dado em relação ao volume da garrafa, criando um espaço
Coeficiente de dilatação do combustível = 1,0 · 10–3 °C–1 vazio no seu interior.
a. 4 L 02. Se a variação de temperatura for de 15 °C para – 5 °C,
b. 80 L a garrafa não se romperá.
c. 40 L 04. Sendo o coeficiente de dilatação da água menor que
d. 140 L o coeficiente de dilatação do vidro, a dilatação obser-
e. 60 L vada na água não é real.
08. Aquecido o sistema, o volume interno da garrafa aumen-
ta, enquanto o volume de água permanece o mesmo.
EMI-16-120

Dê a soma dos números dos itens corretos.


Seu espaço

14
Sobre o módulo Na web

222
Neste módulo, é importante mostrar que a dilatação de Na teoria foi indicado ao aluno um vídeo que esclarece o
um líquido nada mais é que uma dilatação volumétrica. motivo pelo qual não se deve encher o tanque de combustível
Mostrar que , em algumas situações, pode-se desprezar até a “boca”. Complemente o vídeo, relacionando a dilatação
a dilatação do frasco; em outras, no entanto, essa dilatação é térmica ao assunto.
considerável.
Acesse: <http://globotv.globo.com/rede-
globo/autoesporte/v/encher-o-tanque-ate-a-

Física
boca-e-prejudicial-ao-carro/2236519/>.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


147
EMI-16-120
Exercícios Propostos
14

Da teoria, leia os tópicos 1, 1.A, 1.B e 2. Sabendo-se que o combustível extravasou, que a dilata-
222

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento ção do tanque é desprezível e que a gasolina custou R$ 1,10
o litro, quanto João perdeu em dinheiro?
Dado
06. UFPel-RS Coeficiente de dilatação térmica da gasolina =
A água, substância fundamental para a vida no planeta, 1,1 · 10–3 °C–1.
apresenta uma grande quantidade de comportamentos anô-
malos. 09.
Física

Suponha que um recipiente, feito com um determinado Uma pessoa enche o tanque de combustível de seu car-
material hipotético, encontre-se completamente cheio de ro com gasolina e deixa-o estacionado sob o sol. Após algum
água a 4 °C. tempo, ela observa que, em virtude do aumento da tempera-
tura, parte da gasolina transbordou.
V Água Assinale a alternativa que melhor explica o transborda-
mento de gasolina do tanque.
a. A gasolina se dilatou, mas o tanque não.
b. O coeficiente de dilatação dos líquidos é menor do que
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Material o coeficiente de dilatação volumétrica dos sólidos.


hipotético c. A dilatação do tanque de combustível é maior do que a
dilatação da gasolina dentro dele.
0
d. O coeficiente de dilatação dos líquidos é maior do
4 T (ºC)
que o coeficiente de dilatação volumétrica dos só-
lidos.
De acordo com o gráfico e com seus conhecimentos, é e. O aumento de temperatura afeta somente a gasolina
correto afirmar que: dentro do tanque.
a. apenas a diminuição de temperatura fará com que a
água transborde. 10. UEL-PR (adaptado)
b. tanto o aumento da temperatura quanto sua diminui- Um recipiente de vidro de 200 cm³, completamen-
ção não provocarão o transbordamento da água. te cheio de determinado líquido a 68 °F, é aquecido até
c. qualquer variação de temperatura fará com que a água 248 °F, transbordando 10 cm³ deste líquido. Nessas condi-
transborde. ções, podemos afirmar que o coeficiente de dilatação apa-
d. a água transbordará apenas para temperaturas nega- rente do líquido é:
tivas. a. 1 · 10–4 °C–1
148

e. a água não transbordará com um aumento de tempe- b. 2 · 10–4 °C–1


ratura, somente se o calor específico da substância for c. 3 · 10–4 °C–1
menor que o da água. d. 4 · 10–4 °C–1
e. 5 · 10–4 °C–1
07. Unesp
É largamente difundida a ideia de que a possível eleva- 11. UFPE
ção do nível dos oceanos ocorreria devido ao derretimento Um recipiente de vidro (α = 9 · 10–6 °C–1) tem volume in-
das grandes geleiras, como consequência do aquecimento terno igual a 60 cm³, a 0 °C. Que volume de mercúrio, a 0 °C,
global. No entanto, deveríamos considerar outra hipótese, devemos colocar no recipiente a fim de que, ao variar a tem-
que poderia também contribuir para a elevação do nível dos peratura, não se altere o volume da parte vazia?
oceanos. Trata-se da expansão térmica da água devido ao au- Dado
mento da temperatura. Para se obter uma estimativa desse Coeficiente real do mercúrio = 18 · 10–5 °C–1
efeito, considere que o coeficiente de expansão volumétrica
da água salgada à temperatura de 20 °C seja 2,0 · 10–4 °C–1. 12. UFMA
Colocando água do mar em um tanque cilíndrico, com a parte Se o vidro de que é feito um termômetro de mercúrio tiver
superior aberta, e considerando que a variação de temperatu- o mesmo coeficiente de dilatação cúbica do mercúrio, pode
ra seja 4 °C, qual seria a elevação do nível da água se o nível dizer, corretamente, que este termômetro:
inicial no tanque era de 20 m? Considere que o tanque não a. não funciona.
tenha sofrido qualquer tipo de expansão. b. funciona com precisão abaixo de 0 °C.
c. funciona com precisão acima de 0 °C.
08. UFRJ d. funciona melhor que os termômetros comuns.
Pela manhã, com temperatura de 10 °C, João encheu e. funciona independentemente de qualquer valor
completamente o tanque de seu carro com gasolina e pagou atribuído.
R$ 33,00. Logo após o abastecimento, ele deixou o carro no
mesmo local, só voltando para buscá-lo mais tarde, quando a
EMI-16-120

temperatura atingiu a marca de 30 °C.


13. UEL-PR 15. UFPR

14
Um recipiente de vidro de capacidade 2,0 · 102 cm3 está Uma taça de alumínio de 120 cm3 contém 119 cm3 de
completamente cheio de mercúrio, a 0 °C. Os coeficientes de glicerina a 21 °C. Considere o coeficiente de dilatação linear

222
dilatação volumétrica do vidro e do mercúrio são, respectiva- do alumínio como sendo de 2,3 · 10–5 K–1 e o coeficiente de
mente, 4,0 · 10–5 °C–1 e 1,8 · 10–4 °C–1. Aquecendo o conjunto dilatação volumétrica da glicerina, de 5,1 · 10–4 K–1. Se a
a 100 °C, o volume de mercúrio que extravasa, em cm3, vale: temperatura do sistema taça-glicerina for aumentada para
a. 2,8 · 10–4 39 °C, a glicerina transbordará ou não? Em caso afirmativo,
b. 2,8 · 10–3 determine o volume transbordado; em caso negativo, de-
c. 2,8 · 10–2 termine o volume de glicerina que ainda caberia no interior
d. 2,8 · 10–1 da taça.

