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EDUCAÇÃO FÍSICA
CONSELHEIRO LAFAIETE / MG
DEZEMBRO/2018
BRUNA CAROLINA MACHADO CORRÊA DOS SANTOS
CONSELHEIRO LAFAIETE / MG
DEZEMBRO/2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................4
1.1 Justificativa......................................................................................................6
1.2 Problema........................................................................................................6
2 OBJETIVOS........................................................................................................7
2.1 Objetivo Geral.................................................................................................7
2.2 Objetivo Específico..........................................................................................7
3 METODOLOGIA ................................................................................................8
3.1 Tipologia da pesquisa.....................................................................................8
3.2 Local................................................................................................................8
3.3 População.......................................................................................................8
3.4 Amostra...........................................................................................................8
3.5 Instrumentos....................................................................................................8
3.6 Coleta..............................................................................................................8
3.7 Análise.............................................................................................................8
3.8 Aspectos Éticos...............................................................................................8
3.9 Retornos aos Participantes
3.10 Resultados Esperados
4 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................9
4.1 Incidência e causas........................................................................................
4.2Etiologia
4.3 Os Déficits Sociais e de Comunicação
4.4 DSM-V Mudanças para desordens do espectro autista
4.5 História do Autismo
4.6 Epidemiologia
4.7 Fisiopatologia
4.8 Características da Modalidade: Natação Adaptada e Inclusiva
4.9 Natações x Autismo
5 CRONOGRAMA ..............................................................................................10
6 REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS ..............................................................11
1 INTRODUÇÃO
Nunca se soube tanto a respeito do Transtorno do Espectro Autista, distúrbio que
acomete uma em cada 68 crianças e que, aos poucos, começa a ser aceito sem os
velhos preconceitos (CUMINALE, 2017).
Segundo Greguol (2010), o autismo é um transtorno caracterizado pelas
manifestações em geral, até 30 meses de vida, que afeta o desenvolvimento global,
principalmente por distúrbios na comunicação, na interação social e no uso da
imaginação (tríade do autismo). Foi diagnosticado pela primeira vez em 1943 pelo
medico Leo Kenner e possui uma prevalência de cerca de quatro casos para 10.000
nascimentos, atingindo quatro vezes mais meninos do que meninas. As causas do
autismo ainda são desconhecidas, embora algumas pesquisas apontem para a
possibilidade de origem genética ou problema durante a gestação.
Considerando a multiplicidade de modelos, explicativos existentes para o autismo,
observa – se um esforço no inicio da década de 1980 para uniformizar esse
diagnostico quando ganham força os manuais de classificação CID-9 (OMS 1993) e
DSM – III ( APA,1980). Ocorre um censo maior de que o autismo é acometido em
três domínios principais: 1) interação social e empatia; 2) comunicação e
imaginação; e 3) flexibilidade cognitiva e comportamental.
Contudo, uma sequência de pesquisas subsequentes com base nesses critérios
mostrou a heterogeneidade presente do autismo, ou seja, havia muito menos
pessoas severamente afetadas em um ou todos os três domínios e alguns sujeitos
com habilidades superiores entre eles (SHIMIDT, 2016)
Segundo Shimidt, na mais recente classificação, no DSM – 5 (APA 2013), o autismo
pertence á categoria denominada transtornos de neurodesenvolvimento, recebendo
o nome de transtornos do espectro do autismo (TEA). Assim o TEA é definido como
um distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a
infância, apresentando déficit nas dimensões sociocomunicativa e comportamental.
Segundo Greguol (2010), ainda que as dificuldades impostas pelos problemas de
comunicação possam afetar de maneira significativa o desenvolvimento, a prática de
atividades físicas e esportivas pode ser considerada um fator de intervenção positivo
no sentido de minimizar eventuais atrasos e estabelecer oportunidades para
interações sociais. No entanto algumas medidas devem ser levadas em
considerações de forma a manter a segurança necessária.
