Sie sind auf Seite 1von 9

NOTÍCIA POLÍTICA CARREIRAS ESPORTES ENTRETENIMENTO TECNOLOGIA

HOME QUEM SOMOS CONTATO

Onde Estamos

Pesquisar por: BUSCAR

Qual o economista mais importante do Brasil?
ago 10, 2007 by Pierre Lucena     24 Comentários     Postado em: Economia ENQUETES

Em relação ao impeachment de
Dilma Rousseff, qual sua
posição?

 Sou a favor

 Sou contra

   Votar   

Ver Resultado
 
Enquetes Anteriores
Essa foi a pergunta feita para 63 economistas brasileiros pelo Valor Econômico. A disputa foi
duríssima, entre Mario Henrique Simonsen e Celso Furtado, com vitória para Simonsen por 27 a
25 votos.
Quando pegamos a lista de votantes, percebemos que a ideologia contou mais alto, mas temos
que reconhecer o importante papel dos dois na formação econômica dos economistas no Brasil.
Por exemplo, Guido Mantega votou em Celso Furtado, e Armínio Fraga em Mario Henrique FRASE DO DIA
Simonsen.
Simonsen era um brilhante professor. Não gostava do poder, mas sim de ensinar. Foi banqueiro,
boêmio, ministro, professor e diretor da FGV­Rio.
Para aqueles que não sabem, Simonsen montou a primeira pós­graduação no Brasil: o
mestrado em economia da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Diz a lenda que na
primeira turma deu aula de todas as disciplinas: microeconomia, macroeconomia, estatística,
matemática, formação econômica.
Na verdade contou com ajuda de algumas pessoas, como o professor Wener Baer, da
Universidade de Illinois. O curioso é que Simonsen não fez mestrado ou doutorado, pois na “A riqueza de uma nação se
época não existia no Brasil. Mas era doutor honoris­causa em várias universidades, e o mais mede pela riqueza do povo e não
completo acadêmico em economia que o Brasil já teve. pela riqueza dos príncipes.”,
Adam Smith.
Sabia matemática como poucos, além de ter uma visão extremamente ampla dos problemas
econômicos. Meu orientador de doutoado foi seu aluno na FGV, e me relatou que era a pessoa
mais inteligente que ele conheceu.
Já Celso Furtado teve importante papel no estudos dos problemas brasileiros. Seu livro,
Formação Econômica do Brasil, é um clássico da economia brasileira. Seus textos influenciaram
toda uma geração.
ARQUIVO
Furtado é tido como o maior disseminador das idéias de Keynes no Brasil. Foi o primeiro
pensador brasileiro a propor idéias intervencionista do estado a favor do crescimento econômico
e do emprego. dezembro 2018

Segue o excelente texto do Valor Econômico. S T Q Q S S D

Do Valor   1 2
Professor brilhante, pioneiro no diagnóstico do problema da inércia inflacionária, ministro 3 4 5 6 7 8 9
controvertido da ditadura militar, banqueiro, bon vivant e profundo conhecedor de ópera, Mário 10 11 12 13 14 15 16
Henrique Simonsen é o economista brasileiro mais importante, de acordo com pesquisa
17 18 19 20 21 22 23
promovida pelo Valor. Morto há dez anos, Simonsen teve 27 votos em uma consulta que contou
com 63 eleitores, apenas dois à frente de Celso Furtado, a principal referência do pensamento 24 25 26 27 28 29 30
econômico desenvolvimentista. Num distante terceiro lugar aparece o ex­ministro Eugênio
31  
Gudin, ícone do pensamento ortodoxo, com cinco votos, seguido de perto por outro economista
conservador – Roberto Campos ­, com quatro. « mai    
A pesquisa não seguiu critérios metodológicos rigorosos. O jornal procurou 100 economistas de
diversas escolas e tendências. Desse total, 63 concordaram em participar, declarando seu voto
no “economista brasileiro mais importante da história”. Três votaram em mais de um nome .
Furtado, “mais historiador e filósofo do que economista”, estudioso da economia como
dimensão da vida social, pensou para o Estado o papel de coordenador do esforço pelo CATEGORIAS
desenvolvimento
Artigos e Análises
O resultado espelha a tradicional disputa no Brasil entre economistas ortodoxos e heterodoxos –
embora Simonsen não tenha sido exatamente um baluarte da ortodoxia. “Nunca foi monetarista Atualidades
como eu ou o Gudin. Era mais um keynesiano moderadamente intervencionista” – disse certa
Cultura
vez Roberto Campos, ao falar sobre o ex­ministro da Fazenda de Ernesto Geisel e ex­ministro
do Planejamento de João Baptista Figueiredo. Economia
De qualquer modo, os votos dados a Simonsen vieram quase todos de economistas hoje
considerados ortodoxos. “Simonsen teve uma trajetória importante desde jovem. Foi um Educação
brilhante formulador do crucial Paeg (Programa de Ação Econômica do Governo) e um
Esportes
excelente ministro. Vencido na disputa de poder que precedeu a década perdida, contribuiu em
muito para o debate público até o fim de seus dias, de maneira brilhante, clara, bem­humorada Finanças
e desinteressada” – diz Arminio Fraga, ex­presidente do Banco Central, sócio da Gávea
Investimentos. E acrescenta: “Até hoje não surgiu um substituto. Foi de Simonsen o diagnóstico Financiamento Imobiliário
inicial do problema da inércia da inflação, por ele denominada realimentação inflacionária”.
Fraga também vê em Simonsen o educador que formou “gerações de economistas, sem Frase do dia
dogmatismo”.
Imagem­Movimento

Meio Ambiente
Nas salas de aula, na produção acadêmica, nos artigos que escrevia para públicos mais amplos,
Simonsen era, sobretudo, alguém que “conseguia escapar de dogmas” Política