Física
e. 2,8
16. UERJ
14. UFBA Um motorista abasteceu o carro às 7 horas da manhã,
A figura a seguir representa um balão, de volume V0, feito quando a temperatura ambiente era de 15 °C, e o deixou es-
de material isótropo de coeficiente de dilatação linear α. O ba- tacionado por 5 horas, no próprio posto. O carro permaneceu
lão está completamente cheio de um líquido de coeficiente de completamente fechado, com o motor desligado e com as
dilatação volumétrica γ e de massa específica µ0, à tempera- duas lâmpadas internas acesas. Ao final do período de esta-
tura ∆θ. Quando a temperatura do balão é aumentada de ∆θ, cionamento, a temperatura ambiente era de 40 °C. Considere

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


extravasa o volume VA do líquido. as temperaturas no interior do carro e no tanque de gasolina
sempre iguais à temperatura ambiente. Ao estacionar o carro,
R
a gasolina ocupava uma certa fração f do volume total do tan-
que de combustível, feito de aço. Estabeleça o valor máximo
de f para o qual a gasolina não transborde quando a tempera-
tura atinge os 40 °C.
Dados
Coeficiente de expansão volumétrica da
gasolina = 9,0 · 10–4 °C–1 e coeficiente de expansão volu-
métrica do aço = 1,0 · 10–5 °C–1
Nessas condições, pode-se afirmar:
01. O raio R diminui, quando a temperatura do balão
aumenta.
02. O balão se dilata como se fosse maciço.
04. O coeficiente de dilatação aparente do líquido é ex-
presso por γ + 3 · α.

149
08. Após a variação de temperatura ∆θ, a massa específica
do líquido passa a ser expressa por µ0 · (1 + γ · ∆θ)–1.
16. A dilatação do balão é igual a V0 · γ · ∆θ– VA
EMI-16-120
1. Introdução 152
2. Calor 152
3. Propagação de calor 152
4. Capacidade térmica 157
5. Calor específico 157
6. Organizador gráfico 159
Módulo 35 – Propagação de calor:
condução, convecção e irradiação 160
Módulo 36 – Calor específico
e capacidade térmica 164

• Identificar os diferentes processos de


transferência de calor, bem como a
direção de seu fluxo térmico.
• Reconhecer os processos de
transferência de calor, aplicando-os em
situações do cotidiano.
• Identificar a modalidade de condução
térmica de diferentes materiais,
classificando-os quanto à sua
capacidade de conduzir calor.
Identificar materiais bons e maus
condutores térmicos, em função de
sua utilização em construções,
equipamentos e utensílios.
Diferenciar calor e temperatura e
estabelecer relação entre esses
conceitos e suas unidades de medida.
• Associar as transferências de calor
entre corpos, que estão inicialmente em
temperaturas diferentes, ao princípio de
conservação da energia.
• Compreender o conceito de calor
específico.
• Reconhecer e aplicar os conceitos de
capacidade térmica e calor específico e
suas unidades de medida. ALEXRATHS/ISTOCKPHOTOS
Trocas de calor 15
151

Em um dia muito frio, precisamos nos aquecer e, para isso, devemos receber
calor de alguma forma. Diante de uma lareira, estamos recebendo calor de diferen-
tes formas. A lenha queimando irradia calor diretamente, por meio de ondas eletro-
magnéticas; o ar próximo às chamas se aquece e circula aquecendo o ambiente; o
chá quente conduz calor aquecendo as mãos; o casal ficar juntinho também favo-
rece a condução de calor entre ambos; já o agasalho dificulta a condução de calor
para o ambiente.
1. Introdução θA θB
15
θA > θB
Nas aulas anteriores, definimos o conceito de tempe-
ratura e vimos que ela está relacionada ao grau de agitação A Energia térmica B
Calor
222

das moléculas que compõem o corpo. Vimos também o efeito


dessa agitação na contração e dilatação de sólidos e líquidos. Durante a propagação de calor, a temperatura
Embora o conceito de temperatura esteja bem definido, mui- de A diminui e a de B aumenta.
tos utilizam o termo calor como sinônimo de temperatura.
Até mesmo os especialistas em previsão do tempo fazem Quando os dois corpos atingem o equilíbrio térmico, ou seja,
essa confusão ao dizerem que, em determinada região, vai ficam com a mesma temperatura, a propagação de calor acaba.
fazer muito calor.
Física

θA θA = θB θB
PREVISÃO DO FIM DE SEMANA
© ARTISTICCO LLC | DREAMSTIME.COM

AUTORIDADE DO TEMPO A Energia térmica B


SEX SÁ B vai fazer
Hoje DOMmuito
Calor
calor na região Sul do país. No equilíbrio térmico, não há propagação de calor.

3. Propagação de calor
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

20
32 A propagação de calor ocorre basicamente por três pro-
22
40 cessos distintos: condução, convecção e irradiação.
28 Como vimos na capa desse capítulo, em um dia muito frio
30 e de frente a uma lareira tomando um chá, estamos diante dos
três processos de propagação de calor. Tanto a lareira quanto
o chá estão a uma temperatura mais alta que nosso corpo e o
Erro comum cometido por comentaristas do tempo. ambiente; dessa forma, esses meios estão propagando calor.
A quantidade de calor propagada durante um intervalo de
Para evitar erros conceituais, o jornalista poderia dizer tempo define uma grandeza chamada fluxo de calor, repre-
que a temperatura será alta na região Sul do país. sentada pela letra grega fi (φ).

Q
φ =
2. Calor ∆t
Se calor não é sinônimo de temperatura, afinal o que é
calor? A unidade de fluxo de calor vai depender das unidades de
Todo corpo, ao ser aquecido, ganha energia térmica, e calor e tempo. Veja os exemplos:
152

todo corpo que se resfria perde energia térmica. A essa troca [Q] = cal
de energia térmica damos o nome de calor e o representamos [∆t) = s [∆t) = min [∆t) = min
com a letra Q. [φ ] = cal/s [φ ] = cal/min [φ ] = kcal/min
[Q] = cal [Q] = kcal
Calor é a energia térmica em trânsito.
No Sistema Internacional de unidades, temos:
No Sistema Internacional, a unidade de energia é o joule [Q] = J
(J), portanto a unidade de calor também será joule. No dia a [∆t) = s
dia, é muito comum usar o calor em calorias (cal) ou kilocalo- [φ ] = J/s
rias (kcal). Mais adiante, iremos entender melhor o significa- J/s = W (watts)
do dessa unidade.
Espontaneamente, o calor se propaga do corpo de maior Observação
temperatura para o de menor temperatura. O fluxo de calor pode ser chamado também de potên-
cia térmica.
θA θA > θB θB
A Energia térmica B A. Condução térmica
Calor Você já deve ter notado que, quando deixamos uma co-
Esquema mostra o calor saindo do corpo de maior lher metálica dentro de um recipiente em uso para cozimento
temperatura para o de menor temperatura. de certo alimento, ela se aquece rapidamente, provocando,
em alguns casos, queimadura nas pessoas. O mesmo acon-
Para que exista calor, os corpos devem possuir tempe- tece quando, por exemplo, tocamos em motores de carros
raturas diferentes durante a transmissão de calor. O corpo A aquecidos e ferros de passar roupa. Isso ocorre porque, em
perde energia e sua temperatura θA diminui, enquanto o corpo um corpo, o calor pode fluir de um ponto para outro, molécula
B recebe energia e sua temperatura θB aumenta. Com a dimi- a molécula, átomo por átomo. Esse mecanismo é chamado de
EMI-16-120

nuição da temperatura, a transmissão de calor diminui. condução térmica.


Ele acontece devido às vibrações de cada molécula do Observação

15
corpo, de modo que a energia térmica é transmitida para a Para não errar na resolução dos exercícios, fique atento
próxima molécula, e assim sucessivamente. à unidade da constante e, se necessário, converta as demais

222
para ficarem todas em concordância.

