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Aluno (a)
LIVRO-REPORTAGEM: ORIGENS,
CONCEITOS E APLICAÇÕES
Bruno Ravanelli Pessa
1. REPORTAGEM E GRANDE REPORTAGEM, OS PONTOS DE PARTIDA
QUESTÃO 01
Perceber o sentido global do texto lido é um passo importante no processo de leitura. Então, analise as
alternativas abaixo e identifique aquela que apresenta INTERPRETAÇÃO NÃO ACEITÁVEL.
(A) Pelo título, entendemos que o autor se dispõe a apresentar a história do livro-reportagem, desde
quando esse surgiu.
(B) No subtítulo, o autor anuncia que fará um paralelo entre as características da reportagem e da grande-
reportagem.
(C) O autor estabelece uma relação direta, imediata, entre o livro-reportagem e a reportagem,
considerando que essa, quando bem desenvolvida dá forma ao livro-reportagem.
(D) Entre a notícia e a reportagem não se pode estabelecer relação, pois são completamente diferentes.
(A) ‘’ O livro-reportagem deve sua existência à reportagem, unidade que o formata conforme é
desenvolvida de forma plena’’.
(B) ‘’ Se a notícia é o relato de um fato de interesse jornalístico, a reportagem é a narrativa que aborda as
origens, implicações e desdobramentos do fato... ’’.
(C) ‘‘ Ela é todo e qualquer discurso capaz de evocar um mundo concebido como real, material e espiritual,
situado em um espaço determinado... ’’.
(D) ‘‘... Na grande-reportagem, é possível promover o aprofundamento extensivo e intensivo da
reportagem’’.
QUESTÃO 03
Inferir informações de um texto consiste em ler nas entrelinhas, ou seja, em levantar hipóteses a partir das
ideias colocadas no papel pelo autor. Analise as alternativas a seguir e identifique a única inferência que é
TOTALMENTE INACEITÁVEL.
(A) Os livros-reportagens devem estar fazendo sucesso, caso contrário o autor não se disporia a escrever
a respeito deles, contando desde as origens até as aplicações.
(B) A ideia de humanizar as personagens envolvidas em algum fato que origine a reportagem parece ser
opinião do autor.
(C) Ao citar outros autores, o autor demonstra que não conhece do assunto sobre o qual está escrevendo.
(D) O interesse do autor em diferenciar, claramente, reportagem, notícia e grande reportagem pode se
dever ao público que ele pretende atingir.
QUESTÃO 04
Durante o ato da leitura, muitas vezes, precisamos inferir o sentido de uma palavra ou expressão, já que
não carregaremos o dicionário a tiracolo. Releia o 4º parágrafo, com atenção ao grifado. Depois, analise as
alternativas e identifique aquela que MELHOR PODE SUBSTITUIR O GRIFADO, sem grande alteração do
sentido.
QUESTÃO 05
Ainda com relação à leitura, sabemos da existência de mecanismos que contribuem para a organização
gramatical, estabelecendo relações de sentido entre as palavras ou orações. Falamos da coesão textual.
Muitas vezes precisamos evitar repetições de palavras, ou retomar ideias já expressas. Analise as
alternativas e identifique aquela que NÃO APRESENTA UMA EXPLICAÇÃO CORRETA.
(A) ‘’ O livro-reportagem deve sua existência à reportagem, unidade que o formata conforme é
desenvolvida de forma plena’’. O termo grifado funciona como um pronome e refere-se ao livro-
reportagem.
(B) ‘’ Se a notícia é o relato de um fato de interesse jornalístico, a reportagem é a narrativa que aborda as
origens, implicações e desdobramentos do fato, bem como apresenta os personagens envolvidos nele,
humanizando-os’’. O termo grifado funciona como um pronome e refere-se aos personagens.
(C) ‘’ Toda reportagem pressupõe investigação e interpretação, segundo aponta Lage (2001); ela é a
expressão do jornalismo interpretativo... ’’. O termo grifado refere-se a toda reportagem.