Carlos Geraldo Langoni, outro ex­presidente do BC, vai na mesma linha, ao apontar a influência Sala de Justiça
de Simonsen “na formação de gerações de economistas por meio da Escola de Pós­Graduação
em Economia (EPGE) da FGV, que ele fundou e dirigiu, durante vários anos, sendo seu mais
brilhante professor”. Langoni destaca ainda “a profundidade e amplitude de sua contribuição
acadêmica, cujo destaque é a versão brasileira dos textos básicos de teoria dos preços e
macroeconomia”.
O ex­presidente do BC Affonso Celso Pastore diz que a produção acadêmica de Simonsen no COMUNICAÇÃO
Brasil foi “extremamente importante”. Os quatro volumes de seu texto sobre microeconomia
“foram marcantes na formação de toda uma geração de economistas”. No campo da Blog da MID
macroeconomia, “sua melhor contribuição foi o livro ‘A Dinâmica Macroeconômica’, escrito logo Donos da Mídia
após sua saída do Ministério da Fazenda”. Pastore lembra outra faceta de Simonsen: “Ele
contribuiu também para o debate mais amplo, com artigos publicados na imprensa e em revistas
de economia. E produziu artigos acadêmicos importantes, dentre os quais destacaria os que
iniciaram a formulação das causas da inércia na inflação brasileira derivada da indexação dos
salários às inflações passadas.”
Simonsen também teve votos de não ortodoxos. O professor Caio Prates, da Universidade DIREITO
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), votou no ex­ministro por sua visão eclética. Para Prates, isso
ficou claro no diagnóstico de Simonsen sobre o processo inflacionário brasileiro. O ex­ministro Ethical Lawyers
chamou a atenção para o componente inercial, sem se limitar a uma abordagem ortodoxa
convencional do problema. “Ele conseguia escapar de dogmas.” Ex Positis
Esse é também o motivo que fez o ex­ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros escolher O Intercultural e o Direito
Simonsen. Sua análise sobre o que ele chamava de realimentação inflacionária mostra uma
visão de quem não ficava refém do livro­texto, diz. Mendonça de Barros tem restrições, porém,
à atuação de Simonsen como ministro no governo Geisel, por não ter feito, afirma, as correções
de rumo que seriam necessárias depois do primeiro choque do petróleo, em 1973. Sem o ajuste
externo e uma redução da demanda interna, o país continuou a crescer com força – como
queria Geisel ­, e os desequilíbrios aumentaram, avalia Mendonça de Barros. Por essa visão, o ESPORTES
ministro Simonsen não esteve à altura do economista Simonsen.
O ex­presidente do BC Gustavo Loyola tem opinião mais benigna da passagem de Simonsen Arquibancada
pelo governo. “Muitas vezes não conseguia fazer vencedoras suas idéias e posições no
governo, mas quase sempre seu diagnóstico se revelava exato. No governo, defendeu a opção Blog do Santinha
por um ajuste mais forte e profundo da economia brasileira à crise externa, mas acabou
Torcedor Coral
prevalecendo uma visão mais gradualista e leniente, que trouxe posteriormente grandes custos
ao país.”
Em segundo lugar na pesquisa ficou Celso Furtado. Para ele foram os votos, em peso, dos não
ortodoxos. O professor Luiz Gonzaga Belluzzo, da Unicamp, avalia que Furtado está a uma
“certa distância” dos outros economistas brasileiros, elogiando principalmente sua abordagem
da economia como uma dimensão da vida social. Para Belluzzo, a obra do ex­ministro de João INFORMAÇÃO COM ANÁLISE
Goulart mostra uma visão de mundo abrangente e integrada. Quanto a Simonsen, Belluzzo
afirma que ele era de fato um “economista brilhante, fascinado por arranjos formais”, mas com Altino Machado
“dificuldade para passar do abstrato para o concreto”.
Azenha
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, elogia a atualidade do pensamento de Furtado. “Suas
idéias permanecem válidas e atuais, uma vez que o desenvolvimento por vias heterodoxas de Blog da Cidadania
países como China e Índia confirma suas proposições acerca da heterogeneidade estrutural
entre economias e da necessidade de uma atuação coordenada do Estado para romper as Blog do Alon
barreiras do subdesenvolvimento.” Para o professor José Eli da Veiga, da Faculdade de
Economia, Administração e Ciências Contábeis (FEA­USP), “no que se refere ao processo de Blog do Miro
desenvolvimento, o único economista cujas formulações poderiam ser consideradas
comparáveis às de Celso Furtado é o indiano Amartya Sen”, vencedor do Nobel. “Foi Furtado Blog do Noblat
quem deu a grande interpretação do Brasil e esclareceu de forma magistral o problema do
subdesenvolvimento”, diz o diretor da Escola de Economia de São Paulo (EESP) da FGV, Blog do Protógenes
Yoshiaki Nakano. Blog do Rovai
A presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP), Leda Paulani, da FEA­USP,
considera Furtado o mais importante economista brasileiro “porque, adotando a perspectiva Blog dos Perrusi
keynesiana da demanda agregada numa época em que era pouco difundido o conhecimento da
Blog Pelejar
teoria de Keynes, construiu uma base para pensar a economia do país da qual até hoje não se
pode abrir mão. Mas foi o maior, sobretudo, porque não foi exclusivamente economista, porque Bodega
pensou o país do ponto de vista da construção de uma nação socialmente homogênea e arrolou
as providências que deveriam ter sido tomadas. Pena que não foram seguidas.” Caótico
Arminio Fraga tem outra visão sobre a influência do pensamento do autor de “Formação
Econômica do Brasil”. “Apesar da importância e das boas intenções de Celso Furtado, suas Divane Carvalho
idéias cepalinas foram a base de uma escolha equivocada por um modelo de economia fechada Inaldo Sampaio
e Estado superdimensionado, que teve como conseqüência baixo crescimento e distribuição de
renda desigual no Brasil”. Mendonça de Barros vê Furtado mais como “um historiador e filósofo Leandro Fortes
do que como um economista”.
Magno Martins
O professor Fernando Cardim de Carvalho, da UFRJ, diz que a importância maior de Furtado Nassif
“se define pela capacidade de criação de uma escola de pensamento, situação que só encontra
paralelo na América Latina no caso de Raul Prebisch. A teoria do subdesenvolvimento que O Mundo
Furtado propôs, como uma forma de integração na economia internacional, mais que um
‘estágio’ numa suposta linha comum de evolução que marcaria todas as economias, como se OmbudsPE (novo site)
supunha na visão convencional, permanece como uma hipótese válida e, principalmente,
aglutinadora até o presente”. Paulo Henrique Amorim
O Vencedor PE Body Count