A.1. Condutores e isolantes térmicos


O valor do coeficiente de condutibilidade térmica é muito
útil para determinar se um corpo é um condutor térmico ou
um isolante térmico.
Muito agitada Agitada Pouco agitada
Quanto maior for o valor de k, melhor condutor de calor

Física
Exemplo da condução do calor em uma barra metálica será o material, caracterizando os condutores térmicos.
Quanto menor for o valor de k, pior condutor de calor será
Suponha que uma parede de espessura (e) separe dois o material, caracterizando os isolantes térmicos.
cômodos, 1 e 2, com diferentes temperaturas, de tal forma A tabela a seguir ilustra os valores de k para diversos ma-
que θ1 > θ2. Certamente um pouco de calor fluirá de 1 para 2 teriais.
através da parede.
Material k [W/(m ·°C)]

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Alumínio 210
A
Condutores
Aço 50
θ1
φ Tijolo 0,80
Água 0,64
θ2
e Lã 0,034
Fluxo de calor através de uma parede Isolantes
Espuma 0,023
Ar 0,023
Conhecendo a quantidade de calor que atravessa a pa-
rede e o intervalo de tempo, podemos, facilmente, calcular o
fluxo de calor usando a equação definida anteriormente.

Q
φ=
∆t É muito comum, durante um dia frio, vermos pássaros
com as penas eriçadas.
Porém, em muitas situações não temos essa informação;

153
desse modo devemos determinar o fluxo por meio das carac-

SERMUMIFIKATOR/ISTOCKPHOTOS
terísticas físicas da parede.
O físico e matemático francês Joseph Fourier foi um dos
primeiros a fazer um estudo detalhado da transmissão de ca-
lor. Por meio de muitas experiências, ele demonstrou que:

O fluxo de calor por condução em um corpo homogêneo


é diretamente proporcional à área da superfície e à diferen-
ça de temperatura entre elas e inversamente proporcional
à espessura do corpo.

Esse enunciado, conhecido como Lei de Fourier, pode ser


expresso pela equação:

k⋅A ⋅ θ2 − θ1
φ=
e

A constante de proporcionalidade k depende da natureza


do material e é conhecida como coeficiente de condutibili- Isso ocorre porque, quando o pássaro eriça as penas,
dade térmica. ele prende entre elas certa quantidade de ar. O ar é um
No Sistema Internacional de Unidade, temos: bom isolante térmico, mantendo o corpo da ave aque-
[k] = J/(s · m · K) ou [k] = W/(m ·K) cido. A constante de condutividade térmica do ar é de
É muito comum, entretanto, encontrarmos a constante ex- 0,023 J/(s · m · °C). Compare-a com os outros valores da
pressa em: tabela anterior.
EMI-16-120

[k] = cal/(s · m · °C) ou [k] = W/(m ·°C)


15

APRENDER SEMPRE 21
222

01. Resolução
A figura representa uma placa de prata, que separa duas a. Do enunciado, temos:
regiões do espaço em que a diferença de temperatura é de k = 406 J (s · m · k)
40 °C. ∆θ = 40 °C = 40 K
e = 8,0 cm = 8,0 ·10–2 m
A = 20 cm2 = 20 · 10–4 m2
Pela equação de Fourier:
Física

k ⋅ A ⋅ ∆θ
φ φ=
e
406 ⋅ 20⋅10 ⋅ −7 ⋅40
φ=
8 ⋅10−2
φ = 406 J / s
Sabendo que a constante de condutividade térmica
∆Q
da prata vale 406 J/(s · m · K) e que sua espessura é de b. φ=
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

∆t
8,0 cm, possuindo área de 20 cm2, determine: ∆Q
a. o fluxo de calor através da placa; 406 =
30
b. a quantidade de calor que atravessa a placa em 30 s. ∆Q = 12 180 J

B. Convecção térmica denso que o ar quente, o ar frio desce, provocando uma mo-
A convecção é um processo de propagação de calor que vimentação de massa gasosa, o que chamamos de corrente
ocorre a partir da movimentação de uma massa fluida, gaso- de convecção. O mesmo ocorre se colocarmos um pouco de
sa ou líquida, de uma região para outra, devido à diferença de água com serragem em uma panela de vidro e levarmos para
densidade. Normalmente, temperaturas diferentes é que cau- ferver. Veremos as correntes de convecção dentro da vasilha,
sam essa diferença de densidade entre as regiões. Um caso fazendo a serragem subir pelo centro e descer pelas laterais.
comum é a movimentação do ar em uma sala fechada.
Suponha que, no interior dessa sala, seja ligado um apa-
relho de ar-condicionado posicionado próximo ao teto. Obser-
varemos que o ar em contato com o condicionador se resfria e
154

desce, fazendo com que o ar quente comece a subir.

Água fervente com serragem ilustra as correntes


Em razão da convecção, o ar-condicionado deve de convecção nos líquidos.
ficar sempre na parte de cima da parede.
Normalmente, quando estamos em uma praia durante o
Ao ser resfriado, o ar sofre diminuição na vibração de dia, observamos que uma brisa leve sempre vem do mar para
suas moléculas, o que acarretará contração no seu volume e, a areia. Observe a posição das folhas do coqueiro; elas mos-
consequentemente, aumento na sua densidade. Por ser mais tram a direção em que o vento sopra.
EMI-16-120
ALEKSANDR ZAMOTKIN/ISTOCKPHOTOS

15
222
Física
Representação esquemática da brisa terrestre ou continental

Leia o texto e entenda a relação da convecção com os

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


terremotos e a Deriva Continental.
Disponível em: <http://ufrr.br/
lapa/index.php?option=com_
content&view=article&id=%2094>.
Brisa marítima – durante o dia, o vento sopra do mar para o continente.

Ao receber o calor do sol, o solo se aquece mais rapida- APRENDER SEMPRE 22


mente que a água, fazendo com que o ar próximo comece a
subir, criando, assim, uma corrente de convecção do mar para 01.
a terra (brisa marítima). Durante a noite, o efeito é invertido e Uma pessoa deseja trocar a lâmpada queimada de
a brisa vai da terra para o mar (brisa terrestre ou continental). uma cozinha, em que um fogão fogão está sendo utilizado.
Preferencialmente, os pescadores saem para pescar com Ao se aproximar do teto, percebe que a temperatura está
seus barcos na madrugada, aproveitando a brisa que vai da muito mais alta que no piso. Explique essa situação.
terra para o mar, e retornam à tarde, aproveitando a brisa que
Resolução
vai do mar para a terra.
O fogão em funcionamento aquece o ar ao redor dos
queimadores e sobe, produzindo uma corrente de convec-

155
ção. O ar quente sobe e o ar frio desce, promovendo o efeito
percebido pela pessoa.

C. Irradiação
A irradiação ou radiação é também um processo de pro-
pagação de calor. Essa transferência de calor ocorre através
de ondas eletromagnéticas, preferencialmente de radiação
infravermelha.
O infravermelho é uma onda eletromagnética que fica
próxima da luz visível, conforme o esquema, porém não é vi-
Representação esquemática da brisa marítima sível a olho nu.

