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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA


AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ano

Escola Municipal Data ___/___/____

Professor (a) Aplicador (a)

Professor (a) Regente

Aluno (a)

Leia trecho de texto retirado de www2.metodista.br/unesco/1_Regiocom%202009/arquivos/trabalhos/

LIVRO-REPORTAGEM: ORIGENS,
CONCEITOS E APLICAÇÕES
Bruno Ravanelli Pessa
1. REPORTAGEM E GRANDE REPORTAGEM, OS PONTOS DE PARTIDA

1 O livro-reportagem deve sua existência à reportagem, unidade que o formata conforme é


desenvolvida de forma plena. Reportagem é uma extensão da notícia e, por excelência, a forma-
narrativa do veículo impresso (SODRÉ, 1986, p. 11). Se a notícia é o relato de um fato de interesse
jornalístico, a reportagem é a narrativa que aborda as origens, implicações e desdobramentos do fato,
bem como apresenta os personagens envolvidos nele, humanizando-os.
2 Muniz Sodré e Dimas Künsch apresentam definições para narrativa. Ela é todo e qualquer
discurso capaz de evocar um mundo concebido como real, material e espiritual, situado em um espaço
determinado (SODRÉ, p. 11), e se põe a serviço das forças instauradoras do cosmos - no sentido da
organização da vida humana - em oposição às forças produtoras do caos (KÜNSCH, 2005).
3 Toda reportagem pressupõe investigação e interpretação, segundo aponta Lage (2001); ela é a
expressão do jornalismo interpretativo, que busca preencher os vazios informativos deixados pela
notícia por meio de uma narrativa multiangular composta por ingredientes como contexto - a rede de
forças que atuam sobre o fato - antecedentes, projeção no futuro, suporte especializado - quem possui
conhecimento sobre o fato - e perfil dos personagens relacionados ao fato (LIMA, 2004).
4 A reportagem visa atender a necessidade de ampliar os fatos para uma dimensão contextual e
colocar para o receptor uma compreensão de maior alcance, objetivo melhor atingido na prática da
grande-reportagem, que possibilita um mergulho de fôlego nos fatos e em seu contexto e oferece ao
seu autor uma dose ponderável de liberdade para superar os padrões e fórmulas convencionais do
tratamento da notícia.
5 Na grande-reportagem, é possível promover o aprofundamento extensivo e intensivo da
reportagem. De acordo com Lima (2004), o aprofundamento extensivo/horizontal amplia
quantitativamente a taxa de conhecimento do leitor sobre o tema, por meio de dados, números,
informações e detalhes relacionados. Já o aprofundamento intensivo/vertical amplia qualitativamente
essa taxa, apontando causas, consequências, efeitos, desdobramentos, repercussões e implicações do
assunto reportado.

QUESTÃO 01
Perceber o sentido global do texto lido é um passo importante no processo de leitura. Então, analise as
alternativas abaixo e identifique aquela que apresenta INTERPRETAÇÃO NÃO ACEITÁVEL.

(A) Pelo título, entendemos que o autor se dispõe a apresentar a história do livro-reportagem, desde
quando esse surgiu.
(B) No subtítulo, o autor anuncia que fará um paralelo entre as características da reportagem e da grande-
reportagem.
(C) O autor estabelece uma relação direta, imediata, entre o livro-reportagem e a reportagem,
considerando que essa, quando bem desenvolvida dá forma ao livro-reportagem.
(D) Entre a notícia e a reportagem não se pode estabelecer relação, pois são completamente diferentes.

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QUESTÃO 02
Estamos sempre modalizando nosso discurso, deixando nele impressas certezas, dúvidas, possibilidades,
aprovação, desaprovação... Analise as alternativas a seguir e assinale aquela que NÃO EXPRESSA UMA
CERTEZA por parte do autor do texto.

(A) ‘’ O livro-reportagem deve sua existência à reportagem, unidade que o formata conforme é
desenvolvida de forma plena’’.
(B) ‘’ Se a notícia é o relato de um fato de interesse jornalístico, a reportagem é a narrativa que aborda as
origens, implicações e desdobramentos do fato... ’’.
(C) ‘‘ Ela é todo e qualquer discurso capaz de evocar um mundo concebido como real, material e espiritual,
situado em um espaço determinado... ’’.
(D) ‘‘... Na grande-reportagem, é possível promover o aprofundamento extensivo e intensivo da
reportagem’’.