Portuária PE

Mário Henrique Simonsen tornou­se, ao deixar Brasília e retornar à vida acadêmica, a partir de Revista Negócios PE
1979, uma referência em que os governos buscaram, até sua morte aos 62 anos, em fevereiro
de 1997, compreender os fenômenos da economia brasileira. Rodrigo Graça Aranha
Personalidade generosa e economista genial, Simonsen pode não ter colhido resultados Rodrigo Vianna
brilhantes na sua passagem pelos governos Geisel e Figueiredo – que coincide com o início de
uma crise de grandes proporções, que emerge com o primeiro choque do petróleo, em 1973, e Sivuca
culmina com o segundo choque do petróleo acompanhado da brutal elevação dos juros
americanos, em 1979. Mas deixou um legado acadêmico respeitado, inclusive, por seus Sobre Administração
opositores, e o reconhecimento de sua contribuição no debate da política econômica brasileira.
Wiki ADVFN
Foi o primeiro economista a identificar na correção monetária o motor da inércia inflacionária –
que ele chamava de realimentação inflacionária – que veio a ser, mais tarde, a chave
inspiradora dos planos de estabilização no país.
Carioca nascido em fevereiro de 1935, Simonsen formou­se em engenharia civil na Escola
Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, mas especializou­se em economia. Começou
a colaborar com o então ministro do Planejamento, Roberto Campos, e fez o primeiro esboço do INFORMAÇÃO COM HUMOR
Paeg (Plano de Ação Econômica do Governo) na gestão Castelo Branco. Escreveu, também, a
pedido do presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada) e depois ministro do Campo Minado
Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso, o capítulo de macroeconomia do Programa
Estratégico de Desenvolvimento do governo Costa e Silva. Foi presidente do Mobral – Mandra Brasa
Movimento Brasileiro de Alfabetização – no governo Médici, e, no início de 1974, assumiu, a
convite de Geisel, o cargo de ministro da Fazenda.
Em 1973, os países árabes se organizaram na Opep, multiplicaram o preço do barril de petróleo
de US$ 2,90 para US$ 11,65 e levaram o mundo à primeira grande crise do pós­ guerra. O
governo Geisel praticamente ignorou, de início, o ajuste que os demais países faziam e INVESTIMENTO
continuou na rota do crescimento acelerado. Afora medidas de controle da moeda, a reação
àquela crise que, de um ano para outro, elevou o déficit em transações correntes de 2,48% para Artigos
6,8% do PIB, foi tocar o II PND com base no endividamento externo. O PIB, que vinha de um
crescimento de 13,97% em 1973, ainda cresceu 8,15% em 1974. Só em 1975 começa a Bússola de Finanças
desaceleração, quando o PIB cresce apenas 5,17%. Constatada a retração da atividade
econômica, Simonsen afrouxou os controles e o país voltou a crescer 10,26% em 1976, graças Blog do Dinheiro
à criação do “refinanciamento compensatório” – farta concessão de crédito ao setor privado.
Mas, aí cresceu demais. CRH Investor
Nesse ano, Simonsen voltou da reunião anual do FMI/Banco Mundial preocupado e com um Dinheirama.com
recado claro dos credores: a luz amarela já estava acesa e o país, naquele ritmo, ia perder
credibilidade. Insidernews
Esse foi um momento delicado da discussão entre Simonsen e Velloso, que, do Planejamento,
tocava o II PND. Desde o início do governo, ambos haviam combinado que as divergências
seriam debatidas à exaustão, até chegarem a um ponto comum. Levar posições distintas para
Geisel arbitrar significaria enfraquecimento para ambos, relata Velloso. Era preciso limitar o PIB
a, no máximo, 5%. Para isso seria necessário cortar investimentos públicos. Velloso concordou
LINKS
com a medida, desde que se preservasse a integridade do plano.
Em 1977, o crescimento do PIB cai para 4,93% e o déficit em conta corrente, para 2,72% do 365 Dias
PIB. A inflação, medida pelo IGP­DI, que em 1976 foi a 46,2%, recuou um pouco, para 38,84%,
no ano seguinte. A Poção de Panoramix
Sobre inflação, a contribuição de Simonsen foi além da compreensão de suas causas. Nos Agenda do Recife
primeiros meses do governo Geisel, o ministro preparou um documento e o levou à reunião das
9 horas, habitual encontro do presidente Geisel com um pequeno grupo de ministros no palácio Amigos do Presidente Lula
do Planalto. O texto tratava da inflação naquele ano de 1974. Junto com a análise, porém, trazia
uma revelação rumorosa: a inflação de 1973, durante a gestão de Delfim Netto no Ministério da André Raboni
Fazenda, havia sido objeto de “distorções”.
Blog PE de Andada
O documento acusava, com base em estudos da Fundação Getúlio Vargas, que o índice de
custo de vida, na parte relativa aos itens de alimentação, havia sido apurado com base nos Cloaca News
preços tabelados e não nos preços praticados pelos supermercados.
Edmar Lyra
O dado oficial indicava uma variação de 13,7% no custo de vida. Tomando os preços praticados
pelo mercado, o aumento foi de 26,6%. Ou seja, o índice oficial carregava um “atraso” Escrivinhos
equivalente a 11,3%. Delfim Netto nunca reconheceu essa “distorção” e sempre atribuiu o
episódio ao fato de que ele gerenciava os estoques de produtos alimentares de modo que esses Fábio Rodrigues
não faltassem nas gôndolas dos supermercados do Rio, onde o índice era apurado.
Geek Café
A existência desse documento só veio a público em 1977 e foi uma das causas que
impulsionaram o ressurgimento do movimento sindical na região do ABC paulista. Luiz Inácio Humanitasbrasil
Lula da Silva e mais de uma dezena de sindicalistas foram pela primeira vez, durante o governo
dos militares, a Brasília reivindicar a reposição, nos salários, daquela inflação que faltava. Monitor dos Blogs Financeiros
Estiveram com Velloso, no gabinete do Planejamento no Palácio do Planalto, e com Simonsen,
