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Capítulo VII – Energia Solar

CAPÍTULO VII
ENERGIA SOLAR

7.1 - Introdução

A maior parte das formas de vida conhecidas no planeta é mantida pela radiação solar, direta
ou indireta, atenuada pela atmosfera e pela água dos oceanos e mares. O Sol é também a fonte
primária de energia que sustenta a maior parte das outras fontes conhecidas, como os ventos, as ondas,
a maré e os rios e, de forma menos direta a biomassa, etc. Fontes de energia como a nuclear e a
geotérmica são as exceções mais conhecidas à origem solar das fontes de energia.

Figura 7.1 – Aproveitamento energético.

O grande atrativo no uso da energia solar é, evidentemente, o fato de ela ser inesgotável. Além
disso, ela é abundante, confiável, contínua e não poluente. Sua captação ao nível do solo, entretanto,
depende dos movimentos da Terra e das condições atmosféricas. Isso lhe confere um caráter
periódico, dependente das estações do ano e do ciclo dia-noite, e intermitente, dependente
principalmente da cobertura de nuvens.
Outro problema no aproveitamento da energia solar é sua natural diluição ao nível da
superfície terrestre, independente da influência da atmosfera. O fluxo de radiação solar numa
superfície plana, perpendicular à direção dos raios solares e situada fora da atmosfera é de 1.381W/m2

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aproximadamente. Este valor é conhecido como constante solar e sofre pequenas influências da
distância Terra-Sol, da atividade solar e de outros fatores menos relevantes. Num dia de atenuação
atmosférica mínima, isto é com céu claro e ar sem poluentes, a absorção e a reflexão de energia se dão
apenas pelos constituintes atmosféricos normais. Neste caso, o fluxo de radiação solar cai para algo
em torno de 948 W/m2 ao nível médio do mar. Este valor pode ser drasticamente reduzido pela
presença de nuvens, chuva, gelo e poluentes em suspensão na atmosfera. A despeito do que foi dito,
contudo, não se deve perder de vista que a energia solar total disponível ao nível médio do mar supera
em muitas vezes a demanda energética atual do planeta.

Figura 7.2 – Radiação Solar.

O uso da radiação solar para a produção de energia elétrica tem sido considerado seriamente
nas últimas décadas. Existem atualmente dois modos básicos de pelos quais a energia solar pode ser
convertida em energia elétrica. Eles são a conversão térmica e a conversão fotovoltaica.

Figura 7.3 – Obtenção de energia através da radiação solar direta.

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Na conversão térmica, a radiação solar é absorvida numa superfície e convertida em calor, que
pode ser aproveitado de diversas formas. Duas são mais conhecidas atualmente. Na primeira, as
figuras 7.4, 7.5 e 7.7, o calor é injetado num ciclo termodinâmico a vapor e posteriormente
transformado em trabalho numa turbina a vapor. Na outra, figura 7.6, ele é diretamente utilizado para
aquecer o ar, criando correntes de convecção que movimentarão uma turbina eólica. Na conversão
fotovoltaica a radiação solar é diretamente convertida por materiais especiais.

7.2 – Conversão Térmica

Nas centrais que utilizam conversão térmica, a energia solar é captada em coletores e dirigida
a receptores que contém o fluido de trabalho, geralmente água. Estas centrais podem ser classificadas,
conforme o tipo de receptor, em:
 Centrais com receptor central;
 Centrais com coletor-receptor;
 Centrais com receptores distribuídos.

Nas centrais com receptor central, os coletores são espelhos, chamados helioestatos, que rastreiam
o Sol e direcionam a radiação refletida para um equipamento central, o receptor. A figura 7.4 ilustra o
conceito através da Central Solar One, na Califórnia, EUA, com cerca de 1.800 coletores focados
numa torre de aproximadamente 100 m de altura. A potência instalada é de 10 MW e o fluido de
trabalho é água. A central Solar Two, figura 7.5, também na Califórnia, entrou em operação em 1995
e utiliza um sal líquido como fluido de trabalho.

Nas centrais com coletor-receptor, o coletor e o receptor são, como o nome indica, um mesmo
elemento, figura 7.6. O ar é aquecido pela radiação solar num coletor em formato de estufa e eleva-se,
por convecção natural, saindo por uma torre vertical. O movimento do ar impulsiona uma turbina
eólica convencional, localizada na seção de transição entre o coletor e a torre. Atualmente o único
exemplo de uma central deste tipo é o projeto Australiano Solar Tower, com entrada em operação
prevista para 2005. O coletor deverá ter 5 km de diâmetro, teto inclinado feito de material
transparente, uma torre de concreto de 1 km de altura e deverá gerar 200 MW.O projeto prevê o uso
de 32 turbinas eólicas de 6,5MW. Está prevista a construção de outras quatro centrais até 2010.

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Figura 7.4 - Central Solar One, na Califórnia.

Figura 7.5 - Central Solar Two, mostrando detalhe da torre.