Comprimento de onda (m)


10–1 10–4 10–6 10–7 10–9 10–11

Rádio Micro-ondas Infravermelho Visível Ultravioleta Raios X Raios gama

109 1012 1014 1015 1017 1019


Frequência (Hz)
Comprimento de onda (nm)
700 600 500 400

Espectro visível
EMI-16-120

Espectro eletromagnético
A irradiação pode ocorrer tanto no vácuo quanto em cer- Muitas câmeras de segurança possuem LED de infraver-
15

tos meios materiais. Já a condução e a convecção só se pro- melho para poder filmar no escuro.
pagam em meios materiais.
222

A energia radiante do Sol chega até a Terra exclusivamen-

BANKSPHOTOS/ISTOCKPHOTOS
te por irradiação, por atravessar uma grande região de vácuo.
Raios
infravermelhos
Física

Terra
O Sol aquece a Terra através dos raios infravermelhos.

É o processo mais importante de propagação de calor. Quan-


do nos aproximamos de carvão em brasa, sentimos ondas de Câmera com LED de infravermelho em volta da lente para filmar no escuro.
calor queimando a nossa pele. Isso ocorre devido ao processo de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

radiação, já que o ar é isolante e impede a condução.


MICHAEL WESTHOFF/ISTOCKPHOTOS

Acesse o vídeo explicativo sobre a câmera térmica:

<http://www.tecmundo.com.br/produtos/76371-
veja-funciona-camera-termica-video.htm>.

C.1. Efeito estufa


Você já deve ter percebido que, ao deixar o carro esta-
cionado, com os vidros fechados, sob o sol, em poucos mi-
nutos a temperatura interna fica muito alta. Isso acontece
porque o vidro comum é transparente à luz visível, porém é
praticamente opaco ao infravermelho e ao ultravioleta. As-
Carvão em brasa emitindo radiação infravermelha. sim, a luz visível atravessa o vidro e é logo absorvida pelas
156

partes internas do carro, geralmente escuras, e convertida


Atualmente, as chamadas imagens térmicas são muito em infravermelho, que, por sua vez, não consegue sair. Essa
utilizadas em astronomia, mecânica etc. Vários filmes apre- propriedade do vidro ficou conhecida como efeito estufa,
sentam imagens que mostram o calor emitido por um ser vivo; por ter sido aplicada pela primeira vez em estufas de plan-
muitas cobras localizam uma presa por causa do calor que tas, como a da figura.
ela emite.
Todos os corpos emitem naturalmente ondas de calor.
Quanto mais quente um corpo se encontra, mais radiação ele
Luz
emite. Ao liberar essa radiação, sofrerá um processo de res-
friamento. Raios
infravermelhos
EDIN/ISTOCKPHOTOS

A luz visível
Imagem de pessoas vistas em uma câmera térmica aquece o chão.
EMI-16-120

Ilustração do efeito estufa


Muitos cientistas afirmam que o efeito estufa está sendo A B

15
intensificado pela ação humana, gerando um aquecimento
global.

222
Acesse o link e entenda as causas do efeito estufa e
sua relação com o aquecimento global:
Se fornecermos uma quantidade de calor Q para o primei-
<http://wwwp.fc.unesp.br/~lavarda/ ro e 2 · Q para o segundo, iremos perceber que a variação da

Física
procie/dez14/sandro/>. temperatura da água no recipiente B será o dobro da variação
da temperatura da água no recipiente A.
Acesse o simulador para ver como funciona o efeito
estufa: A B
∆θ 2·∆θ
<https://phet.colorado.edu/pt_BR/
simulation/legacy/greenhouse>.
Q 2·Q

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


APRENDER SEMPRE 23 Esse experimento mostra que a quantidade de calor é di-
retamente proporcional à variação da temperatura do corpo.
01.
Uma pessoa aproxima sua mão de uma lâmpada in- Q ∝ ∆θ
candescente que está funcionando há algum tempo e sen-
te que sua pele começa a aquecer. A constante de proporcionalidade depende das carac-
terísticas do corpo que recebe ou perde calor; ela recebe o
PLUEM05/ISTOCKPHOTOS

nome de capacidade térmica (C). Assim, podemos escrever:

Q = C · ∆θ

A capacidade térmica não é exatamente constante e


pode variar dependendo da faixa de temperatura; porém,

157
como essa variação é pequena, na maioria das vezes pode-
mos desprezá-la.
A capacidade térmica pode ser entendida como a capa-
cidade do corpo em receber ou perder calor, para a mesma
variação de temperatura, e pode ser escrita como:

Q
C=
∆θ

Explique o fato. Assim, sua unidade de medida no Sistema Internacional


é J/K, mas ela também pode ser:
Resolução cal/°C, kcal/°C, cal/°F etc.
Ao aproximar a mão da lâmpada, a pessoa começa a A capacidade térmica é uma característica do corpo.
receber grande quantidade de radiação infravermelha que
aquece sua pele. O filamento de tungstênio se encontra à 5. Calor específico
temperatura próxima de 3 000 °C, a qual permite que o fila- Como vimos, a capacidade térmica é uma característica
mento emita também grande quantidade de radiação visível, do corpo, mas do que depende a capacidade térmica?
assumindo uma cor vermelho-amarelada. Continuando nosso experimento mental, suponha agora
que o recipiente B contenha o dobro da massa de água do re-
cipiente A e ambos estejam na mesma temperatura.
4. Capacidade térmica
Quando fornecemos calor a uma substância, seus áto- A B
mA = m mB = 2 · m
mos e moléculas ganham agitação e, se não houver mudança
de fase, sua temperatura aumenta.
Suponha que dois recipientes A e B contenham água à
EMI-16-120

mesma temperatura.
Se quisermos aquecer igualmente os dois, ou seja, obter
15

a mesma variação de temperatura, devemos fornecer o dobro


de calor ao recipiente B. Podemos dizer, então, que a capaci-
222

dade térmica da água no recipiente B é o dobro da capacidade Por razões históricas, essa quantidade de calor é, mui-
térmica do recipiente A, ou seja, a capacidade térmica é dire- tas vezes, chamada de calor sensível, já que seu efeito é
tamente proporcional à massa. facilmente percebido, devido à variação da temperatura do
corpo. Consequentemente, o calor específico pode ser cha-
C∝m mado de calor específico sensível.

A constante de proporcionalidade depende da substân-


Física

cia que compõe o corpo; ela recebe o nome de calor específi- APRENDER SEMPRE 24
co (c). Assim, podemos escrever:
01.
C=c·m Dois corpos, A e B, são constituídos de alumínio e encon-
tram-se inicialmente à temperatura de 5 °C. Ambos recebem
Podemos escrever o calor específico como: a mesma quantidade de calor sensível, e suas temperaturas
passam a ser θA = 10 °C e θB = 15 °C. Calcule a relação entre
as capacidades térmicas dos dois corpos, CA/CB.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

C
c= Resolução
m
Podemos calcular diretamente a razão:
E sua unidade de medida no SI é J/(kg · K), porém é mais Q
comum usar cal/(g· °C). C A ∆θ A Q ∆θB
= = ⋅
CB Q ∆θ A Q
O calor específico depende da substância e é definido ∆θB
como a quantidade de calor necessária para que uma uni- C A ∆θB
dade de massa eleve sua temperatura em uma unidade. =
CB ∆θ A
C A 10
=
Substância Calor específico sensível (c) CB 5
CA
Chumbo 0,03 cal/(g · °C) =2
CB
Mercúrio 0,03 cal/(g · °C)
Prata 0,06 cal/(g · °C)
Cobre 0,09 cal/(g · °C) 02. UFSM-RS
158

