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FACULDADE SANTA RITA - FASAR

EDUCAÇÃO FÍSICA

Treinamento Adaptado de Natação no Aprendizado do Nado Crawl para


Criança com Transtorno do Espectro Autista - TEA: Estudo de Caso

BRUNA CAROLINA MACHADO CORRÊA DOS SANTOS

CONSELHEIRO LAFAIETE / MG
DEZEMBRO/2018
BRUNA CAROLINA MACHADO CORRÊA DOS SANTOS

Treinamento Adaptado de Natação no Aprendizado do Nado Crawl para


Criança com Transtorno do Espectro Autista – TEA: Estudo de Caso

Projeto da pesquisa apresentada ao


curso de Educação Física da
Faculdade Santa Rita FASAR, como
requisito parcial para a aprovação na
disciplina de Metodologia Científica.

Orientador (a): Profa. Coord. Josemara Guedes


Área de concentração:

CONSELHEIRO LAFAIETE / MG
DEZEMBRO/2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................4
1.1 Justificativa......................................................................................................6
1.2 Problema........................................................................................................6
2 OBJETIVOS........................................................................................................7
2.1 Objetivo Geral.................................................................................................7
2.2 Objetivo Específico..........................................................................................7
3 METODOLOGIA ................................................................................................8
3.1 Tipologia da pesquisa.....................................................................................8
3.2 Local................................................................................................................8
3.3 População.......................................................................................................8
3.4 Amostra...........................................................................................................8
3.5 Instrumentos....................................................................................................8
3.6 Coleta..............................................................................................................8
3.7 Análise.............................................................................................................8
3.8 Aspectos Éticos...............................................................................................8
3.9 Retornos aos Participantes
3.10 Resultados Esperados
4 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................9
4.1 Incidência e causas........................................................................................
4.2Etiologia
4.3 Os Déficits Sociais e de Comunicação
4.4 DSM-V Mudanças para desordens do espectro autista
4.5 História do Autismo
4.6 Epidemiologia
4.7 Fisiopatologia
4.8 Características da Modalidade: Natação Adaptada e Inclusiva
4.9 Natações x Autismo
5 CRONOGRAMA ..............................................................................................10
6 REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS ..............................................................11
1 INTRODUÇÃO
Nunca se soube tanto a respeito do Transtorno do Espectro Autista, distúrbio que
acomete uma em cada 68 crianças e que, aos poucos, começa a ser aceito sem os
velhos preconceitos (CUMINALE, 2017).
Segundo Greguol (2010), o autismo é um transtorno caracterizado pelas
manifestações em geral, até 30 meses de vida, que afeta o desenvolvimento global,
principalmente por distúrbios na comunicação, na interação social e no uso da
imaginação (tríade do autismo). Foi diagnosticado pela primeira vez em 1943 pelo
medico Leo Kenner e possui uma prevalência de cerca de quatro casos para 10.000
nascimentos, atingindo quatro vezes mais meninos do que meninas. As causas do
autismo ainda são desconhecidas, embora algumas pesquisas apontem para a
possibilidade de origem genética ou problema durante a gestação.
Considerando a multiplicidade de modelos, explicativos existentes para o autismo,
observa – se um esforço no inicio da década de 1980 para uniformizar esse
diagnostico quando ganham força os manuais de classificação CID-9 (OMS 1993) e
DSM – III ( APA,1980). Ocorre um censo maior de que o autismo é acometido em
três domínios principais: 1) interação social e empatia; 2) comunicação e
imaginação; e 3) flexibilidade cognitiva e comportamental.
Contudo, uma sequência de pesquisas subsequentes com base nesses critérios
mostrou a heterogeneidade presente do autismo, ou seja, havia muito menos
