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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL – SENAC

BRUNA LARISSA ALVES DE LIMA MONTEIRO

ACIDENTE OFIDICO
Fisiopatologia

Rio Branco
2017
INTRODUÇÃO

É chamado de acidente ofídico ao quadro tóxico desencadeado pela inoculação de veneno


através da mordida de serpentes venenosas.
O veneno é qualquer substância que conforme suas propriedades químicas, aplicadas ou
inoculadas (intradérmico, subcutâneo, intramuscular, intravascular) no organismo humano em
doses mínimas, é capaz de produzir condições importantes (neurotóxicas, hemolítica,
coagulante) e inclusive a morte.
É importante diferenciar cobras não venenosas como as jiboias que são ovíparas e tendem ser
aquáticas e terrestres, pelo contrário as serpentes venenosas ou ovovivíparas, têm uma cabeça
triangular, pupilas que se verticalizam com a luz, além de possuir um órgão termossensível que
detecta radiações de calor, localizadas no focinho entre o nariz e os dois olhos; entre os quais
temos Crotalus durissus, Micrurus corallinus, frontalis, pyrrhocryptus, Bothrops alternatus que
geralmente são de hábito terrestre. Uma característica relevante é que a serpente usa uma parte
de seu veneno em cada mordida, o que indica estar em relação com sua irritação e o tamanho
de seu atacante ou presa.
Entre as principais manifestações de intoxicação sistêmica causados por ofídicos encontram-se
a gingivorragia, hipotensão e hematúria macroscópica.
As alterações hemodinâmicas que normalmente causam esse tipo de acidentes incluem:
hemorragias, choque hipovolêmico, distúrbios de coagulação e distúrbios renais; sem tratamento
oportuno e precoce dão origem a complicações graves, como choque, coagulação intravascular
disseminada, insuficiência renal, superinfecção, e inclusive a morte.
DESENVOLVIMENTO

Veneno: "é qualquer substância que, em função de suas propriedades químicas, aplicadas ou
introduzidas no corpo a baixas doses, é capaz de causar morte ou prejudicar a saúde ".
De acordo com seus efeitos fisiopatológicos, os venenos das cobras americanas são divididos
em 3 grandes grupos:
Essencialmente neurotóxico
Como os da Cobra coral (Elapidae - Micrurus).
Ao morder um coral, ele deixa a marca dos dentes separados por 3 a 8 milímetros, sem edema
local, apenas leve sensação de queimação localizada em pequenos lugares, como nas polpas
dos dedos, dobras interdigitais, tendão de Aquiles e borda externa dos pés.
Quando inoculado, o veneno se espalha rapidamente através dos tecidos do sistema linfático e
especialmente pela rede vascular perineural, com apenas a fração neurotóxico, que atinge o
Sistema Nervoso Central, medula e cérebro, numa forma precoce.
Se a mordida de cobra de Micrurus não for tratada de forma específica, entre 5 e 30 minutos
começam os distúrbios reflexos com diplopia, ptose palpebral e dificuldade na pronunciação das
palavras pela desregulamentação dos centros do cérebro.
Às vezes o quadro é acompanhado por sensações parestesicas que seguem a rota do veneno.
A primeira paralisia é leve, com fácies inexpressivas, e aos 60 minutos já está praticamente
instalado o veneno, chegando a um problema maior do sistema nervoso periférico com
movimentos das abas nasais e dificuldade em respirar, taquicardia, sialorréia, disfagia marcada.
São adicionadas crises vegetativas com transpiração abundante e palidez.
O quadro continua com a tendência do coma, hipotermia e ausência total da função dos nervos
cranianos e nervos periféricos seguido de morte entre 3 e 10 horas por paralisia completa, ao
qual é adicionada a falta de função dos centros cerebrais cardiorrespiratórios.
O veneno elapídico se liga aos tecidos em 3 até 4 horas, após o qual o soro específico perde a
eficácia.
Neurotoxicos e hemolítico
Tiipificado pela cascavel de América do Sul (Crótalus terrificus).
Ao morder deixa a impressão de seus dentes separados entre si até 2 centímetros com leve
edema cor-de-rosa local, que não progride. O veneno é rapidamente difundido através do sistema
linfático e pela rede perineural vascular, chegando rapidamente aos centros nervosos cerebelares
com a fração neurotóxica atuando numa fase inicial, e subsequentemente a fração hemolítica no
sangue circulante.
Aos 15 minutos, há fortes dor com sensações de parestesias com tendência à generalização,
formigamento nos lábios, ponta do nariz e queixo, tonturas e visão turva acompanhado de vômitos
e dor de cabeça, deixando então uma sensação de sono.
Existe ataxia devido a tonturas, com pressão arterial normal, manifestação de distúrbios
neurovegetativos com transpiração profusa, palidez, sede intensa iniciando paresia por bloqueio
mioneural, desde o local da mordida para o resto do corpo e diminuindo ao mesmo tempo a
parestesia e dor.
Aparece mioclonia com trismo, depressão sensorial com tendência a sono alternando com
episódios de excitação, chegando logo ao coma e à morte às 6 a 8 horas de evolução por falha
cardíaca, ainda antes do aparecimento de distúrbios renais.
Se o quadro continuar, atua a fração hemolítica. A hemoglobina livre produzida por uma hemólise
intensa desencadeia um processo alteração do nefro distal, com hemoglobinúria, depois oligúria
e anúria. A insuficiência está completamente instalada nas 8 a 10 horas. Não há sangramento
observado em qualquer tecido ou órgão.
O veneno é fixado completamente entre 2 e 6 horas da mordida.
Mionecrotica, shock, hemorrágica e anticoagulantes
Incluindo o gênero Bothrops.
O veneno de jararaca tem três ações fundamentais:

1. Inflamação aguda (necrotizante),


2. Coagulante
3. Vasculotoxica

Provoca efeitos locais e sistêmicos nas vítimas.


As impressões são freqüentemente observadas dos dentes na pele. No local da inoculação
ocorrem danos imediatos nos tecidos com equimoses, hemorragia e edema O veneno, através
da ação conjunta de proteases e fatores pro-coagulantes, por ação diretamente sobre os tecidos
e alterações drásticas da microcirculação, causa necrose isquêmica. A mionecrose ocorre
através da ação miotoxica de fosfolipases com atividade enzimática (D49) e miotoxinas (K49).
As metaloprotease (hemorraginas, enzimas principais no veneno das jararacas) hidrolisam a
matriz extracelular e causam a rexe celular resultando em lise dos tecidos vasculares que como
consequência terminam causando hemorragias.
O edema local é um sinal patognomônico e é devido à ação direta do veneno nos micro-vasos,
aumentando a permeabilidade de capilares e vênulas.
O veneno contém várias proteínas (com atividade coagulante, anticoagulante, proteinases
fibrinolíticas, ativadores e inibidores plaquetares) que alteram o sistema de coagulação-
anticoagulação.
Através dos fatores X, V e outros, e/ou atividade de tipo trombina, causa a ativação do Fator I
(trombina símile) que leva a coagulação do sangue e vai desencadeando paradoxalmente um
efeito anticoagulante pelo consumo, dando resultando em um quadro final de coagulação
intravascular disseminada (CID).
Dentro das principais manifestações de envenenamento sistêmico encontram-se gengivorragia,
hipotensão e hematúria macroscópica.
As alterações hemodinâmicas incluem: hemorragias, choque hipovolêmico, distúrbios da
coagulação e alterações renais inclusive a falha renal aguda.
Foram descritas as seguintes complicações graves: choque, CID, insuficiência renal, sobre
infecção e síndrome compartimental.

.
CONCLUSÃO

A educação em saúde assume um valor fundamental; é primordial a difusão de conselhos


preventivos que possam reduzir as probabilidades de ser mordido por um animal peçonhento
venenoso. Principalmente no Brasil que apresenta um índice epidemiológico grande com respeito
a acidentes ofídicos por animais venenosos.
A pesar de que o reconhecimento das espécies se torna um pouco complicada na hora do
acidente é importante que pelo menos sejam identificadas as características do animal, e seja
qual for não duvidar em procurar atendimento médico já que os riscos de que o veneno das
serpentes venosas é muito alarmante e que podem levar ao óbito em questão de horas.

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