Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Tema 02
Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral
Tema 02
Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral
Autoria: João Paulo Manfré dos Santos
Como citar esse documento:
SANTOS, João Paulo Manfré dos. Cinesiologia e Biomecânica: Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral. Caderno de Atividades. Valinhos:
Anhanguera Educacional, 2016.
Índice
CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
Pág. 3 Pág. 3
ACOMPANHENAWEB
Pág. 23 Pág. 25
Pág. 28 Pág. 28
Pág. 31 Pág. 31
© 2016 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
CONVITEÀLEITURA
Prezado aluno, seja bem-vindo ao nosso segundo caderno de Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral.
Portanto, convido você a se aprofundar nesta temática importantíssima na preparação e execução de atividades da
Educação Física no ambiente escolar, uma vez que você terá que abordar no futuro ações preventivas e concretas para
melhorar os níveis de saúde e qualidade de vida dos seus alunos sem comprometer este segmento fundamental para
a dinâmica corporal. Um dos principais objetivos do estudo da biomecânica da coluna é a possibilidade de identificar
e analisar mudanças que ocorrem nos movimentos, para que elas não gerem lesão. Além disso, notamos atualmente,
com a inclusão de elementos digitais e tecnológicos na vida dos estudantes, uma mudança de conduta e de postura,
que afetou a forma como esses alunos se relacionam, estudam e se divertem, e a coluna vertebral não fica isenta e
acaba sofrendo com essas mudanças, pois são impostas a ela cargas diferentes das fisiológicas, que no futuro podem
desenvolver complicações às estruturas, impactando nas atividades e ações executadas por essas crianças.
PORDENTRODOTEMA
Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral
A Anatomia e o Movimento
Iniciaremos este caderno com uma breve revisão anatômica, para em seguida nos aprofundarmos nas análises dos
movimentos da coluna vertebral. A coluna representa o pilar central do tronco, é composta por vértebras empilhadas
que são formadas pelo corpo vertebral, processo espinhoso, processos transversos, pedículo e lâmina (protege o saco
dural e serve de ponto de referência para o processo espinhoso) (MOORE; DAYLE; AGUR, 2014; VERDERI, 2005;
BERRY et al., 1987; WHITE; PANJABI, 1978; REYNOLDS et al., 1985), discos intervertebrais, que são compostos pelo
núcleo pulposo e ânulo fibroso que fornecem uma resistência substancial ao estresse axial (TAKEUCHI et al., 1999),
ligamentos e músculos formando um complexo intrincado e articulado, que promove mobilidade e protege a medula
espinal (MOORE; DAYLE; AGUR, 2014; VERDERI, 2005).
3
PORDENTRODOTEMA
Localizada na região posterior e mediana do corpo humano, a coluna vertebral tem como função fornecer um suporte
rígido e proporcionar flexibilidade para o tronco; sua distribuição pode ser considerada um pouco mais anterior na
cervical, mais posterior na coluna torácica e no centro do abdome na região lombar (HAMIL; KNUTZEN, 1999). Essas
funções antagônicas da coluna vertebral se dão pelo resultado de um sistema complexo de estabilização muscular
(ROCHA; PEDREIRA, 2001).
As facetas articulares são compostas por uma cápsula frouxa e líquido sinovial, com papel menos importante no suporte
de cargas, mas com implicações importantes para o movimento segmentar (MOORE; DAYLE, AGUR, 2014).
Figura 2.1 - Vértebra
4
PORDENTRODOTEMA
As vértebras estão dispostas por segmento, sendo sete vértebras cervicais, 12 torácicas e cinco lombares, além das
cinco vértebras sacrais que são fundidas e as quatro coccígeas, formando quatro curvaturas normais, que servem
para absorção do impacto e de choque, além de promover ganho mecânico. São elas a lordose cervical com curvatura
posterior, a cifose torácica com curvatura anterior, a lordose lombar com curvatura posterior e uma cifose sacral
(MOORE; DAYLE, AGUR, 2014). Essas curvaturas surgiram pelo fato de o homem assumir a postura bípede, durante
a evolução da espécie, fazendo com que a curvatura primária da coluna cifótica seja alterada para curvaturas lordóticas
na coluna cervical e na coluna lombar (RESENDE; SANCHES, 1992).
5
PORDENTRODOTEMA
As vértebras aumentam de tamanho da região cervical para a região lombar devido à maior necessidade de suporte
de carga (HALL, 2013). Isto está diretamente relacionado com o peso e a carga axial imposta à vértebra (BERRY et al.,
1987; PANJABI et al., 1991; WHITE; PANJABI, 1990; BELL et al., 1967; MAAT et al., 1996; MACINTOSH; NICKOLAI,
1987; PERRY, 1974; PERRY, 1957).
As curvaturas da coluna vertebral ajustam-se ao centro de gravidade (CAILLIET, 2001 ), tendo como objetivo bom equilíbrio
dinâmico, caracterizado pelo máximo de eficiência fisiológica e biomecânica, pelo mínimo de esforço (MOMESSO,
1997). Isto ocorre quando os músculos estão equilibrados, fortes e flexíveis, gerando bons hábitos posturais (GROOS;
FETTO; ROSEN, 2000).