pessoas severamente afetadas em um ou todos os três domínios e alguns sujeitos
com habilidades superiores entre eles (SHIMIDT, 2016)
Segundo Shimidt, na mais recente classificação, no DSM – 5 (APA 2013), o autismo
pertence á categoria denominada transtornos de neurodesenvolvimento, recebendo
o nome de transtornos do espectro do autismo (TEA). Assim o TEA é definido como
um distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a
infância, apresentando déficit nas dimensões sociocomunicativa e comportamental.
Segundo Greguol (2010), ainda que as dificuldades impostas pelos problemas de
comunicação possam afetar de maneira significativa o desenvolvimento, a prática de
atividades físicas e esportivas pode ser considerada um fator de intervenção positivo
no sentido de minimizar eventuais atrasos e estabelecer oportunidades para
interações sociais. No entanto algumas medidas devem ser levadas em
considerações de forma a manter a segurança necessária.
De acordo com Fernandes e Costa (2016), a natação é um conjunto de atividades
motoras muito importantes que vai além de se deslocar no meio liquido, sendo
também uma atividade prazerosa, que traz consigo emoções em si mesmo, com o
outro e com a natureza.
A água pode ser considerada uma ferramenta de trabalho e é um elemento
terapêutico, sendo que nesse ambiente as pessoas com deficiência desenvolvem
sua coordenação motora com mais facilidade e liberdade, possibilitando o
deslocamento de forma independente (TSUTSUMI, et al,2004).
Trabalhar com alunos autistas de forma integrada ou em turmas numerosas é uma
tarefa nem sempre viável. Por possuírem comportamento muitas vezes lábil e
imprevisível e não demonstrarem cooperação em atividades em grupo, alunos
autistas em geral são acomodados em turmas menores ou ainda são atendidos em
sistema individual (GREGUOL, 2010).
Com a elaboração deste trabalho, pretende-se obter indicadores de execução em
aluno com Transtorno do Espectro Autista – TEA, através da prática da Natação, já
que o mesmo não é facilmente encontrado em pesquisas.
A natação é uma das atividades físicas que desenvolve um trabalho corporal
completo. Sendo assim, oferece possibilidades de estímulos e desenvolvimento
necessário à pessoa com Transtorno do Espectro Autista, além de todos os
benefícios motores, cognitivos e sociais.
Segundo Velas (2006, p.87) a natação se constitui numa das melhores praticas para
o desenvolvimento psicomotor, “não a natação pedagógica regular, realizada com
participantes do esporte, nem a competitiva para formar campeões, mas a que
valoriza a motricidade aquática, pondo em situação uma nova arquitetura
psicomotora.”
A pratica da natação contribui para a melhoria da qualidade de vida, através da
manutenção de uma boa saúde física e mental, proporcionando as crianças
portadoras de deficiência novas perspectivas de vida, devido as vantagens que esse
exercício proporciona como o treinamento do coração, o fortalecimento da
musculatura e a aprendizagem de novas habilidades. Destaca se a alegria e o
prazer que o contato com o meio liquido pode proporcionar ao individuo, além do
envolvimento com sentimentos, imaginação, valores, atitudes, aprendizagem,
tomada de decisão, liberdade, autodisciplina, entre outras coisas que levam a
natação a ser considerada um exercício completo ( ALVES, 2006; VELASCO, 2006).
Como então ensinar as crianças com autismo? Não existe uma resposta única.
Em primeiro lugar, é imprescindível que o diagnostico de certeza esteja
completamente definido pelo profissional da saúde. Com base em um
diagnostico, é necessário que haja uma customização do aprendizado. Cada
criança com autismo deve ser ensinada de um modo diferente. É importante
identificar qual é o foco de interesse de cada criança em particular, pois ele pode
ser o único canal entre o educador e o educando, em se tratando de autismo.
(SCHIMIDT, 2016).
Segundo Gilberto de Lima Garcias, o comprometimento mental dos afetados por
essa síndrome é variável, podendo ir desde uma dificuldade de aprendizado a
um retardo profundo (SCHIMIDT, 2016).
Segundo Mafra (2008), considerando que a criança com deficiência intelectual
apresenta dificuldades em assimilar conteúdos abstratos faz se necessário a
utilização de material pedagógico concreto, e de estratégias metodológicas
práticas para que esse aluno desenvolva suas habilidades cognitivas e para
facilitar a construção do conhecimento. Os jogos e brincadeiras são estratégias
metodológicas que apresentam as duas características acima citadas.
Proporcionam a aprendizagem através de materiais concretos e de atividades
práticas, onde a criança cria, reflete, analisa e interage com seus colegas e com
o professor.
1.1 Justificativa