QUESTÃO 03
Inferir informações de um texto consiste em ler nas entrelinhas, ou seja, em levantar hipóteses a partir das
ideias colocadas no papel pelo autor. Analise as alternativas a seguir e identifique a única inferência que é
TOTALMENTE INACEITÁVEL.

(A) Os livros-reportagens devem estar fazendo sucesso, caso contrário o autor não se disporia a escrever
a respeito deles, contando desde as origens até as aplicações.
(B) A ideia de humanizar as personagens envolvidas em algum fato que origine a reportagem parece ser
opinião do autor.
(C) Ao citar outros autores, o autor demonstra que não conhece do assunto sobre o qual está escrevendo.
(D) O interesse do autor em diferenciar, claramente, reportagem, notícia e grande reportagem pode se
dever ao público que ele pretende atingir.

QUESTÃO 04
Durante o ato da leitura, muitas vezes, precisamos inferir o sentido de uma palavra ou expressão, já que
não carregaremos o dicionário a tiracolo. Releia o 4º parágrafo, com atenção ao grifado. Depois, analise as
alternativas e identifique aquela que MELHOR PODE SUBSTITUIR O GRIFADO, sem grande alteração do
sentido.

(A) Pular sem medo dentro dos fatos.


(B) Uma pesquisa mais aprofundada dos fatos.
(C) Uma investigação total dos fatos.
(D) Um registro geral dos fatos.

QUESTÃO 05
Ainda com relação à leitura, sabemos da existência de mecanismos que contribuem para a organização
gramatical, estabelecendo relações de sentido entre as palavras ou orações. Falamos da coesão textual.
Muitas vezes precisamos evitar repetições de palavras, ou retomar ideias já expressas. Analise as
alternativas e identifique aquela que NÃO APRESENTA UMA EXPLICAÇÃO CORRETA.

(A) ‘’ O livro-reportagem deve sua existência à reportagem, unidade que o formata conforme é
desenvolvida de forma plena’’. O termo grifado funciona como um pronome e refere-se ao livro-
reportagem.

(B) ‘’ Se a notícia é o relato de um fato de interesse jornalístico, a reportagem é a narrativa que aborda as
origens, implicações e desdobramentos do fato, bem como apresenta os personagens envolvidos nele,
humanizando-os’’. O termo grifado funciona como um pronome e refere-se aos personagens.

(C) ‘’ Toda reportagem pressupõe investigação e interpretação, segundo aponta Lage (2001); ela é a
expressão do jornalismo interpretativo... ’’. O termo grifado refere-se a toda reportagem.

(D) ‘‘... que busca preencher os vazios informativos deixados pela notícia por meio de uma narrativa
multiangular composta por ingredientes como contexto - a rede de forças que atuam sobre o fato –
antecedentes...’’. A expressão grifada refere-se à narrativa multiangular.

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QUESTÃO 06
O ato de leitura é constituído por diversos momentos. Um deles é a predição, que nada mais é que
antecipar algumas ideias, antes mesmo de ler o texto. Analise as alternativas, todas elas com títulos de
notícias extraídas do http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/. Identifique aquela que apresenta PREDIÇÕES
TOTALMENTE INACEITÁVEIS.