Em resumo, na coluna vertebral temos uma coluna principal anterior, formada pelos discos intervertebrais e corpos
vertebrais, com função principalmente estática, pois é submetida a forças de compressão. Uma coluna acessória que
se faz atrás dos processos articulares, com função dinâmica, pois conduzem os movimentos relativos das vértebras. E
a articulação entre os arcos posteriores pode ser comparada a um fulcro de uma balança entre duas forças elásticas (à
frente o disco em trabalho de compressão e atrás o ligamento interespinhal, em trabalho de alongamento). As vértebras
articulam-se por duas formas, uma entre os corpos vertebrais e o disco intervertebral e outra entre os arcos posteriores
através das articulações dos processos articulares (MOORE; DAYLE; AGUR, 2014).
Os movimentos do corpo humano ocorrem nas articulações, através de um sistema de alavancas, tendo como
motor para produção de torque a ação muscular, pelo controle e ordenação do sistema nervoso, fazendo com que a
resposta neuromusculoesquelética gere um movimento funcional (BANTON, 2012).
Os movimentos de cada segmento vertebral ocorrem e são limitados pelas estruturas anatômicas como os ligamentos,
discos intervertebrais e facetas articulares (BANTON, 2012).
6
PORDENTRODOTEMA
A coluna vertebral é definida como triaxial, permitindo os movimentos de
1. Flexão e extensão/hiperextensão: que ocorre no plano sagital e eixo transversal (HALL, 2013).
a. Na flexão o corpo da vértebra suprajacente inclina-se para frente, enquanto seu arco posterior se ergue,
deslizando para cima das facetas articulares, neste caso todos os elementos do arco posterior são tensionados
(ligamento amarelo, cápsula articular, ligamento interespinhal e ligamento supraespinhal) (KAPANDJI, 2013).
b. Na extensão o corpo da vértebra suprajacente projeta-se para cima e para trás e seu arco posterior se abaixa,
todos os elementos fibrosos relaxam (KAPANDJI, 2013).
Figura 2.3 – Flexão/Extensão
7
PORDENTRODOTEMA
2. Inclinação lateral direita e esquerda ou flexão lateral direita e esquerda: que ocorre no plano frontal e eixo
anteroposterior (HALL, 2013). As faces articulares da vértebra suprajacente inclinam-se de duas formas:
a. Lado da convexidade: face da vértebra suprajacente desliza para cima, neste caso ligamentos e elementos
fibrosos ficam tensionados.
b. Lado da concavidade: face da vértebra suprajacente desliza para baixo, neste caso ligamentos e elementos
fibrosos ficam relaxados.
Figura 2.4 – Inclinação lateral
8
PORDENTRODOTEMA
3. Rotação para direita e para esquerda: que ocorre no plano transversal e eixo longitudinal (HALL, 2013).
Figura 2.5 - Rotação
Esses movimentos ocorrem nas articulações entre as vértebras, as chamadas articulações apofisárias ou zigoapofisárias,
compostas pelas facetas articulares superior e inferior, que são articulações sinoviais de deslizamento, gerando
pequenos movimentos em cada segmento. As facetas articulares destacam-se neste complexo articular por permitirem
os movimentos intervertebrais ditando a direção, além de compartilhar o peso durante o rolamento do corpo vertebral
para manutenção do eixo longitudinal do corpo (RASCH, 2008).
Na coluna cervical as facetas articulares possuem uma direção mais coronal/diagonal, por isso possui grande amplitude
de movimentos nos três planos, sendo que metade do movimento de rotação ocorre no segmento C1/C2 que, por
suportar a cabeça, permite essa ampla mobilidade (RASCH, 2008). Tem, dessa forma, alto grau de mobilidade de flexão,
extensão, inclinação lateral e rotação (WHITE; PANJABI, 1990; PANJABI et al., 2000; PANJABI et al., 1988).
Já na coluna torácica as facetas estão na direção anterior/posterior e vertical, assumindo uma posição intermediária
em relação ao eixo coronal, permitindo movimentos de rotação e inclinação lateral, todavia, a presença das costelas
limita a quantidade de movimentos que este segmento realiza. (RASCH, 2008; WHITE; PANJABI, 1990; VAN SCHAIK;
VERBIEST; VAN SCHAIK, 1985; WHITE; PANJABI, 1978).
9
PORDENTRODOTEMA
Enquanto que na coluna lombar as facetas são mais medial/lateral e no plano sagital, tendo primariamente movimentos
de flexão/extensão que ocorre em L4/L5 e L5/S1 (RASCH, 2008).
Figura 2.6 – Facetas articulares
10
PORDENTRODOTEMA
Outro elemento articular é o disco intervertebral, localizado entre as vértebras, os 23 discos atuam na absorção das
cargas impostas na coluna e permitem a mobilidade da coluna, compreendem cerca de 25% da altura da coluna vertebral.
