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CURSO ONLINE - GESTÃO POR COMPETÊNCIAS
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melhor escolha, como entrevistas e dinâmicas de grupo, as públicas ficam restritas a esse instrumento
legal, sob pena de serem questionadas judicialmente. No entanto, poderão valer-se de outros meios
para melhor alocação do candidato aprovado.
Apesar de muitas mudanças dependerem de legislação própria, com exemplo, o setor público
tem dificuldades de instituir formas de remuneração variável baseadas na expressão de competências
profissionais, isso não constitui entrave para que se atue, no setor público, por meio de outras fontes
legais, como concursos com áreas específicas de atuação, avaliação do perfil comportamental dos
aprovados para sua melhor alocação, ou ainda, ações de desenvolvimento profissional, promovendo
educação contínua e não apenas treinamentos pontuais - a educação ampla das pessoas é fundamental
nesse contexto, englobando o desenvolvimento das mesmas com foco em sua carreira profissional, e
não apenas no treinamento para as funções do cargo atual.
No que tange ao desligamento de colaboradores, restrições legais também devem ser
obedecidas. Apesar de o ordenamento jurídico prever que os servidores podem ser demitidos por
avaliação de desempenho insuficiente, essa ainda não é uma prática comum no setor público. Sendo
assim, o ideal é motivá-los, de tal forma que se sintam parte importante no processo e desejem
atingir um melhor desempenho no trabalho. Afinal de contas, prever prazos, controles, orçamentos e
indicar responsáveis para as atividades fazem parte de um planejamento indispensável tanto na
gestão privada como na pública.
A fim de obter resultados positivos, a área de gestão de pessoas deve procurar manter um clima
positivo e profissional na organização, através de práticas de planejamento, gerenciamento, avaliação
e recompensas, que conciliem os interesses individuais com os objetivos estratégicos do negócio
público. Deve-se buscar um direcionamento para resultados nos níveis individual e organizacional,
além de preservar a correta e eficaz gestão do bem público.
No setor público, portanto, o papel da área de gestão de pessoas, no contexto da gestão de
competências, deve ser o de facilitar o desenvolvimento das competências individuais e
conseqüentes entregas, para a implementação da estratégia escolhida, sempre de acordo com o bem
maior, que é o interesse público.
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Diante das profundas e rápidas transformações, que trouxeram maior complexidade nas
relações de trabalho, percebeu-se que para o sucesso das organizações não bastava um profissional
com conhecimento e habilidades para desenvolver suas atribuições com eficiência, mas de um
profissional eficaz, que aceitasse assumir riscos e responsabilidades, contribuindo para o alcance das
metas e resultados. A partir de então, variáveis como as atitudes e aspectos comportamentais são
fortemente valorizados, como fatores determinantes no conceito de competência.
Rabaglio (2001, p.8), define por Competência “um conjunto de conhecimentos, habilidades,
atitudes e comportamentos que permitem ao indivíduo desempenhar com eficácia determinadas
tarefas em qualquer situação”. Para Carbone, et al, (2006) a competência não é somente o conjunto
de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para exercer determinada atividade, mas
também o desempenho expresso em comportamentos e realizações decorrentes da aplicação deste
conjunto.
Dutra (2002), falando da evolução do conceito de competência utilizado pelas empresas,
afirma que alguns autores como Mcclelland et al (1972) e Boyatzis (1982), trabalham com o conceito
de conjunto de qualificações que a pessoa possui para executar um trabalho com um nível superior
de performance e Parry (1996), também citado pelo autor, acrescenta que o cluster de
conhecimentos, habilidades e atitudes, possam ser medidos contra parâmetros “bem-aceitos”. Dutra
(2002) afirma que esse significado de competência foi contestado por outros autores como Le Boterf;
Zarifian; e Jaques, vez de que a pessoa deter as qualificações necessárias para um trabalho não
assegura que irá entregar o que lhe é determinado, sendo que para Le Boterf (apud Dutra, 2002,
p.23) “a competência não é um estado ou um conhecimento que se tem à resultado de treinamento. É
na verdade, colocar em prática, em determinado contexto, o que se sabe”. Contexto, por exemplo:
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relações de trabalho, cultura da empresa, limitações de tempo e recursos etc. Portanto, saber ser e
saber mobilizar conhecimentos em diferentes contextos significa que há competências em ação.