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Figura – 7.6 Esquema e concepção artística do projeto Solar Tower.

Nas centrais com receptores distribuídos, os coletores direcionam a radiação para um receptor
próprio. Os receptores podem ser do tipo foco em ponto ou foco em linha. A figura 7.7 mostra os dois
tipos. Os dois coletores foco em ponto, figura 7.7 esquerda, mostrados são denominados Mod1 e
Mod2 e pertencem ao laboratório de testes Sandia’s National Solar Thermal, localizado em
Albuquerque, EUA. Ele constitui um sistema híbrido, composto por um coletor solar acoplado a um
motor de ciclo Stirling. Neste caso, percebe-se que não só a recepção é distribuída com também o é a
geração de potência.

Figura 7.7 - Receptores distribuídos dos tipos foco em ponto (esq.) e foco em linha (dir.)

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7.3 - Conversão fotovoltaica

O efeito fotovoltaico começou a ser pesquisado em 1954 por cientistas da área espacial que
buscavam uma forma eficiente de fornecer energia aos equipamentos dos satélites colocados em
órbita. Desde então a energia solar fotovoltaica tem se desenvolvido de forma espetacular e se faz
cada vez mais presente em regiões onde a rede elétrica convencional não chega.

O princípio de funcionamento é simples na essência: Alguns materiais, principalmente o silício


cristalino apropriadamente processado, quando expostos à luz geram eletricidade. Em uma placa
várias células solares feitas sobre lâminas delgadas de silício cristalino são interconectadas
apropriadamente para se obter a tensão e corrente desejadas. Ao ser exposta à luz, a placa irá produzir
eletricidade em corrente contínua que pode ser usada diretamente ou armazenada em baterias para uso
posterior. A quantidade de energia elétrica produzida será proporcional ao tamanho da placa e à
luminosidade existente.

As células solares fotovoltaicas convencionais são obtidas através da união de duas regiões p e
n de um cristal semicondutor, com condutividades distintas (figura 7.8). Quando a luz do Sol incide
sobre esses materiais semicondutores, os fótons, ao energizar os elétrons da camada n, fazem com que
estes e as lacunas criadas (as quais são caracterizadas como cargas positivas) se movimentem em
direções opostas gerando um campo elétrico e consequentemente uma corrente elétrica no
semicondutor capaz de circular pelo circuito externo, e liberar a energia cedida pelos fótons ao criar-
se os pares elétron-lacunas.

Assim, ao iluminar uma célula solar fotovoltaica que se encontra conectada em uma carga
externa, como está indicado na figura 7.8, produzirá uma diferença de potencial na carga acarretando
uma circulação de corrente que sai para o circuito externo pelo terminal positivo e volta para a célula
pelo terminal negativo.

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Figura 7.8 - Estrutura de uma célula de silício convencional

As células FV produzem baixas correntes e tensões e, por isso, são usualmente montadas em
painéis contendo muitas unidades. Os arranjos de células contêm tipicamente 36 unidades. Os painéis
são geralmente agrupados em conjuntos, formando as centrais, usadas para gerar eletricidade para
domicílios, fazendas, hospitais,edifícios,etc. Ainda que os painéis solares possam ser utilizados para
gerar eletricidade para a malha nacional,sua aplicação mais normal é para consumidores pequenos e
isolados.

Figura 7.9 – Central de Serre-Salerno, na Itália.

A maior central FV de que se tem notícia localiza-se em Serre-Salerno, Itália, figura 7.9, com
potência instalada de 3,3 MW. A central consiste de dez partes separadas, cada uma com potência de
330 KW. Cada uma das unidades inclui seu próprio conversor DC/AC e um transformador. A central
entrou em operação no ano de 1990 e está conectada à rede pública.

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7.4 – Projeto de um Sistema Solar Fotovoltaico

A eletricidade é uma das formas de energia mais versáteis e que melhor se adapta às
necessidades da civilização no mundo atual. Sua utilização está tão estendida que dificilmente se
concebe uma sociedade tecnologicamente avançada que não faça uso dela em larga escala. Pode-se
dizer que todo o parque tecnológico, exceção feita em grande medida ao transporte, está baseado em
eletricidade. No contexto mundial, a estrutura energética atual de geração de eletricidade está
essencialmente baseada no consumo massivo de combustíveis não renováveis, o que conduz
inevitavelmente, a um esgotamento das reservas e supõe uma ameaça real ao meio ambiente,
manifestando-se principalmente através da acidificação do ciclo da água, do provável aquecimento
global do Planeta e de outros problemas relacionados com a saúde dos seres vivos. Passando-se ao
caso brasileiro, a situação é menos preocupante devido ao peso da hidroeletricidade na matriz
energética nacional que é de cerca de 90%. Por outro lado, os grandes empreendimentos
hidroelétricos têm provocado enormes transtornos ambientais, não somente no alagamento de terras
como também com as linhas de transmissão e de distribuição, com conseqüências devastadoras para
as populações atingidas, provocando perdas patrimoniais, culturais, de identidade e a própria
desestruturação das comunidades.