na Fazenda. Raphael Tsavkko
Com Velloso, lembra hoje o ex­ministro, foi um encontro demorado, das 19 às 22 horas. Rádio Pernambucana.com
“Combinei com Simonsen que não deveríamos nos envolver nessa questão, deixando que os
trabalhadores e os empresários se acertassem. Ele concordou”. Iniciou­se naquele ano uma Robson Fernando
campanha em que os sindicatos falavam em reposição salarial de 34,1%, percentual que havia
sido subtraído da inflação de 1973 e 1974. Surgiam, também, o engajamento dos trabalhadores Rodolfo Araújo
da indústria na luta pela redemocratização e as sementes do PT.
Secundum
Nunca foi nítida a posição de Simonsen sobre o II PND – programa ambicioso de criação de um
parque industrial para produção de insumos básicos e bens de capital, para substituição de Tiana Santos
importações e geração de excedentes exportáveis. Francisco Lopes, que foi aluno de Simonsen
na FGV e trabalhou a seu lado no governo, tem convicção de que ele se opôs àquele que era Tulio Vianna
um “programa de gastos públicos desenfreados para 1974­79 quando o mundo já mergulhava
na crise do petróleo”.
Augusto Jefferson, que acompanhou Simonsen durante toda sua vida, de quem foi assessor de
Política Econômica, afirma: “Simonsen se conformou. Aquele era o programa do Geisel e de
nada adiantaria se opor”. A favor, sustenta, ele não era.
Foi nessa época que Simonsen, em entrevista à imprensa, declarou: “Somos uma ilha de
prosperidade num mar de incertezas”. O país insistia em crescer a taxas anuais de 7% ou mais,
quando o mundo todo entrava em recessão. E assim foi graças aos aumentos do endividamento
externo e da inflação, que desembocaram no colapso de 1982.
A regra, naquela época, era simples: “Tínhamos medo do abismo, que significaria a perda total
da credibilidade externa. Sempre que as coisas se complicavam, havia um recuo tático da nossa
parte, que era o de colocar limites ao crescimento”, conta Velloso.
Como ministro do Planejamento do governo Figueiredo, para o qual levou todos os instrumentos
importantes da Fazenda (como o Conselho Monetário Nacional e o sistema de controle de
preços), Simonsen tentou fazer um ajuste mais duro. Pretendia reduzir o crescimento para a
casa dos 3% e adequar o país ao segundo choque do petróleo, que veio em 1979, somado a
um substancial aumento dos juros americanos. Figueiredo negou­lhe apoio e o substituiu por
Delfim Netto.
Simonsen produziu inúmeros trabalhos sobre matemática, escreveu vários livros de economia e
críticas de ópera. Era amante da boa mesa e do uisque. Fumava quatro maços de cigarro por
dia. Vascaíno, foi um teórico e praticante do futebol nos fins de semana. De memória prodigiosa,
era capaz de citar a relação do time reserva do Olaria, conta Marcos Viana, então presidente do
BNDE, de quem era amigo desde os tempos do vestibular.
Deixou, no campo acadêmico, contribuições importantes: da curva do salário real, que inspirou a
política salarial do PAEG, ao modelo de realimentação. Fez estudos sobre os fundamentos
teóricos da política de rendas como um dos instrumentos do combate à inflação, e a crítica à
teoria das expectativas racionais.
Foi professor da Escola de Pós Graduação em Economia (EPGE, da Fundação Getúlio Vargas),
que ajudou a criar. Contava que ficou rico por acaso, quando o amigo Julio Bozano, o convidou
para ser o sócio minoritário no Banco Bozano, Simonsen. Ao anunciar seu pedido de demissão,
em 10 de agosto de 1979, no governo Figueiredo, declarou: “Achei que o melhor que eu fazia
para o país era voltar para a praia de Ipanema”.
Mestre Simonsen, teoria e prática
Creso, rei da Lídia, perguntou a Sólon quem era o homem mais feliz do mundo. Sólon
respondeu que não poderia declarar um homem feliz antes de sua morte. Pois, até “a
indesejada das gentes chegar”, ninguém está livre de surpresas. Aplico o mesmo critério à
escolha do economista mais importante do Brasil. Só é candidato ao título quem já completou
sua obra. Suponho também que, além de merecer o respeito de seus pares, ele terá sido um
ator de relevo em nossa história.
Portanto, começo a busca recorrendo a eventos que mudaram o país. Busca inútil, porque não
o encontro por trás da abertura dos portos da Colônia em 1808, nem no fim dos anos 1880, a
defender a abolição da escravatura. Tampouco há economistas em batalha pela industrialização
nascente no começo do século XX ou preconizando a destruição de sacas de café em 1930.
É que a profissão surgiu tarde por aqui. Alguns astros começam a brilhar depois do golpe militar
de 1964. Mas, ai! Como votar em quem colaborou com a ditadura? O voto me pesa e ainda
assim escolho Mário Henrique Simonsen (1935­1997) como o economista mais importante do
Brasil.
Professor da Fundação Getúlio Vargas e diretor da Escola de Pós­Graduação em Economia,
Simonsen inaugurou no Brasil o ensino da ciência econômica em todo o seu rigor formal.
Formou dezenas de alunos influentes. E difundiu a teoria econômica em livros­textos essenciais:
“Teoria Microeconômica” e “Macroeconomia”.
Ministro da Fazenda do governo Ernesto Geisel (1974­79), traçou a estratégia de substituição
de importações de insumos básicos, revigorou as exportações com maiores financiamentos,
introduziu o sistema de bases correntes no imposto de renda, obteve do Congresso Nacional a
aprovação da Lei das Sociedades por Ações e criou a Comissão de Valores Mobiliários.
Poucos escreveram com maior verve para jornais e revistas. Ninguém entendeu melhor os
custos e benefícios da indexação, que, conhecedor das manhas da política econômica, ajudou a
introduzir em 1965­68. Tiro o chapéu para o mais precioso de seus livros, talvez o melhor já
escrito por um economista brasileiro: “30 Anos de Indexação” (FGV, 1995).
O construtor