Ferro 0,011 cal/(g · °C) O gráfico representa a variação de temperatura que um


Alumínio 0,22 cal/(g · °C) corpo de 50 g sofre em função do calor absorvido. O calor
específico da substância, em cal/(g · °C), é:
O calor específico sensível de uma substância depende
do estado de agregação (estado físico) da substância. O qua- θ (ºC)
dro abaixo mostra como o estado físico da substância influen- 50
cia o calor específico sensível da água destilada. Considere a
pressão de 1,0 atm.
20
Estado físico de água Calor específico sensível (c)
Sólido 0,50 cal/(g · °C) 0 300 Q (cal)
Líquido 1,00 cal/(g · °C)
Gasoso 0,50 cal/(g · °C) a. 0,1 c. 0,3 e. 0,5
b. 0,2 d. 0,4
Para calcular a quantidade de calor recebida pelo corpo,
podemos igualar as equações de capacidade térmica defini- Resolução
das anteriormente. Pelo gráfico, quando são fornecidas 300 cal ao corpo,
sua temperatura sofre uma variação de 30 °C. Assim:
Q Q = m · c ·∆θ
= c ⋅m
∆θ 300 = 50 · c · 30
Que ficam mais bem apresentadas como: 300
c= ⇒ c = 0,2 cal
cal / (g ⋅⋅°C)
1500
500
Q = m · c · ∆θ Alternativa correta: B
EMI-16-120
6. Organizador gráfico

15
A. Trocas de calor

222
ALEKSANDR ZAMOTKIN/ISTOCKPHOTOS, EDIN/ISTOCKPHOTOS, DAVID SUCSY/ISTOCKPHOTOS

Física
Calor
É

Pode-se propagar por

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Pode-se propagar por

Pode-se propagar por


Energia térmica
em trânsito

Irradiação

Ocorre
Equações

Condução Convecção
Ocorre através de ondas
Equações

eletromagnéticas,
preferencialmente
Q = m · c · ∆θ
Ocorre

Ocorre

de radiação
Unidades

infravermelha.

159
Q = C · ∆θ
Quando a energia térmica Por meio da movimentação
passa de molécula para de uma massa fluida,
SI ⇒joule (J) molécula. gasosa ou liquída, de uma
Usual ⇒ caloria (cal)
região para outra, devido
ou kilocaloria (kcal).
à diferença de densidade.
Lei de Fourier

k · A · θ2 – θ1
φ=
e

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-16-120
Módulo 35
15

Propagação de calor: condução, convecção e irradiação


222

Exercícios de Aplicação
01. Unesp 02.
As constantes termodinâmicas da madeira são muito va- Todas as alternativas abaixo se referem à propagação de
Física

riáveis e dependem de inúmeros fatores. No caso da condutivi- calor. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
dade térmica km, um valor aceitável é km = 0,15 W/(m °C), para 01. O processo de convecção de calor pode ocorrer em
madeiras com cerca de 12% de umidade. Uma porta dessa ma- materiais sólidos, líquidos e gasosos.
deira, de espessura e = 3,0 · 10–2 m e área A = 2,0 m2 , separa 02. As correntes que se formam no interior de um refri-
dois ambientes a temperaturas de 20 ºC e 30 ºC. Qual o inter- gerador doméstico ocorrem devido ao processo de
valo de tempo necessário para que 300 J de calor atravessem convecção.
essa porta, de um ambiente para outro, supondo que, durante 04. A convecção ocorre com transporte de matéria.
a transferência de calor, as temperaturas dos ambientes não se 08. A energia solar atinge a Terra sob a forma de calor
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

alterem? através do processo de irradiação.


16. A corrente de convecção só se forma em materiais
Resolução
gasosos.
32. A passagem do calor de um objeto para outro se deve
k ⋅ A ⋅ θ2 − θ1 Q à quantidade de calor existente no interior de cada
φ= =
e ∆t objeto.
0,15 ⋅ 2 ⋅ 30 − 20 300 64. No processo de condução de calor, não ocorre condu-
=
3 ⋅10−2 ∆t ção de matéria, apenas de energia.
300 Dê a soma dos números dos itens corretos.
100 =
∆t Resolução
∆t = 3 s
78 (02 + 04 + 08 + 64)
01. Incorreto. Convecção ocorre nos fluidos, ou seja, nos
líquidos e gases.
16. Incorreto. Pode formar-se também nos líquidos.
32. Incorreto. A condução de calor acontece devido à di-
ferenteça de temperatura entre corpos colocados em contato.
160

03. Enem

Quais são os processos de propagação de calor relacionados à fala de cada personagem?


a. Convecção e condução e. Irradiação e condução
b. Convecção e irradiação
c. Condução e convecção
d. Irradiação e convecção
Resolução
O primeiro personagem fala sobre a propagação de calor do Sol para a Terra, que é feita através de ondas eletromagnéticas,
caracterizando o fenômeno da irradiação térmica.
Já o segundo personagem cita as luvas, que são feitas de materiais isolantes térmicos (lã, couro etc.) para evitar a propaga-
ção de calor através da condução térmica.
Alternativa correta: E
Habilidade
EMI-16-120

Reconhecer os processos de transferência de calor, aplicando-os em situações do cotidiano.


Exercícios Extras

15
04. Enem 05. UFSM-RS

222
Em dias com baixas temperaturas, as pessoas utilizam O inverno é caracterizado pela ocorrência de baixas tem-
casacos ou blusas de lã com o intuito de minimizar a sensa- peraturas, especialmente nas regiões ao sul do Brasil. Por
ção de frio. Fisicamente, esta sensação ocorre pelo fato de o essa razão, é alto o índice de incidência de doenças respirató-
corpo humano liberar calor, que é a energia transferida de um rias, de modo que a primeira recomendação é manter-se abri-
corpo para outro em virtude da diferença de temperatura en- gado sempre que possível e agasalhar-se adequadamente.
tre eles. Considerando os aspectos termodinâmicos dos fenôme-
A utilização de vestimenta de lã diminui a sensação de nos envolvidos, analise as afirmações:

Física
frio, porque: I. Os aquecedores devem ser mantidos próximos ao
a. possui a propriedade de gerar calor. piso do ambiente, porque a condutividade térmica do
b. é constituída de material denso, o que não permite a ar é maior quando próxima à superfície da Terra.
entrada do ar frio. II. Energia é transferida continuamente entre o corpo e as
c. diminui a taxa de transferência de calor do corpo hu- suas vizinhanças por meio de ondas eletromagnéticas.
mano para o meio externo. III. O ato de encolher-se permite às pessoas diminuir sua
d. tem como principal característica a absorção de calor, área exposta ao ambiente e, consequentemente, di-
facilitando o equilíbrio térmico. minuir a perda de energia.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


e. está em contato direto com o corpo humano, facilitan- Está(ão) correta(s):
do a transferência de calor por condução. a. apenas I. d. apenas II e III.
b. apenas II. e. I, II e III.
c. apenas I e III.

