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CONSTITUCIONALISMO
CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO
NEOCONSTITUCIONALISMO
TRANSCONSTITUCIONALISMO
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Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP).
Aluno Luiz Henrique de Oliveira
DIREITO CONSTITUCIONAL CPF - 352.284.038-09
PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
INTRODUÇÃO
Estado liberal é o não intervencionista, que não se intromete em áreas como saúde,
educação, previdência e trabalho, relegando esses assuntos à iniciativa privada. É, pois, o Estado
mínimo, que avoca para si apenas a manutenção da ordem pública.
Este modelo de Estado liberal foi implementado no final do século XVIII, a partir das
revoluções liberais (Revolução Americana de Independência das Colônias Inglesas e Revolução
Francesa). As primeiras constituições, segundo a acepção do constitucionalismo (as anteriores eram
apenas sementes de constituição), surgiram para retratar esse modelo de Estado Liberal,
disciplinando apenas a organização do Estado, a organização do poder e os direitos individuais da
pessoa, isto é, a primeira dimensão de direitos fundamentais.
Os objetivos das constituições liberais eram limitar o poder político dos governantes e
fortalecer os direitos individuais do homem.
Do exposto dessume-se que constituição liberal é o conjunto de normas superiores que
dispõe sobre a organização do Estado, a organização do poder e os direitos individuais da pessoa.
Restringe-se, pois, a esse trio temático de matérias.
A organização do Estado abrange:
a) Forma de governo (república ou monarquia);
b) Sistema de governo (presidencialismo, parlamentarismo ou semipresidencialismo).
c) Forma de Estado (federal ou unitário);
d) Órgãos do Estado, suas competências, servidores públicos e princípios da administração
pública.
e) Forças armadas, segurança pública, orçamento público e tributação
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CONSTITUIÇÃO SOCIAL
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De acordo com José Afonso da Silva, os elementos da Constituição Brasileira se dividem em:
a) Elementos Orgânicos: são as normas que tem relação direta com a organização do Estado
em sentido amplo, abrangendo, destarte, as que disciplinam a organização do poder, sistema
tributário, orçamento público, forças armadas e segurança pública. Desde as sociedades políticas
primitivas, o Estado exerce funções militar e policial, daí a relação direta entre os temas segurança
pública e forças armadas com a organização do Estado.
b) Elementos Limitativos: são as normas que restringem o poder estatal com o fulcro de
fortalecer os direitos fundamentais. Referidas normas são as que tratam dos direitos fundamentais,
com exceção das que versam sobre os direitos sociais. Assim, as normas constitucionais sobre
direitos individuais e coletivos, direitos à nacionalidade, direitos políticos e atuação partidária
compõem esses elementos limitativos. Exemplos: a liberdade de reunião e associação é exercida
independentemente da autorização estatal. Quanto aos direitos sociais, conquanto sejam também
direitos fundamentais, não se prestam a limitar o poder do Estado, pelo contrário, eles visam
estimular a atuação do Estado a prestar os serviços nessas áreas.
c) Elementos Socioideológicos: são as normas que retratam as influências ideológicas e
doutrinárias da Constituição. Exemplos: as normas sobre direitos sociais, ordem social, ordem
econômica e sistema financeiro. A Constituição brasileira contém normas inspiradas no liberalismo
como, por exemplo, o art. 170 que, ao cuidar da ordem econômica, consagra o tripé do liberalismo
(propriedade privada, livre iniciativa e livre concorrência), bem como normas da ideologia
socialista, ao disciplinar a reforma agrária (arts. 184 e 186), aliás, o próprio art. 170 também faz
referência expressa à função social da propriedade, à ideia de que a ordem econômica visa o bem
estar social. O modelo econômico brasileiro não é um liberalismo ou socialismo puros, mas um
modelo misto, um capitalismo social, conforme denominação empregada por José Afonso da Silva.
Há, pois, mais de uma ideologia no texto constitucional.
d) Elementos de Estabilidade Constitucional: são as normas que visam assegurar a supremacia
e estabilidade da Constituição. Ingressam nesse rol as normas sobre a rigidez da reforma
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a) Preâmbulo;
b) Disposições permanentes (art. 1º ao 250);
c) ADCT;
d) Emendas Constitucionais;
e) Tratados Internacionais de Direitos Humanos.
Sobre as emendas constitucionais e tratados internacionais de direitos humanos, serão
tratados mais adiante.
PREÂMBULO
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religiões. Essas leis violam o princípio constitucional do Estado laico, afrontam a neutralidade que
deve existir em matéria religiosa. Quanto ao Natal não é apenas um feriado religioso, trata-se de
uma tradição mundial, adotada na Europa e em quase todo o mundo há séculos e portanto não
viola o princípio do Estado laico.
a) Constituição Sintética: são as constituições com poucos dispositivos, curtas, breves, que
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a) Constituição Histórica ou Costumeira: é a que não é escrita, surge com a evolução gradativa
das instituições políticas. Toda constituição não escrita é histórica. Exemplo: Constituição da
Inglaterra.
b) Constituição Dogmática: é a que é escrita e preparada por uma Assembleia Constituinte,
convocada especialmente para esse fim, para que a elabore com base nos ideais que, naquele
momento, prevalecem na sociedade. Toda constituição escrita é dogmática. Exemplo: Constituição
Brasileira.
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abrangente, tanto é que a Constituição de 1.988, no art. 34 das Disposições Transitórias, trata como
constituição anterior a de 1.967.
b) Constituição Promulgada ou Democrática ou Votada ou Popular: é a que é livremente
discutida, votada e aprovada por representantes eleitos pelo povo. Às vezes uma constituição
votada não é democrática, mas outorgada, como aconteceu com a Constituição de 1.967, o
governo militar, num Congresso Nacional praticamente sem oposição, encaminhou-lhe o texto
constitucional para a aprovação. No Brasil, foram democráticas as Constituições de 1.891, de 1.934
(que decorreu inclusive de uma revolução constitucional), de 1.946 e a Constituição Cidadã de
1.988.
c) Constituição Cesarista ou Napoleônica: é a imposta unilateralmente pelo governante e
referendada pelo povo, que é consultado a manifestar-se. Os césares de Roma e Napoleão usavam
desse artifício para dar ao texto constitucional uma aparência de legitimidade democrática.
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a) Constituição Principiológica: é a que reúne mais princípios que regras. Os princípios são
normas de elevado grau de abstração, que contém as diretrizes do sistema jurídico, enquanto as
regras regulam apenas uma situação específica.
b) Constituição Preceitual: é a que contém mais regras que princípios. Regras são normas que
disciplinam uma situação específica e, por isso, contém um grau menor de abstração.
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PERGUNTAS:
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