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RESENHA DO FILME SÓCRATES

Após assistirmos o filme Sócrates (Sócrates, 1971), do diretor italiano Roberto Rossellini teve
como compreensão que toda a obra se passa em Atenas, onde era uma das cidades mais
importantes daquela época.

O filme inicia-se com uma batalha entre Esparta e Atenas, logo sai derrotada e manda
derrubar seus muros. Acontece mudança de regras e métodos de julgamento, pois estava
sendo discutidas questões sociais, políticas e filosóficas em Atenas. É neste contexto histórico,
que viveu dos mais célebres filósofos daquela época – Sócrates (469 a.C. – Atenas, 399 a.C. –
70 anos), onde toda a obra está baseada nos principais relatos de Platão (428 a.C. – Atenas,
347 a.C.).

Naquele tempo toda vida social se dava através da oratória (arte de falar bem em público), o
que Sócrates dominava muito bem; e assim as discussões eram travadas nas ruas. Sócrates
nada mais era do que “um parteiro de almas”, libertando os jovens de falsas crenças e
pesados-verdades. Além disso, ele defendia que o conhecimento não deveria ser vendido,
muito menos pagar preço para obtê-lo, como fazia os sofistas.

Em certo momento no decorrer do filme, Sócrates abordou: “Consideremos todas as opiniões


mesmo que não concordemos com elas. O que me importa é estar de acordo comigo mesmo e
nunca fazer o contrário daquilo que penso. (...) O que sei mais do que os outros? Só sei que
nada sei.” Para Sócrates, o verdadeiro filósofo é aquele que julga nada saber. Aprofundando
na sociedade daquela época, esta se encontrava centralizada em falsas crenças e leis de
acordo com seus mandamentos. Em outras palavras, aquele que não concordasse com suas
crenças, era considerado impuro e severamente punido. Um dos seus discursos, Sócrates
pregou que eram as nuvens que provinham às chuvas, e não um deus, como a sociedade
acreditava, que era o deus dos deuses.

Palavras, parece fazer pouco sentido criticar as ideias, condutas e encontrar nelas
contradições, pois nada parece ou sequer necessita ser coerente mesmo. Por este outro
motivo, quem quer se dedicar ao exercício da sabedoria, torna-se, geralmente, um ser
estranho, macambúzio, isolado, visto com muitas reservas e pouca condescendência
pelos demais, o que leva, por sua vez, os ditos sábios a se refugiarem nos círculos m ais
exíguos das torres de marfins mais elevadas e distantes, sem quaisquer contatos com o
mundo real, portanto, distante daquele conceito clássico de sabedoria socrática em que
o sábio buscava ajudar os outros a encontrar a Verdade. Em terceiro lugar é preciso
destacar: ninguém é sábio aos 20 anos e isto é mais verdade na contemporaneidade. A
sabedoria não é apenas um estado de espírito, um caráter que busca incessantemente
esclarecer as ideias e as condutas em busca da Veristas. O sábio só alcança os auspícios
da sabedoria contemplando a vida já no crepúsculo da sua própria vida, onde a luz da
razão já não ofusca os sentidos, e ao contrário, o auxilia numa visão mais ampla das coisas.
Como se vê, neste terceiro ponto, estamos cada vez mais distantes dos sábios em
nossos tempos, pois a velhice é uma coisa totalmente execrada em nossa sociedade. Seja
na busca incessante pela eterna juventude. Os fabricantes de cosméticos e revendedores
sempre passam à margem de qualquer crise financeira, global ou regional. Seja também
pela rejeição do mundo do trabalho/desemprego que exclui os velhos como seres de
baixa p produtividade, de uma relação custo-benefício onerosa, ou pelo menos, de menor
competitividade. Se no passado a mulher de Sócrates lhe reclamava do falar por falar, da
sua incrível qualidade para deixar os outros sem jeito, sem respostas, furiosos e criar
inimigos mortais que o levaram à cicuta. Atualmente, a mulher de um sábio, se existe
ou vier a existir, provavelmente, lhe reclamaria de seu silêncio sorumbático e
melancólico.

Com vestes simples e rústicas, Sócrates (469-399 a. C.) andava por Atenas fazendo perguntas e
exigia definições precisas. Se a resposta viesse na forma de exemplos ou opiniões, o
interlocutor voltava a ser questionado, num exercício que o levava a compreender o que
significava fazer uso da razão…

Sócrates procurava conceitos universais que, segundo ele, poderiam ser descobertos por meio
de um procedimento metodológico simples: o ato de perguntar. A pergunta socrática “o que
é?”, configura a base de seu conhecimento. Nos diálogos com seus contemporâneos, Sócrates
utilizava uma forma especial de perguntar, empregando a ironia e a maiêutica para fazer um
exame daquilo que o interlocutor pensava que sabia.

A ironia consistia em levar o interlocutor à ignorância que se ocultava nesse suposto saber.
Sócrates, “que somente sabe que nada sabe”, escondia-se nesse “não-saber” para deixar o
outro perante a própria perplexidade. Desse modo, o não-saber socrático é um princípio que
procura demonstrar que para se chegar ao conhecimento é necessário, inevitavelmente,
reconhecer a própria ignorância.

O filme Sócrates (1971) do diretor Roberto Rosselini aborda o final da vida de Sócrates, em
especial seu julgamento e sua condenação à morte, com destaque para os célebres diálogos
socráticos: ‘Apologia’, ‘Críton’ e ‘Fédon’, com seus últimos ensinamentos antes de tomar a
cicuta. Imperdível!

Cidades antigas

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