De acordo com Fernandes e Costa (2016), a natação é um conjunto de atividades
motoras muito importantes que vai além de se deslocar no meio liquido, sendo
também uma atividade prazerosa, que traz consigo emoções em si mesmo, com o
outro e com a natureza.
A água pode ser considerada uma ferramenta de trabalho e é um elemento
terapêutico, sendo que nesse ambiente as pessoas com deficiência desenvolvem
sua coordenação motora com mais facilidade e liberdade, possibilitando o
deslocamento de forma independente (TSUTSUMI, et al,2004).
Trabalhar com alunos autistas de forma integrada ou em turmas numerosas é uma
tarefa nem sempre viável. Por possuírem comportamento muitas vezes lábil e
imprevisível e não demonstrarem cooperação em atividades em grupo, alunos
autistas em geral são acomodados em turmas menores ou ainda são atendidos em
sistema individual (GREGUOL, 2010).
Com a elaboração deste trabalho, pretende-se obter indicadores de execução em
aluno com Transtorno do Espectro Autista – TEA, através da prática da Natação, já
que o mesmo não é facilmente encontrado em pesquisas.
A natação é uma das atividades físicas que desenvolve um trabalho corporal
completo. Sendo assim, oferece possibilidades de estímulos e desenvolvimento
necessário à pessoa com Transtorno do Espectro Autista, além de todos os
benefícios motores, cognitivos e sociais.
Segundo Velas (2006, p.87) a natação se constitui numa das melhores praticas para
o desenvolvimento psicomotor, “não a natação pedagógica regular, realizada com
participantes do esporte, nem a competitiva para formar campeões, mas a que
valoriza a motricidade aquática, pondo em situação uma nova arquitetura
psicomotora.”
A pratica da natação contribui para a melhoria da qualidade de vida, através da
manutenção de uma boa saúde física e mental, proporcionando as crianças
portadoras de deficiência novas perspectivas de vida, devido as vantagens que esse
exercício proporciona como o treinamento do coração, o fortalecimento da
musculatura e a aprendizagem de novas habilidades. Destaca se a alegria e o
prazer que o contato com o meio liquido pode proporcionar ao individuo, além do
envolvimento com sentimentos, imaginação, valores, atitudes, aprendizagem,
tomada de decisão, liberdade, autodisciplina, entre outras coisas que levam a
natação a ser considerada um exercício completo ( ALVES, 2006; VELASCO, 2006).
Como então ensinar as crianças com autismo? Não existe uma resposta única.
Em primeiro lugar, é imprescindível que o diagnostico de certeza esteja
completamente definido pelo profissional da saúde. Com base em um
diagnostico, é necessário que haja uma customização do aprendizado. Cada
criança com autismo deve ser ensinada de um modo diferente. É importante
identificar qual é o foco de interesse de cada criança em particular, pois ele pode
ser o único canal entre o educador e o educando, em se tratando de autismo.
(SCHIMIDT, 2016).
Segundo Gilberto de Lima Garcias, o comprometimento mental dos afetados por
essa síndrome é variável, podendo ir desde uma dificuldade de aprendizado a
um retardo profundo (SCHIMIDT, 2016).
Segundo Mafra (2008), considerando que a criança com deficiência intelectual
apresenta dificuldades em assimilar conteúdos abstratos faz se necessário a
utilização de material pedagógico concreto, e de estratégias metodológicas
práticas para que esse aluno desenvolva suas habilidades cognitivas e para
facilitar a construção do conhecimento. Os jogos e brincadeiras são estratégias
metodológicas que apresentam as duas características acima citadas.
Proporcionam a aprendizagem através de materiais concretos e de atividades
práticas, onde a criança cria, reflete, analisa e interage com seus colegas e com
o professor.
1.1 Justificativa
Segundo SHIMIDT (2016), Rudimar Riesgo diz que toda criança é capaz de
aprender, ainda que nós não consigamos detectar seus progressos, principalmente
nos casos de autismo. Não existe a possibilidade de uma criança com autismo
“desaprender” o que já aprendeu, a menos que um transtorno desintegrativo da
infância, o que é extremamente raro (menos que 0,0004%, comparado com a
prevalência média de 1% de todos os TID). Em resumo, cada criança com autismo
só pode ser comparada consigo mesma, para quantificarmos seus progressos.