Muitas vezes se tem dificuldade em ver Celso Furtado como um economista. Sua vasta obra –
30 livros, incontáveis artigos, conferências, planos econômicos e entrevistas – encoraja a
percepção de que foi um pensador múltiplo. Sem dúvida, sua obra nunca foi meramente
econômica e jamais poderá ser acusada de economicista. Seu trabalho intelectual entrelaça os
fios menos óbvios que unem a economia à cultura, à política e ao social. E, a partir de tudo isso,
finca sólidas raízes na história. Furtado pensa e reinventa o Brasil sob ângulos surpreendentes
e inovadores.
Despido dos fardões e dos louros acadêmicos, age sobre ele politicamente, sem jamais ter sido
partidário. Refunda o Brasil ao redescobrir as suas essências e ao propor, a partir delas, novos
caminhos. E, fundamentalmente, exige a criação de um projeto autônomo de nação, ao
rechaçar a reprodução aqui das condições externas destinadas a perpetuar a dependência. De
fato, não parece um economista. Talvez por isso mesmo seja constantemente aclamado o maior
deles.
De Pombal a Yale
Furtado nasceu numa terra “seca, de homens secos”, na cidade de Pombal, sertão paraibano,
em um tempo – 26 de julho de 1920 – que parece irresgatável. Menino, viu cangaceiros e a
passagem de uma Coluna comandada por um capitão de 26 anos chamado Luiz Carlos Prestes.
Poucos adivinhariam que o menino de Pombal viria a mudar a forma de ver e decifrar o Brasil,
que iria dar aulas em lugares tão improváveis como Sorbonne, Yale e Cambridge, se tornaria
ministro do Planejamento de um governo derrubado militarmente, ministro da Cultura do
primeiro após a ditadura, criador e gestor de um marco nacional, a Sudene, e que até morrer,
em 20 de novembro de 2004, não abriria mão do sonho de construir um país soberano, livre das
amarras externas, de renda desconcentrada e socialmente justo.
Celso Furtado formou­se em um tempo em que os economistas vinham ou da faculdade de
Direito ou da de Engenharia. Formado em Direito em 1940 pela Faculdade Nacional de Direito
do Rio de Janeiro, Furtado logo manifestou sua vocação pelos estudos econômicos. Aos 28
anos, sua tese de doutorado na Universidade de Paris abordava o ciclo da cana­de­açúcar. Na
Sorbonne, não se limitava à economia. Ampliava seus interesses para a teoria política e para a
história. Desde sempre, afastou­se do desprezo com o qual a escola neoclássica evitava a
história. Na época, já tinha lido todo o Marx, mas preferia, sociologicamente, outro Karl, o
Mannheim, pois este buscava formas para neutralizar os efeitos sociais das crises periódicas do
capitalismo.
Teoria do desenvolvimento
No mesmo ano, 1948, em que Furtado concluiu seu doutorado, era criada, em plena
efervescência e aplicação prática da teoria do planejamento sobre uma Europa do pós­guerra
necessitada de reconstrução, a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América
Latina, a famosa Cepal, à qual Furtado dedicou posteriormente esforços decisivos para os
rumos da teoria do subdesenvolvimento e as estratégias heterodoxas para o desenvolvimento.
O conhecimento teórico de Joseph Maynard Keynes se agregaria à prática trazida em 1949 à
Cepal pelo argentino Raul Prebisch. Prebisch foi o gênio que aos 34 anos criou o Banco Central
da Argentina, em 1935, o qual comandou até 1943, de onde saiu, após divergência com Perón,
para lecionar a “Teoria Geral” do lorde inglês na Escola de Economia de Buenos Aires.
Centro­periferia
Prebisch lançou as bases da doutrina intervencionista e antiliberal destinada a permitir, via
industrialização, a emancipação da América Latina. Criou, como contraponto à teoria das
vantagens comparativas – engendrada pela escola neoclássica para transformar as relações de
dependência e exploração internacionais num jardim florido de harmonia e cooperação entre as
nações ­, a idéia hoje clássica do “centro­periferia”. Furtado, que já estava na Cepal antes da
chegada de Prebisch, foi o introdutor no Brasil das idéias do economista argentino, por meio das
publicações da Fundação Getúlio Vargas, do Rio, então o maior pólo de discussão econômica
existente no país.