O disco atua como uma “bola entre duas pranchas de madeira”, permitindo a inclinação, rotação e deslizamento dessa
“prancha”, desde que a “bola” que fica entre elas role. Agora, se a “bola” aumenta ou diminui de tamanho, nota-se que
haverá alteração na quantidade de movimento permitido entre essas “pranchas”, é o mesmo efeito nas articulações
intervertebrais. (KAPANDJI, 2013).
Quando o indivíduo realiza flexão da coluna, a porção anterior do ânulo fibroso é comprimida e arqueada posteriormente,
enquanto que a porção posterior é alongada, já na extensão ocorre o inverso (KAPANDJI, 2013).
Figura 2.7 – Disco intervertebral
11
PORDENTRODOTEMA
Dessa forma, um movimento segmentar consiste da mobilidade entre as facetas articulares e do disco intervertebral.
Tendo como limitador o sistema ligamentar formado pelos:
Mobilidade da Coluna
A coluna vertebral possui variadas funções mecânicas, como a absorção, amortecimento e transmissão de pressões
e impactos, bem como a delimitação dos movimentos. Sabemos também que o movimento segmentar ocorre entre duas
vértebras adjacentes, o disco intervertebral e as estruturas articulares. Neste caso, o disco intervertebral possui
certo destaque devido à sua ligação à base e ao teto da vértebra e ligamento longitudinal anterior, importante para a
estabilidade da coluna vertebral, sendo que a deformação do núcleo pulposo fornece mobilidade ao segmento. Assim,
notamos um equilíbrio funcional entre o disco e os ligamentos (RASCH, 2008).
Em resumo, os movimentos da coluna se darão através de alavancas representadas pelas vértebras, pivôs representados
pelas facetas articulares e discos intervertebrais, resistores passivos realizados pelos ligamentos e atuadores que são
os músculos (BERNHARDT; WHITE; PANJABI, 1992).
E teremos uma mobilidade considerável durante a flexão, extensão e hiperextensão nas colunas cervical e lombar,
destacando a importância da hiperextensão em algumas modalidades esportivas como a natação, o salto em altura e a
ginástica (HALL, 2013).
Já na inclinação os movimentos têm maior amplitude na região cervical, menor na região torácica e ligeiramente maior
na lombar. Enquanto que na rotação é mais livre na região cervical, sendo menor na região lombar (HALL, 2013).
12
PORDENTRODOTEMA
Movimentos da Coluna Cervical
A coluna cervical é dividida em superior (Occipital, C1 e C2), média (C2-C5) e inferior (C5-T1) (WHITE; PANJABI,
1990). Esta divisão didática permite a análise detalhada dos movimentos, tendo a região superior realizado cerca de
60% de toda rotação axial da coluna devido à particularidade da superfície articular das duas primeiras que possuem
uma superfície convexa, facilitando os movimentos da cabeça, com estabilidade provida pelo tensionamento ligamentar
(ligamento alar e ligamento convexo). O movimento de rotação ocorre com rotação e deslizamento da cabeça na direção
oposta (PETTMAN, 2006).
Durante a flexão cervical, as articulações zigoapofisárias e uncovertebrais deslizam em uma direção combinada superior,
lateral e inferior. Inversamente, durante a extensão cervical, as articulações deslizam em uma direção combinada inferior,
medial e posterior (BANTON, 2012).
Na coluna cervical e na coluna torácica superior, observamos que a inclinação lateral é combinada com a rotação axial
na mesma direção. Enquanto que na coluna lombar, a inclinação lateral é combinada com a rotação axial na direção
oposta. Já na coluna torácica média e inferior, o padrão de combinação é inconsistente (PETTMAN, 2006).
Enquanto observamos que a coluna cervical é hipermóvel, a coluna torácica é basicamente hipomóvel (PETTMAN,
2006). Tendo como característica a coordenação dos movimentos da caixa torácica com os segmentos vertebrais, o
que aumenta a carga compressiva sobre a curvatura da coluna. Neste complexo entre a coluna torácica e da caixa
torácica, observamos uma quantidade considerável de movimento da coluna e do esterno, de forma independente
(BANTON, 2012).
Durante a flexão, nota-se uma translação anterior que facilita a rotação anterior da costela adjacente, sendo que na
torácica média (T4-T7) a rotação anterior da costela está associada com deslizamento superior (GRIEVE, 1988).
O padrão de combinação de movimentos da coluna torácica é similar ao da coluna cervical, com a inclinação lateral
combinada com rotação na direção oposta quando a inclinação lateral ocorre primeiramente. Já quando a rotação ocorre
primeiro, a rotação torácica é combinada com inclinação lateral na mesma direção (BANTON, 2012).
Na inclinação lateral, as costelas ipsilaterais deslizam anteriormente e inferiormente ao longo do plano da articulação
costotransversa, enquanto que a costela contralateral se move superior e posteriormente provocando rotação na direção
oposta da inclinação lateral (BANTON, 2012).
13
PORDENTRODOTEMA
E na rotação da coluna torácica, esse movimento é acompanhado pela inclinação lateral na mesma direção, por causa
dos ligamentos costovertebrais (BANTON, 2012).