Segundo SHIMIDT (2016), Rudimar Riesgo diz que toda criança é capaz de
aprender, ainda que nós não consigamos detectar seus progressos, principalmente
nos casos de autismo. Não existe a possibilidade de uma criança com autismo
“desaprender” o que já aprendeu, a menos que um transtorno desintegrativo da
infância, o que é extremamente raro (menos que 0,0004%, comparado com a
prevalência média de 1% de todos os TID). Em resumo, cada criança com autismo
só pode ser comparada consigo mesma, para quantificarmos seus progressos.
Ainda assim, muito provavelmente tenhamos que verificar se os nossos meios de
aferir os aprendizados são sensíveis o suficiente para avaliar os progressos dessas
crianças.
Segundo Orrú (2016), dar atenção ao interesse demonstrado pela criança, privilegiar
sua presença em ambientes sociais enriquecidos, crer e investir nas possibilidades
de aprendizagem de todas as crianças é oferecer a cada uma a chance de aprender
sobre suas próprias habilidades e como melhor desenvolve-las, sejam elas quais
forem e em que níveis se apresentarem. De igual modo, é ajuda-las a conhecer seus
campos de dificuldades que precisam ser trabalhados e superados. Priva-las disso é
corroborar para o diagnóstico universalista e do quadro de sintomas.
Este estudo proporcionará a ampliação dos recursos e as possibilidades de mais
atividades disponíveis para o portador de Transtorno do Espectro Autista - TEA,
através de aulas lúdicas, com a aplicação das atividades específicas voltadas para o
Nado Crawl, atividades orientadas dentro de suas capacidades, podendo ampliá-las
a cada dia, pois, as habilidades motoras nelas desenvolvidas, nos proporcionará
concluir o seu beneficio, e que crianças com Transtorno do Espectro Autista - TEA,
realizam a aprendizagem, mesmo com todas as limitações e dificuldades que o
próprio distúrbio os acomete.
Podemos citar como exemplo e inspiração o aluno I. de 14 anos de idade, do sexo
masculino, praticante há 2 anos, com os nados crawl e costas desenvolvidos.
A iniciação das Atividades Desportivas “Natação – Nado Crawl” em crianças com
Transtorno do Espectro Autista - TEA, será realizada e estudada.
1.2 Problema

Poucos profissionais especializados;


Dificuldades na infraestrutura física;
Ausência de um trabalho sério;
Disseminar informações;
Quebrar preconceitos;
Formação dos graduandos em Educação Física para a Educação Inclusiva e
Manejo das diversidades.
2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar o nível de aprendizado do Nado Crawl de crianças com Transtorno do


Espectro Autista – TEA, no período de dois (02) meses.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

1- Avaliar o nível de aprendizado inicial do estilo Crawl de crianças com Transtorno


do Espectro Autista – TEA, através da ANAMENESE.
2- Avaliar o nível de aprendizado do estilo Crawl após a intervenção de um
treinamento específico no período de dois (02) meses.
3- Aplicar um treinamento adaptado para portadores de Transtorno do Espectro
Autista dentro do desenvolvimento das habilidades motoras/ nível de Inteligência
corporal – cenestésica do estilo Crawl, e avaliar através da aplicação do Protocolo
de Avaliação do Prof. Willian Urizzi – Ficha de Avaliação do Estilo Crawl.
3 METODOLOGIA

3.1Tipologia da pesquisa
Trata - se de um estudo de caso de caráter descritivo e qualitativo de uma criança
sedentária, portadora do Transtorno do Espectro Autista em grau severo,
observacional, o não comparecimento de 90% as aulas, será um critério de
exclusão.

3.2 Local
Será realizado no estado de Minas Gerais, na região do Alto Paraopeba, na cidade
de Ouro Branco, onde existem três (03) escolas de natação, sendo elas: AEA –
Associação Esportiva do Alto Paraopeba, Vida Aquática e Performance Academia, a
qual foi escolhida para realizar esta presente pesquisa.
A Performance Academia, está situada na Av. Intendente Câmara, nº901, Bairro
Pioneiros, Ouro Branco, Minas Gerais.

