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A CULTURA DO
BRINCAR E A INFÂNCIA
O brincar e os
usos do brincar
1
Peter K. Smith
TIPOS DO BRINCAR
Com início nas décadas de 1920 e 1930, o etos do brincar tem mantido
uma continuada influência sobre a educação dos primeiros anos. Autores
como Singer e Smilansky argumentaram que o brincar traz grandes benefí-
cios cognitivos ou sociais; embora os textos de Piaget sejam mais ambivalen-
tes sobre essa questão, muitas vezes foram reinterpretados como apoiando
esses argumentos. O resultado foi a ênfase no respeito pelo brincar espon-
tâneo da criança – e pelas suas iniciativas – e não pela estruturação ou dire-
ção do brincar proporcionadas pelo adulto.
Surpreendentemente, não existem muitas evidências sólidas confir-
mando essa visão positiva do brincar espontâneo. Alguns estudos experi-
mentais da década de 1970 realmente parecem apontar para a superioridade
do brincar livre em relação a atividades estruturadas de tarefas de solução de
problemas, mas métodos quantitativos mostraram, posteriormente, que
esses estudos não eram válidos (Smith, 1988). Eles não representavam ade-
quadamente a natureza real do brincar espontâneo e foram freqüentemente
distorcidos pelos “efeitos do experimentador”. Evidências mais válidas são
encontradas em estudos de tutoramento do brincar, embora comprovações
mais recentes indiquem conclusões mistas (Smith, 1988). Muitos educado-
res e psicólogos infantis continuam divididos e inseguros a respeito da im-
portância do brincar espontâneo no desenvolvimento e a respeito do papel
do adulto. Embora o “etos do brincar” continue influente, houve um certo
retorno a atividades curriculares mais estruturadas na Europa Ocidental,
especialmente desde o advento do Currículo Nacional com o Education Re-
form Act de 1988, no Reino Unido
removido depois que a criança dominou aquela tarefa específica. Alguns as-
pectos do scaffolding são:
• dirigir a atenção da criança para aspectos relevantes da situação;
• ajudar a criança a dividir a tarefa em uma seqüência de tarefas me-
nores que ela é capaz de manejar;
• ajudar a criança a executar corretamente a seqüência de passos.
AFIRMAÇÃO FINAL