Além disso, durante a respiração as costelas movem-se seguindo um padrão de “alça de balde” caracterizado pela
abertura lateral e braço de bomba caracterizado pela abertura anterior (WHITE; PANJABI, 1990).
Como vimos anteriormente, a orientação das facetas articulares lombares facilita mais a flexão e extensão do
que a rotação, com maior amplitude nas vértebras mais superiores, com exceção da articulação lombossacra (L5-S1),
a qual oferece mais flexão e extensão do que qualquer outro segmento lombar. Durante os movimentos de flexão e
extensão, observamos uma associação do movimento de translação, dando uma característica importantíssima para
esse movimento (PETTMAN, 2006).
A inclinação lateral tem a mesma quantidade de movimento em qualquer segmento da coluna e a rotação axial é muito
limitada com distribuição praticamente igual em cada segmento lombar. Na coluna lombar, a inclinação lateral que terá
a combinação com rotação axial na mesma direção tem como padrão a ocorrência da inclinação lateral primeiro, porém,
caso a rotação ocorra primeiro, a inclinação lateral será na direção oposta (BANTON, 2012).
Todavia, o padrão de acoplamento associado com a coluna lombar, com a mínima mobilidade no plano transverso,
pode diretamente ou indiretamente contribuir para a alta incidência da instabilidade no segmento L4-L5. Sendo que nas
vértebras superiores, a inclinação e rotação ocorrem nas direções opostas, enquanto que nos segmentos lombares
inferiores elas inclinam e rodam na mesma direção (BANTON, 2012).
Articulação Sacroilíaca
Durante os movimentos do tronco a articulação sacroilíaca movimenta-se permitindo a conexão desses movimentos
com a pelve. Esta articulação tem formato de “L” com o braço longo direcionado posteriormente (BANTON, 2012).
14
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.8 – Articulação sacroilíaca
Os movimentos desta articulação são a nutação, também conhecida como flexão do sacro, e a contranutação, também
denominada extensão. Na nutação o promontório sacral move-se anteriormente na pelve, assim o sacro desliza
inferiormente o braço para curto e posteriormente o braço longo em uma rotação anterior relativa. Na contranutação
o promontório sacral move-se posteriormente, com deslizamento anterior do sacro no braço longo e superiormente no
braço curto (BANTON, 2012).
Figura 2.9 – Nutação
15
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.10 – Contranutação
Ações Musculares
1. Cervical
Na flexão temos as ações dos músculos reto anterior da cabeça, reto lateral da cabeça, longo da cabeça e longo do
pescoço, esternocleidomastoideo e escaleno (HALL, 2013).
Na extensão temos a ação dos esplênios, suboccipitais, semiespinhal da cabeça, semiespinhal do pescoço, semiespinhal
do tórax, multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários e levantadores das costelas (HALL, 2013).
Na inclinação lateral temos as ações dos músculos reto anterior da cabeça, reto lateral da cabeça, longo da cabeça e
longo do pescoço, esplênios, suboccipitais, semiespinhal da cabeça, semiespinhal do pescoço, semiespinhal do tórax,
multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários, levantadores das costelas, esternocleidomastoideo, levantador
da escápula e escaleno (HALL, 2013).
Na rotação para o lado oposto temos as ações dos músculos reto anterior da cabeça, reto lateral da cabeça, longo
da cabeça e longo do pescoço, semiespinhal da cabeça, semiespinhal do pescoço, semiespinhal do tórax, multífidos,
rotadores, interespinhais, intertransversários, levantadores das costelas e esternocleidomastoideo (HALL, 2013).
Na rotação para o mesmo lado temos a ação dos esplênios e suboccipitais (HALL, 2013).
16
PORDENTRODOTEMA
2. Torácica
Na extensão temos a ação dos eretores da espinha, multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários, levantadores
das costelas (HALL, 2013).
Na inclinação lateral temos as ações dos músculos semiespinhal do tórax, multífidos, rotadores, interespinhais,
intertransversários e levantadores das costelas (HALL, 2013).
Na rotação para o lado oposto temos as ações dos músculos semiespinhal do tórax, multífidos, rotadores, interespinhais
e intertransversários (HALL, 2013).
3. Lombar
Na flexão temos a ação do músculo psoas, reto abdominal (indireta), oblíquo externo e oblíquo interno (HALL, 2013;
TRACY et al., 1989)
Na extensão temos a ação dos eretores da espinha, multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários e levantadores
das costelas (HALL, 2013; TRACY et al., 1989).
Na inclinação lateral temos a ação dos eretores da espinha e do reto abdominal, oblíquo externo, oblíquo interno,
multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários, levantadores das costelas e quadrado lombar (HALL, 2013;
TRACY et al., 1989).
Na rotação para o lado oposto temos a ação do oblíquo externo, eretores da espinha, multífidos, rotadores, interespinhais,
intertransversários e levantadores das costelas (HALL, 2013).
Já na rotação para o mesmo lado temos a ação do oblíquo interno (HALL, 2013).