3.3 População
A Performance Academia foi selecionada intencionalmente pela autora, devido a
mesma possuir uma infraestrutura e didática adaptada aos estudos presentes neste
trabalho.
A Performance Academia possuí atualmente 500 alunos entre praticantes de
Natação e Hidroginástica, dentre eles cinco (05) alunos com TEA, um (01) deficiente
auditivo, e demais síndromes/ distúrbios.

3.4 Amostra
O estudo de caso será realizado com um (01) um aluno A.O. V, nove (09) anos de
idade, do gênero masculino, residente na Cidade de Ouro Branco, com Transtorno
de Espectro Autista severo, pratica natação, três (03) vezes por semana em dias
alternados por de trinta (30) minutos, desde Janeiro de 2018.

3.5 Instrumentos
Anamnese para averiguar os dados pessoais do aluno, se tem algum tipo de
deficiência, desenvolvimento, controle esfincteriano e higiene, desenvolvimento
psicomotor, realidade hoje, sono, história clinica, manipulação e tiques, estimulação,
relaciona se bem com, brinquedos, chora nas brincadeiras, historia escolar,
sociabilidade, brincadeiras preferidas, antecedentes familiares e o método utilizado
será adaptada aos planos de aula padrão, o qual será utilizado uma ficha com as
imagens de cada atividade a ser executada, e essa mesma atividade será passada
também ao aluno, através de um vídeo de vídeo com a utilização do meio de
comunicação – Tablet. As atividades realizadas serão: posicionamento do corpo,
flutuação, deslize, respiração, pernada, remada, palmateio e o nado livre (crawl) e
com a aplicação de Pontos a Focar – Natação- Exercícios de Técnica para Melhoria
do Nado, de Ruben Guzman, verificar a pernada do nado livre em posição
hidrodinâmica sem respirar; pernada e respiração lateral do nado livre; nado livre
controlado sem respirar; nado livre controlado com os dois braços; nado livre
controlado com respiração alternada.

3.6 Coleta
Realizaremos a coleta de dados através da ANAMNESE , onde o objetivo é
averiguar quais as reais necessidades do aluno.

3.7 Análise
Analisar o nível de aprendizado do Nado Livre ( crawl), no período de dois meses,
com a aplicação de um treinamento adaptado e com a aplicação de Pontos a Focar
– Natação- Exercícios de Técnica para Melhoria do Nado, de Ruben Guzman, após
a coleta de dados, os mesmos serão apresentados em forma de gráficos e/ou
tabelas.

3.8 Aspectos éticos


O projeto foi elaborado seguindo a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de
Saúde (CONEP) e será submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da
Faculdade Santa Rita FASAR.
Será apresentado o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), para os
responsáveis da amostra, já que é menor de idade.
Será elaborada uma carta para a autorização e o consentimento da utilização do
espaço e imagem da empresa/academia, para a realização da pesquisa após a
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.
3.9 Retornos aos Participantes
Os resultados da pesquisa, serão entregues aos responsáveis do participante e ao
proprietário da academia, para que possam contribuir para uma possível divulgação
e melhoria no que se diz respeito a saúde e inclusão.

3.10 Resultados Esperados


Espera – se através da pesquisa e resultados obtidos, o aumento de profissionais da
Educação Física Especializados; a integração do deficiente de Transtorno do
Espectro Autista em quaisquer atividades física e a realização do desenvolvimento
do nado livre (crawl).
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Natação x Transtorno do Espectro Autista
4.1 Incidência e Causas
O transtorno de Espectro Autista (TEA) engloba diferentes síndromes marcadas por
perturbações do desenvolvimento neurológico com três características
fundamentais, que podem manifesta-se em conjunto ou isoladamente. São elas:
dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da
imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de
comportamento restritivo e repetitivo.
Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês),
recebe o nome de espectro (spectrum), porque envolve situações e apresentações
muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leve a mais
grave. Todas, porem, em menor ou maior grau estão relacionadas, com as
dificuldades de comunicação e relacionamento social. (VARELLA, 2017).