Seu espaço
Sobre o módulo Na web
Nesta aula, o professor deve trabalhar as três formas de Para a tese contrária ao aquecimento global, recomendar
propagação de calor. Na parte de irradiação, seria interessan- o documentário: A grande farsa do aquecimento global e tam-
te fazer comentários sobre o aquecimento global. bém alguns textos do climatologista Luiz Carlos Molion.
Existem alguns cientistas que questionam esse proces-
so de aquecimento. Seria interessante organizar um debate Acesse: <http://www.lgmh.ufpe.br/

161
com os alunos em relação ao tema. biomol/AGA/molion_desmist.pdf>.
Cinemateca
Acesse: <http://noticias.uol.com.br/ciencia/
Para a tese do aquecimento global, é possível sugerir o
ultimas-noticias/redacao/2009/12/11/nao-
filme: Uma verdade inconveniente. existe-aquecimento-global-diz-representante-
da-omm-na-america-do-sul.htm>.
EMI-16-120
Exercícios Propostos
15

Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 3. d. faz sentido, uma vez que a transpiração provocada
222

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento pelo cobertor faz com que o corpo interaja termica-
mente com ele.
e. faz sentido, uma vez que a transpiração provocada
06. UFRN pelo cobertor libera toxinas e, com esse mecanismo,
O uso de tecnologias associadas às energias renová- a temperatura do corpo diminui.
veis tem feito ressurgir, em zonas rurais, técnicas mais
eficientes e adequadas ao manejo de biomassa para pro- 08.
Física

dução de energia. Entre essas tecnologias, está o uso do Num planeta completamente desprovido de fluidos, ape-
fogão a lenha, de forma sustentável, para o aquecimento nas pode ocorrer propagação de calor por:
de água residencial. Tal processo é feito por meio de uma a. convecção e condução.
serpentina instalada no fogão e conectada, através de tu- b. convecção e irradiação.
bulação, à caixa d’água, conforme o esquema mostrado na c. condução e irradiação.
figura a seguir. d. irradiação.
e. convecção.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Caixa d’água 09. Enem


Um aquecedor solar consiste essencialmente em uma
Água fria serpentina de metal, a ser exposta ao sol, por meio da qual flui
Água quente água a ser aquecida. A parte inferior da serpentina é soldada a
uma chapa metálica, que é o coletor solar. A forma da serpentina
tem a finalidade de aumentar a área de contato com o coletor e
Serpentina com a própria radiação solar, sem aumentar muito o tamanho do
aquecedor. O metal, sendo bom condutor, transmite a energia da
radiação solar absorvida para as paredes internas e, daí, por con-
dução, para a água. A superfície deve ser recoberta com um ma-
terial, denominado material seletivo quente, para que absorva o
Fogão a lenha máximo de radiação solar e emita o mínimo de radiação infraver-
melha. Os quadros relacionam propriedades de alguns metais/
Na serpentina, a água aquecida pelo fogão sobe para a ligas metálicas utilizados na confecção de aquecedores solares:
caixa d’água ao mesmo tempo em que a água fria desce atra-
Material metálico Condutividade térmica (W/m ·K)
vés da tubulação em direção à serpentina, onde novamente
162

é realizada a troca de calor. Considerando o aquecimento da Zinco 116,0


água contida na caixa d’água, é correto afirmar que ele se dá, Aço 52,9
principalmente, devido ao processo de: Cobre 411,0
a. condução causada pela diminuição da densidade da
água na serpentina. Razão entre a absorbância
b. convecção causada pelo aumento da densidade da de radiação solar e a
água na serpentina. Material seletivo quente
emitância de radiação
c. convecção causada pela diminuição da densidade da infravermelha
água na serpentina.
A. Óxido e sulfeto de níquel e
d. condução causada pelo aumento da densidade da 8,45
zinco aplicados sobre zinco
água na serpentina.
B. Óxido e sulfeto de níquel e
7,42
07. Unicid-SP zinco sobre ferro galvanizado
Algumas pessoas não gostam de tomar remédios para C. Óxido de cobre em
7,72
baixar uma febre. Enrolam-se em um cobertor de lã e, após alumínio anodizado
transpirarem, dizem sentirem-se melhor. Sob o ponto de vista ACIOLI, J. L. Fontes de energia. Brasília: UnB,1994. Adaptado.
das leis da física, tal sensação:
a. é contraditória, pois a transpiração provocada pelo co- Os aquecedores solares mais eficientes e, portanto, mais
bertor mantém constante a temperatura do corpo; um atrativos do ponto de vista econômico, devem ser construí-
banho quente seria mais eficiente. dos utilizando como material metálico e material seletivo
b. é contraditória, pois a transpiração faz a temperatura quente, respectivamente:
do corpo subir ainda mais e o cobertor facilita a troca a. aço e material seletivo quente A.
de calor com o corpo. b. aço e material seletivo quente B.
c. é contraditória, pois o cobertor impede a troca de calor c. cobre e material seletivo quente C.
do corpo com o ambiente; um banho de água fria ou d. zinco e material seletivo quente B.
EMI-16-120

morna seria mais eficiente. e. cobre e material seletivo quente A.


10. UFMT d. O frio é transmitido do processador para as placas di-

15
Sobre as diversas formas de propagação de calor, julgue fusoras e das placas para o ar através do fenômeno
verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas. de radiação.

222
( ) A condução é o modo pelo qual o calor é transferido e. O frio é transmitido das placas difusoras para o ar atra-
através de um meio material com transferência si- vés do fenômeno de radiação.
multânea de matéria.
( ) Se as moléculas de um meio material vibram, o calor 14. UFSM-RS
é transmitido por condução. Em 2009, foi construído na Bolívia um hotel com a se-
( ) A maioria dos líquidos e gases possui baixa conduti- guinte peculiaridade: todas as suas paredes são formadas
vidade. A convecção, por ocorrer somente nos líqui- por blocos de sal cristalino. Uma das características físicas

Física
dos e gases, é a forma predominante de transmissão desse material é sua condutividade térmica relativamente
de calor nesses meios. baixa, igual a 6 W/(m · °C). A figura a seguir mostra como a
temperatura varia através da parede do prédio.
11. Fuvest-SP
Sabe-se que a temperatura do café se mantém razoavel-
T (ºC)
mente constante no interior de uma garrafa térmica perfeita-
mente vedada. 60

a. Qual é o principal fenômeno responsável por esse

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


bom isolamento térmico? Interior Exterior
b. O que acontece com a temperatura do café se a garra- do prédio do prédio
fa térmica for agitada vigorosamente? Justifique sua
resposta. 20

12. Cefet-MG
No senso comum, as grandezas físicas calor e temperatu- 0
ra geralmente são interpretadas de forma equivocada. Diante 15 25 x (cm)
disso, a linguagem científica está corretamente empregada em:
a. “Hoje, o dia está fazendo calor”. Qual é o valor, em W / m2 , do módulo do fluxo de calor por
b. “O calor está fluindo do fogo para a panela”. unidade de área que atravessa a parede?
c. “A temperatura está alta, por isso estou com muito
calor”. 15. UPE
d. “O gelo está transmitindo temperatura para água no Dois cilindros feitos de materiais A e B têm os mesmos
copo”. comprimentos; os respectivos diâmetros estão relacionados
por dA = 2 · dB. Quando se mantém a mesma diferença de

163
13. UEL-PR temperatura entre suas extremidades, eles conduzem calor à
O cooler, encontrado em computadores e em aparelhos mesma taxa. Qual a relação entre as condutividades térmicas
eletroeletrônicos, é responsável pelo resfriamento do micro- dos materiais?
processador e de outros componentes. Ele contém um ven-
tilador que faz circular ar entre placas difusoras de calor. No 16. IME-SP
caso de computadores, as placas difusoras ficam em contato
direto com o processador, conforme a figura a seguir. Isolante Térmico
Material A Material B
kA = 1 W/(m ·K) kB = 0,2 W/(m ·K)
Ventilador
T1 = 300 K T2 T3 = 1 500 K