Biomecânica Fundamental
Na coluna encontramos seis graus de liberdade, que ocorrem pela ação dos vetores de força sobre as alavancas,
gerando forças rotacionais e translacionais sobre o eixo da articulação. Estabelecendo a relação entre o momento da
força (produção da força) e o comprimento do braço de alavanca para geração do torque.
Toda carga aplicada na coluna será regida pela Lei de Hooke com a curva de carga/deformação, que trata da zona
elástica na qual o tamanho da deformação de um tecido é proporcional à força deformatória, através de uma relação
linear, e quando o estresse é removido, a tensão volta ao estado inicial. Entretanto, quando grandes forças são aplicadas
17
PORDENTRODOTEMA
na coluna, essa zona elástica pode ser excedida e entrarmos na zona plástica, neste caso a Lei de Hooke não se aplica
mais e o objeto sofre uma deformação permanente que não se modifica com a retirada do agente estressor, e se a carga
for aplicada com mais força ainda, o tecido irá falhar (romper, quebrar).
Quando o corpo está em pé, a principal carga imposta à coluna vertebral é a axial, neste caso o centro de gravidade
posicionado anteriormente à coluna vertebral requer tensão dos músculos extensores da coluna, e como sempre nos
movimentamos, ao realizar movimentos dos membros observamos aumento do torque e, consequentemente, o aumento
da tensão sobre os músculos extensores do tronco, e como esses músculos apresentam braços de momento pequenos,
eles precisam gerar forças para contrabalançar os torques (HALL, 2013).
Já na posição sentada a compressão sobre a coluna lombar aumenta, e mais ainda na flexão vertebral e ainda mais
quando associada com má postura. Nesta posição a pelve é rodada posteriormente, e a lordose retificada, aumentando
a carga sobre os discos intervertebrais (HALL, 2013).
E durante a movimentação da coluna, quando fazemos inclinação ou torção, geramos uma carga compressiva muito
maior que a carga durante a extensão. Além disso, quanto mais rápido for o movimento, maiores serão as forças de
compressão e cisalhamento sobre a coluna vertebral, assim como a tensão nos músculos paravertebrais (HALL, 2013).
Ao levantar uma carga, o ideal é trazermos a carga próxima ao corpo, transferindo o momento do giro do tronco para
a carga, e ao se levantar com as pernas, o torque gerado pelo peso corporal sobre a coluna vertebral é minimizado.
Assim, ao levantar um peso com a manutenção da curvatura normal ou discretamente retificada permite aos músculos
extensores compensarem parcialmente o cisalhamento anterior (HALL, 2013).
Na má postura, a postura lordótica aumenta a carga sobre a parte posterior dos anéis fibrosos sobre as articulações
zigoapofisárias, enquanto que a flexão lombar modifica a linha de ação dos músculos extensores lombares, fazendo
com que eles não consigam contrabalançar efetivamente o cisalhamento anterior (HALL, 2013).
Além disso, a pressão intra-abdominal atua sustentando a coluna lombar gerando uma força de tensão que compensa
a carga compressiva, enrijecendo o tronco, evitando que a coluna se deforme sob cargas compressivas, aumentando
o momento extensor do tronco, através da contração da musculatura estabilizadora central composta pelos músculos
multífidos, diafragma, assoalho pélvico e transverso do abdome (HALL, 2013).
Portanto, uma carga instável é capaz de aumentar a coativação dos músculos antagonistas do tronco na tentativa de
enrijecer a coluna vertebral (HALL, 2013).
18
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.11 – Cargas sobre a coluna
19
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.13 – Pressão intra-abdominal.
E finalizando a temática sobre cargas, o ato de carregar mochilas nas costas sobrecarrega a coluna vertebral na inclinação
para frente do tronco na tentativa de compensar, assim como na cabeça associado com diminuição da lordose lombar
(HALL, 2013).
Problemas Posturais
Crianças e adolescentes em idade escolar são altamente suscetíveis a alterações na coluna vertebral geradas
por má postura decorrente de hábitos adquiridos pela vida moderna, por exemplo, passar horas sentado à frente de
um computador ou televisor, carregar mochilas extremamente pesadas e ficar sentado em cadeiras ergonomicamente
incompatíveis (VALLADÃO; LIMA, BARROSO, 2009).
Além disso, durante a puberdade a coluna vertebral cresce mais rapidamente do que os membros superiores e inferiores,
fazendo com que a forma dos músculos e tendões não acompanhe esse crescimento ósseo, gerando uma postura
diferente e uma certa descoordenação dos movimentos.
• Lombar: associada à rotação anterior da pelve, que provoca um desequilíbrio dos músculos glúteos e abdominais,
encurtando a musculatura lombar, ocasionando uma protusão anterior do abdômen e uma protusão posterior das
nádegas (ALTER, 1999).
20
PORDENTRODOTEMA
• Cervical: associada com anteriorização da cabeça, alterando a mecânica dos movimentos maxilares e do pescoço
(HAMILL; KNUTZEN, 1999).