4.2 Etiologia

4.3 Os déficits sociais e de comunicação


A fim de receber um diagnostico de Transtorno do Espectro do Autismo, uma pessoa
deve ter os três seguintes déficits:
 Problemas de interação social ou emocional alternativo – Isso pode incluir a
dificuldade de estabelecer ou manter o vai e vem de conversas e interações,
a incapacidade de iniciar uma interação e problemas com a atenção
compartilhada de emoções e interesses com os outros.
 Graves problemas para manter relações – Isso pode envolver uma completa
falta de interesse em outras pessoas, as dificuldades de jogar fingir e se
engajar em atividades sociais apropriadas a idade e problemas de adaptação
a diferentes expectativas sociais.
 Problemas de comunicação não verbal – o que pode incluir o contato anormal
dos olhos, postura, expressões faciais, tom de voz e gestos, bem como a
incapacidade de entender esses sinais não verbais de outras pessoas.

Comportamentos repetitivos e restritivos


Além disso, o indivíduo deve apresentar pelo menos dois deste
comportamento:
 Apego extremo a rotinas e padrões e resistência à mudança nas rotinas fala
ou movimento, interesses intensos e restritivos.
 Dificuldade em integrar informação sensorial ou forte procura ou evitar
comportamentos de estímulos sensoriais

4.6 Epidemiologia
A prevalência das perturbações do Espectro Autista aumentou
consideravelmente desde a década de 1980 quando apenas as taxas do
autismo eram incluídas no diagnóstico. Nos vinte anos que se seguiram, esta
taxa aumentou de 5 para 72 casos por cada 10.000 crianças, tanto nos E.U.A
como na Europa, encontrando – se atualmente em cerca de 60 casos para as
PEA e 10 casos para o autismo em cada 10.000 crianças. Parte deste
aumento da prevalência resulta de uma melhoria na educação dos sintomas,
associada a uma maior e a um diagnostico mais preciso da doença.
(REGO,2012).
Estudos atuais demonstraram que o autismo ocorre igualmente em diferentes
grupos raciais, étnicos e sociais, mas existem três grupos distintos que
apresentam um risco mais elevado ocorrência PEA: masculino, sendo cerca
de quatro vezes mais afetado que o sexo feminino, os irmão de crianças com
PEA, sendo que as famílias com uma criança autista apresentam uma taxa
recorrência 2 a 8%, e ainda as pessoas com outros distúrbios do
desenvolvimento como sejamo atraso mental, a Esclerose Tuberosa e a
Síndrome do X Frágil.( REGO,2012)
4.7 Fisiopatologia
Durante algumas décadas, após a descrição de Leo Kanner, acreditou – se
que o autismo construía uma entidade psicogênica. Contudo, o
reconhecimento da sua associação ao atraso mental e a epilepsia iniciou a
suspeição de uma base orgânica. Influencias genética foram posteriormente
descritas, tendo - se documentado uma maior incidência de autismo em
irmãos de crianças afetadas por esta perturbação, nomeadamente em
gêmeos monozigóticos. Desde então tornou-se globalmente aceite a etiologia
biológica do autismo. (REGO,2012)
Complicações pré, peri e neonatais foram descritas em crianças autistas,
podendo, juntamente com a predisposição genética, conduzir ao
desenvolvimento desta síndrome.

4.8 Características da modalidade: Natação adaptada e Inclusiva


Inclusão – definitivamente esse termo invadiu o discurso das mais variadas
instituições. Especialmente na ultima década, diversos instrumentos legais
foram implementados pelo governo federal a fim de garantir que todas as
pessoas independentemente de limitações físicas, motoras, sensoriais ou
cognitivas, tenham acesso irrestrito à educação, ao esporte e ao lazer em
quaisquer estabelecimentos públicos (GORGATTI, 2005).
Pessoas amputadas surfando. Pessoas cegas jogando futebol. Pessoas
aidéticas fazendo ginastica. Pessoas cardiopas remando. Pessoas surdas
dançando. Pessoas diabéticas pedalando. Pessoas hemiplégicas nadando.
Pessoas autistas patinando.