(A) Superdose de sarampo modificado fez câncer desaparecer. Provavelmente vão falar de testes em
algum laboratório, o lugar, quem são os pesquisadores responsáveis, quanto tempo já dura a pesquisa...
(B) Cirurgia separa gêmeas siamesas unidas pelo fígado em Belém. Não há mais nada a acrescentar,
pois o título já disse tudo.
(C) Supermercado britânico vai oferecer teste gratuito de HIV. Certamente que, na Inglaterra,
inventaram um teste rápido, de baixo custo, como aqueles para constatar gravidez.
(D) Fotógrafa registra 'tornado de mosquitos' no céu de Portugal. Só pode ser uma quantidade
imensa de mosquitos, parecendo aquele funil de ar girando a toda velocidade.
QUESTÃO 07
Outro passo importante para o ato da leitura é o reconhecimento do gênero a que nos dispomos a ler.
Cada gênero textual pede um tipo de recepção, seja literário ou não literário. Pelos títulos e subtítulos,
ativamos nosso conhecimento prévio e levantamos algumas hipóteses sobre o que vamos ler. Então,
analise as alternativas e identifique AQUELA QUE NÃO PODE SE REFERIR A UM LIVRO-REPORTAGEM.
(A) Mensalão - O Julgamento do Maior Caso de Corrupção da História Política Brasileira - Marco Antonio Villa
(B) Richthofen - O Assassinato dos Pais de Suzane - Roger Franchini
(C) Holocausto Brasileiro - Vida, Genocídio e 60 Mil Mortes no Maior Hospício do Brasil - Daniela Arbex
(D) O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota - Olavo de Carvalho,

QUESTÃO 08
Muitas vezes as notícias acabam se transformando em matéria-prima para os humoristas que gostam de
integrar a linguagem verbal à não verbal. Como é o caso abaixo.

Analise as alternativas propostas e identifique aquela que é UMA INTERPRETAÇÃO NÃO ACEITÁVEL para
a charge.
(A) O título Figurinhas do Brasil nos faz lembrar dos jogadores da seleção brasileira de futebol.
(B) Cada uma das falas apresenta um problema social grave vivenciado por nós, brasileiros.
(C) Fica evidente a crítica às exigências feitas pela FIFA, para realizar a Copa no Brasil.
(D) O emprego das expressões uma do e uma da colaborampara evitar repetiçãoda palavra figurinha, que
já aparece no título.

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QUESTÃO 09
Não é difícil percebermos como alguns textos, sejam verbais, não verbais, ou mistos, retomam outros
textos, com a intenção de fazer uma crítica, provocar humor, reflexão, entre outras possibilidades. A essa
retomada é que se deu o nome de intertextualidade. No caso abaixo, O PRINCIPAL OBJETIVO DO AUT OR
é:

(A) Relembrar as fábulas, narrativas curtas que sempre apresentam uma moral.
(B) Ilustrar com um desenho, a fábula do coelho e da tartaruga.
(C) Apresentar, com humor, a corrida eleitoral para o Palácio do Planalto.
(D) Despertar o eleitor para a importância do voto.

QUESTÃO 10
A intertextualidade pode se apresentar de variadas formas, a fim de produzir determinados efeitos de
sentido, como reforçar uma ideia, reproduzi-la, criticá-la. Leia os textos abaixo e identifique a alternativa
que NÃO APRESENTA RELAÇÃO INTERTEXTUAL.
(A) (B)

(C)

(D)

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Leia o texto, com atenção, para responder as questões de 11 a 15.
A questão é começar

“Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre
conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde,
como vai?”, já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de
futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia,
com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa
falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem
já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma
outra forma de conversar.

Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever
bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava,
porque bitolava o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando
entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas
transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensando ou dito, mas inauguração do próprio
pensar. “Pare aí”, me diz você. O escrevente escreve antes, o leitor lê depois. “Não!”, lhe respondo. Não
consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.

Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais
apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar
conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde”.
(MARQUES, M. O. Escrever é preciso. Ijuí: Unijuí, 1997)

QUESTÃO 11
Alguns gêneros textuais são produzidos a fim de nos convencer de alguma ideia, defender um ponto de
vista. Para quem afirma, ou nega alguma coisa, fica a obrigação de apresentar argumentos que
comprovem o que se diz. Analise as alternativas a seguir e identifique AQUELA QUE NÃO É ACEITÁVEL,
em relação ao locutor do texto.

(A) O locutor defende a ideia de que há algo de comum entre conversar e escrever e coçar e comer.
(B) O locutor se vale de um dito popular, a fim de estabelecer um paralelo entre a conversa e a escrita.
(C) O locutor vê, de forma bem humorada, a maneira pela qual somos ensinados a escrever, já que
considera o ensino como mecânico, repetitivo de fórmulas.
(D) Para o locutor, devemos escrever para pensar e não o contrário.

