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LAGES
2018
MARIA KARINE GUASSELLI DE SOUZA
LAGES
2018
Resenha sobre o livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire
Nas Primeiras Palavras do livro Paulo Freire faz um convite para que o leitor
crítico interfira no texto incorporando novos elementos na análise. Ao justificar a
retomada de temas, utilizados em textos anteriores, Freire explica que o que faz não
é repetir o que ele já havia escrito, pois o seu próprio pensamento se transformou
levando a rever suas próprias reflexões, a partir de novos ângulos. Freire deixa
explicita a sua consciência de que todo conhecimento é inacabado, no sentido de
que é, um processo que se desenvolve continuamente, incorporando novos
elementos. Jamais deixando de questionar a si mesmo, essa visão freiriana parte da
ideia de que o próprio ser humano é um projeto ainda incluso.
Ensinar exige criticidade. Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos
move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos,
acrescentando a ele algo que fazemos. Sendo assim, temos o dever como
educadores de instigar esta curiosidade nos educandos, para que os mesmos
passem da curiosidade ingênua para a epistemológica.
Condenar a televisão como um todo deve estar fora do contexto, pois ainda é
a ferramenta mais utilizada pelos indivíduos da sociedade atual, mas quando nos
dispusermos á assistir temos que fazer de maneira crítica; vigiando o que
absorvemos desse meio de comunicação tão popular, mas formador de opinião e
muitas vezes devastador.
Ensinar exige querer bem aos educandos. Lido com gente e não com coisas.
O educador progressista precisa estar convencido como de suas conseqüências é o
de ser o seu trabalho uma especificidade humana. Por isso Freire destaca que o
professor deve sim, ajudar o aluno quando ele estiver passando por problemas,
desde que não prejudique o tempo de aula, porque quando o educador acolhe as
necessidades que o aluno está passando, ele não está sendo assistente social ou
psicólogo, ele está sendo humano, condição indispensável para um educador
progressista e emancipador.
Considera-se que neste livro ficou evidente o respeito, o diálogo e o amor que
todo educador deve dispor com seus educandos, no processo de ensinar e
aprender, a fim de formar um cidadão com autonomia e criticidade, capaz de superar
as dificuldades encontradas no caminho e transformar o mundo por meio do
conhecimento.
Referência