Podemos pensar a pratica da atividade física pelo seu aspecto estético,


simbólico, desafiador, social. Podemos refletir sobre o significado pessoal,
individual da pratica da atividade física para aqueles que são “deficientes”
(será que são? ou que, segundo Amaral são tão e somente significa mente
diferentes). Tendo em vista as diferenças que nos tornam pessoas únicas e
especiais (VERENGUER, Rita; PEDRINELLI, 2005).
A Educação Física Adaptada é uma parte da Educação Física, cujos objetivos
são o estudo e a intervenção profissional no universo das pessoas que
apresentam diferentes peculiares condições para a prática das atividades
físicas. (VERENGUER, 2005)
4.9 Natação x Transtorno do Espectro Autista

A pessoa autista apresenta dificuldades em interação social, na comunicação e


atenção restrita, assim, como, movimentos repetitivos. O trabalho com a criança
autista não é fácil, pode-se dizer que é um desafio, porem não é impossível de ser
realizado e os resultados são perceptíveis e fantásticos de se acompanhar. Desde
crianças, assim como os outros, necessitam e devem ter estimuladas as
percepções, o desenvolvimento motor, o cognitivo, já que podem apresentar
deficiência mental associada, assim como o contrario é verdade. Existem casos de
autistas superdotados.

A natação é uma das atividades físicas que desenvolve um trabalho corporal


completo. Sendo assim, oferece possibilidades de estímulos e desenvolvimento
necessários à pessoa autista. Através de musicas, brinquedos e demais objetos
utilizados em aula, claro que cada um no tempo e exercício certo, fica mais fácil para
conseguir sua atenção e executar um trabalho excelente com ele, visto que, uma
das dificuldades do autista é a organização espaço temporal.

Para exemplificar, como as aulas de natação influenciam na percepção espaço


tempo do autista, em seu primeiro dia de atividade o professor mostra ao aluno o
local aonde irão nadar. Ensina a ele por onde e como entrar e/ou sair, utiliza os
objetos para o desenvolvimento de cada exercício e incentiva-o a guardar cada um
em seu local.

Esta é uma forma de organização que começa a dar um norte ao aluno. Uma vez
gravada estas informações, o professor precisa tomar cuidado com mudanças
futuras. (SOUZA, 2018)
5 CRONOGRAMA

Atividades Fev Mar Abr Mai Jun Julh Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa do
x
tema
Pesquisa
x x x x x
bibliográfica
Coleta de
dados (se for x x x x x
o caso)
Apresentação
e discussão x
de dados
Elaboração
X x X x
do trabalho
Entrega do
x x
trabalho
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VARELLA, Dráuzio; TEA-Transtorno do Espectro Autista, nov. 2017


Fisioter. Pesqui. vol.22, nº2 S.P abr./jun. 2015
.DSM – 5 –Definição-CCM SAÚDE-CCM-NET-SAUDE.CCM.NET,2153-dsm-5-
definição, fev. 2018

PESSOA, Nataly; Espaço Autista: Critérios para o autismo no DSM – V, Junho, 2013
GORGATTI, Marcia; COSTA, Roberto; Atividade Física Adaptada, - Qualidade de
vida para pessoas com necessidades Especiais; cap.1; p.1; 2005

VERENGUER, Rita; PEDRINELLI,Venera; Atividade Física Adaptada – Qualidade


de vida para pessoas especiais cap.1, p.1, 2005

SOUZA, Fernanda Gonçalves de, Os Benefícios da Natação para Crianças com


Autismo – Criança e Saúde – www.criacaesaude.com.br/acessado 24/02/2018
Fournier et al. (2010).
CUMINALE, Natalia; REVISTA VEJA, ed.2540, p. 85-87, julh. 2017

I Conata e I Coniata – I Congresso Nordeste de Atividades Aquáticas (I CONATA) e I


Congresso Internacional de Atividades Aquáticas ( I CONIATA): Indissociabilidade
na formação: fomentando o ensino e a pesquisa com a extensão. ANAIS.
Universidade do Estado da Bahia, 26 a 28 de outubro de 2017, Guanambi, BA.

GUZMAN,Ruben; Natação: Exercicios de técnica para melhoria do nado, São Paulo,


2008
MAFRA, Sonia Regina Corrêa, O Ludico e o Desenvolvimento da Criança Deficiente
Intelectual, 2008.
Anexos

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