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INTENSIVO FORMAÇÃO HUMANÍSTICA

Disciplina: Sociologia Jurídica


Professor: Ricardo Maurício
Data: 08.06.2012

MATERIAL DE APOIO – MONITORIA

I. Anotações de aula

I. ANOTAÇÕES DE AULA

CORRENTES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO (Continuação)

1. ESCOLA OBJETIVA FRANCESA (Émile Durkheim)

O pai da sociologia jurídica é ÉMILE DURKHEIM, que foi discípulo direto de Comte, e que fundou a escola
objetiva francesa. Manteve a opção metodológica positivista (distanciamento do objeto e neutralidade
valorativa).

A 1˚ grande contribuição de Durkheim foi o estudo dos fatos sociais como se fossem coisas (proposta
positivista). Imaginava a sociedade como uma realidade distinta dos indivíduos. Ponderava também que
todos os fatos sociais seriam coercitivos (coercitividade); o direito seria o fato social mais coercitivo, que
teria a capacidade de demover o indivíduo da prática de infrações sociais de maneira mais ampla possível.

COERCITIVIDADE é um fenômeno sociológico e psicossocial, que designa a antecipação dos efeitos


afetivos das punições (projeção do medo/temor). Dessa forma, a coercitividade molda os
comportamentos. É um elemento psicosscial preventivo. COAÇÃO é a materialização das sanções sociais
(punições). É o momento repressivo.

Durkheim estuda o fenômeno da divisão social do trabalho e da solidariedade.

Solidariedade como um termo que indica o grau e o modo de divisão do trabalho. As sociedades
primitivas caracterizam-se pela sobreposição do todo coletivo sobre o indivíduo (solidariedade mecânica),
com a prevalência do direito penal de exclusão social.

Com a maior diversidade econômica, as sociedades humanas sentiram a necessidade de promover a


divisão dos trabalhos, repartindo funções, como um corpo humano (solidariedade orgânica). O indivíduo
se torna importante para o todo coletivo. Prevalece o direito civil eminentemente restitutivo/indenizatório.
O direito penal como ultima ratio.

2. CULTURALISMO SOCIOLÓGICO (Max Weber)

MAX WEBER inaugura uma importante corrente sócio-jurídica, o culturalismo, que se contrapõe
polarmente ao positivismo de Comte. Ao invés de alimentar a neutralidade axiológica e o distanciamento
do sujeito cognoscente e objeto, vai estudar as ações sociais, através do método compreensivo, devendo
o cientista social mergulhar na cultura de cada povo para buscar o significado de cada ação social.

Ao contrário dos costumes, as leis estabelecem marcos de segurança e de previsibilidade das relações

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econômicas, pelo que, segundo Weber, a legalidade torna-se o meio viabilizante do capitalismo.
(“Economia e Sociedade”).

Weber estudou a legitimidade em 03 espécies

O governo fundado na legitimidade carismática valoriza o carisma do governante, prevalentes em


governos ditatoriais. Enfatiza a pessoa em detrimento das instituições. A legitimidade tradicional enfatiza
as instituições em detrimento do aspecto pessoal do governante (ex. parlamento inglês). Os governos
legal-democráticos se legitimam pelos procedimentos estabelecidos na lei.

3. MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO (Karl Marx)

KARL MARX apresentou o materialismo histórico e dialético. Ante os malefícios gerados pelo capitalismo
no final do séc. XIX, começa a surgir o socialismo: socialismo utópico e o socialismo científico. O
socialismo científico sustenta que o capitalismo, na sua essência, necessita da exploração do trabalhador,
sendo inviável a conciliação do capitalismo com a justiça social (Marx e Engels).

Marx é materialista porque sustenta a PRIMAZIA DA INFRAESTRUTURA ECONÔMICA que condicionaria a


superestrutura político-ideológica (Estado, direito, moral, religião etc.). O ordenamento jurídico seria
reflexo da infraestrutura econômica, não se poderia estudar o direito sem estudar o modo de produção da
economia.

Examina a evolução da sociedade com base no modo de produção.


Ditadura do
Proletariado

Comunismo Sociedade Comunismo


Primitivo de Classes Evoluído

Sociedade Sociedade
antiga Sociedade moderna
medieval

Escravagismo Feudalismo Capitalismo

Esse materialismo é dialético porquanto Marx enfatizou que a luta pela prevalência das classes socias
seria o motor da história (“tese x antítese = síntese”). Marx é criticado pelo unilateralismo economicista
pois não previu a retrointerferência da política, da religião, da moral, do direito etc. (elementos
ideológicos) sobre a economia.

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