Ainda assim, muito provavelmente tenhamos que verificar se os nossos meios de
aferir os aprendizados são sensíveis o suficiente para avaliar os progressos dessas
crianças.
Segundo Orrú (2016), dar atenção ao interesse demonstrado pela criança, privilegiar
sua presença em ambientes sociais enriquecidos, crer e investir nas possibilidades
de aprendizagem de todas as crianças é oferecer a cada uma a chance de aprender
sobre suas próprias habilidades e como melhor desenvolve-las, sejam elas quais
forem e em que níveis se apresentarem. De igual modo, é ajuda-las a conhecer seus
campos de dificuldades que precisam ser trabalhados e superados. Priva-las disso é
corroborar para o diagnóstico universalista e do quadro de sintomas.
Este estudo proporcionará a ampliação dos recursos e as possibilidades de mais
atividades disponíveis para o portador de Transtorno do Espectro Autista - TEA,
através de aulas lúdicas, com a aplicação das atividades específicas voltadas para o
Nado Crawl, atividades orientadas dentro de suas capacidades, podendo ampliá-las
a cada dia, pois, as habilidades motoras nelas desenvolvidas, nos proporcionará
concluir o seu beneficio, e que crianças com Transtorno do Espectro Autista - TEA,
realizam a aprendizagem, mesmo com todas as limitações e dificuldades que o
próprio distúrbio os acomete.
Podemos citar como exemplo e inspiração o aluno I. de 14 anos de idade, do sexo
masculino, praticante há 2 anos, com os nados crawl e costas desenvolvidos.
A iniciação das Atividades Desportivas “Natação – Nado Crawl” em crianças com
Transtorno do Espectro Autista - TEA, será realizada e estudada.
1.2 Problema
3.1Tipologia da pesquisa
Trata - se de um estudo de caso de caráter descritivo e qualitativo de uma criança
sedentária, portadora do Transtorno do Espectro Autista em grau severo,
observacional, o não comparecimento de 90% as aulas, será um critério de
exclusão.
3.2 Local
Será realizado no estado de Minas Gerais, na região do Alto Paraopeba, na cidade
de Ouro Branco, onde existem três (03) escolas de natação, sendo elas: AEA –
Associação Esportiva do Alto Paraopeba, Vida Aquática e Performance Academia, a
qual foi escolhida para realizar esta presente pesquisa.
A Performance Academia, está situada na Av. Intendente Câmara, nº901, Bairro
Pioneiros, Ouro Branco, Minas Gerais.
3.3 População
A Performance Academia foi selecionada intencionalmente pela autora, devido a
mesma possuir uma infraestrutura e didática adaptada aos estudos presentes neste
trabalho.
A Performance Academia possuí atualmente 500 alunos entre praticantes de
Natação e Hidroginástica, dentre eles cinco (05) alunos com TEA, um (01) deficiente
auditivo, e demais síndromes/ distúrbios.
3.4 Amostra
O estudo de caso será realizado com um (01) um aluno A.O. V, nove (09) anos de
idade, do gênero masculino, residente na Cidade de Ouro Branco, com Transtorno
de Espectro Autista severo, pratica natação, três (03) vezes por semana em dias
alternados por de trinta (30) minutos, desde Janeiro de 2018.