Cooler Isolante Térmico


Placas difusoras
L = 10 cm L = 10 cm

Processador
A figura composta por dois materiais sólidos diferentes, A
Vista lateral
Vista lateral do cooler do cooler e do processador
e do processador e B, apresenta um processo de condução de calor, cujas tem-
peraturas não variam com o tempo. Qual o valor, em kelvin, da
Sobre o processo de resfriamento desse processador, as- temperatura da interface desses materiais?
sinale a alternativa correta. Observações
a. O calor é transmitido das placas difusoras para o pro- • T1: Temperatura da interface do material A com o meio
cessador e para o ar através do fenômeno de radiação. externo
b. O calor é transmitido do ar para as placas difusoras e • T3: Temperatura da interface do material B com o meio
das placas para o processador através do fenômeno externo
de convecção. • KA: Coeficiente de condutividade térmica do material A
EMI-16-120

c. O calor é transmitido do processador para as placas • KB: Coeficiente de condutividade térmica do material B
difusoras através do fenômeno de condução.
Módulo 36
15

Calor específico e capacidade térmica


222

Exercícios de Aplicação
01. 02. UERJ
Um corpo de massa igual a 500 g, aquecido por uma fonte
Física

Q (kcal) térmica cuja potência é constante e igual a 100 cal/min, ab-


sorve integralmente toda a energia fornecida por essa fonte.
Observe no gráfico a variação de temperatura do corpo em
8 função do tempo.

θ (ºC)
50
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

0 100 40
θ (ºC)
30
Gráfico A 20
10
Q (kcal) 0 30 t (min)
10

Calcule o calor específico da substância da qual o corpo é


composto, bem como a capacidade térmica desse corpo.
Resolução
Quantidade de calor absorvida em 30 minutos:
0 50
θ (ºC)
cal
Gráfico B
100 ⋅30 min = 3000 cal
min

O gráfico A representa a variação da quantidade de calor Em 30 minutos a temperatura do corpo variou de 10 °C a


absorvida por certa massa de uma substância A em função da 50 °C, sendo assim:
164

temperatura. O gráfico B representa a variação da quantidade


de calor absorvida por 800 g de uma substância B em função Q = m ⋅ c ⋅ ∆θ
da temperatura. 3 000 = 500 ⋅ c ⋅ (50 − 10)
Com base nesses dados, determine: 3 000 cal
c= = 0,15
a. a capacidade térmica do corpo A; 500 ⋅ 40 g ⋅ °C
b. o significado físico do calor encontrado na letra a; Capacidade térmica:
c. o calor específico da substância B.
C = m⋅c
Resolução cal
C = 500 ⋅ 0,15 = 75
Q 8 000 °C
a. C A = A = = 80 cal / ºC
∆θ A 100

b. É a quantidade de calor que se deve fornecer ao corpo


para a sua temperatura variar de 1 ºC.
QB 10000
c. cB = = = 200 cal/ ºC
∆θB 50
C 200
mas : cB = B =
m 800
cB = 0,25 cal /(g ⋅°C)
EMI-16-120
03. Unesp Resolução

15
O gráfico representa, aproximadamente, como varia a O calor específico sensível de um material mostra a ri-
temperatura ambiente no período de um dia, em determina- gidez que ele apresenta à variação de temperatura. Sendo
assim, como o calor específico sensível da areia é baixo, ela

222
da época do ano, no deserto do Saara. Nessa região, a maior
parte da superfície do solo é coberta por areia e a umidade varia de temperatura rapidamente.
relativa do ar é baixíssima. A água, em comparação com a areia, possui um alto calor
específico sensível, podendo ser uma ótima reguladora tér-
θ (ºC)
mica, porém a falta de vapor d’água no ar faz com que essa
regulagem não possa ser feita.
60
Alternativa correta: B
50

Física
40
Habilidade
30 Compreender o conceito de calor específico.
20
10
2 4
0 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 t (h)
–10
–20

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


A grande amplitude térmica diária observada no gráfico
pode, dentre outros fatores, ser explicada pelo fato de que:
a. a água líquida apresenta calor específico menor do
que o da areia sólida e, assim, em razão da maior pre-
sença de areia do que de água na região, a retenção de
calor no ambiente torna-se difícil, causando a drástica
queda de temperatura na madrugada.
b. o calor específico da areia é baixo e, por isso, ela es-
quenta rapidamente quando ganha calor e esfria ra-
pidamente quando perde. A baixa umidade do ar não
retém o calor perdido pela areia quando ela esfria, ex-
plicando a queda de temperatura na madrugada.
c. a falta de água e, consequentemente, de nuvens no
ambiente do Saara intensifica o efeito estufa, o que
contribui para uma maior retenção de energia térmica

165
na região.
d. o calor se propaga facilmente na região por condução,
uma vez que o ar seco é um excelente condutor de ca-
lor. Dessa forma, a energia retida pela areia durante o
dia se dissipa pelo ambiente à noite, causando a que-
da de temperatura.
e. a grande massa de areia existente na região do Saara
apresenta grande mobilidade, causando a dissipação
do calor absorvido durante o dia e a drástica queda de
temperatura à noite.

Exercícios Extras
04. 05. Unicamp-SP
A capacidade térmica de um corpo representa: Os cálculos dos pesquisadores sugerem que a temperatura
a. a quantidade de calor necessária para aquecer um média de uma estrela é de Ti = 2 700 °C. Considere uma estrela
corpo de massa 1,0 grama em 1,0 °C. como um corpo homogêneo de massa M = 6,0 · 1024 kg, cons-
b. a quantidade de calor necessária para aquecer um tituída de um material com calor específico c = 0,5 kJ/(kg · °C)
corpo em 1,0 °C. Qual a quantidade de calor que deve ser perdida pela estrela
c. a quantidade de calor necessária para aquecer 1,0 para que ela atinja uma temperatura final de Tf = 700 °C?
grama de uma substância em 1,0 °C.
d. a quantidade de calor necessária para fundir um corpo
de massa 1,0 grama.
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e. a quantidade de calor necessária para a ebulição de


1,0 grama de uma substância.
Seu espaço
15
222

Sobre o módulo
Este módulo é basicamente de aplicação das fórmulas de capacidade térmica e calor específico, porém é muito importante
que os alunos entendam que o calor específico é uma característica da substância e capacidade térmica é uma característica
do corpo.
Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
166

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Exercícios Propostos

15
Da teoria, leia os tópicos 4 e 5. d. seca terá liberado mais calor que a úmida, devido à

222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento grande massa específica da água.
e. seca terá liberado menos calor que a úmida, devido à
pequena massa específica da água.
06. UERJ
Uma pessoa, com temperatura corporal igual a 36,7 °C, 10. UERJ
bebe 1 litro de água a 15 °C. Considere duas amostras, X e Y, de materiais distintos,
2 sendo a massa de X igual a quatro vezes a massa de Y.