(D) ‘‘... que busca preencher os vazios informativos deixados pela notícia por meio de uma narrativa
multiangular composta por ingredientes como contexto - a rede de forças que atuam sobre o fato –
antecedentes...’’. A expressão grifada refere-se à narrativa multiangular.
(A) Superdose de sarampo modificado fez câncer desaparecer. Provavelmente vão falar de testes em
algum laboratório, o lugar, quem são os pesquisadores responsáveis, quanto tempo já dura a pesquisa...
(B) Cirurgia separa gêmeas siamesas unidas pelo fígado em Belém. Não há mais nada a acrescentar,
pois o título já disse tudo.
(C) Supermercado britânico vai oferecer teste gratuito de HIV. Certamente que, na Inglaterra,
inventaram um teste rápido, de baixo custo, como aqueles para constatar gravidez.
(D) Fotógrafa registra 'tornado de mosquitos' no céu de Portugal. Só pode ser uma quantidade
imensa de mosquitos, parecendo aquele funil de ar girando a toda velocidade.
QUESTÃO 07
Outro passo importante para o ato da leitura é o reconhecimento do gênero a que nos dispomos a ler.
Cada gênero textual pede um tipo de recepção, seja literário ou não literário. Pelos títulos e subtítulos,
ativamos nosso conhecimento prévio e levantamos algumas hipóteses sobre o que vamos ler. Então,
analise as alternativas e identifique AQUELA QUE NÃO PODE SE REFERIR A UM LIVRO-REPORTAGEM.
(A) Mensalão - O Julgamento do Maior Caso de Corrupção da História Política Brasileira - Marco Antonio Villa
(B) Richthofen - O Assassinato dos Pais de Suzane - Roger Franchini
(C) Holocausto Brasileiro - Vida, Genocídio e 60 Mil Mortes no Maior Hospício do Brasil - Daniela Arbex
(D) O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota - Olavo de Carvalho,
QUESTÃO 08
Muitas vezes as notícias acabam se transformando em matéria-prima para os humoristas que gostam de
integrar a linguagem verbal à não verbal. Como é o caso abaixo.
Analise as alternativas propostas e identifique aquela que é UMA INTERPRETAÇÃO NÃO ACEITÁVEL para
a charge.
(A) O título Figurinhas do Brasil nos faz lembrar dos jogadores da seleção brasileira de futebol.
(B) Cada uma das falas apresenta um problema social grave vivenciado por nós, brasileiros.
(C) Fica evidente a crítica às exigências feitas pela FIFA, para realizar a Copa no Brasil.
(D) O emprego das expressões uma do e uma da colaborampara evitar repetiçãoda palavra figurinha, que
já aparece no título.
(A) Relembrar as fábulas, narrativas curtas que sempre apresentam uma moral.
(B) Ilustrar com um desenho, a fábula do coelho e da tartaruga.
(C) Apresentar, com humor, a corrida eleitoral para o Palácio do Planalto.
(D) Despertar o eleitor para a importância do voto.
QUESTÃO 10
A intertextualidade pode se apresentar de variadas formas, a fim de produzir determinados efeitos de
sentido, como reforçar uma ideia, reproduzi-la, criticá-la. Leia os textos abaixo e identifique a alternativa
que NÃO APRESENTA RELAÇÃO INTERTEXTUAL.
(A) (B)
(C)
(D)
“Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre
conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde,
como vai?”, já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de
futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia,
com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa
falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem
já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma
outra forma de conversar.
Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever
bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava,
porque bitolava o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando
entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas
transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensando ou dito, mas inauguração do próprio
pensar. “Pare aí”, me diz você. O escrevente escreve antes, o leitor lê depois. “Não!”, lhe respondo. Não
consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.
Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais
apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar
conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde”.
(MARQUES, M. O. Escrever é preciso. Ijuí: Unijuí, 1997)
QUESTÃO 11
Alguns gêneros textuais são produzidos a fim de nos convencer de alguma ideia, defender um ponto de
vista. Para quem afirma, ou nega alguma coisa, fica a obrigação de apresentar argumentos que
comprovem o que se diz. Analise as alternativas a seguir e identifique AQUELA QUE NÃO É ACEITÁVEL,
em relação ao locutor do texto.