• Hipercifose: caracterizada como um aumento acentuado da curvatura torácica, com retração dos músculos
anteriores do tórax, elevadores das escápulas, trapézio e músculos cervicais, associados com fraqueza dos romboides
e trapézio inferior, geralmente associada com uma lordose compensatória (VERDERI, 2005).
• Escoliose: curvatura lateral da coluna vertebral no plano frontal com rotação das vértebras no lado convexo da
coluna (VERDERI, 2008), que gera uma alteração muscular, ligamentar, dos discos intervertebrais e dos ossos,
podendo até comprometer a medula espinal, diafragma, pelve, pulmões e coração (FISCHINGER, 1982).
• Funcional ou postural: sem deformidades das estruturas vertebrais, pode evoluir para uma escoliose estrutural,
provocada por má postura, dores e inflamações, diferenças no tamanho dos membros inferiores ou contratura do
quadril (MAGEE, 2002).
• Estrutural: anormalidade nas estruturas da coluna e tecidos adjacentes, pode ser idiopática, neuromuscular e
osteoplástica, apresentando padrão de piora progressiva (MAGEE, 2002). A escoliose idiopática atinge de 75% a
85% dos casos de adolescentes com escoliose.
• Costa plana: retificação das curvaturas fisiológicas, com diminuição das angulações das lordoses lombar e cervical
e das cifoses dorsal e sacral, apresentando também ombros caídos, tórax plano e abdômen proeminente, gerando
sobrecarga em alguns pontos (VALLADÃO; LIMA; BARROSO, 2009).
21
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.14 – Hiperlordose e hipercifose.
22
PORDENTRODOTEMA
E como fica a postura dos estudantes na escola? Sabemos que eles são mantidos em posições incômodas e inadequadas
por longos períodos, uma vez que as salas não são adaptadas para as características morfológicas (CONTRI;
PETRUCELLI; PEREA, 2009).
E como atua o professor de Educação Física? Ele pode atuar avaliando e trabalhando a postura dos alunos, através de
ações preventivas e educativas sobre a postura corporal (VALLADÃO; LIMA; BARROSO, 2009).
Pode atuar também ensinando a ergonomia da posição sentada, destacando a importância da altura do assento e da
mesa, que devem ser adaptados à morfologia da pessoa (KAPANDJI, 2013).
ACOMPANHENAWEB
Postura e Educação Física
• Este website traz um artigo sobre Postura e Educação Física, tratando sobre aspectos
importantes na prevenção e orientação de problemas posturais.
Disponível em: <http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v14%20n2%20artigo5.pdf>. Acesso em 12 out.
2016.
A Coluna Vertebral
• Neste website você observará, através de uma linguagem simples e direta, a importância de
se estudar a cinesiologia e biomecânica da coluna vertebral.
Disponível em: <http://professor-educacao-fisica.f1cf.com.br/professor-educacao-fisica-17-a-coluna-vertebral.
html>. Acesso em 12 out. 2016.
23
ACOMPANHENAWEB
Movimentos Articulares da Coluna Vertebral
• Este vídeo traz uma revisão sobre as funções e movimentos da coluna vertebral.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RIJOVU1b6jI>. Acesso em 12 out. 2016.
Tempo: 6:17
• Neste vídeo temos uma entrevista sobre cuidados a serem tomados com a coluna durante a
prática de exercícios físicos.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Bfbfewefbf0>. Acesso em 12 out. 2016.
Tempo: 11:54
24
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
A coluna vertebral é composta pelas vértebras, discos intervertebrais, estruturas articulares e músculos que permitem que o
homem assuma postura bípede e tenha a possibilidade de executar inúmeras funções elaboradas. Sobre a anatomia da coluna
vertebral, analise as frases a seguir:
I – O corpo vertebral localiza-se anteriormente na coluna vertebral, assim como o disco intervertebral;
II – Os processos espinhosos servem para fixação de órgãos abdominais pela sua localização de proeminência anterior;
III – Os discos intervertebrais são estruturas rígidas que mantêm a estabilidade e não se adaptam nos movimentos.
25
AGORAÉASUAVEZ
Questão 2
Durante a aula de Educação Física, o professor Raymundo Nonato chama seus alunos para explicar a função deste importante
componente corporal e sua aplicabilidade durante algumas atividades. Além disso, também explanou sobre a postura e os ele-
mentos influenciadores dela. Ao final da aula, o professor fez uma atividade com mitos e verdades sobre a coluna. Analise três
mitos ou verdades, colocando V para a(s) que julgar verdadeira(s) e F para a(s) que julgar falsa(s).
( ) A escoliose é um desvio lateral da coluna vertebral, que pode ser desenvolvido por mobiliário inadequado na hora dos estu-
dos;
( ) O uso indiscriminado do celular pode acarretar o aumento da lordose cervical pela necessidade de anteriorização da cabeça;
a) V-F-V
b) F-V-F
c) V-V-F
d) F-F-V
e) V-F-F.