Diversos autores procuram pensar a competência como a interação dessas duas linhas. Então,
para Dutra (2002), competência pode ser vista como a capacidade de entrega da pessoa de acordo
com a complexidade de suas atividades e, também, como o conjunto de qualificações
(conhecimentos, habilidades, atitudes e experiências) que a pessoa possui para entregar ou que
possibilitam um desempenho superior em uma determinada posição.
O quadro acima mostra que uma competência resulta da mobilização, por parte do indivíduo,
de uma combinação de recursos e insumos. E a pessoa expressa a competência quando gera um
resultado no trabalho, decorrente da aplicação conjunta de conhecimentos, habilidades e atitudes – os
três recursos ou dimensões da competência.
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Tipologias de competências
- Competências essenciais (core competences): São as competências básicas e fundamentais
para o sucesso da organização em relação aos seus clientes e concorrentes. Aquilo que a organização
sabe fazer de melhor.
- Competências de gestão: Competências relacionadas com a gestão de recursos: financeiros,
comerciais, produtivos, etc.
- Competências Organizacionais: Corresponde ao modus vivendi da organização, à sua
cultura corporativa, como a organização se estrutura e organiza para realizar o trabalho
organizacional.
- Competências individuais/pessoais/humanas ou profissionais: São as competências que
cada indivíduo aprende e desenvolve em suas atividades pessoais na organização.
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- Transitórias - embora essenciais em momentos críticos de transição, podem ser necessárias por um
determinado momento.
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Em seguida, em razão dos objetivos estratégicos estabelecidos, seria possível (2) definir
indicadores de desempenho no nível corporativo e metas, assim como (3) identificar as
competências necessárias para concretizar o desempenho esperado.
Em seguida, realiza-se o diagnóstico ou (4) mapeamento das (competências
organizacionais e humanas), ou seja, identifica-se o gap, ou lacuna, existente entre as
competências necessárias ao alcance do desempenho esperado e as competências já disponíveis
na organização.
Uma vez identificado o gap, ou lacuna de conhecimentos, é fundamental, (5) realizar o
planejamento de ações, captação e desenvolvimento de competências que permitam a
organização minimizar essa lacuna.
É fundamental, portanto, realizar periodicamente o mapeamento e planejar a captação
(através de Recrutamento e Seleção externa) e o desenvolvimento de competências (por meio da
aprendizagem, seja ela individual ou coletiva, natural ou induzida).
Segundo Brandão e colaboradores (2001), “essas etapas permitiriam a formulação de planos
operacionais e de gestão e dos respectivos indicadores de desempenho e de remuneração de equipes
e indivíduos”.
Finalmente, há uma etapa de (6) acompanhamento e avaliação, que funciona como
mecanismo de feedback, ou retroalimentação, dentro de uma abordagem sistêmica, à medida que os
resultados alcançados são comparados com aqueles que eram esperados.
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Modelo de Gestão por Competências sugerido por Tenaga (1998) apud Brandão e Guimarães
(2001), ilustra os passos para este modelo: inicialmente, busca-se identificar as lacunas de
competências da organização, estabelecendo os objetivos e metas a serem alcançados, de acordo com
as propostas estratégicas da organização; posteriormente identifica-se a distância entre as
competências atuais e as necessárias; após a identificação, a organização deve priorizar o
planejamento, a seleção, o desenvolvimento e a avaliação de competências, minimizando a referida
lacuna, o que implica em utilizar os diversos subsistemas de recursos humanos, como, recrutamento
e seleção, treinamento e avaliação de desempenho.