3.5 Instrumentos
Anamnese para averiguar os dados pessoais do aluno, se tem algum tipo de
deficiência, desenvolvimento, controle esfincteriano e higiene, desenvolvimento
psicomotor, realidade hoje, sono, história clinica, manipulação e tiques, estimulação,
relaciona se bem com, brinquedos, chora nas brincadeiras, historia escolar,
sociabilidade, brincadeiras preferidas, antecedentes familiares e o método utilizado
será adaptada aos planos de aula padrão, o qual será utilizado uma ficha com as
imagens de cada atividade a ser executada, e essa mesma atividade será passada
também ao aluno, através de um vídeo de vídeo com a utilização do meio de
comunicação – Tablet. As atividades realizadas serão: posicionamento do corpo,
flutuação, deslize, respiração, pernada, remada, palmateio e o nado livre (crawl) e
com a aplicação de Pontos a Focar – Natação- Exercícios de Técnica para Melhoria
do Nado, de Ruben Guzman, verificar a pernada do nado livre em posição
hidrodinâmica sem respirar; pernada e respiração lateral do nado livre; nado livre
controlado sem respirar; nado livre controlado com os dois braços; nado livre
controlado com respiração alternada.
3.6 Coleta
Realizaremos a coleta de dados através da ANAMNESE , onde o objetivo é
averiguar quais as reais necessidades do aluno.
3.7 Análise
Analisar o nível de aprendizado do Nado Livre ( crawl), no período de dois meses,
com a aplicação de um treinamento adaptado e com a aplicação de Pontos a Focar
– Natação- Exercícios de Técnica para Melhoria do Nado, de Ruben Guzman, após
a coleta de dados, os mesmos serão apresentados em forma de gráficos e/ou
tabelas.
4.2 Etiologia
4.6 Epidemiologia
A prevalência das perturbações do Espectro Autista aumentou
consideravelmente desde a década de 1980 quando apenas as taxas do
autismo eram incluídas no diagnóstico. Nos vinte anos que se seguiram, esta
taxa aumentou de 5 para 72 casos por cada 10.000 crianças, tanto nos E.U.A
como na Europa, encontrando – se atualmente em cerca de 60 casos para as
PEA e 10 casos para o autismo em cada 10.000 crianças. Parte deste
aumento da prevalência resulta de uma melhoria na educação dos sintomas,
associada a uma maior e a um diagnostico mais preciso da doença.
(REGO,2012).
Estudos atuais demonstraram que o autismo ocorre igualmente em diferentes
grupos raciais, étnicos e sociais, mas existem três grupos distintos que
apresentam um risco mais elevado ocorrência PEA: masculino, sendo cerca
de quatro vezes mais afetado que o sexo feminino, os irmão de crianças com
PEA, sendo que as famílias com uma criança autista apresentam uma taxa
recorrência 2 a 8%, e ainda as pessoas com outros distúrbios do
desenvolvimento como sejamo atraso mental, a Esclerose Tuberosa e a
Síndrome do X Frágil.( REGO,2012)
4.7 Fisiopatologia
Durante algumas décadas, após a descrição de Leo Kanner, acreditou – se
que o autismo construía uma entidade psicogênica. Contudo, o
reconhecimento da sua associação ao atraso mental e a epilepsia iniciou a
suspeição de uma base orgânica. Influencias genética foram posteriormente
descritas, tendo - se documentado uma maior incidência de autismo em
irmãos de crianças afetadas por esta perturbação, nomeadamente em
gêmeos monozigóticos. Desde então tornou-se globalmente aceite a etiologia
biológica do autismo. (REGO,2012)
Complicações pré, peri e neonatais foram descritas em crianças autistas,
podendo, juntamente com a predisposição genética, conduzir ao
desenvolvimento desta síndrome.
Esta é uma forma de organização que começa a dar um norte ao aluno. Uma vez
gravada estas informações, o professor precisa tomar cuidado com mudanças
futuras. (SOUZA, 2018)
5 CRONOGRAMA
Atividades Fev Mar Abr Mai Jun Julh Ago Set Out Nov Dez
Pesquisa do
x
tema
Pesquisa
x x x x x
bibliográfica
Coleta de
dados (se for x x x x x
o caso)
Apresentação
e discussão x
de dados
Elaboração
X x X x
do trabalho
Entrega do
x x
trabalho
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PESSOA, Nataly; Espaço Autista: Critérios para o autismo no DSM – V, Junho, 2013
GORGATTI, Marcia; COSTA, Roberto; Atividade Física Adaptada, - Qualidade de
vida para pessoas com necessidades Especiais; cap.1; p.1; 2005