Os trabalhos indicavam um caminho a seguir: o da industrialização comandada pelo Estado. Se
este era o caminho, restava explicar as raízes da industrialização e a maneira de implementá­la
aqui. Foi o que fez Furtado. Coube a ele amadurecer a teoria do subdesenvolvimento, dar­lhe
consistência e uma feição mais acabada, e transformá­la em um plano de ação vinculado ao
momento histórico que a América Latina então atravessava.
Os escritos de Furtado forjaram o entendimento clássico segundo o qual o subdesenvolvimento
não é um estágio obrigatório que os países devam vencer antes de atingir o desenvolvimento.
Não é um elo da cadeia que conduzirá o país ao futuro. Na verdade, ele comprovou que o
subdesenvolvimento é uma condenação eterna ao atraso resultante do modo de inserção dos
países periféricos ao sistema capitalista mundial. Não há, como sustentam os neoclássicos,
relações financeiras e comerciais entre países iguais, mas um sistema de dominação camuflado
por ideologias.
Vocação agrária
O debate que incendiou os anos 1950 está sendo repisado agora em outros moldes. Naquela
época, as correntes retrógradas defendiam a “vocação agrária” do Brasil, em contraposição à
necessidade de uma industrialização acelerada, abraçada por Furtado e a Cepal. Hoje, as
exportações de commodities tornam dispensável, no entender do consenso mercadista, a oferta
de uma taxa de câmbio competitiva à indústria. Desde os primórdios do Brasil, é recorrente o
debate entre o liberalismo econômico e o intervencionismo desenvolvimentista. Desde 1994, o
primeiro está no poder.
Furtado fez uso do melhor que lhe serviam as teorias de Marx e Keynes, sem ser nem marxista
nem professadamente keynesiano. Os livros mais “marxistas” escritos por Furtado – “A Pré­
Revolução Brasileira” (1962) e a “Dialética do Desenvolvimento” (1964) – estão, por exemplo,
situados na efervescência pré­64. O intervencionismo de extração mais keynesiana perpassa a
maior parte de seus livros. Furtado inventou uma escola para si, que ficaria conhecida como a
do método histórico­estrutural.
Antes disso, Furtado escreveu uma obra clássica, que viria a figurar ao lado de monumentos
explicativos do Brasil, como “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, e “Raízes do Brasil”,
de Sérgio Buarque de Hollanda. Trata­se de “Formação Econômica do Brasil”, um clássico
escrito há 50 anos, quando o pensador paraibano estudava, sob licença da Cepal, no templo
keynesiano erguido no King’s College, em Cambridge, na Inglaterra – instituto que rejeitava
liminarmente as grandes categorias marxistas.
Ainda hoje, a “Formação” tem a força de um vigoroso sopro de ar fresco a varrer os ambientes
infestados de modelos probabilísticos estocásticos do cientificismo neoliberal. E, segundo o
professor da Fundação Getúlio Vargas Guido Mantega, cada um dos parágrafos do livro serviu
de inspiração ou deu deliberada origem a uma tese de mestrado ou doutorado.
Rendição ao mercado
Cassado pelo primeiro ato do golpe militar de 1964, o AI­1, onde poderia exilar­se o professor
rejeitado pelas elites brasileiras? Imediatamente, recebeu três convites para lecionar nos
santuários em que estudavam os filhos da elite americana. Yale, Harvard e Columbia disputaram
seus conhecimentos. Preferiu ir para o Chile, a convite do Instituto Latino­Americano para
Estudos de Desenvolvimento. Só em setembro de 1964 iria para New Haven, como pesquisador
graduado do Centro de Estudos do Desenvolvimento da Universidade de Yale.
Para Mantega, em texto publicado no fim de 1989, “Furtado é um dos pais do intervencionismo
keynesiano no Brasil e o primeiro pensador brasileiro a desenvolver um modelo de análise
baseado na heterodoxia estruturalista”. Nessa curta definição estão as três palavras capazes de
interditar o pensamento furtadiano no Brasil atual: intervencionismo, heterodoxia e Keynes.
Furtado sabia disso e, nos últimos anos, amargurou­se e decepcionou­se com os rumos dos
governos neoliberais. “O triste é imaginar que um país em construção fosse entregue ao
mercado”, disse, em entrevista publicada pelo Valor em junho de 2000.
24 Comentários + ADD COMENTÁRIO