QUESTÃO 12
Quase sempre podemos perceber características do locutor pelas escolhas linguísticas que ele faz. As
impressões ficam registradas na forma como diz o que deseja. Analise as alternativas a seguir e
identifique a ÚNICA QUE CONTÉM UMA EXPLICAÇÃO ACEITÁVEL para o que diz o locutor.

(A) “Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa
livre conversação, é necessário quebrar o gelo’’.O tom do locutor é de raiva e indignação.
(B) ‘’Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?”, já não funcionam para engatar
conversa’’.Percebe-se certo desânimo, desilusão, por parte do locutor.
(C) ‘’No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia (...).
Expressão da certeza de como é escrever.
(D) ‘’Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais’’. O locutor expressa revolta e tédio.

QUESTÃO 13
Em algumas passagens do texto, nota-se certa despreocupação do autor com a rigidez da língua-padrão,
explicada, certamente, por sua intenção em estar mais próximo do leitor, com quem dialoga o tempo
inteiro. Analise as alternativas e identifique a única que comprova o que foi dito.

(A) ‘’Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo’’.


(B) “Pare aí, me diz você”.
(C) “Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados’’.
(D) “Assim fomos alfabetizados, em obediência a certos rituais”.

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QUESTÃO 14
Durante a leitura, precisamos perceber o que é opinião de quem escreve e qual é o assunto sobre o qual
se escreve. Analise as situações abaixo e identifique aquela em que a OPINIÃO DO LOCUTOR EM
RELAÇÃO ÀQUILO QUE EXPRESSA NÃO ESTÁ PRESENTE

A) ‘’ Deveria haver para a escrita algo como conversa vadia... ’’.


B) ‘’ Nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica... ’’.
C) ‘’ Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados’’.
D) ‘’Termina-se sabe Deus onde’’.

Leia trechos do artigo escrito por Solange Gomes da Fonseca, para questões 15 e 16.

Linguagem Científica: um caminho de regras para um mundo social e cultural


A linguagem científica tem características próprias que a distinguem da linguagem comum. Essas
características não foram inventadas em algum momento determinado. Ao contrário, foram sendo
estabelecidas ao longo do desenvolvimento científico, como forma de registrar e ampliar o conhecimento.
Essas características, muitas vezes, tornam a linguagem científica estranha e difícil para os leitores.
Reconhecer essas diferenças implica em admitir que a aprendizagem da ciência torna-se inseparável da
aprendizagem da linguagem científica. Ela precisa ser isenta de qualquer ambiguidade. Ela tem
especificidade própria, possui terminologia específica que possibilita a adequada transmissão de ideia.
Numa construção textual, as regras não podem ser ignoradas pelo seu redator, mas devem primar-se pelo
domínio e o uso das propriedades da linguagem científica para evitar exposições subjetivas ou ambíguas.
Todavia, a consulta a essas regras será de pouca valia se o redator não possuir o domínio do conteúdo
enfocado.
[...]
Essa diversidade está condicionada ao que denominamos de “gêneros textuais”, cuja característica
principal é representar as mais variadas situações comunicativas. Todos eles com uma finalidade
específica, seja no intuito de informar, persuadir, entreter, conversar, entre outros objetivos.
É na linguagem científica que se deve ter clareza, objetividade, escritas em ordem direta e com frases
curtas. Portanto, nós, escritores, precisamos nos adequar às nossas redações ao iniciarmos numa
instância científica. É na linguagem cientifica que todo pesquisador deve escrever de acordo com os
padrões exigidos pela ciência, investindo-se na construção das competências de todo ser humano,
possibilitando a participação de vários sujeitos nos diálogos sociais e culturais. [...]

QUESTÃO 15
Percebe-se claramente que a INTENÇÃO PRINCIPAL DA AUTORA é
(A) Comparar linguagem científica e linguagem comum.
(B) Informar como a linguagem científica se desenvolveu.
(C) Apresentar as principais características da linguagem científica.
(D) Falar da importância das regras para a produção de um bom texto.

QUESTÃO 16
De acordo com a autora, se somos pesquisadores e desejamos lidar com a ciência, NOSSA ESCRITA
DEVERÁ SER

(A) Uma linguagem comum, que todos possam entender.