Tendo em vista ainda os fins para os quais muitos dos grandes empreendimentos hidroelétricos
foram construídos, o paradoxo vai mais além e têm-se no Brasil inúmeros casos nos quais as linhas de
transmissão passam por centenas de quilômetros de terras habitadas, nas quais seus moradores não
têm eletricidade em suas propriedades. Outro problema relacionado com o acesso a energia elétrica,
são os decorrentes das grandes distâncias existentes no território nacional. Os altos custos de
distribuição aliados muitas vezes ao baixo consumo por ligação em comunidades isoladas, tornam
estas populações pouco atraentes aos investimentos privados.

Em vista disso, torna-se necessário buscar soluções energéticas de geração autônoma para as
populações isoladas, visando promover o acesso à energia elétrica a toda a população, indistintamente
de sua condição econômica ou localização geográfica. E estas soluções serão tanto melhores, quanto
mais baratas e menos prejudiciais para o ambiente.

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CENÁRIO MUNDIAL 2006 CENÁRIO BRASILEIRO 2006

População Total 6,5 bilhões População Total 185 milhões

População sem Energia Elétrica 2 bilhões População sem Energia Elétrica 9 milhões
Perspectiva da população total mundial e brasileira para o ano de 2050
Mundo Brasil
Perspectiva Para 2050 9,2 bilhões Perspectiva Para 2050 235 milhões
Tabela 7.1 - Cenário mundial e brasileiro do ano 2006 e para o ano de 2050

7.4.1 – Vantagens da Energia Solar Fotovoltaica

A Energia Solar apresenta inúmeras vantagens, principalmente em países como o Brasil, onde
o Sol está presente o dia todo, na maioria das regiões:

 É uma energia limpa, pois não gera nenhum tipo de poluição;


 Instalação muito simples, não necessitando assistência técnica;
 Mínima manutenção, pois não há desgaste dos módulos ou placas solares;
 Vida útil dos módulos comprovadamente superior a 25 anos;
 Não consome combustível;
 Permite sua auto-suficiência energética;
 Sem conta de luz, o Sol é grátis!

7.4.2 – Aplicações

Graças á sua modularidade, portabilidade e simplicidade de instalação, a Energia Solar pode


ainda ser aplicada a diversas outras áreas de atividade:

 Repetidoras remotas de rádio e TV;


 Telefonia Celular convencional ou por satélite (Iridium ou Globalstar);
 Camping, motor-homes e barcos de passeio;
 Dessalinização de água;
 Iluminação pública;
 Sinalização marítima;
 Abastecimento de campos avançados militares e científicos;
 Até robôs em Marte.

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7.4.3 – Módulo Fotovoltáico

Para obter uma tensão de saída adequada, as células fotovoltaicas são conectadas em série para
formar o módulo fotovoltaico. Como sistemas fotovoltaicos são comumente operados com valores
próximos de 12 V, os módulos são normalmente projetados para uma operação ótima neste valor, pois
estes são apropriados para a carga de baterias em sistemas autônomos, que possuem este valor de
tensão. A meta do projeto é conectar um número suficiente de células em série para manter VM com
uma confortável variação de tensão do sistema para as condições médias de insolação. Se isso for
feito, a potência de saída do módulo pode ser mantida bem próximo do máximo. Isto significa que
abaixo das condições de insolação total, VM deve estar aproximadamente entre 16 e 18 V. Como VM é
normalmente cerca de 80% de VOC, sugere-se projetar o módulo com um VOC de aproximadamente 20
V. Como as células de silício monocristalino possuem tensão de circuito aberto variando de 0,5 a 0,6
V, os módulos devem consistir de 33 a 36 células conectadas em série. A figura 7.10 mostra como as
células são configuradas no módulo, e como os módulos são conectados para formar um sistema. Os
módulos podem ter pequena potência de saída, como poucos watts, dependendo da necessidade de
aplicação, até mais de 300 W.

Figura 7.10 – Célula, módulo e conjunto fotovoltaico

As figuras 7.11 e 7.12 apresentam as características físicas de uma placa solar fotovoltaica de
70W.

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Figura 7.11 – Características físicas de um módulo fotovoltaico de 70W de pico. Fonte: Heliodinâmica

Figura 7.12 – Características físicas e elétricas do módulo fotovoltaico. Fonte: Heliodinâmica.

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7.4.4 – Sistema Fotovoltaico

Um sistema fotovoltaico típico para 12 Vcc é composto de alguns elementos básicos, como
mostra a figura 7.13:

Figura 7.13 – Sistema fotovoltaico típico. Fonte: Heliodinâmica

Onde:
A - Placa solar: transforma a luz solar em eletricidade;
B – Bateria;
C - Equipamento 12V a ser energizado.

Um sistema fotovoltaico mais sofisticado para 110 ou 220 Vca é apresentado na figura 7.14.