(A) O locutor defende a ideia de que há algo de comum entre conversar e escrever e coçar e comer.
(B) O locutor se vale de um dito popular, a fim de estabelecer um paralelo entre a conversa e a escrita.
(C) O locutor vê, de forma bem humorada, a maneira pela qual somos ensinados a escrever, já que
considera o ensino como mecânico, repetitivo de fórmulas.
(D) Para o locutor, devemos escrever para pensar e não o contrário.
QUESTÃO 12
Quase sempre podemos perceber características do locutor pelas escolhas linguísticas que ele faz. As
impressões ficam registradas na forma como diz o que deseja. Analise as alternativas a seguir e
identifique a ÚNICA QUE CONTÉM UMA EXPLICAÇÃO ACEITÁVEL para o que diz o locutor.
(A) “Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa
livre conversação, é necessário quebrar o gelo’’.O tom do locutor é de raiva e indignação.
(B) ‘’Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?”, já não funcionam para engatar
conversa’’.Percebe-se certo desânimo, desilusão, por parte do locutor.
(C) ‘’No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia (...).
Expressão da certeza de como é escrever.
(D) ‘’Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais’’. O locutor expressa revolta e tédio.
QUESTÃO 13
Em algumas passagens do texto, nota-se certa despreocupação do autor com a rigidez da língua-padrão,
explicada, certamente, por sua intenção em estar mais próximo do leitor, com quem dialoga o tempo
inteiro. Analise as alternativas e identifique a única que comprova o que foi dito.
Leia trechos do artigo escrito por Solange Gomes da Fonseca, para questões 15 e 16.
QUESTÃO 15
Percebe-se claramente que a INTENÇÃO PRINCIPAL DA AUTORA é
(A) Comparar linguagem científica e linguagem comum.
(B) Informar como a linguagem científica se desenvolveu.
(C) Apresentar as principais características da linguagem científica.
(D) Falar da importância das regras para a produção de um bom texto.
QUESTÃO 16
De acordo com a autora, se somos pesquisadores e desejamos lidar com a ciência, NOSSA ESCRITA
DEVERÁ SER
HOUVE um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco
carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala,
diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam
sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente
feliz.
HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava
sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher,
cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a
ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal
expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava
do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.
HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da
janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim
parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão
ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de
água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
MAS, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que
essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é
preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
QUESTÃO 17
Títulos, muitas vezes, não são dados ao acaso, apenas para cumprir formalidade. Pense sobre o título
escolhido pela autora. Depois, analise as alternativas e identifique AQUELA QUE MELHOR EXPLICA A arte
de ser feliz.
(A) Para ser feliz, basta ter muitas janelas por onde olhar.
(B) Para ser feliz, precisamos ter muitas lembranças guardadas na memória.
(C) Para ser feliz, basta que sejamos sonhadores.
(D) Para ser feliz, precisamos aprender a olhar.
QUESTÃO 18
Não é difícil perceber que a autora privilegia um dos cinco sentidos no texto. Tal procedimento fica
evidente na preocupação em descrever cenários. Analise as alternativas e identifique AQUELA NÃO
EXEMPLIFICA O QUE FOI AFIRMADO.
(A) ‘’ Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo
branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia
pousado no ar’’.
(B) ‘’Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem
brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao
recebê-las?’’
(C) ‘’ HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira
alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma
mulher, cercada de crianças’’.
(D) ‘’Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o
jardim parecia morto’’.
QUESTÃO 20
Os ditos ou ditados populares, geralmente, resumem, de forma interessante, muitas situações. Por
exemplo, ‘’de grão em grão a galinha enche o papo’’. Ilustra bem a paciência e a perseverança para atingir
os objetivos, realizar os sonhos. Leia, com atenção, as alternativas e identifique o ditadoque NÃO MANTEM
RELAÇÃO com otexto A Arte de Ser Feliz, de Cecília Meireles.
Descritores e habilidades