(B) Uma linguagem estranha e difícil de ser entendida.
(C) Uma linguagem que obedeça totalmente as regras gramaticais.
(D) Uma linguagem clara, sem duplo sentido.

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Leia o texto de Cecília Meireles, uma das principais escritoras brasileiras.

A Arte de Ser Feliz


HOUVE um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um
grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos,
quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança,
achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco
carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala,
diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam
sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente
feliz.

HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava
sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher,
cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a
ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal
expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava
do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da
janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim
parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão
ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de
água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

MAS, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que
essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é
preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

QUESTÃO 17
Títulos, muitas vezes, não são dados ao acaso, apenas para cumprir formalidade. Pense sobre o título
escolhido pela autora. Depois, analise as alternativas e identifique AQUELA QUE MELHOR EXPLICA A arte
de ser feliz.

(A) Para ser feliz, basta ter muitas janelas por onde olhar.
(B) Para ser feliz, precisamos ter muitas lembranças guardadas na memória.
(C) Para ser feliz, basta que sejamos sonhadores.
(D) Para ser feliz, precisamos aprender a olhar.

QUESTÃO 18
Não é difícil perceber que a autora privilegia um dos cinco sentidos no texto. Tal procedimento fica
evidente na preocupação em descrever cenários. Analise as alternativas e identifique AQUELA NÃO
EXEMPLIFICA O QUE FOI AFIRMADO.

(A) ‘’ Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo
branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia
pousado no ar’’.
(B) ‘’Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem
brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao
recebê-las?’’
(C) ‘’ HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira
alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma
mulher, cercada de crianças’’.
(D) ‘’Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o
jardim parecia morto’’.

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QUESTÃO 19
Conhecer o valor semântico das conjunções é de muita importância para a boa compreensão leitora.
Reveja o MAS, que inicia o último parágrafo. Sobre o uso dele, É CORRETO AFIRMAR
(A) Estabelece uma relação de oposição entre a forma de pensar da narradora e o de outras pessoas.
(B) Estabelece uma relação de causa e consequência entre os primeiros parágrafos e o último.
(C) Estabelece uma relação de comparação entre o que a narradora pensa e o que outros pensam.
(D) Estabelece uma relação de proporção entre a memória e o tempo presente vivido pela narradora.

QUESTÃO 20
Os ditos ou ditados populares, geralmente, resumem, de forma interessante, muitas situações. Por
exemplo, ‘’de grão em grão a galinha enche o papo’’. Ilustra bem a paciência e a perseverança para atingir
os objetivos, realizar os sonhos. Leia, com atenção, as alternativas e identifique o ditadoque NÃO MANTEM
RELAÇÃO com otexto A Arte de Ser Feliz, de Cecília Meireles.

(A) As aparências enganam.


(B) Estar na horta e não ver as couves.
(C) O pior cego é o que não quer ver.
(D) Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
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Descritores e habilidades

Q01 D01 Reconhecer a organização temática de um texto. D


Q02 D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. B
Q03 D03 Inferir informações em um texto. C
Q04 D05 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. B
Q05 D15 Estabelecer as relações entre partes de um texto, identificando repetições... D
Q06 D01 Construir coerência temática na compreensão e na produção de textos. B
Q07 D06 Identificar o gênero de um texto. D
Q08 D08 Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não verbal. C
Q09 D07 Reconhecer o objetivo comunicativo de um texto ou gênero textual. C
Q10 H 7.1 Reconhecer marcas ou estratégias de intertextualidade. D
Q11 D26 Estabelecer relações entre a tese e os argumentos. C
Q12 D18 Reconhecer posicionamentos enunciativos presentes em um texto. B
Q13 D13 Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. B
Q14 D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. C
Q15 D07 Reconhecer o objetivo comunicativo de um texto ou gênero textual. C
Q16 D02 Localizar informação explícita em um texto. D
Q17 D27 Justificar o título de um texto. D
Q18 D15Reconhecer marcas linguísticas em um texto ou sequência descritiva. B
Q19 D11 Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções. A
Q20 D20 Reconhecer diferentes formas de abordar uma informação ao comparar textos. D

Obs. Descritores de acordo com matriz proposta pelo PROEB.

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