Figura 7.14 – Sistema fotovoltaico usado para cargas 110 ou 220 Vca. Fonte: Heliodinâmica.

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Onde:
A. Uma ou mais placas solares;
B. Regulador de carga: evita sobrecarga ou descarga excessiva da bateria;
C. Banco de baterias;
D. Inversor: transforma a corrente de 12 Vcc em 110 ou 220 Vac;
E. Equipamento 12V a ser energizado;
F. Equipamento 110 ou 220 V a ser energizado.

Nem todos os sistemas irão conter estes mesmos elementos. Em alguns casos, como no
bombeamento d'água, apenas placas ligadas diretamente à bomba são suficientes, assim o sistema só
irá funcionar durante o dia, enquanto as placas estiverem gerando energia.

Dependendo da demanda, várias placas podem ser ligadas em paralelo. Sistemas grandes
usando séries de baterias podem virtualmente suprir quaisquer necessidades energéticas.

7.4.5 – Equipamentos de um Sistema Solar

_ Bateria ou Acumulador

Figura 7.15 – Bateria.

É o elemento destinado a acumular a energia elétrica gerada pelo painel tornando-a disponível
sempre que necessário. Utilizam-se basicamente baterias de 12V./150Ah. Recomenda-se o uso de
baterias seladas, livres de manutenção.

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_ Controlador de Carga

Figura 7.16 – Controlador de Carga.

O controlador de carga otimiza o uso da Energia Fotovoltaica.

 Protege a bateria contra sobrecargas e descargas excessivas;


 Não permite a descarga total da bateria desligando o sistema;
 Garante mais vida útil à bateria;
 Protege o módulo evitando o retorno da energia.

_ Inversor

Figura 7.17 – Inversor DC/CA.

Sua finalidade é transformar corrente contínua 12 volts para corrente alternada 110 ou 220
volts. Seu uso consome +/- 15% da energia.

O inversor pode alimentar aparelhos e equipamentos constituídos de fonte isolada ou


chaveados, tais como: Antena parabólica, TV, Vídeo, Balanças Eletrônicas, Microcomputadores,
impressoras, Monitores, Centrais Telefônicas, Aparelhos de Som que aceitam sistema MOS FETS
PWM.

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* Para uso de motores: use inversores com onda senoidal modificada.


Em caso de dúvida - não usar antes de consultar (Técnico em Eletricidade).

7.4.6 – Instalação do Módulo Solar

_ Cuidados na Instalação

 Cobrir a face do painel completamente para não gerar eletricidade enquanto estiver instalando
e/ou trabalhando com módulo ou fiação;
 Manuseie o módulo com cuidado. Embora robusto, sua superfície de exposição é protegida por
vidro. Não faça furos nas molduras;
 Não desmontar o módulo ou retirar qualquer peça instalada pelo fabricante;
 Nunca deixe o módulo sem apoio ou sem estar fixado. Se o módulo cair, o vidro pode quebrar-
se o inutilizando;
 Nunca inverter polaridade. Sempre positivo com positivo e negativo com negativo;
 Quando os módulos são ligados em série, as tensões são somadas; quando ligados em paralelo,
as amperagens são somadas; Conseqüentemente, um sistema montado de vários módulos
fotovoltaicos pode produzir tensões ou correntes elétricas altas. Ver esquema de 12 ou 24
volts.
 Em cada módulo existem terminais protegidos contra o tempo, um sendo positivo e o outro
negativo. O acesso ao terminal é alcançado utilizando-se uma chave de fenda, que serve para
abrir a capa protetora.
 Em cada terminal há um local para fixação de dois fios, que pode ter a bitola de 8 a 14 AWG
(8 mm2 a 2 mm2)
 Não lubrificar o fio. Inserir o fio desencapado no orifício que tem a espuma protetora embaixo
do parafuso de conexão do terminal, aperte o parafuso utilizando uma chave de fenda.
 Terminada a conexão basta fechar a caixa protetora que já é especialmente vedada. Todos os
módulos conectados em série ou em paralelo devem ser iguais.
 Cuidado Especial: Sempre conectar positivo com positivo e negativo com negativo. Nunca
inverter (perigo de curto circuito).
 Maior Perigo do Sistema.
 Inversão de polaridade: inutiliza o módulo e perda total da garantia.

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7.4.7 – Posição do Módulo Solar

O módulo deve ficar sempre voltado para o norte. Para acharmos a posição certa basta
colocarmos a mão direita no sentido nascente (leste) e a mão esquerda para o poente (oeste), à nossa
frente será o norte.

_ Inclinação do Módulo Solar

Consultar o Atlas Geográfico para ver o grau exato de sua região e colocar o módulo neste
grau.

De 0 a 8 graus
 Amazonas, Norte do Tocantins, Rio Grande do Norte, Amapá, Pará, Maranhão, Piauí,
Paraíba.

De 8 a 16 graus
 Pernambuco, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Norte de Goiás, Bahia, Alagoas,
Sergipe, Distrito Federal e Norte de Minas.