26
AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
Márcio estava empilhando caixas de livros na biblioteca da escola, quando chegou Rafael e explicou a ele sobre a importância
de se adotar uma postura correta para evitar sobrecarga na coluna vertebral. De uma forma simples, ele orientou sobre a ne-
cessidade de se manter o objeto ___________ ao corpo e, ao levantar, realizar força com as ___________, evitando forças de
cisalhamento sobre a coluna.
a) Distante – Cinturas
b) Próxima – Cinturas
c) Distante – Pernas
d) Próxima – Pernas
e) Distante – Costas.
Questão 4
Os movimentos da coluna vertebral fornecem mobilidade ao tronco, permitindo a execução de tarefas das mais simples até as
mais complexas. Esses movimentos ocorrem respeitando o eixo da articulação através de planos específicos. Baseado nestes
conceitos biomecânicos, determine o movimento que ocorre durante a execução de um exercício abdominal durante a elevação
do tronco, determinando seu plano, eixo e pelo menos dois músculos envolvidos.
Questão 5
A coluna vertebral trabalha de forma antagônica, fornecendo estabilidade e realizando movimentos, isto é possível graças aos
elementos que a compõem, destacando-se neste caso o disco intervertebral. Quando o Márcio se abaixou para pegar a caixa, ele
realizou uma flexão da coluna. Durante este movimento, como o disco intervertebral se adaptou?
27
FINALIZANDO
Trabalhamos neste caderno realizando uma conexão entre a anatomia com a cinesiologia e biomecânica da
coluna vertebral. Também abordamos os movimentos com as suas características articulares, assim como as ações
musculares. Entramos na temática das cargas impostas na coluna e na postura corporal, trabalhando o papel do professor
neste item tão importante na vida dos alunos, orientando que o professor de Educação Física deve colocar em prática
seus conhecimentos na área de saúde, anatomia, cinesiologia e biomecânica nas suas atividades, esportes, jogos e
brincadeiras, assim como no ensino das lutas, ginástica escolar, dança e atividades rítmicas, fazendo dela um motor
transformador do bem-estar.
REFERÊNCIAS
ALTER, M. J. Ciência da flexibilidade. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
BANTON, A. R. Biomechanics of the spine. Journal of the Spinal Research Foundation. v. 7, n. 2, p. 12-20, 2012.
BELL, G. H.; DUNBAR, O.; BECK, J. S. et al. Variation in strength of vertebrae with age and their relation to osteoporosis. Calcif
Tissue Res. v. 1, p. 75-86, 1967.
BERNHARDT, M.; WHITE, A. A.; PANJABI, M. M. et al. Biomechanical considerations of spinal stability. In: Rothman RH,
Simeone FA, eds. The Spine. 3. ed. Philadelphia: WB Saunders; 1992:1167–1195.
BERRY, J. L.; MORAN, J. L; BERG, W. S., et al. A morphometric study of human lumbar and selected thoracic vertebrae. Spine.
v. 12, p. 362-6, 1987.
CAILLIET, R. Escoliose: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Manole, 1997.
CONTRI, D. E.; PETRUCELLI, A.; PEREA, D. C. B. N. M. Incidência de desvios posturais em escolares do 2º ao 5º do Ensino
Fundamental. Rev. ConScientice Saúde, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 219-224, 2009.
FISCHINGER, B. A escoliose vista por uma fisioterapeuta: uma revista didática. Caxias do Sul: Educs, 1982.
28
REFERÊNCIAS
GRIEVE, G. P. Common Vertebral Joint Problems. Edinburg: Churchill Livingstone, 1998.
GROSS, J; FETTO, J; ROSEN, E. Exame musculoesquelético. Porto Alegre: ARTMED, 2000.
HALL, S. J. Biomecânica Básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
HAMILL, J; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. São Paulo: Malone, 1999.
KAPANDJI, A. I. O que é biomecânica. Barueri: Manole, 2013.
MAAT, G. J. R; MATRICALI, B.; VAN PERSIJN, E. L. et al. Postnatal develop- ment and structure of the neurocanal junction.
Spine. v. 21, p. 661–6, 1996.
MACINTOSH, J. E.; NICKOLAI, B. The morphology of the lumbar erector spinae. Spine. v. 12, p. 658-68, 1987.
MAGEE, D. J. Avaliação músculo esquelética. 3. ed. São Paulo: Malone, 2002.
MOMESSO, R. B. Proteja Sua Coluna. São Paulo: Ícone, 1997.
MOORE, K. L.; DALLEY, A.; AGUR, A. M. R. Anatomia Orientada Para Clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014.
NORDIN, M., FRANKEL, V. H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3. ed. São Paulo: Guanabara Koogan.
2008.
OLSZEWSKI, A. D.; YASZEMSKI, M. J.; WHITE, A. A. The anatomy of the human lumbar ligamentum flavum. Spine. v. 20, p.
2307-12, 1996.
PANJABI, M. M.; DURANCEU; J.; GOEL, V. et al. Cervical human vertebrae: quantitative three-dimensional anatomy of the
middle and lower regions. Spine. v. 16, p. 861-9, 1991.