Sergio 10/08/2007 às 21:12

Eu fico com Celso Furtado, apesar de o páreo ser duríssimo. E confesso o teor ideológico do meu
voto. Pieere, divulga a lista completa dos votados, por favor.

RESPONDER

reci 11/08/2007 às 7:10

Essa lista, tal qual as de “Caras” ou de outra revistinha qualquer, não tem lógica nenhuma,
servindo apenas para comparar alho com bugalho como se fossem a mesma coisa. Que é isso,
Prezado Lucena?

RESPONDER

Arquibaldo 12/08/2007 às 0:56

Caros Bahé e Pierre,

O que está havendo? Desde ontem que eu só vejo essa matéria com Simonsem e Furtado na
abertura.

Vamos trabalhar, meninos.

RESPONDER

Gualter Barreto 01/09/2007 às 0:31

Um autodidata genial,simonsen edificou o mercado de capitais ,na decada de 70,movido a boas
doses de 12 anos.

RESPONDER

José Andrade 04/08/2008 às 21:00

Esta é uma comparação é de certa forma surrealista, pois de um lado está Celso Furtado, que
consagrou­se através de posicionamentos, idéias e análises a cerca da economia brasileira e
Latino Americana de forma coerente mesmo que tendenciosa ao livre mercado. Do outro lado,
numa análise macroeconômica e com uma praticidade irrepreensível, Simonsem que
indubitavelmente contribuiu bastante para o desenvolvimento da Economia Aplicada à realidade
dos mercados de forma ampla.
Deixo noentanto o meu posicionamento de agradecimento a ambos os economistas pelas suas
importantissimas contribuições no estudo e análise da Economia tanto a nível nacional como
internacional.

RESPONDER

Gilvan Mendes 27/10/2008 às 14:19

Bom dia Sr economista! moro nos EUA a trez anos e aqui temos uma duvida muito grande. o Sr.
poderia nos fazer algum comentario sobre a divida interna do Brasil. agradeco muito se nos der
este esclarecimento, ficamos muito grato.

Atenciosamente,

Gilvan Mendes

Fone:774.2681954

RESPONDER

Ana 14/08/2009 às 10:45

Apenas um comentário: o Keynes da Teoria Geral se chama John Maynard Keynes e não Joseph.
Att.
Ana

RESPONDER

J.Santos lima 26/10/2009 às 16:21

Justíssimo o título .Simosen é sem a menor dúvida ,o maior economista que este país produziu .
Tive o prazer de assisti­lo,como professor e era simplismente genial .

RESPONDER

marcos 26/01/2010 às 13:59

A escola liberal com seus modelos histéricos que so funciona na teoria,levou a economia mundial
na maior crise depois de 29, o que seriam das economias se o estado não intevisse novamente, o
deus ex­máquina jamais resolveria, Friedman deve estar rindo no paraíso e falando filhos de e
netos da escola de Chicago esqueçam de minha idéias e releam Keynes.Comparar um liberal com
um pós­Keynesiano é brincadeira, Furtado foi o primeiro a estudar de forma profunda e economia
Brasileira e propor mudanças.Se para o PhD de princento Armínio fraga suas idéias e o modelo
que ele defendia era equivocado o que ele acha da atual crise, onde estão os monetaristas
defensores da diminuição de estado. como disse furtado não existe mercado sem estado

RESPONDER

Coro de Sousa Fernandes 22/03/2010 às 7:51

Eu sou estudante de Economia.
já tive o conctanto com várias obras de economista brasileiro e sem dúvida o Mario Henrique
Simonsen é aquele que mais me covenceu em termo de terio economicas.
muito obrigado. fuiiii

RESPONDER

wanderson da silva 20/04/2010 às 13:51

Boa tarde!
eu gostei muito da pesquisa que vocês fizeram para nomear o maior econo0mista do Brasil.com
certeza o simosen é um dos maiores do brasil.
eu o ano que vem vo etrar no curso de economia eu não gostava muito,eu assistir uma palestra na
bolsa de vlortes e quem estava palestrando era uma economista eu me encantei por economia.
então despertou em mim a vontade de estudar economia
eu psso uma sugestão.aos meus amigos economista

RESPONDER

IVANIR TREVISAN 23/04/2010 às 14:57

Boa tarde, estou muito desesperada e doente dos nervos com a divida do meu cartão de crédito
Mastercad Citi, desde o mes 11/2009 eu devia $ 420,00
fiz algumas e fui pagando um pouco mais que o minímo hoje esta divida já esta $ 5.000,00,
gostaria de saber se deixo de pagar e esperar que ele me liguem para um acordo se vou no
procon.agradeço se alguem pode me orientar, tenho este cartão a mais de 20 anos e nunca
atrasei.

Obrigado
Ivanir

RESPONDER

ana zelinda 13/08/2010 às 20:43

Gostaria de saber se compenssa quitar um apto que comprei na planta, reajustado pelo incc até a
entrega das chaves .

RESPONDER

wanderson né 03/09/2010 às 12:34
Boa Tarde, sou comerciante, tenho uma pequena empresa de vendas de cestas­básicas, tenho 32
anos preciso cursar uma faculdade, mas não sei em que área. Sempre tive vontade de fazer
jornalismo, mas acredito que foge muito da minha realidade. nunca me interessei por
administração, mas ultimamente estou ligado em Economia, que pode me dar alguma dicas, se
realmente e o meu perfil. Abraços a todos.

RESPONDER

José Luiz 08/11/2010 às 8:30

Sem Estado não há Economia? Será? E sem Economia há Estado? Porquê Simonsen é melhor?
Pelo que entendi do próprio texto sua administração economica nos levou a uma crise enorme.
Tudo bem que a eleição foi feita entre seus pares economistas, mas o que me chamou a atenção
foi o grande numero de abstenções, de 100 apenas 63 quiseram participar? e os outros 37 em
quem votariam? Acho que em ninguém porque neste País onde os economistas tratam a
economia como politica e não tem autonomia para efetivamente tratá­la como uma ferramenta de
desenvolvimento social e humano de toda a sociedade. Respeito todas as opiniões, mas no meu
entender, quanto o menos o Estado intervir na Economia melhor, afinal cabe ao Estado apenas
regular e fiscalizar e não atuar. Seria como um árbitro de futebol, querer fazer gol. Assim, penso
que ainda está para surgir um economista capaz realizar o que o Brasil precisa.

RESPONDER

Rafael 14/11/2010 às 19:41

Nenhum dos dois foi relevante, porque nenhum dos dois fez contribuições relevantes a moderna
teoria econômica. Simonsen foi o menos ruim, porque sabia o básico de economia. Furtado não
entendia bulhufas de economia, pelo menos foi a impressão que eu tive lendo o Formação
Econômica do Brasil.