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FRANÇA, Ana Cristina Limongi.. Práticas de Recursos Humanos – PRH: conceitos, ferramentas e
procedimentos. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2010
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De acordo com Brandão e Guimarães (2001) e Pedro Paulo Carbone (2006) a gestão por
competência trata-se de um processo contínuo, que tem como etapa inicial a (1) formulação da
estratégia da organização, oportunidade em que são definidos sua missão, sua visão de futuro e seus
objetivos estratégicos. Em seguida, em razão dos objetivos estratégicos estabelecidos, seria possível
(2) definir indicadores de desempenho no nível corporativo e metas, assim como (3) identificar as
competências necessárias para concretizar o desempenho esperado. Em seguida, realiza-se o
diagnóstico ou (4) mapeamento das (competências organizacionais e humanas), ou seja, identifica-se
o gap, ou lacuna, existente entre as competências necessárias ao alcance do desempenho esperado e
as competências já disponíveis na organização. Uma vez identificado o gap, ou lacuna de
conhecimentos, é fundamental, (5) realizar o planejamento de ações, captação e desenvolvimento de
competências que permitam a organização minimizar essa lacuna. Segundo Brandão e colaboradores
(2001), “essas etapas permitiriam a formulação de planos operacionais e de gestão e dos respectivos
indicadores de desempenho e de remuneração de equipes e indivíduos”.
Finalmente, há uma etapa de (6) acompanhamento e avaliação, que funciona como mecanismo de
feedback, ou retroalimentação, dentro de uma abordagem sistêmica, à medida que os resultados
alcançados são comparados com aqueles que eram esperados.
- CARBONE, Pedro Paulo; BRANDÃO, Hugo. P; LEITE, João B.D; VILHENA, Rosa M.P. Gestão
por competências e gestão do Conhecimento. 2 edição. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
- GUIMARÃES, Tomás de Aquino; BRUNO FARIA, Maria de Fátima; Brandão, Hugo Pena.
Aspectos metodológicos do diagnóstico de competências em organizações. In: BORGES
ANDRADE, Jairo Eduardo; ABBAD, Gardênia Silva; MOURÃO, Luciana (Orgs.) Treinamento,
desenvolvimento e educação em organizações e trabalho, 2006, cap. 11 p. 216 – 230.
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2. (FCC - 2012 - TRE CE - Analista judiciário psicologia) A gestão por competências permite a implantação
de processos que objetivam estimular e criar condições para o desenvolvimento das pessoas, principalmente
pela possibilidade de definir o desenvolvimento profissional, como a capacidade
(A) para assumir atribuições e responsabilidades em níveis crescentes de complexidade.
(B) individual de gerenciar sua própria carreira de forma ascendente.
(C) de executar com excelência as atribuições do cargo.
(D) de aprendizagem, que possibilita uma formação acadêmica sólida e abrangente.
(E) de atingir objetivos estratégicos para a organização, elevando sempre e continuamente o nível de
produção.
3. (FCC - 2011 - TRF1 - Analista Judiciário Administrativo) Gestão estratégica por competências implica
(A) mapear as competências técnicas dos funcionários e realocar cada um de acordo com sua
especialização.
(B) focar o planejamento estratégico da organização na melhoria do comportamento dos funcionários frente
aos desafios da globalização.
(C) integrar ao planejamento da organização os conhecimentos, as habilidades e as atitudes necessárias à
realização das suas metas.
(D) adequar a política de remuneração da organização ao nível de competência formal dos funcionários, de
acordo com o mercado.
(E) incorporar ao planejamento estratégico da organização as competências das organizações parceiras com
foco na missão principal.
6.(FCC - 2009 – PGE - RJ - Técnico Superior Administrador) A gestão por competências, alternativa aos
modelos gerenciais tradicionalmente utilizados, constitui um processo contínuo que tem como etapa inicial
(A) a implementação de instrumentos de gestão do desempenho.
(B) a formulação da estratégia organizacional.
(C) a definição de indicadores de desempenho no nível corporativo.
(D) a identificação do seu gap ou lacuna de competências.
(E) o planejamento de ações para captar e desenvolver as competências necessárias.
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