PANJABI, M. M.; DVORAK J.; DURANCEU, J. et al. Three-dimensional movements of the upper cervical spine. Spine. v. 13, p.
726-30, 1988.
PANJABI, M. M.; SHIN, E. K.; CHEN, N. C.; WANG, J. L. Internal morphology of human cervical pedicles. Spine. v. 25, p. 1197-
1205, 2000.
PANJABI, M. M.; TAKATA, K.; GOEL, V. et al. Thoracic human vertebrae: quantitative three-dimensional anatomy. Spine. v. 16,
p. 888-901, 1991.
PERRY, O. Fracture of the vertebral end-plate in the lumbar spine. Acta Orthop Scand. v. 25, p. 157-65, 1957.
29
REFERÊNCIAS
PERRY, O. Resistance and compression of the lumbar vertebrae. In: Encyclopedia of Medical Radiology. New York:
Springer-Verlag, p. 215-21, 1974.
PETTMAN, E. Manipulative Thrust Techniques. An Evidence Based Approach. Abbotsford: Apherna Publishing, 2006.
RASCH, P. J. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 7. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2008.
RESENDE, J. A; SANCHES, D. Avaliação dos desvios posturais em crianças com idade escolar de 11 a 16 nos. Revista da
Educação Física da UEM, v. 3, n. 1, p. 21-16, 1992.
REYNOLDS, A. F.; ROBERTS, J. R; POLLAY, M. et al. Quantitative anatomy of the thoracolumbar epidural space.
Neurosurgery. v. 17, p. 905-7, 1985.
ROCHA, E. S. T.; PEDREIRA, A. C. S. Problemas ortopédicos comuns na adolescência. Vol. 77, Rio de Janeiro: Jornal de
Pediatria, 2001.
TAKEUCHI, T.; ABUMI, K.; SHONO, Y. et al. Biomechanical role of the inter- vertebral disc and costovertebral joint in stability of
the thoracic spine. Spine. v. 23, p. 1414-20, 1999.
TRACY, M. F.; GIBSON, M. J.; SZYPRYT, E. P. et al. The geometry of the muscles of the lumbar spine determined by magnetic
resonance imaging. Spine. v. 14, p. 186-93, 1989.
VALLADÃO, R.; LIMA, P. F. C.; BARROSO, A. R. A Educação Física Escolar na prevenção de deformidades da coluna vertebral.
Rev. Digital EFDEPORTES. v. 14, n.131, 2009.
VAN SCHAIK, J. P. J.; VERBIEST, H.; VAN SCHAIK, F. D. The orientation of laminae and facet joints in the lower lumbar spine.
Spine. v. 10, p. 59-63, 1985.
VASCONCELOS, J. T. S. Anatomia aplicada e biomecânica da coluna vertebral. In: NATOUR, J. (Org) Coluna Vertebral:
conhecimentos básicos. 2. ed. São Paulo: Etcetera, 2004. p.17-35.
VERDERI, E. Programa de Educação Postural. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
VERDERI, E. Programa de Educação Postural. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2008.
WHITE, A. A.; PANJABI, M. M. Clinical Biomechanics of the Spine. Philadelphia: Lippincot, 1990.
WHITE, A. A.; PANJABI, M. M. Clinical Biomechanics of the Spine. 2. ed. Philadelphia: Lippincott; 1990.
WHITE; A. A.; PANJABI, M. M. The basic kinematics of the human spine: a review of past and current knowledge. Spine. v. 3, p.
12-20, 1978.
30
GLOSSÁRIO
Lordose: curvatura posterior da coluna, caracterizada como uma curvatura secundária, está presente na cervical e na
lombar.
Cifose: curvatura anterior da coluna, caracterizada como uma curvatura primária, está presente na torácica.
GABARITO
Questão 1
Resposta: Alternativa A.
Pois o corpo vertebral localiza-se anteriormente igualmente o disco intervertebral, mas os processos espinhosos estão
localizados posteriormente e não servem de fixação para órgãos abdominais e os discos intervertebrais se adaptam
através do seu núcleo pulposo em cada movimento, reduzindo a carga imposta sobre a coluna.
Questão 2
Resposta: Alternativa C.
A escoliose é definida como um desvio lateral da coluna vertebral, o uso de celular acarreta na anteriorização da cabeça
que leva a aumento da lordose cervical, e a curvatura presente desde a gestação é a cifose (curvatura primária).
31
Questão 3
Resposta: Alternativa D.
Ao se levantar um objeto, deve trazê-lo próximo ao corpo e realizar a força com as pernas, diminuindo as forças de
cisalhamento e o momento da resistência, evitando assim um tensionamento maior da musculatura extensora da coluna.
Questão 4
Resposta: Durante o exercício abdominal na elevação do tronco temos a flexão da coluna, realizada pela contração da
musculatura abdominal (reto abdominal, oblíquo interno e oblíquo externo) e do músculo psoas.
Questão 5
Resposta: Durante a flexão o disco intervertebral tem um aumento de pressão na direção posterior, deslocando o núcleo
pulposo para esta região, aumentando a tensão sobre o ânulo fibroso da parte posterior.
32