De 16 a 24 graus
 Mato Grosso do Sul, Sul de Goiás, Minas, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Norte
do Paraná.

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De 24 a 32 graus
 Sul do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul.

7.4.8 – Manutenção e Limpeza dos Módulos Solares

A necessidade de manutenção para os módulos é mínima. Se o módulo ficar sujo, utilizar água
e uma flanela ou esponja de nylon para limpar o vidro. Detergentes não abrasivos ou neutros podem
ser utilizados para remoção da sujeira mais persistente. Duas vezes por ano verificar os terminais para
observar os conectores. A eficiência dos módulos solares depende diretamente da sua superfície
fotossensível. Verifique-os periodicamente mantendo livres de folhas ou depósitos. Lembre-se: até
mesmo a sombra projetada sobre o módulo por um fio (par) telefônico pode reduzir sensivelmente a
capacidade do módulo.

7.4.9 – Instalações dos Componentes do Sistema

7.18 - Instalação do controlador de Carga.

O controlador de carga ocupa o ponto que centraliza as conexões do sistema. A ele são
conectados os módulos solares, e também as baterias. Deve ser instalado em lugar acessível, protegido
contra umidade e intempéries.

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Tenha sempre em mente que os sistemas fotovoltaicos são de baixa tensão, e como tal, deve-se
reduzir o comprimento dos condutores elétricos a um mínimo. No caso do controlador manter o
comprimento a um máximo de 3 metros entre controlador e baterias. A fixação a uma superfície rígida
é indispensável para evitar que os condutores a ele ligados se soltem e prejudiquem o correto
funcionamento do conjunto. Para efetuar as conexões do controlador, siga as indicações da figura
acima e no próprio aparelho.

Cuidados:
Não inverter jamais as ligações (polaridade) da bateria ao controlador pois, causará danos
irreparáveis ao mesmo. Não expor o controlador a tensão ou corrente superior ao especificado.
Verificar sempre se os contatos estão bem apertados e se não há oxidação nos mesmos. Conecte
primeiro a bateria e somente depois os módulos.

_ Instalação das Baterias

Baterias não devem ser instaladas diretamente sobre o solo ou piso: devem sempre serem
assentadas sobre uma base plástica ou de madeira. Observar que o local esteja sempre livre de
umidade e impurezas, e seja ventilado. Mantenha a bateria em local abrigado do sol e da chuva.
Observar o código de cores para polaridade já mencionada. Na conexão à bateria, instale primeiro o
terminal negativo e depois o positivo. Efetuada a conexão aos bornes da bateria, recubra os terminais
com graxa ou vaselina para evitar sulfatação.

Cuidados
Baterias podem armazenar imensas quantidades de energia. Embora seja um elemento de baixa
tensão, pode, quando em curto-circuito liberar kilowatts de energia, resultando em choques ou
queimaduras. Use uma cobertura isolante para os bornes e evite tocar ambos os bornes
simultaneamente. Não utilize jóias durante a manipulação ou outros objetos metálicos não
apropriados.No caso de utilização de baterias não seladas, observe ainda o seguinte:

Componente – Geração de Energia Elétrica 99


Capítulo VII – Energia Solar

 As baterias contêm ácido sulfúrico, portanto, não permita seu contato com olhos ou pele. No
caso de acidente, lave a zona atingida com bastante água, imediatamente. Consulte um
médico.
 Cheque todos os meses as baterias:
 Remova as tampas de cada elemento e verifique o nível do líquido. Se necessário, adicione
água destilada (obrigatoriamente) para completar o nível. Não permita nunca que as placas das
baterias fiquem abaixo do nível de solução;
 No caso de sulfatação dos bornes, afrouxe os terminais e limpe os contatos. Recoloque-os
apertando adequadamente. Recubra os terminais com graxa ou vaselina para evitar sulfatação.
 Manter o local da instalação ventilado! Baterias chumbo-ácido podem liberar hidrogênio, um
gás que pode explodir na presença de faíscas ou chamas.

O uso do Módulo Solar evita o translado da bateria para recarga periódica, economizando tempo
e dinheiro.

7.4.10 – Custos da Rede Elétrica convencional Comparada com o Sistema Fotovoltaico.

O preço dos equipamentos e instalação de uma rede de distribuição elétrica rural Monofilar
Retorno por Terra (MRT) estão descritos abaixo:

-Rede Monofilar Retorno por Terra (MRT) 34,5kV – R$ 12.000,00/km de linha;


-Transformador Monofásico 7,5kVA 34,5kV-440/220V – R$ 1.000,00;
-Transformador Monofásico 15kVA 34,5kV-440/220V – R$ 1.500,00;
-Transformador Monofásico 45kVA 34,5kV-440/220V – R$ 3.000,00;

O preço de um Sistema Fotovoltaico para alimentar um consumidor com potência instalada de


410W e consumo mensal de 65 kWh (iluminação, geladeira, TV, rádio e bombeamento de água) é de
$10.000,00 ou R$ 20.000,00.