Qualquer PHD de Harvard/Princeton/Chicago é mais economista que Furtado ou Simonsen.

Os economistas Brasileiros só vão formar prêmios nobéis quando começarem a olhar para fora e
não para economistas “brasileiros”.

RESPONDER

Vitor Justo Silva 28/09/2011 às 11:53

Se vc conhece­se um “pouquinho – só um pouquinho” da obra desses dois brilhantes
economistas não escreveria tanta asneira. Provavelmente vc não é economista…..

RESPONDER

Qual o economista mais importante do Brasil? 20/03/2011 às 13:38

[...] Para ler o artigo completo clique no link a seguir pesquisa [...]

RESPONDER

Frederico 14/06/2011 às 20:25

Aos defensores de Celso Furtado e sua atuação me pergunto pq não foi levantado o fracasso do
Plano Trienal, frente a atuação de Simonsen! No mais quanto a resposta de monetaristas que o
colega colocou, mais claro impossível, o governo brasileiro com sua atuação fiscal é o pivor dos
problemas, conforme prediz a própria história brasileira, para tanto vide algumas décadas
passadas que qualquer bom livro de economia brasileira nos relata, mas só de refrescagem como
a inflação toma centro de análises quanto ao processo de industrialização brasileira e seus
desenfreados processos de emissão monetária para financiar. O caráter do Bacen quando o
mesmo foi criado deixando equilibrado o balanço fiscal as custas do monetário, mas isso todo
bom economista brasileiro já sabe e não tem o pq eu ficar mencionando, não é mesmo? Ah e dizer
que isso é história e vir com o velho jargão de keynes que “no longo prazo estaremos mortos” é
simplesmente uma justificativa vulgar a preguiça de querer trabalhar e produzir algo válido de se
ler e ver. A exemplo o jornal diário com as políticas econômicas de mérito político apenas, em
seus mandatos de 4 anos.

RESPONDER

Vitor Justo Silva 28/09/2011 às 12:14

O ex Ministro e Economista Celso Furtado, tinha uma tese de modelo desenvolvimentista. Não
apenas para o Brasil como também para a América Latina. Acreditava que o desenvolvimento para
a America Latina só teria sucesso, quando seus Membros se unissem em Bloco. Que o Brasil
teria que assumir essa missão por ser a maior economia do Bloco. Essa ideologia enfim vem se
concretizando. O Brasil deixou de olhar de costa para a A.L., e enfim liderar o Bloco.

RESPONDER

Heretiano Henrique Pereira 27/03/2012 às 10:33

Hoje conto com idade sexagenária, no entanto, destaco como um dos grandes economista do
Brasil, e mesmo sendo do nordeste, o conterrâneo Prof. Dr. Celso Furtado, implantou grande
trabalho para o desenvolviento da região tão sofrida, onde se distinguia a SUDENE. Portanto, a
semente foi plantada, é pena que temos um prazo aqui em baixo, mas valeu !!!

RESPONDER

Victor Particular 13/01/2013 às 0:50

Gostei MUITO do texto!

Parabéns. Tiro algumas conclusões:

1) no fundo o Simonsen, que parecia ser mais afeito a uma abordagem quantitativa, foi um dos
responsáveis pela crise que enfrentamos na década de 80. Talvez ele tenha se perdido nos
detalhes dos números, acreditando que modelos precários poderiam prever sistemas complexos
como é o caso da economia. Olhando para a insuficiência dos recursos atuais para prever crises
como a de 2008, fica a certeza de que só tolos poderiam acreditar na primazia dos modelos
ortodoxos na década de 70, quando os recursos eram calculadoras eletromecânicas e
computadores com 1k de memória.

2) o Furtado, com uma abordagem qualitativa e mais abrangente, teve mais sorte ao perceber que
a intervenção do Estado era imprescindível para o enfrentamento do subdesenvolvimento. A
história veio a confirmar sua percepção, através do sucesso obtido pela China no enfrentamento
de seu próprio subdesenvolvimento (lembrando que na década de 80 a China estava mais
atrasada que o Brasil)

Acredito que o aftemath desta história é simples: realmente o Furtado deixou uma obra mais
relevante e inovadora. Simonsen trouxe um pouco mais do mesmo, sem uma contribuição
verdadeiramente disruptiva.

Agora, fiquei surpreso com o Roberto Campos ter recebido 4 votos. Além dele ter falido um banco,
que eu saiba não fez nada mais de notório. Na verdade, acho que a afirmação mais relevante do
Roberto Campos foi: “A Embraer nao vai dar certo”. Todo o resto de sua pregação foi pior que isso.
(Pena que ele morreu antes de poder voar num jato da Embraer… Teria sido uma grande lição de
economia para ele)

RESPONDER

Perdido 17/01/2013 às 20:18

Amigos não sou economista, estudo Letras. Preciso entretanto fazer referência a um período da
história brasileira e escolhi um economista de matriz furtadiana, que trata a questão como centro­
periferia. Criticaram­me que meu discurso era ultrapassado, e que essa era uma questão que não
mais cabia. Pergunto: enfrento a questão pelo “centro periferia”, ou será mais fácil apaziguar
oferecndo outras “visões”para garantir o canudo?

RESPONDER

Frustado 02/10/2018 às 12:35

Não consegui concluir minha graduação em Economia, tive depressão desde os 19 anos, e isso
atrapalhou muito meus estudos, então não tenho a mínima ideia de quem seja o melhor
economista para dizer com certeza

RESPONDER

Tem algo a dizer? Vá em frente e deixe um comentário!

Nome (required)

Email (não será publicado) (required)

Das könnte Ihnen auch gefallen