Física
Admitindo que a temperatura do corpo não se altere até As amostras foram colocadas em um calorímetro e, após
que o sistema atinja o equilíbrio térmico, determine a quan- o sistema atingir o equilíbrio térmico, determinou-se que a ca-
tidade de calor, em calorias, que a água ingerida absorve do pacidade térmica de X corresponde ao dobro da capacidade
corpo dessa pessoa. térmica de Y.
Utilize: calor específico da água = 1,0 cal/(g · ºC); massa Admita que cX e cY sejam os calores específicos, respecti-
específica da água = 1 g/cm3. vamente, de X e Y.
Qual o valor da razão cX ?
07. UERJ cY

Ciências da Natureza e suas Tecnologias


Em um laboratório, as amostras X e Y, compostas do mes-
mo material, foram aquecidas a partir da mesma temperatura 11. Unesp
inicial até determinada temperatura final.
Durante o processo de aquecimento, a amostra X absor- A energia contida nos alimentos
veu uma quantidade de calor maior que a amostra Y. Para determinar o valor energético de um
Considerando essas amostras, as relações entre os ca- alimento, podemos queimar certa quantidade
lores específicos cX e cY, as capacidades térmicas CX e CY e as desse produto e, com o calor liberado, aquecer
massas mX e mY são descritas por: determinada massa de água. Em seguida, mede-
a. cX = cY; CX > CY e mX > mY -se a variação de temperatura sofrida pela água,
b. cX > cY; CX = CY e mX = mY depois que todo o produto foi queimado, e de-
c. cX = cY; CX > CY e mX = mY termina-se a quantidade de energia liberada na
d. cX > cY; CX = CY e mX > mY queima do alimento. Essa é a energia que tal ali-
mento nos fornece se for ingerido.
08. PUC-RS No rótulo de um pacote de castanha de caju,
Uma forma de aquecer água é usando aquecedores está impressa a tabela a seguir, com informações
elétricos de imersão, dispositivos que transformam energia nutricionais sobre o produto.

167
elétrica em energia térmica, mediante o uso de resistores
Informação nutricional
elétricos. Um desses aquecedores, projetado para fornecer
Porção 15 g
energia na razão de 500 calorias por segundo, é utilizado
no aquecimento de 500 gramas de água, da temperatura de Valor energético 90 kcal
20 °C para 80 °C. Considerando que toda a energia transferida Carboidratos 4,2 g
é aproveitada no aquecimento da água e sabendo que o calor Proteínas 3g
específico da água é c = 1,0 cal/(g · °C), o tempo necessário
Gorduras totais 7,3 g
para atingir 80 °C é igual a:
a. 60 s Gorduras saturadas 1,5 g
b. 68 s Gordura trans 0g
c. 75 s Fibra alimentar 1g
d. 84 s Sódio 45 g
e. 95 s
Disponível em: <www.brcaju.com.br>.
09. PUC-RS Considere que 150 g de castanha tenham sido queima-
Um médico recomendou a um paciente que fizesse exer- dos e que determinada massa m de água, submetida à cha-
cícios com uma toalha quente sobre os ombros, a qual poderá ma dessa combustão, tenha sido aquecida de 15 °C para
ser aquecida, a uma mesma temperatura, embebedando-a 87 °C. Sabendo que o calor específico da água líquida é
com água quente ou utilizando-se um ferro de passar roupa, igual a 1 cal/(g · °C) e que apenas 60% da energia libera-
que a manterá seca. Quando a temperatura da toalha tiver bai- da na combustão tenha efetivamente sido utilizada para
xado 10 °C, a toalha: aquecer a água, é correto afirmar que a massa m, em gra-
a. úmida terá liberado mais calor que a seca, devido ao mas, de água aquecida era igual a:
grande calor específico da água. a. 10 000
b. úmida terá liberado menos calor que a seca, devido ao b. 5 000
pequeno calor específico da água. c. 12 500
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c. seca terá liberado a mesma quantidade de calor que d. 7 500


a toalha úmida. e. 2 500
12. Unesp 14. FGV-RJ
15

Massas iguais de cinco líquidos distintos, cujos calores A água de uma piscina tem 2 m2 de profundidade e super-
específicos estão dados na tabela adiante, encontram-se ar- fície com 50 m2 de área. Se a intensidade da radiação solar
222

mazenadas, separadamente e à mesma temperatura, dentro absorvida pela água dessa piscina for igual a 800 W/m2 qual
de cinco recipientes com boa isolação e capacidade térmica é, em horas, aproximadamente o tempo para a temperatura
desprezível. Se cada líquido receber a mesma quantidade de da água subir de 20 °C para 22 °C por efeito dessa radiação?
calor, suficiente apenas para aquecê-lo, mas sem alcançar Dados
seu ponto de ebulição, aquele que apresentará temperatura Densidade da água = 1 g/cm3
mais alta, após o aquecimento, será: Calor específico da água = 1 cal/(g · °C)
1 cal = 4 J
Calor específico
Física

Líquido  J  15. Espcex-SP


 g· oC  Em uma casa moram quatro pessoas que utilizam um sis-
tema de placas coletoras de um aquecedor solar para aque-
Água 4,19 cimento da água. O sistema eleva a temperatura da água de
Petróleo 2,09 20 °C para 60 °C todos os dias. Considere que cada pessoa
da casa consoma 80 litros de água quente do aquecedor por
Glicemia 2,43
dia. A situação geográfica em que a casa se encontra faz com
Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Leite 3,93 que a placa do aquecedor receba por cada metro quadrado a
Mercúrio 0,14 quantidade de 2,016 · 108 J de calor do Sol em um mês. Sa-
bendo que a eficiência do sistema é de 50%, qual a área da
a. a água. superfície das placas coletoras para atender à demanda diá-
b. o petróleo. ria de água quente da casa?
c. a glicerina. Dados
d. o leite. Considere um mês igual a 30 dias.
e. o mercúrio. Calor específico da água: c = 4,2 J/(g · °C)
Densidade da água: d = 1 kg/L
13. Fatec-SP
Em um sistema isolado, dois objetos, um de alumínio e 16. F. M. ABC-SP
outro de cobre, estão à mesma temperatura. Os dois são colo- Um jovem lança um bloco de alumínio de massa 80 g, cuja
cados simultaneamente sobre uma chapa quente e recebem temperatura inicial é de 20 °C, sobre uma superfície áspera. O
a mesma quantidade de calor por segundo. Após certo tempo, coeficiente de atrito dinâmico entre a base do bloco e a super-
verifica-se que a temperatura do objeto de alumínio é igual à fície vale 0,3. O bloco, no momento que se separou da mão do
do objeto de cobre, e ambos não mudaram de estado. Se o ca- garoto, tinha velocidade inicial de 10 m/s e deslizou por 3,33
168

lor específico do alumínio e do cobre valem respectivamente s até parar. Suponha que toda a energia desse movimento te-
0,22cal/(g · °C) e 0,09cal/(g · °C), pode-se afirmar que: nha sido convertida em energia térmica e que 20% dela tenha
a. a capacidade térmica do objeto de alumínio é igual à sido absorvida pela superfície de deslizamento. A variação de
do objeto de cobre. temperatura do bloco, na escala Fahrenheit, será de:
b. a capacidade térmica do objeto de alumínio é maior Para simplificação dos cálculos, adote:
que a do objeto de cobre. g = 10m/s2
c. a capacidade térmica do objeto de alumínio é menor 1 cal = 4 J
que a do objeto de cobre. Calor específico do alumínio = 0,2cal/(g · °C)
d. a massa do objeto de alumínio é igual à massa do ob- a. 0,05 °F
jeto de cobre. b. 0,09 °F
e. a massa do objeto de alumínio é maior que a massa do c. 4 °F
objeto de cobre. d. 7,2 °F
e. 16 °F
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