Assim, a tabela 2 apresenta o custo da rede de distribuição elétrica rural (MRT) 34,5kV/440-
220V em relação à distância a ser percorrida e uma comparação de preços com um sistema
fotovoltaico para alimentar uma residência rural básica com quatro moradores.

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Capítulo VII – Energia Solar

Os quadros amarelos significam que é mais viável economicamente o sistema fotovoltaico.


Distância da rede elétrica (km)
Nº de 1 2 3 4 5 10 15 20 25 50
Consumidores
1 13.000 25.000 37.000 49.000 60.000 120.000 180.000 240.000 300.000 600.000
2 13.000 25.000 37.000 49.000 60.000 120.000 180.000 240.000 300.000 600.000
3 13.000 25.000 37.000 49.000 60.000 120.000 180.000 240.000 300.000 600.000
4 13.000 25.000 37.000 49.000 60.000 120.000 180.000 240.000 300.000 600.000
5 13.000 25.000 37.000 49.000 60.000 120.000 180.000 240.000 300.000 600.000
10 13.500 25.500 37.500 49.500 60.500 120.000 180.000 240.000 300.000 600.000
15 13.500 25.500 37.500 49.500 60.500 120.000 180.000 240.000 300.000 600.000
20 13.500 25.500 37.500 49.500 60.500 120.000 180.000 240.000 300.000 600.000
Tabela 7.2 – Custo da rede elétrica convencional rural (MRT) 34,5kV/440 – 220V em relação à distância a ser
percorrido.

7.4.11 – Dimensionamento de um Sistema Solar Fotovoltaico para Residências

Para o cálculo de dimensionamento do sistema solar adotou-se como padrão uma residência
rural de uma família de cinco pessoas. Assim, fez-se todo o projeto conforme a necessidade dos
moradores. Deve-se lembrar que cada residência a deve ser analisada como um caso em particular,
observando o consumo de seus moradores.

_ Residência Utilizada

A residência utilizada é composta de dez cômodos, os quais são divididos em: 3 quartos, 1
sala, 2 banheiros, 1 cozinha, 1 copa, 2 varandas.

_ Cargas

As cargas foram distribuídas nos cômodos e nas varandas conforme a utilização de cada
equipamento elétrico. Assim, estas cargas foram divididas em:

 10 lâmpadas fluorescentes compactas de 20W - 6 para os cômodos e 4 para as varandas;


 1 lâmpada de 15W para o banheiro;
 1 TV a cores 14” de 60W;

Componente – Geração de Energia Elétrica 101


Capítulo VII – Energia Solar

 1 rádio de 15W;
 1 geladeira 100W.

_ Cálculo do Consumo diário e da Potência Total dos Equipamentos

Para o cálculo da potência total dos equipamentos basta somente somar a potência de todos
eles. Para o cálculo do consumo total diário dos equipamentos deve-se obter o valor da potência de
cada equipamento, multiplicar pelo seu tempo de uso diário e por final somar o consumo de todos os
equipamentos, totalizando o consumo diário da residência.

Consumo de
Cômodo Equipamento Potência (W) Horas de uso
Energia(Wh/dia)
Quartos 3 lâmpadas de 20 W 60 2 120
1 lâmpada de 20 W 20 4 80
Sala
1 TV a cores 14” 60 3 180
1 lâmpada de 20 W 20 2 40
Copa 4
1 rádio 15 4 60
1 lâmpada de 20 W 20 5 100
Cozinha
1 geladeira de 120W 100 12 1.200
Banheiro 1 lâmpada de 15 W 15 2 30
Varandas 4 lâmpada de 20 W 80 4 320
Total 410 2140

_ Dimensionamento das Baterias

Componente – Geração de Energia Elétrica 102


Capítulo VII – Energia Solar

Para determinar a capacidade da bateria, em Ah, primeiramente divide-se a energia consumida


pelas cargas (Ec) pela tensão da bateria:

2140Wh
Ah   178,34 Ah
12V

Como somente cerca de 90% da energia de carga da bateria é recuperada para consumo, 2% da
energia é perdida na fiação e o rendimento do inversor é de 95%, então a capacidade da bateria deve
aumentar para:

178,34
Ah   212,84 Ah
0,9 * 0,98 * 0,95

A bateria escolhida é a de Chumbo Ácido, que possui profundidade de descarga máxima de


70%. Isto é, sua descarga não pode ultrapassar este valor. Caso isto venha a ocorrer esta bateria terá
sua vida útil comprometida. Logo, a capacidade da bateria deve aumentar para:

212,84
Ah   304,06 Ah
0,7

Considerando ainda 10 % de degradação da bateria, teremos:

304,06
Ah   337,84 Ah
0,9

Considerando que se deve ter uma autonomia de três dias em caso de dias nublados que pode
comprometer a geração, a capacidade da bateria aumentará para:
337,84Ah * 3 = 1.013,53Ah
Desta forma podem-se usar cinco baterias de 220 Ah.

