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9, Trés critérios de valoragao © estudo das regras de conduta, em especial das regras as, apresenta muitos problemas interessantes, que eS- dem do dia nao s6 da teoria geral do di ‘mas também da logica e da filosofia con- curso dedica-se a enfrentar alguns desses .e, na minha opiniao, é preciso ter bem claro na mente se se quer dotar uma teoria da norma juriica de fundamentos solidos € que toda norma juridica pode ser submetida a trés valoragdes distintas, e que essas Faloragies so independentes umas das outras. Diante de ‘uma norma juridica qualquer, podemos efetivamente nos cO- smas: 1) se ela € justa. ou se ela é vdlida ou invalida; 3) se ela € ficaz ow ine- fen, Trata-se dos rés problemas distntos da justica. da o2- ca. Tidade e da eficacia de uma O problema da justiga cia ou ndo da norma aos pitam determinado ordenamento juridico. Nao vamos t 1, por ora, no problema da existencia de um ideal de bem ico para todas as épocas e para todo: far aqui que todo ordenamento juridico dar com o fato de que res. persegue determinados fins, TEORIA GERAL. DO DIREITO sere o que é: norma justa é aquilo que deve ser: norm © problema da justiga ou nao de uma norma eq Sa na da correspondéncia entre 0 que € real e o costuma-se chamar 0 problema da ju de constatar se uma regra jul se essa regra, determi ima norma é preciso comparé-la a um v igar a sua validade € preciso realizar-pesquisas JADA NORMA [URIDICA 39 ado ordenamento juridico (essa pesquisa leva inevi- ‘ente a remontar & norma fundamental, que é o fun- de de todas as 1 3s de um determi- ‘yema); 2) verificar se nao foi ab-rogada, tendo em fa que uma norma pode fer sido-vlida, no sentido de que ‘emanada por um poder autorizado para tanto, mas no ica que ainda seja ndlida,o que ocorre. quando uma ob norma sucessiva no tempo a ab-rogou expressamente Ou ar se nao € iicompativel ymbém é chamado ‘uma norma hierar- mente Supe! mnal 6 superior a ‘ordindria numa constituicio rigida) ou partir do momento em que em todo order de que duas norma sm ser ambas. bas verdadeiras). C pressupde que se tenha respondido a pergunta: o.que se en -direito? Ti ir uma termi- problema valer com meios coercitivos pela .ceu. O fato de uma norma 1s que sdo seguidas (¢ sao as mais et te enquanto pr das, apesar da 1680, idas de coa 40 TEORIA GERAL Do DIREITO de uma norma é uma pesquisa histérico-sociol6gica, que se destina ao estudo do comportamento dos membros de um determinado grupo social, e que se diferencia tanto da pes- quisa mais tipicamente filos6fica em torno da justiga quan to da pesquisa mais tipicamente juridica em torno da vali- dade. Também aqui, para usar a terminologia cientifica, embora em sentido diferente do costumeiro, pode-se dizer ue o problema da eficacia das regras juri fenomenolégico do direito. 10. Os trés critérios sao independentes ios de valoragao de uma norma dao ori- sgema trés.ordens distintas de problemas, e sio independen- tes um do outro, no sentido de que a justiga nao depende nem da validade nem da eficdcia ea eficdcia nao depende nem da justiga nem da validade. Para demonstrar essas varias rela- goes de independéncia, formulamos as seis proposig&es a seguir: 1. uma norma pode ser justa sem ser vdlida. Para dar um exemplo clissico, os tedricos do direito natural formulavan ratados um sistema de normas extraidas de prin- cipios juridicos universais. Quem formulava essas normas as julgava justas, por considerd-las correspondentes a prin cipios universais de justica. Mas essas normas, por serem apenas escritas num tratado de direito natural, nio eram va- las. SO se tornavam validas na medida em que eram aco- idas em um sistema de direito positivo, O direito natural pretende ser o direito justo por exc fato de ser justo nao significa que t 2. uma norma pode ser nélida sem ser justa. Nesse caso ‘do é preciso ir tao longe para buscar exemplos. Nenhum é ideal de justica ea ha sempre uma distancia, mais ou me- TEORIA DA NORMA [URIDICA admitia a escravidao nao era justo, mas nem_ deixava de ser vilido, Até pouco tempo atras vigoravam leis is que nenhuma pessoa de bom senso se dispde a con: erar justas; todavia elas eram validas. Um socialista difi- iente reconhecerd como justo um ordenamento que re- conhece e protege a propriedade individual; assim como um reaciondrio dificilmente reconheceré como justa uma nor- ma que considere licita a greve. No entanto, nem 0 socialista nem 0 reacionario terdo diividas sobre o fato de que, num ordenamento positive como 0 italiano, tanto as normas que regulam a propriedade individual quanto as que reconhe- cem 0 direito de greve sao validas; 3. uma norma pode ser vélida sem ser eficaz. O caso mais tinua a ser o das leis sobre a proibigdo das 5 nos Estados Unidos, que vigoraram por cerca de vinte anos no periodo entre as duas guerras. Cons- fatou-se que o consumo de bebidas alcoslicas durante o re imediatamente posterior, quando a proibica haviam sido emanadas pelos érgdos competentes para ema~ nar notmas juridicas, mas nao eram eficazes, Sem retroceder is no tempo, muitos artigos da Consttuicao italiana até agora nao foram aplicados. O que significa a tao frequen- que estamos diante de normas juridicas que, embora validas, ou seja, existentes enquanto normas, nao sao eficazes; 4, uma_norma pode ser eficaz sem ser vdlida, Existem is seguidas espontaneamente ou pelo cficazes, como num determi- nado circulo de pessoas, as regras da boa educagio. Essas

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