_ Expectativa de vida útil das baterias

Componente – Geração de Energia Elétrica 103


Capítulo VII – Energia Solar

A figura 7.19 ilustra especificações técnicas da bateria Moura Clean da família MC, que será o
modelo do banco de baterias utilizado para este projeto.

Figura 7.19 – Possibilidade de ciclos em função da profundidade de descarga. Fonte: Site www.moura.com.br

Para este projeto foi dimensionado um banco de baterias com capacidade de 1100Ah (220 X 5
baterias). Como sua carga utilizada diariamente é de 212,84Ah, a profundidade de descarga é de
(212,84/1100) = 19,35%.

Ao projetar o banco de baterias para utilização diária que exija 20% de profundidade de
descarga, a expectativa de vida útil é de 2000 ciclos (figura 7.19), o que corresponde a período
superior a 5 anos.

Tabela 7.20 – Capacidade nominal das baterias (Ah) a 25ºC em diferentes regimes. Fonte: Site www.moura.com.br

Componente – Geração de Energia Elétrica 104


Capítulo VII – Energia Solar

A bateria 12MC220 apresenta capacidade nominal de 218Ah em regime de descarga de 20


horas, o qual é o tempo do ciclo de carga diário.

_ Dimensionamento dos Painéis

Como o gerador tem que alimentar as cargas e as perdas do sistema, este terá que gerar uma
quantidade de energia elétrica diária de E = 212,84Ah*12V, ou E = 2.554,10Wh.

Considerando que no Brasil o total de horas de sol é de 5 h, a potência do sistema será: P =


(E/t) = 2554,10/5 = 510,82W.

Para se ter uma melhor confiabilidade deve-se multiplicar esta potência por um fator de
segurança, equivalente a uma geração extra para recarregar as baterias. Para este caso K=1,2. Assim:
P = 510,82*1,2 = 613W.

Número de painéis:
Desta forma pode-se usar cinco painéis de 130 W

Obs: Este valor pode mudar conforme o índice de insolação da região.

_ Dimensionamento do Controlador de Carga

O controlador de carga tem por função de controlar o fluxo de carga da bateria para a carga e
do sistema fotovoltaico para a bateria. Em caso desta estar com o nível de carga abaixo do valor o
qual sua vida útil se comprometerá (70% para a de chumbo ácido) o controlador desconectará a carga.
Agora para o caso de ocorrer sobrecarga na bateria o controlador desconectará o sistema fotovoltaico
da bateria, mantendo assim a integridade de sua vida útil. Este também tem por função atuar como
sistema de proteção contra curto circuito e sobretensões.

A potência máxima do sistema é 650 W;


A corrente máxima será 650/12 = 54,17 A;

Logo a especificação do controlador de carga será:

Componente – Geração de Energia Elétrica 105


Capítulo VII – Energia Solar

Dois controladores de carga de 30A.

_ Dimensionamento do Inversor

Para escolher o inversor, utilizamos como referência a potência total das cargas alimentadas
por ele: 415 W.

Sendo assim, um inversor comercial com a potência um pouco acima da carga por questões de
segurança. Para este caso sua potência é de 500 W.

Características do inversor
Inverter a corrente fornecida por sistemas de energia solar (corrente contínua) 12/24VCC em
corrente alternada, permitindo o uso de aparelhos em tensões de 127/220VCA.
 Potência máxima: 500 Watts;
 Consumo sem carga: 0,2A;
 Forma de onda: senoidal modificada;
 Tensão de entrada: 10 a 15 Volts CC;
 Tensão nominal de saída: 220 Volts CA;

_ Dimensionamento de um sistema de bombeamento de água

Com freqüência, o problema de distribuição de água está relacionado com as deficiências


energéticas locais para executar os trabalhos de extração e transporte da água do reservatório ou
manancial ao ponto de sua utilização. A garantia do suprimento de água, melhorando assim as
condições de higiene, reduz a incidência de doenças associadas ao uso da mesma, bem como a
diminuição de migrações humanas para regiões melhor abastecidas. Pode-se recordar aqui, o enorme
contingente de pessoas no Brasil e no mundo inteiro, que literalmente fogem do seu lugar de origem
em períodos de estiagem. Neste contexto a água tem um papel fundamental, considerando a situação
mundial atual que é a de mais de 1 bilhão de pessoas sem acesso a água potável. Geralmente, as
únicas fontes de energia acessíveis às populações carentes e isoladas, para o bombeamento e
transporte da água são a tração humana e animal, o que limita muito a oferta do recurso, e em muitos
casos torna-se um trabalho escravo, afetando principalmente mulheres e crianças. Frente a esta
situação, e reconhecendo que a questão em foco é o acesso à água potável por parte de pequenas

Componente – Geração de Energia Elétrica 106


Capítulo VII – Energia Solar

populações isoladas, a solução deste problema pode, em muitos casos, estar associada à introdução de
sistemas autônomos de geração solar fotovoltaica, uma vez que a extensão de redes de distribuição de
energia elétrica à localidades distantes dos centros geradores pode ser muito mais custosa.

Os sistemas de bombeamento de água através de energia solar podem ser instalados


imediatamente, não consomem uma só gota de combustível, preservam o meio ambiente, tem vida útil
de mais de 25 anos e alimentam-se exclusivamente do Sol, uma fonte de energia segura e inesgotável.

Para se fazer o dimensionamento de um sistema de irrigação, é necessário, primeiro,


determinar a necessidade de água a ser consumida.

Pegando-se como exemplo uma residência familiar com cinco pessoas, pode-se calcular o
consumo através da quantidade de água que cada indivíduo consome. Assim, para o consumo de 300
litros/dia por pessoa, para esta residência o consumo total será de 1.500 litros/dia.

Com esse dado bastará para escolher o tipo de bomba a ser utilizada de acordo com a vazão de
água em litros por dia para uma certa altura manométrica.

O próximo passo refere-se ao dimensionamento do número de placas de potência de 100W que


irão compor o painel solar. Para isto bastará saber a potência da moto bomba, utilizando a seguinte
fórmula:

735* Q * H
NP 
75* Hf * Efp * Emb
Onde:
- NP = número de placas requerido para o painel;
- Q = vazão da moto bomba em m3/dia;
- H = altura manométrica, em metros;
- Hf = horas de funcionamento, em h/dia;
- Efp = Energia fornecida por cada placa, em W.h/dia/placa;
- Emb = eficiência do conjunto moto bomba (25% a 30%).

Para achar a altura de recalque da água ou altura manométrica deve-se somar:

 A: Medida da profundidade da água no poço (nível estático).

Componente – Geração de Energia Elétrica 107


Capítulo VII – Energia Solar

 B: Medida da distância horizontal do poço até a caixa d'água.


 C: Medida do desnível entre a base da bomba e a base da caixa d'água.
 D: Altura do reservatório, ou caixa d'água.

Assim:
H = A+(B/15)+C+D

No caso desse exemplo, considerando uma eficiência de 25% para o conjunto moto bomba e
uma altura manométrica de 40 metros, o número de placas requerido será de:

735*1,5* 40
NP   0, 94  1 painel de 100 W.
75*5*500 *0, 25

_ Proteção

Mesmo com a proteção do controlador de carga é necessário o uso de fusíveis como o NH e o


Diazed. Os do tipo cartucho são os mais utilizados na proteção de circuitos residenciais. Este deve ser
colocado no condutor positivo da bateria e deve ser dimensionado em função da corrente máxima do
sistema.
Para este caso: PMÁX = 680W; IMÁX = 56,7. IFUSÍVEL = 70A.

_ Cabos

Considera-se para esta residência que a distância do centro de distribuição às cargas não
ultrapassem 5 metros.

Equipamentos Potência(W) Corrente (A) Bitola (mm2)

Componente – Geração de Energia Elétrica 108


Capítulo VII – Energia Solar

Placas - Controlador 680 56 25,0

Controlador - Inversor 400 33 16,0

Controlador - Bateria 680 56 25,0

_ Dimensionamento de condutores de cobre em função da potência para a tensão de 220V. Para o


dimensionamento dos condutores com alimentação em 220V adota-se o critério do cálculo da corrente
máxima e da queda de tensão segundo as normas técnicas de instalações elétricas.

Assim, segue-se na tabela abaixo a bitola dos cabos para cada circuito da residência.

Circuitos Potência(W) Bitola (mm2)


Inversor – Quadro de Distribuição 400 4,0
Geral (QDG)
QDG – Sala 80 1,5
QDG – Copa 35 1,5
QDG – Cozinha 140 2,5
QDG – Banheiro 20 1,5
QDG – Quartos 60 1,5
QDG – Varandas 80 1,5

_ Custo do Sistema

Para calcular o custo total do sistema fez-se um levantamento do valor individual de cada
equipamento preenchendo a tabela abaixo. Deve-se observar que os preços são variáveis conforme a
valorização do dólar, devido à maioria dos equipamentos serem importados, e o reajuste da inflação.

Item Quantidade Custo Unitário Custo total


Painel solar 130W 6 R$1.700,00 R$ 10.200,00
Bateria 220Ah 5 R$1.000,00 R$5.000,00

Controlador de carga 30A 2 R$900,00 R$1.800,00

Inversor 500W 1 R$800,00 R$800,00


Bomba d´água 1 R$400,00 R$400,00
Cabos e acessórios * R$1800,00 R$1800,00

Componente – Geração de Energia Elétrica 109


Capítulo VII – Energia Solar

Total R$ 20.000,00

Assim, através destes cálculos mostrou-se a vantagem da implementação de sistemas solares


fotovoltaicos para regiões isoladas em situações onde as formas convencionais se apresentam
inviáveis.

Componente – Geração de Energia Elétrica 110

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